hyatoprol

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Santos, V., Santos, A., Menoita, E. (2012) Healing of complex wounds: Results of the application of a complex of Hyaluronic acid and iodine. Journal of Aging & Inovation, 1 (5): 69-88

ESTUDO DE CASO / CASE STUDY

SETEMBRO, 2012

CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS COMPLEXAS: RESULTADOS DA APLICAÇÃO DE UM COMPLEXO DE ÁCIDO HIALURÓNICO E IODO HEALING OF COMPLEX WOUNDS: RESULTS OF THE APPLICATION OF A COMPLEX OF HYALURONIC ACID AND IODINE CICATRIZACION DE HERIDAS COMPLICADAS: RESULTADOS DE LA APLICACIÓN DE UN COMPLEJO DE ÁCIDO HIALURÓNICO Y YODO

Autores

Vítor Santos1, Ana Sofia Santos2, Elsa Menoita3 1

Enfermeiro Especialista, MsC, Centro Hospitalar Oeste Norte, 2 Enfermeira Especialista, MsC, Hospital

Curry Cabral,

3 Enfermeira,

Centro Hospitalar Oeste Norte CorrespondingAuthor:10459chon@gmail.com

Resumo O ácido hialurónico, um glicosaminoglicano (GAG), é um polissacárido encontrado em muitos locais no corpo humano, tais como o tecido da pele, olhos e tecido conjuntivo. Ela também é encontrada em outros mamíferos e bactérias. Como um componente da matriz extracelular, o seu papel na reparação de feridas, entre outros, é o de proporcionar uma estrutura temporária para suportar a formação de tecido novo. Aproveitando a ação terapêutica do ácido hialurônico numa aplicação tópica de benefício clínico comprovado mostrou-se desafiante. Um novo desenvolvimento da tecnologia hyaluronan, compreendendo hialuronato de sódio e complexo de iodo, oferece uma nova abordagem na exploração dos benefícios do ácido hialurónico e entregando reais benefícios clínicos para uma vasta gama de tipos de feridas complexas. Assim foram realizados os estudos de caso apresentados neste artigo, os primeiros em que se utilizou este produto em Portugal, com o apoio da Queenlabs, Lda. Palavras-chave: Ácido hialurônico; cicatrização; ferida; antimicrobiano; iodo, case study

Abstract Hyaluronic acid, a glycosaminoglycan (GAG), is a polysaccharide found in many places in the human body, such as skin tissue, eye tissue and in all kinds of connective tissue. It is also found in other mammals and bacteria. As a component of the extracellular matrix, its role in wound repair, among others, is to provide a temporary structure to support the formation of new tissue. Harnessing the therapeutic action of hyaluronic acid in a topical application of proven clinical benefit proved challenging. A new development in technology hyaluronan, comprising sodium hyaluronate and iodine complex, offers a new approach in exploiting the benefits of hyaluronic acid and delivering real clinical benefits for a wide range of types of wounds complex. So we carried out the case studies presented in this article, the first ones in which this product is used in Portugal, with the support of Queenlabs, Lda. Keywords: Hyaluronic Acid, healing, wound; antimicrobial; iodine

INTRODUÇÃO O ácido hialurónico, é um polímero de ocorrência natural dentro da pele, que tem sido extensivamente estudado desde a sua descoberta, em 1934. Tem sido usado numa ampla variedade de áreas médicas tão diversas como ortopedia e cirurgia cosmética, mas é na JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

engenharia de tecidos que têm sido obtidos os maiores avanços. Os produtos de degradação desta macromolécula têm uma diversidade de propriedades que lhe conferem vantagens no campo de cicatrização da ferida. Pode ser fabricado sob várias formas, desde géis, ou apósitos sólidos.

