6 dor cronica

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Fonseca, C. et al. (2017) Resultados da Intervenção de Enfermagem Não-Farmacológica na Pessoa idosa com Dor Crónica: Revisão Sistemática da Literatura, Journal of Aging & Innovation, 6 (3): 59 - 67 REVISÃO SISTEMÁTICA / SYSTEMATIC REVIEW

DEZEMBRO 2017

Resultados da Intervenção de Enfermagem Não-Farmacológica na Pessoa idosa com Dor Crónica: Revisão Sistemática da Literatura Outcomes of the Nursing Intervention at the level of Non-Pharmacological Measures in the Person with NonOncologic Chronic Pain: Systematic Review of Literature Resultados de la intervención de enfermería en las medidas no farmacológicas en la persona con dolor crónico no oncológico: Revisión Sistemática de la Literatura Autores César Fonseca 1 Ana Ramos 2, Catarina Barbosa 3,, Dulce Gonçalves 4,, Isabel Pão-Alvo 5, Maria Aurea Tobio 6 ,, Teresa Gonelha 7,, Vítor Santos 8, Isabel Nunes 9 1

PhD, Universidade de Evóra, Investigador POCTEP 0445_4IE_4_P, 2 PhD Student, 3,4,5,6,,7 RN, 8,9 CNS, MsC

Corresponding Author: cesar.j.fonseca@gmail.com

RESUMO Considerando o elevado número de pessoas que vivenciam dor crónica, com necessidade de cuidados diferenciados, torna-se necessário identificar as intervenções de enfermagem não-farmacológicas no controlo da dor e os ganhos em saúde. Como objectivo pretende-se identificar os indicadores da intervenção de enfermagem com recurso a medidas não farmacológicas, na pessoa com dor crónica não oncológica, com idade superior a 18 anos e inferior a 65 anos. Foi realizada uma pesquisa na EBSCO (CINAHL, MEDLINE), utilizando o método de PI[C]O, com recurso aos termos MeSH e os descritores foram: [(Nursing) AND (Outcomes) AND (Chronic pain)]. Os estudos selecionados foram os publicados de 2010 a 2016, num total de 61 artigos, dos quais foram extraídos e analisados criticamente 7. Os resultados da análise, permitem sintetizar a diversidade de intervenções não farmacológicas, como recursos dos enfermeiros no cuidar da pessoa com dor crónica, não oncológica: (1) Acupressão auricular; (2) Estimulação auditiva; (3) Manipulação da coluna cervical e torácica; (4) Massagem; (5) Atividade física; (6) Uso de roupa interior de lã; (7) Diálogo terapêutico e (8) Intervenções comportamentais. Ficaram patentes as melhorias significativas no controlo da dor, no aumento da capacidade funcional, na melhoria da qualidade de vida, na adaptação de estratégias eficazes, no controle de estados de desajuste psiclógicos e no aumento da literacia em sáude. Esta Revisão Sistemática da Literatura comprova os benefícios da integração de medidas não farmacológicas nas intervenções de enfermagem, em associação à terapêutica farmacológica. A efectividade comprovada permite concluir a necessidade de otimização das medidas não farmacológicas, nas intervenções de enfermagem em ambiente hospitalar e nos cuidados de saúde primários. Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem, Intervenções Não-farmacológica, Dor crónica, Indicadores. ABSTRACT Considering the high number of people who experience chronic pain, in need of differentiated care, it is necessary to identify non-pharmacological nursing interventions in pain control and health gains. The objective of this study is to identify the indicators of nursing intervention using nonpharmacological measures in the person with chronic non-oncologic pain, aged over 18 years and under 65 years. We performed a search in EBSCO (CINAHL, MEDLINE), using the method of PI [C] O, using the MeSH terms and the descriptors were: [(Nursing) AND (Outcomes) AND (Chronic pain). The selected studies were those published from 2010 to 2016, in a total of 61 articles, from which they were extracted and critically analyzed 7. The results of the analysis allow us to synthesize the diversity of non-pharmacological interventions, such as the nurses' resources in caring for the person with chronic non-oncologic pain: (1) Auricular Point Acupressure; (2) Hearing stimulation; (3) Manipulation of the cervical and thoracic spine; (4) Great time (5) Physical activity; (6) Use of woolen underwear; (7) Therapeutic dialogue and (8) Behavioral interventions. Significant improvements in pain control, increased functional capacity, improved quality of life, adaptation of effective strategies, control of psychological maladjustment, and increased health literacy were evident. This Systematic Review of Literature demonstrates the benefits of integrating non-pharmacological measures into nursing interventions in association with pharmacological therapy. Proven effectiveness allows us to conclude the need for optimization of non-pharmacological measures in nursing interventions in the hospital environment and in primary health care. Keywords: Nursing Care, Interventions Non-pharmacological, Chronic Pain, Indicators.

