Informativo Abaf (dezembro 2014)

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Bahia Florestal

Informativo Digital

Dezembro de 2014

Mensagem do presidente E

stamos chegando ao fim de 2014, um ano muito especial para a Abaf. Este ano completamos 10 anos de trabalho que vem contribuindo para que o setor florestal se desenvolva sobre bases sustentáveis. Comemoramos também o fortalecimento de nossa própria atuação, com mais empresas associadas, chegando a cada vez mais lugares e estando cada vez mais perto da sua empresa. Destacamos o trabalho voluntário dos representantes das empresas nos GTs permanentes GT-Com e GT-Legis que tem efetivamente contribuindo para a integração entre as empresas e a orientações nas decisões da Abaf e suas associadas. Concluímos o ano com novidades que devem trazer resultados importantes no futuro próximo, como a criação do GT-Integração (projeto em parceria com Sebrae, Seagri, CNI, CNA, Faeb/Senar, outras entidades, para a inclusão de pequenos e médios produtores no setor de florestas plantadas); GT-Taxas Municipais (que

Sergio Borenstain, Presidente Abaf

busca a negociação com os municípios para o controle das taxas de licenciamento cobradas); e a presença em importantes congressos e fei-

ras em todo o país – apresentando de forma adequada os interesses do setor. Em 2014, renovamos nossa participação no Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEPRAM para o biênio 2015/2016, e em suas Câmaras Técnicas. Esta participação – bem como as outras 30 onde a Abaf atua – nos possibilita a defesa dos interesses da silvicultura e de nossos associados, além de uma atuação coerente e alinhada com o desenvolvimento sustentável. Boa parte deste material pode ser visualizado em nosso site (http://abaf.org.br/), Facebook (https://www.facebook.com/pages/ Associação-Baiana-das-Empresas-de-Base-Florestal-ABAF) e Issuu (http://issuu.com/ abaf_2014). Estamos à disposição, bem como contamos com a manutenção dessa parceria, para que nosso trabalho seja cada vez mais representativo para o setor, para a Bahia e para o Brasil.

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Bahia Florestal Informativo Digital Dezembro de 2014 ENTREVISTA Sergio Borenstain/ Revista Referência Florestal

Fechamos o ano de 2014 com uma entrevista concedida a um dos veículos de comunicação mais importantes para o setor. Confira a entrevista de Sergio Borenstain na Revista Referência Florestal, publicada em dezembro de 2014: A Abaf acaba de completar 10 anos, mas o setor florestal na Bahia já está estabelecido há mais tempo. O que motivou a criação da entidade? R: Há uma década, o setor de base florestal na Bahia se uniu para criar a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal-ABAF. Foi o passo inicial para um novo posicionamento, que se consolida a cada ano, e tem como meta contribuir para que o setor que representa se desenvolva sobre bases sustentáveis. A ABAF foi criada para aglutinar, representar e fortalecer um setor único nos propósitos, mas diverso em sua constituição. O trabalho de representação vai além da simples apresentação. Nesse ofício, é imprescindível o conhecimento a fundo do setor, a capacidade de argumentação, a defesa ferrenha de seus pontos, a habilidade para negociar, e mesmo a capacidade de ceder, quando isso se faz necessário. Como porta-voz de um setor que cresce, se moderniza, e é cada vez mais demandado, porque é crucial, a ABAF tem alcançado grandes êxitos, compartilhados com seus associados e com a sociedade. Quais foram as grandes conquistas da entidade nesse período? R: Ao longo do nosso trabalho tivemos conquistas importantes na contribuição para o desenvolvimento econômico do setor — e consequentemente do Estado — e da promoção de o entendimento da indústria de base florestal e sua relação com órgãos públicos, legisladores, imprensa e sociedade civil organizada. Em termos práticos, podemos destacar duas principais conquistas. A primeira é a presença nos principais fóruns decisórios que criam legislações e políticas públicas sobre o setor, notadamente nas áreas ambientais, de infraestrutura, de incentivos fiscais e promoções de investimentos. Estamos construindo, por exemplo, um diálogo com o Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEPRAM) que é um órgão superior do Sistema Estadual do Meio Ambiente da Bahia que apoia as diretrizes governamentais voltadas para o meio ambiente, a biodiversidade e a definição de normas e padrões relacionados à preservação e conservação dos recursos naturais. A ABAF, inclusive, acaba de ser convidada para manter sua representatividade no CEPRAM para 2015/2016, além de participar das Câmara Técnica de Gestão Ambiental Compartilhada, Câmara Técnica de Espaços Especialmente Protegidos, Biodiversidade e Biossegurança; Câmara Técnica de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável; e da Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos, Institucionais e Normativos. Também estamos presentes no Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), na Comissão do Meio Ambiente, na Comissão de Agricultura, na Frente Parlamentar Ambientalista e acompanhamos o trabalho da Assembleia Legislativa da Bahia. A segunda grande conquista é a ampliação da interação com as comunidades e apoio ao desenvol-

