Nobre L. (2021) Knowledge of elderly diabetics about diabetes: Characterization, associated factors and impact on self-care, Journal of ARTIGO ORIGINAL: Nobre L. (2021) Knowledge diabetics about diabetes: Characterization, Agingof & elderly Innovation, 10 (1): 86- 103 associated factors and impact on self-care, Journal of Aging & Innovation, 10 (1): 86- 103
Artigo Original
Conhecimento de idosos diabéticos sobre diabetes: Caracterização, fatores associados e impacto no autocuidado Conocimiento de los diabéticos de edad avanzada sobre la diabetes: Caracterización, factores asociados e impacto en el autocuidado Knowledge of elderly diabetics about diabetes: Characterization, associated factors and impact on self-care Luciana Nobre 1 Corresponding Author: luciana.nobre@ufvjm.edu.br
Resumo Objetivo: Avaliar conhecimento em diabetes de idosos atendidos num Centro Estadual de Atenção Especializada, conhecer seus fatores associados e impacto no autocuidado. Métodos: Trata-se de estudo transversal e descritivo com 63 idosos com diabetes. Foram avaliados conhecimento e autocuidado em diabetes, e informações sobre condição sociodemográfica e de saúde. Para análise estatística foram utilizados os testes Qui-quadrado, correlação de Sperman, regressão de Poisson e regressão linear. Adotou-se nível de significância 0,05. Resultados: Conhecimento insatisfatório em diabetes foi identificado em 49% dos idosos, e maior idade (RP= 2,1; p-valor= 0,00) e baixa escolaridade (RP=1,9; p-valor= 0,01) foram associados a esse desfecho. Os idosos relataram respectivamente maior adesão aos eixos de autocuidado medicação (95,2%), seguido de alimentação geral (80,9%), alimentação específica (74,7%), cuidado com os pés (68,3%), monitorização da glicemia (25,4%) e atividade física (15,8%). O autocuidado em diabetes não foi associado a nenhuma variável avaliada. Conclusões: O conhecimento em diabetes entre os idosos foi aquém do esperado, e as variáveis que impactaram nesse resultado foram a elevada idade e baixa escolaridade. Por outro lado, os idosos relataram um bom escore de autocuidado em DM, e esta não foi associada ao conhecimento em DM e a nenhuma das variáveis estudadas. Assim no planejamento das reuniões de educação em diabetes devem ser levado em consideração que aprender pode não depender apenas da didática da equipe de saúde, mas da multiplicidade desse processo, e o envelhecimento e as características próprias do DM podem dificultar a assimilação do conhecimento recebido.
Palavras Chave: Diabetes Mellitus. Saúde do idoso. Autocuidado. Conhecimento.
Abstract Objective: Assess knowledge on diabetes of elderly people attended at a State Center for Specialized Care, to know its associated factors and impact on self-care. Methods: This is a cross-sectional descriptive study with 63 elderly people with diabetes. Knowledge and self-care in diabetes, and information on sociodemographic and health conditions were evaluated. For statistical analysis, Chi-square, Spearman correlation, Poisson regression and linear regression tests were used. A significance level of 0.05 was adopted. Results: Unsatisfactory knowledge about diabetes was identified in 49% of the elderly, and older age (PR=2.1; p-value=0.00) and low educational level (PR=1.9; p-value=0.01) were associated with this outcome. The elderly respectively reported greater adherence to the axes of self-care medication (95.2%), followed by general food (80.9%), specific food (74.7%), foot care (68.3%),
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ARTIGO ORIGINAL: Nobre L. (2021) Knowledge of elderly diabetics about diabetes: Characterization, associated factors and impact on self-care, Journal of Aging & Innovation, 10 (1): 86- 103 monitoring blood glucose (25.4%) and physical activity (15.8%). Self-care in diabetes was not associated with any assessed variable. Conclusions: Knowledge about diabetes among the elderly was lower than expected, and the variables that impacted this result were high age and low education. On the other hand, the elderly reported a good self-care score in DM, and this was not associated with knowledge of DM or any of the variables studied. Thus, when planning diabetes education meetings, it should be taken into account that learning may not depend only on the teaching of the health team, but on the multiplicity of this process, and aging and the characteristics of DM can make it difficult to assimilate the knowledge received.
