Revista Vox Otorrino - Nº 147

Edição 147| Ano XXI |www.aborlccf.org.br

Valorização da Categoria

Participação em Eventos e Congressos

Comunicação Democratizada

Educação Continuada

Certificado do Título de Especialista

Benefícios

Plano de Residência e Treinamento

de ser associado

Defesa Profissional ABORL-CCF

Conteúdo em Gestão do Consultório Qualidade de vida: Medicina sobre as águas

Gestão e Carreira: 7 dicas para cortar custos com materiais no seu serviço

Atualização Profissional na palma da mão “Este ciclo de palestras proporciona uma reciclagem de fácil acesso e gratuita para todos os associados quites. Por estar disponível no site, os colegas de todo Brasil podem aproveitar aulas objetivas e discussões de casos, com temas que vão variar de básicos a atuais, diretrizes e outros assuntos de interesse da Otorrinolaringologia brasileira” Dra Renata Dutra de Moricz Presidente da Comissão de Educação Continuada ABORL-CCF

A seguir, confira os conteúdos e os autores já presentes: Eduardo Macoto Kosugi Rinite Alérgica – Diagnóstico Clínico e Laboratorial

Olavo Mion Rinites na Gestação | O Uso dos Corticosteroides no Tratamento da Rinite Desafios no Diagnóstico e Diagnóstico Diferencial da Rinite Alérgica

Bruno Rossini Gestão de Consultórios e Carreiras Médicas

Priscila Bogar Otite Média Aguda – Como Tratar

Cleonice Hirata Estomatites Virais

Berenice Dias Ramos Diagnóstico e Tratamento da Otite Média Aguda Recorrente Saiba quem mais já está por lá:

Mensagem do

Presidente Sady Selaimen

Caro associado, Uma pergunta, para lá de instigante, sempre nos vem à mente no momento de quitarmos nossas anuidades com a ABORL-CCF: mas, afinal, na prática mesmo, quais são as vantagens de fazermos parte do seleto grupo de associados dessa instituição? Quais os potenciais dividendos pessoais e profissionais advindos da minha filiação à nossa entidade-mãe? Em suma: vale a pena esse investimento ou estaríamos desperdiçando tempo e dinheiro? Para nós, que atuamos no dia a dia da associação e testemunhamos a atividade febril dos nossos vários comitês, comissões e atuantes funcionários no atendimento de uma montanha de ações e um turbilhão de demandas fundamentais aos interesses da nossa classe, a resposta a essa pergunta tangencia a obviedade! Porém, nem todos partilham dessas experiências e vários colegas, por falta de acesso a essas informações (ou até mesmo pela distância), questionam os benefícios inerentes à vida associativa. Pois bem, reiteramos que essa pergunta pode ser respondida com uma robusta e inequívoca afirmação: SIM, vale muito a pena ser sócio atuante da ABORL-CCF. Ainda assim, com o objetivo de estender essa certeza a todo o nosso corpo de associados é que dedicamos uma generosa fração dessa edição para detalhar com precisão, o que, a nosso ver, constitui-se nesse legítimo pacote de vantagens em ser sócio da nossa querida associação. Como o leitor facilmente perceberá, existe um leque de proveitos absolutamente concretos e palpáveis. Por outro lado, há uma série de benefícios não tão tangíveis, mas nem por isso menos importantes.

Talvez o maior deles seja a segurança de fazer parte de uma família com mais de 6.000 membros e que corresponde a uma das associações de especialidades mais pujantes e respeitadas do Brasil. Dentro do nosso espírito democrático e participativo, todas as pertinentes interrogações e demandas endereçadas pelos nossos sócios deverão ser analisadas e oportunamente esclarecidas. Mas para esta, especificamente, é preciso ter sempre a resposta pronta e na ponta da língua!

Diretoria 2015 Presidente Dr. Sady Selaimen da Costa - Porto Alegre (RS)

Diretor Tesoureiro Adjunto Dr. Fabrizio Riccci Romano - São Paulo (SP)

Presidente da Comissão da BJORL Dr. Mariana de Carvalho Leal Gouveia - Recife (PE)

Primeiro Vice-Presidente Dr. Domingos Hiroshi Tsuji - São Paulo (SP)

Diretor Executivo Dr. Carlos Roberto da Silva - São Paulo (SP)

Presidente da Comissão de Eventos e Cursos Dr. José Antônio Patrocínio - Uberlândia (MG)

Assessora Dra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo (SP)

Presidente da Comissão de Residência e Treinamentos Dr. Geraldo Pereira Jotz - Porto Alegre (RS)

Assessor Dr. Geraldo Druck Sant´Anna - Porto Alegre (RS)

Presidente da Comissão de Título de Especialista Fernando Veiga Angelico Jr - São Paulo (SP)

Assessora Dra. Alessandra Loli - Botucatu (SP)

Presidente da Comissão de Defesa Profissional Eduardo Baptistella - Curitiba (PR)

Segunda Vice-Presidente Dra. Wilma Anselmo Lima - Ribeirão Preto (SP) Diretora-Secretária-Geral Dra. Renata Cantisani Di Francesco - São Paulo (SP) Diretor-Secretário Adjunto Dr. Ronaldo Frizzarini - São Paulo (SP) Diretor Tesoureiro Dr. Felippe Felix - Rio de Janeiro (RJ)

Comissões Permanentes

Presidente da Comissão de Ética e Disciplina Ivan Dieb Miziara - São Paulo (SP)

Presidente da Comissão de Comunicações Dr. João Vianney B. de Oliveira - Petrópolis (RJ)

Presidente da Comissão de Educação Médica Continuada Renata Dutra de Moricz - São Paulo (SP)

5 Carta ao leitor 6 Páginas azuis: Eduardo Regonha 10 Agenda de eventos 12 Defesa Profissional: I Fórum de defesa profissional e de honorários médicos da ABORL-CCF 14 Gestão em prática: Administrando o presente, pensando no futuro 16 Capa: Benefícios de ser associado ABORL-CCF

22 Educação continuada: Ronco primário 26 Campanha: Campanha nacional da voz conquista os visitantes do Parque do Povo 28 Certificação ISO: ISO 9001 na ABORL-CCF 29 VOX News 30 Gestão e carreira: 7 dicas para cortar custos com materiais no seu serviço 32 Internacional: 6º Congresso Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia 34 Conduta médica: A relação do profissional médico com a publicidade médica 37 Procedimentos Médicos: ABORL-CCF requer revisão das nomenclaturas e dos portes empregados na CBHPM 38 Exame de Suficiência: Exame de suficiência para o título de Especialista da ABORL-CCF reúne inovação e organização de primeira linha 40 Qualidade de vida: Medicina sobre as águas 42 HumORL 4 | VOX Otorrino

Expediente ABORL-CCF

Carta ao

leitor Representação legítima e benefícios aos associados

Dr. João Vianney Presidente da Comissão de Comunicações

VOX Otorrino Presidente: Sady Selaimen

Comissão de Comunicações: Allex Itar Ogawa Edilson Zancanella Gustavo Polacow Korn Ingrid Helena Lopes de Oliveira João Vianney Brito de Oliveira Marcelo Ribeiro de T. Piza Marco Antonio dos A. Corvo Maria Dantas C.L.Godoy Ricardo Landini Lutaif Dolci

Assessora de Mídia da ABORL-CCF: Adriana Santos Editora-chefe:

Mariana Moreira/MTB: 35.038-RJ

Reportagem:

Raphael Martins, Thiago Theodo, Victor Bellani e Vinícius Corrêa

Revisores Adriano Bastos e Leonardo de Paula

Fotos:

Drika Barbosa, Juan Cogo, ABORLCCF e Divulgação

Diagramação: Danielle V. Cardoso e Douglas Almeida

Produção:

DOC Content Fone: (21) 2425-8878

Periodicidade: Bimestral

S

er membro da ABORL-CCF é ter a oportunidade de possuir maior representatividade para a sua carreira e desfrutar de uma série de benefícios que o especialista adquire como associado. E para mostrar quais são essas vantagens, a Revista VOX Otorrino traz, na matéria de capa, tudo o que o otorrinolaringologista e o cirurgião cérvico-facial têm direito ao se tornar um associado.

Interessada em contribuir para o melhor desempenho financeiro do consultório dos nossos associados, trazemos na seção Páginas Azuis uma entrevista com Eduardo Regonha, especialista em finanças, com dicas de como manter as contas no azul.

Não poderíamos deixar de falar do 6º Congresso Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia, evento sob a organização da ABORL-CCF com a Asociación Latinoamericana de Laringologia e Fonocirurgía (ALLF), ocorrido nos dias 3 e 4 de julho, em São Paulo.

Em uma das matérias desta edição da Revista VOX Otorrino, mostramos a importância de aproximar e integrar os associados e as regionais à sede da ABORL-CCF com a realização do I Fórum de Defesa Profissional e de Honorários Médicos. O objetivo é o de promover um maior desenvolvimento da especialidade. Seguindo esta linha de representatividade ao membro da associação, trazemos também a ação da Comissão de Defesa Profissional para requerer a revisão das nomenclaturas dos procedimentos médicos e a luta por melhores remunerações e condições de trabalho aos otorrinolaringologistas.

Em outro artigo, abordamos o intuito da associação em criar um mapa operacional de todos os seus processos e adquirir, assim, o certificado ISO 9001/2015, o que trará mais avanço e vantagens para a entidade e seus associados. E ainda, a cobertura da realização do exame de suficiência para o título de especialista, o selo de qualidade no currículo dos residentes.

Isto é apenas uma amostra do que a ABORL-CCF vem batalhando para fazer da Otorrinolaringologia uma especialidade cada vez mais respeitada e contribuindo para o crescimento profissional dos seus membros.

Boa leitura a todos!

Tiragem: 6.000 exemplares

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Espaço do leitor Sugestões de pauta, críticas ou elogios?

