Boletim ABORL-CCF - Nº 128

BOLETIM

ABORL CCF

w w w . a b o r l c c f. o r g . b r BOLETIM@ABORLCCF.ORG.BR ano xviii - nº- 128 - mar/abr 2012

Caminhos da ORL

Dada a largada de uma das maiores campanhas de conscientização popular dos últimos tempos! pÁg. 9 a 11

E MAIS:

ABORL-CCF está mais próxima do Ministério da Saúde pÁg. 12

Projeto Epidemiológico 2012 pÁg. 16

Nova Comissão de Desinfecção de Ópticas pÁg. 18

editorial Comissão de Comunicação

ABORL-CCF inaugura temporada de mega eventos

N

MARCELO ribeiro de toledo piza

Diretor Presidente Comissão de Comunicação marcelo @toledopiza . med . br

da

2

Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

esta edição do Boletim ABORLCCF, temos o prazer de iniciar a cobertura de um mega evento da nossa Associação: a campanha “Caminhos da Otorrinolaringologia”.

Em matéria especial, trouxemos cada detalhe das exposições que levarão nossa especialidade a 17 cidades do Brasil.

Além do caráter social e educativo, a iniciativa estreitou a relação da nossa entidade com o Ministério da Saúde.

Confira os detalhes da audiência entre a Diretoria da ABORL-CCF e o Ministro Dr. Alexandre Padilha, que definiu esta parceria e o apoio a outros importantes projetos.

Os primeiros meses de 2012 foram marcados pela realização da Prova de Título de Especialista da ABORL-CCF, o V Curso de Polissonografia e a 2ª edição do Congresso On-line. Também teve destaque a “1ª Roda de Discussão em Saúde Vocal”. Além da cobertura da reunião, fizemos uma entrevista exclusiva com os Drs. José Eduardo Pedroso e Mara Gândara, sobre o atual panorama da saúde vocal do trabalhador brasileiro.

Estão presentes neste número outros temas de imensa importância, como as novas regras para o exercício da medicina, a criação da Comissão de Desinfecção de Ópticas da ABORL-CCF e o Projeto Epidemiológico da Associação. Esta edição traz também um pouco da história da nossa especialidade, com um artigo sobre a História do Implante Coclear no Brasil, assinado pelo Dr. Pedro Luiz Mangabeira Albernaz.

Confira estes e outros assuntos a seguir. Boa leitura!

DIRETORIA 2012 Dr. Marcelo Miguel Hueb – Uberaba/ MG Presidente Dr. Agrício Nubiato Crespo – Campinas/SP Diretor Primeiro Vice-Presidente Dr. Fernando de Freitas Ganança – São Paulo/SP Diretor Segundo Vice-Presidente Dr. Fábio Tadeu Moura Lorenzetti – Sorocaba/SP Diretor Secretário Geral Dr. Leonardo Conrado Barbosa de Sá – Rio de Janeiro/RJ Assessor do Diretor Secretário Geral Dra. Fernanda Louise Martinho Haddad – São Paulo/SP Diretora Secretária Adjunta Dr. Fabrízio Ricci Romano – São Paulo/SP Diretor Tesoureiro Dr. Ali Mahmoud – São Paulo/SP Assessor do Diretor Tesoureiro Dr. Godofredo Campos Borges – Sorocaba/SP Diretor Tesoureiro Adjunto Dr. Marcelo Sessim – Rio de Janeiro/RJ Assessor do Presidente para Assuntos Governamentais Alexandre Felippu Neto – São Paulo/SP Presidente da Comissão de Residência e Treinamento Dr. Hélio Andrade Lessa – Salvador/BA Presidente da Comissão de Ética e Disciplina Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara – São Paulo/SP Presidente da Comissão de Defesa Profissional Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza – Ribeirão Preto/SP Presidente da Comissão de Comunicação Dr. Marco César Jorge dos Santos – Curitiba/PR Presidente da Comissão de Eventos e Cursos Dr. Reginaldo Raimundo Fujita – São Paulo/SP Presidente da Comissão de Título de Especialista Dra. Renata Cantisani Di Francesco – São Paulo/SP Presidente da Comissão de Educação Médica Continuada Dra. Wilma Terezinha Anselmo-Lima – Ribeirão Preto/SP Presidente da Comissão do BJORL

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Boletim ABORL-CCF Diretor de Comunicação: Marcelo R. de Toledo Piza Jornalista Responsável: Antonio José Canjani / MTB: 21.826 Reportagem: Caroline Borges e Daniella Pina Revisão: Gabriel Miranda Coordenação de Publicação e Diagramação: Jarbas Oliveira Produção: Sintonia Comunicação Impressão: H Máxima Periodicidade: Bimestral Tiragem: 6.000 exemplares Sede: Av. Indianópolis, 1287 – CEP 04063-002 – SÃO PAULO/SP Fone: (11) 5053-7500 – Fax: (11) 5053-7512 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

editorial Mensagem do Presidente

Caminhando por aí...

A

té mesmo uma longa jornada se inicia com o primeiro passo”. O simbolismo deste provérbio vem ao encontro desse início de gestão e faz analogia com a campanha Caminhos da ORL. Escrevo este editorial observando um projeto idealizado há algum tempo se consolidando através do trabalho e amizade de muitas pessoas.

A campanha está aí e com ela viajaremos por todo o país.

E todo o país viajou online no sucesso do Congresso Virtual, com recordes de audiência e a inédita participação do público leigo.

Para este mesmo público leigo faremos uma inédita leitura das doenças otorrinolaringológicas por meio do Projeto Epidemiológico, iniciativa que mostrará a realidade regional e sazonal destas doenças. Quer mais? Ainda para este público oferecemos a 14ª Campanha Nacional da Voz! Mais ainda? Para este mesmo público, criamos os sites caminhosdaorl.org.br e otorrinoparavoce. org.br, oferecendo informação e preenchendo uma importante lacuna da ABORL-CCF. Não paramos por aí; continuamos a caminhada pelo país com os cursos itinerantes, levando informação e atualização de conhecimentos aos associados.

Estamos trabalhando forte para realizar estes projetos e avançar cada vez mais na valorização da ORL e fortalecimento da ABORLCCF. Em sintonia com o adágio popular de que “o sucesso vem antes do trabalho apenas no dicionário”, estamos abrindo frentes.

MARCELO HUEB

Presidente da ABORL- CCF mmhueb @ aborlccf . org . br

Aproximando-nos do governo federal estamos obtendo apoio do Ministério da Saúde; aproximando-nos cada vez mais dos associados estamos desde já com o recorde de associados quites; aproximando-nos cada vez mais da população estamos obtendo um forte apoio da mídia. A presença na mídia neste início de gestão equivale, em termos de eventual compra deste espaço, a quase todo o orçamento da campanha para 2012!

Enfim, procurando aplicar em nossa gestão a filosofia da principal finalidade médica que é servir, tenho um grande prazer em estar à frente desta caminhada e contar com o apoio de todos para seguirmos nesta trajetória de sucesso para a ABORL-CCF. Um grande abraço.

sumário MAR/ABR 2012 16 Notícias 4 Entrevista sobre saúde vocal

Os Drs. José Eduardo Pedroso e Mara Gândara apresentam os principais programas que atuam na questão da voz dos trabalhadores brasileiros.

fotos: divulgação

9 Campanha Caminhos da

Otorrinolaringologia Confira todos os detalhes da abertura deste mega evento da ABORL-CCF.

14 Triagem Auditiva Neonatal

Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza.

Fique por dentro do Projeto Epidemiológico da ABORL-CCF.

20 Síndrome do Edifício Doente

Artigo escrito pelo Dr. Roberto Campos Meirelles.

24 História da ORL

Descubra a história do Implante Coclear no Brasil, com o artigo do Dr. Pedro Luiz Mangabeira Albernaz.

27 Por Dentro da ABORL-CCF

Conheça o trabalho das Comissões de “Título de Especialista” e “Residência e Treinamento”.

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ENTREVISTA

Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara Dr. José Eduardo de Sá Pedroso

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BOLETIM ABORL-CCF: Os problemas vocais

são responsáveis por um crescente número de afastamentos de natureza ocupacional.

Qual é o atual panorama deste quadro?

BA: Quais são os objetivos deste protocolo?

MG: O Protocolo DVRT é destinado a toda rede de atenção à saúde do SUS, facilitando a identificação dos casos de distúrbio da voz relacionados ao trabalho. Com base nas informações obtidas, os gestores locais poderão implantar práticas de vigilância de saúde do trabalhador por meio de protocolos de prevenção e medidas de intervenção, a fim de promover mudanças nos ambientes e processos de trabalho, visando a melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Ele apresenta a vigilância em saúde do trabalhador, definição, notificação, fatores de risco, epidemiologia, recomendações, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. E é importante que o otorrinolaringologista tenha conhecimento desse cenário.

O COMVOZ (Comitê Brasileiro Multidisciplinar de Voz Ocupacional) participou da elaboração do Protocolo.

Este documento esteve em consulta pública até o dia 16 de março, para que fossem sugeridas contribuições.

Solicitamos aos nossos colegas que enviassem sugestões ao documento e assim elas foram discutidas, organizadas e encaminhadas para todos os otorrinos do Brasil e, em nome da ABORL-CCF e da ABLV, para o Ministério da Saúde. O próximo passo é a discussão dentro do MS pelo grupo multiprofissional que envolve representantes do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), Conselho Federal de Fonoaudiologia e COMVOZ.

MARA GÂNDARA: Com relação aos problemas vocais,

a grande preocupação sempre foi os professores.

Mas não existem estudos epidemiológicos com outras profissões que utilizam a voz como instrumento de trabalho, nem normatização para os atendimentos desses distúrbios na rede pública. Existem muitos operadores de telemarketing que têm mais de um trabalho, apesar da legislação trabalhista estabelecer jornada de trabalho de seis horas diárias. E aí o que acontece? Ficam roucos e com dificuldade para falar. Aqueles que não têm planos de saúde, procuram o SUS e sem condições de exercer suas atividades laborativas, acabam se afastando pelo INSS. Os acidentes e doenças relacionados ao trabalho resultam em custos sociais elevados. Vejo hoje no cenário nacional que falta otorrino na rede pública, e que, o pouco que tem, não tem as devidas informações. Não existe a integração entre as equipes multidisciplinares que tratam dos problemas da voz. A meta do Protocolo dos Distúrbios

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BA: Há uma grande mobilização por parte

dos otorrinos diante de toda esta questão?

JOSÉ E. PEDROSO: Acredito que os otorrinos estão

participando mais disso, o que precisamos agora é que os colegas de todo o Brasil saibam como agir na notificação do trabalhador, na integração com o médico do trabalho e com a fonoaudióloga para conduzir o paciente. Todo o trabalho que está sendo feito visa melhorar a saúde do trabalhador, com a atuação conjunta das áreas multidisciplinares. Isto também irá criar um mercado de trabalho que favorecerá todos esses profissionais. Com o ressurgimento do interesse do DVRT, serão lançados os protocolos que vão nortear o atendimento e fazer com que o SUS possa ter as doenças da voz contempladas. A partir da 1ª Roda de Discussão em Saúde Vocal promovida, pudemos divulgar mais o trabalho que está sendo feito pelo Ministério da Saúde e também a função e o trabalho do COMVOZ.

fotoS: Zaca Feitosa

Trouxemos para esta edição, um bate-papo com o presidente da ABLV e com a presidente do Comitê de Defesa Profissional da ABORLCCF sobre a saúde vocal do trabalhador brasileiro e as comemorações da Semana da Voz. Confira!

de Voz Relacionados ao Trabalho (DVRT), em que temos trabalhado, é criar um formato de avaliação e notificação para que possamos ter um estudo epidemiológico da população.

BA: E por parte do Ministério da Saúde?

BA: Como são estes boletins?

