Cavaleiro, A., et al. (2013) Affective-emotional disorders in Long-term Care Facilities. Journal of Aging & Inovation, 2 (1): 4-17
ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE
JANEIRO, 2013
PERTURBAÇÕES AFECTIVO-EMOCIONAIS NO CONTEXTO DE CUIDADOS EM CUIDADOS CONTINUADOS AFFECTIVE-EMOTIONAL DISORDERS IN LONG-TERM CARE FACILITIES TRASTORNOS AFECTIVO EMOCIONAL EN INSTALACIONES DE CUIDADO A LARGO PLAZO
Autores
Alberto Cavaleiro1, Paulo Queirós2, Zaida Azeredo3, João Apóstolo4, Daniela Cardoso5 1
RN, Doutorando em Ciências de Enfermagem, Professor Adjunto, UICISA-E, 2 RN, PhD,
Professor Coordenador, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, UICISA-E, 3 MD, PhD, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto,4 RN, PhD, Professor Adjunto, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra UICISA-E, 5 RN Bolseira de Investigação - Portugal Centre for Evidence-Based Practice: an Affiliate of the Joanna Briggs Institute, UICISA-E Corresponding author: abarata@esenfc.pt Resumo Em Unidades de Internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados no distrito de Coimbra, a condição da pessoa após AVC pode contribuir para o incremento de perturbações afectivo-emocionais. Este estudo, descritivo analítico desenvolvido a partir de uma amostra consecutiva de 88 pessoas idosas internadas por AVC, em processo de reabilitação em unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados do distrito de Coimbra tem por objectivos analisar a prevalência pontual de depressão, ansiedade e stresse e as diferenças quanto ao género e quanto à tipologia de cuidados continuados bem como a validade de critério da Geriatric Depression Scale (GDS-15). Foram utilizadas as versões portuguesas da Depression Anxiety and Stress Scale (DASS-21), da GDS-15 e Satisfaction With Life Scale (SWLS). Os valores de correlação elevados, positivos entre os dois conceitos semelhantes e negativos entre conceitos divergentes é a favor da validade concorrente da GDS-15. A prevalência pontual de perturbações afectivo-emocionais (depressão, ansiedade ou stresse) é elevada, respectivamente 45%, 30% e 22%. As mulheres apresentam níveis mais elevados de ansiedade do que os homens, não sendo evidenciada essa diferença em relação à depressão e ao stresse. As pessoas que se encontram em unidades com tipologia Média-duração e Reabilitação apresentam valores de depressão mais elevados que as que se encontram nas unidades de tipologia de Convalescença não sendo evidente essa diferença em relação à ansiedade e ao stresse. Palavras-chave: Depressão; Ansiedade; Stresse; Cuidados Continuados
Abstract In Hospitalization Units of the National Network for Long-term Integrated Care in the district of Coimbra, the circumstance of the person after a stroke can contribute to an increase of affective-emotional disorders. This analytical descriptive study was conducted on a sample of 85 elderly stroke patients in a process of rehabilitation in hospitalization units of the National Network for Long-term Integrated Care of the district of Coimbra. It aims to estimate the prevalence of depression, anxiety and stress and the differences in terms of gender and type of long-term care, as well as to analyze the criterion validity of the Geriatric Depression Scale (GDS-15). The Portuguese versions of the Depression Anxiety and Stress Scale (DASS-21), the GDS-15 and the Satisfaction with Life Scale (SWLS) were used. The high correlation (positive between both similar concepts and negative between diverging concepts) suggests a good concurrent validity of GDS-15. The prevalence of affectiveemotional disorders, such as depression, anxiety or stress is high: 45%, 30% and 22%, respectively. Women have higher levels of anxiety than men, although no gender difference was found in terms of depression or stress. Patients in medium-term and rehabilitation units have higher levels of depression than those in convalescence units. However, this difference was not found in terms of anxiety or stress. Keywords: Depression; Anxiety; Stress; Long-term Care JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951
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Introdução
avaliação destas perturbações neste contexto,
Na população idosa, as perturbações afectivo-
são escassos, pelo que o objectivo deste estudo
emocionais, sobretudo a depressão, são um
é fazer uma avaliação destas perturbações em
importante problema de saúde não só pela sua
pessoas idosas institucionalizadas em UCC.
alta prevalência, mas também pela sua frequente associação a doenças físicas, tendo
Fundamentação
um impacto negativo na qualidade de vida,
Os investigadores têm sugerido que as
autonomia e agravamento de quadros clínicos
perturbações depressivas são um grupo de
pré-existentes, o que leva a um aumento do
perturbações heterogéneas relativamente aos
risco de morbilidade e mortalidade e a uma
sintomas, causa, curso, terapia e prevenção.
