Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111 ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
ARTIGO ORIGINAL
Noites paliativas: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem sobre projeto de extensão Palliative nights: experience report of nursing students on extension Project Noches paliativas: informe de experiencias de estudiantes de enfermería sobre proyecto de extensión Andrielly Cavalcante Fonseca¹; Ana Cláudia de Queiroz²; Monique Pereira da Silva³; Maria Aparecida Martins4; Maria Luiza Azevedo dos Reis5; Glenda Agra6. 1,2,3,4,5
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, campus Cuité.
6
Enfermeira. Especialista em Cuidados Paliativos. Mestre e Doutora em Enfermagem. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, campus Cuité.
Corresponding Author: andriellycavalcante11@gmail.com Resumo O cuidado paliativo é considerado uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias, que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida; previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais. Diante do contexto atual da pandemia da COVID-19, houve a necessidade urgente de toda a sociedade se mobilizar e buscar se adaptar às exigências impostas pelos órgãos fiscalizadores da saúde e uma das soluções mais debatidas nesse contexto é a utilização de tecnologias digitais de comunicação e informação. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem como membros voluntários do projeto de extensão Noites Paliativas. Trata-se de um relato de experiência de um projeto de extensão denominado “Noites Paliativas” desenvolvidos por estudantes voluntários e da coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cuidados Paliativos de uma universidade pública do estado da Paraíba. As palestras foram transmitidas via Youtube, sempre às quintas-feiras, no período noturno, durante o período de fevereiro a junho de 2021, com a participação de professores e/ou expertises nacionais e internacionais na área, com duração de 2 horas, cada, sob a orientação da coordenadora do projeto e participação do público. O projeto apresentou sete palestras: Apontamentos poéticos para o cuidado; História, filosofia e princípios dos cuidados paliativos; Comunicação e Cuidados Paliativos; Visão da constelação familiar sistêmica relacionada à eutanásia; Processo de morte e morrer; Luto e cuidados paliativos; O fim da vida e o papel das doulas da morte. Observou-se que um espaço de educação para cuidados paliativos é necessário e viável com tecnologias digitais de comunicação e informação, uma vez que os participantes se envolveram, interagiram, partilharam experiências e tiraram suas dúvidas pelo chat e sugeriram a continuidade do projeto. Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Tanatologia, Educação à Distância. Abstracte: Palliative care is considered an approach that improves the quality of life of patients and their families, who face problems associated with life-threatening diseases; it prevents and alleviates suffering through early identification, correct assessment and treatment of pain and other physical, psychosocial and spiritual problems. Given the current context of the COVID-19 pandemic, there was an urgent need for the entire society to mobilize and seek to adapt to the requirements imposed by health inspection bodies and one of the most debated solutions in this context is the use of digital communication and information. In this sense, the aim of this study is to report the experience of nursing students as volunteer members of the Palliative Nights extension project. This is an experience report of an extension project called “Palliative Nights” developed by volunteer students and the coordinator of the Center for Studies and Research in Palliative Care of a public university in the state of Paraíba. The lectures were broadcast via Youtube, always on Thursdays, at night, from February to June 2021, with the participation of professors and/or national and international experts in the area, lasting 2 hours each, under the guidance of the project coordinator and JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
98
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111 public participation. The project presented seven lectures: Poetic notes for care; History, philosophy and principles of palliative care; Communication and Palliative Care; View of the systemic family constellation related to euthanasia; Process of death and dying; Bereavement and palliative care; The end of life and the role of the doulas of death. It was observed that an education space for palliative care is necessary and viable with digital communication and information technologies, since the participants got involved, interacted, shared experiences and answered their doubts through the chat and suggested the continuation of the project. Keywords: Palliative Care, Tanatology, Distance Education.
1.