MG: O Ministério da Saúde tem uma preocupação grande com a saúde do trabalhador. Estas ações passaram a ser competência do SUS em 1988, sendo criados os CERESTs, com ênfase nas ações preventivas, prestando assistência e orientando os trabalhadores acometidos por doenças e acidentes relacionados ao trabalho. Para que tivessem estudos epidemiológicos, eles criaram protocolos, fluxogramas e notificação compulsória dos agravos. Mas nunca houve nenhum movimento em relação à voz. O Protocolo DVRT é uma proposta a ser oficializada pelo MS, após as discussões e consenso pelos médicos otorrino, do trabalho e fonoaudiólogas.

MG: Os boletins do COMVOZ são mais detalhados e

organizados por assunto. Já fizemos o boletim número 1 e 2.

O boletim nº 1 aborda conceitos, o nº 2 traz a padronização da avaliação. Já estamos caminhando para o nº 3.

BA: Na última “Roda de Discussão em Saúde

Vocal”, o presidente da ABORL-CCF nomeou os senhores como organizadores de um curso itinerante que percorrerá as cidades brasileiras.

Conte-nos um pouco mais sobre este projeto.

JP: A ideia é participarmos na divulgação do Protocolo DVRT por todo o Brasil. Atuar junto às secretarias de saúde, participar de eventos e levar informações sobre o Protocolo.

BA: O COMVOZ é um órgão composto por diversas

associações que atua na questão da voz do trabalhador. Quais são os objetivos deste comitê?

JP: Os otorrinos, fonoaudiólogos e médicos do trabalho perceberam, há muito tempo, que as doenças da voz não eram contempladas como relacionadas ao trabalho. Com isso, entre 2001 e 2004, foi realizado o Consenso de Voz, que encaminhou o documento para o Ministério da Saúde e este ficou esquecido por todo esse tempo. O COMVOZ foi criado pelas sociedades científicas do país para continuidade das discussões sobre o distúrbio de voz relacionado ao trabalho, e para dar subsídios junto ao Ministério da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social para a elaboração de legislação para a voz. Durante a 1ª Roda de Discussão Vocal, criamos um vínculo e um compromisso com o MS, em especial com a saúde do trabalhador, em informar e conscientizar os otorrinos de todo o Brasil da importância do Protocolo DVRT. MG: O COMVOZ é um comitê multidisciplinar formado na ocasião do Congresso Mundial de ORL, realizado em São Paulo, em 2009. O objetivo é dar conhecimento a comunidade médica e afins, das doenças referentes à voz ocupacional, subsidiar técnica e cientificamente a sociedade brasileira como referência às necessidades inerentes à voz do trabalhador, revisar e atualizar o Consenso Nacional de Voz, e adequá-lo de acordo com as necessidades legais das especialidades envolvidas. Uma das metas do nosso comitê foi aproximar as áreas multidisciplinares do trato da saúde vocal, pois não existe nenhuma legislação neste sentido, nem tampouco estudos epidemiológicos para proteger e direcionar o profissional que tem a voz como instrumento de trabalho. Nosso grande objetivo foi justamente criar boletins em plena concordância com essas áreas, para que possamos saber a melhor forma de atuar.

BA: Quando este boletim chegar às mãos dos associados, a Academia Brasileira de Laringologia e Voz estará realizando uma extensa programação durante a Semana da Voz, em conjunto com a campanha “Caminhos da Otorrinolaringologia”. Fale um pouco desta edição.

JP: A Semana da Voz foi criada em 1999, na gestão do Dr. Nédio Steffen. O objetivo é conscientizar a população do quão importante é a voz no dia a dia. Mostramos para as pessoas como fazer um bom uso deste importante instrumento e como se proteger das principais doenças que o atingem.

Queremos esclarecer para a população a importância de procurar um otorrinolaringologista sempre que tiver alguma alteração vocal, seja ela dor ou dificuldade de engolir, respirar ou rouquidão por um prazo maior que duas semanas.

A programação deste ano envolve muitos eventos para comemoração do Dia da Voz, coordenadores regionais em todo o Brasil e a participação de cerca de 100 centros de atendimentos. Basicamente, os atendimentos envolvem um diagnóstico do quadro e o encaminhamento para os serviços competentes. A participação da atriz Deborah Secco como divulgadora da campanha “Caminhos da Otorrinolaringologia” e das campanhas das supras, ajuda na divulgação na mídia, com aparição em TVs, rádios, jornais e revistas, em nível nacional. Ela estampa grande número de cartazes e folders.

Além disto, o tradicional evento no parque do Ibirapuera, em São Paulo, com a laringe gigante para visitação pública e também os protótipos do nariz e ouvido, integrantes da campanha “Caminhos da Otorrinolaringologia”, da ABORL-CCF. Leia matéria completa sobre a “1ª Roda de Discussão em Saúde Vocal” na página 7.

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notícias

aborl-ccf

ABORL-CCF inicia V Curso de Polissonografia

Prova de Título de Especialista 2012 - ABORL-CCF

IDrs. Edilson Zancanella, José Antonio Pinto e Michel Cahali

da Comissão de Título de Especialista da

ABORL-CCF

D

urante os dias 3 e 4 de março, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial realizou sua 42ª prova anual para obtenção de Título de Especialista em

Otorrinolaringologia. A sede da Fecomercio, em São Paulo, recebeu 240 candidatos vindos de vários estados do país. O exame é hoje uma das formas de reconhecimento do médico como especialista em ORL, sendo a outra a titulação pelo MEC. O concurso contou com a participação dos membros da Comissão de Título de Especialista da ABORL-CCF e a supervisão da prova ficou a cargo do diretorpresidente da Comissão de Título de Especialista, Dr. Reginaldo Fujita.

Na abertura do evento, ele falou sobre as principais conquistas da comissão e lembrou o trabalho dos responsáveis por dignificar o título de especialista da ABORL-CCF ao longo dos anos. “A partir deste momento, quem passar na prova estará habilitado para exercer a otorrinolaringologia. Este é um passaporte que vocês estão adquirindo e que a gente gostaria que, daqui a 4 ou 5 anos, muitos de vocês possam fazer parte da comissão para nos ajudar na avaliação dos candidatos. São conquistas que todos os que passarem irão valorizar, assim como irão valorizar a ORL nacional”, afirmou.

A prova teórica realizada na manhã do sábado (3), foi composta por 100 questões, que abordaram temas das principais áreas da otorrinolaringologia. No domingo (4), durante a parte teóricoprática, os candidatos foram divididos em três turmas e tiveram que resolver cinco casos clínicos, com avaliação de uma banca de examinadores formada por representantes dos serviços reconhecidos pela ABORL-CCF de diversas regiões do Brasil.

Apesar da ansiedade, os candidatos estavam com ótimas expectativas e julgavam-se preparados para o desafio. Com um critério de alto rigor e excelência, as provas correram em um clima de tranquilidade e transparência. Após a avaliação dos recursos enviados pelos candidatos e aceitação dos pertinentes, a prova teórica e teórico-prática foi corrigida três vezes, finalizando com a aprovação de 202 candidatos.

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E

ntre os dias 17 e 18 de março, otorrinolaringologistas de todo o país estiveram na sede da ABORL-CCF para a abertura do V Curso de Polissonografia. O primeiro final de semana do curso anual, que realiza aulas mensais, teve a presença dos coordenadores Dr. Michel Cahali, Dr. Edilson Zancanella e Dr. José Antonio Pinto.

Em 2011, a Associação Médica Brasileira reconheceu a medicina do sono como área de atuação da otorrinolaringologia, e hoje a especialidade já oferece o melhor curso de polissonografia do país. “Graças ao trabalho da ABORL-CCF, que é uma das entidades mais competentes em termos associativos, a AMB reconheceu a atuação dos otorrinos”, contou o Dr. Michel Cahali.

“Ao longo destes cinco anos, o Curso de Polissonografia da ABORL-CCF chegou a um formato muito perto do excelente mundial”, completou o coordenador. Segundo ele, a evolução do curso permitiu que se tornasse um modelo a ser seguido por outras especialidades.

Este ano, o Dr. Edilson Zancanella é o grande responsável pelo conteúdo do curso, que tem como diferencial a presença de um professor e de mais dois técnicos de polissonografia com experiência para esclarecerem dúvidas e ajudarem em todos os assuntos. “Queremos formar profissionais de referência no estudo de Medicina do Sono. Confiamos no que vocês irão fazer, porque confiamos no que vamos ministrar”, disse o Dr. Cahali à plateia.

Os principais tópicos da Medicina do Sono serão abordados neste curso, com destaque para as doenças mais frequentes que afetam o sono da população, como apneia do sono, insônia, parassonia e síndrome das pernas inquietas. “Este não é só um Curso de Polissonografia, mas um curso de Medicina do Sono. Vocês vão aprender sobre insônia, distúrbios do sono e outros distúrbios relacionados a ele nas suas mais diversas causas e tipos”, afirmou o Dr. José Antônio Pinto. Este ano, o curso formará 45 especialistas em leitura de polissonografia.

fotos: Zaca Feitosa

IMembros

Saúde vocal do trabalhador brasileiro é colocada em pauta

M

embros da ABORL-CCF e convidados se reuniram no dia 4 de fevereiro, na sede da Associação, para realização da “1ª Roda de Discussão em Saúde Vocal”. O encontro apresentou o atual panorama da saúde vocal do trabalhador brasileiro e os principais métodos desenvolvidos pelo SUS no que diz respeito ao assunto.

Com a casa cheia, contou com a presença especial do Prof. Dr. Paulo Pontes; o deputado federal Saraiva Felipe; a Dra. Mara Gândara, presidente do Comitê de Defesa Profissional da ABORL-CCF; Luciana Amorim, consultora técnica da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde; o Dr. João Alberto Montes, representando a Associação Brasileira de Medicina do Trabalho; o Dr. Marcelo Hueb, presidente da ABORL-CCF e o Dr. José Eduardo Pedroso, presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz. De acordo com o Prof. Dr. Paulo Pontes, homenageado durante o evento, “a discussão proposta é de extrema importância, pois mostra que isso não é só um caso de saúde do profissional, mas também um problema social dehexomedine.pdf saúde do Brasil e1 do 09/03/12 mundo”, disse. anuncio 10:52O Dr. Marcelo Hueb

Irritou...

BR-HEX-12.02.01 - Março / 2012

Praticidade: Spray para aplicação dirigida.

Dr. Marcelo Hueb, presidente da ABORL-CCF, I fala durante 1ª Roda de Discussão em Saúde Vocal

também falou sobre a importância do evento para Associação: “Além de trazer pessoas para conhecerem nossa sede, estamos tratando de assuntos que se revestem de uma importância enorme. Reunimos aqui quem legisla, quem estuda, quem trata e quem trabalha em prol da saúde da população”. Um dos pontos altos do evento foi a exposição do Projeto de Lei 2776/2011, do deputado federal Saraiva Felipe. Ele trata da política nacional de preservação da saúde vocal dos professores de ensino público e privado, e está em relatoria. Outro momento importante foi a apresentação do “Protocolo dos Distúrbios da Voz Relacionados ao Trabalho” (DVRT), por parte da assistente social Luciana Amorim. O documento orienta os médicos da rede pública quanto às medidas de controle da Saúde do Trabalhador pelo Ministério da Saúde. Destaque ainda para a palestra da Dra. Mara Gândara, sobre o COMVOZ, o comitê que reúne as principais sociedades científicas do país que englobam a questão da voz do trabalhador. O encontro também foi enriquecido com as palestras da Dra. Adriana Hachiya, médica otorrinolaringologista especialista em voz e do Dr. João Alberto Montes, médico do trabalho.

Ação rápida e ef icaz nas irritações da orofaringe.