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Recentemente, a investigação sobre a

colágeno bovino com outro produto, como por

cicatrização de feridas expandiu

exemplo a celulose regenerada oxidada (Price

dramaticamente. Este tem sido alimentado por

et al., 2005).

uma série de descobertas, particularmente nos últimos 25 anos. Técnicas descritas no último quarto de século incluem a cultura de queratinócitos humanos em 1975, o primeiro análogo dérmico em 1979, e a descoberta de uma variedade de citocinas e mediadores inflamatórios que modulam a cicatrização de feridas (Chen, 1999). A abertura de cada campo levou a explosões em tecnologia, que teve ramificações em quase todos os ramos da medicina. Na área da cicatrização de feridas, os produtos de engenharia variam de pensos simples para feridas, a substitutos de pele formados a partir de culturas mistas, o chamados enxertos sitéticos.

Em contraste com a matriz de colagénio, os materiais de ácido hialurónico são derivados a partir do produto mesma base, que é altamente conservada entre as espécies. É necessária uma modificação química a fim de se obter uma estrutura de um polímero estável, mas o material é essencialmente o mesmo, independentemente da sua origem. Além disso, o material é relativamente único no campo da engenharia de tecidos uma vez que os seus produtos de degradação parecem ser activos na cicatrização de feridas. Isto conduziu a uma riqueza de pesquisa dentro do campo da cicatrização de feridas e permitiu que o material pudesse ser usado numa variedade de formas.

De um modo geral, as pesquisas têm se concentrado em duas áreas. A primeira delas, as complexas interações baseadas em mediadores inflamatórios e citocinas, que está além do âmbito do presente artigo, mas é um campo de possibilidades que surgem,

e no

qual, por exemplo, a manipulação de moléculas específicas podem afetar a cicatrização de feridas. A segunda grande área em estudo, consiste no enfoque sobre a matriz extracelular e das suas interacções com as células.

O Ácido Hialurónico O ácido hialurónico foi descoberto pela primeira vez no humor vítreo do olho em 1934 e foi subsequentemente sintetizado in vitro, em 1964. É um polímero com base numa unidade dupla de dois açúcares:. Ácido D-glucurónico e Nacetil -glucosamina. Os produtos de degradação do ácido hialurónico parecem ter propriedades que afectam activamente a cicatrização de

A investigação sobre a matriz extracelular tem

feridas e cinética celular (Chen 1999). Os

sido geralmente centrada em dois materiais:

estudos indicaram que a maioria dos efeitos

matrizes de colagenio e ácido hialurônico. A

atribuídos à molécula são aplicáveis a uma faixa

matriz de colagénio foi a primeira a ser

estreita de produtos de degradação e, por

desenvolvida, na década de 1980. Yannas et al.

conveniência, os fragmentos são agora divididos

desenvolveram uma matriz composta de sulfato

em variedades de cadeia curta e longa.

de condroitina de colagénio. Todos os produtos de colágeno utilizadas desta forma tem um origem xenogenética, geralmente utilizando JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

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A interação dos queratinócitos com ácido Cicatrização de Feridas e o Ácido Hialurônico + Iodo

hialurônico é complexo. Existe um corpo de evidência que sugere que a molécula se encontra dentro dos epitélios normais, sendo

Em 1991, West et al. demonstraram que a

que parece, haver preferencial interacção com

degradação produtos de ácido hialurônico

CD44 em aspectos apicais e lateral da célula.

consistiram num factor pró-angiogênico, e

Este é deslocado, de forma seletiva, por

observou que esse efeito foi limitado a

fragmentos> 10U mas não <10U.

fragmentos de entre 4 e 25 de dissacarídeos de

entre células e ácido hialurônico peri-celular,

comprimento. Este foi um dos primeiros estudos

provavelmente, depende da resposta da célula

com modulação do ambiente da ferida por ácido

ao EGF, que modula fortemente a acção deste.