Fale conosco: voxotorrino@aborlccf.org.br

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Páginas az uis

A conta certa

no consultório Diversos pacientes para atender em um mesmo dia, realizar exames ou, ainda, procedimentos cirúrgicos, lidar com guias de operadoras de planos de saúde e, não parecendo o bastante, o médico tem de encontrar um jeito de fechar no azul as contas do consultório ou da clínica.

Por Vinícius Corrêa | Fotos: Juan Cogo e divulgação

P

ara ser capaz de solucionar o problema matemático de suas finanças, o médico precisa ter o conhecimento e as ferramentas necessárias para a boa gestão do seu negócio, o que permitirá fechar a balança no positivo.

A seguir, acompanhe a entrevista exclusiva que a seção Páginas Azuis da Revista VOX fez com o especialista em finanças Eduardo Regonha, diretor da XHL Consultoria, para dar uma mãozinha aos membros da ABORL-CCF na hora de gerenciar as despesas e receitas em seu estabelecimento.

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VOX – Qual é o primeiro passo para o médico, leigo no assunto, organizar as finanças do seu consultório/clínica? É o planejamento financeiro? Como executá-lo?

Eduardo Regonha – Eu sempre inicio minhas palestras comentando que tipo de instituição o médico deseja, ou seja, se ele quer constituir uma empresa ou quer uma clínica somente para ter um local de trabalho. Eu diria que aí é que começa o gerenciamento e a organização das finanças, porque se ele deseja ter uma empresa que gere lucro, cresça e tenha perenidade, a instituição deve

ser tratada como empresa, na qual os profissionais recebem um valor por serem médicos (pelo serviço prestado) e outro valor por serem investidores e terem uma participação acionária na empresa. Porém, se ele deseja somente um local para trabalhar, como muitos fazem, e isso não é nenhum problema, ele deve ter em mente que esta instituição tem início e fim, pois ela normalmente é tratada como um condomínio; soma-se as receitas de cada profissional, desconta-se os custos da clínica e os profissionais retiram todo o valor, não existe geração de lucro, e isso é uma questão de escolha. Mas, à medida que os sócios vão parando de trabalhar, o condomínio vai diminuindo até acabar.

VOX – Onde o médico deve buscar informações sobre quanto cobrar por consultas e procedimentos?

Qual o melhor conselho que o senhor tem para ele nesse quesito?

ER – É logico que quem define o preço é o mercado.

Existem muitos médicos que já possuem um nome reconhecido, são uma referência na sua área e dessa forma conseguem cobrar preços elevados por suas consultas, mas são a exceção. Na verdade, se uma consulta particular tem um preço médio de mercado de R$300, os profissionais procuram e devem se adequar. E quando falamos de convênio, então, na maioria das vezes, as operadoras é que definem o preço. Porém, é muito útil e recomendável que a clínica possua uma metodologia de apuração de custos, que considere o custo do trabalho do médico, da estrutura do negócio (energia, água, telefone, aluguel, funcionários, limpeza – enfim, todos os custos para o seu funcionamento), além dos gastos com materiais e medicamentos utilizados no atendimento. A apuração de custos pode ser feita em planilhas eletrônicas, mas recomenda-se o uso de sistemas disponíveis no mercado. Um profissional deve ser treinado para coletar as informações mensalmente e processá-las com regularidade mensal.

VOX – É verdade que pacientes particulares trazem mais rentabilidade do que pacientes de convênios? Ou é possível também ter rentabilidade com atendimentos de planos?

ER – Sem dúvida, pacientes particulares são muito mais rentáveis do que os de convênios, porém são cada vez mais raros (exceto nos casos de médicos de referência). Os pacientes de planos compensam pelo volume, pois enquanto

"Os pacientes de planos compensam pelo volume, pois enquanto atende-se dez de convênios, somente um ou dois são particulares"

atende-se dez pacientes de convênios, somente um ou dois são particulares. Mas é importante destacar que depende muito da especialidade do profissional, normalmente especialidades que só geram consultas dificilmente proporcionam alguma rentabilidade para o médico atendendo somente por planos. Tanto que algumas especialidades com esse perfil têm escassez de profissionais atualmente.

Já outras que além de consultas também geram alguns exames e, principalmente, cirurgias, em muitas situações proporcionam boas rentabilidades, desde que tenham um bom volume de atendimento, procurando sempre reduzir ao máximo qualquer ociosidade.

VOX – O médico que não atende todos os dias em seu consultório tem como boa opção alugar seu espaço para que outro colega possa usá-lo?

ER – Nos dias atuais, temos que fazer de tudo para diminuir a ociosidade e racionalizar espaço. Não tem sentido VOX Otorrino | 7

Páginas az uis

"Nos dias atuais, temos que fazer de tudo para diminuir a ociosidade e racionalizar espaço. Não tem sentido deixar um consultório fechado, pois os custos fixos continuam"

deixar um consultório fechado, pois os custos fixos continuam. Tem de se pagar aluguel, salários etc. Quanto maior a produção, maior será a diluição dos custos fixos.

Exemplo: se o custo fixo é de R$10 mil e foram realizadas 100 consultas no mês, cada consulta tem um custo médio unitário de R$100, mas se a produção aumentar para 300 consultas/mês, o custo unitário reduz para R$33,33. Então é altamente recomendado diluir o custo fixo, alugar, compartilhar, enfim, aproveitar ao máximo a estrutura. Muitas clínicas/consultórios levam o nome do profissional médico e este atende somente três dias por semana, e nos outros dias, o estabelecimento fica fechado. É um direito dele, todavia, é importante destacar que é um desperdício de recursos.

VOX – Qual o melhor método para que o profissional possa controlar em seu consultório/clínica o custo e organizar o fluxo de caixa?

ER – A primeira coisa é desenvolver a disciplina de coletar e registrar dados, de forma rotineira, para o desenvolvimento do fluxo de caixa. Todos os recebimentos e pagamentos devem ser registrados e organizados, criando grupos de contas (grupo pessoal: salários, encargos, benefícios; grupo materiais: medicamentos, escritório, manutenção etc). Um profissional deve ser designado como responsável pelo processamento e pela geração das informações, criar um histórico e, com base nele, desenvolver também a previsão do fluxo de caixa, ou seja, quanto o consultório terá de saldo de caixa nos próximos três ou quatros meses. Utilizar-se de planilhas eletrônicas e/ou sistemas que possam dar agilidade e padronização para as informações. Em relação à apuração

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dos custos, deve-se seguir as premissas acima. Entretanto, é uma informação um pouco mais complexa, pois depende de distribuições de custos. Recomenda-se participar de cursos, adquirir livros ou contratar profissionais com conhecimento no assunto ou alguma consultoria que possa apoiar.

VOX – Confundir as finanças do próprio negócio com as finanças pessoais é sempre um problema. De que maneira o médico deve evitar que isso aconteça?

ER – Sim, este é um grande problema que acontece nas instituições. O médico deve ter a disciplina de fazer retiradas oficiais do consultório e não pagar contas pessoais com o dinheiro da empresa. Ou também comprar insumos para a clínica com o cartão de crédito pessoal.

Essa prática impossibilita conhecermos o resultado da instituição, pois está tudo misturado. Vale observar que o proprietário pode tirar da empresa o quanto ele quiser, mas retirar de maneira correta, e não misturando conta

VOX – No momento de contratar um funcionário, o que o médico deve observar para saber se ele pode arcar com os custos do empregado?

ER – Com uma boa previsão de fluxo de caixa, fica muito fácil estimar se haverá disponibilidade de recursos para arcar com os salários e encargos provenientes da contratação do profissional. A previsão do caixa permite inclusive fazer simulações para avaliar a situação financeira da instituição. Complementando com a apuração dos custos, pode-se também simular qual o impacto nos custos dos serviços com a contratação do profissional.

Eu diria que, nos dias de hoje, são técnicas e ferramentas indispensáveis para o bom gerenciamento e controle das finanças de uma instituição.

"O médico deve ter a

disciplina de

fazer retiradas

oficiais do consultório e não pagar

contas pessoais

com o dinheiro da empresa"

pessoal com conta empresarial. Além de fazer retiradas oficiais, deve-se ter uma conta corrente para o médico e outra para o consultório, e sempre que ele necessitar de uma retirada, é importante haver um profissional para realizar a transferência.

VOX – Qual dica o senhor dá para que o médico possa ter lucro e ao mesmo tempo oferecer um atendimento de qualidade ao seu paciente e sem ferir qualquer tipo de ética?

ER – O tema em alta hoje no segmento saúde é a busca da produtividade, ou seja, fazer mais com os mesmos recursos. Portanto, eu diria que aliado a um quadro de profissionais eficientes e bem otimizado, um cabedal de informações rápidas, confiáveis e úteis (fluxo de caixa e custos) para negociar com conhecimento e coerência junto às operadoras de planos de saúde e buscar muita qualidade a fim de fidelizar (e encantar) o paciente.

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Age nda de eve ntos

Agenda Agosto

8 a 9 de agosto

31 de julho a 1 de agosto

I Curso de Técnicas de Rejuvenescimento Oculofacial da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

IX Simpósio de Tratamento da Síndrome de Apneia do Sono.