adesão reduzida aos tratamentos terapêuticos
Durante os episódios depressivos os esquemas
ocasionando um aumento na utilização dos
negativos dominam o processamento da
serviços de saúde (Alexopoulos et al.,2002;
informação e o sentido que a pessoa atribui aos
Alexopoulos, 2005; Duarte e Rego, 2007;
acontecimentos (Beck, 1970; Beck et al., 1987;
Irigaray e Schneider, 2007; Wouts et al., 2008).
Abramson, Metalsky, e Alloy, 1989).
Desta forma, no contexto de pessoas idosas em
É também reconhecido que os acontecimentos
Unidades de Cuidados Continuados (UCC) as
de vida stressantes, sobretudo a forma como o
perturbações afectivo-emocionais podem estar
indivíduo lida com esses acontecimentos,
associadas a uma maior incapacidade para
poderão estar na base do desenvolvimento da
recuperar da sua condição de saúde
depressão. O conhecimento neurofisiológico e
prolongando o internamento.
estrutural do funcionamento cerebral tem dado
Por outro lado, também a condição de saúde da
um grande contributo no esclarecimento das
pessoa idosa pode contribuir para o incremento
perturbações “afectivo-emocionais”. Nas
destas perturbações. Podemos, assim,
perturbações depressivas, de ansiedade e de
considerar que a associação feita entre doenças
stresse, há uma consistência entre o afecto, a
crónicas e perturbações afectivo-emocionais
emoção e a cognição, pelo que terá sentido
pode ser vista de modo bidireccional. A
fazer-lhes referência como perturbações
depressão, por exemplo, pode surgir como um
“afectivo-emocionais” ou “cognitivo-afectivo-
factor promotor de doença crónica, tal como as
emocionais”.
doenças crónicas podem agravar os sintomas
A ocorrência de eventos stressantes, como o
depressivos (Alexopoulos et al., 2002; Krishnan
surgimento de um Acidente Vascular Cerebral
et al., 2002; Duarte e Rego, 2007).
(AVC), por si só, não determina consequências
Contudo as perturbações afectivo-emocionais
negativas para as pessoas. As consequências
não são convenientemente identificadas em
negativas, positivas ou neutras desses eventos
pessoas idosas que se encontram a recuperar
relativamente ao bem-estar dependem da
de uma condição de saúde, em particular em
avaliação cognitiva sobre a natureza e sobre a
pessoas idosas em contexto de UCC, tornando-
demanda que tais eventos exercem sobre os
se necessária a sua identificação e
recursos pessoais e sociais, e também das
reconhecimento. Os estudos focados na
estratégias de enfrentamento que são capazes
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de accionar. Um agente stressor, pode ser de
O modelo tripartido da ansiedade e da
natureza biológica, psicológica ou outra, sendo
depressão proposto pelos autores acima
pela pessoa a ele exposto, considerado, como
referenciados, explica as características que se
rotineiro ou desafiador, gratificante ou não,
sobrepõem e as que se distinguem na
benigno ou prejudicial. No caso de a avaliação
ansiedade e na depressão. Este modelo aponta
ser negativa, a pessoa pode ainda dispor de
os três factores seguintes: afecto negativo (AN)
capacidades de coping ou interpretar o estímulo
que agrupa características pertencentes à
como demasiado ameaçador à sua integridade
ansiedade e à depressão; reduzido afecto
(Lazarus e Folkman, 1984; Praag, Kloet e Os,
positivo (AP), comum à depressão, e
2004). As emoções desagradáveis levam a um
hiperestimulação fisiológica (HF), comum à
estado de tensão quando o estímulo é avaliado
ansiedade (Clark e Watson, 1991; Apóstolo,
como perturbador. Do ponto de vista do
2010).
comportamento evidente, as pessoas podem
Para muitas pessoas, o stresse refere-se a um
ficar irritáveis, tensas, agressivas, distraídas,
estado de completa sobrecarga. Os
desinteressadas, resignadas, ansiosas ou
acontecimentos externos, em conjunto com o
agitadas. Nelas pode ainda, ocorrer
desconforto da resposta ao stresse, conjugam-
perturbações do sono, do apetite e diminuição
se para esvaziar a capacidade para lidar com os
da libido.
estímulos, ou seja para subjugar as estratégias
Neste sentido, o stresse e o seu efeito não é
de coping da pessoa, tendo como consequência
uniforme, sendo fortemente influenciado pelas
o estado de doença, com manifestações de
capacidades individuais de coping, pelas
cansaço, irritação e energia reduzida. A
características da personalidade, pelas
incapacidade para lidar com a situação e com o
condições de vida e, pela severidade, duração
mundo provoca na pessoa uma sobrecarga e
e intensidade dos agentes
um sentido de insuficiência, de desamparo e de
stressores.