INTRODUÇÃO
Em 2017, a Organização Mundial de Saúde revisou mais uma vez o conceito de cuidado paliativo e, a partir de então, é considerado “uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (adultos e crianças) e suas famílias, que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida; previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais" (Who, 2017). No Brasil, a prática dos cuidados paliativos é recente, tendo seu início nos anos de 1980 com a consolidação de serviços pioneiros e a criação de outros também importantes a partir do ano 2000 (Brasil, 2018). Os cuidados paliativos requerem uma abordagem multiprofissional, na qual os profissionais de saúde têm um importante papel ao prover informações, aconselhamento e educação a pacientes, familiares e comunidade ao facilitar a continuidade do cuidado (Who, 2017). Em 2018, foi criada a Resolução nº 41 de 31 de outubro de 2018, que dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que no seu Artigo 3, objetiva fomentar a instituição de disciplinas e conteúdos programáticos de cuidados paliativos no ensino de graduação e especialização dos profissionais de saúde; ofertar educação permanente em cuidados paliativos para os trabalhadores da saúde no SUS e promover a disseminação de informação sobre os cuidados paliativos na sociedade dentre outros (Brasil, 2018). O objetivo da Educação em Saúde não é o de informar para a saúde, mas de transformar saberes existentes. A prática educativa, nesse contexto, pretende desenvolver autonomia e responsabilidade dos profissionais, gestores e usuários no cuidado com a saúde, porém não mais pela imposição de um saber técnico-científico
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
99
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
detido pelo profissional de saúde, mas sim pelo entorno relacional dos sujeitos envolvidos e compreensão da situação de saúde. Essa prática educativa é emancipatória e valoriza a comunicação dialógica, com vistas à construção de um saber sobre o processo de saúde-doença-cuidado que prepare as pessoas a definirem quais as estratégias mais adequadas para promover, manter e recuperar sua saúde (Souza & Jacobina, 2009). Entende-se que a Universidade Federal de Campina Grande se preocupa com a qualificação/formação profissional no intuito de integrar-se à comunidade paraibana e para isso sempre procurou articular-se com ensino, pesquisa e extensão, conforme a demanda e necessidades dos serviços de saúde. Diante do contexto atual da pandemia da COVID-19, houve a necessidade urgente de toda a sociedade se mobilizar e buscar se adaptar às mudanças ocorridas em todos os setores seja ele econômico, social e inclusive referente ao sistema educacional, que necessitou estabelecer uma nova perspectiva para conseguir se adaptar a esse novo aspecto social. Como uma forma de prevenir o contágio da doença nesse período anormal, a OMS orientou o distanciamento social entre as pessoas (Médici, Tatto & Leão, 2020). Diante dessa perspectiva, a sociedade tem buscado soluções para que a educação seja viável de outro jeito. Para isso, é importante a busca por novos métodos de ensino que permitam manter as orientações da OMS sobre o isolamento social. Uma das soluções mais debatidas nesse contexto é a utilização de tecnologias digitais de comunicação e informação (TDIC) (Médici, Tatto & Leão, 2020). É necessário considerar que a utilização de ferramentas tecnológicas é um mecanismo que permite a ampliação das atividades humanas em todas as esferas sociais, sobretudo na educação. Por essa razão, a opção de mais relevância nessa situação de pandemia, é a utilização de mecanismos presentes na Educação à Distância (EaD), como a utilização das TDIC, para atuar como meio de comunicação entre estudantes e docentes, possibilitando com que não exista interrupção nos estudos, permitindo a realização de um da tríade universitária ensino-pesquisaextensão (Médici, Tatto & Leão 2020). Nesse sentido, foi criado um projeto intitulado “Noites Paliativas” vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas de Cuidados Paliativos (NECUP) do Centro de Educação e
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
100
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
Saúde da Universidade Federal de Campina Grande, campus Cuité – PB, durante o período de março a maio de 2021, com o objetivo de promover rodas de conversa de cunho educativo acerca de diversos temas envolvendo o contexto dos cuidados paliativos a fim de explorar, conscientizar e mostrar sua importância a toda comunidade. Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo é relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem como membros voluntários do projeto de extensão Noites Paliativas.
2.