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INTRODUÇÃO

números avançados, as queixas mais frequentes

O ser humano vive em constante interação

são de dor lombar (32,9%) e dor cervical 24,1%.

com o meio e a sociedade, na expectativa de

De acordo com a Pain Proposal (2010),

estabelecer excelentes relações humanas com

projeto europeu desenvolvido para avaliar o

os seus semelhantes, alcançar melhor saúde e

impacto da dor crónica na Europa, afeta

qualidade de vida. Este patamar de bem-estar é

aproximadamente 36% da população portuguesa

muitas vezes rompido no confronto com uma

com mais de 18 anos. Desencadeia sofrimento

situação de doença.

de cerca de 3 milhões de indivíduos, com

Das múltiplas condicionantes no dia-a-dia

consequências na saúde, bem-estar, atividades

das pessoas que recorrem aos serviços de

de vida diária e desempenho profissional, o que

saúde, sobressai a dor crónica, definida pela OE

determina elevados custos para o sistema de

(2008), como sendo “prolongada no tempo,

saúde e para a economia nacional. Avaliou ainda

normalmente com difícil identificação temporal

o impato económico nas pessoas com dor

e/ou causal, que causa sofrimento, podendo

crónica, que estão ausentes do trabalho pelo

manifestar-se com várias características e gerar

menos 14 dias por ano, por baixa médica,

diversas situações patológicas”.

representando um valor superior a 290 milhões

Experiência

subjetiva,

complexa

e

multidimensional, frequentemente modulada por

de euros por ano, em custos salariais suportados pela segurança social.

fatores como a bagagem cultural, experiências

A dor tende a persistir e a ganhar autonomia

passadas, significado da situação, atenção, nível

própria, transformando-se em doença e fazendo-

de estimulação e contingências reforçadas.

se acompanhar por outros sinais de morbilidade,

Constitui, sem dúvida, a forma de dor com

nem sempre com causa conhecida, não sendo o

maiores

seu

repercussões

no

deterioração da qualidade

indivíduo, de

vida

pela e

alívio

exclusivamente

dependente

da

na

utilização de fármacos, nem tão pouco da

sociedade, pelos gravosos custos que acarreta

eficácia obtida na eliminação da referida e

(DGS, 2013)

eventual causa.

Segundo os resultados do Instituto Nacional

A pessoa com dor vivencia uma situação

de Estatística (INE) no que respeita ao Inquérito

única e particular, frequentemente confrontada

Nacional de Saúde de 2014, realizado em

com

conjunto com o Instituto Nacional de Saúde

ocultando o seu sentir e as suas necessidades,

Doutor Ricardo Jorge, abrangendo todo o

pela baixa auto estima, alteração da auto

território nacional, entre Setembro e Dezembro

imagem, comprometendo a relação com o outro

de 2014, mais de 5,3 milhões de pessoas

e com o meio envolvente.

residentes em Portugal com 15 ou mais anos de idade

(cerca

de

metade

da

isolamento,

com

evolução

silenciosa,

Enquanto profissional de saúde privilegiado

população

pela proximidade e tempo de contacto com o

portuguesa) referiram ter pelo menos uma

doente, o enfermeiro tem uma intervenção fulcral

doença crónica em 2014. De acordo com os

no

controlo

da

dor.

As

intervenções

de

enfermagem junto à pessoa com dor incluem a JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

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avaliação, o controlo e o ensino, devidamente documentadas (OE, 2008).

METODOLOGIA A estratégia de pesquisa desenvolvida na

Cuidar do doente com dor constitui um

presente RSL, teve início na formulação da

desafio gratificante para o enfermeiro, detentor

questão

de conhecimentos especializados sobre várias

indicadores/resultados (O) da intervenção de

opções terapêuticas, com ênfase nas medidas

enfermagem

não

farmacológicas (I), na pessoa com dor crónica

farmacológicas.