Keywords: Diabetes Mellitus. Elderly health. Self-care. Knowledge.
INTRODUÇÃO
Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, nota-se mudanças no perfil epidemiológico, predominando as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), fazendo com que os idosos necessitem de tratamentos mais específicos e eficazes. A atuação multiprofissional tem importante papel na melhoria da qualidade de vida e saúde dos idosos, podendo auxiliar na manutenção da independência, da capacidade funcional por mais tempo, reduzir os gastos em saúde e demandas de cuidados.1 Dentre as DCNT, o diabetes mellitus (DM) é uma das mais comum entre os idosos. No Brasil foram diagnosticados 16,8 milhões de casos de adultos com diabetes no ano de 2019, ocupando o quinto lugar no mundo em maior número de ocorrência. 2 Em idosos a prevalência dessa doença foi também muito elevada atingindo nesse ano 6,1 milhões de idosos.2 O DM está relacionado com disfunção das células beta (especialmente diabetes tipo 1), que impacta em menor produção da insulina e maior resistência insulínica, hábitos inadequados, além das mudanças corporais, natural do envelhecimento, e o aumento da expectativa de vida. 3 O tratamento dessa doença envolve vários cuidados e conhecimento acerca de sua fisiopatologia. Ademais para o seu controle é fundamental a participação ativa do paciente. Quando este tem boa educação em diabetes, tem melhor níveis glicêmicos, e estão mais protegidos das complicações cardiovasculares, retinopatia, doença renal do diabetes e neuropatia.3 Uma das estratégias utilizadas para o tratamento do DM são as intervenções educativas, que usa o recurso do empoderamento, dentro dos grupos operativos e de
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discussão que podem ocorrer na atenção primária à saúde e em centros especializados em saúde. Tem sido demonstrando que este tipo de intervenção, tem promovido resultados positivos em relação ao autocuidado, conhecimento e atitudes acerca da doença, melhorando a adesão ao tratamento. 4,5 Estudo realizado com idosos acompanhados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Recife6, identificou que a maioria apresentou conhecimento e atitude negativa em relação aos cuidados com o DM. Os pesquisadores identificaram que ser do sexo masculino, residir sozinho e ter alguma complicação crônica de DM foram variáveis protetivas de atitudes negativas do DM enquanto baixa escolaridade foi variável de risco. Para a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)3, meios de educação para que os pacientes pratiquem o autocuidado são imprescindíveis. A educação deve contribuir não somente nos cuidados diários, mas também proporcionar efeito no controle metabólico, nas complicações agudas e crônicas, e consequentemente na melhoria da qualidade de vida. Esta educação deve transformar o comportamento do paciente para o cuidado com a doença, o qual deve ocorrer de maneira contínua. Contudo, é preciso salientar que apenas o conhecimento sobre a doença pode não ser suficiente para que ocorra mudança de comportamento do indivíduo. Isto se deve ao fato que esta envolve outras variáveis, como o tempo de diagnóstico da doença, apoio familiar, acesso aos serviços de saúde, escolaridade, dentre outras. 7 Assim sendo, programas educativos para pacientes diabéticos devem considerar todas as vertentes que podem influenciar na chegada da informação. Devendo, portanto, levar em consideração aspectos sociais, culturais e econômicos, além da capacidade individual de entendimento. Um bom programa educativo pode proporcionar melhora na aceitação da doença, na compreensão da importância do autocuidado, além de estimular a motivação, ou seja, o comportamento e o impulso interno para manutenção de ações positivas sobre a doença. 5 Tendo em vista os aspectos supracitados este estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento em diabetes de idosos com condição clínica de diabetes atendidos num centro de atenção especializada, conhecer seus fatores associados e o impacto no autocuidado.