A
resposta a estes agentes não desencadeia por
depressão (McEwen, 2002).
si só doença, podendo em algumas situações
Os estudos sobre prevalência de perturbações
até ser benéfica (McEwen, 2002) porém para o
depressivas, de ansiedade e stresse e a sua
ser humano, quando o ambiente começa a
relação com o sexo e a Tipologia de Cuidados
mudar para além da sua capacidade de
Continuados (TCC) em pessoas idosas, a
adaptação, a ameaça à sua saúde e bem-estar
recuperar de uma condição de saúde em
torna-se real (Lovallo, 1997).
cuidados continuados, são escassos.
Apesar da ansiedade e da depressão serem
Ainda que efetuados em outros contextos, há
habitualmente consideradas como duas
estudos que apresentam resultados dignos de
entidades nosológicas distintas, as duas podem
serem aqui mencionados.
apresentar características sobreponíveis. Esta
Djernes (2006), numa revisão de literatura
sobreposição levou a que fossem desenvolvidos
realizada com o objectivo de oferecer uma
modelos que explicam as características
actualização acerca da prevalência e dos
comuns e aquelas que distinguem estes dois
preditores da depressão em populações de
conceitos.
pessoas idosas caucasianas, observou para a
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prevalência da depressão major percentagens
psicológicos de avaliação e mecanismos de
compreendidas entre os 0.9 % a 9.4 % em
coping. O estudo revelou que o maior risco para
instituições privadas de acolhimento a idosos,
a depressão foi associado a: excessos
14 % a 42 % em habitações institucionais e em
comportamentais e em comportamentos de
cerca de 1 % a 16 % entre os idosos a viver em
risco, experiência de eventos que afectam a
instituições privadas; Verificou ainda que os
descendência, ter entre 60 e 69 anos, uso de
sintomas clinicamente relevantes em locais
estratégias de coping com foco na expressão de
semelhantes variavam entre os 7.2 % e os 49
emoções negativas e avaliar a auto-eficácia
%. Por fim, este autor concluiu que os principais
destas estratégias como “inadequada”.
preditores das perturbações depressivas eram:
O estudo de Apóstolo et al. (2011a) evidenciou
o sexo feminino, patologia somática, défice
que as pessoas com idade superior a 65 anos
cognitivo, défice funcional, perda ou escassez
apresentam valores de depressão, ansiedade e
da rede de contactos sociais e história clínica de
stresse mais elevados comparativamente aos
episódios anteriores de depressão.
de idade inferior a 65 anos; também no estudo
Papadopoulos et al. (2005), com o objectivo de
de Apóstolo, Figueiredo e Loureiro (2012) foram
estimar a prevalência específica de depressão e
classificados com perturbação depressiva
a sua relação com a idade e o género, entre
64,46% das mulheres e 47,69% dos homens,
pessoas acima dos 60 anos de idade e de
bem como 54,79% das pessoas idosas
examinar a relação entre a depressão e o défice
residentes na comunidade e 63,29% das
cognitivo, estudou um total de 608 habitantes,
residentes nos lares. Os testes de hipóteses
de idades superiores a 60 anos, residentes na
evidenciaram níveis elevados de perturbações
zona rural da Grécia. Neste estudo, a
depressivas, sendo ainda mais elevados nas
prevalência de depressão severa foi de 27 %,
mulheres institucionalizadas. A co-morbilidade
enquanto a prevalência de depressão moderada
entre depressão e ansiedade e stresse é muito
a severa foi de 12 %. Factores como a idade, o
marcante implicando gravidade de sintomas.
género feminino, níveis baixos de educação e o
Estudos desenvolvidos em Portugal registaram
facto de não se encontrar num casamento
uma forte correlação entre depressão,
estável, foram associados a um risco
ansiedade e stresse (Apóstolo, 2010; Apóstolo
aumentado de Depressão. Contudo, estas
et al., 2011a; Apóstolo et al., 2011b).