MÉTODO
Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, referente à vivência de estudantes voluntárias do Curso de Bacharelado em Enfermagem, vinculadas ao “Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cuidados Paliativos” (NECUP) da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cuité-PB. O relato de experiência é um tipo de estudo em que autores tentam descrever uma vivência ou experiência profissional considerada proveitosa e significativa para a área de atuação, de modo a gerar reflexões e discussões que irão contribuir para abertura de novos caminhos no campo do ensino e da pesquisa. Dessa forma, deve ser produzido de forma subjetiva e detalhada na 1ª pessoa (Grollmus & Tarrés, 2015). Com o objetivo disseminar conhecimentos e partilhar experiências na área dos Cuidados Paliativos e Tanatologia, o NECUP criou um projeto denominado “Noites Paliativas" para os acadêmicos e profissionais de saúde, por meio de palestras mensais denominadas “Noites Paliativas", que ocorreram em ambiente virtual. As palestras aconteciam às quintas-feiras, no período noturno, durante o período de fevereiro a junho de 2021, com a participação de professores e/ou expertises nacionais e internacionais na área e/ou colaborador do NECUP, com duração de 2 horas, cada, sob a orientação da coordenadora do projeto e participação do público. A equipe desenvolveu um plano de trabalho, com as seguintes atividades: 1) divulgação dos encontros pelas redes sociais; 2) inscrições dos participantes pela Plataforma Even; 3) criação do canal do You Tube do NECUP e plataforma StreamYard para a transmissão dos encontros; 4) criação de formulários de presença para serem preenchidos pelos participantes; 5) convite e recepção dos palestrantes; 6) condução dos encontros; 7) desenvolvimento de roteiro e ata dos encontros; 8) JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
101
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
registro fotográfico ou prints screans dos encontros; 9) emissão dos certificados dos participantes de cada encontro. O projeto apresentou sete palestras, com eixo-temático escolhido pelo professor e/ou expertise convidado e/ou colaborador do NECUP, as quais serão descritas a seguir.
3.
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Encontro 1: Apontamentos poéticos para o cuidado O primeiro encontro teve como eixo-temático a filosofia de Emmanuel Levinàs, filósofo franco-lituano, que situa os alicerces de sua filosofia na relação entre o sujeito (o profissional da saúde) e o outro (o paciente), singulares, únicos e concretos. Trata-se de um ‘eu’ (profissional da saúde) e de ‘outrem’ (pacientes em cuidados paliativos) que estão situados no tempo e no espaço e que vivem a relação e o encontro movidos pelo caráter sensível do contato que os vincula (Almeida & Ribeiro Júnior, 2012, Almeida, 2013). O foco da palestra norteou-se na humanização da saúde concebida na perspectiva da sensibilidade, que remete à reflexão das atitudes do profissional da saúde em função da sua ocupação central com o sujeito que padece e que está vulnerável, isto é, com o cuidado com o corpo frágil e mortal do outro a partir do qual o profissional da saúde redefine o significado de sua vida pessoal e, consequentemente, de sua atividade laboral e de sua tarefa incansável de proteger, dignificar e respeitar a vida de outrem (Almeida & Ribeiro Júnior, 2012, Almeida, 2013).
Encontro 2: História, filosofia e princípios dos cuidados paliativos O segundo encontro teve como ênfase a história e os princípios sobre os cuidados paliativos. A palestrante trouxe conceitos sobre o tema e explanou sobre seus marcos históricos, filosóficos e os princípios dos cuidados paliativos, destacando a evolução e o reconhecimento da importância desta prática. Em 2017, a OMS revisou mais uma vez o conceito de cuidado paliativo e, a partir de então, é considerado uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (adultos e crianças) e suas famílias, que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida; previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce,
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
102
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais ou espirituais (OMS, 2017). Em 2020, profissionais de saúde do mundo redefiniram o conceito de cuidados paliativos a partir de um consenso e adotaram a definição de cuidados paliativos como cuidados holísticos ativos, ofertados a pessoas de todas as idades que se encontram em intenso sofrimento relacionado à saúde, proveniente de doença grave e ameaçadora de vida, especialmente aquelas que estão no final de vida. Os objetivos dos cuidados paliativos são, portanto, melhorar a qualidade de vida dos pacientes, de suas famílias e seus cuidadores (Radbruch et al., 2020). Em 2018, a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no uso de suas atribuições, criou a resolução nº 41 de 31 de outubro de 2018, que dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito do SUS e ressaltou, no seu parágrafo único, que toda pessoa afetada por uma doença que ameace a vida, seja aguda ou crônica, a partir desta condição é elegível para cuidados paliativos (Brasil, 2018). No que diz respeito à rede de atenção à