O

controlo

da

dor

compreende as intervenções destinadas à sua

em

formato ao

nível

PI[C]O: das

Quais

medidas

os não

não oncológica (P)?

prevenção e tratamento, assim, sempre que o

Deste modo, foi realizada pesquisa, usando

enfermeiro identifique a provável ocorrência de

os termos MeSH e palavras-chave pela opção

dor ou avalie a sua presença deve intervir na

“full text”, com o recurso à base de dados

promoção de cuidados que a aliviam ou reduzam

eletrónica da EBSCO (MEDLINE, CINAHL) e dos

para níveis considerados aceitáveis pela pessoa

descritores: [(Nursing)

(OE, 2008).

(Chronic pain)]. Os estudos selecionados foram

AND (Outcomes) AND

O enfermeiro desenvolve intervenções não

publicados entre 2010 e 2016, pesquisados em

farmacológicas em complementaridade e não em

texto integral entre dezembro de 2016 e fevereiro

substituição da terapêutica farmacológica e estas

de 2017, tendo resultado um total de 61 artigos,

devem ser escolhidas de acordo com as

dos quais foram selecionados 7.

preferências

do

doente,

os

objetivos

do

Como critérios de inclusão, foram definidos

tratamento e a evidência científica Classifica as

artigos de enfermagem com incidência nas

intervenções não farmacológicas em físicas,

intervenções não farmacológicas, em pessoas

cognitivo - comportamentais e de suporte

adultas, com idade superior a 18 anos, com dor

emocional. (OE, 2008).

crónica

Esta problemática vai ao encontro da questão de

investigação:

Quais

os

indicadores

explícitos

não

oncológica,

associados

à

com

resultados

intervenção

de

enfermagem. Em relação aos critérios de

resultantes da Intervenção de Enfermagem ao

exclusão,

foram

eliminados

os

artigos

nível das medidas Não-Farmacológicas na

relacionados com dor aguda, dor oncológica,

Pessoa com Dor Crónica não oncológica? Deste

pessoas adultas com idade superior a 65 anos e

modo, define-se como objetivo para a presente

sobre intervenções farmacológicas. Excluíram-se

revisão sistemática da literatura (RSL): Identificar

ainda estudos em crianças e grávidas, sem

os indicadores da intervenção de enfermagem

correlação com a temática e todos os repetidos.

com recurso a medidas não farmacológicas, na

A avaliação dos níveis de evidência dos

pessoa com dor crónica não oncológica, com

artigos selecionados foi realizada segundo os

idade superior a 18 anos e inferior a 65 anos.

sete níveis de evidência propostos por Melnyk e Fineout-Overholt (2015).

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APRESENTAÇÃO

E

DISCUSSÃO

DOS

RESULTADOS

selecionados e que constituem o ponto de

Na Quadro Nº 1 encontra-se a síntese de dados,

partida para a elaboração deste artigo e das

que engloba uma listagem com 7 artigos

conclusões retiradas.

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Os resultados da análise dos artigos supra-

e relaxantes musculares com menos frequência,

referenciados na Tabela 2, permitem sintetizar a

que o grupo controle.

diversidade de intervenções não farmacológicas,

No Estudo de Panpanit (2015) e também

como recursos dos enfermeiros no cuidar da

corroborado pelos restantes autores, Programas

pessoa com dor crónica, não oncológica. O

de Educação que incluem estratégias para gerir

número

pressupõe

a dor e sintomas coexistentes, comportamentos

investimento acrescido nesta matéria, permitindo

de estilo de vida saudáveis e estratégias de

incrementar os dados recolhidos e torná-los

resolução de problemas, revelaram melhoria na

ainda mais credíveis na evidência resultante

funcionalidade e auto-gestão dos indivíduos.

desta RSL. Na pormenorização da análise, o

Realçam as diretrizes da American Pain Society,

estudo randomizado controlado de Kiyak (2012),

quanto à educação do doente, recomendada

avalia o benefício da utilização de roupa interior

como um primeiro passo essencial no controlo da

de lã em adultos com Lombalgia Crónica. Verifica

dor antes da intervenção farmacológica ou outras

que a lã tem uma maior capacidade de reter

formas de intervenção.