associações desapareceram após o controlo da
Apesar dos resultados acima apresentados, não
variável para a função cognitiva, excepto para a
existem estudos na população de pessoas
associação com o estado civil. Os autores
idosas internadas em UCC que permitam uma
concluíram então que a prevalência de
avaliação destas perturbações. O diagnóstico
depressão em pessoas idosas, na zona rural da
dos estados afectivo-emocionais destas
Grécia é, de facto, elevada.
pessoas, bem como a detecção precoce destes
Fortes-Burgos, Neri e Cupertino (2008)
casos pode colmatar as lacunas existentes e
examinaram a relação entre os eventos
contribuir para uma maior compreensão desta
stressantes e a presença de sintomas
realidade, promovendo, desta forma, uma maior
depressivos, mediada por mecanismos
capacidade de resposta por parte dos serviços
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de saúde. Este estudo tem como propósito fazer
Após terem sido devidamente esclarecidos foi
uma avaliação destas perturbações em pessoas
solicitado aos participantes que assinassem o
idosas institucionalizadas em UCC.
consentimento informado Os Instrumentos de avaliação abaixo referidos,
Objectivos
foram administrados por entrevista.
Os objectivos principais deste estudo são analisar a prevalência pontual de depressão,
Amostra e Contexto
ansiedade e stresse em pessoas idosas a
Sustentados na reflexão acerca do conjunto dos
experienciarem o seu processo de reabilitação
resultados obtidos num primeiro estudo
apresentando como condição de saúde-AVC em
(preliminar), e num segundo estudo que se
unidades de cuidados continuados (UCC) do
focalizou na elaboração e análise da estrutura
distrito de Coimbra; analisar, nestas pessoas,
das dimensões (áreas emergentes) de um
relativamente à depressão, ansiedade e stresse
protocolo de avaliação multidimensional da
as diferenças quanto ao género e quanto à
pessoa idosa após AVC (PAMPI-AVC), foi-nos
tipologia de cuidados continuados.
possível a caracterização da actividade motora
Como objectivo metodológico, apresentamos,
e outros aspectos da vida de uma população
ainda, a necessidade de validação da GDS-15
idosa após AVC, a experienciarem o seu
utilizando como medidas de critério a
processo de reabilitação em unidades de
Satisfaction With Life Scale (SWLS) e a escala
internamento da RNCCI do distrito de Coimbra.
de depressão da DASS-21.
Este estudo decorreu no período compreendido entre Novembro de 2010 e Outubro de 2011, em
Material e Métodos
cada unidade de internamento da RNCCI
Tipo de estudo: Estudo descritivo analítico.
referenciadas do distrito de Coimbra.
Procedimentos: Antes de iniciar a recolha de
Como critérios de inclusão previamente
dados, o projecto de investigação foi
estabelecidos, temos: idade ≥ 65 anos
formalmente aprovado pelas entidades
(posteriormente alterada para os 55 anos),
envolvidas, após a solicitação das respectivas
tratar-se do primeiro evento (AVC), ter lesão
autorizações: Hospitais da Universidade de
neurológica com compromisso da actividade
Coimbra, Administração Regional de Saúde do
motora, sem compromisso cognitivo que
Centro e as Unidades de Internamento
inviabilizasse a colaboração e concordar
(Convalescença – HAJC; AFMP; CMRRC – RP,
participar no estudo após ter recebido
Média duração e Reabilitação – AFMP; LS - DV;
informação adequada a respeito do mesmo-
CRC; SB; CDEC; N-GAG S.A.; SCMA; ADFP;
Assim foram referenciadas 564 pessoas idosas
INSN – SCMVNP, Longa duração e Manutenção
nas várias unidades de internamento
– LS – DV; SB; CDEC; N-GAG S.A.; SCMA;
(Convalescença – 130, Média duração e
ADFP; INSN – SCMVNP) da RNCCI
Reabilitação – 208, Longa duração e
seleccionadas no distrito de Coimbra.
Manutenção – 126), sendo inquiridas 92 pessoas; foram invalidados 4 dos protocolos incluídos nos anteriores (1 por alterações
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cognitivas, 2 por altas precoces e 1 por
a classificação, normal, leve, moderado, severo
falecimento), constituindo-se assim, a população
e muito severo (Lovibond e Lovibond, 1995).
deste estudo de 88 pessoas idosas que se
A GDS-15 (Sheikh e Yesavage, 1986), versão
encontravam no seu processo de reabilitação na
portuguesa Apóstolo (2011) é uma escala de
RNCCI, no distrito de Coimbra (Convalescença
hetero-avaliação, composta por quinze itens,
– 44, Média duração e Reabilitação – 38, Longa
com duas alternativas de resposta (sim ou não),
duração e Manutenção – 6).
consoante o indivíduo se tem sentido ultimamente, em especial na semana transacta.
