Bahia Florestal
Informativo Digital
Setembro de 2015
ABAF e Sindpacel plantam 10 mil mudas de espécies da Mata Atlântica em Salvador
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“Nós temos que acordar bem, ver uma paisagem bonita que transmita saúde e bem-estar, o que se resume, sem dúvida, em sustentabilidade. Numa cidade arborizada, vive-se bem melhor. E faz parte da nossa visão contribuir com ações que tenham a ver com o meio-ambiente, com a sustentabilidade e com a multiplicação de árvores. As ações da ABAF estão muito voltadas para as regiões rurais, o que é muito bom porque descentraliza o desenvolvimento, a geração de emprego etc. Mas, pela primeira vez, temos a oportunidade de contribuir para o reflorestamento gradual, e que esperamos que seja continuado, em Salvador. A preservação faz parte do nosso negócio. As empresa do setor preservam quase 500 mil hectares de matas nativas no interior do estado e essa é uma ótima iniciativa para contribuirmos em Salvador”, declarou o diretor-executivo da ABAF, Wilson Andrade.
Fotos: Yara Vasku
ez mil mudas de espécies da Mata Atlântica foram doadas pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) e pelo Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) para a Secretaria Cidade Sustentável (SECIS) da Prefeitura Municipal de Salvador. Essas mudas fizeram parte do evento de plantio que a Prefeitura realizou de 21 a 26 de setembro em diversas partes da cidade. O Secretário da Secretaria Cidade Sustentável, André Moreira Fraga, agradeceu a contribuição das entidades no esforço para devolver mais arborização à cidade. “Este é um trabalho que faz parte do plano de recuperação da Mata Atlântica em Salvador. Pretendemos plantar 100 mil mudas até o final de 2016 e é muito importante poder contar com as entidades do setor florestal nesse desafio”, declarou.
A assinatura do termo de cooperação de ação ambiental entre a Prefeitura Municipal de Salvador e as entidades foi realizada em 06 de agosto de 2015, durante o lançamento do Relatório Ibá 2015 e do anuário ABAF – Bahia Florestal 2015 -, que mostram um panorama completo da cadeia produtiva de base florestal no estado da Bahia e no Brasil. O evento aconteceu na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador (BA).
Sérgio Borenstain, presidente da ABAF, no momento da assinatura do termo de cooperação
O secretário André Fraga (Cidade Sustentável), Izabella Miranda e Wilson Andrade
Luiz Garcez (Caetá Florestal), Izabella Miranda (Sindpacel) e Wilson Andrade (ABAF)
Especialistas em silvicultura, técnicos, produtores, empresários e os outros agentes de desenvolvimento ligados ao agronegócio florestal estiveram reunidos entre os dias 2 e 4 de setembro no III Congresso Brasileiro de Eucalipto (CBE), que após uma edição em São Paulo, foi realizado em Vitória/ES. O evento discutiu e sugeriu alternativas que removam os principais obstáculos ao desenvolvimento desse setor, bem como mostrar os avanços tecnológicos e científicos e analisar as perspectivas de
mercado do setor florestal. O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, coordenou o principal painel do evento, “Sistema de Integração Produto-Indústria (Fomento Florestal)” e apresentou informações sobre o Programa Mais Árvores Bahia que visa a integração do pequeno e médio produtor e processador de madeira na cadeira produtiva ao mesmo tempo em que estimula a produção de 100% da madeira consumida do Estado, que hoje em grande parte é importada de outros estados.
