O avesso da crítica sobre a estética de terreiros The backward of the critique about te aesthetics of terreiros Anderson Almeida1 UFRGS - andersondiego.almeida@gmail.com
RESUMO: Há arte em objetos de terreiros. Este artigo parte desta constatação para discorrer sobre a crítica construída, por alguns autores, a respeito da estética produzida por artistas anônimos e sobre o olhar marginalizado e questionador, indo de Nina Rodrigues a Roberto Conduru, mostrando que há um avesso entre o que se configurou como Bellas-Artes, a partir do primeiro autor, e o silêncio sobre as contribuições plásticas africanas, na formação da arte no Brasil, do segundo. A tessitura se dá a partir da Coleção Perseverança, fruto do fático Quebra do Xangô, e seu estado de arte. PALAVRAS-CHAVE: Estética de terreiros; Coleção Perseverança; Objetos de ritual; Crítica de arte; Arte afrorreligiosa. ABSTRACT : There is art in terreiro objects. This article starts from this finding to discuss the criticism built by some authors about the aesthetics produced by anonymous artists and about the marginalized and questioning look, ranging from Nina Rodrigues to Roberto Conduru, showing that there is an opposite between what was configured as Bellas-Artes, from the first author, and the silence about the African plastic contributions, in the formation of art in Brazil, from the second. The texture is based on the Coleção Perseverança, the result of the factual Quebra do Xangô, and its state of the art. KEYWORDS: Aesthetics of terreiros; Coleção Perseverança; Ritual objects; Art criticism; Afroreligious art.
1 Doutor em Artes Visuais, com ênfase em História, Teoria e Crítica da Arte (PPGAV-UFRGS). Atualmente leciona no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS-Vacaria). Pesquisa estética de terreiro, memória e arte afro-brasileira nas coleções formadas a partir de batidas policiais entre os séculos XIX e XX.
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