saúde, os cuidados paliativos deverão ser ofertados em qualquer ponto desta rede, a saber: atenção básica, atenção domiciliar, atenção ambulatorial, urgência e emergência e atenção hospitalar. Outro aspecto merecedor de atenção desta resolução salienta que os especialistas em cuidados paliativos atuantes na rede de atenção à saúde poderão ser referência e potenciais matriciadores dos demais serviços da rede, podendo isso ser feito in loco ou por tecnologias de comunicação à distância (Brasil, 2018). Os cuidados paliativos requerem uma abordagem multiprofissional, na qual o enfermeiro tem um importante papel ao prover informações, aconselhamento e educação de pacientes, familiares e equipe de enfermagem e ao facilitar a continuidade do cuidado no hospital e em domicilio. Além disso, devido à sua proximidade com o paciente, tem uma posição privilegiada para monitorar, avaliar e tratar a dor e outros sintomas (Who, 2017). Encontro 3: Comunicação e Cuidados Paliativos O terceiro encontro teve como eixo-temático comunicação e cuidados paliativos e durante o encontro a palestrante relatou algumas experiências sobre a sua atuação profissional relacionada à comunicação interpessoal não verbal e verbal. Inclusive JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
103
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
vale ressaltar que a palestrante tem alguns livros publicados sobre comunicação (Silva, 2015, Silva, 2016, Silva, 2002). A palestrante iniciou sua fala utilizando contação de história, que é um recurso narrativo utilizado como uma ligação que transita pelos afetivos, cognitivos e sociais do ser humano. O ato de contar histórias é considerado recurso social e coletivo, que se concretiza por meio da escuta afetiva e efetiva (Peres; Naves & Borges, 2018). A comunicação interpessoal é um processo complexo, que abrange a percepção, a compreensão e a transmissão de mensagens por parte de cada sujeito envolvido na interação. Os pacientes em cuidados paliativos desejam ser compreendidos como um ser que sofre e que possui conflitos internos e necessidades específicas. Para que estas necessidades sejam atendidas é fundamental que os profissionais de saúde resgatem a relação interpessoal empática e compassiva em suas condutas (Manual de Cuidados Paliativos ANCP, 2012, Galvão, Borges & Pinho, 2017). Todo o processo de comunicação é constituído por duas dimensões, a verbal e a não verbal. A comunicação verbal é aquela que ocorre por meio de palavras, com o objetivo de expressar um pensamento, elucidar um fato ou confirmar a compreensão de algo. Já a dimensão não verbal é constituída pela paralinguagem, cinésica e proxêmica, ou seja, gestos, entonação de voz, distância física e contato físico (Manual de Cuidados Paliativos, 2020). Em se tratando de comunicação de más notícias, a palestrante ressaltou que os profissionais de saúde precisam ser treinados técnica e cientificamente para atender às reais necessidades do momento em que for comunicada uma notícia difícil. Nesse sentido, mencionou o uso do protocolo SPIKES, que, sumariamente, apresenta as seguintes etapas: preparação para a comunicação (saber o quanto o paciente sabe e o quanto quer receber de informação e a escolha de um lugar adequado), comunicação em si (usar linguagem acessível, objetiva, demonstrando empatia) e seguimento (resumo da conversa, tirar dúvidas, planejar próximos passos).
Encontro 4: Visão da constelação familiar sistêmica relacionada à eutanásia O quarto encontro trouxe a visão da constelação familiar sistêmica relacionado à eutanásia como assunto da palestra. A convidada explanou sobre o que seria a constelação familiar utilizada na medicina veterinária para abordar o processo de
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
104
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
morte animais de estimação e o luto dos tutores. Contudo, a palestrante abordou as experiências, vivências e a importância do movimento, para levar o conhecimento aos acadêmicos e aos profissionais de saúde. A constelação familiar é uma prática considerada terapêutica que busca resolver conflitos familiares que atravessam gerações, que pode ser feita em grupo ou individualmente. Durante a sessão são recriadas cenas que envolvam os sentimentos e sensações que o constelado sente sobre sua família. Trata-se de uma técnica subjetiva criada pelo teólogo, filósofo e pesquisador alemão Bert Hellinger (19252019) que leva em consideração conceitos energéticos e fenomenológicos e foi incorporada ao rol das práticas integrativas e complementares em saúde (Soares, 2020, Brasil, 2018). A constelação sistêmica voltada para os animais é um caminho integrativo que utiliza o método e permite identificar e correlacionar emaranhamentos que permeiam o sistema familiar e que podem refletir na saúde física, mental, emocional e espiritual dos animais e seus tutores levando a desequilíbrios (Soares, 2020). Frente ao exposto, o principal objetivo da palestra foi mostrar a importância dessa terapêutica associada aos animais e seus tutores, para assim fortalecer a conexão levando dignidade, conforto e autenticidade em seu processo de finitude, para que haja a ressignificação da morte do animal de estimação.