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MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa realizado com pacientes com DM atendidos em um centro Estadual de Saúde – CEAE no interior de Minas Gerais, nos meses junho de 2017 a fevereiro de 2018. Esse serviço ambulatorial é integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece consultas, exames e atividades de prevenção de diversas especialidades a pacientes de 15 municípios do interior do estado de Minas Gerais. A amostra, por conveniência, foi constituída por 63 pacientes portadores com DM atendidos nesse serviço ambulatorial, com idade acima de 60 anos. Os critérios de inclusão para entrada dos participantes neste estudo foram: portadores de diabetes mellitus, com idade mínima de 60 anos e capazes de responder verbalmente aos instrumentos da pesquisa. Aquele idoso que atendeu aos critérios de inclusão e aceitou participar do estudo respondeu a três questionários: conhecimento em diabetes mellitus (DKN–A)8, atividades
de
autocuidado
com
o
diabetes
(QAD)9 e sobre
condições
socioeconômicas. Estas informações foram coletados por meio de entrevista individual com cada participantes ocorrida no momento dos retornos às consultas, realizadas para acompanhamento dos pacientes ou dos encontros nos grupos de educação em saúde. O DKN-A8 é um instrumento validado e adaptado para a cultura brasileira contém 15 itens de resposta de múltipla escolha acerca de diferentes aspectos relacionados ao conhecimento geral em diabetes. A escala de medida utilizada é de 0 - 15. Um escore maior que oito indica um bom conhecimento acerca de diabetes mellitus. O instrumento QAD9 avalia cinco aspectos distintos do tratamento do DM. Apresenta 6 dimensões e 15 itens de avaliação do autocuidado com o diabetes, incluindo alimentação (geral e específica), atividade física, uso da medicação, monitorização da glicemia, cuidado com os pés e três itens para avaliação de tabagismo. A adesão ao tratamento do DM é verificada conferindo quantos dias da semana o entrevistado conseguiu seguir os cuidados necessários para controle dessa doença, sendo a resposta nenhum dia a situação menos desejável e sete a mais favorável, entretanto
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no grupo de perguntas sobre alimentação específica, o questionamento sobre alimentos ricos em gorduras e doces apresentam valores invertidos. Foram coletadas ainda informações sobre peso, altura e hemoglobina glicada dos idosos. Estas informações foram extraídas dos prontuários dos idosos pela nutricionista do CEAE, sendo utilizados os registros mais recentes. O estado nutricional dos idosos foi avaliado por meio do cálculo de índice de massa corporal, o qual foi classificado segundo os pontos de corte propostos pela Organização Pan-Americana de Saúde.10 Valor de hemoglobina glicada superior de 8,5%3 foi caracterizado como controle metabólico ruim. Os dados foram apresentados por meio de valores absolutos e relativos. Para análise dos fatores associados aos escores de conhecimento em diabetes foram utilizados os testes Qui-quadrado e regressão de Poisson. A análise dos fatores associados aos eixos que compõem o autocuidado em diabetes foi realizada pelo teste de correlação de Spearman e regressão linear. Adotou-se um nível de significância de p<0,05 de probabilidade de erro amostral. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 18.0. A pesquisa foi desenvolvida de acordo com as Resoluções nº 466/2012 e nº 510/2016. Todos os idosos foram informados sobre os objetivos da pesquisa, que a participação era voluntária e esclarecidos quanto ao sigilo das informações colhidas durante a realização do trabalho, resguardando suas identidades. Depois de repassadas essas informações, os idosos assinaram ou deixaram a marca digital no Termo de Consentimento Livre e esclarecido.
RESULTADOS
Perfil socioeconômico, clínico e ações de autocuidado Dos 63 idosos entrevistados a maioria são mulheres (n=48, 76,1%), com excesso de peso (n= 43, 68,2%), não fazem o uso de cigarro (n= 61, 96,9%), de bebida alcoólica (n=54, 85,7%) e não praticam atividade física (n=37, 58,7%). A maioria é aposentado (n=51, 80,9 %), reside com menos de três pessoas no domicílio (n= 36, 57,1%), grande parte tem mais de 10 anos de diagnóstico de DM (n=33; 52,3 %), não está com bom controle do DM (n=18, 28,5%) e estão sendo acompanhados no CEAE há pelo menos 1 ano (n= 36, 57,1%) JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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Sobre o número de dias que os idosos mantiveram os autocuidados nos seis eixos avaliados, observa-se pela Tabela 1 que a atividade física e monitorização da glicemia foram os menos frequentes e a medicação e alimentação geral os eixos com maior adesão. Tabela 1 – Valores médios e seus respectivos desvio-padrão da variáveis avaliadas dos idosos. Diamantina, MG, Brasil, 2018 (n=63).