Divulgação
Congresso Eucalipto trouxe novidades para o setor
O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, coordenou o painel principal do evento
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Bahia Florestal Informativo Digital Setembro de 2015
Gleyson Araújo (ASPEX), Ronaldo Baitakão (Vereador de Teixeira de Freitas), Lívia Rodrigues (Secretária da Agricultura de Teixeira de Freitas), Sérgio Borenstain (ABAF/Veracel), Guilherme Bonfim (SEAGRI), Armando de Sá(ADAB) e Milena Nascimento (ADAB)
Lançamento do Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda no Estado da Bahia
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o último dia 02 de outubro, a Secretaria da Agricultura (Seagri-BA), através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) e entidades parceiras realizaram o seminário de lançamento do Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda no Estado da Bahia. O seminário, que reuniu mais de 170 pessoas, aconteceu no Salão de Leilões (Tartesal) do Parque de Exposições de Teixeira de Freitas (BA). “Especialistas estiveram reunidos para dialogar com os produtores rurais e, conjuntamente, definir um plano de manejo para o efetivo controle da lagarta parda com a participação das prefeituras, das empresas, das entidades ambientais que são membros da Comissão Técnica Regional (CTR), estabelecida e liderada pela Adab”, explicou o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade. O seminário contou com as palestras do presidente da ABAF, Sérgio Borenstain que apresentou o setor florestal na Bahia e no Brasil; do presidente executivo da Aspex, Gleyson Rezende, que falou da atuação da Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia; do professor do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Pedro José Ferreira Filho, que apresentou o controle biológico da lagarta parda na Bahia; e do diretor da ADAB, Armando Sá, que abordou as ações conjuntas da ADAB e parceiros. Na ocasião também foi lançada a cartilha sobre o Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda na Bahia que traz informações sobre a praga: biologia, plantas hospedeiras, ocorrência, monitoramento e controle, saúde humana etc. No folder é possível ainda ter informações sobre o programa e contatos para mais informações e apoio técnico. É possível ler a cartilha na íntegra no http://issuu.com/
abaf_2014 e no site da ABAF (http://abaf.org.br). Defesa - O secretário estadual da Agricultura, Paulo Câmera, lembrou que a lagarta parda, cujo ataque provoca o desfolhamento das plantas, já ocorre em 14 estados brasileiros, o que torna a questão um problema nacional diante dos problemas que causa com graves reflexos na pauta de exportação. “A defesa agropecuária é uma das prioridades do governo, mas a participação do setor privado e dos produtores rurais é indispensável, sendo a informação e conscientização fatores de grande importância para viabilizar as ações de prevenção e de controle à praga”, disse. O Superintendente de Políticas do Agronegócio da Seagri, Guilherme Bonfim, disse que este programa visa estabelecer um método de controle preventivo “para que não aconteça, por exemplo, o que aconteceu no Oeste do estado com a Helicoverpa que causou prejuízo na ordem de R$ 1,6 bilhão”. De acordo com Oziel Oliveira, diretor geral da Adab, “as lagartas estão entre as principais pragas que atingem os plantios de eucalipto. São 110 espécies nativas do Brasil. Picos populacionais da praga geralmente estão associadas aos eventos que deflagrem algum tipo de desequilíbrio ambiental. Em nosso cenário, possivelmente, os aspectos climáticos contribuíram”. Para Armando Sá, diretor da Adab, a lagarta parda é uma praga que está impactando muito a região. “Como primeira ferramenta desse controle, estamos empossando a Comissão Técnica Regional (CTR) que é de suma importância, pois ela agrega todos os elos da cadeia envolvidos na questão do reflorestamento e de outras culturas que possam ser impactadas”, explicou. O presidente da ABAF, Sérgio Borenstain, ressaltou a importância de todos os produtores rurais e das grandes empresas participarem. “É importante
o envolvimento de todos para que haja o monitoramento da lagarta parda e o controle, de preferência, biológico”. Especialista no assunto, o professor Pedro José Ferreira Filho explicou melhor esse controle com o inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis. “É através do monitoramento que nós vamos conseguir determinar o nível de dano e que vamos conseguir implementar a forma de controle correto, que seria na verdade, o uso de um inseticida biológico, pois este é um produto que não prejudica o homem e os animais já que é específico para controle das desfolhadoras. Ele é atóxico ao meio ambiente, inclusive porque a bactéria já existe no meio ambiente, sem causar danos a outros organismos.” De acordo com o professor do Pedro José Ferreira Filho, esta espécie não causa dano ao homem. “As lagartas não são urticantes e as mariposas, que perdem escamas naturalmente, não liberam pó tóxico”, explica. Representando os produtores de eucalipto do Sul e Extremo Sul da Bahia, o presidente executivo da ASPEX, Gleyson Araújo, também esteve presente. “Nós estamos participando desse evento para que, juntamente com a comissão técnica que foi montada, discutirmos a importância de fazermos estudos e trabalhos científicos para entender melhor essa praga que nos assola”, declarou. Também representando produtores rurais, mas da cultura do café, Alberto Cangussu (vice-presidente da Assocafé) disse que o encontro é importante para que ocorra a conscientização de todos. “O nível de dano econômico não chegou ainda a algumas propriedades, mas se não tivermos uma movimentação conjunta pode acarretar sequelas bem maiores. Por isso considero necessária, uma divulgação mais ampla para que possamos juntar forças visando o combate da lagarta parda”, disse.
