Informativo Abaf (fevereiro 2014)

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Bahia Florestal

Informativo Digital

Fevereiro de 2014

Artigo

Florestas plantadas e você. O que isso tem a ver? Por Wilson Andrade*

“Antes de imprimir, pense no seu compromisso com o meio ambiente”. Se o cidadão comum pudesse percorrer o caminho de uma folha de papel certificado, sua noção de “compromisso com o meio ambiente”, ganharia novos contornos. As indústrias de papel e celulose fazem parte de um nicho maior que abarca todas as empresas de base florestal. Nele, estão ainda indústrias geradoras de energia, químicas, farmacêuticas, de produção de alimentos e de diversos produtos que derivam da floresta, mas não são necessariamente madeireiros. Essas indústrias, além de sujeitas à legislação ambiental brasileira, uma das mais avançadas e rigorosas do mundo, são altamente tecnificadas, geradoras de empregos e divisas, e comprometidas com o meio ambiente. A Bahia possui 617 mil hectares de florestas plantadas, ou cerca de 10% do total brasileiro, e 1% do território baiano. Agregada a cada plantio florestal, está a manutenção ou recuperação de 430 mil hectares de florestas nativas preservadas. Para cada hectare plantado, o setor preserva 0,7 hectare de mata, muito além do que manda a legislação ambiental. Em 2012, este setor cresceu 2,6% na Bahia e participou com, aproximadamente, 16% do total de US$ 11,5 bilhões das exportações estaduais, ocupando o segundo lugar em importância na pauta de exportações, e contribuindo com 49% (US$1,7 bi) para a formação do saldo da balança comercial do Estado. O setor é responsável, ainda, por uma forte apuração de tributos federais, estaduais e municipais, da ordem de R$1,1 bilhão e gera, aproximadamente, 320 mil empregos, entre diretos

e indiretos e de efeito-renda, sobretudo fora dos centros urbanos. A tecnologia desenvolvida há décadas pela iniciativa privada e também pela Embrapa, dentre outras instituições, tem permitido o cultivo e a exploração das florestas plantadas da maneira mais eficiente e menos ambientalmente impactante possível. E, mais que isso, tem possibilitado requalificar áreas que foram prejudicadas por anos de práticas agrícolas e pecuárias inapropriadas, contribuindo também para a restauração de APPs e Reservas Legais. Tudo isso vai além do conceito de ambientalmente correto, sendo, antes de tudo, uma necessidade imperativa para o cumprimento da demanda de consumo e a consequente sobrevivência na nossa espécie e do planeta. Direta ou indiretamente, um cidadão usa meio metro cúbico de madeira por ano. Se para cada metro cúbico são necessários cerca de 25 metros quadrados de floresta de eucalipto, aos 80 anos essa pessoa terá consumido mil metros quadrados de floresta plantada. Imagine em que ordem cresce essa demanda em um contexto de aumento acelerado de população e da longevidade, ambos decorrentes diretos dos avanços tecnológicos e científicos. O Brasil pode triplicar a produção de alimentos, fibras, madeira e energia renovável, e ainda aumentar a produção de carne e leite sem precisar derrubar uma árvore sequer. E as florestas plantadas são protagonistas neste cenário, que faz parte da chamada Agricultura de Baixo Carbono (ABC), hoje fomentada inclusive pelas instituições de crédito, como o Banco do Brasil. Assim, cada vez que você for imprimir qualquer coisa - sem desperdício - fique tranquilo. Naquele papel da impressora há um grande compromisso com o meio ambiente.

* Wilson Andrade é Economista e diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal - Abaf


Bahia Florestal

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Fevereiro de 2014

Fibria investe R$ 40 milhões na produção de mudas de eucalipto no sul da Bahia A empresa vai produzir cerca de 30 milhões de mudas por ano em Helvécia, que fica em Nova Viçosa (BA)

