Livro - Projeto

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Memorial

Oficina Virtual de Desenho de Observação Universidade Tecnológica Federal do Paraná


Da sua Janela Estevão Diniz Trevisan (2021)

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ALUNOS PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Departamento Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo

Equipe de Desenho: Agnes Akemi Barboza Miyazaki Amanda Guedes da Silva Ana Paula Acciari Blazeck Bruno Lauffer Pereira Rosa Camila de Oliveira Annes Brocado Estevão Diniz Trevisan Giullia Tavares Ferreira Pinto Avila Júlia Camillo Kades Luana Vagula de Vasconcellos Herrerias

Projeto de Produção Artístico Cultural Oficina Virtual de Desenho de Observação – Da Minha Janela

Equipe de Vídeo: Breno Gasparin Gabriel Luiz Tiepermann Helena Gotardello Kalline Galetto Greskiv Wanessa Estevam

Orientadores: Dra. Isabel Maria de Melo Borba Dr. José Marconi Bezerra de Souza

Curitiba 2021

Da sua Janela

Equipe do Memorial: Diego Cesar Zem Eduarda Hessel Roschel Fernando Rezende Ramos Iokanan Borges Paixão Neto Jaqueline Silva Custodio Vinícius Rocha dos Santos Vitória Naomi Okimura


Agradecemos a oportunidade oferecida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), por meio da Bolsa Incentivo à Produção Artística Cultural (BIPAC), à professora, Dra. Isabel Maria de Melo Borba, idealizadora da Oficina Virtual de Desenho de Observação, ao professor Dr. José Marconi Bezerra de Souza, participante como palestrante da Oficina e que gentilmente aceitou o convite da Profa. Isabel para participar do Edital Cultural. O Prof. Marconi, um dos fundadores do grupo “Croquis Urbanos Curitiba” em 2013, cujo repertório de desenho foi fundamental para a realização do Edital. Ambos deram todo suporte necessário para a realização do Memorial Oficina de Observação. Agradecemos os palestrantes da Oficina Virtual de Desenho de Observação: Heverson Akira Tamashiro, Iaskara Florenzano, José Marconi Bezerra de Souza, Thiago Salcedo, Silvana Weihermann e Abrão Assad, que disponibilizaram de forma voluntária - com dedicação, tempo, compartilhando conhecimento, não só com o que nos foi passado às sextas-feiras, nas oficinas virtuais, mas também aos recursos que foram oferecidos à realização do Memorial. Agradecemos também os alunos participantes do projeto – bolsistas e voluntários - que fizeram o Memorial se concretizar, com todos os desafios inerentes, seja com a produção de desenhos, do vídeo ou da escrita a partir da realização das reuniões, todas de forma remota, devido ao período pandêmico.

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Fabio Jon Long Zhou, aluno da Palestrante Silvana Weihermann. (Estudo de janelas, 2020).

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Agradecimentos


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Resumo A realidade pandêmica causada pela COVID-19 exigiu novas adaptações no ensino. No curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) não foi diferente. As aulas remotas de desenho demandaram alterações na maneira como eram ensinadas no modo presencial. Vale ressaltar que todo o projeto foi produzido na casa de cada integrante do grupo e a comunicação foi feita por meio de reuniões on-line. Esse Memorial é uma forma de abrir as janelas virtuais como uma alternativa à falta de aulas presenciais, com a ajuda de professores, alunos e palestrantes da Oficina Virtual de Observação, a qual teve participação especial de desenhistas e arquitetos renomados. Os principais objetivos do projeto foram dar o suporte técnico aos alunos -principalmente aos futuros calouros- sobre desenhos (especialmente os de observação), incentivá-los e inspirá-los a desenhar. A produção do Memorial foi dividida em três grupos. O primeiro, de desenho, foi responsável por estudar técnicas e materiais e aplicá-las por meio da produção de desenhos, sendo todo o processo da equipe registrado pelo aluno e repassado ao grupo de vídeo. O grupo de vídeo ofertou a capacitação técnica para os desenhistas realizarem as gravações, editaram os vídeos produzidos e as entrevistas concedidas pelos palestrantes. Para registro e divulgação, todo o conteúdo gerado foi postado no canal do projeto no YouTube intitulado “Oficina Virtual de Desenho de Observação”. O grupo da escrita ficou responsável pela elaboração das entrevistas com os palestrantes da Oficina - sobre experiências profissionais e a relação deles com o desenho - pela documentação textual de todo o processo de criação dos desenhistas e palestrantes. Assim, todo o material desenvolvido durante o projeto será usado, não só pelos professores para dar embasamento às aulas dos futuros alunos da UTFPR, mas por quem tiver a vontade de transformar a potência em ato, o papel branco em representação do mundo e a arquitetura em forma de desenho. Conclui-se, que a arquitetura é feita por pessoas, para pessoas. Ser arquiteto é ser plural: técnico e sensível, estudante e professor, sempre utilizando o desenho como ferramenta de trabalho e de expressão. Palavras-chave: desenho de observação; pandemia; arquitetura; oficina;


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Abstract

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The pandemic caused by COVID-19 demanded adjustments on education. In the Architecture and Urbanism course at Federal Technological University of Paraná (UTFPR) it was no different. The remote drawing classes required changes in the way were taught in person-meeting mode. It is worth highlighting that the entire project were produced at each member`s home and the communication occurred through on-line meeting. This Memorial is a way to open virtual windows as an alternative to the lack of in-person classes, and had the support of teachers, students and speakers from the Virtual Workshop, which had the special participation of renowned designers and architects. The main objectives of the project were provide technical support to scholars – especially future freshmen – on drawings (especially observational ones), encourage and inspire them to draw. The production of the Memorial was divided into three groups. The first one was the drawing team which was responsible for studying techniques and materials and also for applying it by producing the drawings. Furthermore, the entire process was recorded by the students and passed on to the video group. The video group offered technical empowerment for the designers to make the recordings and the editions of those videos and of the interviews given by the speakers. In order to register and to spread the substance, it was created a channel on YouTube called “Oficina Virtual de Desenho de Observação”. The writing group was responsible for drawing up the interviews with the workshop speakers – about their professional experiences and their connection with drawing- ,for the textual documentation of the entire students` and speaker`s creation process. Thereby, all the material developed during the project is intend to be used, not only by the professors to support the classes of the future students, but also by those who have the desire to transform power into act, white paper into representation of the world and the architecture into art and expression. In conclusion, the architecture is made by people, for the people. To be an architect is to be plural: technical and sensitive, student and teacher, always using drawing as a work and expression tool. Keywords: observational drawing; pandemic; architecture; workshop.


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Dedicatória

Jaime Lerner (1937-2021) Nascido em Curitiba, o Arquiteto e Urbanista se formou na Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1964. Trabalhou no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) desde sua criação em 1965. Jaime Lerner foi prefeito de Curitiba em três mandatos e governador do estado do Paraná por dois. O renomado arquiteto recebeu o título de segundo melhor urbanista de todos os tempos pela revista Planetzen devido ao seu excepcional trabalho na implantação de um sistema de mobilidade urbana em Curitiba.

Paulo Mendes Da Rocha (1928-2021) Originário de Vitória no Estado do Espirito Santo, mas criado em São Paulo, onde constituiu sua carreira como arquiteto e urbanista e esteve em atuação desde 1955. Reconhecido internacionalmente, Paulo Mendes da Rocha ganhou diversos prêmios, como o Mies Van der Rohe, O Leão de Ouro na Bienal em Veneza, O prêmio Imperial do Japão e foi o segundo Brasileiro a vencer Pritzker, considerado o “Nobel da arquitetura” em 2006.

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Dedicatória

José Maria Gandolfi (1933-2021) Arquiteto e professor que nasceu em São Paulo, mas fez sua Carreira em Curitiba. Foi um dos criadores do curso de Arquitetura e Urbanismo na UFPR na década de 60 e teve como pupilo Jaime Lerner. Ganhador de 37 prêmios em concursos de arquitetura, sendo 22 deles em primeiro e segundo lugares, o prestigioso arquiteto foi um dos responsáveis por projetar a sede da Petrobras, pela criação do IPPUC e por uma imensa arborização em Curitiba, plantando cerca de 350 mil árvores entre 1971 e 1974 nas praças e parques da Cidade.

Manoel Coelho (1940-2021)

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Nascido em Florianópolis, Santa Catarina, o ilustre arquiteto se formou em 1967 na primeira turma do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, onde posteriormente foi o coordenador do curso por vários anos e esteve envolvido na implantação do curso de Design. Como principais obras, teve o Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, o Centro de Exposições do Parque de Barigui, Revitalização da Praça Osório, entre outros. Ficou reconhecido também pela sua participação na equipe da segunda gestão do Jaime Lerner como prefeito de Curitiba e desenvolveu vários projetos urbanistas para cidade.