Estomatites 2 Faringites 2 Aftas 2

Ação anestésica local:2

Ação antisséptica:2

Alívio rápido da dor e da irritação local.1

Inibição da proliferação bacteriana.1

1

Aprovado para crianças acima de 3 anos de idade.2 POSOLOGIA

Hexomedine na campanha pela

VOZ

Aplicar 3 nebulizações com intervalo de até 4 horas

HEXOMEDINE® (isetionato de hexamidina / cloridrato de tetracaína). INDICAÇÕES: Tratamento local das inflamações limitadas à cavidade oral e orofaríngea: faringites, aftas, estomatites e anginas. CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com hipersensibilidade ao isetionato de hexamidina, cloridrato de tetracaína ou aos demais componentes do produto. HEXOMEDINE está contraindicado para uso em crianças menores de 3 anos, devido ao risco de laringo-espasmo. REAÇÕES ADVERSAS: Sensibilização ao isetionato de hexamidina e anestésicos locais com risco de reações anafiláticas. Insensibilidade momentânea da língua e possibilidade de redução do reflexo faríngeo PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: Atenção diabéticos: contém açúcar (253 mg/mL de açúcar líquido).

Devido à possibilidade de hipersensibilidade da região orofaríngea causada pelo uso de HEXOMEDINE com redução do reflexo faríngeo, não se deve administrá-lo antes da alimentação ou ingestão de bebidas e deve-se ter cautela quando da administração deste medicamento em crianças menores de 12 anos de idade. Não deve ser utilizado por mais de 5 dias, visto o maior risco de proliferação bacteriana ou fúngica. O tratamento prolongado ou repetido da mucosa pode expor os pacientes aos efeitos da toxicidade sistêmica relacionada aos anestésicos locais. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Deve-se evitar o uso concomitante com outros antissépticos, devido à possibilidade de interação medicamentosa (antagonismo, inativação, etc). POSOLOGIA: Aplicar 3 (três) nebulizações, direcionadas para a orofaringe, até de 4 em 4 horas. Cada nebulização contém 0,10 mL de colutório. USO ADULTO E PEDIÁTRICO (ACIMA DE 03 ANOS DE IDADE). "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA". Farm. Resp. Antonia A. Oliveira CRF-SP nº 5854. Data revisão: 07/04/09. MS n° 1.1300.0076. “Para maiores informações antes de sua prescrição, favor ler bula completa do produto”.

Referências: 1) Hamann KF. Critical report on an ENT study of hexamidine plus tetracaine in laryngitis. Therapiewoche. 1983;33(42):5584-90. 2) Bula do Produto.

Contraindicação: Pacientes com hipersensibilidade ao isetionato de hexamidina, ao cloridrato de tetracaína ou outros anestésicos tópicos e aos demais componentes do produto. Interação Medicamentosa: Deve-se evitar o uso simultâneo ou sucessivo de outros antissépticos.

agenda

do

Otorrino

3 a 5 de Maio de 2012 2 Rinisseptoplastia Funcional – São Paulo (SP) 4 de Maio a 7 de Dezembro de 2012 2 Curso de Cirurgia Endoscópica Nasal e dos Seios Paranasais do HCFMRP-USP – Ribeirão Preto (SP) 4 a 5 de Maio de 2012 2 2º Simpósio Capixaba de ORL – Vitória (ES) 5 de Maio de 2012 2 PROar – Programa de Atualização em Rinossinusite – Caxias do Sul (RS) 7 de Maio de 2012 2 Curso Básico de Anatomia e Fisiologia em ORL – Curitiba (PR) 9 a 12 de Maio de 2012 2 7th Internacional IFFPSS Conference – Roma (IT) 10 a 11 de Maio de 2012 2 Curso de Cirurgia Endoscópica Endonasal Avançado – UFBA – Salvador (BA) 12 de Maio de 2012 2 PROar – Programa de Atualização em Rinossinusite – Londrina (PR) 15 a 18 de Maio de 2012 2 V Curso Integral de Neuro-Otologia – Buenos Aires/Brasil 16 de Maio de 2012 2 IV Encontro entre Médicos Otorrinolaringologistas e Pacientes – São Paulo (SP) 16 a 17 de Maio de 2012 2 XXVII Curso de Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal – Porto Alegre (RS) 17 a 18 de Maio de 2012 2 VI Workshop em Exames Endoscópicos Ambulatoriais em ORL – São Paulo (SP) 17 a 19 de Maio de 2012 2 1º Curso Internacional de Imersão em Cirurgia Esquelética da SAOS do Hospital Alemão Oswaldo Cruz – São Paulo (SP) 18 de Maio a 25 de Agosto de 2012 2 I Curso Teórico-Prático de Otoneurologia do Hospital Otorrinos – Feira de Santana (BA) 18 a 20 de Maio de 2012 2 III Congresso Pernambucano de Otorrinolaringologia – Gravatá (PE) 18 a 19 de Maio de 2012 2 III Curso Teórico-Prático de Rinoplastia Avançada – São Paulo (SP) 19 de Maio de 2012 2 PROar – Programa de Atualização em Rinossinusite – Fortaleza (CE) 19 de Maio de 2012 2 XII Jornada de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí – Itaperuna (RJ) 25 de Maio de 2012 2 I Jornada de Imersão em Otorrinolaringologia da Bahia – Salvador (BA) 26 de Maio de 2012 2 PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista – Brasília (DF) 29 de Maio de 2012 2 OTOWEB - Antimicrobianos - Uso Racional – Todo o Brasil 31 de Maio de 2012 2 Educação Continuada em Cirurgia Crânio Maxilo-Facial – Curitiba (PR) 31 de Maio a 2 de Junho de 2012 2 XXXIX Conventus Societas ORL Latina – Foz do Iguaçu (PR) 31 de Maio a 2 de Junho de 2012 2 11º Congresso da FORL - Foz do Iguaçu (PR) 7 a 9 de Junho de 2012 2 New Frontiers in Skull Base Surgery – I Skull Base Surgery Brazilian Congress – Porto Alegre (RS)

Mais informações você pode conferir no site www.aborlccf.org.br/conteudo/eventos

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Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

especial Caminhos da ORL

ABORL-CCF promove encontro de gigantes

ILaringe, nariz e

ouvido gigantes instalados no parque Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro abre série de exposições da campanha Caminhos da Otorrinolaringologia, uma iniciativa inédita que movimentará todo o país. Confira nas páginas seguintes, todos os detalhes deste Mega Evento!

OS GIGANTES CHEGARAM Sob um sol de quase 35°C, a Cidade Maravilhosa brindou a chegada da carreta Caminhos da Otorrinolaringologia com uma belíssima manhã de outono, no último dia 5 de abril. Em meio ao corre-corre e muito trabalho, aos poucos, um ouvido, um nariz e uma laringe gigantes foram ganhando forma, surpreendendo até quem acompanhou de perto cada etapa do projeto. “Assistir ao desembarque dos infláveis e ver tudo se ajeitando, foi ver um grande sonho da nossa especialidade acontecer. E o melhor foi participar ativamente disto, vendo que o árduo trabalho que tivemos valeu em cada segundo”, afirmou o idealizador e coordenador do projeto, Dr. Marcelo Hueb.

foto: Paulo Vargas

SUCESSO DE PÚBLICO E MÍDIA Até quem chegou de avião à capital carioca, pôde avistar os três infláveis da Campanha, montados no meio do parque Quinta da Boa Vista, tendo ao fundo a linda imagem do Museu Nacional. Crianças, adultos, leigos e especialistas;

não houve quem não se interessasse pelos gigantes instalados bem ali, de frente para os seus “narizes”. Cerca de 8 mil pessoas lotaram o local no primeiro final de semana da ação, encerrada no dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. Celebrando a data, o evento contou com atendimentos ao público para esclarecimento de dúvidas, aulas médicas e atrações de entretenimento. Tudo para destacar a importância do médico otorrinolaringologista e garantir mais saúde e qualidade de vida à sociedade.

A iniciativa também ganhou expressivo destaque na mídia, com aparição no importante telejornal brasileiro: Jornal Nacional. Também cobriram o evento o RJTV Assista ao vídeo da matéria no JN: http://g1.globo.com/ jornal-nacional/videos/t/ edicoes/v/feira-norio-de-janeiro-mostraos-cuidados-que-sedevem-ter-com-a-voze-audicao/1893962/

Siga os perfis da Campanha no FB e TT, e confira os vídeos no canal oficial da ABORLCCF no YouTube: facebook.com/ caminhosdaorl twitter.com/ caminhosorl youtube. com/aborlccf

Boletim ABORL-CCF mar_abr

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Especial Caminhos da ORL YDr. Marcelo Hueb

discursa durante cerimônia de abertura oficial da Campanha

IBrinde da ABORL-CCF

I Dr. Marcelo

e Supras - Drs. Wilma Anselmo Lima (ABR), José Eduardo Pedroso (ABLV) e Marcelo Hueb

Piza, Dr. Jair de Castro, Dr. Marcelo Sessim e famílias

IEquipes da ABORL-

YDr. Leonardo Sá,

Dr. Marcelo Hueb e Dr. Geraldo Gomes

SOLENIDADE DE ABERTURA OFICIAL Na noite de quinta-feira (5), membros da Diretoria da ABORL-CCF e convidados estiveram no belíssimo salão de eventos do Windsor Atlântica Hotel, em Copacabana, para solenidade de abertura oficial da Campanha Caminhos da Otorrinolaringologia. Após o coquetel de boas vindas, foi apresentado um making off com toda trajetória percorrida até a realização do primeiro evento da Campanha. Na sequência, organizadores e coordenadores discursaram à plateia, falando - principalmente - sobre a importância da iniciativa para a população e para a classe médica. O Dr. Fábio Lorenzetti foi o mestre de cerimônias, e, na sequência, falaram os Drs. Jair de Castro, responsável pelo convite feito à atriz Deborah Secco como musa da Campanha; Marcelo Sessim, intermediador do

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encontro da ABORL-CCF com o ministro da saúde, Alexandre Padilha; Leonardo Sá, que junto ao idealizador da Campanha estará coordenando nacionalmente a mesma; Geraldo Gomes, representando a Sociedade de Otorrinolaringologia do Estado do RJ (SORL-RJ); e, por fim, o presidente Marcelo Hueb, que em emocionante discurso, lembrou o incansável trabalho até que um sonho de muitos anos começasse a ser real.

PARTICIPAÇÃO DOS ESPECIALISTAS Cerca de 70 otorrinos, dentre associados e residentes, participaram da primeira ação da “Caminhos da ORL”, no Rio de Janeiro. O presidente da ABORL-CCF falou da importância da mobilização dos colegas otorrinolaringologistas para o sucesso da Campanha. “Contamos com apoio essencial e somos muito gratos à Sociedade Carioca de ORL, exemplarmente representada pelo incansável amigo Leonardo Sá e pelo amigo Geraldo Gomes, além de consagrados colegas da especialidade. A união de todos estes esforços culminou no sucesso absoluto do primeiro passo da nossa caminhada, que está apenas começando”, disse.

fotos: Paulo Vargas

(Globo Rio), a TV Bandeirantes, TV Brasil; os jornais O Globo, Extra, Jornal do Brasil, O Dia; a revista Veja, o portal Globo.com e inúmeros outros portais, além de redes de rádio estaduais e nacionais de grande abrangência como a Record, Copacabana, Roquette Pinto; dentre diversos outros veículos de grande repercussão nacional.

CCF e Sintonia Comunicação

I Dr. Leonardo

Sá e equipe da TV Brasil

Repórter do2 Jornal Nacional entrevista o presidente da ABORL-CCF

mEquipe de

YIntensa participação

residentes e associados da ABORL-CCF durante o primeiro dia de evento

do público na Campanha

mA belíssima

Deborah Secco abraça a Campanha Caminhos da ORL

TV Brasil 2 entrevista o Dr. Marcelo Piza

PRÓXIMOS DESTINOS

A Campanha Caminhos da Otorrinolaringologia também contou com o apoio da talentosa atriz Deborah Secco, que agraciou a ação estampando folders, cartazes, vídeos e todo o material gráfico da campanha. Em entrevista exclusiva durante as fotos, Deborah destacou o valor da inciativa, como forma de conscientização pública e a importância de se procurar um médico otorrinolaringologista. “Precisamos conhecer melhor essas áreas e suas ligações, os “Caminhos da Otorrinolaringologia”. Esta palavra que parece difícil, traz explicações bastante simples e formas de prevenção muito mais fáceis de entender e aplicar no nosso dia a dia”, declarou.

