Bahia Florestal
Informativo Digital
Maio de 2015
Guilherme Bonfim, Tatiana Sá, Wilson Andrade, Fernando Barreto e Andrea Sherer
Wilson Andrade, Anttonio Almeida Jr e Oscar Artaza
Devolutiva “Mais Árvores Bahia” para comitê gestor de Teixeira de Freitas
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programa ´Mais Árvores Bahia´ realiza o 2º workshop “Madeira para uso múltiplo – integração de pequenos produtores e processadores”, em Teixeira de Freitas (BA) para apresentar as ações previstas pelo pré-projeto para 2015 e o projeto a ser implantado para o período de 2016 a 2019. O público-alvo dessa devolutiva (com data ainda a ser confirmada) é o comitê gestor do programa naquela região, formado no 1º workshop realizado em 18 de março de 2015. Este pré-projeto para 2015 e o projeto para 2016-2019 foram construídos durante os dois dias de oficina (12 e 13 de maio de 2015), que o grupo responsável pelo programa ´Mais Árvores Bahia´ realizou na Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), em Salvador (BA). O Programa ´Mais Árvores Bahia´ é uma iniciativa da Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF) e do SEBRAE e uma série de parceiros ligados à agricultura, indústria e à qualificação de mão de obra. “Neste segundo workshop, o objetivo é pactuar essa agenda proposta para 2015 com o comitê gestor, além de apresentar o projeto para o período de 2016 a 2019”, explica Alex Brito - Gerente Regional Sebrae/Extremo Sul da Bahia. “O projeto busca incentivar o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos com tecnologia aplicada. Ao mesmo tempo, o programa pretende comprometer os outros vértices produtivos: os processadores de madeira (serrarias, fábrica de móveis etc) e os usuários dos produtos finais de madeira (representados pelas revendedoras de materiais de construção e pelos sindicatos)”, explica Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF. “Este projeto será o primeiro do Brasil que vai unir esses elos”, acrescenta Sami Melo Castro, Analista da Indústria Sebrae/BA.
Oficina Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF abriu os trabalhos da oficina na FIEB fazendo uma breve explanação do setor de florestas plantadas, sobre o uso múltiplo da madeira e do programa ´Mais Árvores Bahia’. “A exemplo do programa do Governo da Bahia para fomentar o setor de plástico, lançado na Feiplastic, em São Paulo, estamos propondo o mesmo modelo para a verticalização do setor de madeira na Bahia. Este setor pode ser mais abrangente e inclusivo, pois tem uma grande diversidade de uso. Assim como cada shopping precisa ter suas lojas âncoras; assim como o setor de padaria e confeitaria tem um moinho de trigo que o abastece; assim como a Braskem é a âncora do setor de plástico; pensamos que no setor de madeira, a âncora pode ser a Bahia Produtos de Madeira (BPM), dona da marca Lyptus, que está capacitada para isso. A empresa fornece tábuas e peças de eucalipto de alta qualidade – através de tratamento que recebem - que plenamente substituem madeiras nobres como cedro, ipê, jacarandá, entre outros. Tudo isso pode ainda evitar o grande volume de importação que as lojas de material de construção e as indústrias da Bahia fazem do Paraná e Santa Catarina, por exemplo. A ideia é produzir na Bahia toda a madeira que precisamos, gerando ainda mais emprego e renda, e ainda tendo condições de cobrir a demanda do mercado internacional”, declarou. Presente no encontro, Guilherme Bonfim (Superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura da Bahia – Seagri/ BA) disse que este projeto pode ser defendido dentro da Seagri. “Todos os projetos interessantes para a agricultura no Estado devem ser defendidos pela Secretaria. Podemos pensar nos inventivos fis-
cais todos e na legislação que vem sendo modernizada, além de envolver a Assembleia Legislativa, inclusive em outros Estados, para facilitar o tramite aqui na Bahia. Estamos à disposição para fazer essa integração necessária com outras Secretarias, como o Inema, a Fazenda, entre outras”, declarou. O Superintendente de Desenvolvimento Agropecuário Seagri, Anttonio Almeida Junior, aprovou a ideia de trabalhar toda a cadeia produtiva, incluindo outros tipos de madeira. “Não podemos fazer revolução em todas as cadeias produtivas. E tampouco trabalhar sozinhos. Por isso essa integração que está sendo construída aqui é muito importante. É importante a participação de outras secretarias, do Sebrae, da Faeb etc. Programas como esse vêm a somar com o novo foco da Seagri e significa mais renda no bolso do produtor rural, mais receita dentro do Estado. A Bahia tem uma arrecadação per capita horrível e temos que reverter isso”, disse. Juliana Pires, Coordenadora Nacional da Carteira de Madeira e Móveis do Sebrae Nacional, também participou e disse que o grupo está agindo certo em conversar sobre as demandas em comum e na busca em trabalhar a cadeia produtiva. “Tudo isso, além desse planejamento a longo prazo, está totalmente alinhado com a proposta do Sebrae Nacional. O trabalho de um grupo interfere positivamente em todo o setor. Isso não é teoria. É pratica que já vimos em outros exemplos positivos”, declarou. Para Oscar Artaza, do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia, esse programa é interessante porque estimula o plantio de madeira e não apenas a exploração. “Vejo uma grande oportunidade porque a região do cacau tem grande vocação florestal. Vamos cuidar para que esse programa também venha a minimizar o desmatamento e preservação dos recursos hídricos que é um dos maiores patrimônios que o Brasil tem”.