Variáveis
Mínimo
Máximo
Média
dp
Mediana
Idade
61
81
68,8
6,2
68
Anos de escolaridade
0
10
3,1
2,8
3
156
4685
838,8
687,1
937
Número pessoas/casa
1
7
2,7
1,5
2
Número de medicamentos em uso
2
9
5,9
1,8
6
Tempo de DM
0
40
10,6
8,9
10
Tempo no CEAE
0
4,8
1,7
1,6
1,3
Hemoglobina glicada
5
15
7,7
1,9
7
21,9
49,1
31,2
5,7
30,3
1
12
7,2
1,6
8
Renda familiar per capita
IMC DKN – A
1,0
QAD (5 Eixos) 0
7
5,5
7,5
6,5
1,7
7
4,9
2,3
5
Atividade Física
0
7
1,8
Monitorização da glicemia
0
7
2,2
1,9
1
Cuidado com pés
0
7
4,8
1,7
4,7
Medicação
0
7
6,7
2,1
7
Alimentação geral Alimentação específica
1,5
†
Salário mínimo vigente de R$957,00, ††CEAE= Centro Estadual de Atenção Especializada, ‡DKN – A= Questionário de Conhecimento em diabetes, ‡‡QAD= Questionário de Atividades de Autocuidado em Diabetes.
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Conhecimento em diabetes Em relação ao conhecimento em DM, 51% dos idosos (n=32) apresentaram conhecimento satisfatório sobre esta doença e as variáveis associadas a esse desfecho estão apresentadas na Tabela 2. Tabela 2 – Razão de prevalência bruta e ajustada da análise das variáveis associadas ao escore de conhecimento em diabetes mellitus (DKN) em idosos Diamantina, MG, Brasil, 2018 (n=63). Escore de conhecimento em diabetes RP‡‡ bruto
≥8
<8
Feminino
23
25
1
Masculino
9
6
0,7 [0,4; 1,5]
60 - 69
27
15
1
> 70
5
16
2,1 [1,3; 3,4]
>3
19
9
1
≤3
13
22
1,9 [1,1; 3,3]
≤5
13
13
1
>5
19
18
0,9 [0,5; 1,6]
≥ 1,7
13
13
1
< 1,7
19
18
0,9 [0,5; 1,6]
Sim
15
19
1
Não
17
12
0,7 [0,4; 1,2]
Variáveis
§
(IC)
p- valor
RP
p-
ajustado (IC)
valor*
Gênero
0,44
-
Idade (anos) 1 0,00
2,1 [1,3; 3,3]
0,00
Anos de escolaridade† 1 0,02
1,9 [1,1; 3,3]
0,91
-
0,91
-
0,01
Tempo de Diabetes††
Tempo no CEAE‡
Usa insulina
†
0,26
Valor refere-se ao tempo que começa a aparecer as primeiras complicações do DM após a sua
instalação segundo literatura.
††
Valor refere-se ao valor mediano.
‡‡
RP= Razão de prevalência, §IC=
intervalo de confiança. ‡CEAE= Centro Estadual de Atenção Especializada. *Valor obtido da regressão de Poisson. JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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Pode ser observado pela Tabela 2 que conhecimento insatisfatório sobre DM apresentou associação significativa com maior idade e menor escolaridade dos idosos. Entretanto, no presente estudo, não é possível inferir que a idade e escolaridade representam causas do baixo conhecimento, mas, apenas, que os com menor nível de conhecimento em DM tem maior idade e menor escolaridade.
Autocuidado em diabetes
Sobre o autocuidado em diabetes observou-se que os eixos alimentação geral e específica, cuidado com os pés e medicação foram classificados com tendo bom autocuidado para 80,9%, 74,7%, 68,3% e 95,2% dos idosos, respectivamente. Enquanto nos eixos atividade física e monitorização da glicemia apenas 15,8% e 25,4% dos idosos apresentaram pontuação que caracteriza um bom autocuidado nos respectivos eixos. Em relação ao eixo alimentação geral, 77,7% dos idosos, relataram uma dieta saudável nos últimos sete dias, e no eixo sobre alimentação específica, 58,7% dos idosos relataram ter consumido cinco ou mais porções de vegetais e/ou frutas nos últimos sete dias. Sobre o consumo de alimentos gordurosos e consumo de açúcar, 61,9% e 96,8% respectivamente relataram não ter ingerido alimentos desses grupos nos últimos sete dias. Foi realizado teste de correlação para verificar a associação entre os eixos do QAD e as variáveis analisadas (Tabela 3). As que apresentaram correlação com valor de p <0,02 estão apresentadas em negrito na tabela 3. Os eixos que mais apresentaram variáveis correlacionadas foram alimentação geral e cuidado com os pés. Nenhuma variável mostrou-se correlacionada ao eixo medicação. As variáveis que apresentaram correlação com valor de p <0,02 nos diferentes eixos do QAD foram analisadas pela regressão linear múltipla. Todos os pressupostos necessários para essa análise foram obedecidos e os resultados não estão apresentados porque nenhuma variável mostrou-se associada.