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ES RJ

foto: dreamstime

MADRINHA DA CAMPANHA

Após a passagem pelo Rio de Janeiro, a Campanha Caminhos da ORL ainda percorrerá mais 8.418 quilômetros pelo Brasil, passando por 12 estados e 16 cidades: São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Uberaba, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Salvador, Fortaleza, Natal e Recife.

Confira roteiro e datas das exposições no site oficial da Campanha: http://www.caminhosdaorl.org.br/roteiro.asp

SC RS

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notîcias

especiais

IMembros da Diretoria ABORL-CCF durante audiência em Brasília

Ministério da Saúde abre Reunião entre a Diretoria da Associação e o ministro Dr. Alexandre Padilha marca nova era de relacionamento com o governo federal

A

udiência em Brasília, realizada no dia 6 de março, estreitou a relação da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial com o Ministério da Saúde. Solicitada pelo presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, a reunião teve um desfecho muito produtivo, dando início a uma nova era de relacionamento do governo federal com a entidade médica.

O ministro da saúde, Dr. Alexandre Padilha, recebeu com entusiasmo a comissão da ABORL-CCF, formada pelo Dr. Marcelo Miguel Hueb; o diretor secretário-geral, Dr. Fábio Tadeu Moura Lorenzetti; o diretor primeiro vice-presidente, Dr. Agrício Nubiato Crespo; o assessor do diretor secretário-geral, Dr. Leonardo Conrado Barbosa de Sá e o Dr. Márcio Nakanishi, membro da ABORL-CCF que reside na capital federal. O encontro aconteceu através da coordenação do assessor do presidente para assuntos governamentais, Dr. Marcelo Sessim,

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do deputado federal Simão Sessim e do secretário do ministro da saúde, Helvécio Miranda Magalhães Junior.

A trajetória teve início no gabinete do deputado Simão Sessim, que recebeu os representantes da ABORL-CCF com extrema gentileza e os conduziu para a audiência no Ministério da Saúde. “A longa caminhada na concretização desta parceria contou também com reuniões anteriores com os Ministros da Saúde Saraiva Felipe, José Agenor e José Temporão”, lembrou o Dr. Marcelo Hueb.

Projetos apresentados Extremamente produtiva, a audiência do Ministério da Saúde com os membros da Diretoria da ABORLCCF durou exatos 35 minutos e foi marcada pela apresentação de 3 importantes propostas. Confira.

2 Apoio à Campanha Caminhos da Otorrinolaringologia A Campanha Caminhos da Otorrinolaringologia, idealizada este ano pela ABORL-CCF, foi apresentada ao ministro Alexandre Padilha e recebida com muita admiração.

O presidente da ABORL-CCF pediu o apoio oficial do governo federal à iniciativa e, em resposta a proposta, as

IPresidente da

IMinistro da saúde autografa camiseta da Campanha Caminhos da ORL

ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, recebido pelo Ministro Alexandre Padilha

as portas para a ABORL-CCF entidades firmaram uma parceria de altíssimo nível para a campanha, que acontecerá nos próximos oito meses.

Segundo o Dr. Marcelo Hueb, esta foi uma abertura de fundamental importância para a otorrinolaringologia nacional. “O apoio do Ministério da Saúde à Campanha reforça nosso propósito e estimula a nossa associação a percorrer os ‘Caminhos da Otorrinolaringologia’ com a população do país”, disse o presidente.

Após a reunião, em declaração oficial, o Ministério da Saúde informou que reconhece a importância do projeto, que apresenta forte caráter social e educativo na busca da prevenção de doenças.

“Por meio da campanha, são ensinadas medidas preventivas com qualidade e clareza de informações acessíveis a todas as classes sociais”, pontuou.

fotos: Erasmo Salomão

2 Projeto de Consulta Epidemiológica Outro ponto apresentado ao ministro pelo Dr. Marcelo Hueb foi o “Projeto Epidemiológico da ABORLCCF”, que tem como objetivo mapear a realidade otorrinolaringológica do país. A ideia foi muito bem recebida pelo Dr. Alexandre Padilha, pois oferece suporte para o direcionamento das políticas públicas de saúde.

Além do apoio ao projeto, o Ministério demonstrou interesse no Censo 2012 que está sendo realizado pela Associação, como uma fonte de informação e comparação com os dados obtidos nos estudos epidemiológicos da população.

2 Cursos itinerantes de integração da ORL com o SUS Ao apresentar a proposta de ministrar cursos itinerantes pelo país divulgando as ações de integração da otorrinolaringologia com o SUS, o ministro Alexandre Padilha convidou a ABORL-CCF para participar de comissões que estão sendo formadas para atuação conjunta com outras sociedades de especialidades.

“Esta estreita relação do Ministério da Saúde com as sociedades de especialidade melhora a qualidade de informação e faz com que a população conheça as diretrizes das Políticas Públicas do Sistema Único de Saúde, relacionadas à otorrinolaringologia, além de esclarecer quanto aos serviços de saúde oferecidos”, afirmou o Dr. José Eduardo Fogolin, coordenador Geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, após o encontro.

Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

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artigo

médico

Neonatal

Por Marcelo Ribeiro de Toledo Piza

V

ocê sabia que a perda auditiva é a patologia mais frequente entre as doenças congênitas, chegando a ser 30 vezes mais identificada do que a fenilcetonúria e 15 vezes mais que o hipotireoidismo congênito? O diagnóstico das perdas auditivas congênitas e sua intervenção iniciada até os seis meses de idade possibilitam o desenvolvimento da criança deficiente auditiva similar ao de uma criança ouvinte na mesma faixa etária, com relação à linguagem oral, habilidades pessoais, sociais e acadêmicas (um vocabulário de tamanho e expressividade melhores e consequente desenvolvimento adequado da fala e linguagem).

A finalidade da triagem auditiva neonatal é identificar as crianças que possam apresentar perda auditiva igual ou maior do que 35dBNA que, quando não identificada precocemente, pode causar atrasos no desenvolvimento da fala e linguagem destas crianças. Basicamente, dois métodos são utilizados na triagem auditiva neonatal: o teste das emissões otoacústicas (EOA) evocadas por estímulos transientes ou por produtos de distorção, também conhecido como teste da orelhinha, e o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE ou BERA).

O teste das EOAs é o de escolha para realizar a triagem auditiva em neonatos sem indicadores de risco para perda auditiva, segundo o Joint Committee on Infant Hearing, 2007. Quando estes indicadores estiverem presentes, o PEATE é obrigatório.

O teste das EOA é objetivo, rápido, indolor, confiável e de baixo custo. Aproximadamente 98% dos bebês testados passam no exame sendo que, quando o teste é realizado nos primeiros dois dias de vida esse percentual é menor, podendo chegar a 10% a taxa de falha em alguns serviços.

No processo diagnóstico, em neonatos, a incidência de perdas condutivas é muito maior que perdas sensoriais. Essas perdas condutivas são temporárias e a maior parte das falhas no teste de EOA pode ser atribuída à presença de debris ou vernix caseoso nos condutos auditivos do recém-nascido

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foto: divulgação

Triagem Auditiva

ou a problemas transitórios da orelha média, como efusão persistente ou restos mesenquimais embrionários que tendem a desaparecer espontaneamente com o desenvolvimento da criança. Nestes casos, uma avaliação otoscópica da orelha média é recomendada, mas não é fácil de realizá-la, em virtude da anatomia do canal auditivo e da membrana timpânica do bebê. Deve preferencialmente ser realizada sob microscopia ou com um endoscópio rígido apropriado.

A imitanciometria não ajuda muito na avaliação da orelha média, pois a maioria dos equipamentos usados nas clínicas utiliza a frequência de 226Hz, que não está indicada em bebês menores do que quatro meses. Até esta idade a variação de até 70% no volume do conduto auditivo externo que ocorre durante a realização do exame, em suas fases de aumento e diminuição da pressão para mobilizar a membrana timpânica, pode causar resultados falso-positivos e falso-negativos. Desta forma, podemos ter curvas timpanométricas normais em orelhas médias com efusão e curvas alteradas em orelhas médias normais.

Alguns equipamentos para pesquisa das emissões otoacústicas são capazes de realizar uma nova modalidade de exame, a reflectância de banda larga. Esta tecnologia estuda basicamente a capacidade da orelha média de absorver e refletir sons, sem causar nenhuma variação de pressão no canal auditivo externo, podendo nos dar uma medida objetiva da função da orelha média. Assim, dependendo da quantidade de som refletido pela orelha média, pode-se avaliar a possível presença de efusão em casos que falharam nas EOAs devido a uma dificuldade de condução retrograda do som, ou levantar a possibilidade de patologia coclear quando o resultado deste exame está normal.

A falha no teste costuma causar muita ansiedade nos pais.

Uma forma de se prevenir disto é orientá-los, antes de se iniciar o teste, que muitas vezes alguns bebês não passam neste primeiro exame devido à presença de líquido remanescente nos ouvidos, algo comum nesta idade. Após um exame normal, os pais recebem um impresso com orientações de como é o desenvolvimento esperado da fala e audição até os três anos de idade, recomendando-se um retorno caso ocorra algum desvio deste padrão. Quando o resultado é de falha neste primeiro exame, um reteste é agendado para ser realizado em até 30 dias.

Se ocorrer falha no reteste, um novo exame deverá ser marcado em um novo prazo de no máximo 30 dias. Neste segundo reteste, o exame de EOA poderá ser refeito inicialmente, mas pensando-se na possibilidade de haver algum tipo de perda auditiva, um PEATE / BERA já deverá ter sido agendado para a mesma ocasião, agora não mais como um método de triagem, mas sim com caráter diagnóstico.

A grande vantagem do PEATE é que ele permite determinar os limiares auditivos do bebê e ao mesmo tempo avaliar a integridade neurofisiológica e maturação das vias auditivas do tronco encefálico, mesmo quando existe algum comprometimento condutivo leve da orelha média, causando falha na EOA. Nos bebês que apresentam indicadores de risco para deficiência auditiva, pode-se utilizar uma técnica combinada, sempre se realizando o PEATE e associando às EOAs, para se avaliar a possibilidade de comprometimento neural associado, como nos casos da desordem do espectro da neuropatia auditiva.

Nesta idade, o PEATE pode ser feito com a criança dormindo em sono fisiológico. O exame deve ser agendado preferencialmente em um horário que a criança costuma dormir e entre mamadas.

No caso de uma criança que dorme pouco durante o dia, a mãe deve acordá-la mais cedo que de costume e mantê-la acordada até o horário do preparo do exame, deixando para alimentá-la na hora do mesmo. Cuidado especial deve ser tomado durante o transporte até o local da avaliação, para que a criança não durma no carro. Se a criança chegar para o exame dormindo e já alimentada, poderá acordar durante a limpeza da pele e colocação dos eletrodos e não dormir, podendo prejudicar a realização do teste. Ao chegar à clínica, a pele é limpa, os eletrodos do PEATE são colocados e então a criança pode mamar, dormir e podemos iniciar a avaliação com o exame de EOA novamente, levando-nos a dois cenários: (1) Se nova falha ocorrer, o PEATE com pesquisa de limiares auditivos é realizado, utilizando estímulo clique. Se não houver respostas ao clique, deve-se prosseguir na investigação eletrofisiológica utilizando estímulos com especificidade de frequência, denominados tone burst, e de forma complementar à pesquisa dos potenciais evocados auditivos de estado estável com estímulo tom puro modulado; (2) se a criança passar nas EOAs, realiza-se o PEATE com estímulo clique em intensidade supraliminar (80-85dBNA) para avaliar a integridade neurofisiológica e a maturação das vias auditivas do tronco encefálico, sem a necessidade de pesquisa de limiares.