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Sumario 1. Introdução 1.1 Histórico Da Universidade 1.2 Arquitetura e Urbanismo e o Desenho de Observação 1.3 Repercução da Oficina 1.4 Metodologia 1.5 Alcance da Proposta 1.6 Parcerias 1.7 A Janela e Seu Significado

2. Desenho de Observação Com Caneta Esferográfica 2.1 Passo a Passo - Giulia Tavares Ferreira Pinto Avila

3. Croquis De Castelos E Palácios Japoneses 3.1 Passo a Passo - Luana Vagula de Vasconcellos Herrerias

4. Croquis De Vegetação

Thiago Bueno Salcedo(2021)

4.1 Passo a Passo - Bruno Lauffer Pereira Rosa

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5. Desenhos De Observação Com Lápis De Cor 5.1 Passo a Passo - Ana Paula Acciari Blazeck

6. Aquarela Na Representação de Fachadas 6.1 Passo a Passo - Amanda Guedes da Silva


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7 . Nanquim Aguada Em Croquis Arquitetônicos 7.1 Passo a Passo - Estevão Diniz Trevisan

8. Croquis Urbanos 8.1 Passo a Passo - Agnes Akemi Barboza Miyazaki

9 . Representação De Texturas Com Marcadores 9.1 Passo a Passo - Júlia Camillo Kades

10 . Croquis - Um Relato Na Pandemia 10.1 Passo a Passo - Camila de Oliveira Annes Brocado

11. Palestrantes 11.1 Prof. Heverson Akira Tamashiro 11.2 Profa. Iaskara Florenzano 11.3 Prof. José Marconi Bezerra De Souza 11.4 Thiago Bueno Salcedo 11.5 Profa. Silvana Weihermann

12. Conclusão

12.1 Profa. Isabel Maria De Melo Borba 12.2 Referências

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11.6 Prof. Abrão Assad


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1 Introdução 12


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1. Introdução

Wanessa Estevam (2021)

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Em meio à pandemia, descobriu-se que não existe apenas um tipo de janela, mas várias: virtual, física e interna, sendo essa última capaz de abrir a mente para novas possibilidades, oportunidades e visões de mundo. O projeto toma como base a Oficina Virtual de Desenho de Observação, que ocorreu durante os dias 12 de março a 30 de abril de 2021, e objetivava complementar a disciplina de Estudo da Forma. A ideia da Oficina Virtual foi uma adaptação à pandemia, já que em tempos não pandêmicos os encontros ocorreriam em pontos específicos da cidade de Curitiba. A oficina se tornou uma janela aberta para os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR, sendo eles incentivados, semanalmente, por palestrantes que trouxeram conteúdos relacionados não só ao desenho de observação, suas técnicas e materiais necessários, mas também à profissão do arquiteto e urbanista. A Oficina Virtual de Desenho de Observação conquistou a Bolsa de Incentivo à Produção Artística Cultural (BIPAC) ofertada pela UTFPR, surgindo assim esse Memorial de Desenho de Observação. Com o Memorial, professores, bolsistas e voluntários uniram-se com o objetivo de se aproximarem de futuros calouros do curso e mostrarem a eles a ferramenta do arquiteto e urbanista expressar-se: o desenho. Para isso, o trabalho contém vídeos elaborados pelos alunos do curso, que participaram da bolsa, expondo as técnicas e avanços com seus desenhos, além de entrevistas com os palestrantes e exposição virtual de desenhos dos alunos. Cada um dos desenhistas abordou uma temática e uma técnica que foi destacada nos desenhos expostos nos vídeos. Exposições online de arte já existiam, sendo o Google Arts and Culture exemplo de plataforma que tornava acessível a visita, de forma não presen-


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cial, a museus. Com a demanda do isolamento social, a plataforma tornou-se ainda mais utilizada. Assim, da mesma forma em que os museus online democratizam o acesso à arte, o Memorial de Desenho de Observação torna acessível, em um momento delicado da história, a linguagem artística, sendo um convite à prática do desenho, uma janela que se faz aberta para incentivar e informar os futuros calouros do curso de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR, de outras instituições e da comunidade externa.


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1.1 Histórico Da Universidade 10/08/2021

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A Universidade Tecnológica Federal do Paraná não foi criada, mas transformada a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR). Como a origem desse Centro é a Escola de Aprendizes Artífices, fundada em 1909, a UTFPR herdou uma longa e expressiva trajetória na educação profissional, tecnológica e social. A Instituição propôs, em seus diversos cursos, ao longo de seus 112 anos, a integração entre teoria e prática, pois os discentes sempre contaram com espaços de experimentações. O curso de Arquitetura e Urbanismo foi idealizado com ênfase no ensino tecnológico, contemplando a interação entre a teoria e a prática desde o início da formação. Desta forma, no primeiro ano, os discentes já materializam os trabalhos da disciplina de Estudo da Forma, em trabalhos práticos e desenhos de observações. As realizações dos trabalhos são divididas em dois momentos: na primeira, os discentes desenvolvem os estudos das atividades propostas em atelier (atualmente, durante a pandemia de forma online), individualmente, por meio de croquis e ensaios em maquetes. Ao final dessa etapa, os estudantes apresentam os estudos em seminários, o que gera um debate extremamente rico. No segundo momento, a disciplina contempla também o desenho de observação.

Gabriel Luis Tiepermann (2021)

https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1HYIxXLo8iOvfoCrXOCxqvzHL8rloVE6T

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1.2 Arquitetura e Urbanismo e o Desenho De Observação O domínio do desenho de observação é uma habilidade essencial na formação do arquiteto e urbanista. É por meio do desenho que o arquiteto desenvolve suas ideias e concretiza os seus projetos. Sendo assim, o desenho é uma ferramenta fundamental, que deve ser desenvolvida desde o início da formação acadêmica e que o acompanhará por toda sua vida profissional. Para Oscar Niemeyer o desenho de próprio punho é um instrumento de comunicação do projeto, o qual complementa memoriais descritivos e arguições. Segundo Batlle(2011, p.84), a necessidade de expressão por meio do desenho, que surge na infância, é abalada na adolescência quando os desenhos que transmitem as ideias de imaginação e criação são duramente criticados. A etapa de transição para a adolescência ocorre no período escolar, e é quando se percebe a deficiência na formação da educação artística do jovem. Dessa forma, muitos ingressantes no curso de Arquitetura e Urbanismo apresentam dificuldade em efetuar a comunicação por meio do desenho. Para Batlle(2011, p. 96), apesar do currículo do curso conter disciplinas específicas para o ensino do desenho, percebe-se uma impaciência por parte dos alunos por acreditarem não serem capazes de desenhar, esquecendo que a aprendizagem do desenho é um processo. O desenho envolve diversas técnicas e linguagens, cada uma essencial para a composição de possibilidades. Seguindo esse raciocínio, Betlle(2011, p.100) traz a experimentação de diversas técnicas e instrumentos de desenho, como uma forma de ampliar o ensino e a aprendizagem da expressão por meio do desenho aos ingressantes do curso de Arquitetura e Urbanismo. No Curso de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR, o desenho de observação é estudado nas disciplinas de Estudos da Forma 1 (EF 1) e Estudo da Forma 2 (EF 2), primeiro e segundo semestre respectivamente. O desenho é ministrado junto com os elementos estruturais e intelectuais da composição (elementos estruturais: ponto, linha, plano e cor; elementos intelectuais:

Diego Cesar Zem (2021)


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equilíbrio, ritmo, movimento unidade, proporção e harmonia), integrando artes visuais e arquitetura. O desenho à mão na forma de croquis, acompanha o estudante, ao longo do curso em todas as disciplinas de projetos: arquitetônico, paisagístico, urbanístico, entre outras. Na forma presencial de ensino, as aulas de desenho de observação são realizadas nas ruas da cidade, um sítio riquíssimo de detalhes, luz e sombra. O Centro Histórico de Curitiba torna-se a sala de aula, mais precisamente o Largo da Ordem e a Praça Generoso Marques, em frente ao Paço Municipal. Com a pandemia, as aulas externas não são possíveis. Com a intenção de suprir essa carência, proporcionando mais qualidade e motivação ao aprendizado dos estudantes, optou-se pela criação da Oficina Virtual de Desenho de Observação. A Oficina foi dividida em seis palestras, as quais aconteceram de forma síncronas, às sextas-feiras à tarde. Para a realização das reuniões, foram convidados palestrantes internos e externos à universidade, todos com grande expressão e conhecimento na matéria. A Oficina foi registrada na UTFPR como Projeto de Ensino (PROJENS) e teve como público alvo os estudantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo, também foram divulgados para todos os outros cursos e Campus da UTFPR.