Instrumentos de investigação
É atribuído um (1) ponto à resposta “Sim” e zero
O instrumento é composto por questões
(0) pontos à resposta “Não”. Nas questões
sociodemográficas, socioeconómica, biológica e
1,5,7,11 e 13 inverte-se a pontuação. Como
de saúde (variáveis referidas nas características
ponto de corte foi utilizado o valor 5/6.
da amostra) e pelas versões portuguesas da
Na amostra em estudo (n=88) verificou-se forte
Depression Anxiety and Stress Scale
correlação negativa (rs=-0,74**) entre a GDS-15
(DASS-21), Geriatric Depression Scale
e a SWLS e forte correlação positiva entre a
(GDS-15) e Satisfaction With Life Scale (SWLS).
GDS-15 e a escada de depressão da DASS
A DASS-21, versão portuguesa (Apóstolo et al.,
(rs=0,83**) que são fortes argumentos em
2006; Apóstolo, Tanner, e Arfken, 2012) são um
relação à validade da GDS-15.
conjunto de três sub-escalas, do tipo likert, de 4
Satisfaction With Life Scale (SWLS), adaptado
pontos. Cada sub-escala é composta por 7
de Simões (1992) este instrumento de medida,
itens, destinados a avaliar a perturbação de
configura-se como um dos instrumentos do
depressão, de ansiedade e de stress (Lovibond
género, potencialmente mais úteis e
& Lovibond, 1995). As três sub-escalas da
psicometricamente mais válidos, sendo
DASS-21 podem ser consideradas consistentes
originalmente elaborado por Diener e
com o modelo tripartido de Clark & Watson
colaboradores em 1985 (Simões, 1992). Este
(1991), uma vez que a depressão é
autor afirma que em Portugal este instrumento
caracterizada por baixo afecto positivo, baixa
foi validado pela primeira vez por (Neto et al.,
auto-estima e incentivo e desesperança, a
1990) e que o seu estudo pretendia trazer novas
ansiedade por híper-estimulação fisiológica e o
aproximações para a validação do mesmo,
stresse por tensão persistente, irritabilidade e
tendo como finalidades a redução para cinco o
baixo limiar para ficar perturbado ou frustrado
número de opções de resposta, assim como
(Lovibond e Lovibond, 1995).
tornar o conteúdo mais compreensível, por parte
As pontuações da DASS-21 foram calculadas
de populações de nível culturalmente inferior ao
para cada uma das sub-escalas e multiplicadas
do estudo realizado inicialmente por (Neto et al.,
por dois. Para cada um dos três estados
1990), permitindo a avaliação a outras
(Depressão – DASS 3, 5, 10, 13, 16, 17 e 21;
populações, com idades e níveis culturais
Ansiedade – DASS 2, 4, 7, 9, 15, 19 e 20 e
diversificados.
Stress – DASS 1, 6, 8, 11, 12, 14, 18) foi usada
Neste sentido entendemos adaptar este instrumento de medida no nosso estudo, por ser
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de fácil aplicabilidade e em termos conceptuais
idosos (17 pessoas apresentam idade inferior a
estar subjacente a satisfação com a vida,
65 anos); 40,91% eram mulheres e 59,09%
avaliando componentes fundamentais do bem-
eram homens. Relativamente ao seu estado civil
estar subjectivo, sendo constituído por cinco
9,09% eram solteiros, 53,41% casados, 9,09%
itens: “ A minha vida parece-se em quase tudo,
divorciados e 28,41% viúvos; O nível de
com o que eu desejaria que ela fosse; As
escolaridade mais frequente era de 1 a 4 anos
minhas condições de vida são muito boas;
(42.0%), seguindo-se 15,9% com escolaridade
Estou satisfeito com a minha vida; Até agora,
entre 5 e 9 anos; de salientar que 22,7% eram
tenho conseguido as coisas importantes da vida,
analfabetos
que eu desejaria; Se pudesse recomeçar a
Entre os participantes 82,96% apresentavam o
minha vida, não mudaria quase nada”,
diagnóstico de AVC isquémico e 14,77% de AVC
possibilitando cinco respostas alternativas,
hemorrágico e 2.27% AVC mal definido.
desde “1 – Discordo Muito” até “5 – Concordo
Na amostra em estudo (n=88) verificou-se forte
Muito”.
correlação negativa (rs=-0,74**) entre a GDS-15
Este instrumento permite obter uma
e a SWLS e forte correlação positiva entre a
classificação global (mínimo 5, máximo 25), que
GDS-15 e a escada de depressão da DASS
após a análise, quanto mais elevado for o
(rs=0,83**) que são fortes argumentos em
resultado maior será a satisfação com a vida
relação à validade da GDS-15.