Encontro 5: Processo de morte e morrer O quinto encontro buscou refletir sobre a morte e o morrer. A morte é um dos fenômenos que mais traz questionamentos aos seres humanos e refletir sobre ela gera uma angústia existencial em torno da vulnerabilidade humana, dificuldade de pensamento sobre o próprio processo de morte e incerteza de como, onde e quando vai acontecer (Lima et al., 2017). A palestrante utilizou trechos de filmes, músicas, poesias como estratégias educativas de forma que pudesse ofertar um espaço dialógico e dinâmico, os quais pudessem desmistificar os tabus que envolvem a morte e o morrer. No que se refere aos cuidados paliativos, a palestrante ratificou que para morrer com dignidade é fundamental ter conhecimento da aproximação da morte; controle; intimidade e privacidade; conforto para sintomas incapacitantes; opção de escolha do
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
105
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
local da morte; informação, esclarecimento, apoio emocional e espiritual; acesso aos cuidados paliativos; pessoas com quem compartilhar; acesso às Diretivas Antecipadas de Vontade; poder decisório para morrer sem impedimentos (Kovacs, 2018).
Encontro 6: Luto e cuidados paliativos Os cuidados paliativos e o luto estão intimamente interligados na área de Tanatologia, uma vez que um é objeto de ação do outro, sendo de grande importância correlacionálos para efetuar uma assistência de qualidade em todo o processo de finitude humana vivenciado pelo paciente e sua família, tendo em vista que, de acordo com as características contextuais e subjetivas, alguns indivíduos podem ser mais vulneráveis a sofrimento espiritual e psíquico que outros (Reis et al., 2021). Dessa forma, o penúltimo encontro teve como momento introdutório o agraciamento da música “Travessia” de Milton Santos, composto por trechos como “vou seguindo pela vida”, “eu não quero mais a morte”, “tenho muito o que viver”, “vou seguindo pela vida, me esquecendo de você”. Esse momento foi essencial para a recepção e acolhimento aos participantes, o que favoreceu a comunicação e expressão de sentimento mesmo em ambiente virtual. O luto é uma reação de resposta a um fato desestruturante, devido à quebra de laços afetivos, em que todos irão vivenciar alguma vez na vida, e reagir de diferentes maneiras (REIS et al., 2021). Neste encontro, foram contempladas as diversas teorias do luto, a saber: Teoria psicanalítica de Freud (Luto e Melancolia), Jonh Bowby (Teoria do apego), Parkes (Luto complicado), Pauline Boss (Luto ambíguo) e Lindemann (Luto antecipatório) (Dunkerr, 2019, Carnaúba, Pelizzari & Cunha, 2016). Diante disso, de maneira geral, foi possível compreender as diversas facetas e elaboração do processo e do trabalho do luto. A palestra foi finalizada por um momento de interação entre a palestrante e os participantes em que puderam honrar seus entes queridos por meio de frases descritas no chat da plataforma Youtube, mencionada entre os participantes como uma demonstração de amor, carinho, lembrança, afeto e saudades.
Encontro 7: O fim da vida e o papel das doulas da morte JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
106
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
O último encontro teve como eixo-temático a finitude da vida e a importância das doulas da morte, que são profissionais da saúde ou não, autônomos ou vinculados a alguma instituição de saúde, que prestam um serviço a um paciente que esteja em cuidados paliativos (Trzeciak-Kerr, 2016, Fukuzawa & Kondo, 2017). A palestrante, que é enfermeira e doula da morte, destacou que existem curso de aperfeiçoamento e treinamento realizados por profissionais de saúde com um programa que contempla as particularidades do processo de morte e do morrer e luto. Também ressaltou que as doulas da morte desempenham algumas funções, dentre elas: assumem um papel de liderança desde a avaliação formalizada dos cuidados a serem realizados e registros de seus serviços, mantendo o paciente e a família informados sobre questões médicas, preocupações, dúvidas e escolhas e explicam sobre as condições clínicas do processo de morrer que serão vivenciadas pelo paciente; mantém um espaço compassivo; ajudam no planejamento do processo de morte e morrer (antes, durante e após a morte); ajudam na realização do testamento vital; realizam a mediação para que os desejos da pessoa que esteja morrendo sejam honrados; ajudam na aceitação/ pacificação do processo de morrer / significado à vida e à morte; dão apoio logístico e domiciliário; realizam os cuidados pós morte; ajudam na realização de rituais de despedida e ajudam na realização do funeral (TrzeciakKerr, 2016, Fukuzawa & Kondo, 2017). O encerramento do sétimo encontro foi marcado como a finalização do projeto e teve a participação de uma colaboradora externa, que é cantora e que presenteou a todos com voz e violão.