Bahia Florestal Informativo Digital Setembro de 2015 Fotos: Klebio Rodrigues
O diretor Executivo da ABAF, Wilson Andrade, dando entrevista à TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo no Sul da Bahia Palestra com o Presidente Executivo da ASPEX, Gleyson Araújo
Gleyson Araújo (Aspex), Sérgio Borenstain (ABAF), Guilherme Bonfim (SEAGRI) e Armando Sá (ADAB)
Lenadro Santos Rocha (2 Tree Consultoria), André Joaquim Brito (Prefeitura de Itamaraju), Guilherme Baquião (2 Tree Consultoria), Igor Varjão (OAB), Ana Angélica e Carlos Eduardo (Fazenda Esperança)
Reunião da CTR no auditório do Sincomércio
Palestra de Sérgio Borenstain (ABAF)
Alberto Cangussu (Assocafé) e Sérgio Borenstain (ABAF)
Gleyson Araújo (ASPEX), Vanessa Correa (ADAB) e Pedro José Ferreira Filho (UFSCAR)
Armando Sá (ADAB), Milena Cerqueira Nascimento (ADAB) e Guilherme Bonfim (SEAGRI)
Participantes puderam tirar as dúvidas no seminário
Flamarion Matos (AXPEX), Nery Fagundes (Tecnoplant), Lucas Sena Lopes (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) e Paulo Andrade (Engenheiro Agrônomo
Palestra do professor Pedro José Ferreira Filho
Controle correto da lagarta parda com inseticida biológico Essa iniciativa veio após a constatação de que nos últimos meses, os plantios de eucalipto, café e de outras culturas localizados no Sul e Extremo Sul da Bahia têm sofrido com o ataque de lagartas, com predomínio da espécie lagarta parda (Thyrinteina arnobia), responsável pelo desfolhamento de plantas. Este inseto é nativo, com presença já registrada ao longo dos anos em 14 estados brasileiros. Especialistas acreditam que mudanças no clima e desaparecimento de inimigos naturais podem estar favorecendo o aumento momentâneo da população deste inseto. E as mariposas que elas se transformam – ficam normalmente nas áreas de cultivo. Uma das possíveis causas da presença dos insetos nas áreas urbanas é a forte atração que a luminosidade exerce sobre as mariposas. A atração pela luz é, inclusive, utilizada no controle de surtos esporádicos desses
insetos por meio da instalação de armadilhas luminosas que atraem e apreendem as mariposas. O controle à praga de lagartas nos plantios de eucalipto está sendo realizado com o inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis. Trata-se de um produto biológico, de ocorrência natural, que controla de maneira eficaz as lagartas desfolhadoras. O produto é específico para lagartas, ou seja, não oferece risco à saúde do homem e animais. O mecanismo de ação do B. thuringiensis se dá através da liberação de toxina no sistema digestivo alcalino das lagartas e, por isso, é inofensivo a todos os demais organismos, inclusive aos pássaros que se alimentam das lagartas mortas. Também não causam efeito de dispersão dos insetos para outros locais fora das áreas de controle. Além disso, preserva os inimigos naturais da praga, permitindo o estabelecimento do equilíbrio na-
tural, assim que rompido o ciclo do surto atual. O produto (que é utilizado há mais de 70 anos) pode ser pulverizado de forma terrestre ou aérea e deve ser realizado sob rigoroso monitoramento de técnicos e de empresas especializadas. Isso demonstra as práticas responsáveis das empresas para com o manejo florestal, preservação ambiental e respeito às comunidades circunvizinhas às suas operações. Estas iniciativas estão em linha com os padrões normativos internacionais, que orientam o uso racionalizado e previamente autorizado de produtos químicos. “As empresas de base florestal estão unindo esforços a outras instituições de pesquisa, extensão e de produtores rurais para buscar soluções coletivas que possam fazer frente ao risco de aumento desta ameaça à produtividade da agricultura na região”, informa Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.