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Tabela 3. Correlação entre variáveis socioeconômicas e clínica com variáveis dos seis eixos que compõem o autocuidado em diabetes mellitus (QAD) (n=63). Diamantina, MG, Brasil, 2018. Alimentação
Atividade
Monitorização
geral
específica
Física
da glicemia
r
r
r
r
r
r
Idade
0,08
0,09
-0,4
-0,7
0,00
-0,04
Anos de escolaridade
-0,05
0,05
-0,7
0,08
-0,08
-0,15
Renda per capita
0,25**
-0,03
-0,25**
0,13
-0,08
0,12
Moradores/domicílio
0,01
-0,29**
-0,22*
0,13
0,17*
0,02
-0,02**
0,10
0,15
0,13
-0,01
-0,01
0,07
0,16
0,06
0,03
0,06
0,10
Hemoglobina Glicada
-0,18*
0,25*
-0,01
0,33**
0,21*
0,04
IMC††
-0,20*
-0,10
-0,10
-0,04
0,02
-0,06
0,08
0,10
-0,01
-0,10
-0,16*
0,05
Variáveis
Tempo diabetes (anos) Tempo no CEAE†
DKN – A§ †
Cuidado
Alimentação
CEAE= Centro Estadual de Atenção Especializada,
com os
Medicação
pés
††
IMC= Índice de Massa Corporal, §DKN–A=
Questionário de Conhecimento em Diabetes. **Significativo ao nível de 5% pelo teste de correlação de Spearman. *Significativo ao nível de 20% pelo teste de correlação de Spearman.
DISCUSSÃO
O presente estudo avaliou o conhecimento em diabetes e seu impacto no autocuidado de idosos em tratamento ambulatorial numa unidade de atenção secundária à saúde na cidade Diamantina (MG). Os resultados mostram que a idade e escolaridade apresentam associações estatisticamente significativas com o nível de conhecimento dos idosos. A maioria relatou realizar ações de autocuidado, no entanto, o conhecimento em diabetes e as demais variáveis não associaram ao autocuidado. Quando comparamos as características sociodemográficas dos idosos avaliados com os de outros estudo observou-se predominância de mulheres. Esse resultado JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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corrobora com estudo realizado com idosos atendidos na atenção básica e em condição clínica de DM, ocorridos na cidade de Recife/PE6 (73,3%). Maior número de mulheres pode ser justificado pela maior longevidade das mesmas,11 e pela maior procura pela assistência médica.12 Grande parte dos idosos estão com excesso de peso, são aposentados, tem baixa escolaridade, estão com mal controle do diabetes, realizam a polifarmácia e tem logo tempo de diagnóstico do DM. Esses resultados assemelham-se a resultados de estudos realizados com idosos brasileiros também com diabetes. 6,13 Numa revisão sobre alterações morfofisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento Araujo et al.14 citam explicação sobre o aumento da massa adiposa com o envelhecimento, especialmente entre as mulheres. A cada década há aumento da adiposidade de 1,7%, para as mulheres, e de 1,5% para os homens. Esta substituição de tecido faz com que a tecido adiposo seja depositado em maior quantidade no tronco e ao redor de órgãos viscerais, enquanto a gordura subcutânea aumenta levemente. Esse aumento na gordura corporal e redução do tecido muscular no idoso ocorrem, principalmente, em virtude da diminuição da atividade física e da taxa metabólica basal do indivíduo. Destaca-se ainda que elevada deposição de gordura na região visceral e ingestão de gordura saturada pode favorecer piora do controle glicêmico. O tecido adiposo visceral produz citocinas pró-inflamatórias, o que gera uma resistência à insulina, e esta está envolvida na gênese do DM215. O consumo de alimentos ricos em gordura saturada como carnes e leite integral e derivados (itens avaliados em alimentação específica no QAD) foram relatados por 38,1% dos idosos deste estudo (dados não apresentados) e isto pode piorar o controle glicêmico. O consumo de gordura saturada induz processo inflamatório, visto ativar proteínas com atividade de serina-quinase, e estas proteínas interferem negativamente na transdução do sinal da insulina. 