hialurônico. A resposta angiogênica foi

Pensa-se que o ácido hialurónico tenha um

confirmado em 1994 e em 1997, sendo

número de inter-funções dependentes na

posteriormente esta resposta atribuída a um

cicatrização de feridas e é uma parte integrante

efeito sobre as vias de sinalização intracelular

da matriz extracelular (ECM), providenciando-

reforçada pela co-aplicação do factor de

lhe estabilidade e elasticidade. É um composto

crescimento endotelial vascular. Esta resposta

altamente higroscópico (retêm humidade); atrai

tem particular importância na biologia tumoral,

grandes quantidades de água para o espaço

onde parece ser parcialmente responsável pela

extracelular, com vários efeitos no processo de

maior angiogenese verificada em certos tumores

cicatrização da ferida. Ao manter um ambiente

(Price et al.,2005)

húmido, o ácido hialurônico protege as células

A adesão celular à matriz extracelular também parece estar estreitamente relacionada com o receptor de CD44 e ácido hialurónico. Existem provas claras de que este é o meio preferencial de fixação para fibroblastos, e pode ser o meio

A interação

contra os efeitos da secura, também ajudando a célula no movimento, ajudando a célula em divisão para dissociar-se do seu substrato e fornecer uma matriz hidratada, o que facilita esse mesmo movimento.

pelo qual as células aderem primáriamente ao

O ácido hialurônico não parece ter um papel

substrato independentemente da motilidade

ativo na modificação da resposta inflamatória. A

subsequente (Price et al.,2005).

inflamação inicia o processo de cicatrização,

A deposição de colagénio pelos fibroblastos é um dos factores-chave na reconstituição da matriz de suporte na lesão e é a natureza desta deposição que determina em grande parte a qualidade da cicatriz. Há também evidências de que a aplicação de ácido hialurónico leva a uma remodelação da matriz extracelular melhorada com uma deposição de colágeno, mais ordenada, com menor degradação. JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

mas a resposta inflamatória precisa ser moderado, senão a reparação tecidular não pode prosseguir normalmente e a matriz não tem a estabilidade necessária para a migração celular e proliferação. Parece ter um efeito contra os radicais livres, embora sua ação específica seja desconhecida. Além disso, é pensado para moderar a resposta inflamatória através das suas interacções específicas com

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c on stituin tes da re sposta in fla mat ó ri a ,

húmido pela ação higroscópica do ácido

estabilizando actividade de citoquinas e

hialurônico, não só proporciona um ambiente

reduzindo os danos induzidos pelas proteases.

ideal para a proliferação de acolhimento cel-

O ambiente de cicatrização húmido criado após aplicação tópica de ácido hialurônico interage com o apósito secundário, que permite alguma evaporação da água para o ambiente. À medida que a concentração de água reduz, o ácido hialurónico atrai mais água e factores de crescimento dos tecidos circundantes. De vido

intracelular e mobilização, mas também induz um ambiente no qual as bactérias podem multiplicar-se. Além disso, um certo número patógenos comuns em feridas, podem produzir hialuronidase, a enzima responsável para o fraccionamento do seu elevado peso molecular, como um subproduto (Dechert,2006).

ao seu elevado peso molecular vai actuar como

Enquanto a fragmentação molecular ocorre

uma bomba, em relação aos factores de

naturalmente dentro da ferida, a decomposição

crescimento, que se vão tornando cada vez

rápida da molécula altera a acção do material,

mais concentrados na ferida e optimizar

que afectam os benefícios potenciais da sua

potencial de cicatrização (Price et al.,2005).

aplicação tópica. Uma estratégia para minimizar

Apesar dos benefícios potenciais do uso do ácido hialurônico, existem fatores que limitam a sua acção na prática clínica. Reconhece-se unanimemente que a ferida não é um ambiente estéril. Todos os ferimentos são colonizados por bactérias (biocarga) que podem influenciar o processo de cicatrização. O sistema imunitário do hospedeiro está mobilizado para controlar a proliferação bacteriana e manter um equilíbrio, o que contribui para que a cicatrização possa

este facto é esterificar o ácido hialurónico, o que origina um produto com uma maior resistência à acção de hialuronidase, mas afecta a acção higroscópico do produto: quanto mais esterificado, menor a sua capacidade hidrofílica. Outra abordagem possível é combinar o ácido hialurónico com um composto antimicrobiano eficaz, que fornece protecção contra a degradação da hialuronidase, tal como iodo (Cutting,2011).

