Bahia Florestal
Informativo Digital
Outubro de 2015
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diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade esteve presente em três eventos do setor florestal realizados em 28/10 em Brasília (DF): a reunião das associadas da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá); a reunião-almoço da Frente Parlamentar da Silvicultura (FPS); e a terceira edição do Encontro Painel Florestal de Executivos. Os eventos aconteceram na sede da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A primeira reunião, que começou às 9h30, foi com associações ligadas ao setor florestal, com objetivo de trazer contribuições ao material que está sendo preparado por empresa de consultoria Mirow &Co, escritório GCN Advogados e pela IMA Florestal a pedido da Ibá. Esse material será entregue dentro de mais alguns meses ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como contribuição da sociedade civil ao Plano de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PDFP). A reunião-almoço da Frente Parlamentar da Silvicultura (FPS), coordenada pelo Deputado Newton Cardoso Jr (PMDB/MG) foi realizada a partir das 12h30. Na agenda dessa reunião constaram os seguintes temas: restrições ao investimento de capital estrangeiro em imóveis rurais; licenciamento ambiental;
Cédula de Crédito Florestal; e terceirização de mão de obra no segmento de silvicultura. Após a reunião da FPS, ocorreu a terceira edição do Encontro Painel Florestal de Executivos, que pela primeira vez foi realizado em Brasília, numa iniciativa que busca aproximação com a classe política, importante protagonista na missão de fomentar e desburocratizar novos investimentos. Desta vez, o tema central foi a política setorial e o planejamento estratégico da Ibá para os próximos anos, baseado nas perspectivas atuais de mercado. Além dos integrantes da FPS, estiveram presentes representantes da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados e também do MAPA. A Ministra Kátia Abreu foi convidada a fazer uma palestra no jantar de encerramento com os executivos. O evento condecorou o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, com o prêmio Executivo Florestal do Ano. Com quase 30 anos de atuação, o atual presidente passou pelas diretorias de operações florestais, de suprimentos, de papel e de estratégia, além de ter sido líder do projeto Integração e a agora do Horizonte 2, que vai duplicar a produção de celulose em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
Fotos: Divulgação
Setor Florestal em três eventos em Brasília
Encontro Painel Florestal de Executivos
Reunião das associadas da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá)
Marcelo Castelli recebeu o prêmio de Roberto Marques, da John Deere
Congresso reuniu a comunidade florestal para discutir inovações para o setor
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om o tema principal “Novas Tecnologias Florestais”, focando nas linhas de Inovação, Pesquisa e Aplicação, foi realizado entre 06 e 08/10, no Campus da Indústria do Sistema FIEP – Curitiba (PR), o V Congresso Florestal Paranaense. O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, esteve presente e acompanhou as câmaras temáticas: Produção Florestal; Ambiência Florestal; Industrialização Florestal; e Gestão Florestal. O evento contou
ainda com mais de 20 palestras, apresentações orais de trabalhos técnicos e científicos, apresentação de pôsteres e visitas técnicas, além
de discussões sobre os aspectos relacionados à produção, ambiência, industrialização e gestão florestal, tudo sob a ótica das novas tecno-
logias do setor. Em paralelo ao congresso, diversos eventos aconteceram durante a semana, como o “Encontro de Inovação em Biotecnologia Agroindustrial: desafios e soluções”; a 29ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura; o “1º Simpósio Jurídico Florestal Sul-brasileiro”; e as reuniões da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e das assessorias de imprensa das empresas florestais.
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Bahia Florestal Informativo Digital Outubro de 2015 Fibria é apontada como a melhor empresa do setor no anuário da revista IstoÉ Dinheiro
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Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, foi eleita a melhor companhia do setor de Papel e Celulose no anuário “As Melhores da Dinheiro”. Essa é a segunda vez consecutiva que a Fibria ganha o prêmio setorial do ranking elaborado pela revista especializada em economia e negócios IstoÉ Dinheiro, da Editora Três. A premiação foi entregue na noite de quinta-feira (24/9), no Espaço Torres, em São Paulo, em evento que contou com as presenças do vice-presidente da República, Michel Temer, do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, e o diretor executivo de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Luiz Fernando Torres Pinto, representaram a empresa.