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1.3 Repercução Da Oficina A Oficina Virtual de Desenho de Observação foi inscrita no Edital Chamada Pública 01/2021 – Bolsas de Incentivo à Produção Artística Cultural (BIPAC). O Edital foi proposto pela Pró-Reitoria de Relações Empresariais e Comunitárias, da Diretoria de Extensão, da Assessoria de Cultura e da Comissão Central de Cultura da UTFPR. O Projeto tem como proponentes os professores Dra. Isabel Maria de Melo Borba (DEAAU) e o Prof. Dr. José Marconi Bezerra de Souza (DADIN). O projeto foi selecionado e contemplado com 20 (vinte) bolsas para estudantes participantes das oficinas de desenho, por um período de três meses. Para organizar o desenvolvimento dos trabalhos, os alunos participantes do Edital foram divididos em três equipes: 1. Equipe dos Desenhistas – responsável pela produção dos desenhos. Cada aluno ficou responsável por gravar seu próprio vídeo com os processos de criação do seu desenho e com as respectivas técnicas desenvolvidas, além do passo-a-passo para a Monografia. 2. Equipe dos Vídeos – responsável pela edição dos vídeos. Em um primeiro momento, optou-se por criar um vídeo com instruções para os desenhistas, com dicas sobre como gravar um vídeo com os recursos disponíveis em casa. Além disso, a equipe editou o material produzido pelo grupo de desenho, e publicou esses conteúdos na plataforma YouTube. 3. Equipe da Monografia – responsável pelo registro textual. Documentando os procedimentos dos trabalhos desenvolvidos pela equipe de desenho. Ademais, produziram o conteúdo das entrevistas cedidas pelos palestrantes e elaboraram o histórico, diagramação e conclusão do trabalho. Ao longo dos três meses do desenvolvimento do material para o Edital Cultural, houve, aproximadamente, três reuniões virtuais por semana, organizadas pelos próprios estudantes, entre as equipes e todos os participantes para alinhar o trabalho. Semanalmente, também aconteciam reuniões com os professores orientadores, onde os alunos apresentavam suas evoluções,


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tiravam dúvidas e recebiam novas orientações. Produtos elaborados pelos estudantes bolsistas do Edital: •Exposição digital dos desenhos de observação resultantes da oficina. •Vídeos mostrando o passo-a-passo da criação dos desenhos, com informações de cunho didático, artístico e poético sobre o desenho de observação. •Monografia documental com o processo de elaboração do desenho, demostrando a técnica construtiva, do primeiro ao último passo.

Fernando Rezende Ramos (2021)

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1.4 Metodologia A Oficina Virtual de desenho de Observação foi constituída por seis reuniões. Para a realização foram convidados palestrantes internos e externos à universidade. As oficinas foram divulgadas por meio virtual para todos os Campi da UTFPR e as inscrições foram pelo Google Classroom. Os seis encontros síncronos foram realizados sempre nas sextas-feiras, das 14h às 16h, seguindo o cronograma. Foram previstos também outros sete encontros assíncronos, de duas horas cada, cujo objetivo era o desenvolvimento do trabalho individual de forma remota. A Oficina foi realizada na modalidade não presencial utilizando as plataformas Google Classroom para disponibilização de materiais de apoio, links, entregas dos desenhos e exercícios, entre outros, além do uso para as aulas síncronas do Google Meet (link disponibilizado no Google Classroom).

Ana Paula Acciari Blazeck (2021)

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1.5 Alcance Da Proposta Espera-se que os produtos desenvolvidos com o presente Edital sirvam de material didático e artístico para os estudantes atuais e futuros do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR e do Departamento de Desenho Industrial, bem como a todos os demais cursos da instituição, aos estudantes de outros cursos de Arquitetura e Urbanismo de outras instituições de ensino públicas ou privadas, aos profissionais da área, enfim, a todos que quiserem entender o processo criativo e artístico do desenho de observação.

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1.6 Parcerias A parceria para a realização deste material iniciou-se muito tempo atrás, mais especificamente no ano de 2014, quando o Curso de Arquitetura e Urbanismo recebeu a visita do professor do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial da UTFPR, o Prof. Dr. José Marconi Bezerra de Souza. O encontro proporcionou várias oficinas de desenho de observação para os estudantes de ambos os cursos: Arquitetura e Urbanismo e Design. Inicialmente eram ministradas aulas com o embasamento teórico necessário ao desenvolvimento do desenho de observação. Essas aulas aconteciam no auditório do Paço Municipal, um prédio recém-restaurado, com um clima profundamente artístico e cultural, em frente à Praça Generoso Marques, onde na sequência os estudantes tinham a oportunidade de desenvolver a teoria aprendida - numa total e completa interação entre teoria e prática. Toda a inspiração causada nos professores e estudantes com as oficinas de desenho, resultou em um livro no ano de 2016: “Diários Gráficos do Paço da Liberdade”, organizado pela Celise Helena Niero, Diretora do SESC - Paço da Liberdade e do Prof. Dr. José Marconi Bezerra de Souza. Assim, como continuidade desta parceria e como resultado da presente Oficina, criou-se um material didático, com cunho artístico e poético, que visa proporcionar o aprendizado do desenho de observação a estudantes e profissionais, de forma ampla e livremente divulgada, dentro e fora dos portões da Universidade.


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1.7 A Janela E Seu Significado

Gabriel Luis Tiepermann (2021)

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No tempo pandêmico em que se vive, muitas restrições foram impostas, dentre elas, o isolamento social. Apesar da reclusão, há algo simples com potencial de proporcionar um vislumbre do mundo: as janelas. Os primeiros registros de aberturas em construções que nos remetem às janelas que temos hoje datam de 4000aC, nas casas de Persepólis, a capital do Império Persa. Desde essa época, o homem sentia a necessidade de ver o mundo em sua volta. Milênios mais tarde, os romanos introduziram o vidro nas janelas, por volta de 100dC. A partir daí as janelas sofrem modificações representando cada momento histórico. A partir dos anos 1950, com a evolução da tecnologia, foi possível a criação de grandes cristais de vidro e vistas mais panorâmicas. Neste contexto, o alumínio passa a ser usado na fabricação das janelas, havendo uma atenção maior com o ambiente interno e externo. Já quanto à contemporaneidade, as formas geométricas são bem perceptivas, as janelas mais amplas, passam a proporcionar uma grande iluminação natural e uma vista generosa. As janelas, sejam elas bem decoradas ou simples, possuem uma função: proporcionar uma visão - seja de uma paisagem, da rua ou de outros prédios - ela ainda será um escape dentro das casas. É a abertura para outros lugares, para o mundo exterior do indivíduo. Essas protagonistas da quarentena separam o lado de dentro do lado de fora, mas apesar disso permitem uma conexão do que sobrou fora das casas. Já em relação à realidade vivida durante a produção do memorial, a epidemia causada pelo novo coronavírus isola o mundo todo e a única abertura que as pessoas em quarenta possuem são as janelas. Apesar das consequências terríveis e perdas dolorosas de uma pandemia, a janela permite ver vizinhos, os passarinhos voando de volta para os ninhos. Vê-se a paisagem há muito não contemplada, além de lugares incríveis ao redor da Terra. Diante da realidade reclusa citada acima, a mineira Adélia Prado (Poesia reunidas, 1991) discorre em seu poema “Janela” as boas visões que tem


Gabriel Luis Tiepermann (2021)

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da própria e as memórias carregadas no decorrer da vida. Desse modo, um poema da época do modernismo se fez atual nos anos de 2020 e 2021. Em suma, das varandas dos prédios e das janelas das casas pode-se observar uma das melhores qualidades do ser humano, que é a coletividade. Durante a pandemia, no mundo todo aconteceram manifestações de carinho com músicas, conversas, rotina de exercícios e até mesmo festas, com cada pessoa em sua janela. Toda essa reunião foi possível graças à tecnologia disponível hoje. Uma pessoa com um computador e um celular está ligada à maior janela do mundo: a internet! As possibilidades são quase infinitas e poderosas.

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2 Desenho de Observação Com Caneta Esferográfica 26


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2. Desenho de Observação com Caneta Esferográfica Giulia Tavares Ferreira Pinto Avila

Giulia Tavares Ferreira Pinto Avila (2021)

do seu celular para assistir ao vídeo da Giulia

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Aponte a câmera

Giulia é aluna de Arquitetura e Urbanismo do segundo período e durante a vida desenvolveu o gosto pelo desenho. No curso de Arquitetura e Urbanismo ela está se desconstruindo em relação a esses desenhos complexos, que podem levar até meses para serem finalizados. Ela conta que desenha desde que aprendeu a segurar em um lápis e, por esse motivo, a experiência de uma vida de 19 anos a levou em um alto patamar do desenho. Giulia desenha realismo, que é um estilo extremamente detalhado e trabalhoso. A Oficina Virtual de Desenho de Observação foi peça fundamental para esse desenvolvimento. Durante a oficina, os croquis rápidos apresentados ajudaram-na no gosto pelos traços soltos e a todos os alunos que participaram. No projeto, a estudante trabalhou exclusivamente com desenhos à mão livre, utilizando apenas uma caneta esferográfica. A proposta da caneta é interessante por todos terem acesso a esse material simples e barato. Operando com as técnicas de texturas, luz e sombra, perspectiva, dentre outras, uma caneta esferográfica faz um trabalho tão lindo quanto uma caneta importada, basta desenvolver as técnicas, assim como a Giulia fez. No curso de Arquitetura e Urbanismo e na vida profissional como arquiteto, essa técnica é extremamente importante, uma vez que nem sempre há materiais caros disponíveis para realizar um desenho. Uma ideia pode vir a qualquer hora do dia e apenas com uma caneta é possível registrá-la no papel. Durante a oficina, Giulia interessou-se mais por desenhos construtivos e exercícios para soltar o traço e proporcionar charme arquitetônico.


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2.1 Passo a Passo MATERIAIS FOLHA SULFITE CANETA ESFEROGRÁFICA

PASSO 1: Fazer formas geométricas cruzando as linhas com um traço leve, seguro, contínuo e sem recear que fique tremido, atentando-se ao ponto de fuga, perspectivas e escala.

PASSO 2: Aplicar novas formas geométricas, dando forma à composição.

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PASSO 3: inserir hachuras, texturas, luz e sombra. O conjunto desses cubos forma a composição desejada.