ser alcançada. No entanto, há momentos em

O iodo foi usado para a prevenção e tratamento

que as defesas do hospedeiro estão saturadas e

da infecção por mais de 150 anos, sendo que

os números de bactérias continuam a subir e a

possui um largo espectro de actividade

concorrer por nutrientes bem como produzir

antimicrobiana, rapidamente inibindo bactérias,

toxinas bacterianas com impacto negativo na

leveduras, bolores, protozoários e vírus. O iodo

cicatrização de feridas. A gestão da carga

é ainda eficaz contra bactérias formadoras de

bacteriana pela otimização de defesas do

endosporos. Estafilococos resistentes e

hospedeiro e na redução do número de

sensíveis à meticilina têm sido identificados

bactérias é aceite como um princípio importante

como igualmente susceptíveis ao iodo. Acredita-

no tratamento de feridas. Os efeitos da carga

se que a ligação de iodo com proteínas conduz

bacteriana são particularmente relevantes

à desnaturação por oxidação em aminoácidos,

quando se considera o uso tópico de ácido

actuando nas pontes de hidrogénio. Estas

hialurónico. A promoção de um ambiente

alterações afectam a estrutura e a função de

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tanto a integridade estrutural das bactérias e a

baixas concentrações de iodo numa lesão foram

sua actividade enzimática, e, portanto, têm

eficazes e não tóxicas. As reacções alérgicas ao

vérios efeitos sobre a função microbiana. Assim,

iodo são raras. Quando ocorrem, parecem estar

as alterações nas paredes celulares,

relacionadas com os compostos usados em

membranas e resultam na morte citoplasma

associação com o iodo, tais como povidona, no

rápida após a exposição ao iodo (Cutting,2011).

composto iodopovidona (Dechert, 2006).

Alguma preocupação foi levantada sobre os

Recentemente foi desenvolvido um complexo

efeitos colaterais (dor na aplicação) e toxicidade

patenteado de hialuronato de sódio 1,5% (sal de

do iodo no tratamento de feridas. Alguns

sódio de ácido hialurónico,), produzido por um

estudos têm mostrado que o iodo pode ter

processo de fermentação, iodeto de potássio a

efeitos negativos sobre a cultura de tecidos, ou

0,15% (Kl) e iodo 0,1%. De acordo com o

seja, granulócitos, monócitos, queratinócitos e

fabricante, a concentração (0,1% de iodo) é

fibroblastos; no entanto, outros relatos têm

baixa em comparação com soluções

sugerido que essa toxicidade tópica

antissépticas existentes, a fim de minimizar a

provavelmente não é de relevância clínica e é

ocorrência de irritação, embora mantendo as

dose dependente. Houve também um pequeno

propriedades do iodo contra bactérias que

número de relatos de casos de estudo, que

podem causar degradação de ácido hialurônico.

sugerem que o uso tópico de produtos com iodo

Trata-se de um composto indicado para o

podem afetar a função da tireóide. De um modo

tratamento de uma variedade de feridas agudas

geral, não há risco claro para pessoas

e crónicas complexas. Dentro da solução, o

aparentemente saudáveis. Leaper e Durani na

ácido hialurônico destina-se a promover um

sua revisão que apenas foram encontradas

ambiente húmido e maximizar o potencial de

anomalias menores em múltiplos artigos, tais

cicatrização através do apoio à viabilidade e

como um aumento no iodo ligado à proteína,

migração celular, mantendo o ambiente

mas não houve alterações em testes de função

extracelular hidratado, potenciando os fatores

da tireóide. As complicações graves só foram

de crescimento. A adição de iodo destina-se

encontradas em extensa exposição ao iodo em

primariamente para actuar como uma protecção

alta concentração (risco de disfunção tireoideia

antimicrobiana para hialuronidase, enquanto

hiper ou hipotireoidismo, acidose metabólica),

que ao mesmo tempo, fornece protecção

enquanto o risco para pacientes normais é

antimicrobiana para a ferida. Isso prolonga a

mínima. Deve-se ter especial cuidado na

disponibilidade do ácido hialurónico na ferida,

aplicação de produtos à base de iodo em

optimizando a sua acção sobre a cicatrização de

pessoas com disfunção tireoideia conhecida ou

feridas (Cutting,2011).