(Simões, 1992).
Como pode ser observado na tabela 1,
A satisfação com a vida foi utilizada neste
relativamente à gravidade das perturbações
estudo como para avaliar a validade de critério
depressivas de ansiedade e stresse: 44,83%
da GDS-15. Na amostra em estudo as três
(GDS) ou 45,98% (DASS) dos indivíduos
escalas revelaram consistência interna
apresentavam algum grau de perturbação
adequada.
depressiva; 12,65% revelavam níveis severos ou extremamente severos; 29,54%
Medidas estatísticas
apresentavam algum grau de ansiedade, com
As medidas estatísticas utilizadas neste estudo
9,09% a revelarem níveis severos ou
para apresentação de resultados foram: teste de
extremamente severos; 21,84% apresentavam
Mann-Whitney, correlação de Spearman,
algum grau de stresse, com 4,6% a revelarem
estatísticas de resumo e frequências absolutas
níveis severos ou extremamente severos.
e relativas. Dado as variáveis em estudo não
Verificamos ainda que 40,91% dos indivíduos da
apresentam distribuição assimétrica, pelo que
tipologia convalescença apresentam algum grau
optámos pelo uso de testes não paramétricos.
de perturbação depressiva que é mais elevada nos indivíduos da tipologia Média duração e
Resultados
Reabilitação (67,57%) e ainda mais elevada nos
Participaram no estudo 88 utentes (na Dass
de tipologia de Longa duração e Manutenção
Depressão e na GDS – 15 - n=87), idade
(83,33%) com a limitação relacionada com o
mínima 55, máximo 91, média de idades 72,95
tamanho da amostra (n=6).
anos e desvio padrão 8,00. Maioritariamente JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951
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Tabela 1: Severidade das perturbações depressivas de ansiedade e de stress
DASS-21
Normal
Leve
Depressão Ansiedade Stresse GDS
Moderado Severo
54,02% 10,34% 70,46% 7,95% 78,16% 10,34% Sem Com depressão depressão Total de indivíduos 55,17% 44,83% Convalescença (n=44) 59,09% 40,91% Média Duração (n=38) 32,43% 67,57% Longa Duração (n=6) 16,67% 83,33%
22,99% 12,50% 6,90%
Extrsevero 8,05% 4,60% 3,41% 5,68% 3,45% 1,15%
Diferenças das perturbações depressivas de
Analisando a diferença quanto à tipologia de
ansiedade e de stresse quanto ao sexo e quanto
cuidados continuados verifica-se, quer na
à tipologia de cuidados continuados (Quadro 1).
avaliação com a GDS-15 que com a escala de
Relativamente às diferenças de sexo, as
depressão da DASS, que os indivíduos da
mulheres apresentam níveis mais elevados de
tipologia 30 a 90 Dias – Média duração e
ansiedade do que os homens, não sendo
Reabilitação apresentam valores de depressão
evidenciada essa diferença em relação à
mais elevados que os da tipologia 30 Dias –
depressão e ao stresse.
Convalescença não sendo evidente essa diferença em relação à ansiedade e ao stresse.
Quadro 1: Diferenças perturbações depressivas de ansiedade e de stresse quanto ao género e quanto à tipologia de cuidados continuados
Sexo DASS Ansiedade
DASS Depressão DASS Stress GDS-15 DASS Ansiedade
DASS Depressão DASS Stress GDS-15
Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem 30 Dias - Convalesc. 30 a 90 dias - M. dur. 30 Dias - Convalesc. 30 a 90 dias - M. dur. 30 Dias - Convalesc. 30 a 90 dias - M. dur. 30 Dias - Convalesc. 30 a 90 dias - M. dur.