Devemos lembrar que eventualmente existem crianças, principalmente as prematuras, que não apresentam resposta no PEATE em decorrência da imaturidade das vias auditivas, e os demais exames não permitem definir com segurança a presença de perda auditiva. Nestes casos, o profissional deve ser extremamente cauteloso, indicando o início do processo de estimulação da função auditiva com o fonoaudiólogo e reavaliação audiológica para acompanhamento do desenvolvimento da função auditiva, com testes comportamentais, eletroacústicos e eletrofisiológicos. Neste período, se o profissional observar

atraso no desenvolvimento da função auditiva e linguagem oral, a intervenção com o uso do aparelho auditivo de amplificação sonora individual deve ser indicada.

As crianças devem ter um diagnóstico de normalidade ou deficiência até, no mais tardar, os seis meses de idade. No caso de deficiência auditiva, a avaliação comportamental associada à terapia diagnóstica com aparelhos de amplificação sonora deve ser iniciada por um fonoaudiólogo competente, especializado no tratamento destes pequenos pacientes, o que possibilitará a definição do grau da perda auditiva com mais precisão. Importante ressaltar que, a adequada indicação e ajuste do aparelho auditivo de amplificação sonora individual dependem desta definição dos limiares auditivos, pois, só assim, poderá se ter segurança para dizer que não há benefícios com o aparelho auditivo e indicar o implante coclear.

Cabe lembrar que a responsabilidade da detecção precoce da surdez infantil não cabe exclusivamente ao otorrinolaringologista ou fonoaudiólogos, profissionais que usualmente realizam a triagem auditiva em hospitais, mas, sim a um conjunto de especialistas como o obstetra, o neonatologista, o neurologista e principalmente ao pediatra, nosso maior aliado, que deve encaminhar todas as crianças, com ou sem indicadores de risco, para a realização de um teste objetivo, rápido, não invasivo e barato.

Por fim, não devemos esquecer que os familiares das crianças que passam no teste da orelhinha devem ser orientados quanto ao desenvolvimento normal da audição durante a infância e tanto os familiares quanto os educadores têm um papel importante na suspeita de um problema auditivo que pode aparecer mais tardiamente.

TODOS OS RECÉM-NACIDOS

1 MES TESTE até 30 dias de vida Emissão Otoacústica PEATE

1 MES Re-teste

ORL

INFORMAÇÃO SOBRE DESENVOLVIMENTO AUDITIVO E LINGUAGEM

PEATE DIAGNÓSTICO EOA Avaliação comportamental

ALTA & ACOMPANHAMENTO

INTERVENÇÃO + PROGRAMA DE HABILITAÇÃO (6 MESES)

PASSA FALHA

RECÉM-NASCIDOS COM INDICADORES DE RISCO

PEATE OBRIgATÓRIO + acompanhamento até os 3 anos de idade

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notícias

aborl-ccf

Projeto Epidemiológico

2012

Estudo da ABORL-CCF pretende mapear a realidade otorrinolaringológica do país

D

entre os diversos planos da gestão 2012 do presidente Dr. Marcelo Hueb, a elaboração de um projeto epidemiológico para a ABORLCCF sempre esteve entre as principais metas.

O objetivo maior do trabalho é descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com doenças otorrinolaringológicas no Brasil, avaliando a prevalência regional, geopolítica e sazonal destes males.

Dada a alta prevalência das doenças que afetam os ouvidos, nariz, garganta, região cérvico-facial e áreas correlatas, o acesso a estes números é de importância fundamental para ações de orientação e direcionamento das políticas públicas e privadas de saúde no país. Além disso, também contribui para consultas e atividades junto ao Ministério da Saúde, que apoia esta iniciativa da Associação.

“O conhecimento da prevalência das doenças deve estar relacionado ao total de médicos otorrinolaringologistas no Brasil, à população brasileira e à proporção entre estes. Para isso, a ABORL-CCF também está realizando um novo censo neste ano para atualização da realidade otorrinolaringológica nacional e comparação com os dados obtidos deste estudo”, completou o Dr. Marcelo Hueb.

Etapas do Projeto No início do ano, a Associação elaborou um plano de consulta, com uma proposta de benefícios para aqueles que participassem do projeto. As inscrições foram abertas para associados quites com a anuidade 2012 e serviços de especialização e residência reconhecidos pela ABORL-CCF, e contou com 412 médicos participantes

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e 43 serviços reconhecidos como inscritos no projeto.

A ABORL-CCF solicitou aos seus associados que preenchessem um formulário padrão de dados referentes aos pacientes atendidos. Estes relatórios incluem as iniciais do paciente, data de nascimento, gênero, cor, informação sobre residência (habitante da zona rural ou urbana), prevalência de tabagismo, consulta inicial ou retorno, retorno público ou privado e até 5 CID (Classificação Internacional de Doenças), sendo elencados por ordem de importância no momento da consulta.

Os inscritos enviarão o mínimo de dados de 50 pacientes a cada formulário, totalizando um mínimo de 200 pacientes por cada médico otorrinolaringologista participante e mínimo de 100 pacientes a cada envio de formulário, totalizando 400 pacientes por cada serviço credenciado participante.

A coleta de dados foi dividida em 4 etapas, durante o meio de cada estação do ano, em todo o Brasil. De acordo com a tabela: Estação

período para coleta de dados

verão

09 a 20 de março

outono

04 a 15 de junho

inverno

03 a 14 de setembro

primavera

03 a 14 de dezembro

A inclusão das informações tem como critérios a procura espontânea dos pacientes pelos profissionais ou serviços de otorrinolaringologia cadastrados e o preenchimento obrigatório dos 4 formulários (por estação) solicitados. Serão desconsiderados os dados incompletos, inconsistentes ou com CID inexistente.

“Com isso, a realidade epidemiológica das doenças otorrinolaringológicas se tornará muito mais clara e ajudará no direcionamento de atividades públicas, privadas, institucionais e profissionais, colaborando de maneira final para uma melhor assistência à saúde da nossa população”, conclui o presidente da ABORL-CCF.

Otorrinolaringologia

em apenas um clique No último dia 14 de abril, a ABORL-CCF realizou a segunda edição do Congresso On-line de Otorrinolaringologia. Reunimos o histórico do Congresso e as principais novidades encontradas na edição deste ano. A cobertura completa você confere no site da Associação e no próximo número do Boletim ABORL-CCF

foto: sxu.hu

Saúde em tempo real Criado em 2009, o Congresso On-line de Otorrinolaringologia da ABORL-CCF conquistou Otorrinolaringologistas do Brasil e do mundo ao ser transmitido ao vivo, sem custos para os associados quites e trazendo palestras interativas com conteúdo de qualidade.

“Nossa Associação foi pioneira no mundo nesta iniciativa e o seu sucesso nos levou, direção da ABORL-CCF e Comissão de Educação Médica Continuada, à organização de sua segunda edição, saudando o colega Sady Selaimen, idealizador deste tipo de evento”, disse o presidente da ABORL-CCF. Para Renato Roithmann, presidente do 2º Congresso On-line, há um grande diferencial em promover o congresso virtualmente, pois, por meio do computador, é possível a participação de pessoas de diversas partes do mundo em tempo real. “Todos podem participar, interagir, questionar, votar e discutir temas atuais da especialidade, sem sair do conforto de sua casa. Professores e alunos podem trocar informações do outro lado do planeta, além dos expositores que, assim como nos congressos tradicionais, podem expor seus produtos e novidades para os associados durante o evento”, afirmou.

A primeira edição do Congresso teve mais de duas mil inscrições, com picos de audiência superior a 800 acessos simultâneos e a participação de 253 cidades diferentes.

De acordo com a Dra. Renata Di Francesco, presidente do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF, “a iniciativa foi estendida porque os associados aprovaram

a ideia de receber informação de forma prática e sem sair de casa”, disse. O 1º Congresso On-line de ABORL-CCF também teve destaque nos principais meios de comunicação brasileiros, entre eles, o Jornal Hoje, veiculado pela rede Globo.

Mesmo com todo o sucesso da estreia, a diretoria da ABORLCCF, junto à Comissão de Educação Médica Continuada, iniciou o ano de 2012 determinando mudanças para aprimorar ainda mais o evento. Em janeiro, a diretoria da Associação reformulou o cronograma do Congresso, incluindo três influentes nomes internacionais da especialidade: os Drs. Roy Cassiano (Miami - EUA), na área de Rinologia; Guillermo Campos (Bogotá - Colômbia), na área de Laringologia; e o Dr. Jorge Spratley (Porto - Portugal), na área de Otologia.

Através do envio de senhas eletrônicas gratuitas, o evento abriu espaço para participação das sociedades de Otorrinolaringologia Argentina, Boliviana, Chilena, Espanhola, Íbero-americana, Mexicana, Paraguaia e Portuguesa. Além destas, foram também convidadas associações brasileiras de outras especialidades médicas, como Pediatria, Alergia e Clínica Médica. Segundo o Dr. Marcelo Hueb, “esta outra inédita iniciativa visa fomentar o intercâmbio científico entre a ABORL-CCF e as associações de especialidades médicas no Brasil e ainda, aumentar a visibilidade internacional da nossa associação”. O público leigo também pôde interagir com o Congresso, fazendo perguntas para os especialistas durante o evento.

Além das novidades na grade científica, a ABORL-CCF preparou um presente para os profissionais de saúde participantes do Congresso. Foram sorteados dois Tratados de Otorrinolaringologia recém lançados pela Associação e um pacote exclusivo do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, que acontecerá entre os dias 14 e 17 de novembro em Recife.

“Investir cada vez mais em Educação Médica Continuada (EMC) é um dos objetivos principais da ABORL-CCF. O Congresso On-line atualiza o otorrino em sua própria residência, reduzindo custos tanto para a associação, quanto para seus associados”, finalizou o presidente da Associação.

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notícias

aborl-ccf

ABORL-CCF cria Grupo pretende desenvolver um procedimento de operação padrão para desinfecção de nível intermediário de ópticas e equipamentos utilizados nos exames endoscópicos

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ecentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou novas regras para o funcionamento de serviços que realizam procedimentos endoscópicos com via de acesso por orifícios exclusivamente naturais. Pensando nos possíveis desconfortos que estas mudanças poderiam causar aos otorrinolaringologistas, a Diretoria da ABORL-CCF criou a Comissão de Desinfecção de Ópticas. De acordo com o coordenador da comissão, Dr. Marco César Jorge dos Santos, a partir da publicação da Resolução do Diretório Colegiado (RDC) da ANVISA, os videonasolaringoscópios foram classificados como acessórios semi-críticos, ou seja, que requerem uma desinfecção de alto nível para o seu uso, mesmo não sendo considerados como produto para saúde de conformação complexa, ou seja, com lúmen.

“O principal objetivo do nosso projeto é desenvolver um procedimento de operação padrão para a desinfecção de nível intermediário de ópticas e equipamentos utilizados nos exames endoscópicos”, disse o presidente da ABORL-CCF, e responsável pela criação da Comissão. “O trabalho desenvolvido pelos

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doutores Luciano Neves, Márcio Nakanishi, Leonardo Sá, Marco César Jorge dos Santos e Fabrízio Romano - todos membros da Comissão de Desinfecção de Ópticas - visa garantir o direito dos otorrinos de realizarem os exames de videonasolaringoscopia em seus locais de trabalho, obedecendo e se adequando às novas imposições da ANVISA”, completou o coordenador.

Com auxílio e supervisão da Profa. Dra. Kazuko Uchikawa Graziano, professora titular do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgico da Escola de Enfermagem da USP, a Comissão de Desinfecção de Ópticas da ABORL-CCF está desenvolvendo um Protocolo de Operação Padrão (POP) e um projeto de pesquisa que demonstra cientificamente que o equipamento de videonasolaringoscopia rígido ou flexível pode passar por um processo de limpeza e desinfecção de nível intermediário, não necessitando de desinfecção de alto nível para sua reutilização.