Local: Hospital São Camilo Pompéia - Rua Tavares Bastos, 573

Local: Hospital Albert Einstein - Auditório Kleinberger - Av. Albert

– Pompéia – São Paulo/SP

Einstein, 627 - 1º andar – São Paulo/SP

Informações: Adriana Craveiro – (11) 2972-8000

Informações: Nathalia Nicoletti - (11) 2151-4115 Site: http://www.einstein.br/Ensino/eventos/Paginas/simposio-de-tratamento-da-sindrome-de-apneia-do-sono E-mail: nathalia.nicoletti@einstein.br

1 de agosto Administrando sua carreira e o seu consultório Local: Hotel Travel Inn Ibirapuera – Live & Lodge – Rua Borges Lagoa, 1209 – São Paulo/SP

E-mail: adriana.craveiro@saocamilo.com

13 a 16 de agosto 14º Congresso da FORL Local: CCR - Centro de Convenções Rebouças - Av. Rebouças, 600 – São Paulo/SP Informações: Fundação Otorrinolaringologia – Contato: Mônica G. Lira (11) 3068-9855

Informações: Secretaria Executiva / Organização: Stela Maris

Site: www.forl.org.br/congresso2015

Organização de Eventos – Silvana: (11) 5080-4933

E-mail: congressoforl1@forl.org.br

Site: www.iocp.org.br E-mail: eventos@iocp.org.br

17 a 19 de agosto

3 de agosto de 2015 a 22 de fevereiro de 2016

Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos -

XI Curso Teórico Prático de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal

Otomaster 2015

Rua Borges Lagoa, 1450 – Anfiteatro – São Paulo/SP

Local: On-line

Informações: Secretaria Executiva / Organização: Centro de

Informações: Roberta - (11) 3068-9855

Otorrinolaringologia de São Paulo. Contato: Yone Heiss – (11)

Site: www.forl.org.br

5080-4357 / Fax: (11) 5080-4097

E-mail: cursosforl@forl.org.br

Site: www.centrodeorl.com.br

5 a 8 de agosto 43ª Edição - Curso Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal.

Local: Hospital Sírio Libanês - Rua Cel. Nicolau dos Santos, 69 - Bela Vista – São Paulo/SP Informações: Organização: Stela Maris Eventos – Silvana/Izabel: (11) 5080-4933 Site: ensino1.hospitalsiriolibanes.com.br E-mail: administrativo@stelamariseventos.com.br

6 a 8 de agosto Rhinoplasty 2015 Local: OTOFACE - Rua Arthur Bernardes, 555 - 10 andar – Martins – Uberlândia/MG Informações: Jussara – (34) 3224-5853 / 3215-1143 – fax: (34) 3215-1143

E-mail: cursos@centrodeorl.com.br

19 a 21 de Agosto 89º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Naso-Sinusal e IX Curso de Dissecção em S.I.M.O.N.T. (Sinus Model Otorhino Neuro Trainer) Local: Dias 19 e 20/08 - Johnson & Johnson Innovation Institute e dia 28 - Hospital São Paulo – São Paulo/SP Informações: Secretaria Executiva / Organização: Stela Maris Organização de Eventos. Nome para contato: Silvana – Telefone: (11) 5080-4933 Site: www.iocp.org.br E-mail: eventos@iocp.org.br

19 a 21 de agosto

4º Congresso Internacional do Hospital São Camilo Local: Hotel Maksoud Plaza São Paulo - Alameda Campinas, 150 - Bela Vista – São Paulo/SP

Site: https://www.facebook.com/even

Informações: Adriana Craveiro – Telefone: (11) 2972-8000

ts/1626511674251248/1626562184246197/

ramal 8052

E-mail: patrocinio@clinicaotoface.com.br

E-mail: adriana.craveiro@saocamilo.com

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20 a 22 de agosto

28 a 30 de agosto

Dissecção do Osso Temporal

VI Jornada de Otorrinolaringologia nas Montanhas

Local: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - Rua Cesario

Local: Hotel Arozo - BR 262 Km 89, 00 - S/N - Pedra Azul –

Mota Jr. 112 - 4º andar – São Paulo/SP

Domingos Martins/ES

Informações: Secretaria Executiva / Organização: Centro de

Informações: Secretaria Executiva / Organização: Ames.

Estudos Mario Otoni de Rezende. Contato: Zelia – Telefone: (11)

Contato: Vanessa – Telefone: (27) 3324-1333 / Telefone 2: (27)

2176-7235 / Fax: (11) 3222-8405

99902-3779

E-mail: ceotorrino@santacasasp.org.br

E-mail: vanessa@ames.org.br

27 a 28 de agosto

29 de agosto

XXI Workshop em Estroboscopia Local: Anfiteatro do Hospital Paulista - Rua Dr. Diogo de Faria,

Avaliação Otoneurológica: Recursos Eletrofisiológicos Básicos a Avançados

780 - 1º andar – São Paulo/SP

Local: Hotel Travel Inn Ibirapuera - Live & Lodge - Rua Borges

Informações: Secretaria Executiva / Organização: Voice Center

Lagoa, 1209 – São Paulo/SP

Cursos. Contato: Juliana Kato – Telefone: (11) 3083-7009

Informações: Secretaria Executiva / Organização: Stela Maris

Site: www.voicecentercursos.com.br E-mail: cursos@voicecenter.com.br

27 a 29 de Agosto

Organização de Eventos. Contato: Silvana – Telefone: (11) 50804933 Site: www.iocp.org.br E-mail: eventos@iocp.org.br

Rinosseptoplastia Local: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - Rua Cesario Mota Jr. 112 - 4º andar – São Paulo/SP Informações: Secretaria Executiva / Organização: Departamento Otorrino. Contato: Zelia – Telefone: (11) 2176 -7235 / Fax: (11) 3222-8405 E-mail: ceotorrino@santacasasp.org.br

27 a 29 de agosto 94º Curso de Cirurgias Endoscópicas Endonasais – FORL/BA Local: Hospital Universitário Prof. Edgard Santos - Rua Doutor Augusto Viana, S/N - 2º - Sala C – Salvador/BA Informações: Roberta – Telefone: (11) 3068-9855 Site: www.forl.org.br E-mail: cursosforl@forl.org.br

28 a 29 de agosto 13º Jornada de Estomatologia Local: Hospital das Clínicas de São Paulo - Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, , 255 - 6º andar – São Paulo/SP Informações: Secretaria Executiva / Organização: FORL. Contato: Roberta – Telefone: (11) 3068-9855 Site: www.forl.org.br E-mail: cursosforl@forl.org.br

Novemb ro De 25 a 28 d e novem b ro 45° Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Local: Centro de Eventos do Ceará – Avenida Washington Soares, 999 - Bairro Edson Queiroz – Fortaleza (CE) Informações: Departamento de Eventos da ABORL-CCF – (11) 5053-7502 Site: http://www.aborlccf.org.br/45cbo/informacoes_gerais.asp E-mail: eventos@aborlccf.org.br

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Defesa Profissional

I Fórum de Defesa Profissional e de Honorários Médicos da ABORL-CCF Por Thiago Theodo | Fotos: Divulgação

Entidade promove fórum com o objetivo de desenvolver ainda mais a especialidade, estreitando relações com as associações regionais

C

om o objetivo de aproximar e integrar os otorrinolaringologistas que residem distante da sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), localizada na cidade de São Paulo, a entidade tomou a iniciativa de realizar o I Fórum de Defesa Profissional e de Honorários Médicos. O evento, realizado no dia 29 de maio, reuniu 30 participantes, entre eles, presidentes e representantes das associações regionais, além de responsáveis por grandes clínicas especializadas em Otorrinolaringologia no país.

De acordo com Eduardo Baptistella, presidente da Comissão de Defesa Profissional da ABORL-CCF, o movimento realizado pela associação para unificar a especialidade é importantíssimo. Ele reitera que, costumeiramente, as entidades regionais possuem conhecimento sobre a especialidade na região em que atendem, porém, não costumam ter proximidade da sede.

Para ele, é imprescindível que haja um maior contato entre as associações regionais e a nacional, para o desenvolvimento da especialidade.

Eduardo Batistella no I Fórum de Defesa Profissiona

Divulgação

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Honorários Médicos da ABORL-CCF foi atingido. Foi possível descentralizar a especialidade e observá-la de uma forma mais ampla em todo o território nacional.

Divulgação

“A ideia, no caso, surgiu com a vontade de trazer o pessoal do interior para a capital. Normalmente os otorrinolaringologistas das regionais afastadas têm pouca voz, pouca interação com a gente. Eles fazem o trabalho deles no interior, porém, não têm o acesso direto à ABORL-CCF. Eles não sabem o que estamos fazendo, como funciona a nossa atuação. A ideia foi descentralizar; explicar o que eles têm de dificuldade, o que eles precisam... Foi assim que surgiu a ideia”.

Com a aproximação entre a sede da ABORL-CCF e as regionais, por meio de seus representantes, surgiu uma carta, desenvolvida em conjunto pelas entidades.

“Um dos objetivos – talvez o principal – foi trazer os otorrinolaringologistas das regionais para criar uma carta, um documento de ação da ABORL-CCF. São três itens principais: melhorar os honorários para a especialidade; defesa da especialidade, no quesito de plástica facial, por exemplo; e trazer novas maneiras de negociar com as operadoras de saúde”.

Segundo Baptistella, o documento será entregue diretamente à diretoria de Defesa Profissional, para que, então, todos os departamentos da associação possam trabalhar em cima do que nela foi escrito. Argumentando sobre o planejamento de ação da carta, o presidente da Comissão de Defesa Profissional revelou que haverá um grupo dentro da ABORL-CCF, liderado pela Comissão, responsável por articular todos os pontos existentes na carta.

“Dentro da própria associação, selecionaremos os diretores que estão mais aptos, que estão mais familiarizados com o assunto para desenvolver métodos de colocar as resoluções da carta em prática. Vamos atuar conforme for a familiarização do gestor”.

Para ele, seria menos trabalhoso que a associação realizasse o Fórum somente entre os diretores e o presidente da entidade, porém, a vontade da ABORL-CCF é tornar a entidade ainda mais forte, fazendo com que a especialidade esteja unida, de uma forma geral. De acordo com Baptistella, é necessário ouvir as regionais para ter um panorama da Otorrinolaringologia como um todo.

“Nós poderíamos realizar o Fórum sozinhos, só os diretores e o presidente, mas isso não traria a real imagem do que acontece no Brasil. Seria apenas uma imagem do que acontece dentro da ABORL-CCF. Nós não teríamos o perfil e o diagnóstico da especialidade no Brasil, em geral. Cada regional fez suas observações, o que eles têm de dificuldades em negociar preços, o que eles têm de problemas e o que eles têm de bom para nos acrescentar.