Média de Mediana z postos 36 52,58 2.5 -2,506 52 38,90 1.5 35 50,03 5 -1,838 52 39,94 3 36 49,49 5 -1,542 52 41,05 2,5 35 48,21 8 -1,283 52 41,16 6 44 38,28 2 -1,335 38 45,22 2 44 34,09 2 -2,901 37 49,22 5 44 37,86 2,5 -1,505 38 45,71 4,5 44 35,23 5 -2,419 37 47,86 8 nº
p 0,012 0,066 0,123 0,200 0,182 0,004 0,132 0,016
*Não foi avaliada a diferença no grupo em Tipologia de Longa duração e Manutenção: n=6 JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951
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Discussão dos resultados
estudo em causa no que respeita à perturbação
A validade concorrente da GDS-15 avaliada
depressiva mas mais elevados no que respeita
através da análise da sua correlação com SWLS
às perturbações de ansiedade e stresse.
e a escala de depressão da DASS-21 revelou
Ta m b é m n a q u e l e s d o i s e s t u d o s f o r a m
valores de correlação elevados, positivos entre
identificados níveis severos ou muito severos de
os dois conceitos semelhantes e negativos entre
perturbações de depressão, ansiedade e
conceitos divergentes o que é a favor da
stresse a oscilar entre 12 e 22% que são valores
validade concorrente da GDS-15.
mais elevados do que no estudo em causa.
Os resultados obtidos para a prevalência
No que respeita à comparação por sexo, este
pontual das perturbações afectivo-emocionais
estudo, apenas evidenciou diferenças para a
(depressão, ansiedade e stresse) são elevados,
depressão. Comparando com os estudos já
especialmente no que respeita à perturbação
referenciados (Apóstolo, Figueiredo e Loureiro,
depressiva a rondar os 45% com 12,65%
2012; Apóstolo et al., 2011a; Apóstolo et al.,
revelando níveis severos ou extremamente
2011b) as mulheres apresentam níveis médios
severos de depressão.
de depressão, ansiedade e stresse mais
Estes valores sendo considerados elevados,
elevados que os homens e níveis de
são inferiores a outros em que foi evidenciada
perturbação depressiva, mais elevados nas
uma prevalência de 63,29% em residentes em
pessoas institucionalizadas comparativamente
lares de terceira idade e 54,79% dos idosos
às residentes na comunidade (Apóstolo,
residentes na comunidade (Apóstolo, Figueiredo
Figueiredo e Loureiro, 2012).
e Loureiro, 2012). De salientar, no entanto, que
Estes resultados são consonantes com outros
as situações clínicas e contextuais são
resultados nacionais e internacionais (Gazalle et
diferentes
al., 2004; Papadopoulos et al., 2005; Bergdahl
Em relação à ansiedade e ao stresse os valores
et al., 2005; Castro-Costa et al., 2008; Portugal,
são menos elevados (com 29,54% e 21,84%
2009).
das pessoas a apresentarem algum grau deste
De facto, nas pessoas mais idosas, a par do
tipo de perturbações; 9,09% e 4,6% revelaram
declínio cognitivo, a depressão é um problema
respetivamente, níveis severos ou
de saúde mental comum, tendo impacto
extremamente severos) sendo difícil a sua
negativo em todos os domínios do quotidiano,
comparação com outros resultados em
sendo por isso de grande relevância na saúde
amostras com as mesmas características dado
pública. Os resultados de Djernes (2006)
que os estudos em pessoas institucionalizadas
apontam como principais preditores de
são escassos.
transtornos depressivos e de casos de sintomas
Estudos com amostras de adultos e pessoas
depressivos o sexo feminino, doenças
idosas na comunidade (Apóstolo et al., 2011a;
somáticas, declínio cognitivo, comprometimento
Apóstolo et al., 2011b) revelaram que entre 40%
funcional, falta ou perda de contactos sociais e
a 50% das pessoas apresentam algum grau de
história prévia de depressão. Já os resultados
perturbação afectivo-emocional (depressão,
apresentados por Papadopoulos et al. (2005)
ansiedade ou stresse) valores semelhantes ao
evidenciam que factores como a idade, sexo
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feminino, níveis baixos de educação e não ser
resposta emocional consequente. Na teoria de
casado, estão associados ao risco aumentado
Lazarus, a avaliação cognitiva e o coping são os
de depressão. No entanto, controlando a
mediadores fundamentais das relações de
variável - função cognitiva - estas correlações
stresse “pessoa-ambiente”. A reacção de
são espúrias, excepto para a associação com o
stresse a um acontecimento não é uma simples
estado civil.
propriedade do estímulo, mas o resultado das
O facto de estas pessoas apresentarem níveis
reacções emocionais e cognitivas do organismo.
