NOTA SOBRE O GOLPE Desde 2014 apontávamos que uma onda conservadora vinha tomando força e avançava por toda a América Latina, atingindo também nosso país. Mesmo com o projeto mais progressista recebendo o crivo das urnas. A partir de uma maioria conservadora do congresso, diversas manobras e uma política de conciliação, culminou numa seqüência de retirada de direitos que colocava em risco diversas conquistas das ultimas décadas. Tudo isso colocou na ordem do dia do movimento estudantil, e movimentos sociais, a defesa da democracia e a tentativa de barrar o golpe. ( Ler notas de análise de conjuntura publicadas nos últimos meses ) Nos posicionamos ao lado de movimentos sociais, nos somamos aos atos, compomos a Frente Brasil Popular, por entender a necessidade, de defender não só a democracia, mas os direitos conquistados nos últimos anos, a educação pública dentre tantas outras pautas. Nos encontramos hoje numa situação ainda mais delicada, que exigirá ainda mais organização, formação e luta, pois o golpe foi consumado, um golpe de Estado (jurídico-parlamentar-midiatico), um golpe na nossa tão jovem democracia. A Presidenta Dilma eleita democraticamente por 54,5 milhões de votos foi deposta do seu cargo, quando não se conseguiu provar quaisquer crime de responsabilidade, deixando nítido que tudo não passou de uma articulação da elite, e setores conservadores do país para depor a presidenta eleita, e por fim poder sem impedimentos aplicar o programa derrotado nas urnas, um programa neoliberal que atinge em cheio a classe trabalhadora, sobretudo os/as jovens trabalhadores e trabalhadoras. Um verdadeiro pacote de maldades já vem sendo aplicado, desde quando o governo golpista de Michel Temer ainda era governo interino. O anúncio de mais cortes na educação pública, de programas como o Ciência Sem Fronteiras, cortes em programas de financiamento como o FIES, em programas sociais como o Bolsa Família, anúncio de congelamento em investimentos em saúde, educação e habitação, deixam explicito a que veio esse verdadeiro ‘’ desgoverno ‘’. Vivemos tempos difíceis, que só serão revertidos com muita resistência e luta, é dever da ABEEF enquanto uma das mais ativas executivas de curso do país, defender a educação, o pré sal, os 10% do PIB pra educação e para isso deve, debater nas suas escolas sobre o golpe, se somar aos comitês universitários contra o golpe e principalmente mobilizar os e as estudantes para os atos em conjunto aos movimentos sociais. Convocamos toda nossa militância a se somar nos atos nacionais que ocorrerão no dia 07 de setembro de 2016 em todo o país, pelo FORA TEMER! É tempo de unidade, tempo de gritar nas ruas que os GOLPISTAS não PASSARÃO! Coordenação Nacional Gestão "A vez e a voz das/os Estudantes" 2016/2017 - UFSM