Foi bastante proveitoso”.

Para o presidente da Comissão de Defesa Profissional, o propósito do I Fórum de Defesa Profissional e de

Plateia do I Fórum de Defesa Profissional

“Nós poderíamos realizar o Fórum sozinhos, só os diretores e o presidente, mas isso não traria a real imagem do que acontece no Brasil.

Seria apenas uma imagem do que acontece dentro da ABORL-CCF”

Eduardo Baptistella, presidente da Comissão de Defesa Profissional

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gestão em pr á tica

Administrando o presente,

pensando no futuro Além de ser reconhecido nacionalmente por procedimentos cirúrgicos de alta complexidade em Oftalmologia e Otorrinolaringologia, o grupo BOS também pensa à frente, investe em pesquisas e prepara profissionais para o futuro

Por Thiago Theodo | Fotos: Divulgação

F

undado em 1979, o grupo Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), localizado em Sorocaba, São Paulo, é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, referência no tratamento de patologias oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Qualificado como Organização Social (OS), a instituição atende, em média, por mês, 19 mil pacientes, sendo 8.500 por convênio particular e 10.500 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses atendimentos geram cerca de 12 mil procedimentos de Serviço de Apoio, Diagnóstico e Terapêutica (SADT) mensais. Na especialidade de Oftalmologia, qualquer pessoa pode ser atendida via SUS. Já na

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especialidade de Otorrinolaringologia, o BOS ainda não possui recursos suficientes para que o atendimento seja realizado dessa forma, o que acaba por restringi-lo ao convênio particular.

Um centro de excelência conhecido por captação e transplante de córneas, o Banco de Olhos de Sorocaba, na área oftalmológica, é também conhecido por ser referência em cirurgias de catarata e retina realizadas a partir da tecnologia do laser de femtosegundo, além do ensino médico (formação e pesquisa) oferecido e o alto número de atendimentos realizados. Em Otorrinolaringologia, a instituição se destaca pelo implante coclear

(aparelho implantado na orelha cirurgicamente e capaz de estimular diretamente o nervo auditivo, causando sensações sonoras), polissonografia (exame realizado para investigar os distúrbios do sono) e atendimento de fonoaudiologia. Ambas as especialidades contam com Atendimento de Urgência (PS).

Ao todo, 19 mil pacientes são atendidos por mês no BOS

8.500 são atendidos por convênio particular

10.500 são atendidos pelo SUS

Além do número relevante de atendimentos mensais, o grupo BOS tem notoriedade por realizar aproximadamente 18 mil procedimentos cirúrgicos ao ano, entre cirurgias oftalmológicas, otorrinolaringológicas, plásticas, além de pequenas cirurgias, transplantes e excimer (cirurgia refrativa a laser). Responsável por 75% das doações de córnea do estado de São Paulo, a instituição contempla cidades e regiões de Sorocaba, Campinas, São Paulo e Jundiaí.

Conjuntamente, a instituição filantrópica possui engajamento na área de pesquisa e na formação de profissionais. O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e o Centro de Apoio em Pesquisa (CAP) são as pastas do hospital responsáveis por apoiar os pesquisadores na elaboração de projetos. Atualmente, o grupo participa de seis grandes pesquisas nacionais e internacionais entre as especialidades de Retina e Córnea.

Ademais, a residência oferecida aos médicos que trabalham no BOS é um dos pontos fortes do hospital. A instituição possui mais de 50 médicos na área de ensino que compartilham seu conhecimento com 25 residentes em Oftalmologia, oito em Otorrinolaringologia e 38 fellows nas áreas de córnea e doenças externas, retina e vítreo, glaucoma, USG, catarata e plástica ocular.

De acordo com o superintendente do hospital, Edil de Souza, a entidade não se preocupa somente com a situação presente das especialidades e dos pacientes, mas, também, com o futuro.

“Integrado ao hospital, o Centro de Estudos Pascoal Martinez Munhoz, criado para o desenvolvimento científico, promove periodicamente eventos para aprimoramento dos seus profissionais, além de simpósios nacionais e internacionais com renomados médicos da área”.

Superintendente Edil de Souza

Por mês, são cerca de

12 mil procedimentos de Serviço de Apoio

Por ano, aproximadamente

18 mil procedimentos cirúrgicos

O BOS é responsável por

75% das doações de córnea do estado de São Paulo VOX Otorrino | 15

Valorização da Categoria Capa

Participação em Eventos e Congressos

Comunicação Democratizada

Educação Continuada

Certificado do Título de Especialista

Plano de Residência e Treinamento

Defesa Profissional

Conteúdo em Gestão do Consultório 16 | VOX Otorrino

a

s

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Benefícios

de ser associado

ABORL-CCF Ser associado da ABORL-CCF é fazer parte de uma das maiores associações de especialidades médicas do Brasil com representatividade internacional

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) é a legítima representante nacional da especialidade de Otorrinolaringologia. A associação mantém convênios de cooperação com

as demais associações de especialidades médicas e é vinculada à Associação Médica Brasileira (AMB), além de outras sociedades científicas de âmbito nacional, como as entidades regionais e estaduais, e internacional.

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Capa

Sady Selaimen da Costa, presidente da ABORL-CCF, com a equipe de colaboradores da associação na prova de Título de Especialista 2015

Acolhendo seus associados, a ABORL-CCF defende os direitos e interesses dos otorrinolaringologistas brasileiros e traz à categoria uma diversidade de benefícios para o melhor exercício da especialidade: Oferece consultoria para assuntos administrativos e judiciais que dizem respeito ao exercício da profissão.

Promove o ensino e a pesquisa na área da Otorrinolaringologia, incluindo suas subespecialidades, tais quais a Otologia; Otoneurologia; Otorrinolaringologia Pediátrica; Otorrinolaringologia Ocupacional; Medicina do Sono; Rinologia; Bucofaringolaringologia; cirurgias ortodônticas traumatológicas; cirurgia plástica da face; cirurgia de cabeça e pescoço e da base de crânio; Otoneurocirurgia; microcirurgias; alergia; foniatria diagnose; endoscopia e demais áreas que venham a ser incorporadas à Otorrinolaringologia, contribuindo para elevar o ensino e a pesquisa, bem 18 | VOX Otorrino

como o aprimoramento de toda e qualquer iniciativa que auxilie a saúde no Brasil.

Zela pelo respeito à ética profissional, assim como trabalha pela defesa, regulamentação e fiscalização do exercício da Otorrinolaringologia.

Fomenta a realização de cursos, simpósios, congressos e demais eventos, tomando para si a responsabilidade na gestão, promoção e organização da logística, infraestrutura, desenvolvimento e comercialização desses encontros, assim como eventualmente angariar receita para arcar com os custos dos seus objetivos sociais.

Reúne os otorrinolaringologistas brasileiros, estimulando-os em seu relacionamento cultural e social.

Capacita e forma especialistas com a promoção de cursos de aperfeiçoamento, congressos, estágios no

Reuniao AMB Juríco ABORL-CCF - Lucas Costa, Marcio Fortini, Marcos Antunes, Vania Rosa Moraes e Casimiro Junqueira

ReuniaoDirex

Brasil e no exterior, além de outras iniciativas, como investimentos em pesquisa e educação continuada.

Realiza constante intercâmbio com instituições da mesma natureza.

Trabalha em conjunto com os poderes públicos e outras instituições para fins de contribuir com melhorias em assuntos médico-sociais e educacionais referentes à Otorrinolaringologia.

Disponibiliza publicações oficiais da entidade como o Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (principal revista da área, com expressão internacional), a VOX Otorrino e o Tratado de Otorrinolaringologia para o enriquecimento em conhecimentos científicos e o engrandecimento da carreira do associado.

Cultiva a memória da Otorrinolaringologia brasileira e mundial com homenagens a seus membros de destaque.

A ABORL-CCF traz ainda a seus associados um amplo suporte técnico e administrativo das Comissões, Departamentos e Academias, oferecendo: Exame de Suficiência para Obtenção do Título de Especialista, com elaboração 100% digital e com total segurança, transparência e agilidade; Plano de Residência e Treinamento, avaliando e fiscalizando a formação de especialistas em Otorrinolaringologia para atender à demanda de reconhecimentos de estágios na especialidade em vários locais do país, mantendo constante e estreito contato com a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e zelando para que a qualidade de ensino oferecida pelos serviços de residência e especialização reconhecidos seja compatível com o mínimo exigido pela ABORL-CCF, de acordo com o seu programa de avaliação, bem como promovendo vistorias periódicas com o mesmo intuito.

VOX Otorrino | 19

capa

Promoção e apoio de cursos e congressos nas mais diversas áreas da Otorrinolaringologia brasileira e mundial, com descontos de até 30% em suas inscrições, além de suporte durante sua realização ou até mesmo em vídeo-aulas nos mais variados temas, buscando a excelência na especialidade.

Atualização e disseminação do conhecimento através de consensos, livros e periódicos e da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, principal revista cientifica na área, com expressão internacional.

Defesa Profissional atuante, valorizando e defendendo o interesse dos seus associados na busca de melhores condições e remuneração justa. Além de amplo amparo técnico de pareceres e consultoria jurídica e a disponibilidade de Termos de Ciência e Consentimento personalizado ao associado.

Apoio profissional através de artigos e videoaulas de gestão de consultório e orientação profissional de aspectos legais da profissão.

Campanhas de conscientização da população em relação aos cuidados com sua saúde e a indicação correta do otorrinolaringologista para os cuidados devidos, divulgando e valorizando a especialidade.

Informação e atualização em todo o tempo através dos nossos canais de comunicação com informações de fácil acesso “ na palma da mão”: - Site moderno, ajustável nas mais diversas plataformas e de ótima visualização e de fácil acesso, com as notícias mais importantes da especialidade; - Vox Otorrino, impressa ou digital, com informações, entrevistas, conhecimentos e atualidades; - Atendimento on-line via chat ou por e-mail, fale conosco; - Rede social de acesso aberto para orientação ao público leigo; - Rede social fechada para acesso exclusivo a médicos e grupos de debates; - Panorama semanal de novidades.