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“Estamos muito orgulhosos em receber pela segunda vez consecutiva esse prêmio, que é fruto de uma análise completa e abrangente da companhia. Essa condecoração foi possível graças ao trabalho conjunto e ao engajamento de todos na Fibria, e acontece em um momento muito especial para nós, quando estamos a todo vapor com as obras da expansão da Unidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. Esse é um marco muito importante para
nós, que seguimos acreditando e investindo no Brasil”, disse Castelli. O anuário “As Melhores da Dinheiro” analisa o desempenho das 1.000 maiores empresas brasileiras e aponta as melhores nos principais setores da economia. A partir da análise dos dados de cada participante, a revista elege a campeã em 29 setores, com base em informações da consultoria Economática e da Boavista Serviços. As companhias são avaliadas segundo cinco critérios
de gestão: recursos humanos, inovação e qualidade, responsabilidade socioambiental, governança corporativa e sustentabilidade financeira. No setor de Papel e Celulose, a Fibria foi a primeira colocada em quatro critérios: recursos humanos, inovação e qualidade, responsabilidade social e governança corporativa. Em agosto, a Fibria também foi eleita, pela terceira vez consecutiva, a melhor companhia do setor de Papel e Celulose pelo anuário Época Negócios 360º. A publicação da Editora Globo elege as melhores companhias do país em 26 setores da economia a partir de uma análise das práticas em seis dimensões da gestão: Desempenho Financeiro, Governança Corporativa, Capacidade de Inovar, Responsabilidade Socioambiental, Visão de Futuro e Práticas de Recursos Humanos. No setor de Papel e Celulose, a Fibria foi a primeira colocada em três dimensões e segundo lugar em duas.
Suzano patrocina lançamento de Manual de Restauração Ecológica
Suzano Papel e Celulose patrocina, em parceria com outras empresas florestais, o lançamento do Manual de Restauração Ecológica, cartilha que tem o objetivo de orientar a execução de Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADAs). Elaborado com a consultoria da Bioflora Tecnologia da Restauração e o apoio dos Laboratórios de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) e de Silvicultura Tropical (LASTROP) da Escola Superior de Agricultura (Esalq - USP), o trabalho foi lançado pelo Ministério Público da Bahia para auxiliar os proprietários rurais, especialmente os vinculados a programas de fomento Florestal, com o cumprimento da legislação ambiental das suas propriedades. De acordo com o Promotor, Fábio Fernandes Correa, “o manual surgiu a partir da necessidade orientar produtores fomentados a
executarem corretamente seus projetos de recomposição de áreas degradadas e alteradas (Pradas), a partir de um acordo firmado com o Ministério Público do Estado da Bahia no ano de 2011”, explicou. A publicação descreve as atividades operacionais envolvidas na restauração ecológica e apresenta as metodologias possíveis de serem utilizadas, inclusive com uso econômico onde for permitido, que devem ser adotadas por aqueles que detêm um passivo ambiental e precisam realizar ações de reflorestamento. Além disso, traz um protocolo de monitoramento dos Pradas e uma lista de espécies nativas regionais que podem ser empregadas nas ações de recomposição. A cartilha está disponível para dowloand pelo endereço:http://www.viveirobioflora.com. br/files/file_texto_124.pdf
MANUAL DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA TÉCNICOS E PRODUTORES RURAIS NO EXTREMO SUL DA BAHIA
OUTUBRO 2015
Bahia Florestal Informativo Digital Outubro de 2015 “O que realmente importa para você?” é tema de evento sobre Segurança no Trabalho “O que realmente importa para você?”. Esta pergunta foi o tema da Semana Interna de Prevenção ao Acidente de Trabalho (SIPAT), organizada pela Veracel Celulose e empresas parceiras. Com ela, buscou-se inspirar a reflexão sobre o que realmente importa - a vida, a família – e o que cada um tem feito quanto a isso. O evento foi realizado no período de 28 de setembro a 02 de outubro e mobilizou a participação de mais de 2.500 colaboradores em atividades voltadas para a troca de experiências sobre segurança no trabalho, incluindo depoimentos de colaboradores que sofreram acidentes no trabalho. “A mensagem impacta mais, nos faz refletir e pode mudar o nosso comportamento”, explicou Ariovaldo Outa, presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Com o propósito de trocar experiências, o diretor de operações fosfato da Anglo American, Fernando Rezende, foi convidado para participar do evento e falou sobre as atividades e procedimentos adotados em sua empresa como forma de garantir um ambiente livre de acidentes de trabalho e o papel de cada um para alcançar isso. “O bom funcionário, seja ele líder ou não, precisa ser bom tanto