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Bahia Florestal InformativoMaioDigital de 2015 Entrega da Fazenda Colatina para famílias assentadas
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arceria entre Governo do Estado da Bahia, MST, Esalq-USP e Fibria, iniciada em 2012, celebra conquista dos assentados e segue na consolidação do Centro de Formação local. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entregaram em 30/04 as escrituras da Fazenda Colatina, localizada na BR 101, Km 832, no município de Prado (BA), para as 272 famílias assentadas na área. A Fazenda Colatina possui aproximadamente 4 mil hectares e integra o projeto “Assentamentos Sustentáveis com Agroflorestas e Biodiversidade”, desenvolvido em parceria entre Governo do Estado da Bahia, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e a Fibria. A aquisição da fazenda Colatina foi conduzida de acordo com o Decreto 433/92, com a venda da propriedade ofertada pela Fibria. O Incra foi responsável pela regularização fundiária das terras de trabalhadores rurais assentados e acampados. A área já conta com apoio de equipes especializadas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), que atuam na re-
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gião desde 2011. O Incra vistoriou o imóvel pela primeira vez em maio de 2013, quando a Fazenda Colatina pertencia à Fibria. O projeto de Assentamentos Sustentáveis visa dar às famílias do MST acampados na área acesso à formação técnica, educacional e organizacional para a produção de alimentos com base nos princípios agroflorestais e agroecológicos e na organização social. Com uma escola já em operação no assentamento, o projeto conta com mais de 300 pessoas formadas nos últimos dois anos em curso técnico de Agrofloresta e alfabetização de adulto. Além disso, com apoio do projeto, em 2014 os assentados conseguiram arrecadar R$ 2 milhões com a venda de produtos agrícolas. O histórico processo de desenvolvimento ru-
ral brasileiro, a luta pela Reforma Agrária no Extremo Sul da Bahia e a ocupação de seis fazendas da Fibria, pelo Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST), desencadeou um diálogo entre a empresa e as famílias acampadas, intermediado pela Esalq/USP, com o decisivo apoio do Governo da Bahia e do Governo Federal. Esse diálogo definiu a elaboração do Projeto Assentamentos Sustentáveis, voltado à organização e implantação de assentamentos que produzam alimentos tendo por base os princípios agroflorestais e agroecológicos e a construção de um Centro de Formação local no qual tanto as famílias acampadas quanto as comunidades do entorno possam ter acesso a formação profissionalizante, técnica, educacional e organizacional com base nos fundamentos da agroecologia, dos sistemas agroflorestais e da organização social. O Projeto Assentamentos Sustentáveis conta com um centro de formação voltado à educação socioambiental, tendo a agroecologia, os sistemas agroflorestais e a participação como eixos estruturantes, um caminho para que os sujeitos sociais do extremo sul da Bahia contribuam para a construção de sociedades sustentáveis.