Rede de empresas credenciadas para oferecer descontos em livrarias, lojas de departamentos, floriculturas, entre outras: O associado da ABORL-CCF tem direito a descontos em alguns locais culturais e de entretenimento, assim como descontos em compras de livros na Saraiva e na compra de eletrônicos na rede Fast Shop, entre outros, através do Cartão de Identidade.

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“Trabalhamos com esmero para aumentar os benefícios aos nossos associados através de serviços disponibilizados e parcerias alcançadas. Mas os maiores benefícios, muitas vezes não aparecem.

Entre eles, está fazer parte de um grupo de mais de 6 mil otorrinolaringologistas, que se fazem representar valorizando o Título de Especialista, lutando por uma remuneração mais justa e melhores condições de trabalho. Esses esforços vêm através de audiências públicas, reuniões com órgãos públicos, nas ruas e na mídia, por conta de

campanhas

de

conscientização

à

população para buscar orientação de um médico Otorrinolaringologista.

Recentemente tivemos mais uma conquista, firmamos

um

contrato

de

assessoria

jurídica extensiva aos nossos associados, ampliando sua atuação, não só apenas consultiva, mas também o contencioso, relacionado a sua atividade profissional”

Carlos Roberto da Silva, diretor-executivo da ABORL-CCF

Brasileiros no Luso-Brasileiro - Em primeiro plano, os presidentes das sociedades portuguesas, brasileira e galaica de Otorrinolaringologia, com a segunda vice-presidente da ABORL-CCF

Comunicação democratizada Como muitos membros são de regiões afastadas da sede da ABORL-CCF, torna-se difícil aproximar a instituição das entidades regionais e dos seus associados. Para eliminar as fronteiras que impedem essa comunicação, a ABORL-CCF transformou seu auditório em um estúdio de geração e transmissão de informações para realizar todas as reuniões das comissões a partir da internet, em tempo real. Serão criados, ainda, ciclos de palestras e variados cursos on-line, já parcialmente disponíveis.

A associação está modernizando o seu site com as notícias mais importantes da especialidade. E com a revista VOX Otorrino, tanto impressa quanto digital, oferecemos mais conhecimento para o associado. Temos, também, um atendimento on-line, via chat, por e-mail ou também através do fale conosco. Existe ainda uma rede social aberta para o público leigo, muito importante e interessante, além dessa fechada, que é destinada à interação dos médicos.

A ABORL-CCF está sempre empenhada em trazer cada vez mais benefícios e melhorias para a carreira dos nossos associados.

Obrigado por fazer parte deste grupo de mais de 6 mil otorrinolaringologistas, representados por nossa querida associação!

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Educação Co ntinu ada

Ronco Primário Fábio Tadeu Moura Lorenzetti | Coordenador-geral do Departamento de Otorrinolaringologia do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS); pós-graduado (nível doutorado) pela Faculdade de Medicina da USP; e secretário do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF.

“L

augh and the world laughs with you; snore and you sleep alone” – Esta frase do escritor britânico Anthony Burgess ilustra o drama vivido por alguns indivíduos roncadores, com prejuízo social e conjugal.

O ronco noturno ocorre pela vibração dos tecidos moles, especialmente na região faríngea, que ocasiona o ruído de intensidade, duração e frequência variáveis. Geralmente, o

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ronco ocorre na inspiração, eventualmente pode ser expiratório. O palato mole é um dos principais sítios de vibração, dentre outras regiões da via aérea superior (VAS).

A manifestação do ronco pode ocorrer isoladamente ou fazer parte de outros distúrbios respiratórios do sono (DRS), como a síndrome de resistência das vias aéreas superiores (SRVAS) e a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Quando ocorre sem a presença de outro

DRS, pode ser denominado ronco primário (RP), ronco simples ou ronco habitual. A classificação internacional de distúrbios do sono (ICSD-3), publicada em 2014, descreve o RP como sintoma isolado dentro do grupo de DRS. Contudo, alguns autores acreditam que existe um continuum entre RP, SRVAS e SAOS.1,2 A prevalência do ronco é bastante variável na literatura, dependendo das características da população estudada, da idade, do gênero e dos critérios diagnósticos utilizados. Não existe um consenso bem definido sobre o que é considerado ronco habitual. Além disso, outras definições como ronco perturbador e ronco ocasional podem causar confusão. Embora alguns acreditem que o ronco ocasional é quase universal, um estudo realizado com 1.101 indivíduos na cidade de São Paulo (Episono) evidenciou queixa de ronco habitual (+ de 3x/sem) em 41,7% dos entrevistados.3 Na Hungria, 50% dos pesquisados (n=12.643) referiram roncos de alta intensidade. Em paralelo, estudo feito com 4.533 latino-americanos evidenciou prevalência de ronco em aproximadamente 60% dos homens e 50% das mulheres.2 Todavia, a prevalência do RP permanece incerta. Considerando que o primeiro estudo citado (Episono) encontrou 32,8% de participantes com SAOS, seria possível inferir que a prevalência do RP foi inferior a 9% nessa população.

O RP acomete todas as faixas etárias, predomina no sexo masculino, mas pode ocorrer em mulheres, especialmente na menopausa. Também pode acometer gestantes e, quando o ronco surge nesse período, estudos apontam risco aumentado para hipertensão gestacional e pré-eclampsia. Outros fatores também aumentam a chance de o indivíduo roncar: obesidade, obstrução nasal, hiperplasia adenoamigdaliana (especialmente em crianças), ingestão de álcool, uso de medicamentos miorrelaxantes, tabagismo, anormalidades esqueléticas, etc.1,2 Brew et al. observaram que o aleitamento materno por mais de 1 mês reduz o risco de a criança apresentar RP, talvez pelo melhor desenvolvimento orofaríngeo.4 Nas crianças, algumas evidências sugerem que o ronco habitual pode estar associado a déficit cognitivo e comportamental, semelhante ao que ocorre na SAOS. Infelizmente, muitas dessas crianças com diagnóstico de RP raramente são tratadas efetivamente, em parte devido ao conceito errôneo de que o ronco é um problema “inocente”.5 Vários estudos epidemiológicos correlacionam o ronco nos adultos a uma série de doenças cardiovasculares e metabólicas. Entretanto, é muito difícil interpretar esses resultados, uma vez que na maioria desses estudos o diagnóstico de SAOS não foi afastado pela polissonografia (PSG).1,2 Todavia, apesar de alguns dados conflitantes, crescem as evidências que apontam o ronco primário como um fator

de risco isolado para doença cardiovascular.6 Lee et al. realizaram o principal estudo que correlacionou o RP com aterosclerose de a. carótidas em humanos.7 Nesse mesmo grupo de pesquisadores, Cho et al. constataram que a vibração aumentou a disfunção endotelial em a. carótidas de coelhos.8 Tais achados estimularam o grupo a realizar outras pesquisas experimentais nesta linha, acreditando que o mecanismo de vibração (causado pelo ronco) e a ativação do SNA simpático poderiam explicar as consequências cardiovasculares.6 Numa outra pesquisa de Rich et al. dentre os 5.955 indivíduos com IMC<30Kg/m2 e IAH<5/h (avaliados por monitorização portátil), o aumento do índice de roncos mostrou uma discreta elevação em todas as causas de mortalidade, após ajuste por idade e gênero.9 Apesar desse estudo possuir limitações metodológicas e de outras publicações conflitantes na literatura, as evidências atuais sugerem que o RP pode não ser tão inócuo para a saúde como alguns acreditavam. Esse dilema possivelmente será esclarecido num futuro breve com a publicação de novos estudos nessa área.

Em relação ao diagnóstico, a polissonografia (PSG) continua sendo o exame padrão-ouro para confirmar ou excluir a presença de DRS. No entanto, a monitorização portátil do sono (MPS) vem ocupando um papel cada vez mais importante nesse campo. Pela ICSD-3 o diagnóstico da SAOS pode ser confirmado pela PSG ou pela MPS. Vale ressaltar que a MPS pode ser usada apenas em situações específicas, de acordo com o guideline da Academia Americana de Medicina do Sono (AASM). Contudo, se o resultado da MPS for negativo ou se houver qualquer dúvida, o paciente deverá ser submetido à PSG tipo 1.1