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Bahia Florestal Informativo Digital Setembro de 2015 A primeira reunião da recém restituída Frente Parlamentar de Silvicultura mostrou que não são poucos os desafios a serem enfrentados. O encontro presidido pelo deputado federal Newton Cardoso Junior (PMDB/MG) e secretariado pelo advogado Aldo De Cresci Neto, reuniu, em 9 de setembro, em Brasília, parte dos 240 deputados federais signatários da Frente e lideranças do setor. O diretor-executivo da ABAF, Wilson Andrade esteve presente representando o setor na Bahia. Para ele os principais pontos emergenciais do setor são: a limitação da compra de terra por empesas de capital estrangeiro; o enquadramento da silvicultura como atividade de elevado risco ambiental, o que implica em dificuldade de licenciamento; e a insegurança jurídica das propriedades e plantações que atingem todo o setor rural. “São parlamentares que vão trabalhar pela desburocratização e se empenhar em projetos que favoreçam o plantio de florestas no Brasil”, ressaltou Newton Cardoso Jr. A pauta legislativa, segundo ele, é estratégica para ‘tirar as amarras’ que travam o setor. O deputado citou, por exemplo, a restri-
Fotos: Divulgação
Frente Parlamentar da Silvicultura
ção de aquisição de terras por estrangeiros (conhecida como restrição da AGU – Advocacia Geral da União), que deve entrar na pauta da Câmara Federal nos próximos dias. O deputado federal Carlos
Marun (PMDB/MS) lembrou que o Mato Grosso do Sul perdeu importantes investimentos por causa desse entrave. “Empresas como Arauco e Portucel acabaram desistindo de investir em nosso Estado”, citou Marun. Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento participaram o Secretário de Políticas Agrícolas, André Nassar, e o coordenador geral de Frutas, Café e Florestas, Eduardo Sampaio. Nassar lembrou que a ministra Kátia Abreu não é favorável à restrição da AGU e que está atuando diretamente na estruturação de uma política de incentivo ao setor. “Já temos o trabalho feito pela Câmara Setorial de Silvicultura. Agora é colocar em prática”, afirmou. “O Brasil está perdendo alguns bilhões em investimentos”. Andreas Mirow, consultor especializado em florestas, celulose e papel, citou alguns exemplos de conversas recentes com alguns presidentes de empresas e representantes de fundos de investimentos. “Eles investem menos ou deixam de investir, pois eles entendem que precisam ter a garantia do suprimento de madeira”, explicou Andreas.
Fórum mostra impacto da economia brasileira nos municípios
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situação econômica brasileira e seus efeitos sobre os municípios foi o primeiro painel a ser apresentado no I Fórum Baiano de Atração de Investimentos Internacionais que está aconteceu em 20 de setembro no auditório da UPB. O diretor da Comissão de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Associação Comercial da Bahia e diretor-executivo da ABAF, Wilson Andrade mediou o painel informando que “precisamos sair do casulo e ganhar o mundo” Tatiane defendeu a qualidade do serviço local como um fator de grande importância para a atração de investimento, além da autonomia local, pois o Brasil é o único país no mundo que reconhece o município como capacidade de legislar. “Em 2008 houve uma crise mundial que impactou no plano nacional e acarretou queda no FPM.
De 2008 a 2014 a soma de R$516,8 bilhões a menos”, informou. A assessora da CNM informou ainda dos impactos nos municípios como o reajuste do salário mínimo acima da inflação, do Piso Nacional do Magisté-
rio Público de 2010 até 2015 que passou um aumento de 87,9%, enquanto a inflação pelo INPC foi de 35,3%, do subfinanciamento dos programas federais, entre outros problemas. “Potencializar a atuação global municipal significa que os governos locais devem atuar de acordo com suas realidades, levando em consideração esses fatores como prioridades”, disse. O diretor de Desenvolvimento e Relações Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Vieira informou que “somos a sétima economia no mundo com mercado de 200 milhões de habitantes e com peso significativo na economia local. Dos 417 municípios, 104 exportam e 10 correspondem 82% do volume de exportação e precisamos torná-los competitivas e buscar produtos, serviços e bens de valor local”.
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