O POP está em avaliação técnica e administrativa dentro da comissão, e, na sequência, será apresentado aos otorrinolaringologistas como orientação para o processamento de limpeza e desinfecção de equipamentos e acessórios médicos utilizados após o exame de videonasolaringoscopia nos serviços e consultórios de otorrinolaringologia.

A ABORL-CCF se encontra a disposição para explicações mais detalhadas sobre o assunto.

“Precisamos da ajuda, colaboração e apoio de todos os otorrinolaringologistas do país nesta causa que envolve diretamente o nosso direito de trabalho dentro da nossa realidade”, finalizou o Dr. Marco César.

foto: dreamstime

Comissão de Desinfecção de Ópticas

Senado aprova novas regras

para exercício da Medicina Em discussão no Congresso há dez anos, texto que regulamenta a profissão de médico no Brasil é finalmente aprovado

N

o último dia 8 de fevereiro, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta a profissão de médico no Brasil.

Após dez anos de tramitação no Congresso e uma série de alterações no texto aprovado pela Câmara, o Ato Médico põe fim a uma antiga reinvindicação da categoria, com a delimitação legal de seu campo de atuação.

Segundo o presidente da ABORL-CCF, a aprovação pelo Senado atende a uma justa reinvindicação da classe médica, em bandeira defendida pelas entidades médicas como um todo. “Apesar de algumas ‘mutações’, o Ato Médico

estabelece e resguarda o nosso campo de atuação”, disse.

“Ele estabelece parâmetros fundamentais para assegurar ao médico e consequentemente ao paciente, uma normatização e qualidade na atenção à sua saúde, incluindo o diagnóstico nosológico, indicação e execução de cirurgias, procedimentos invasivos, endoscopia por orifícios não naturais ou naturais com penetração em órgãos, emissão de laudos de exames endoscópicos e de imagem, prescrição terapêutica injetável, entre outros”, completou o Dr. Marcelo Hueb.

Apesar das inúmeras alterações feitas no projeto inicial aprovado pelo Senado em 2006, através de substitutivo aprovado pela Câmara em 2009, e agora pela CCJ em 2012, a matéria aprovada ainda precisa passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS). Caso seja aprovado nas duas comissões, o projeto de lei do Ato Médico será apreciado em plenário e, depois, seguirá para sanção presidencial.

Confira o quadro comparativo do Projeto do Ato Médico, na página oficial do Senado: www.senado.gov.br/noticias/agencia/quadros/qd_373.html

CFM revoga obrigatoriedade de revalidação do Título de Especialista Nova regra extingue a CNA, responsável pela certificação dos Títulos

P

or meio da Resolução 1.984/2012, de 9 de fevereiro, o Conselho Federal de Medicina revogou a Resolução CFM 1.772/2005, que instituía a obrigatoriedade da revalidação do Título de Especialista e certificado de área de atuação. Com isso, os profissionais médicos não estão mais obrigados a cumprir as disposições do documento anterior, que estabelecia a certificação do Título de Especialista a cada cinco anos, sob pena de perder o registro da titulação.

Ao cumprir os requisitos necessários, os médicos recebiam um CAP (Certificado de Atualização Profissional).

O processo de atualização profissional promovido pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina teve início em janeiro de 2006. Para a obtenção do CAP, o médico especialista tinha que acumular 100 pontos ao longo de cinco anos, participando de diferentes

atividades de atualização, devidamente credenciadas pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA). Para efeito de certificação, era considerado apenas um máximo de 40 pontos por ano.

A nova Resolução do CFM trouxe como consequência a extinção da CNA, responsável pela certificação dos títulos de especialista. De acordo com o presidente da ABORL-CCF, “isto influenciará negativamente na política da AMB, de valorização da revalidação do título de especialista, além de eliminar o aporte financeiro para a mesma, oriundo da cobrança de 3% sobre as participações de médicos em eventos científicos visando a obtenção de pontuação para a revalidação”.

Ainda segundo o Dr. Marcelo Hueb, “o CFM precisa informar e esclarecer às entidades médicas e às sociedades e associações de especialidades médicas as razões da revogação de uma normatização do próprio Conselho”, pontuou.

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Síndrome do

edifício doente Por Roberto Campos Meirelles

A

Síndrome do Edifício Doente (SED) é uma designação recente, estudada de forma multiprofissional, incluindo médicos, engenheiros, arquitetos, químicos, biólogos e afins. Caracteriza-se pela incidência de sinais e sintomas em indivíduos que trabalham ou residam em edifícios modernos, ditos “inteligentes”. São edifícios construídos visando o máximo aproveitamento da luz natural, com amplas janelas, fechadas e lacradas para evitar a perda de calor ou frio e, assim, diminuir o consumo de energia elétrica. Possuem sistema de refrigeração ou calefação, dependente da região geográfica e da condição climática externa predominante, com

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sistema de ductos que levam o ar tratado para os diversos cômodos, interligando-os, sem haver renovação do ar.

Diz-se que um edifício está “doente” quando cerca de 20% de seus ocupantes apresentam sinais e sintomas transitórios associados ao tempo de permanência em seu interior, que tendem a diminuir de intensidade ou até desaparecer após curtos períodos de afastamento.

O quadro clínico manifestado por pessoas expostas em ambientes fechados e poluídos inclui uma gama de sinais e sintomas, dos quais destacamos os principais: irritação nos olhos, nariz e garganta e sensação de mucosas ou pele ressecadas; vermelhidão congestiva da pele; fadiga mental e física; cefaleia, tosse e rouquidão; respiração ruidosa do tipo asmática; prurido ou coceira na garganta ou pelo corpo; nervosismo, náusea e tontura e dificuldade de concentração.

Como podemos perceber, vários destes sinais pertencem à esfera de diagnóstico e tratamento otorrinolaringológicos.

Habitualmente, os sintomas surgem de 2 a 6 horas após a entrada no ambiente, e tem a peculiaridade de diminuírem de intensidade ou desaparecerem rapidamente após deixar o prédio, à noite, aos finais de semana, ou no período de férias.

Além do depósito natural de sujeira e micro-organismos no interior dos ductos de ar, existem inúmeros poluentes de interiores, como carpete, plantas artificiais, estofamentos de sofás e poltronas (todos locais de acúmulo de poeira, ácaros e afins), aerossóis aromatizadores, produtos de limpeza, impressoras (algumas emitem partículas de ozônio), bioaerossóis, formaldeído, entre outros.

Em 1982, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a existência da Síndrome do Edifício Doente, comprovando a contaminação do ar interno de um hotel na Filadélfia, responsável por 182 casos de pneumonia e pela morte de 29 pessoas por infecção pulmonar causada por uma bactéria desconhecida, a quem deram o nome de Legionella sp., em homenagem ao Congresso dos Legionários que se realizou no hotel.

No Brasil, em agosto de 1998, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou a Portaria nº 3.523, estabelecendo para todos os ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, a obrigatoriedade de elaborar e manter um plano de manutenção, operação e controle dos sistemas de condicionamento de ar.

Complementando esta Portaria, a Agência publicou, em janeiro de 2003, a Resolução nº 9, que define como ambiente aceitável aquele em que um mínimo de 90% dos ocupantes não apresente desconforto e sintomas. Contém,

foto: dreamstime

Artigo Médico

ainda, restrição severa ao uso de cigarro em ambientes de uso público e coletivo (prevista na Lei 2.294/96). A NR 32 reforça as medidas anteriores e estabelece critérios para manutenção de máquinas e equipamentos.

No caso da SED, as causas mais frequentes são ventilação inadequada (52%), contaminação interior (17%), exterior (11%) e microbiológica (0,5%). A maioria dos poluentes vem de fontes internas do prédio, como carpetes, produtos de limpeza, de madeira, dentre outros.

A má qualidade do ar interno dos edifícios passou a ser conhecida mundialmente como a “Síndrome dos Edifícios Doentes”, resultado de uma conjunção de fatores que vão desde os problemas no projeto, até a má conservação dos ductos, causando dois tipos básicos de contaminação: a biológica por fungos, bactérias, vírus e protozoários e até mesmo aracnídeos como é o caso dos ácaros e, a química, proveniente de gases liberados por produtos de limpeza, vernizes, tintas, equipamentos de escritório, colas, aumento no nível de dióxido de carbono e outros.

Para se ter ideia da dimensão do problema, a OMS informa que os gastos gerados com os doentes é de cerca de cem bilhões de dólares ao ano nos EUA. Isto se deve ao absenteísmo, queda de produtividade e intervenções na saúde, fatos que levaram a OMS a considerar esta síndrome como uma questão de saúde ocupacional desde 1983.

Segundo a “American Lung Association”, muitos americanos despendem 90% de seu tempo dentro de prédios climatizados. Dados demonstram que o número de asmáticos cresceu 59% desde 1970, totalizando 9,6 milhões de doentes de asma, com 4400 óbitos/ano, um crescimento de 69% desde 1979.

Considera-se hoje que cerca de 20% a 42% da população urbana é alérgica. Os americanos gastam US$ 6,4 bilhões ao ano tratando pessoas com asma e a rinite alérgica responde por 45 milhões de faltas nas escolas por ano (www.santalucia.com.br/torax/arcond-p.htm).

Na França, 17 pessoas morreram em consequência de uma epidemia de Legionelose, registrada de novembro de 2003 a janeiro de 2004 na região de Calais, ao norte do país, segundo o balanço definitivo divulgado pelas autoridades locais. (www.fundacentro.gov.br).

Em 1984, o World Health Organization Comitee emitiu relatório informando que 30% dos prédios novos e remodelados no mundo apresentam altas taxas de concentrações de poluentes biológicos e químicos no ar interno. Dados da Healthy Buildings International

mostram que o nível de poluição no ambiente interno de alguns edifícios chega a ser cem vezes maior que o externo, devido a pouca renovação do ar dos sistemas de ar condicionado em más condições sanitárias.

Os indivíduos podem apresentar intolerância e reações adversas a produtos químicos como os de combustão, tais quais fumaças (cigarro), exaustão de motores, fuligem, gases; de perfumes e fragrâncias; produtos de limpeza; pesticidas; tintas e solventes e outros. A existência de fungos e bactérias nos ductos internos de ar refrigerado ou aquecido é relativamente comum, haja vista a dificuldade técnica de limpeza adequada dos mesmos. Alie-se a isto, o fato da pouca exigência, desconhecimento e a falta de fiscalização neste item.

Em estudo canadense com 4373 trabalhadores de escritório em 42 locais diferentes, em um país frio na maior parte do ano, e, portanto, com ambientes aquecidos - foram encontrados como manifestações mais frequentes: letargia em 68%; congestão nasal em 47%; ressecamento da garganta e cefaleia em 46% cada. (www.eisc.ca/air-we-breth.htm) Preocupação adicional reside no fato de que estão sendo estudados agora os efeitos na saúde da poluição de interiores em longo prazo, que podem incluir câncer, alterações congênitas, distúrbios imunológicos, danos ao sistema nervoso, dificuldades na reprodução e deficiências no desenvolvimento.

A prevenção, cuidado essencial e básico, consiste em manter limpos os ductos de ar; construir prédios que permitam a abertura das janelas em momentos oportunos para que o ar circule; evitar o uso de equipamentos, móveis e objetos de decoração ou utensílios que facilitem a acúmulo de poeiras e evitar o uso de substâncias de limpeza com aroma intenso.

A limpeza dos ductos de ar pode ser efetuada por três métodos diferentes: 2 Sistemas de limpeza por sopro, que deixam 78% do pó no interior dos dutos; 2 Sistemas de limpeza por aspiração, que não retira na totalidade o material contaminado e sujo; 2 Sistemas de Escovação Mecânica, o mais eficiente, porém mais dispendioso e difícil de ser posto em prática.

Mesmo assim, deixam 11% do pó no interior dos ductos.

Como se vê, não existe um sistema padrão ou que limpe perfeitamente os ductos.