VOX Otorrino | 23

Educação Co ntinu ada

A avaliação objetiva do ronco é uma das grandes dificuldades, tanto no diagnóstico quanto na avaliação dos resultados terapêuticos. Os sensores dos equipamentos de PSG e MPS podem apresentar problemas, os ruídos externos podem confundir a análise e, muitas vezes, as informações subjetivas do técnico de PSG são relevantes. Nesse rumo, estudos com análise acústica do ronco podem ajudar na quantificação objetiva (eliminando os ruídos externos) como também na identificação do(s) sítio(s) envolvido(s) na gênese do ronco.10 Outro assunto atual é o uso de “apps de smartphones” para fornecer informações sobre o sono dos pacientes, mais especificamente sobre o ronco.11 Esse recurso ainda necessita de estudos e desenvolvimento, mas pode ser interessante principalmente nos pacientes que não possuem acompanhante para observar o ronco.12 Alguns exames clássicos podem ser realizados para avaliação anatômica dos pacientes roncadores, entre eles, a videoendoscopia de VAS, a tomografia computadorizada, a cefalometria, a ressonância magnética, dentre outros. A manobra de Mueller e o ronco simulado, apesar das limitações, podem acrescentar informações auxiliares na conduta terapêutica.13 Os estudos com DISE (drug-induced sedation endoscopy) têm aumentado consideravelmente na literatura, especialmente na tentativa de aprimorar o topodiagnóstico da SAOS. Contudo, ainda há controvérsia sobre como executar a sedação, quais as indicações para o exame, como descrever os achados e de que modo tais achados influenciarão na conduta terapêutica. Para auxiliar no desenvolvimento das pesquisas sobre DISE, recentemente foram publicadas algumas propostas de padronização.14 As várias opções terapêuticas para o RP podem ser separadas em tratamentos conservadores, procedimentos minimamente invasivos e cirurgias propriamente ditas. Entre as opções não cirúrgicas, uma publicação recente de ensaio clínico randomizado mostrou que a fonoterapia com exercícios orofaríngeos foi efetiva na redução dos roncos.15 Outro ensaio clínico randomizado tipo crossover sobre o uso de corticoide nasal, evidenciou que a budesonida nasal foi capaz de reduzir a frequência dos roncos no grupo estudado.16 Os aparelhos intraorais de avanço mandibular, usados para tratar alguns casos específicos de RP e SAOS, agora possuem modelos com sensores que permitem saber se o paciente está usando corretamente.17 Ainda como novidades, dispositivos nasais que aumentam a pressão expiratória (ProventR para SAOS e TheraventR para Ronco) têm mostrado algumas evidências positivas para casos selecionados.18 Novos equipamentos usados para alguns pacientes com apneia posicional (NightShiftR NightBalanceR), também poderiam ser úteis em casos de pacientes que roncam exclusivamente em posição supina, entretanto, esse tema necessita de novas pesquisas.19 24 | VOX Otorrino

No grupo dos procedimentos minimamente invasivos, houve na literatura uma redução das publicações sobre LAUP, enquanto os artigos sobre radiofrequência (RF) e implantes palatais (IP) continuam em voga. Uma meta-análise publicada por Choi et al. em 2013 concluiu que os implantes palatais apresentam um efeito positivo, porém moderado, no tratamento do ronco.20 Lee et al. (2014) publicaram ensaio clínico randomizado comparando uma sessão de RF com os implantes palatais, notaram que ambos foram efetivos no tratamento do ronco, porém os resultados dos IP foram melhores.21 A injeção de esclerosantes no palato mole, que estudamos no Brasil desde 2004 e denominamos “injeção roncoplástica”, continua sendo objeto de outras pesquisas.22 Olszewska et al. publicaram estudo com injeção palatal de tetradecil sulfato de sódio e concluíram que é um procedimento efetivo para o tratamento do ronco, com mínimo grau de invasão.23

Várias técnicas cirúrgicas, tanto de partes moles quanto esqueléticas já foram descritas para o tratamento do ronco e da SAOS. Das inúmeras variações de uvulopalatofaringoplastias descritas na literatura, a técnica de pexia palatal nomeada sling snoreplasty ou roman blinds é bastante interessante para alguns casos de pacientes com RP, especialmente aqueles que já foram amigdalectomizados.24 Recentemente, Mantovani et al. realizaram variações dessa mesma técnica com fios farpados.25 Contudo, um grande problema enfrentado por muitos otorrinolaringologistas é que algumas operadoras de saúde não autorizam determinados procedimentos cirúrgicos para RP, alegando que o ronco seria quase um problema “estético”. Talvez as evidências atuais (e futuras) de que RP não é inócuo para a saúde sirvam para quebrar esse paradigma.

Referências 1- International Classification of Sleep Disorders, 3rd ed, American

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Academy of Sleep Medicine, Darien, IL 2014.

trial. Chest 2015.

2 - Dreary V, Ellis JG, Wilson JA, Coulter C, Barclay NL. Simple snoring: not

16 - Koutsourelakis I et al. Nasal steroids in snorers can decrease

quite so simple after all? Sleep Med. Rev. 2014.

snoring frequency: a randomized placebo-controlled crossover trial. J.

3 - Santos-Silva R et al. Increasing trends of sleep complaints in the city of

Sleep Res. 2015.

Sao Paulo, Brazil. Sleep Med 2010.

17 - Vanderveken OM et al. Objective measurement of compliance during

4 - Brew BK et al. Breastfeeding and Snoring: A Birth Cohort Study. PLoS

oral appliance therapy for sleep-disordered breathing. Thorax 2013.

One 2014.

18 - White DP. New therapies for obstructive sleep apnea. Semin. Respir.

5 - Biggs SN, Nixon GM, Horne RSC. The conundrum of primary snoring in children: what are we missing in regards to cognitive and behavioural morbidity? Sleep Med. Rev. 2014.

6 - Chang JL, Kezirian EJ. Health Risks of Snoring Without Obstructive Sleep Apnea. Laryngoscope 2013.

7 - Lee SA, Amis TC, Byth K et al. Heavy snoring as a cause of carotid artery atherosclerosis. Sleep 2008.

8 - Cho JG, Witting PK, Verma M et al. Tissue vibration induces carotid artery endothelial dysfunction: a mechanism linking snoring and carotid atherosclerosis? Sleep 2011.

9 - Rich J, Raviv A, Raviv N, Brietzke SE. An epidemiologic study of snoring and all-cause mortality. Otolaryngol Head Neck Surg. 2011.

10 - Xu H et al. Nocturnal snoring sound analysis in the diagnosis of

Crit. Care Med. 2014.

19 - Levendowski DJ et al. Assessment of a neck-based treatment and monitoring device for positional obstructive sleep apnea. J. Clin. Sleep Med. 2014.

20 - Choi JH, Kim SN, Cho JH. Efficacy of the Pillar implant in the treatment of snoring and mild-to-moderate obstructive sleep apnea: a meta-analysis.

Laryngoscope 2013.

21 - Lee LA et al. Comparative effects of snoring sound between two minimally invasive surgeries in the treatment of snoring: a randomized controlled trial. PLoS One 2014.

22 - Lorenzetti FT, Formigoni GG, Cahali MB. A proposition for a new term: “Injeção Roncoplástica”. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2008.

obstructive sleep apnea in the Chinese Han population. Sleep Breath 2015.

23 - Olszewska E et al. Usefulness of snoreplasty in the treatment of simple

11 - Nakano H et al. Monitoring sound to quantify snoring and sleep apnea

snoring and mild obstructive sleep apnea/hypopnea syndrome - Preliminary

severity using a smartphone: proof of concept. J. Clin. Sleep Med. 2014.

report. Otolaryngol. Pol. 2014.

12 - Stippig A et al. Apps in sleep medicine. Sleep Breath 2015.

24 - Mantovani M et al. The velo-uvulo-pharyngeal lift or “roman

13 - Huo H et al. Endoscopic upper airway evaluation in obstructive sleep

blinds” technique for treatment of snoring: a preliminary report. Acta

apnea: Mueller’s maneuver versus simulation of snoring. Sleep Breath 2015.

Otorhinolaryngol. Ital. 2012.

14 - De Vito A et al. European position paper on drug-induced sedation

25 - Mantovani M et al. The “Barbed Roman Blinds” technique: a step

endoscopy (DISE). Sleep Breath 2014.

forward. Acta Otorhinolaryngol. Ital. 2013.

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Campa nha

Campanha Nacional

da Voz

conquista os visitantes do Parque do Povo Fotos: Divulgação

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A

17ª Campanha Nacional da Voz, promovida pela Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV), em parceria com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), movimentou o Parque do Povo, em São Paulo. Entre os dias 16 e 18 de abril, o público presente pôde visitar a boca gigante inflável e aprender sobre o funcionamento do sistema vocal por meio de atividades educativas e intervenções culturais gratuitas.

Com o tema Afine sua saúde. Cuide da sua voz!, o evento contou com a presença de cerca de 800 participantes, que além de conhecerem o inflável, assistiram às performances dos palhaços Fuska e Gaiato e dos beatboxers Borracha e Mautari.

Padrinhos dessa edição da campanha, a ONG Doutores da Alegria também apoiou a ação. Encenando uma peça muito divertida, que retratava um inusitado transplante de voz, os “Doutores” Sandoval e Greta

encantaram as crianças e os adultos que vieram até o Parque do Povo.

Neste ano, a Campanha da Voz teve ainda a participação voluntária do coral da ACASP, a Associação Coral Adventista de São Paulo. No sábado, dia 18 de abril, o grupo se apresentou no encerramento do evento, emocionando os visitantes.

Outro destaque da edição de 2015 foi a participação dos alunos do Instituto Criança Cidadã (ICC). Dezenas de estudantes da instituição visitaram a exposição e se interessaram pelo funcionamento do aparelho fonador e da laringe, com perguntas que surpreenderam até o coordenador da campanha, Dr. Gustavo Korn.

A Campanha Nacional da Voz também contou com o patrocínio de Strepsils, marca especialista em dor de garganta e única pastilha que contém flurbiprofeno, princípio ativo que combina a ação anti-inflamatória com a analgésica.

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Certificação IS O

ISO 9001 na ABORL-CCF Por Victor Bellani

A organização dos múltiplos processos internos da ABORL-CCF tem o objetivo de criar um mapa operacional consistente e reprodutível da associação. Ao mesmo tempo em que a entidade se torna muito mais transparente, desenha com clareza os caminhos percorridos pelos projetos, azeitando a máquina administrativa e tornando mais céleres as transições. Para isso, a associação contratou uma empresa de consultoria a fim de cumprir com perfeição esse objetivo, que será validado com a certificação ISO 9001/2015.

A ISO 9001 é considerada uma norma de reconhecimento internacional que apresenta um conjunto de requisitos para a certificação do sistema de gestão de qualidade (SGQ) de uma organização, tendo como principal intuito fornecer diretrizes para as organizações que pretendam desenvolver, implementar e manter um SGQ que possibilite atender às expectativas e necessidades relevantes das partes interessadas no negócio.