mais baixos de perturbações afectivo-
Apesar de se considerar que os estilos de
emocionais, sobretudo de stresse e de
coping são relativamente estáveis, estes são
ansiedade, bem como a existência de maior
contextuais, podendo ser modificados de acordo
prevalência naquelas com mais tempo de
com as situações. Assim, o conceito de coping
permanência leva-nos a levantar a questão em
deve ser entendido como um processo em que
relação à forma como lidam e se adaptam à sua
as circunstâncias pessoais e a maneira como
condição de saúde e contexto.
elas são avaliadas são modificadas pela
No modelo de Lazarus e Folkman (1984) o
pessoa, no sentido de as tornar mais favoráveis
stresse é um estado emocional que é gerado
(Lazarus & Folkman, 1984, Lazarus, 1993;
quando a pessoa avalia as exigências (internas
Lovallo, 1997; Lazarus, 1999; Lovallo e Thomas,
ou externas) como sendo causadoras de dano,
2000).
ameaça ou desafio e como não tendo os
Te n d o e m c o n t a a f a l t a d e e s t u d o s
recursos necessários para lhes fazer frente.
epidemiológicos em pessoas idosas internadas
Assim, as emoções são desencadeadas tanto
em UCC que permitam caracterizar as
na avaliação primária (avaliação da exigência)
perturbações afectivo-emocionais e delinear
como na secundária (avaliação de coping),
intervenções adequadas, reduzindo a co-
constituindo os três conceitos – stresse, emoção
morbilidade, espera-se que os resultados deste
e coping – uma unidade conceptual, na qual as
estudo reforcem o conhecimento,
emoções são o conceito supra organizador, pois
especificamente no que diz respeito à
inclui o stresse e o coping.
prevalência, diferença de género e quanto à
O fenómeno do stresse ocorre se a avaliação
tipologia de CC, contribuindo para o desígnio
tem um resultado negativo e a situação é
maior de facilitar “as transições, os processos
percebida como potencialmente prejudicial e
de transição, fornecendo, gerindo autocuidado
difícil de lidar. O conceito de coping envolve
terapêutico desde a concepção até à morte – ao
uma variedade de comportamentos, cognições e
longo do ciclo vital, procurando que o percurso
percepções que oferecem alguma protecção ao
vivencial de indivíduos, famílias e comunidades
stresse e estão relacionados com o bem-estar
seja cumprido com bem-estar e não apenas no
individual. A reacção pessoal aos
conceito de saúde ou no de ausência de
acontecimentos depende de como cada pessoa
doença” (Queirós, 2012)
a percebe, ameaçadora ou não. Neste sentido, não é a situação em si mesma, mas a forma como o indivíduo a avalia que determina a JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951
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Conclusões
theory-based subtype of depression.
A prevalência pontual de perturbações afectivo-
Psychological Review. Vol. 96, n. 2, p. 358-372.
emocionais (depressão, ansiedade ou stresse) é elevada, especialmente em relação à
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perturbação depressiva, mas mais baixa quando
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comparada com outros estudos como aqueles feitos em pessoas idosas institucionalizadas em
ALEXOPOULOS, G. S. [et al] (2002) -
lares de terceira idade residentes na
Comorbidity of Late Life Depression: An
comunidade.
Opportunity for Research on Mechanisms and
As mulheres apresentam níveis mais elevados
Treatment. BIOL PSYCHIATRY. Vol. 52, n. 6, p.
de ansiedade do que os homens, não sendo
543-558.
evidenciada essa diferença em relação à depressão e ao stresse. As pessoas que se
APÓSTOLO, J. L. A. (2010) – O conforto pelas
encontram em unidades de internamento de
imagens mentais na depressão ansiedade e
tipologia de média duração e de reabilitação
stresse. Coimbra: Imprensa da Universidade de
apresentam valores de depressão mais
Coimbra.
elevados que as da tipologia de convalescença não sendo evidente essa diferença em relação à
APÓSTOLO, J. L. A. (2011) – Adaptation into
ansiedade e ao stresse. Estas diferenças não
European Portuguese of the Geriatric
são consonantes com outros resultados em que
Depression Scale (GDS-15). In Suplemento à
as mulheres apresentam, na generalidade níveis
Revista de Enfermagem Referência 2011 - Actas
mais elevados de perturbações depressivas, de
da XI Conferência Iberoamericana de Educação
ansiedade e de stresse, em amostras de
em Enfermagem da ALADEF, Coimbra.
pessoas adultas e idosas internadas ou a residir na comunidade.
APÓSTOLO, J. L. A. ; FIGUEIREDO, M. ;
Estes resultados levam-nos a reflectir sobre a
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capacidade de adaptação destas pessoas à sua
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