Errata

Edição de janeiro/ fevereiro (Boletim ABORL-CCF nº.

127), artigo médico Epistaxe, assinado por Fabrízio Ricci Romano.

Na figura 4 (página 20) onde se lê “Quando observamos um ponto sangrante único, em septo anterior, podemos proceder com a cauterização do vaso hemorrágico”, leia-se: Aspecto do aneurisma pósembolização.

Na figura 5 (página 21) onde se lê “Fixamos o cordonê em uma gaze na narina, com tração, mas não excessiva para evitar necrose de asa nasal”, leia-se: Quando observamos um ponto sangrante único, em septo anterior, podemos proceder com a cauterização do vaso hemorrágico.

Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

21

*Para tratamento dos sintomas nasais da rinite alérgica.

Para adultos e crianças a partir de 2 anos de idade.*1

Dispositivo inovador 2 Fácil de usar 2 Bem tolerado em pacientes a partir de 2 anos *2,3

Avamys® furoato de fluticasona Apresentação: Avamys® é apresentado em spray nasal contendo 120 doses. Avamys® é um corticosteroide com potente ação anti-inflamatória. Composição: cada dose (1 jato) contém: furoato de fluticasona 27,5 mcg, excipiente q.s.p. 1 dose. Excipientes: glicose anidra, celulose dispersível, polissorbato 80, solução de cloreto de benzalcônio, edetato dissódico e água purificada. Indicações: Adultos e Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) e sintomas oculares (prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos) de rinite alérgica sazonal.

Tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) de rinite alérgica crônica. Crianças (2 a 11 anos): tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) de rinite alérgica sazonal e crônica. Posologia: Avamys® somente deve ser administrado por via nasal.

Para benefício terapêutico completo, recomenda-se o uso regular. Podem ser necessários vários dias de tratamento para benefício máximo. O início de ação foi observado 8 horas após a administração inicial. Uma ausência de efeito imediato deve ser explicada ao paciente. Adultos e Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): dose inicial recomendada: dois jatos em cada narina, uma vez ao dia. Alcançado o controle adequado dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia pode ser eficaz para manutenção. Crianças (2 a 11 anos de idade): dose inicial recomendada: um jato em cada narina, uma vez ao dia. Os pacientes que não reagirem adequadamente à dose inicial podem usar dois jatos em cada narina uma vez ao dia. Atingido o controle dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia é recomendada. Precauções: não é necessário qualquer ajuste da dose em pacientes idosos, com insuficiência renal ou insuficiência hepática leve a moderada. Pacientes com doença hepática grave devem ser controlados cuidadosamente quando em uso de furoato de fluticasona. O furoato de fluticasona é metabolizado pela enzima CYP3A4. A coadministração com ritonavir não é recomendada, devido ao risco potencial de aumento da exposição sistêmica ao furoato de fluticasona. Efeitos sistêmicos com corticosteroides nasais foram relatados, particularmente em doses elevadas prescritas por períodos prolongados. Esses efeitos são muito menos prováveis de ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e podem variar em cada indivíduo e entre diferentes formulações de corticosteroides. Redução na velocidade de crescimento foi observada em crianças tratadas com 110 mcg de furoato de fluticasona por dia, durante um ano. Portanto, crianças devem ser tratadas com a menor dose necessária para o controle adequado dos sintomas. Como com outros corticosteroides intranasais, os médicos devem estar alertas para seus potenciais efeitos sistêmicos, incluindo alterações oculares. Gravidez e lactação: não estão disponíveis dados adequados com relação ao uso de Avamys® durante a gravidez e a lactação em seres humanos. Avamys® somente deve ser usado na gravidez se os benefícios para a mãe forem superiores aos riscos potenciais para o feto. Após a administração intranasal de Avamys® na dose humana máxima recomendada (110 mcg/dia), as concentrações plasmáticas de furoato de fluticasona foram tipicamente não quantificáveis e, portanto, prevê-se que o potencial para toxicidade reprodutiva seja muito baixo. A excreção de furoato de fluticasona no leite materno humano não foi investigada. Capacidade de dirigir/operar máquinas: não há razões para prever um efeito sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas com Avamys®. Contraindicações: é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto.

Interações medicamentosas: não foram observadas interações entre Avamys® e outros medicamentos nos estudos realizados. Reações adversas: Muito comuns: epistaxe. Em adultos e adolescentes, a incidência de epistaxe foi mais alta no uso de longa duração (mais de 6 semanas) do que no uso de curta duração (até 6 semanas). Em estudos clínicos pediátricos de até 12 semanas de duração, a incidência de epistaxe foi similar entre Avamys® e placebo. Comuns: ulceração nasal, cefaleia. Incomuns: rinalgia, desconforto nasal (incluindo queimação, irritação e dor nasal), ressecamento nasal. Raras: reações de hipersensibilidade que incluem anafilaxia, angioedema, rash e urticária. Não conhecidas: retardo no crescimento em crianças. Em um estudo clínico de um ano avaliando-se o crescimento de crianças pré-púberes que receberam 110 mcg de furoato de fluticasona uma vez/dia, uma diferença média de -0,27 cm por ano na velocidade de crescimento foi observada em comparação com placebo. Superdosagem: em um estudo de biodisponibilidade, doses intranasais de até 24 vezes a dose diária recomendada para adultos foram estudadas durante três dias, sem que nenhum efeito sistêmico adverso fosse observado. É improvável que a superdosagem aguda exija qualquer tratamento além de observação. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS: 1.0107.0271. mBL_Avamys_spr_GDS08_IPI07_v7.

A bula completa do medicamento e outras informações estão à disposição, sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (0800 701 2233 ou sim.brasil@gsk.com).

Referências bibliográficas: 1. AVAMYS® (furoato de fluticasona). Bula do produto. 2. BERGER, WE. et al. Intranasal corticosteroids: the development of a drug delivery device for fluticasone furoate as a potential step toward improved compliance. Expert Opin Drug Deliv, 4(6): 689-701, 2007. 3. SCADDING, GK. et al.

Fluticasone furoate nasal spray consistently and significantly improves both the nasal and ocular symptoms of seasonal allergic rhinitis: a review of the clinical data. Expert Opin Pharmacother, 9(15): 2707-15, 2008.

Avamys® spray nasal é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto.

Os dados disponíveis sobre indução e inibição de enzimas indicam que não há base teórica para prever interações metabólicas entre Avamys® e o metabolismo mediado pelo citocromo P450 de outros compostos, em doses intranasais clinicamente relevantes. Portanto, nenhum estudo clínico foi conduzido para investigar interações entre Avamys® e outros fármacos.

Material de divulgação exclusiva para profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. Recomenda-se a leitura da bula e da monografia do produto antes da prescrição de qualquer medicamento. Mais informações à disposição, sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (DDG 0800 701 2233 ou http://www.sim-gsk.com.br).

REPENSE BR/FF/0004/12 – FEV/12

SERVIÇO DE INFORMAÇÃO MÉDICA 0800 701 2233 www.sim-gsk.com.br

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humorl

Nisto, adentra ao campo a figura do comandante geral da bagunça.

Um cidadão sorridente, tipicamente brasileiro, com uma camiseta de física que já fora branca, empapada de suor e uma solução precisa para cada necessidade.

Minha mulher interpelou-o de imediato: — Seu Reginaldo, cadê o samovar?

— Samovar?

— É.

— De que isto se trata? Perguntou, assim, meio apalermado.

— É um aparelho de metal, respondeu.

Nada. Não estava sabendo.

— Mais ou menos deste tamanho (fez um gesto com as mãos).

Nada ainda.

— Possui uma tampa em cima.

Piorou. Nenhuma resposta.

— Tem uma torneirinha embaixo.

— Ahhh! Aliviou-se o comandante. Agora já sei! A chopera!

Tá ali naquela caixa.

Como dizem lá na fronteira do Rio Grande com a Banda Oriental Del Uruguay: tava!

Samovar Diz um velho ditado, de origem asiática, que três mudanças equivalem a um incêndio. Não está muito longe da verdade.

Comprovamos isto, recentemente, quando saímos de uma casa superespaçosa, onde vivemos por mais de quarenta anos, para um apartamento mais moderno, mais funcional, mais bem estruturado, mas infinitamente menor.

Na hora da mudança, a companhia levou um exército de trabalhadores que colocou tudo que chamam de lar em imensas caixas de papelão. Eram dezenas de caixas, mas parecia que eram centenas ou milhares.

Dava a nítida impressão de que não caberiam no apartamento.

Embrulha daqui, desembrulha de lá e as coisas foram mudando, gradativamente, de lugar. Jornais velhos, rasgados e amassados, desenhavam um tapete

multicolorido no chão, cujos contornos eram rapidamente alterados.

No meio da afobação toda, minha mulher - de repente - sentiu falta do Samovar.

Vocês manjam, não é mesmo? Trata-se de uma peça de artesanato de origem russa, muito apreciada pelos czares e demais usuários da corte, e usada para servir o chá.

Mas não só por eles. As pessoas comuns, com certa folga econômica, também se serviam do aparelho no tradicional momento de ingerir a beberagem.

Pois o nosso exemplar pertencera à mãe, à avó e, possivelmente, à bisavó de minha esposa e tinha, seguramente, mais de cem anos. Estávamos desolados.

José Seligman

1,2

D ISP O N Í V E L N A

FARMÁCIA POPULAR

• ISOTÔNICO

• LIVRE DE ADITIVOS que podem prejudicar a mucosa nasal1,3

Referências Bibliográficas: 1. Bula do Produto. 2. Monografia do produto. 3. Hofmann, T. et al . Influence of Preservativesand Topical Steroids on Ciliary Beat Frequency In Vitro. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2004;130:440-445.1

Budecort® Aqua (budesonida) é um glicocorticosteróide com grande efeito antiinflamatório local que age na inibição da liberação do mediador inflamatório e das respostas imunes mediadas por citocinas. A budesonida, administrada profilaticamente, demonstrou ter efeito protetor contra a eosinofilia e a hiperresponsividade induzidas por provocação nasal. Indicações: Pacientes com rinites não-alérgica e alérgica perenes e alérgica sazonal, tratamento de pólipo nasal e prevenção de pólipo nasal após polipectomia. Contraindicações: História de hipersensibilidade à budesonida ou a algum componente da fórmula. Cuidados e Advertências: Advertências: O uso de doses excessivas ou o tratamento a longo prazo com glicocorticosteróides pode levar ao aparecimento de sinais ou sintomas de hipercorticismo, supressão da função hipotálamo-hipófise-adrenal e/ou inibição do crescimento em crianças. Pode ser necessária especial atenção aos pacientes com tuberculose pulmonar. Uso durante a gravidez e a lactação: não há aumento do risco de má formação com o uso de budesonida intranasal ou inalada durante todo o período de gestação, inclusive na fase inicial. Não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (Categoria de risco na gravidez: B). A budesonida é excretada no leite materno. Entretanto, em doses terapêuticas, Budecort Aqua não tem efeito no lactente. Budecort Aqua pode ser usado durante a lactação.