David Zaneti, professor universitário, consultor e auditor da Prime Mode, que presta consultoria para a implementação do modelo na ABORL-CCF, revela como será o funcionamento. “Inicialmente, formou-se um comitê da qualidade, com representantes de todos os departamentos da associação, e, ao longo do processo de implementação, esse grupo receberá uma serie de treinamentos. Uma das principais atividades desse comitê, juntamente com a consultoria, é mapear os processos, definir indicadores de desempenho e descrever e documentar como as atividades são executadas na realização dos processos. Em paralelo, desenvolveremos alguns procedimentos gerenciais para atender aos requisitos normativos da ISO 9001 e, posteriormente, vamos realizar algumas auditorias internas para verificar o grau de atendimento a esses requisitos e ao projeto de certificação. Por fim, será feita uma auditoria de certificação por um organismo certificador”.

ISO 9001 – ferramenta estratégica de gestão, utilizada por mais de um milhão de organizações no mundo, capaz de possibilitar a melhoria da prestação de serviço ao cliente O diretor-executivo da ABORL, Carlos Roberto da Silva, acredita que a norma irá trazer benefícios para a entidade e seus associados. “O mapeamento de todos os 28 | VOX Otorrino

processos, com certeza, trará um grande avanço para nossa associação, que, acredito, será a pioneira. O foco nos associados, parceiros, fornecedores e colaboradores, traçando uma política de qualidade, comunicada e garantida a todos os envolvidos, nos leva a um planejamento adequado com avaliações de oportunidades e riscos”, acredita.

Para Zaneti, esse desenvolvimento também fará da ABORL pioneira no processo de certificação ISO 9001, pelo fato de não haver conhecimento de outra associação na área médica com a certificação ISO 9001/2015.

Segundo o presidente, a implantação desse sistema trará uma redução significativa de custos para a entidade. “Dentro do mapeamento dos processos, é fácil analisar o que está sendo executado, possibilitando a identificação de imperfeições que serão corrigidas. Com certeza, ao longo dessa avaliação, potenciais redundâncias deverão ser diagnosticadas e, imediatamente, descartadas. Assim, reduzem-se horas de trabalho – principalmente de retrabalho – e se reorienta o foco de todo o grupo para ações mais efetivas e construtivas. O ganho de tempo embutido nesse processo é inegável e, como diz o ditado, Time is Money!”.

De acordo com Zaneti, para obter a certificação da ISO 9001, uma empresa deve cumprir certos requisitos, para que as várias fases sejam realizadas de forma adequada. “A decisão sobre o certificado ISO 9001 é do organismo certificador, por meio de seus auditores, que, após a execução de uma auditoria, podem ou não recomendar a entidade para certificação. Essas recomendações, em conjunto com o relatório de auditoria, são enviadas ao organismo de certificação, que, após análise desses documentos, emite o certificado ISO 9001 com validade de três anos”, define.

A nova versão da ISO 9001, que será oficializada em setembro de 2015, está totalmente alinhada com as mudanças globais e tecnológicas no mercado, tendo como principais aspectos: o levantamento de oportunidades e riscos para o negócio, a melhoria contínua, a gestão de mudanças, a gestão do conhecimento e o atendimento às necessidades e expectativas das partes interessadas na organização.

Vox news

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), representada por Eduardo Baptistella, presidente da Comissão de Defesa Profissional da entidade, e a Associação Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV), representada pelo seu vice-presidente Luciano Neves, participaram da audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre o projeto de lei que institui a Política Nacional de Saúde Vocal (PL 2.776/2011), de autoria do deputado Saraiva Felipe (PMDB/MG), referente ao REQ no 0034/15, do deputado Orlando Silva (PCdoB/SP).

No encontro, a ABORL-CCF baseou-se em dados que demonstram o custo de R$200 milhões devido ao afastamento de profissionais de voz de suas atividades. Situação essa que poderia ser evitada se prevenida e tratada adequadamente. Com isso, a associação se posicionou favorável à criação da Política Nacional de Saúde Vocal.

Para Eduardo Baptistella, o projeto poderá trazer, além de um grande benefício para a saúde dos profissionais da voz, a redução de custo aos cofres públicos, assim como também poderá abrir uma nova porta de mercado aos otorrinolaringologistas, que ao exercerem seu papel de diagnóstico e tratamento, deverão ser remunerados adequadamente pelo Governo Federal.

O PL 2.776/2011 inclui ainda a criação de uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudiólogos, psicólogos e otorrinolaringologistas. Ronaldo Granjeiro, especialista em Otorrinolaringologia, membro da ABLV, foi o nome indicado pela ABORL-CCF para auxiliar nos detalhes técnicos do projeto.

Representantes do Ministério da Educação e Cultura, presentes também na reunião, firmaram o compromisso de criar medidas financeiras para viabilizar a instauração da Política Nacional de Saúde Vocal. Otorrinolaringologistas de Brasília e adjacências ajudaram a associação na defesa de levar adiante as metas do PL. A ABORL-CCF crê que com iniciativas como essa, em parceria com a ABLV, fortaleceram os interesses profissionais dos associados e da própria especialidade, promovendo um cenário atuante e promissor.

Divulgação

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ABORL-CCF participa de audiência pública sobre projeto de lei que institui a Política Nacional de Saúde Vocal

VOX Otorrino | 29

Gestão & Carreira

7

dicas para cortar custos

com materiais no seu serviço Por Rafael Martins

U

ma forma simples de cortar custos no consultório ou clínica é economizar com os materiais necessários para o seu funcionamento diário. Apesar de representar uma parte pequena das despesas de um serviço (comparado, por exemplo, aos gastos com pessoal), evitar custos desnecessários pode ser bastante útil em curto ou longo prazo.

A revista norte-americana Medical Economics publicou um artigo com orientações de especialistas para ajudar o médico a cortar custos com materiais. Com base nele, a Revista VOX Otorrino apresenta uma lista com sete dicas para se conseguir isso. A partir do momento em que você aprender a reduzir os pequenos gastos e tornar isso parte da rotina, não haverá mais por que desperdiçar a menor quantia que seja.

1. Assuma a liderança As finanças do serviço não podem ser administradas sozinhas, portanto, você tem que assumir a liderança e supervisionar toda a compra de material, seja de escritório ou suprimentos médicos. Como líder, você tem de se comunicar com a sua equipe. É preciso conseguir a adesão dos colaboradores, deixando claro que essa é uma questão importante e que eles fazem a diferença.

2. Monte um controle de estoque É importante controlar o estoque, estabelecendo níveis ideais para cada item.

Atribua a algum funcionário a responsabilidade de fazer o monitoramento, as compras e o contato com fornecedores. Peça um relatório periódico para que você faça o acompanhamento, evitando maiores gastos e correria de última hora.

3. Compre no atacado quando der Através da compra em atacado é possível fazer uma economia de até 20%, dependendo do item e da quantidade comprada. Você economiza mais se comprar uma caixa de luvas descartáveis do que um único par. Negocie e consiga ainda um bom desconto. Se o seu consultório estiver localizado em algum complexo com vários outros prestadores de serviço, uma opção é juntar as compras de itens que sejam usados por todos para aproveitar descontos dados para aquisições em grandes quantidades.

30 | VOX Otorrino

4. Navegue para economizar Se seu serviço ainda não faz a maior parte das compras pela internet, agora é a hora de começar. A versão on-line de uma loja pode ter preços melhores que a física. Mas procure referências antes de efetuar qualquer compra on-line e dê preferência para sites confiáveis. Apesar das vantagens desse tipo de compra, alguns médicos continuam a pagar preços altos em fornecedores locais por força do hábito.

5. Avalie tudo Seja criativo ao explorar formas de reduzir seus custos. Talvez itens não desenvolvidos especificamente para uso médico possam caber na conta. Por exemplo, um armário usado em escritórios, vendido por um preço menor do que um exclusivo para uso médico. Dependendo do material e da sua finalidade, você também pode pechinchar equipamentos usados ou remodelados, como uma mesa de exames.

6. Veja além do preço Olhar os preços com atenção é apenas uma parte da estratégia de gestão de custos.

Médicos, administradores de clínicas e diretores financeiros devem analisar as contas mais de perto do que nunca. Se tiver atenção, pode ignorar um aumento de preço significativo sobre seus pedidos regulares. De forma similar, manter-se fiel à mesma marca que você usa desde a faculdade de Medicina pode trazer-lhe prejuízos. Trocar de marca às vezes pode fazer uma grande diferença

7. Examine o quadro geral Apesar de todas as pressões financeiras sobre o seu consultório, trate suas opções realisticamente. Em algumas ocasiões, talvez a melhor opção seja abrir um pouco a carteira. Se você está numa área pequena ou rural, talvez seja preferível gastar um pouco mais por uma empresa que entregue seus materiais mais rapidamente que enfrentar atrasos de uma fonte mais barata.

Qualidade também é importante.

Pontos-chave - Materiais médicos e de escritório podem ser uma parcela pequena das despesas do seu serviço, mas eles ainda se encontram em uma área que você pode examinar para economizar dinheiro.

- Montar um sistema de controle de inventário é um dos passos mais essenciais para ter os custos de seus materiais médicos e de escritório na sua mão.

VOX Otorrino | 31

Internacional

6º Congresso Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia O maior evento em Laringologia da América Latina ocorreu em São Paulo e atraiu especialistas e residentes de diversos países da região com temas que fazem parte do dia a dia desses profissionais Por Vinícius Corrêa

P

ela segunda vez no Brasil, o Congresso Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia teve a sua sexta edição realizada na cidade de São Paulo, entre os dias 3 e 4 de julho, e foi organizado pela ABORL-CCF. Este é o maior evento da especialidade em toda a América Latina e a escolha da capital paulista foi devido à infraestrutura que a cidade oferece e à facilidade de mobilidade entre as capitais dos demais países latino-americanos, motivando uma maior participação dos associados de todos os países.

Para Paulo Perazzo, presidente da Asociación Latinoamericana de Laringologia y Fonocirurgía (ALLF) e diretor secretário de eventos da Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV), o evento trouxe um temário moderno de grande destaque, enfatizando a Neurolaringologia, os aspectos cirúrgicos das pregas vocais e os avanços da especialidade. Aos associados, foram diversas e enriquecedoras as discussões sobre as práticas clínicas.