16 Quase 30% dos idosos estavam com elevado valor de hemoglobina glicada. Isto indica que esse quantitativo de idosos não estavam tendo boa adesão ao tratamento do DM. Pode indicar, por exemplo, consumo elevado de alimentos ricos em carboidratos, um hábito comum entre a população brasileira e em moradores do Vale do Jequitinhonha, local de moradia dos idosos estudados. A gordura saturada também afeta no controle glicêmico, e além do exposta acima, 36,8% dos idosos relataram utilizar banha de porco no preparo dos alimentos (dados não mostrados). JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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Em relação ao conhecimento em DM, 51% apresentou conhecimento satisfatório. Os fatores associados a esta variável foram a idade e escolaridade, indicando que maior idade e menor escolaridade influenciaram negativamente no conhecimento em DM. Destaca-se, que o processo de envelhecer pode favorecer dificuldade cognitiva,17 e um baixo grau de escolaridade pode dificultar o entendimento. A maioria dos idosos avaliados tem menos de três anos de estudo, e é sabido que maiores escores de conhecimento ocorrem mais frequentemente entre pessoas com maior escolaridade18. Destaca-se, no entanto, que o diabetes é também um fator de risco para alteração de memória7,17, assim os idosos estudados apresentam uma tríade que pode impactar negativamente na capacidade de reter informação sobre o DM. No entanto, nossos resultados sobre conhecimento em DM diferem de alguns estudos desenvolvidos com idosos6,19 e assemelha a outros,20,21 os quais também estudaram população idosa com diabetes. Um estudo realizado com idosos em condição clínica de DM, atendidos na atenção primária na cidade do Recife/PE,6 identificou que apenas 22,3% apresentavam conhecimento satisfatório sobre DM e ter menor escolaridade também contribuiu para um conhecimento insatisfatório. Seramin et al.,19 desenvolveram pesquisa com adultos e idosos de uma ESF da cidade de Bebedouro/SP, e identificaram que 36,4% tinham conhecimento satisfatório sobre DM. Enquanto Assunção et al.,20 avaliaram usuários da Atenção Primária à Saúde na cidade de Montes Claros/MG e também observaram elevada prevalência de analfabetos e baixo grau de escolaridade, e identificaram similarmente a este estudo que 44% tinham conhecimento satisfatório sobre DM. Quando comparamos às médias de dias na semana em que as atividades de autocuidado eram realizadas, observou-se que nossos resultados diferem de estudo desenvolvido com idosos com DM, atendidos num ambulatório de DM no interior paulista22 e com idosos da Malásia com DM223 atendidos na atenção primária a saúde, os quais identificaram bom autocuidado em relação a quase todos os eixos. No entanto, se assemelha no quesito atividade física, que assim como no presente estudo os idosos avaliados por Trevizani et al.22 apresentaram menor média para esta variável. Esse achado é também compartilhado por outros estudos. 24,25 Esse resultado pode ser justificado pela redução da capacidade funcional, como a JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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diminuição do equilíbrio, da mobilidade, de força muscular dos idosos, levando a diminuição da prática de atividade física.26 Ao compararmos as médias de dias dos diferentes eixos do autocuidado com as médias de outros estudos, nossos resultados diferem dos resultados de outras pesquisas22,24 no que se refere a monitorização da glicemia. Tal resultado pode ser justificado pela falta de insumo (glicosímetro, tiras de teste para glicose) para monitorização nas UBS. O fornecimento de insumos era apenas para os pacientes que fazem o uso de insulina, como priorizado pelo Ministério da Saúde, 27 mas em 2019 foi ampliado para os portadores de DM2, no entanto, este estudo ocorreu antes dessa ampliação. No entanto, no eixo cuidado com os pés, o qual foi classificado como bom, os resultados se assemelham aos estudos desenvolvidos por Trevizani et al.22 e Coelho et al.28. Uma explicação para esse resultado é o trabalho de educação em diabetes realizado no CEAE, eles explicam aos idosos sobre a sua importância do teste, orienta quanto ao uso de sapatos fechados, confortáveis, secagem entre os dedos, e a olharem dentro dos sapatos antes de usá-lo, além de realizam testes de sensibilidade dos pés periodicamente. Sobre uso de medicação, nosso resultado corrobora com resultados de outras pesquisas22,24,28 as quais também identificaram que a maioria dos idosos citam fazer uso correto dos medicamentos para