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PASSO 4: Reforçar com uma linha mais grossa e forte aquilo que realmente será o desenho.


Giulia Tavares Ferreira Pinto Avila (2021)

PASSO 5: finalizar o desenho inserindo o detalhamento

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3 Croquis de Castelos e Palacios Japoneses 32


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3. Croquis de Castelos e Palácios Japoneses Luana Vagula de Vasconcellos Herrerias

Luana Vagula De Vaconcellos Herrerias(2021)

do seu celular para assistir ao vídeo da Luana

Da sua Janela

Aponte a câmera

O primeiro período em uma universidade desperta muita curiosidade no estudante. A expectativa de conhecer os colegas que estarão presentes durante todo o processo de graduação e o campus que se tornará praticamente uma segunda casa acompanha os calouros nos primeiros meses de aula. Entrar em um projeto acadêmico nesse contexto caótico foi um grande desafio para a estudante Luana Vagula de Vasconcellos Herrerias. A aluna ingressou na Oficina de Desenho de Observação à distância assim que iniciou o primeiro período, no início de 2021. Mesmo sendo um processo desafiador, Luana relatou que a oficina a ajudou a se sentir parte da universidade. Com uma bagagem de experiências em artes plásticas, pintando quadros de figuras humanas com tinta a óleo, ao encarar as técnicas do desenho arquitetônico Luana se sentiu desafiada. No projeto ela focou no desenvolvimento de croquis de castelos japoneses. Com a orientação do professor José Marconi, Luana focou em desenhos estruturados com materiais técnicos, como réguas e esquadros, objetivando melhorar o desenvolvimento do contraste. Durante sua última etapa no projeto, Luana melhorou o desenvolvimento de sua composição, fazendo um desenho mais ágil e pontual. Para compreender melhor a construção de um croqui, segundo Golveia (1988), as principais características são a mimese e a abstração. A mimese refere-se à similaridade com o projeto real e, a abstração, aos conceitos fundamentais para a edificação de uma obra de forma concreta, ou seja, a identificação das formas essenciais da construção e o que elas representam dentro da composição. Com isso, nota-se um paralelismo entre a paixão da aluna pelo desenho realista e o croqui, uma vez que o croqui é uma representação da realidade.


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3.1 Passo a Passo

MATERIAIS LAPISEIRA FOLHA SULFITE PAPEL SULFURIZE CANETAS NANQUIM

PASSO 2: Representação de entradas e janelas. PASSO 3: Detalhamento dos elementos e texturas. 34

Luana Vagula De Vasconcellos Herrerias (2021)

PASSO 1: Definição da estrutura geométrica do projeto.


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4 Croquis De Vegetação 36


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4. Croquis De Vegetação Bruno Lauffer Pereira Rosa

Bruno Lauffer Pereira Rosa (2021)

do seu celular para assistir ao vídeo do Bruno

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Aponte a câmera

O aluno Bruno Lauffer Pereira Rosa está no segundo período de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR. Desde muito cedo começou a desenhar, porém, ao longo do tempo foi parando com a prática. Contudo, viu no curso de Arquitetura e Urbanismo a importância de retomar a paixão. Atrelado à retomada, ele participou da Oficina Virtual de Desenho de Observação, o que o estimulou a revisitar suas antigas representações artísticas e desenvolver suas técnicas. Durante o projeto, um dos métodos propostos pelo Prof. Marconi foi o treinamento diário do traçado, através de representações de vegetação. Nessa perspectiva, o estudante fez uma progressão gradual e diversificada de vegetação, visando amadurecer e soltar o traço. A potencialidade do estudo está na disciplina de reviver o mesmo traço várias vezes e enxergar beleza nele e em todas as suas variações, uma vez que nenhum traçado é igual ao outro. Nesse cenário, ele desenvolveu vários croquis de árvores em uma prancha com diversos detalhamentos, contrastes e formas. Para finalização de alguns desenhos utilizou caneta nanquim e lápis de cor. O uso de nanquim se torna essencial para dar um grande apoio nas ilustrações a mão livre, que são bem-vistas nos projetos arquitetônicos e ajudam na qualidade do croqui. A representação da vegetação desempenha um papel importante no croqui arquitetônico, pois além de compor o projeto, são grandes aliadas na representação de escalas. E essa foi a grande percepção desse projeto na vivência do Bruno, perceber como itens tão simples podem demandar tanto estudo e promover uma elevação dos desenhos e da qualidade e sofisticação dos seus traços.


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4.1 Passo a Passo

MATERIAIS NANQUIM 0,1/0,3/1/1,5 TINTA DE NANQUIM CANETA BRANCA LÁPIS DE COR FOLHA SULFITE PASSO 1: Desmontar e higienizar todas as espessuras de nanquim que serão utilizadas.

PASSO 2: Acrescentar a carga de nanquim no compartimento de tinta.

PASSO 3: Ao iniciar o desenho, identificar a direção da luz do sol, importante para definir as áreas de sombra e de luz que darão contraste e volume à árvore.

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PASSO 4: Definir a forma da árvore através do traçado do contorno.

PASSO 5: Identificar e marcar as áreas iluminadas e as áreas sombreadas.

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PASSO 6:Definir a textura a ser utilizada e aplicar de maneira mais repetida nas áreas de sombra e de maneira menos acentuada nas áreas iluminadas.


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PASSO 7: Reforçar as áreas sombreadas deixando-as mais escuras.

PASSO 9: Representar a sombra da árvore no solo.

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Bruno Lauffer Pereira Rosa (2021)

PASSO 8: Reforçar as áreas iluminadas com uma caneta branca, deixando-as mais claras.


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5 Desenhos de Observação com Lápis de Cor 42


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5. Desenhos De Observação Com Lápis De Cor Ana Paula Acciari Blazeck

Ana Paula Acciari Blazeck (2021)

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Ana Paula, por gostar de desenhar desde criança, decidiu durante o ensino médio cursar Arquitetura e Urbanismo e atualmente se encontra no terceiro período do curso. Logo depois que tomou sua decisão, iniciou um curso de linguagem arquitetônica e de desenho e essas aulas confirmaram o seu gosto pela carreira que escolheu. Após iniciar o curso, principalmente pela Oficina Virtual de Desenho de Observação, ela passou por uma transição, das ilustrações realistas que praticava para o desenho arquitetônico. O referido estilo destaca-se por ser mais rápido ao transmitir uma ideia, e não demandar horas de trabalho. Existem várias técnicas que podem ser usadas, dentre todas, a trabalhada por Ana no projeto, foi o uso dos lápis de cor. O lápis de cor é uma das ferramentas mais simples e acessíveis no ateliê de um arquiteto, já que se encontram nos mais variáveis preços. Esse material permite criar diferentes tonalidades mesclando os tons. Entretanto, a utilização desse material demanda paciência, uma vez que se deve ponderar a pressão do lápis sobre o papel para que se atinja o efeito desejado e se consiga a uniformidade entre as cores. Não é um material recomendado para preencher toda a folha, pois mesmo com o trabalho finalizado ainda será possível ver a rugosidade do papel e é aí que está o charme do lápis de cor, juntamente com suas cores mais fracas do que um marcador, por exemplo. A grande vantagem desse material para colorir o de-


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5.1 Passo a Passo

MATERIAIS LÁPIS DE COR PAPEL KRAFIT BORRACHA COMPASSO

PASSO 1: Desenhar o círculo.

PASSO2: Iniciar determinando a sombra própria (já fazendo o traço para realçar a volumetria), segurar um pouco para cima da ponta do lápis. 44


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PASSO 3: Reforçar o que foi feito até aqui, sempre mão leve.

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PASSO 4: Segurando um pouco mais para cima, determinar os inícios das áreas de transição


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PASSO 5: Segurar mais para cima para o traço ficar mais suave, transição na parte mais acima, sempre com movimentos circulares.

PASSO 6: Reforçar a linha de sombra dando ênfase na volumetria da esfera. 46


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PASSO 7: Iniciar a parte da luz a partir de onde há incidência de luz, pois é a parte que vai ficar mais clara, suavizar conforme chega no centro da esfera (área de transição).

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PASSO 8: Importante não fazer as duas cores se encontrarem completamente.


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PASSO 9: Reforçar o ponto de incidência de luz na esfera.

PASSO 10: Quando for reforçar alguma área, segurar mais na ponta do lápis. Para meios tons, segurar mais acima. 48


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PASSO 11: Apagar as linhas aparentes do círculo (as coisas na realidade não têm contorno).

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PASSO 12: Finalizar transição com movimentos circulares.


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PASSO 14: E assim finalizamos nosso exercício! 50

Ana Paula Acciari Blazeck (2021)

PASSO 13: Realizar a sombra que será projetada pela esfera na superfície.