BSC/Copener lança projeto Música na Escola
tilizar a música como ferramenta de transformação social. Esta é uma das razões que levaram a BSC/Copener a criar o projeto Música na Escola, que acontece no Cejab (Centro Educacional José de Araújo Batista), em Aramari, e envolve 50 estudantes locais. O lançamento oficial foi no dia 29 de abril e contou com a apresentação de 14 alunos liderados pelo professor Mickey Santos, do Laboratório Musical, parceiro da BSC/Copener e da prefeitura no projeto. Eles emocionaram o público com as interpretações de Asa Branca, de Humberto Teixeira, e Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos, de Roberto Carlos. “A música é uma linguagem universal que toca o coração de pessoas de todas as idades, em todos os lugares. Por isso, pela música, estas crianças e adolescentes podem desenvolver seus talentos e estabelecer um mecanismo a mais de conexão com o mundo”, destaca Sabrina de Branco, geren-
te de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da BSC/Copener. “Além do aspecto educacional, o projeto é importante culturalmente, pois estimula os estudantes a conhecerem composições tradicionais que fazem parte da história do povo brasileiro. Com isso, eles ampliam seus horizontes e se colocam em contato com um universo de novas informações, habilidades e possibilidades, contribuindo para o processo de aprendizado”, diz Sabrina.
Para participar do projeto, os alunos devem frequentar a escola regularmente. Os encontros, com quatro horas de duração, são semanais, em turno alternado ao das aulas. Durante as atividades, o professor dedica atenção exclusiva a cada grupo, composto por aprendizes de violino, violão e percussão. Mickey explica que o objetivo central do projeto não é formar profissionais. “Inicialmente, o que pretendemos é musicalizar os alunos e despertar neles o prazer pela música. Estamos dando a oportunidade para que descubram seu talento”, disse. “Quero agradecer à Copener por contemplar Aramari com este projeto que contribui para a formação dos nossos estudantes”, disse o secretário de Educação Márcio Vila Flor. “Este é um projeto extremamente importante para nós”, afirmou. “Os projetos sociais tornam a escola mais atraente e despertam o entusiasmo na juventude, permitindo que ela saia da rotina”, acrescentou Edvalda Maria, diretora do Cejab.
Bahia Florestal InformativoMaioDigital de 2015 Ferbasa fomenta produção de mel em Campo Formoso
Programa Mata Atlântica da Veracel completa 21 anos de restauração e conservação no Sul da Bahia
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Veracel Celulose comemora a marca de mais de quatro milhões de mudas de espécies nativas plantadas desde 1994, quando a empresa implantou o Programa Mata Atlântica - PMA. Há 21 anos, o plantio de mudas de 207 espécies de árvores nativas está ajudando na restauração de mais de cinco mil hectares em áreas de Mata Atlântica, promovendo a formação de corredores ecológicos que servem para a circulação da fauna e flora, garantindo a manutenção da biodiversidade. Os quase seis mil hectares restaurados ficam em Belmonte, Eunápolis, Itabela, Itagimirim, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, municípios da área de abrangência da Veracel. Estas áreas fazem parte dos 105 mil hectares de área destinada para preservação do bioma Mata Atlântica que a empresa possui na região, entre elas os 6.063 hectares da RPPN Estação Veracel. “Anualmente, antes de iniciar o processo de restauração, avaliamos imagens de satélite destacando áreas de pasto ou aquelas que estão em estágio ini-
cial de regeneração que, depois de restauradas, podem conectar fragmentos de Mata Atlântica, buscando ganho ambiental”, explicou o especialista em Planejamento Florestal da Veracel, Humberto Amoedo. A escolha das áreas a serem restauradas leva em consideração principalmente a formação dos corredores ecológicos e está alinha às diretrizes do Corredor Central da Mata Atlântica, proposto pela Conservação Internacional. Estes 5.500 ha restaurados já conectaram mais de 65 mil há em áreas públicas de terceiros e da Veracel dentro do bioma da Mata Atlântica na região Sul da Bahia. De acordo com a engenheira Ihanny Lima, responsável pela execução do PMA, o programa restaura áreas de mata de três formas diferentes: com o plantio efetivo de mudas nativas, com o enriquecimento de mudas ou ainda, pela proteção física das áreas de preservação ambiental e o monitoramento da regeneração natural.