Veracel
tecnicamente como em segurança. Uma coisa não pode ser dissociada da outra”, reforçou. No discurso de abertura do evento, o diretor de Operações da Veracel, Ari Medeiros, destacou a importância da segurança como um valor a ser seguido em todos os momentos. “A cada ano, a Veracel vem melhorando seus indicadores de segurança. Isso significa mudança de atitude”, enfatizou Medeiros. Como parte da programação, todas as áreas da empresa, juntamente com as parceiras, apresentaram
suas experiências e práticas em segurança no trabalho. Com base em exemplos reais, foi possível compartilhar aprendizados e refletir sobre o que pode ser feito para reduzir acidentes no trabalho. “Nós trabalhamos hoje o conceito de segurança em cada dia. Queremos que todos entendam que a vida é o maior bem que existe e devemos cuidar dela”, disse Alécio Pereira da Silva , gerente operacional da GO Bertoldi, uma das empresas prestadoras de serviços para a Veracel, durante sua participação no evento. “O
que realmente importa para mim é saber que todos nós, funcionários, iremos voltar para casa em segurança”, concluiu. O tema “O que realmente importa você?” foi também utilizado para campanha em programas de rádio divulgados nos 10 municípios onde a empresa tem operações. Assuntos como saúde e segurança em casa, no trabalho e nas estradas foram temas de dicas aos ouvintes, compartilhando conceitos de valor à vida também com a comunidade local.
Paródias sobre Segurança no Trabalho Os colaboradores também participaram do II Concurso de Paródia com composições sobre Segurança no Trabalho. Nove paródias foram apresentadas ao público e ao Júri Técnico composto por músicos e profissionais da área de Segurança. “É difícil selecionar a melhor quando todas atendem o regula-
mento e abordam o tema de forma especial, com originalidade e boa performance. Fiquei surpreso com a qualidade das apresentações”, comentou o maestro Marcelo Fernandes Pereira. A melhor paródia do Concurso foi a do colaborador Lázaro Domingues de Almei-
da, da Colheita Florestal. A paródia “Mude aí” surgiu a partir da música “Escreve aí”, do intérprete Luan Santana. “Quis alertar os meus colegas sobre a importância da segurança como um valor em suas vidas, incentivando eles a mudar de hábito quando for necessário”, explica Domingues.
José Carvalho
Em nome do presidente, Sergio Borenstain, da diretoria e das empresas associadas, a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) manifesta votos de pesar pelo falecimento de José Carvalho, fundador da Ferbasa e um dos mais importantes nomes da história do empresariado e da educação do estado da Bahia. José Carvalho continuará sendo exemplo de empreendedor visionário e preocupado com as questões empresariais, sociais e ambientais. Empreendedor à frente do seu tempo, José Carvalho deixa um inquestionável legado de contribuição para o desenvolvimento econômico e social da Bahia.
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Bahia Florestal Informativo Digital Outubro de 2015 Artigo – Wilson Andrade*
Planta Bahia! O Brasil vai dobrar sua produção de madeira plantada. E o mundo também!
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oje o mundo compra e vende algo em torno de US$ 250 bilhões de produtos de madeira por ano. O Brasil participa com apenas 3% desse montante, apesar de todas as suas vantagens competitivas no setor. Mas pretende começar a mudar o jogo. De acordo com os dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a projeção para até 2020, no Brasil, é de termos a duplicação dos atuais 7 milhões de hectares de florestas plantadas, com projetos de investimentos de R$ 53 bilhões. Esta projeção leva em conta a alta produtividade da madeira plantada por hectare no país, que se dá pelas excelentes condições edafo-climáticas e pela alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais e parcerias com a Embrapa e pesquisadores nacionais. Esse expressivo volume de negócios no mundo e no Brasil tem taxa de crescimento de 6% ao ano - nos últimos três anos - e projeção de igual ordem para os próximos anos, devido ao crescimento da população e à melhoria de renda dessa população que gera maior demanda e consumo de madeira. Na área de celulose e papel, podemos considerar a possibilidade de instalação de uma fábrica de celulose por ano no Brasil – cada uma com investimento de R$ 8 bilhões, plantio de 100 mil hectares de madeira e uma produção de aproximadamente 1,5 milhão de tonelada/ano. E parte desse potencial brasileiro poderia ser instalado aqui na Bahia, cuja produtividade é recorde mundial. A Austrália, que é de onde nós trouxemos o eucalipto, tem uma produção de 23 metros cúbicos, por hectare/ano. Na Bahia este número é de 45. Já em algumas regiões mais adequadas este número chega a 60, quase o triplo da Austrália.