controle do DM. Ross et al. 24 citam que esse autocuidado pode ser de mais fácil execução, quando comparado à realização de atividade física e a melhora nas práticas alimentares, que são considerados mais complexos, porque requer adoção de novos hábitos de vida. Sobre o resultado da análise de correlação entre os seis eixos do autocuidado e as variáveis analisadas observou-se que apesar de na análise univariada algumas variáveis terem apresentado correlação, elas não se mantiveram na análise multivariada. Esses resultados diferem do estudo de Ishak et al.23 os quais estudaram idosos da Malasia com DM2 e identificaram um adequado autocuidado com diabetes foi associado a conhecimento em diabetes raça, apoio social, ter cuidadores durante períodos de agudização da doença, e ter complicações microvasculares diabéticas. Difere também do estudo de Trevizani et al.22 os quais identificaram que quanto maior a renda, maior foi a adesão a uma alimentação saudável, e maior seguimento de orientações repassadas por profissionais da saúde. E do estudo de Lima et al. 29 que desenvolveram pesquisa na cidade de São Paulo e observaram que pessoas com JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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nível socioeconômico mais elevado, utilizavam mais transportes privados ou coletivos em comparação com pessoas com nível socioeconômico menor, que utilizam a caminhada para locomoção. Destaca-se que o questionário de autocuidado faz referência às práticas realizadas nos últimos 7 dias, e é comum pessoas portadoras de doenças crônicas que necessitam exercer cuidados diários com a saúde só exercê-las mais integralmente quando tiverem consultas médicas agendadas. E os idosos deste estudo foram avaliados justamente nos dias das consultas pré-agendadas com equipe médica e de atividade educativa. Isso pode explicar por que os escores da QAD não parecem refletir na antropometria, adiposidade e no controle metabólico do DM de muitos dos idosos avaliados. Estudos que utilizaram questionários como o DKN–A e QAD são relevantes para reconhecer quais eixos do tratamento do DM precisam ser discutidos em grupos de atividades educativas, nas UBS e em centros especializados, para maximizar os resultados e auxiliar num melhor controle da condição clínica dos idosos com diabetes. Como dificuldades e limitações do estudo pode-se citar o pequeno tamanho amostral assim como amostra muito homogênea, o que dificultou identificação de algumas associações estudadas, assim como generalização dos resultados, ademais por se tratar de um estudo transversal, apresenta problema de direção temporal entre exposições e desfechos, visto que essas informações são obtidas ao mesmo tempo. Assim, os estudos transversais impossibilitam a identificação da causa das relações. Portanto, futuras pesquisas com análises de dados longitudinais se fazem necessárias visando obter maiores explicações sobre a causalidade dessas relações nessa população.
CONCLUSÃO
O conhecimento em diabetes entre os idosos foi aquém do esperado, visto que 49% apresentaram baixo escore de conhecimento, e as variáveis que impactaram nesse resultado foram a elevada idade e baixa escolaridade. Por outro lado, os idosos relataram um bom escore de autocuidado em DM, e esta não foi associada ao conhecimento em DM e a nenhuma das variáveis estudadas. Destaca-se que esta JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2021, 10 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v10i1-7
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avaliação pode não refletir o cotidiano da pessoa com DM visto a sua escala temporal se referir aos cuidados na última semana. Assim nas reuniões de educação em diabetes que o grupo participa, atenção especial deve ser dada à identificação das causas do baixo escore de conhecimento em diabetes dos idosos. As intervenções devem ser planejadas levando em consideração que o aprender pode não depender apenas da didática da equipe de saúde, mas da multiplicidade desse processo, e o envelhecimento e as características próprias do DM podem dificultar a assimilação do conhecimento recebido.
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