Instituto Ecofuturo O Instituto Ecofuturo é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que tem a Suzano Papel e Celulose como sua principal mantenedora. Realiza a articulação entre a sociedade civil, o poder público e o setor privado buscando contribuir para a expansão da consciência socioambiental, por meio do compartilhamento de conhecimentos, práticas de cuidado e mensuração de impactos. Acredita que é a partir da integração do homem com a natureza, do entendimento de sua relação com o todo, que intenção se transforma em ação, em atitude, para mudar o presente e o futuro para melhor! Está nas ações locais, no pedaço de chão de cada um, a chave para a sustentabilidade e o cuidado com todas as vidas. Fundado em 1999, vem incentivando ações transformadoras, atuando com projetos que contribuem para o fortalecimento das práticas de leitura e escrita como atividade individual e social, e pela conservação do meio ambiente por meio do desenvolvimento de projetos para áreas de reserva florestal que, fundamentados no modelo bem sucedido de gestão do Parque das Neblinas, estabelecem estratégias de educação ambiental, restauração, pesquisa, manejo florestal e envolvimento comunitário.
A Ferbasa investe, no município de Campo Formoso, na construção da Casa do Mel, entreposto localizado na comunidade Limoeiro em um terreno de propriedade da Companhia cedido em regime de comodato à Cooperativa Agrícola e Pesqueira de Campo Formoso (COAPICAF), com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico da região. Com extensão territorial de 1.304,11 m², sendo 309,26 m² de área construída, a estrutura física da Casa do Mel contará com sala de recepção para acolhimento das melgueiras (que será separada do local de manipulação), banheiros externos, espaço para processamento do mel (podendo ser subdividido), área de envase e local de armazenagem do produto final, a ser comercializado de forma fracionada, em sachê e também em recipientes de maior porte (baldes e tambores). Apesar do entreposto do mel estar situado em Campo Formoso, a COAPICAF possui ramificações em várias outras localidades do entorno. Atualmente, 10 associações de apicultores trabalham em parceria com a Cooperativa que assiste a mais de 400 produtores distribuídos nos seguintes municípios: Andorinha, Antônio Gonçalves, Caen, Caldeirão Grande, Campo Formoso, Filadélfia, Jacobina, Jaguarari, Miguel Calmon, Pindobaçu, Ponto Novo, Saúde e Senhor do Bonfim, onde também estão localizadas as 5.530 colmeias. Somente em 2014, mesmo com o agravante do período de estiagem prolongado, o grupo produziu mais de 30 toneladas de mel. Segundo Maria Anita Souza, presidente da COAPICAF, com o entreposto a capacidade de produção será ainda maior, estima-se que o dobro. Além disso, o empreendimento viabilizará a liberação do S.I.F (Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura), certificação que garante condições adequadas no processo de fabricação de produtos de origem animal, inclusive no quesito higiênico-sanitário, assegurando que o produto pode ser comercializado sem riscos à saúde. Adequações estruturais e logísticas que atendem pré-requisitos para certificações, aumento da produtividade, fomento da comercialização do produto a nível internacional, capacitações, programa de estágio para alunos de escolas técnico-agrícolas e acolhimento de novos produtores, são alguns benefícios e oportunidades que serão viabilizados com a chegada da Casa do Mel. Sem contar que esse entreposto será o primeiro de todo território do Piemonte Norte do Itapicuru, posicionando Campo Formoso como o maior polo de produção de mel da região. A previsão é que a Casa do Mel esteja em pleno funcionamento já no segundo semestre de 2015. “A Casa do Mel dará autonomia e independência aos produtores, permitindo que eles fomentem o crescimento sustentável da região. Por isso, é uma satisfação estarmos colaborando com um projeto de tamanha magnitude”, concluiu Mariana Amado, coordenadora de Comunicação e Responsabilidade Social da Ferbasa.
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Bahia Florestal InformativoMaioDigital de 2015
05 de Junho Dia Mundial do Meio Ambiente As florestas são, sem dúvidas, umas das maiores riquezas naturais de nosso planeta. E, pensando na preservação das florestas nativas e no potencial desenvolvimentista - ambiental, social e econômico - das florestas plantadas, a ABAF vem trabalhando para fortalecer este setor. A novidade em 2015 é a criação do programa 'Mais Árvores Bahia' que tem por objetivo a inclusão e formação de pequenos e médios produtores e processadores de madeira para uso múltiplo.
www.abaf.org.br/ 71 3342.6102 abaf01@terra.com.br Av. Professor Magalhães Neto, 1752 - Ed. Lena Empresarial, sala 207 - Pituba, 41810-012 Salvador, BA http://issuu.com/abaf_2014
Associação Baiana das Empresas de Base Florestal - ABAF
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