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6 Aquarela na Representação de Fachadas 52


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6. Aquarela na Representação de Fachadas Amanda Guedes Da Silva

Amanda Guedes Da Silva (2021)

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A partir do conceito geral da Oficina Virtual de Desenho de Observação, uma das técnicas de desenho usadas para colocar em prática os ensinamentos foi a representação de fachadas em aquarela. A aluna e participante do projeto, Amanda Guedes, definiu a colaboração da oficina como essencial para romper a ideia de uma única possibilidade existente para a própria expressão. Antes de tornar-se estudante de arquitetura, a aluna estava acostumada com desenhos em estilo “cartoon” e mesmo já tendo o contato com a representação artística antes, o desenho de arquitetura foi um desafio. A aquarela permite desenhos rápidos como são os esboços arquitetônicos, mas também desenhos mais detalhistas trabalhados com a sobreposição de camadas. A composição de luz geralmente é dada pelos espaços vazios entre as manchas, e alternância entre a quantidade de água usada em cada ponto do desenho funciona como carga ou descarga da cor(CHECCHELE; RABEL; MOREIRA, 2017, p.115) A utilização da aquarela nos desenhos acorda com o significado de fluidez e permeabilidade que as fachadas representam na arquitetura. Portanto, a união da Oficina Virtual de Desenho de Observação com a prática, resultou em um entendimento ampliado sobre importância e significado do desenho à mão livre aplicado ao desenvolvimento do aluno dentro do curso.

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6.1 Passo a Passo

MATERIAIS AQUARELA SÓLIDA GODÊ PINCEL FOLHA 300mg² RESERVATÓRIO PARA ÁGUA FITA PANO

PASSO 1: Fixar a folha com

PASSO 2: Traçar o esboço do desenho. 54


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PASSO 3: Umedecer o pincel com água.

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PASSO 4: Carregar o pincel de tinta e começar aplicando em áreas mais claras.


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PASSO 5: Retirar o excesso de água caso necessário.

PASSO 6: Começar a colorir áreas de sombra com o pigmento mais escuro. 56


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PASSO 7: Tempo de secagem entre uma camada e outra.

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PASSO 8: iniciar detalhamento das cores dos elementos.


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PASSO 10: Representação de vegetação. 58

Amanda Guedes Da Silva (2021)

PASSO 9: Aplicação de mais camadas para escurecer áreas de sombra, dando assim a noção de profundidade.


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7 Nanquin Aguada em Croquis Arquitetonicos 60


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7. Nanquin Aguada Em Croquis Arquitetônicos Estevão Diniz Trevisan

Estevão Diniz Trevisan (2021)

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Estevão Diniz Trevisan atualmente cursa o sexto período de arquitetura e urbanismo. Preso à ideia de que desenho era algo que levava normalmente muito tempo e esmero, durante o projeto, Estevão se surpreendeu com a rapidez da produção de um croqui, e com isso se viu ainda mais entusiasmado com a arte. No curso descobriu a técnica de nanquim aguada, que se tornaria o seu método favorito de desenhar e com o qual produziu croquis fantásticos na oficina, brincando com luz e sombra. É importante ressaltar que a técnica de nanquim aguada, embora originada na China, durante a dinastia Sung (960-1274), desenvolveu-se efetivamente no Japão, onde era bastante utilizada e conhecida pelo nome “suibokuga”. A técnica consiste na utilização de tinta preta a base de carvão diluída em água, aplicada no papel branco, fazendo um contraste de luz e sombra que formam belíssimas imagens de uma maneira desfocada e única. Diferentemente do sumiê tradicional, o método utilizado por Estevão é mais acessível, uma vez que utiliza materiais comumente encontrados em papelarias ao invés dos pincéis tradicionais da técnica oriental. O estudante explica que não se espera um resultado satisfatório na primeira aplicação de tinta. Normalmente o artista reveza entre delimitar formas com a caneta nanquim e aplicar novamente a tinta até conquistar o efeito desejado. Estevão se viu inspirado a desapegar da meticulosidade, mudando para traços mais rápidos e despreocupados, como orientou o professor Marconi. Os resultados foram obras igualmente marcantes, porém com um tempo de execução mais curto.


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7.1 Passo a Passo

PASSO 1: Acrescentar água em 3 compartimentos e distribuir a tinta nanquim de modo a gerar 3 tons, um claro, um médio e um escuro.

PASSO 2: Testar os tons e acrescentar nanquim ou água até chegar na escala tonal desejada.

PASSO 3: Elaboração de um rápido esboço com lapiseira para definir as volumetrias, perspectivas e o enquadramento do desenho no papel.

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MATERIAIS LÁPISEIRA CANETAS NANQUIM CANETA TINTEIRO PINCEL REDONDO TINTA NANQUIM ÁGUA


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PASSO 4: Traçar as linhas em nanquim, sem muita preocupação com erros e detalhes, buscando soltar o traço.

PASSO 5: Acrescentar alguns detalhes de modo a gerar uma melhor compreensão do que está sendo representado. Além disso, o importante é passar a ideia dos detalhes e não os desenhar em sua totalidade. Isso acontece com as janelas, postes, figuras humanas etc.

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PASSO 6: Com a nanquim aguada preparada, pintar os tons claros e médios.


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PASSO 7: Acrescentar, em camadas, tons mais escuros, definindo os contrastes de luz e sombra.

Estevão Diniz Trevisan (2021)

PASSO 8: Esperar as primeiras camadas secarem para sugerir detalhes como as janelas e reforçar as regiões mais escuras.

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8 Croquis Urbanos 66


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8. Croquis Urbanos Agnes Akemi Barboza Miyazaki

Agnes Akemi Barboza Miyazaki (2021)

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Com a ideia de inspirar e informar através de uma maior aproximação com o desenho, a oficina colaborou com o desenvolvimento de vários alunos que ingressaram na universidade durante o período pandêmico, e com os demais que estavam se sentindo distantes nesse momento conturbado. Um exemplo foi o da aluna Agnes Akemi Barboza Miyazaki, 19 anos, estudante do terceiro período de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR. Ela relatou dificuldades de se conectar com a universidade durante as aulas online. Para ela, a oficina foi muito inspiradora, fortalecendo o vínculo com a instituição, inicialmente com as palestras, e no decorrer do projeto através da produção de desenhos. Para Agnes o processo de retomada da prática de desenho trouxe a lembrança dos motivos pelos quais escolheu cursar arquitetura. A partir da orientação do Prof. Marconi, Agnes produziu croquis urbanos ao ar livre, utilizando grafite para a estrutura inicial do desenho. Já na finalização fez uso de aquarela e nanquim. O Croqui nada mais é do que um desenho feito presencialmente, nele o desenhista expressa o que está vendo de forma simples e direta, buscando transmitir o essencial através de seus traços, caracterizando um primeiro esboço de um projeto na arquitetura. Mesmo munido de diversos softwares para desenho, o arquiteto tem no croqui sua forma de linguagem, pois como explica Le Corbusier em sua célebre frase, “o desenho é uma linguagem, uma ciência, um meio de expressão, um meio de transmissão do pensamento”. vos com os quais dá as instruções que permitem a construção do edifício. A partir desse conceito é possível caracterizar o desenho como a linguagem do arquiteto, que foi um entre os vários ensinamentos valiosos passados aos alunos durante a oficina.


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8.1 Passo a Passo

PASSO 1: Escolher o que pretende representar, buscando por um enquadramento através do processo de sintetização da imagem.

PASSO 2: Utilizar uma medida para se basear, como trata-se de um desenho rápido, essa etapa pode ser feita com o uso da própria lapiseira. Esse processo auxilia o(a) desenhista a estruturar o desenho, trazendo mais precisão às medidas, mesmo que de uma maneira mais solta.

PASSO 3: Começar o desenho com linhas de construções básicas.

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MATERIAIS LAPISEIRA 0.9 GRAFITE 2B PAPEL CANSON CANETAS NANQUIM PINCEL AQUARELA ÁGUA


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PASSO 4: Utilizar a caneta naquim para realçar os traços e adicionar texturas.

PASSO 5: Na finalização dos desenhos com aquarela, primeiro é preciso separar as cores desejadas em um gode.

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PASSO 6: Para preparar a tonalidade que gostaria de usar, misturar o pigmento com a água através do uso de um pincel ovalado específico para aquarela.


Agnes Akemi Barboza Miyazaki (2021)

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PASSO 7: Aplicar o pigmento anteriormente preparado no desenho. O processo de pintura com aquarela é mais demorado -pois é preciso esperar secar- e demanda a utilização de uma folha com uma gramatura mais alta, o indicado é no mínimo 300g/m².

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9 Representação De Texturas Com Marcadores 72


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9. Representação De Texturas Com Marcadores Júlia Camillo Kades

Júlia Camillo Kades (2021)

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Muitos alunos iniciantes no curso Arquitetura e Urbanismo objetivam perfeição dos desenhos e a pressão acaba criando bloqueio para iniciar a prática do desenho de observação e croquis. Foi o caso da aluna desenhista Júlia Camillo Kades, que era acostumada a fazer desenhos mais demorados, levando cerca de uma hora cada. Assim, o processo de fazer croquis foi aperfeiçoado durante a prática dos desenhos feitos para o Projeto, passando a fazer croquis rápidos em 15 a 30 minutos, dependendo do detalhamento que pretende dar ao desenho. Júlia tem 19 anos e é estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo do segundo período. Seu foco na oficina, assim como os sketches do palestrante Thiago Salcedo, foram os desenhos urbanos, de casas e do paisagismo ao redor delas. A técnica usada baseou-se em materiais que ela gosta de usar - marcadores, lápis de cor e nanquim - sendo esse último usado para dar profundidade ao desenho. Para isso, a aluna estudou a textura dos materiais de arquitetura para aplicar nos croquis, usando marcadores. Exemplo disso foi o desenho de um cômodo feito totalmente de madeira, estudando as combinações dos tons de marrom de marcadores para atingir cores e texturas esperadas. Durante o processo, houve uma demanda por dar destaque a perspectivas no desenho urbanístico, sendo essas linhas marcadas com nanquim. O recurso gráfico que permite a perspectiva converge linhas em um ponto - seja ele existente no campo compositivo ou fora dele - com o objetivo de criar a ilusão de tridimensionalidade do espaço e das formas. O desenho de perspectiva está muito vinculado à arquitetura já que desenhos arquitetônicos utilizam de tal técnica, seja em croquis – desenhos rápidos -, desenhos técnicos ou projetos feitos em programas como AUTOCAD.


