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Arroz, feijão e livros; cestas básicas estão incluindo literatura na Bahia

Iniciativa quer proporcionar uma opção de diversão e cultura para pessoas em situação de vulnerabilidade

Trícia Calmon, coordenadora geral do Corra pro Abraço, um programa de redução de danos da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia, explica que o Corra pro Abraço tem como principal objetivo aproximar os serviços públicos básicos das pessoas que sofrem por fatores de estigmatização, criminalização e pobreza extrema. Além da tradicional cesta básica com alimentos e produtos de higiene, pessoas em situação de vulnerabilidade na capital baiana também estão recebendo literatura durante a pandemia do coronavírus.

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“O nosso público principal são pessoas que estão em territórios empobrecidos, em situação de rua, jovens de bairros de periferia, pessoas que passam por audiência de custódia, a partir de uma parceria nossa com Tribunal de Justiça”. Trícia diz que as pessoas que recebem os livros nas cestas básicas ou nas ruas têm tido reações de surpresa.

“Em um momento como esse, as pessoas esperam receber a comida apenas, e, de repente, recebem também um livro. Tem causado uma reflexão exatamente da maneira que a gente esperava. Porque o que queremos provocar também é um engajamento das pessoas na reivindicação desse direito a uma boa escola, a uma boa educação e a uma relação de seguridade que permita uma sobrevivência digna”.

O programa é executado em parceria com a Comvida e a Cipó, duas organizações da sociedade civil da Bahia. Desde o final de março, mais de seis mil pessoas em situação de rua foram atendidas, com distribuição de kits-lanche e de higiene pessoal. Além disso, centenas de cestas básicas foram distribuídas para famílias de bairros da periferia de Salvador.

“A situação de fome e de sede nas ruas, principalmente nas primeiras semanas em que foram decretadas as medidas de isolamento social, era muito severa, de modo que reunimos todos os recursos do programa e de equipe para poder fazer o trabalho de campo”, conta Trícia.

(Texto via: Brasil de fato; adaptado)

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