queimaduras extensas, crianças, mulheres grávidas ou lactantes. Um relatório de uma reunião de consenso internacional sobre o uso de iodo no tratamento de feridas, foi deduzido que formulações de libertação lenta que geram JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

Existe, portanto, um grande conjunto de evidências a partir de estudos científicos para indicar que o ácido hialurónico pode afectar, de um modo benéfico, vários dos componentes da cicatrização de feridas. Assim, o ácido Volume 1. Edição 5


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hialurónico tem sido utilizado in vivo no tratamento de feridas com algum sucesso.

Caso n.1: Sra. P.S. Senhora com 52 anos de idade, pé diabético, com úlcera neuropática em tuberosidade óssea da face lateral do pé direito, com 3 meses de

Estudos de Caso

evolução.

Para a realização destes estudos de caso, foi efectuada uma breve documentação do historial clínico do doente e caracterização da ferida. A área foi foi monitorizada recorrendo planimetria digital, com análise de fotos digitais no software OsiriX. Esse mesmo registo fotográfico serviu como base para uma avaliação mais qualitativa da evolução da ferida.

Tratamento anterior com várias terapêuticas avançadas, sem sucesso. Foi calculado no membo inferior direito (membro afetado) um indice de pressão tibio-braquial (IPTB) de 0.98, o que exclui de acordo com a observação clinica do membro, doença arterial. No membro contralateral o IPTB era de 0,96. Tratamento Implementado: Foram efectuados 2 tratamentos com alginato de cálcio + Ác. Hialurónico com iodo, num espaço temporal de 10 dias, obtendo-se cicatrização completa (Figuras 1 e 2)

Figura 1

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Figura 2 Caso n.2: Sr. J.C. Homem com 88 anos de idade, úlcera de

Trata-se portanto de uma ferida extremamente

etiologia arterial na face externa da perna

complexa e com poucas possibilidades de vir a

direita, com evolução de 1 mês. Foi efectuado

cicatrizar, ou mesmo evitar a amputação do

desbridamento de extensa área de necrose

membro que era encarada pelo médico

seca com flutuação e drenagem subjacente,

assistente como a hipotese mais provável. Foi

com técnica em tampa. Trata-se de um doente

medicado com apósito transdérmico de fentanil,

acamado, cujos antecedentes pessoais

com dose ajustavel ao longo do tempo,

conhecidos são a hipertensão arterial,

suplemento de ferro e foram pedidas análises

hipercoelesterolémia, insuficiência renal crónica,

de controlo.

anemia e insuficiência cardíaca congestiva. Foi calculado o IPTB, que era de 0,612 no membro afectado (direito) e de 0,7 no membro contralateral (esquerdo). Apresentava dor intensa, exsudado espesso moderado, tecido de granulação pálido, odor fétido, apenas ligeiro edema maleolar, musculo gemelar atrofiado, pele frágil, brilhante e sem pêlos, fria, rubor pendente e palidez da perna com elevação. Tempo de re-preenchimento do leito ungueal superior a 3 segundos. JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951

Tratamento local da Ferida: Durante 3 dias foi aplicado Alginato Ag+, de modo a combater a infecção. O apósito secundário consistiu em espuma de poliuretano. Quando se reduziram os sinais de infecção local, foi aplicado alginato de cálcio + Ác. Hialurónico com Iodo e um poliuretano como apósito secundário. A evolução da ferida está representada nas figuras 3 a 10. Em cerca de um mês e meio esta lesão arterial diminuiu 84%.