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9.1 Passo a Passo

PASSO 1: Pesquisa e seleção de imagens para obtenção de referências de locais conhecidos.

PASSO 2: Desenho do esboço com lapiseira de grafite 0,5 e verificação dos pontos de perspectivas.

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MATERIAIS MARCADORES LÁPIS DE COR LAPISEIRA 0.5 GRAFITE PAPEL GRAMATURA 200g/m² CANETAS NANQUIM LIMPA TIPO


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PASSO 3: Teste de cores e suas variações e de formatos das principais texturas, em um rascunho.

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PASSO 4: Elaboração do croqui para definição de qual textura mereceria mais destaque.


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PASSO 5: Escolha das cores de lápis de cor e de marcadores.

PASSO 6: Uso do lápis de cor para dar profundidade e realçar pontos de luz.

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PASSO 7: Escolha das cores para representações específicas, sendo usada branca para representação de vidro e cinza escuro para sombras. Já para as pedras e madeiras, usar cores similares aos dos marcadores para dar profundidade e realçar o relevo.

Da sua Janela


Da sua Janela

Júlia Camillo Kades (2021)

PASSO 8: Uso de caneta nanquim para fazer o detalhamento e o destaque do formato do desenho, para dar espessura para detalhes e para fazer a moldura dos croquis.

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10 Croquis - Um Relato Na Pandemia 80


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10. Croquis - Um Relato Na Pandemia Camila De Oliveira Annes Brocardo

Camila De Oliveira Annes Brocardo (2021)

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Quando se abre uma janela para o mundo, cada pessoa pode enxergar algo único. A beleza da observação está nos significados que cada elemento pode ter e a maneira como ele será expresso no papel pelas pessoas que se permitem desenhar. O desenho não é estático, o desenho é vivo e inspira. A inspiração é um ato de esperança. A Oficina Virtual de Desenho de Observação enfatizou o poder do olhar sobre o mundo e seus espaços. E, acima de tudo, que é possível observar o mundo e expressá-lo de maneira única, por meio de memórias e vivências. Observar o mundo é um ato de esperança e é preciso manter essa chama viva nos desenhos e em todas as expressões de artes possíveis, para que esses períodos caóticos tragam lembranças positivas ao fim. Foi com esse ato de resistência que a aluna Camila de Oliveira Annes Brocardo começou o desafio da produção artística. Como estudante do terceiro período de Arquitetura e Urbanismo, Camila nutriu-se do espaço ao redor e começou a documentar cada item que observava no seu cotidiano durante a oficina. Os meses pandêmicos foram passando e cada vez mais ela teve material para aprender a ressignificar os objetos que, antes despercebidos pela correria, passaram a trazer formas, texturas e designs curiosos que inspiravam e teciam dias de isolamento mais amenos. Desde pequena estava acostumada a fazer desenhos mais realistas. Em muitos momentos do projeto, com a orientação do Prof. Marconi, foi construindo esse olhar sobre o traço mais livre, mais firme e mais humano, sem extremos detalhes e refinamentos. Camila redescobriu-se como estudante de arquitetura e, acima de tudo, como um ser observando o mundo sem pressa. Os estudos foram baseados na sua casa, na sua família e na sua vida. Camila retratou cada objeto que chamou seu olhar em várias páginas. No final da oficina, reconheceu a beleza no traço rápido.


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9.1 Passo a Passo

MATERIAIS LAPISEIRA 0.5 E 0.9 PAPEL CANSON LÁPIS 5B

PASSO 1: Primeiro é preciso posicionar o objeto escolhido de forma que a luz e a posição sejam adequadas para o seu desenho.

PASSO 2: Mentalizar a forma bruta do objeto.

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PASSO 3: Passar para o papel, como se fosse uma espécie de envoltório do objeto. Sugestão: utilizar uma lapiseira 0.5.

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PASSO 4: Depois, dentro desse envoltório, desenhar as linhas estruturais do objeto. Sugestão: utilizar uma lapiseira 0.7.


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PASSO 6: Por fim, utilizando o lápis ou a lapiseira, façer hachuras criando um efeito de luz e sombra no objeto.

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Camila De Oliveira Annes Brocardo (2021)

PASSO 5: Utilizando uma lapiseira 0.9 ou um lápis 5B, faça as linhas do objeto de forma mais refinada, dando forma.


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11 Palestrantes 86


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11. Palestras

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A oficina virtual de observação ocorreu por meio de palestras virtuais na plataforma Google Meet, ofertadas aos alunos de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), para complementar as matérias de Estudos da Forma. Foram 6 palestrantes participantes do evento, que informaram sobre diferentes temáticas, didáticas e técnicas de desenho, durantes 6 sextas-feiras, entre os dias 12 de março a 30 de abril de 2021. Os palestrantes foram: 1. Heverson Akira Tamashiro, que é arquiteto e professor da UTFPR, falou sobre os materiais necessários e técnicas de perspectivas. 2. Iaskara Florenzano, arquiteta e professora, ensinou sobre as formas, texturas e perspectivas na arquitetura. 3. José Marconi Bezerra de Souza, designer e professor da UTFPR, passou as melhores formas de realizar croquis urbanos. 4. Thiago Bueno Salcedo, que é arquiteto, colocou em evidência a técnica da aquarela e a importância do desenho para sua profissão. 5. Silvana Weihermann, arquiteta e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), focou em expressar os desenhos através da janela e a proporção de tudo o que é representado neles. 6. Por fim, a palestra de Abrão Assad teve como pauta a importância do desenho como meio de comunicação e expressão, o processo criativo do arquiteto como artista e os grandes projetos urbanísticos que realizou.


A primeira sessão da Oficina Virtual de Desenho trouxe a história de um menino. Um menino que vivia representando automóveis, sua forma mais primária de expressão. Não eram apenas desenhos de veículos automotivos, ele buscava aplicar técnicas e entender a potencialidade de cada traço desenvolvido. Era como se cada traço tivesse uma função e um planejamento para estar ali. Ele viu beleza na técnica. O menino hoje é professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR): Heverson Akira Tamashiro. Na Oficina era possível enxergar o poder da técnica em cada explicação, mas, acima de tudo, ver que aquele menino permanecia ali. Os desenhos de carros ultrapassaram os limites técnicos e puderam ser vistos até em guardanapos de papel. “Vocês precisam estar sempre desenhando.” Essa frase ecoou por muitas vezes durante a apresentação. O desenho para ele é uma ferramenta técnica de expressão da arte em função do espaço. É preciso moldar seu olhar e ser ciente da sua função metodológica. “O arquiteto nunca para de se aprimorar.” No início da sua jornada como arquiteto, seu olhar de menino foi tão moldado para técnica que pode perceber, nos escritórios que trabalhou a deficiência de alguns profissionais. Ele viu que muitos estagiários e arquitetos recém-formados tiveram dificuldades com os desenhos arquitetônicos, coletou todos os pequenos erros e guardou para desenvolver um manual de desenho arquitetônico. O uso da técnica não precisa ser algo cansativo. É necessário ter calma. Um dos primeiros passos para quem vai começar a desenhar, além de materiais básicos, é ver a beleza no processo, não desenhar muito devagar ou muito rápido, mas, com firmeza, revisitando cada traço e perspectiva que se pode criar no espaço. Ao final de toda apresentação, cada um havia entendido que o resultado de cada desenho é a expressão da técnica que queremos imprimir, não há um roteiro pronto. Cada um deve moldar o olhar, ver a técnica como uma ferramenta e treinar o traço. Conversar com o desenho e manter vivo sempre a essência e a singularidade que cada pessoa tem no mundo e nas artes.