4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos encontros, observou-se que um espaço de educação para cuidados paliativos é necessário e viável com tecnologias digitais de comunicação e informação, uma vez que os participantes se envolveram, interagiram, partilharam experiências e tiraram suas dúvidas pelo chat e sugeriram a continuidade do projeto. As limitações do projeto estavam relacionadas à necessidade de adaptação à operacionalidade, uma vez que foi requerido o aprendizado necessário das tecnologias para uma comunicação efetiva entre membros do NECUP e os
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
107
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
participantes. Afinal, a comunicação digital nunca foi tão importante quanto na atual circunstância para o desenvolvimento de ações. Como potencialidades, o projeto tende a crescer, trazendo pessoas de diversas áreas para dialogar de maneira plural e multidisciplinar. O projeto permite ampliar as ideias e não somente permanecer no ambiente acadêmico, sendo aberto ao público não universitário. A extensão universitária deve assumir sua responsabilidade com os diversos segmentos da sociedade, construindo novos caminhos para os projetos e ações junto à comunidade, com o uso das plataformas digitais, como forma de minimizar os impactos da pandemia na vida da população em todas as esferas. Portanto, este projeto tem o dever de buscar o novo e transformá-lo em conhecimento, mas esse conhecimento precisa ser divulgado e tornar-se útil para sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Academia nacional de cuidados paliativos. (2012). Manual de Cuidados Paliativos. 2° edição.
Disponível
em:
<http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-
content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf>. Acesso em 24 jul 2021. Almeida, DV. (2013). A filosofia levinasiana numa experiência de cuidar em enfermagem: a humanização decorrente da alteridade. Rev Enferm Referência. 3(9): 171-9. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3882/388239968001.pdf. Acesso em 24 jul 2021. Almeida, DV. & Ribeiro júnior, N. (2012). A Sensibilidade e a humanização dos cuidados em saúde a partir da relação ética com o Rosto do Outro. O mundo da saúde. 36(3):407-15. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/95/2.pdf. Acesso em 24 jul 2021. Brasil. Ministério da Saúde (BR). (2018). Gabinete do Ministro. Comissão Intergestores Tripartite. Resolução nº 41 de 31 de outubro de 2018. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
108
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
integrados, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União. Brasília. Edição 225. Seção 1. Página 276. Carnaúba, RA. Pelizzari, CCAS. & Cunha, SA. (2016). Luto em situações de morte inesperada.
Revista
psique.
1(2):43-51.
Disponível
em:
https://seer.cesjf.br/index.php/psq/article/viewFile/945/724. Acesso em 27 Jul 2021. Dunkerr, CIL. (2019). Teoria do luto em psicanálise. (2019). Pluralidades em Saúde Mental.
8(2):
28-42.
Disponível
em:
<https://revistapsicofae.fae.edu/psico/article/view/226/154>. Acesso em 27 Jul 2021. Fukuzawa, R. & Kondo, KA. (2017). holistic view from birth to the end of life: End-oflife doulas and new developments in end-of-life care in the West. Int J Palliat Nursing. 23(1): 612 – 9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29272199/. DOI: https://doi.org/10.12968/ijpn.2017.23.12.612. Galvão MIZ., Borges MS. & Pinho, DLM. (2017). Comunicação interpessoal com pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Rev baiana enferm. 31(3):e22290. DOI: https://doi.org/10.18471/rbe.v31i3.22290.
Disponível
em:
<https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-897487. Acesso em 24 jul 2021. Glossário
temático.
(2018).
Práticas
integrativas
e
complementares
em
saúde/Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília:
Ministério
da
Saúde.1°
Edição.
Página
180.