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“Nossa perspectiva é de ter um crescimento de 300 mil hectares plantados nos próximos quatro anos.”

vimento da economia local. Por exemplo, foram investidos pouco mais de R$ 150 milhões em programas sociais pelas empresas associadas a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). As iniciativas beneficiaram 1,4 milhão de pessoas e aproximadamente 1.400 municípios localizados nas regiões de influência das empresas. Isto representa um ganho direto na qualidade de vida das pessoas e consequentemente um melhor desempenho das economias locais. Atualmente a Bahia possui 617 mil hectares de florestas plantadas, qual a perspectiva de aumento dessa área? R: Isso representa cerca de 10% do total brasileiro, e 1% do território baiano. É importante ainda destacar que, agregada a cada plantio florestal, está a manutenção ou recuperação de 430 mil hectares de florestas nativas preservadas. Para cada hectare plantado, o setor preserva 0,7 hectare de mata, muito além do que manda a legislação ambiental. Em 2012, este setor cresceu 2,6% na Bahia e participou com, aproximadamente, 16% do total de US$ 11,5 bilhões das exportações estaduais, ocupando o segundo lugar em importância na pauta de exportações, e contribuindo com 49% (US$1,7 bi) para a formação do saldo da balança comercial do Estado. Ele é ainda responsável por uma forte apuração de tributos federais, estaduais e municipais, da ordem de R$1,1 bilhão. Nossa perspectiva é de ter um crescimento de 300 mil hectares plantados através de quatro grandes projetos em andamento e que vão garantir um aumento de quase 50% na área plantada nos próximos quatro anos. Um deles é o da Dow Brasil, com a ERB, que inaugurou uma planta de cogeração de vapor e energia gerados a partir de biomassa de eucalipto. O projeto é pioneiro no setor petroquímico e abastece a maior unidade da Dow no Brasil, localizada em Candeias (BA), com energia limpa, substituindo parte do gás natural. Outro projeto é o do grupo Ático/Tree Florestal que vai investir na construção de uma termelétrica movida a cavaco de eucalipto, com capacidade instalada de 150 megawatts (MW), em São Desidério, no Oeste da Bahia. Temos também o megainvestimento, inédito no mundo, a Symbiosis, do grupo Mariani, em Trancoso (BA) com 100.000 hectares de florestas nativas plantadas para atuar no mercado financeiro e na venda de madeiras nobres. Por fim, o grupo Granflor que lidera outro projeto a ser instalado no Oeste da Bahia, com área de 128 mil hectares. Tudo isso, é claro, com