Heverson Akira Tamashiro (2021)

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11.1 Prof. Heverson Akira Tamashiro


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A segunda oficina começou com uma missão e a brava líder nessa batalha era a professora Iaskara. Sua meta era destruir cada barreira que todo jovem estudante de arquitetura criou um dia. Suas falas iniciais eram sobre um poder que cada um de nós tem e que, por alguma razão no caminho, nos privamos de fortalecer. Essa habilidade é a arte de se expressar por meio do desenho. Para ela, o desenho é uma extensão do nosso pensamento. Uma oportunidade de manifestar toda e qualquer individualidade que nós carregamos. Nossos desenhos são únicos. São expressões que não podem e nem devem ser categorizadas, pois não existe bonito e nem feio quando você está se permitindo desenhar. Dessa forma, cada pessoa deve expressar sua verdade, sem medo e sem amarras. Porque o desenho nasceu com a humanidade, ele é a forma mais antiga e mais básica de externar nossas emoções. Um graveto. Uma pedra. Um lápis. Se expressar pelo desenho é a linguagem do arquiteto. Uma expressão íntima. O empenho em aprender sobre as técnicas. Sobre o traço. Sobre os materiais. Sobre suas preferências. Sobre suas singularidades. E nesse processo de construção, a segurança em cada traço irá se desenvolver. A barreira será quebrada. Cada desenho será uma documentação do seu caminho. Não julgue e não jogue nada fora. Guarde seus rascunhos. Tenha arquivos de memórias. E, acima de tudo, permita ser o autor dessas memórias no papel. E quando estiver armado de toda confiança que cabe em você, busque referências. Se afogue em um mar de artistas, construções, projetos, textos, lembranças, histórias. Seja um livro em branco frente a um lápis e vá se desenhando. Cada vez mais ciente do mundo e ciente do que você quer deixar nas pessoas. Seja ouvido. Fale através do seu traço sobre questões sociais. Sobre o patrimônio histórico e cultural desse país. Fale sobre respeito. No final daquela Oficina, a guerra já havia sido ganha. Porque ela não conversou com aqueles futuros arquitetos, mas, sim, com cada criança que um dia deixou de expressar suas particularidades para externar o mesmo discurso: nem todos podem desenhar, pois isso é dom. Não, meus caros, a vida é um dom, desenhar é só o seu olhar expresso no papel. Na rua. Na parede. Na história. Nas memórias. Na vida.

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Iaskara Florenzano (2021)

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11.2 Profa. Iaskara Florenzano


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A terceira oficina trouxe novas óticas para o desenho de observação. Nesse sentido, o Professor José Marconi Bezerra de Souza foi um dos defensores dos desenhos livres. O mundo está em constante movimento e é essa rapidez que torna o desenho de observação vivo, porque o croqui se expressa na velocidade dos traços e não na exatidão deles. Você não precisa visualizar o objeto concreto, o importante é como suas formas se enlaçam entre linhas firmes e estruturais. Ainda que seja difícil esse processo de observação, cada pessoa pode nortear sua visão para as formas e como a união das linhas pode produzir uma estrutura com volume, perspectiva, luz e sombra. A vida acadêmica dele teve o primeiro passo com a graduação no curso de Desenho Industrial pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB, 1990). Nessa caminhada, o encanto pelo mundo artístico o fez expandir novos horizontes: obteve títulos importantes, conquistando, por exemplo, o título de Doutor em Design da Informação pela Universidade de Reading na Inglaterra. Atualmente, Marconi é professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Além de ter sido um dos fundadores do grupo “Croquis Urbanos Curitiba” (2013), participou ativamente, também, dos Desenhadores de Rua (2016) e Desenhadores de Palco (2017), ambos os projetos de Extensão da UTFPR e do Sesc Paço da Liberdade. Toda essa bagagem cultural, histórica e pessoal foi presenciada durante a Oficina. Havia muita propriedade na fala do palestrante, pois suas vivências o credibilizam ao dizer: “O desenho é uma ferramenta de análise do mundo, ele permite entender cada aspecto e traduzi-lo em formas no papel”. A beleza do desenho reflete o autor, por isso, muitas pessoas se limitam a fazer representações atrelando esses aspectos para si. Isso se deve a cultura de massas que considera o desenho como uma impressão fotográfica e não como um ato de observar o espaço e apresentá-lo de acordo com as suas perspectivas. O desenho é uma linguagem rápida e expressiva do mundo. E que se cada pessoa talhar sua compreensão poderá entender a mensagem e repassá-la. No final daquela aula os alunos perceberam que o exercício diário era, também, parte desse processo e que cada um de nós podia desenhar se estivesse pronto para ir além dos critérios estéticos e os padrões impostos.

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José Marcone Bezerra de Souza (2021)

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11.3 Prof. José Marconi Bezerra De Souza


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A quarta oficina explicitou que a formação profissional será uma caminhada longa. Esse foi o caso do Arquiteto e Urbanista Thiago Bueno Salcedo. O diálogo foi sobre como estamos em constante evolução e que tudo é uma gradação antes da universidade e após. O arquiteto possui um olhar técnico, sem deixar de ser artista, isso foi visto a cada fala e exemplo. Ficou evidente que ele era arquiteto por trabalhar com projetos arquitetônicos e artista por expressá-los de maneira tão sensível e assertiva. O palestrante em foco é graduado pela faculdade Tuiuti do Paraná e faz parte da Sociedade de Aquarelistas do estado. A faculdade o ensinou aspectos formais e metodológicos, todavia, foi a experiência profissional que modelou sua atenção para as cidades e como representá-las por meio do desenho. Para ele, essa é a manifestação da arquitetura mais preciosa, olhar os espaços e projetá-los em desenhos. Embasado em sua bagagem no mercado de trabalho, ele elucidou como apresentar projetos com desenhos feitos à mão não apenas torna mais didático o entendimento, mas, também, encanta o cliente. Assim, Salcedo mostrou que o desenho é a ferramenta de trabalho mais importante na carreira do arquiteto. O desenho que encanta o cliente, encantou também quem assistiu a fala do profissional. O artista apresentou alguns projetos arquitetônicos feitos à mão durante sua trajetória e foi possível enxergar sua evolução e a importância do olhar atento à profissão. Salcedo inspirou estudantes do curso de arquitetura a fazerem belos e bons projetos no futuro, mas, acima de tudo, a buscarem a progressão no desenho. No fim daquele dia foi possível compreender que os desenhos de observação tornaram-se um hobby e que isso tornava sua carreira mais promissora, pois nunca seria cansativo viver do desenho. Afinal, estamos desenhando os espaços, as cidades e o mundo todos os dias. Foi inspirador ver que sempre haverá espaço para quem representa suas experiências através da arte de desenhar.

Aponte a câmera do seu celular para assistir à entrevista com o Thiago

Thiago Bueno Salcedo (2021)

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11.4 Thiago Bueno Salcedo


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A quinta oficina focou em cuidar do olhar dos alunos para o desenho de observação em um período pandêmico. Com uma linguagem leve e assertiva a professora Silvana mostrou aos presentes a beleza de entender o momento atual e ser positivo. A apresentação narrou como a introdução do desenho no desenvolvimento escolar é falha no país e, por isso, a maioria dos estudantes se limita nessas exteriorizações. Os alunos chegam aos cursos com dificuldade de se comunicar e se expressar por meio do desenho. Segundo Silvana, o desenho é uma grande forma de realização humana. Bem como, um método de exercício da criatividade. A apresentação trouxe técnicas tão básicas que comprovam como essa lacuna não desenvolvida poderia ser uma janela para as futuras gerações conseguirem se manifestar com desenhos. Era possível sentir a esperança em cada palavra dita pela palestrante. Havia ali uma experiência de anos como professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A vivência com cada aluno que se descobriu arquiteto com o desenvolvimento do desenho de observação a gabaritou para dizer: “Qualquer pessoa pode aprender a desenhar”. A liberdade criativa em reconhecer o espaço e as pessoas. O desenho é uma representação das pessoas: onde vivem, interagem, modificam. Se expressar por meio do desenho é dar voz a si mesmo por meio de novas perspectivas e novos olhares. E, enquanto futuros arquitetos, nosso olhar deve ser coletivo. Devemos olhar para as pessoas e suas necessidades. Olhar para o mundo e buscar alternativas que integrem e amenizem os problemas humanos. Ao final daquela Oficina, os alunos compreenderam que o desenho de observação não era apenas uma etapa da graduação, mas uma ferramenta na transformação de jovens estudantes em arquitetos humanizados.

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Silvana Weihermann (2021)

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11.5 Profa. Silvana Weihermann


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A jornada começou com um menino e encerrou com a simbólica retratação da experiência. O arquiteto Abrão Assad compartilhou a sabedoria dos anos e de todos os seus trabalhos. Ainda que fascinados pela genialidade, o que resplandecia na Oficina era a humildade do arquiteto. Talvez os anos tenham lhe dado essa capacidade de entender que a arte é uma expressão lendária e que sempre resultará em memórias. E que nós, enquanto arquitetos, estamos aqui para moldar nossas épocas. E se expressarmos toda nossa verdade, poderemos sempre ser lembrados como clássicos de épocas passadas que não foram só vividas, mas, que jamais serão esquecidas. Ainda que toda experiência ali fosse palpável, era possível entender que sua trajetória foi uma construção diária. Foi perceptível, também, como em cada trabalho houve uma evolução e, acima de tudo, o quão modesto era o arquiteto por reconhecer que sempre estaria em uma constante progressão. As palavras ditas eram carregadas de esperança. Era como se cada jovem aluno que ali estava fosse convidado a reviver a sua essência e entender o desenho como a sua principal ferramenta de trabalho. Abrão enfatizou que a observação é exercício contínuo da criatividade. “O desenho é a caligrafia poética da forma.” E mais poético ainda, é a alma que se expressa através do desenho. A apresentação do veterano foi regada de detalhes dados por ele sobre seus projetos, dando além de explicações um viés pessoal aos relatos. Além disso, tudo foi cantado de modo tão prosaico que se tornou impossível não sentir que aquela era uma conversa entre amigos. E quando o último desenho foi apresentado, podia-se ouvir o inconsciente de cada aluno. Ainda que pela janela de um computador, os olhares traziam a mesma mensagem: “Tens muito a fazer. Faça a diferença. Faça diferente para fazer o novo”. A última oficina encerrou alcançando o propósito inicial: inspirar cada estudante a moldar sua relação com o desenho, persistir nessa luta e ressignificar o olhar para o mundo, para os espaços e para as vivências. E, sobretudo, fazer dessa experiência sua bagagem de trabalho. Se tornando um bom arquiteto e, principalmente, um ser humano melhor. Por fim, sejamos humildes e deixemos a genialidade dos nossos trabalhos falarem por si, assim como, Abrão Assad.