Interações medicamentosas: Não foi observada interação da budesonida com outras drogas usadas para o tratamento da rinite. Inibidores da CYP3A, como cetoconazol, podem aumentar a exposição sistêmica à budesonida. Reações adversas: secreção hemorrágica e epistaxe, irritação nasal, reações de hipersensibilidade imediata e tardia, ulcerações da membrana da mucosa (para outras reações adversas, vide bula completa do produto). Posologia: Rinites e tratamento ou prevenção de pólipos nasais – Adultos e crianças a partir de 6 anos: recomenda-se iniciar com dose de 256 mcg/dia (2 aplicações de 64 mcg em cada narina ou 4 aplicações de 32 mcg em cada narina). A dose pode ser administrada 1 vez ao dia, pela manhã, ou dividida em 2 administrações, pela manhã e à noite. Quando o efeito clínico desejado for obtido, no caso de rinite, geralmente dentro de 1-2 semanas, a dose de manutenção deve ser reduzida à menor dose necessária ao controle dos sintomas. Estudos clínicos em rinite sugerem que uma dose de manutenção de 32 mcg, em cada narina, pela manhã, pode ser suficiente em alguns pacientes. Para informações de instrução de uso, vide a bula completa do produto. Superdose: Superdosagem aguda com Budecort Aqua, mesmo em doses excessivas, geralmente não causa problemas clínicos. Apresentações: Embalagens com frasco contendo 120 doses de suspensão em spray nasal 32 mcg/dose ou 64 mcg/dose. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. USO NASAL. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (BUD001). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, Km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000 Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br Budecort® Aqua MS – 1.1618. 0091 Contraindicações: História de hipersensibilidade à budesonida ou a algum componente da fórmula. Interações medicamentosas: Não foi descrita nenhuma interação medicamentosa com a budesonida tópica nasal.

A PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

Material destinado à classe médica.

Cód.: BUD.12.M.149 - Produzido em Janeiro/2012

• TIXOTRÓPICO

História do

Implante Coclear no Brasil

Por Prof. Dr. Pedro Luiz Mangabeira Albernaz

E

m setembro de 1972, realizou-se em Zurique, o II Curso Internacional de Microcirurgia Transtemporal do Meato Acústico Interno, coordenado pelo Prof. Ugo Fisch. Logo após a reunião científica, alguns dos participantes viajaram para a pitoresca vila de Bürgenstock, para uma excursão pós-Congresso.

Em uma manhã, Ugo nos levou a uma pequena sala, na qual Bill House nos apresentou um filme sobre a realização de um implante coclear e algumas etapas da reabilitação do paciente. Tive a ocasião de mostrar esse filme no Simpósio que realizamos em novembro de 2007, para comemorar os 30 anos do primeiro implante. O mais curioso é que Bill House havia se esquecido da existência desse filme.

Realmente fiquei fascinado com a apresentação do Bill. Tive a certeza de que estas experiências representavam o começo de uma nova era da Otologia. Tive a oportunidade, em Los Angeles, de assistir a algumas cirurgias.

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Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

Era maio de 1976, quando Bill veio ao Brasil para o I Simpósio de Surdez Neuro-Sensorial e Implantes Cocleares, realizado no Hospital Albert Einstein.

Nesta ocasião, ele já havia realizado 15 implantes e já nos falou a respeito de criar outros centros de implantes nos Estados Unidos e em outros países.

Em fevereiro de 1977, realizou-se em Los Angeles a 1ª Conferência Internacional de Implantes Cocleares, para a qual foram convidados otologistas interessados em realizar implantes.

Em conformidade com as leis americanas, contudo, o otologista deveria levar uma equipe completa de auxiliares; do contrário, seria apenas um observador. Houve cerca de 20 otologistas presentes, mas somente seis equipes.

Acompanharam-me a Los Angeles, o Dr. Chao Chih Chun (engenheiro eletrônico), Marlene Mangabeira Albernaz (fonoaudióloga) e Eva Ocougne (psicóloga). O engenheiro eletrônico era fundamental na equipe, pois os ajustes eram realizados com um osciloscópio. Não havia interface para computador naquele tempo.

Ao regressar da conferência, trouxemos para o Brasil a primeira unidade implantável, o sistema Sigma, que utilizamos para operar os quatro primeiros pacientes. Esse sistema foi posteriormente substituído pelo sistema 3M/ House, que já incorporava o imã até hoje utilizado para unir as unidades externa e interna do dispositivo. Depois vieram o Nucleus, o Advanced Bionics, o AllHear, o MedEl, entre outros.

Nosso primeiro paciente foi operado em outubro de 1977, no Hospital Israelita Albert Einstein.

Foi o segundo a ser realizado fora dos Estados Unidos. Não posso deixar de mencionar a participação de Yotaka Fukuda em todos os meus implantes, até que sua doença agressiva e morte prematura o impediram de estar ao meu lado.

Em 1981, publiquei com Yotaka, Maurício Ganança, as fonoaudiólogas Marlene Mangabeira Albernaz e Sonia Chiarella, as psicólogas Eva Ocougne e Leni Balaban Sasson e o engenheiro Chao Chih Chun, uma monografia sobre o que eram os implantes

foto: arquivo pessoal

História da ORL

ITrês gerações de unidades externas: a unidade

IPrimeira unidade

Sigma, a unidade Alfa, do sistema 3M/House e a OTH, a unidade externa do implante AllHear

externa Clarion (Advanced Bionics)

IPrimeira

unidade externa Nucleus

cocleares nesse tempo. Pedro Bloch, um amigo muito especial, escreveu um lindo prefácio.

A Otologia tem um histórico de oposição ao progresso. A fenestração foi violentamente condenada por muitos, inclusive no Brasil. O mesmo aconteceu com a estapedectomia, e tive a oportunidade de acompanhar muitos debates sobre a mesma. Idem com os tumores do nervo acústico. A oposição aos implantes foi particularmente violenta. Acostumados com os resultados audiológicos das timpanoplastias e estapedectomias, os otologistas achavam que o grau de discriminação obtido com o implante não justificava a cirurgia. Acontece que naquele tempo a maioria dos otologistas tinha

muito pouco contato com a surdez profunda. É lógico que os implantes cocleares foram continuamente aperfeiçoados, mas mesmos os primeiros implantes que utilizamos melhoraram enormemente a qualidade de vida de seus usuários. A surdez profunda é a mais incapacitante das doenças humanas, por isso, qualquer coisa que possamos fazer para melhorá-la representa uma grande ajuda.

Os implantes, agora, são parte do arsenal otológico, e nosso país já possui muitos centros de implantes, com médicos e fonoaudiólogos dedicados. Mas todos os progressos precisam de um começo, e Bill House foi o homem que teve a coragem de fazer esse começo acontecer.

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Comunicações rápidas

facebook.com/aborlccf twitter.com/aborlccfoficial

Conexão com a ABORL-CCF nas redes sociais

A

ABORL-CCF possui perfis no Twitter e Facebook atualizados diariamente com informações de interesse do otorrino e assuntos institucionais pertinentes à Associação. A publicação destes conteúdos tem a supervisão da Diretoria de Comunicação.

Além de se manterem permanentemente atualizados sobre as ações presentes e futuras da sua entidade de especialidade, os seguidores destes perfis podem desfrutar de canais de interação com a Associação e outros profissionais da otorrinolaringologia. Eles permitem acompanhar e comentar novidades e informações em ORL, dificilmente encontradas em outros espaços virtuais.

Por meio destes canais, os associados recebem informações sobre eventos, comunicados, projetos e ações da ABORL-CCF. Também notícias sobre divulgações científicas, publicações

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Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

e estudos de interesse do otorrino. Assuntos da medicina em geral são pautados por meio de notícias sobre novas diretrizes, resoluções e informes de movimentos da classe médica.

Os seguidores têm a oportunidade de esclarecer dúvidas, compartilhar conteúdos relevantes para a especialidade e auxiliar na divulgação dos projetos da Associação. A interação acontece por meio dos comentários às postagens e dos mecanismos “curtir”, “compartilhar”, “RT” e “retweetar”.

“Em breve, a ideia é que os perfis permitam um diálogo mais intenso entre a ABORL-CCF e os usuários. Também estão nos planos a criação de uma nova “landing page” (perfil profissional) no Facebook, para uma integração maior do perfil com o site, realização de enquetes e recomendação da página aos associados da ABORLCCF que ainda não curtiram, afirmou o Dr. Marcelo Piza, diretor presidente da Comissão de Comunicação.

Acompanhe os perfis oficiais da ABORL-CCF nas redes sociais. Eles são os canais que a Associação utiliza para se corresponder rapidamente com você! fotos: divulgação

O Twitter e Facebook são formas rápidas e práticas de comunicação da Associação com você. Conheça as vantagens de acompanhar nossos perfis

Por Dentro da

aborl-ccf

Conhecendo a ABORL-CCF Confira o trabalho realizado pelas Comissões de “Título de Especialista” e de “Residência e Treinamento”, detalhado por Rosângela Teixeira, secretária responsável por estes importantes setores Comissões de “Título de Especialista” e “Residência e Treinamento” Olá, meu nome é Rosângela Teixeira e trabalho na ABORLCCF há 12 anos. Sou secretária das Comissões de “Título de Especialista” e de “Residência e Treinamento”. Costumo dizer que a rotina não faz parte do meu dia a dia, porque apesar de ter um cronograma anual, as demandas vão se modificando conforme cada etapa de trabalho.

Na “Comissão de Título de Especialista”, faço de tudo um pouco. São 365 dias repletos de serviços diversos, entre o começo e a finalização dos processos. As reuniões da Comissão acontecem a cada 30 dias e normalmente são discutidos assuntos referentes ao Concurso de TE. Existem também as reuniões com os conselhos, que acontecem a cada três meses.

O departamento inicia o ano aplicando a prova anual para obtenção do Título de Especialista, que consiste na análise curricular e provas teórica e teórico-prática de discussão de casos clínicos. O exame é hoje uma das formas de o médico ser reconhecido como especialista em otorrinolaringologia, sendo a outra a titulação pelo MEC. Após esta etapa, começamos a pensar nas provas do ano seguinte, com a publicação de edital, especificação do local e a data da próxima avaliação. A partir de então, solicitamos aos médicos associados que enviem questões do dia a dia que poderão ser aplicadas nas provas, convidamos examinadores, recebemos inscrições dos candidatos, fazemos a conferência dos dados e, posteriormente, o envio das instruções e convocação para a prova teóricoprática. A finalização desta fase se dá com a realização das provas, análise dos recursos e divulgação dos aprovados.

Este ano, tivemos pela primeira vez a prova de avaliação dos especializandos e residentes do 1º e 2º ano, realizada pela Comissão de Título de Especialista. O exame de avaliação periódica teve a participação de cerca de 82%

dos residentes de todo país, um número bastante expressivo.

Esta fase é extremamente importante, porque os médicos vão sendo analisados ano a ano, chegando à prova final mais tranquilos e preparados. A avaliação foi resposta a um pedido dos próprios residentes, e além de treiná-los, os testes também poderão bonificá-los com até quatro questões na prova de título, dependendo do desempenho.

O trabalho das comissões de TE e de Residência e Treinamento está interligado. A Comissão de Residência e Treinamento é responsável por avaliar e fiscalizar a formação de especialistas em otorrinolaringologia, e atender à demanda de reconhecimento de estágios em ORL em vários locais do país. Ela zela para que a qualidade de ensino oferecida pelos serviços de residência e especialização seja compatível com o mínimo exigido pela ABORL-CCF, de acordo com seu programa de avaliação, promovendo vistorias periódicas com o mesmo intuito. Na avaliação curricular, a vistoria feita é pontuada. Caso haja reprovação no concurso para obtenção do TE, o serviço pontua negativamente na avaliação do programa de residência médica ou especialização.

O credenciamento do programa é feito pela ABORL-CCF, baseado nos itens mínimos obrigatórios e na classificação obtida. São feitas as cartas convite ao serviços e designados dois avaliadores para cada visita. Os serviços são avisados da data, horário e nome dos avaliadores. Eles, por sua vez, verificam o que foi informado no memorial descritivo enviado pelo serviço, e fazem um relatório da visita. Em seguida, é convocada uma reunião com a comissão para apresentar o resultado e, consequentemente, a classificação, que é enviada por correspondência e divulgada no site oficial da ABORL-CCF. De todo o serviço realizado, minha maior gratificação é a alegria do contato intenso com os residentes e ver que eles foram aprovados. Fico à disposição dos associados que tiverem dúvidas ou desejarem mais informações a respeito das atividades das Comissões de Título de Especialista e de Residência e Treinamento.

Muito obrigada!

Rosângela Teixeira

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Boletim ABORL-CCF mar_abr 2012

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7º Congr esso Luso-Brasileir o de Otorrinolaringologia

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