A Bahia e os municípios baianos precisam decidir se vão concorrer para conquistar parte desse crescimento. Se vão participar ainda mais do setor que já traz benefícios econômicos, sociais, ambientais, com geração de dividas e saldo positivo da balança comercial. E, o mais importante: esses empregos e esses investimentos que geram melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) seriam realizados no interior do Estado, ajudando a descentralizar o concentradíssimo desenvolvimento da Bahia. Analisando a evolução do IDH nota-se que os municípios com operações florestais obtiveram melhoras significativas nos fatores utilizados para o cálculo do índice: educação, longevidade e renda. Entre os anos de 1991 e 2010, na Bahia, o crescimento do IDH dos municípios florestais foi de 84%, enquanto, o crescimento dos municípios não florestais foi de apenas 63%. Essa maior participação não requer investimentos financeiros do Estado nem tampouco dos municípios. Mas o que observamos é que esse crescimento vem sendo absorvido pelos outros estados do país. Ou seja, empresas que poderiam estar investindo na Bahia, estão fazendo investimentos em outras áreas. Além de tudo isso, toda essa expressiva oportunidade de investimento - captação de divisas, empregos, desenvolvimento social e ambiental – está hoje configurada pela celulose e no papel são apenas 1/3 do potencial existente. Os outros 2/3 das florestas plantadas no Brasil se destinam: metade para geração de energia e processamento de minérios, e a outra metade para produtos para uso múltiplo, principalmente peças e partes de madeira para construção civil em geral, como tábuas, portas, móveis, pisos e MDF (madeira aglomerada) etc. Apesar da crise momentânea, as empresas de mineração que são eletrointensivas têm a necessidade estratégica de diversificar a matriz energética. O grande projeto de vanádio da Bahia ainda aque-
ce seus fornos utilizando derivado de petróleo. Por outro lado, há um projeto exemplar: o projeto integrado da Ferbasa, completamente verticalizado porque tem o minério que extrai, as florestas plantadas como fonte energética e a metalurgia para produção de ferro-liga. E esse é um caminho de oportunidade. Um estudo do NEO (Energy Outlook) feito pela Bnef (Bloomberg New Energy Finance) aponta que, nos próximos 25 anos, a utilização de fontes alternativas de energia (eólica, solar e biomassa principalmente na forma de cavaco) deverá saltar dos atuais 14% de capacidade instalada para 51% no país. No Brasil, US$ 26 bilhões serão direcionados à potencialidade da biomassa. A própria Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) pretende criar uma agenda estratégica para propor dinamismos para o setor de biomassa e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), no Estado, deve fazer o mesmo. Mas existem outros caminhos. No setor de madeira para utilização da construção civil, a Bahia - apesar de sua vantagem competitiva - ainda importa, dos estados do Sul, a maior parte da sua demanda. É nessas quatro áreas de base florestal, ou seja, que utilizam florestas plantadas como insumos (papel e celulose; mineração; energia e construção civil), que temos um potencial de investimento para alavancar a economia baiana de forma sustentável nos próximos anos. Porém, o que a Bahia precisa para atrair esses investimentos? Segurança jurídica que implica nos direitos de propriedade privada e na segurança das suas plantações; o estabelecimento e liberação dos créditos fiscais; a liberação de compra de terra para empresas com capital estrangeiro; e melhor logística, como com a duplicação da BR 101, transporte ferroviário e marítimo etc. * Diretor Executivo da ABAF.
71 3342.6102 www.abaf.org.br abaf01@terra.com.br Av. Professor Magalhães Neto, 1752 - Ed. Lena Empresarial, sala 207 - Pituba, 41810-012 Salvador, Bahia http://issuu.com/abaf_2014
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