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Figura 3

Figura 4

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Caso n.3: Sr. G.E. Homem com 58 anos de idade, pé diabético, com “pé de charcot há cerca de 11 anos, úlcera neuropática na convexidade plantar, desde há 10 anos. Foi efectuado estudo com doppler, tendo sido obtido um IPTB de 0,81, o que sugere doença arterial ligeira apesar de apresentar pouco sinais sugestivos desta patologia no membro inferior, tem inclusive tempo de re-preenchimento leito ungueal inferior a 3 segundos. No membro contralateral tem um IPTB equivalente de cerca de 0,87. Doente com calçado adaptado, mas com necessidade de revisão por técnico da área ou Podologista. De modo a incidir no principal factor etiológico da lesão, o alivio da pressão local passou a ser efectuado com recurso a uma bota de walker. A lesão apresenta alguma profundidade, cuja aparência é exacerbada pelas volumosas hiperqueratoses que apresenta em todo o bordo da úlcera. Apresenta tecido de granulação pálido, sem tecido necrótico ou depósitos de fibrina. Exsudado moderado, sem odor, sem

Tratamento anterior com compressa nãoaderente com iodo, sendo o penso secundário compressas. Tratamento: A abordagem terapêutica passou pelo desbridamento das hiperqueratoses para efectuar um “reshape” das margens da úlcera. Uma vez que se trata de uma úlcera com vários anos de duração tentouse excluir a presença de biofilmes, com a aplicação de polihexanida+betaina em solução e em gel nos primeiros 3 tratamentos (1 dia de intervalo), associado a uma matriz de alginato com prata iónica. Após esta abordagem iniciouse a aplicação de Ác. Hialurónico com Iodo associado a um poliuretano como penso secundário, sendo o penso efectuado de 2 em 2 dias. Nas figuras 11 a 18, encontra-se a evolução fotográfica e da área da lesão ao longo dos dois meses de tratamento, que levaram à sua cicatrização completa, apesar infelizmente não ter uma foto com a pele completamente integra, é impressionante a evolução que sofreu uma úlcera que teve a sua génese há cerca de uma década atrás.

edema local.

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Figura 12

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Figura 14

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Figura 16

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Figura 18 Considerações Finais Antes de experimentar o produto a expectativa

problema, mas criava ou pelo menos agravava

não era muito grande pois até agora o feedback

outro: as bactéria conseguem degradar o

disponível acerca da utilização de ácido

principio activo mais facilmente, pelo que a

hialurónico em feridas, era muito “sui generis”,

questão fica resolvida pela adição do iodo. A

na medida em que produzia alguns casos de

presença de iodo numa concentração de 0,1%

sucesso, mas noutras situações aparentemente

não é citotóxico, controla a carga bacteriana e

equivalentes não se conseguia extrapolar o

impede a degradação rápida do Ácido

sucesso obtido em situações anteriores. Este

Hialurónico por parte de bactérias

tipo de situação veio a esclarecer-se quando se

colonizadoras. O ácido hialurónico tem na

começou a publicar documentos acerca da

verdade um papel multifacetado na reparação

necessidade de esterificação do ácido

tecidular, desde processos inflamatórios

hialurónico e processos de degradação por

precoces, à formação de tecido de granulação e

parte da biocarga da lesão. Estes factos vieram

epitelização. Por sí só não é indicado em feridas

colocar neste principio activo o “rótulo” de

infectadas! A sua utilização neste tipo de feridas

apósito duvidoso, sendo que se deixou de ouvir

pode comprometer seriamente a rentabilidade

falar deste no meio cientifico durante alguns

deste e comprometer o processo de

anos, no que concerne a feridas. No entanto ao

cicatrização. Dos estudos de caso efectuados,

sabermos que este não sendo esterificado se

em situações patológicas verdadeiramente

torna mais eficaz, resolvia-nos metade do

complexas, os resultados obtidos foram

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extremamente satisfatórios, e fazem com que os

Science. Polymer Edition, 20(7-8), 993-1004.

cuidadores de pessoa com feridas crónicas

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estagnadas voltem a olhar com outros olhos

l

para este produto, que surge agora naquela que

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parece ser a combinação ideal para

-live

“desencravar” a ferida crónica.

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Figura 19: Ácido Hialurónico com Iodo

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