Disponível
em:
<https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/12/glossariotematico.pdf>. Acesso em 24 jul 2021. Grollmus, NS. & Tarrès, JP. (2015). Relatos metodológicos:difractando experiências narrativas de investigación. Forum Qualitative SocialResearch. 16(2). DOI: https://doi.org/10.17169/fqs-16.2.2207. Acesso em 20 jul 2021. Kovacs, MJ. Morte com dignidade. in: fukumitsu, k.o. vida, morte e luto. são paulo: summus, 2018. Lima, R., Borsatto, AZ., Vaz, DC., Pires, ACF., Cypriano, VP. & Ferreira, MA. (2017). A morte e o processo de morrer: ainda é preciso conversar sobre isso. REME. 21:e-
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
109
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
1040. DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20170050. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1178. Acesso em: 22 jul 2021. Manual de Cuidados Paliativos/Coord. Maria Perez Soares D’Alessandro, Carina Tischler Pires, Daniel Neves Forte [et al.]. – São Paulo: Hospital SírioLibanês; Ministério
da
Saúde;
2020.
175p.
Disponível
em:
<https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/September/17/ManualCuidadosPaliativos-vers--o-final.pdf>. Acesso em 16 Ago 2021. Médici, MS.; Tatto, ER. & Leão, MF. (2020). Percepções de estudantes do Ensino Médio das redes pública e privada sobre atividades remotas ofertadas em tempos de pandemia do coronavírus. Rev Thema. 18(ESPECIAL): 136-155. Disponível em: http://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/1837/1542. Acesso em: 12 Agos. 2020 Ministério da Saúde (BR). Gabinete do Ministro. Comissão Intergestores Tripartite. Resolução nº 41 de 31 de outubro de 2018. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União. Brasília. Publicado em 23/11/2018. Edição 225. Seção 1. Página 276. Peres, SG.; Naves, RM. & Borges, FT. (2018). Recursos simbólicos e imaginação no contexto da contação de histórias. Psicologia Escolar e Educacional, SP. 22(1): 151161.
DOI:
https://doi.org/10.1590/2175-35392018013877.
Disponível
em:
<https://www.scielo.br/j/pee/a/wTSSWPkbDnvSyz4q8WfFCyd/?lang=pt>. Acesso em 13 jun 2021. Radbruch, L., Lima, L., Knaul, F., Wenk, R., Ali, Z., & Bhatnaghar, S et al. (2020). Redefining palliative careda new consensus-based definition. Journal of Pain and Symptom
Management,
60(4),
754-764.
https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2020.04.027. Acesso em 13 jun 2021. Reis, MLA., Souza Neto, OM., Silva, JECF., Silva, WAD., Martins, MA. & Agra, G. (2021). Death and dying: Paths used by nursing teachers in academic training. Research,
Society
and
Development, 10(10),
e30101018650.
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18650.
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
110
ARTIGO ORIGINAL: Afonso C., et al. (2022) Anxiety management on a person in palliative care: a case study, Journal of Aging & Innovation, 11 (1): 98 - 111
Disponível:<https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18650> . Acesso em: 21 ago 2021. Silva, MJP. (2002). O amor é o caminho: Edições Loyola, São Paulo. Silva, MJP. (2016). Caminho, no: Fragmento para ser o melhor - 1ªED. Silva, MJP. (2012). Comunicação de Más Notícias. Mundo da Saúde. São Paulo. 36(1):
49-53.
Disponível
em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/comunicacao_mas_noticias.p df>. Acesso em 24 jul 2021. Silva, MJP. (2005). Comunicação tem remédio: A comunicação nas relações interpessoais em saúde. Edições Loyola, São Paulo. Silva, MJP. (2002). O papel da comunicação na humanização da atenção à saúde. Bioética
2002.
10(2).
Disponível
em:
<https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/215/216>. Acesso em 24 jul 2021. Soares, CA. (2020). Tratado de medicina veterinária sistêmica. 1 Ed. Brasilia. Centro Universitário de Brasília. Souza, IPMA. & Jacobina, RR. (2009). Educação em saúde e suas versões na história brasileira. Rev Baiana Saud Pub [Internet]. 33(4): 618-27. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n2/13.pdf. Acesso em 13 jun 2019. Trzeciak-kerr, M. (2016). An existential-phenomenological exploration of an end-of-life doula.
(Doctoral
dissertation).
PROQUEST.
Disponível
em:
https://www.proquest.com/openview/b8e6919ad7e6b11165a5f3879a8a4b20/1?pqorigsite=gscholar&cbl=18750&diss=y. Acesso em 10 jun 2021. World Health Organization. (2017). Palliative Care. Fact sheet. Rio de Janeiro: WHO. [cited
2018
Mar
01].
Disponível
em:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs402/en/. Acesso em 13 jun 2019.
JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, ABRIL, 2022, 11 (1) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v11i1-7
111