Bahia Florestal Informativo Digital Dezembro de 2014 o compromisso de continuar produzindo e preservando, com meta de chegarmos a 1/1 de hectare plantado para hectare de área preservada. Quais os grandes fatores que transformaram o Estado em um dos principais polos florestais do Brasil, sabe-se que a produtividade do eucalipto é a maior do Brasil? R: A Bahia, por suas condições edafo-climáticas, é uma das regiões mais aptas e produtivas do mundo. A Austrália, que é de onde nós trouxemos o eucalipto, tem uma produção de 23 metros cúbicos, por hectare/ano. Na Bahia este número é de 45. Já em algumas regiões mais adequadas este número chega a 60, quase o triplo da Austrália. Isso se dá pelas condições edafo-climáticas que são excelentes, mas também pela alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais e parcerias com a Embrapa e pesquisadores nacionais. Existe o incentivo para o plantio de espécies nativas ou exóticas de ciclo mais longo? R: Sim, existe. Veja o caso do projeto Symbiosis, em Trancoso. Eles pretendem implantar 100 mil hectares de florestas nativas plantadas, árvores de longo ciclo de produção, com apoio de fundos de investimentos internacionais e mesmo nacionais, para a venda de madeiras nobres. Há incentivos fiscais nacionais, do Estado da Bahia e diversas linhas de crédito do BNDES e da DESENBAHIA, nossa agência financeira de desenvolvimento. E, neste caso não podemos deixar de citar o sistema ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que financia e estimula a produção consorciada, com taxas e prazos adequados, incluindo o sistema de integração lavoura/pecuária/silvicultura. O setor florestal da Bahia está bastante estruturado nas empresas de papel e celulose, que experimenta constantes incrementos, principalmente com os aportes em novos projetos de grandes fabricantes o que acaba trazendo oportunidades para outras empresas menores. Como observa esse modelo de expansão no setor de base florestal do Estado? R: Este é um aspecto que precisamos ter um melhor entendimento. No Brasil, dos 6,7 milhões de hectares de florestas plantadas, 2,3 milhões de hectares são destinados para o setor de celulose e papel; e 4,4 milhões de hectares para carvão, energia e madeira serrada. Mas, independente do uso final dessa madeira, os aportes acontecem em todo o setor, tanto em empresas grandes, como as menores. É importante lembrar que as empresas estão buscando, cada vez mais, foco no seu negócio e também a integração com outras do setor, como fornecedores de serviços. Entram aí as parcerias das grandes consumidoras com os pequenos e médios produtores que podem ser fomentados ou independentes e que irão assumir uma parcela cada vez maior da produção total. A Abaf procura incentivar o múltiplo uso das áreas plantadas como o silvipastoril. É possível plantar florestas com a produtividade que a indústria exige e aliar a outros investimentos como agricultura e pecuária? R: Sim, é perfeitamente possível. Mesmo que não atinja a mesma produtividade e rentabilidade da produção exclusiva, o produtor do múltiplo uso pode recuperar com as rendas adicionais provenientes das outras atividades. E temos que lembrar que, nesse sentido, o sistema ABC deu um salto quântico se comparado ao que estas mesmas instituições faziam no passado: só liberavam crédito para atividades específicas em áreas específicas. O sistema ABC traz consigo o que o Brasil tem de melhor: a diversidade. É baseado em uma relação que a agricultura, as florestas e a pecuária saem ganhando, mas, sobretudo, para a natureza e o homem.