A Fibria inaugurou no dia 25 de fevereiro a sua Unidade de Produção de Mudas (UPM) localizada em Helvécia (Nova Viçosa/BA). A UPM de Helvécia é o segundo viveiro da Fibria na Unidade Aracruz, que compreende as operações da empresa na Bahia e Espírito Santo (o primeiro fica em Aracruz/ ES). Projetada para produzir 30 milhões de mudas de eucalipto por ano, a nova unidade de produção vai atender a demanda dos plantios da empresa e de produtores fomentados do sul da Bahia. A Fibria investiu cerca de R$ 40 milhões na sua implantação. A ABAF esteve presente na cerimônia de inauguração, através do seu diretor executivo, Wilson Andrade. A construção da UPM de Helvécia envolveu mais de 20 empresas parceiras, consultorias especializadas e trabalhadores locais. Além de gerar emprego e renda na região, o novo viveiro tem condições diferenciadas tanto no que diz respeito às estruturas físicas e de equipamentos, quanto em relação aos aspectos ergonômicos dos postos de trabalho, que oferecem mais conforto aos trabalhadores, conforme destacou Edmilson Bitti, coordenador do Desenvolvimento Operacio-

nal da Fibria. A formação dos minijardins clonais da UPM foi iniciada em setembro passado, com a implantação das 50 mil mudas iniciais. Atualmente já são mais de 100 mil plantas e elas é que dão origem às cepas que vão se transformar nas mudas a serem plantadas em campo. O processo de clonagem assegura que o material plantado em campo seja geneticamente idêntico à planta da qual foi originado, preservando suas propriedades, o que é fundamental para garantir a produtividade dos plantios florestais. Sustentabilidade – Além de ser 100% coberta, protegendo as mudas da exposição ao sol, a UPM de Helvécia tem alguns diferenciais no que se refere à sustentabilidade e à qualidade da produção. No aspecto de estrutura e equipamentos, utiliza bandejas com maior espaçamento entre mudas, permitindo maior ventilação e entrada de luz e reduzindo a incidência de perdas por doenças, por exemplo. Conta, ainda, com um sistema de reaproveitamento de água da chuva na irrigação. A água da chuva acumulada nos 82.000 m2 de cobertura da UPM é canalizada para um reservatório e utilizada para irrigar as mudas. O efluente da irrigação, juntamente com a água da chuva das áreas não cobertas, é utilizado para irrigar plantios de eucalipto situados nas imediações do viveiro. O processo de limpeza e esterilização dos materiais de produção (bandejas e tubetes) é feito em aquecedor alimentado por energia solar, o que é outro diferencial da UPM de Helvécia. Outra vantagem é que as fases de enraizamento e crescimento/aclimatação ocorrerão em um mesmo ambiente, o que é possível graças à cobertura móvel do viveiro e a um duplo sistema de irrigação. Esta facilidade elimina a necessidade de movimentação das mudas durante um processo delicado, favorecendo o seu fortalecimento. Haverá, ainda, fornecimento de adubos de forma individualizada para as plantas do jardim clonal. “Além do conceito de sustentabilidade e das facilidades operacionais, a UPM de Helvécia conta com tecnologia avançada que a coloca entre as mais modernas do setor”, observou Rodrigo Zagonel, gerente de Silvicultura e Viveiro da Fibria.


Veracel e ABAF levaram o Cine Florestal para a VII EXPOVERÃO Após o grande sucesso na Fenagro 2013, foi a vez do interior da Bahia receber pela primeira vez o Cine Florestal, que levou informação e diversão para crianças e adultos que visitaram a Expoverão – Porto Seguro, feira agropecuária realizada de 11 a 16 de fevereiro 2014, no Centro Equestre de Arraial D’Ajuda, Porto Seguro/BA. A iniciativa da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal-ABAF marca as celebrações pelos dez anos da Associação, que serão completados em março. Na oportunidade, esta iniciativa contou com o apoio da Veracel. A turnê seguirá, ao longo do ano, para algumas das mais importantes feiras agropecuárias do estado. O objetivo do Cine Florestal é mostrar para as pessoas, principalmente, as que moram nos centros urbanos, que as florestas são muito importantes no seu dia a dia, e estão muito além dos móveis e dos produtos madeireiros, estando presentes na indústria química, farmacêutica, alimentícia e em muitas outras. Para isso, ele utiliza a linguagem cinematográfica, com tecnologia em três di-