Aponte a câmera do seu celular para assistir à entrevista com o Abrão

Abrão Assad (2021)

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11.6 Abrão Assad


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12. Conclusão

Estevão Diniz Trevisan (2021)

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Segundo Le Corbusier, o arquiteto suíço-francês, arquitetura é invenção. Na simplicidade dessa frase ele não poderia prever como seria tão atual. Diante do caos pandêmico vivenciado no mundo vários setores precisaram se reinventar: novos costumes, novas formas de ensinar. No processo de adaptação o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) explorou alternativas para driblar as condições geradas pela pandemia. Inicialmente, com o intuito de agregar conhecimentos básicos e estratégicos às normativas curriculares do curso, foi desenvolvida pela professora, Dra. Isabel Maria de Melo Borba a Oficina Virtual de Desenho de Observação. Os frutos foram tão assertivos para esse momento que ela gerou, com o lançamento do Edital Cultura (BIPAC), uma bolsa de incentivo às produções artísticas e culturais, à “Da minha Janela”. Essa bolsa potencializou as interações entre os diversos períodos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo com as turmas aprovadas no período de distanciamento social. Além de promover uma troca constante de experiências e aprendizados entre os alunos e os professores orientadores. Cabe destacar o papel importante do professor, Dr. José Marconi Bezerra de Souza, que perpetuou em todo o processo um conhecimento único sobre o desenho de observação. Considerando que tudo aconteceu durante um estágio de quarentena, a Oficina e a Bolsa consolidaram-se como um verdadeiro refúgio para os professores e uma oportunidade incrível para os estudantes participantes. Apesar de todos estarem isolados em suas casas, uniram-se por suas janelas. Não as janelas físicas, mas, as janelas virtuais que foram pontes entre o mundo e o poder de observação de cada aluno. Ainda que distante, janelas foram abertas permitindo uma troca de conhecimento mútua entre as equipes for-


Camila De Oliveira Annes Brocardo (2021)

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madas. Como poetizou o Prof. Marconi, ao fim dos trabalhos: “Plantamos lindas sementes nos corações dessas meninas e meninos”. Dessa forma, a arte cumpriu seu papel de expressão, conexão e se reinventou em um momento tão caótico, deixando sementes positivas em cada aluno que teve a chance de adentrar em uma janela de conhecimento e inspiração. Outra oportunidade ímpar a ser considerada, foi o contato privilegiado dos estudantes com os arquitetos e urbanistas participantes das Oficinas. Cada um a seu modo, trouxe para a Universidade, de forma totalmente voluntária, suas experiências com o desenho de observação. Com um pouco de suas histórias, memórias e trajetórias profissionais, promoveram a verdadeira inspiração e o real sentido do porquê esses estudantes escolheram o curso de Arquitetura e Urbanismo. Aprendizados esses que certamente despertaram reflexões e os acompanharão ao longo do curso e de suas vidas profissionais. Aliando-se a tudo isso, os materiais produzidos durante a Oficina e a Bolsa, servirão como conteúdo, não só aos futuros alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo e Design da UTFPR, mas também à comunidade externa, pois o material será amplamente compartilhado. Dessa forma, a Universidade Pública segue promovendo o seu papel de transformação social, difundindo o conhecimento e sendo um ponto de oportunidades e desenvolvimento dos seus alunos. Viabilizando, também, que pontes sejam criadas e que novas janelas sejam vistas nas casas de cada estudante que acredita que a arquitetura e toda produção artística e cultura pode se reinventar e conectar o mundo na sua melhor versão. Que todo aluno possa ver o mundo pela janela da arte. E que a educação seja sempre chave para a esperança de dias melhores.


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12.1 Profa. Isabel Maria De Melo Borba Ao final de um ciclo sua validação está no processo. Não no início, não nas frustrações, no cansaço, no processo. Porque a vida de cada pessoa está sendo construída por meio das fontes que ela se permite beber. Durante os meses da Oficina Virtual de Desenho de Observação fomos nutridos de tão boas referências, de tão básicas e complexas técnicas, de tantos momentos de inspiração e aprendizagem. O processo foi esperançoso. Eram alunos que iniciaram sua graduação universitária em meio a uma pandemia. Que viveram seu curso diante de uma tela, isolados em suas casas. Nessa narrativa houve uma pessoa que ousou ir além. Que ousou tornar a construção de cada aluno mais humana, mais cheia de crença em dias melhores. Houve uma pessoa que ousou transformar o mundo por meio da arte. E, talvez, seu nome não ecoe como deveria, já que ela segue elevando todos a sua volta, porque é isso que a faz feliz, ver o mundo bebendo da arte. A arquiteta Zaha Hadid disse: “Não acredito que se possa ensinar arquitetura, só se pode inspirar aos outros.” E no alto da sua fala poética ela retratou o momento ao qual todos nós fomos convidados a viver pela professora Isabel Maria de Melo Borba. No alto da sua convicção no curso de Arquitetura e Urbanismo e da sua crença na arte como ferramenta de transformação social, ela promoveu tardes repletas de ensinamentos, experiências e inspirações que retratavam para cada jovem estudante e, até os mais experientes participantes, que ainda era possível ter fé na educação. Que ainda existiam bons professores e, acima de tudo, boas pessoas frente ao descaso que o país passa nas questões de acessos básicos. Não havia só inspiração em cada palestra, mas, também, havia inspiração nessa educadora que doou seu tempo e seu trabalho para resgatar os estudantes da pandemia e dar a cada um deles motivos para acreditar que a arte é a chave para a vida. E que como dizia Niemeyer a arquitetura não é o primordial, o que realmente importa é a vida, os amigos e este mundo desigual que devemos mudar. Porque o processo se transforma em evolução. E cada jovem, no final dessa experiência, terá a chance de modificar o seu espaço, seja pelas mãos da arquitetura, seja pelo desenho de observação, seja pela arte em toda a sua forma. O mundo revisitou a importância dos espaços, das cidades e, sobretudo, dos laços humanos. E embasados desses sentimentos norteamos essas palavras carregadas de gratidão ao ser humano doce e empático, Isabel.

Gratidão pelo olhar atento. Pela calma em ver beleza em cada semente que foi plantada. Gratidão por manter viva a emoção de ser educadora. A emoção de moldar e ressignificar o mundo. Ao seu cansaço e esforço, deixamos aqui nosso abraço que a pandemia distanciou, e fortalecemos nossos mais sinceros agradecimentos pela história que nos inspirou a construir. O processo foi lindo.


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12.2 Referências Imagem 1 - Jaime Lerner JAIME LERNER BIOGRAPHY. Instituto Jaime Lerner. Disponível em:<https://en.institutojaimelerner.org/biografia >. Acesso em: 23 de junho de 2021. Imagem 2 - Paulo Mendes da Rocha ANGIOLILLO, Francesca. Morre Paulo Mendes da Rocha, o último gigante da arquitetura brasileira. Folha de S.Paulo, São Paulo, 23 de maio de 2021. Disponível em: <https:// www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/05/morre-paulo-mendes-da-rocha-o-ultimo-gigante-da-arquitetura-brasileira.shtml>. Acesso em: 27 de junho de 2021 Imagem 3 - José Maria GALANI, Luan. Conheça José Maria Gandolfi, um dos arquitetos mais importantes do Brasil. Gazeta do Povo, 14 de dezembro de 2020. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/jose-maria-gandolfi-arquiteto/>. Acesso em: 23 de junho de 2021. Imagem 4 - Manoel Coelho. Manoel Coelho. Manoel Coelho | Arquitetura & Design | Manoel Coelho (mcacoelho. com.br). Disponível em: http://www.mcacoelho.com.br/ anoel-coelho/. Acesso em: 20 de junho de 2021 BATLLE, Alexandre Orzakauskas. O papel do desenho na formação e no exercício profissional do arquiteto: conceitos e experiências. 2011. 202p. Dissertação (Mestrado – Área de concentração: Projeto de Arquitetura) – FAUUSP, São Paulo, 2011.

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CECCHELE, Michelly; RABEL, Marcos; MOREIRA, Marieli. Estudo da aquarela e das tintas naturais no processo de criação artística. Revista Thêma et Scientia – Vol. 7, n°2E, p. 115 jul/dez2017 – Edição Especial 15° ECCI. DOMINGUEZ, Ernest; YANES Magali. Desenho Livre Para Arquitectos. Lisboa: Estampa. 1ª Ed. 2004 PRADO, Adelia. Poesia Reunida. Rio de Janeiro: Record, 4ª Ed. 2015.

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Desenho: José Marconi Bezerra De Souza


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