Concorda que a impossibilidade de aquisição de terras no Brasil por estrangeiros seja um gargalo para o segmento florestal? R: Concordo. A restrição de compra de terras por estrangeiros e a não regulamentação do tema para a manutenção da entrada de capitais com foco produtivo inviabilizou bilhões de investimentos previstos na indústria baiana de base florestal. Não há necessidade de proibição ou limitação de investimentos na compra de áreas de produção, pois efetivamente, o governo tem o poder de, em caso de necessidade, interferir, fazer cumprir regras e fiscalizar o uso de terra por parte de todos, nacionais ou estrangeiros. O governo estadual confere todas as condições para a expansão do setor ou existe alguma demanda que a Abaf entende que precisa ser atendida? R: Ainda falta muita coisa como maiores investimentos em infraestrutura, diminuição da carga tributária, uma melhor legislação trabalhista (menos onerosa), diminuição da burocracia ambiental e a insegurança jurídica. A ABAF, inclusive, produziu um documento que foi entregue ao novo governador, com as principais demandas do setor. Queremos, com isso, incluir o setor na agenda do próximo governador, e contribuir para a solução de muitos gargalos que impedem o desenvolvimento pleno do setor de base florestal na Bahia, dentre ele os problemas logísticos, trabalhistas e ambientais. Fizemos ver ao Governo que somos parte da solução para o crescimento da economia, social e ambiental da Bahia, já contribuindo com 5% do PIB estadual – percentual que pode crescer muito ainda. Como observa a relação da atividade florestal e comunidade local na Bahia? R: Observamos esta relação cada vez mais próxima e integrada. É importante citar que o setor gera, aproximadamente, 320 mil empregos, entre diretos e indiretos e de efeito-renda, sobretudo fora dos centros urbanos. Além disso, tem os programas sociais desenvolvidos pelas nossas empresas associadas que eu já citei. Nós não investimos somente no que temos obrigação. Esta relação também se dá no melhor entendimento das florestas plantadas. Conseguimos, através do trabalho conjunto entre empresas e produtores, academia, sociedade civil organizada, ONGs, derrubar alguns mitos, como os do eucalipto por exemplo, que traz elevados saldos positivos nas regiões onde se desenvolve. Comprovadamente, o IDH dos municípios onde há mais florestas plantadas é superior dos demais municípios. E estamos investindo agora para uma maior inserção dos pequenos e médios produtores de madeira no nosso setor. Conhecemos o trabalho prático do Sebrae MG e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) neste sentido e estamos estudando sua viabilização na Bahia. Estamos trazendo estas experiências e somando com quem vive a situação por aqui. Quais são as metas da entidade para os próximos 10 anos? Quais são os assuntos prioritários? R: Além de fortalecer a sua própria atuação, chegando a cada vez mais lugares, em um estado de grande extensão territorial, a ABAF se prepara para uma expansão expressiva do setor, tanto pelo crescimento da população e do consumo, quanto pela entrada, cada vez mais forte, de novas indústrias, transferidas, principalmente, da Europa, em função dos diferenciais competitivos naturais do Brasil, o que, certamente, repercutirá na Bahia. Por outro lado, continuar a aproximação com as comunidades, com os pequenos e médios produtores, os independentes e fomentados.

“O sistema ABC traz consigo o que o Brasil tem de melhor: a diversidade.”

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Bahia Florestal Informativo Digital Dezembro de 2014 Clipagem 2014

Abaf é destaque na mídia durante a Fenagro 2014 Clipagem 2014

Destaque Ibá – 05/12/2014 Destaque Ibá – 05/12/2014

Confira alguns destaques da presença da Abaf na mídia durante a Fenagro 2014 – a maior feira de agropecuária do Norte e Nordeste realizada de 29 de novembro a 7 de dezembro no Parque de Exposições da capital baiana.

ÁUDIOS E VÍDEOS Clipagem 2014

BandNews – 02/12/2014

A Tarde – 14/12/2014

https://soundcloud.com/yaravasku/entrevista-com-wilson-andrade_bandnews Clipagem 2014

A Tarde – 14/12/2014

Clipagem 2014

Destaque Ibá – 05/12/2014

Tribuna da Bahia – 27/11/2014 Clipagem 2014

TV Band – 04/12/2014 http://mdclipweb.midiaclip.com.br/cliente/clipping.aspx ?cd=12014533567&mod=3&cliente=&tok=

Clipagem 2014 Correio* - 06/12/2014

A Tarde – 14/12/2014

Clipagem 2014

Multicultura (Rádio Educadora) - 01/12/2014

Painel Florestal – 05/12/2014 http://www.painelflorestal.com.br/noticias/como-plantar/abaf-realiza-dia-das-florestas-plantadas-nafenagro-2014

A Tarde - 30/11/2014

http://mdclipweb.midiaclip.com.br/cliente/clipping.aspx ?cd=12014526432&mod=3&cliente=1201289&tok=764 7966B7343C29048673252E490F736

PARA TUDO PARA TODOS

Clipagem 2014 Correio* - 06/12/2014

que se produz nessa terra.

os produtores desse país.

CBN – 02/12/2014 Correio* - 06/12/2014

http://www.cbnsalvador.com.br/noticias/single-noticias/noticia/diretor-discute-as-oportunidades-do-salao-internacional-de-negocios/?cHash=a8b1897a6220e9f0 510917859dd8bb30

Painel Florestal – 05/12/2014 http://www.painelflorestal.com.br/noticias/como-plantar/ abaf-realiza-dia-das-florestas-plantadas-na-fenagro-2014

Av. Professor Magalhães Neto, 1752 Edifício Lena Empresarial, sala 207 Pituba, 41810-012 Salvador, Bahia 71 3342-6102 | abaf01@terra.com.br www.abaf.org.br

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