calor, em comparação com a fibra, melhorando a

Segundo Yeh (2015) no seu estudo, a mudança

tensão muscular, reduzindo desta forma a

de intensidade da dor, em pessoas com dor

intensidade de dor. Verificou melhoria na

lombar

funcionalidade nos adultos com Lombalgia

acupressão auricular, num programa de quatro

Crónica, com o calor produzido pelo uso de roupa

semanas, era notória. Verificou uma redução de

interior de lã. O grupo de tratamento relatou o uso

30% da intensidade da dor, logo após o primeiro

de analgésicos, anti-inflamatórios não-esteróides

tratamento e uma melhoria contínua de 44%, até

reduzido

de

artigos,

crónica,

através

da

aplicação

de

ao final do tratamento. JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

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O mesmo autor conclui que a acupressão

crónica

auricular é um tratamento eficaz, não invasivo,

submetido

sendo um método simples de alívio da dor.

complexidade,

A eficácia do procedimento combinado de

torácica e torácica, permitiu concluir que a maior

massagem

complexidade de manipulações resulta em maior

e

eletroterapia,

com

corrente

comparativamente a

manipulações na coluna

grupo

de

maior

cervical,

cervico-

redução

crónica não especifica de etiologia mecânica, foi

diminuição semelhante da dor cervical em ambos

o resultado do estudo de Lara-Palomo (2013). As

os grupos. Em ambos os grupos, ocorreu

escalas de avaliação foram aplicadas antes do

aumento da amplitude de movimento cervical.

tratamento e imediatamente após o último

O programa de acompanhamento multidisciplinar

tratamento

demonstraram,

de gestão da dor crónica, apresentado na revisão

melhoria significativa na incapacidade funcional,

de Dysvik (2011), demonstrou as evidências

no controlo da dor e na qualidade de vida.

substanciais que suportam o uso de abordagens

No estudo aleatório de Saavedra-Hernández

na Terapia Cognitiva Comportamental para a dor

(2013), com recurso a manipulações da coluna

crónica, na ajuda aos doentes, de modo a gerir

cervical em pessoas com dor cervical mecânica

mais eficazmente e melhorar a sua qualidade de

resultados

vida,

bem

incapacidade

um

interferencial, em pessoas com dor lombar

cujos

da

com

como

a

funcional,

capacidade

com

funcional

relacionada com a saúde.

CONCLUSÃO Cuidar do doente com dor crónica representa um

A dor é uma experiencia única e individual,

desafio

revestida de elevada complexidade, para a qual

e

uma

experiência

com

retorno de

não existe um único tratamento para todos os

enfermagem, pelos resultados obtidos com o

doentes e para todas as situações, podendo ser

recurso

útil recorrer a várias estratégias para conseguir

compensatório às

para medidas

o não

profissional

farmacológicas,

sustentadas na evidência científica. JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

bons resultados (Elvin, Perry e Potter, 2005). VOLUME 6. EDIÇÃO 3


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As intervenções individualizadas de enfermagem

tratamento da pessoa com dor crónica de varias

ao nível das medidas não farmacológicas, são

etiologias.

desenvolvidas no âmbito de uma visão que

Apresentamos na Quadro Nº 3, de forma

integra a pessoa ao nível biopsicossocial,

sistemática,

capacitando-a e responsabilizando-a a envolver-

resultados/indicadores, agrupados nos domínios

se no seu processo de reabilitação.

apresentados

É do consenso, pautado pela literatura, que as

incluídos: Controlo da dor, Estado funcional,

intervenções não farmacológicas só por si não

Estratégias de adaptação eficazes, Qualidade de

substituem as intervenções farmacologias mas

vida,

que a combinação destas traz benefícios para o

Literacia em saúde.

JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

Estados

o

resumo

pelos

de

dos

autores

desajuste

dos

principais artigos

psicológico e

VOLUME 6. EDIÇÃO 3


Página 66

No estado funcional revelou-se importante a

Fonseca J, Lopes M, Ramos A. (2013) - People

redução da incapacidade e mudanças positivas

with pain and intervention needs: systematic

no padrão de sono. Quanto à qualidade de vida,

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Revista

Brasileira

De

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Promove estratégias de adaptação eficazes, com

nacional de saúde (INS). Acedido na internet em

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Página 67

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of

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M,

Arroyo-Morales

M,

Cantarero-Villanueva

I,

Fernández-Lao

C,

Castro-Sánchez A, Fernández-de-las-Peñas C, et al. (2013)- Short-term effects of spinal thrust joint manipulation in patients with chronic neck pain:

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Clinical

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VOLUME 6. EDIÇÃO 3


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