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Livre para Voar Gleice Silva

Gleice Silva - gleice.prevencao1@gmail.com

O Que é Transtorno de Pânico?

O Transtorno do Pânico é um distúrbio caracterizado pela ocorrência de frequentes e inesperadas crises de pânico, que duram minutos e costumam ser inesperadas, podendo surpreender o paciente em ocasiões diversas.

O indivíduo se assusta muito com a primeira crise, em função das sensações físicas que esta provoca: alteração nos batimentos cardíacos, sensação de perda de equilíbrio, tontura, falta de ar, palpitações e tremores.

A partir deste susto inicial, tem início um processo de medo e ansiedade que aumenta com a ocorrência das crises seguintes, chegando a tal intensidade que a pessoa se sente em estado de pânico.

Alguns pacientes apresentam o Transtorno do Pânico acompanhado de Agorafobia (estado de ansiedade relacionado a estar em locais ou situações onde escapar ou obter ajuda pode ser difícil no caso de um ataque de pânico, como por exemplo: estar sozinho em casa, andar no meio de uma multidão, dirigir ou andar de carro, andar de metrô ou ônibus, usar elevador, etc.).

O desenvolvimento do transtorno do pânico com agorafobia está relacionado com a ocorrência da crise de pânico após uma situação específica.

Sintomas

O portador de Transtorno do Pânico apresenta durante as crises, quatro ou mais dos sintomas abaixo relacionados:

• Boca seca e perda do foco visual;

• Calafrios ou ondas de calor;

• Despersonalização ou sensação de irrealidade;

• Dor no tórax;

• Formigamentos;

• Fraqueza nas pernas;

• Medo de desmaiar;

• Medo de perder o controle ou de “enlouquecer”;

• Náusea ou desconforto abdominal;

• Palpitações;

• Sensação de pressão na cabeça;

• Sensações de falta de ar ou asfixia;

• Sudorese;

• Taquicardia; Tonturas ou vertigens;

• Tremores.

Tratamento

Os resultados mais eficazes têm sido observados quando o psicólogo trabalha em parceria com o psiquiatra, o que possibilita a combinação de psicoterapia com tratamento medicamentoso, visando o melhor benefício do paciente, o trabalho multidisciplinar é aconselhável. Os tratamentos do Transtorno do Pânico considerados mais eficientes atualmente trabalham com foco em alguns objetivos:

Ensinar o paciente a reconhecer e controlar os sintomas das crises de pânico, utilizando como recursos o tratamento medicamentoso aliado a técnicas comportamentais como: controle da respiração, dessensibilização sistemática das situações que causam ansiedade ao paciente, técnicas de relaxamento;

Trabalhar para que o paciente consiga reconhecer e manejar as sensações corporais relacionadas às crises de pânico e a ansiedade antecipatória, por meio de exercícios com atenção focada nessas sensações;

Ajudar o paciente a mudar suas atitudes, por meio da mudança de pensamentos e crenças irracionais, de forma a ver os problemas com maior objetividade, deixandoos, dessa forma, mais fáceis de serem resolvidos;

Ajudar o paciente a caminhar na compreensão das causas e origens do pânico, pois esta compreensão é terapêutica, tranquilizadora e beneficia as demais etapas do tratamento;

A indicação de esportes, caminhadas ou outro tipo de exercício físico pode auxiliar no tratamento, pois os exercícios físicos liberam endorfinas (antidepressivos naturais) que aumentam o bem estar do paciente e deixam mais disposto para o tratamento.

O transtorno do pânico com ou sem agorafobia pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana do portador quantas outras doenças graves, por isso é urgente à realização do diagnóstico e o início do tratamento;

Um passo importante para o início do tratamento do Transtorno do Pânico é conscientizar o paciente de que seu problema é emocional e que tem tratamento, e a colaboração da família e dos amigos é fundamental nesse momento;

Grande número de pessoas portadoras de transtorno do pânico não está onde deveriam estar: nos consultórios dos psicólogos e/ou psiquiatras. É uma multidão de pessoas que não trata adequadamente de sua doença e prolonga o próprio sofrimento.

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