Reunião em Brasília

mensões, que permite uma verdadeira imersão em uma floresta virtual, com muitas surpresas na exibição. O cinema funciona em uma grande tenda inflável e climatizada, onde grupos de 40 pessoas assistem a sessões curtas de filmes, de no má que tratam do conceito de floresta, da presença dos produtos de base florestal na vida das pessoas, e, ainda, da necessidade constante dos plantios para garantir o suprimento de uma população mundial crescente. Mensagem das Águas Em Porto Seguro, além dos filmes, os visitantes também conferiram a exposição de arte e educação Carta das Águas, concebida em 2013, ano declarado pela ONU como o Ano Internacional de Cooperação pelas Águas. A exposição, iniciativa da Veracel, apresentou cartas com alertas e pedidos de socorro, que poderiam ser escritas pelos seres dos rios, mares e outros ambientes aquáticos do planeta, levando os visitantes a repensar o uso consciente da água e o papel de cada um para preservação deste recurso. “Cada peça da exposição foi elabo-

O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, participou no dia 17 de fevereiro, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília, da Reunião de Trabalho dos Presidentes das Câmaras Setoriais e Temáticas do MAPA, representando a Câmara Setorial de Florestas Plantadas. Andrade, na ocasião, substituiu o presidente titular da Câmara, Ramires Junior. Em sua explanação, o diretor da ABAF expôs três pontos cruciais para a cadeia produtiva das florestas, definidos previamente com Ramires Junior. Segundo Andrade, entre esses pontos estavam a Definição do “Locus Institucional do Setor de Florestas Plantadas no âmbito do MAPA. “O setor de florestas plantadas tem destaque no Agronegócio Brasileiro, como o terceiro maior exportador. É um dos setores que mais cresce e se diversifica em termos de produtos finais, e precisa ter definido o espaço que merece no Ministério da Agricultura. Além disso, Wilson Andrade tratou da necessidade de Ampliação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e da Política de Integração Lavoura, Pecuária, Florestas (IPLF). “Há muito tempo o País não tem um programa tão interessante como o ABC, que possibilita, facilita e estimula a integração no sistema da Pecuária, da Lavoura e de Florestas,

rada de forma a explicar aos visitantes sobre a importância da participação de todos na conservação da água, reforçando a relevância do compromisso individual e coletivo para o cuidado com um bem que é todos nós”, explicou o consultor de Educação Ambiental da empresa Árvore da Vida, Lélio Costa e Silva. De acordo com o diretor da ABAF, Wilson Andrade, as feiras agropecuárias são locais de negócio, mas, também, de entretenimento para as famílias, sobretudo, no interior. Por isso, reúnem um público muito heterogêneo, que vai desde o produtor rural, que está lá para comprar, vender e adquirir informações, até a criança, que muitas vezes tem na feira o seu primeiro contato com o mundo produtivo do campo. “Com o cinema e as palestras que costumamos proferir nessas ocasiões, temos oportunidade de falar para todos estes públicos sobre um dos setores que mais crescem no Brasil e no mundo, em virtude do aumento da população e da consequente grande demanda por produtos da floresta, que é o setor

o que é muito importante. Os limites desses planos estão sendo bastante demandados e é preciso que ele sejam ampliados para atender melhor as necessidades do setor, pois facilita o ingresso de pequenos e médios produtores na cadeia produtiva. A possibilidade de integração e consorciamento gera economia, reduz riscos, usa melhor o pessoal disponível, gera receitas ao longo do ano e aproveita resíduos de uma atividade para outra”, afirmou. Por fim, o diretor abordou a Política Nacional de Florestas, que, segundo a visão da Câmara, precisa ser acelerada. “Esperamos que a Política Nacional de Florestas que esta sendo construída no âmbito da Secretaria Estratégica da Presidência da República seja acelerada, e tenha com maior participação do Ministério da Agricultura e da iniciativa privada”, finalizou o executivo.


www.abaf.org.br

Dez anos cuidando do setor florestal

da raiz à copa

Em dez anos, muita coisa mudou no setor florestal na Bahia. Introdução de novas tecnologias em todas as etapas da cadeia produtiva, mais cuidado com o meio ambiente, diversificação no uso das florestas e inclusão social, através de relacionamento e parcerias com as comunidades, fortaleceram as bases de um dos mais importantes setores da economia baiana. Nesses dez anos, foi criada e vem ganhando corpo a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal-ABAF, uma entidade comprometida em promover e multiplicar os benefícios que as florestas plantadas e nativas trazem para a Bahia, para você e para a população do planeta.

Flores ta plantada preserva floresta nativa


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