“Hoje, um dos exames mais realizados pelo otorrinolaringologista em consultório é a videolaringoscopia, além do domínio do diagnóstico e, consequentemente, a importância da boa realização dos laudos desse exame. Isso dá uma maior segurança ao colega que faz Otorrinolaringologia geral. Obviamente aos que se dedicam mais à laringe, foi uma oportunidade ímpar de ouvir e debater com a “nata” da laringologia do nosso continente”.

O presidente do evento destaca ainda o esforço da diretoria ABORL-CCF em realizar este congresso, arcando com a responsabilidade e praticamente com todo o subsídio para o seu acontecimento no Brasil, cujo intuito foi o de estimular a participação dos membros da associação, 32 | VOX Otorrino

especialmente os residentes, para que os jovens tivessem um maior encorajamento e pudessem apreciar as discussões dos mais experientes. Geraldo Druck, assessor da diretoria da ABORL-CCF, corrobora com a afirmação do presidente, trazendo à tona a importância de Paulo Perazzo para trazer o congresso para o país, o que faz demonstrar o quanto a Laringologia brasileira tem valor no contexto latino-americano.

O membro da associação, que no evento também assumiu o papel de coordenador de um painel sobre conceitos em fonomicrocirurgia, acrescentou que o objetivo do programa científico do evento foi o de proporcionar um extenso debate sobre as doenças de laringe com o enfoque atual, com o intuito de agradar ao otorrinolaringologista geral e àqueles que se dedicam mais à laringologia.

“A expectativa foi a melhor possível. Raramente temos no Brasil laringologistas de toda a América Latina trocando conhecimento e experiência. Foi, realmente, um evento imperdível”, avaliou Geraldo Druck.

O primeiro encontro ocorreu em 2005, em Manaus, na sede ALLF. Realizado de dois em dois anos, o congresso já passou por Cidade do México (México), Buenos Aires (Argentina), Bogotá (Colômbia) e San José (Costa Rica).

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45º CONGRESSO BRASILEIRO DE

OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO FACIAL 25 a 28 de novembro de 2015 Centro de Eventos do Ceará

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Conduta mĂŠdica

34 | VOX Otorrino

A Relação do

profissional médico com a publicidade médica Por Vania Rosa Moraes, advogada responsável pelo Departamento Jurídico da ABORL-CCF e Eduardo Baptistella, diretor presidente da Comissão de Defesa Profissional da ABORL-CCF

C

om o crescente fenômeno das redes sociais, é cada vez mais frequente seu uso pelos profissionais médicos para a divulgação de assuntos da área, porém se observa que, na maioria das vezes, as informações são divulgadas sem o rigor da lei, pois, do mesmo modo que a legislação permite e autoriza, também proíbe determinadas condutas com relação à propaganda médica estabelecendo restrições relativas ao exercício profissional médico.

Cabe ao profissional o bom senso, a fim de evitar o sensacionalismo, autopromoção e mercantilização da medicina, porque a divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação, é norteada pelas resoluções do Conselho Federal de Medicina e pelo Código de Ética Médica, não podendo ultrapassar os limites éticos, e deve, obrigatoriamente, ter caráter informativo e educativo.

d) Divulgar especialidade ou área de atuação não reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina ou pela Comissão Mista de Especialidades;

A Resolução CFM nº 1974/2011 veda ao médico, na relação com a imprensa, na participação em eventos e no uso das redes sociais:

h) Adulterar dados estatísticos visando beneficiar-se individualmente ou à instituição que representa, integra ou o financia;

a) Divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço; b) Identificar-se inadequadamente, quando nas entrevistas; c) Realizar divulgação publicitária, mesmo de procedimentos consagrados, de maneira exagerada e fugindo de conceitos técnicos, para individualizar e priorizar sua atuação ou a instituição onde atua ou tem interesse pessoal;

e) Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina; f ) Anunciar, quando não especialista, que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas com indução à confusão com divulgação de especialidade; g) Utilizar sua profissão e o reconhecimento ético, humano, técnico, político e científico que esta lhe traz para participar de anúncios institucionais ou empresariais, salvo quando esta participação for de interesse público;

i) Veicular publicamente informações que causem intranquilidade à sociedade, mesmo que comprovadas cientificamente. Nesses casos, deve protocolar em caráter de urgência o motivo de sua preocupação às autoridades competentes e aos Conselhos Federal ou Regional de Medicina de seu estado para os devidos encaminhamentos; j) Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente; k) Garantir, prometer ou insinuar bons resultados de tratamento sem comprovação científica; VOX Otorrino | 35

Conduta médica

l) Anunciar aparelhagem ou utilização de técnicas exclusivas como forma de se atribuir capacidade privilegiada; m) Divulgar anúncios profissionais, institucionais ou empresariais de qualquer ordem e em qualquer meio de comunicação nos quais, se o nome do médico for citado, não esteja presente o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (observando as regras de formato constantes desse documento). Nos casos em que o profissional ocupe o cargo de diretor técnico médico, o exercício da função deve ser explicitado; n) Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância; o) Expor a figura de paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento; p) Realizar e/ou participar de demonstrações técnicas de procedimentos, tratamentos e equipamentos de forma a valorizar domínio do seu uso ou estimular a procura por determinado serviço, em qualquer meio de divulgação, inclusive em entrevistas. As demonstrações

e orientações devem acontecer apenas a título de exemplo de medidas de prevenção em saúde ou de promoção de hábitos saudáveis, com o intuito de esclarecimento do cidadão e de utilidade pública; q) Ofertar serviços por meio de consórcios ou similares, bem como de formas de pagamento ou de uso de cartões/cupons de desconto.

A Resolução CFM nº 1974/2011 destaca ainda que o médico “Ao conceder entrevistas, repassar informações à sociedade ou participar de eventos públicos deve anunciar de imediato possíveis conflitos de interesse que, porventura, possam comprometer o entendimento de suas colocações, vindo a causar distorções com graves consequências para a saúde individual ou coletiva. Nessas participações, o médico deve ser identificado com nome completo, registro profissional e a especialidade junto ao Conselho Regional de Medicina, bem como cargo, se diretor técnico médico responsável pelo estabelecimento. ” Ainda que o profissional médico tenha o direito de fazer propaganda de suas habilitações profissionais, deve, obrigatoriamente, observar as normas que regulamentam a matéria, pois a infração de tais normas sujeitará à aplicação das penalidades, tais como: a) Sanção ético-disciplinar aplicada pelo Conselho Regional de Medicina competente, podendo ser aplicado: advertência; censura confidencial; censura pública; suspensão do exercício profissional e, dependendo da gravidade do ato praticado, a cassação do exercício profissional; b) Obrigação de reparação do dano civil, material e moral, sanção essa aplicada pelo juiz de direito; c) Sanção penal, com as penas de detenção e multa aplicadas pelo juiz criminal; d) Sanção administrativo-disciplinar aplicada pela autoridade competente; Por fim, acompanhamos o entendimento dos Conselhos Regionais de Medicina que a publicidade médica deve pautar nos princípios éticos e deve ter cunho informativo evitando-se excessos que podem eventualmente caracterizar o sensacionalismo, autopromoção e mercantilização da medicina.

O Departamento Jurídico e Comissão de Defesa Profissional da ABORL-CCF sugere que, sempre que em dúvida, o associado deverá consultar o CODAME – Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos dos Conselhos Regionais de Medicina-, que é o órgão competente para analisar os atos publicitários médicos, visando enquadrá-los às normativas que regulamentam a matéria.

36 | VOX Otorrino

PR O C EDI M E N T O S m é dicos

ABORL-CCF requer

revisão das nomenclaturas e dos portes empregados na CBHPM Por Vinícius Corrêa

A

Comissão de Defesa Profissional, através do seu presidente, Eduardo Baptistella, e de Casimiro Junqueira, coordenador do Comitê de Honorários e Tabelas Médicas, requereu junto à Associação Médica Brasileira (AMB) a revisão das nomenclaturas e dos portes empregados na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).

Segundo Baptistella, desde 2002 não há mudanças para a Otorrinolaringologia, devido à falta de um levantamento adequado dos códigos e pela dificuldade de comunicação interna com a própria AMB. Mas com a reunião realizada no dia 15 de maio, a partir do empenho da Comissão de Defesa Profissional, do Comitê de Honorários e Tabelas Médicas e de toda a ABORL-CCF, tais códigos serão reavaliados e corrigidos, conforme estudo comparativo com outras especialidades, e uma nova solicitação de comparação dos valores e aumentos dos honorários defasados será feita, trazendo benefícios aos associados. O encontro contou ainda com a participação de representantes das operadoras de saúde.

Exclusão de procedimentos: 4.02.02.48-8 Nasofibroscopia para diagnóstico e/ou biópsia (obsoleto) 4.02.01.20-1 Vídeo-endoscopia do esfíncter velo-palatino com ótica rígida (não utilizado) 3.05.02.28-4 Antrostomia maxilar, etmoidectomia ETC a laser (abertura de todas as cavidades paranasais a laser – muito abrangente) 3.02.05.03-4 Adenoamigdalectomia (já é contemplado em outros códigos)

Adequação de descrição do procedimento, por motivos de erro de digitação, estar incompleto e confuso, ou uma melhor descrição atualizada, sem alteração de valoração: 4.01.03.05-6 – Potencial evocado auditivo steady state (ASSR) - (antes potencial evocado estacionário -steady state)

4.01.03.07-2- Audiometria tonal (antes audiometria tonal com discriminação) 4.01.03.08-0- Audiometria tonal limiar infantil condicionada – qualquer técnica - escolar (antes audiometria tonal limiar infantil condicionada (qualquer técnica) – peep-show 4.01.03.43-9- Impedanciometria – timpanometria (antes impedanciometria) 4.01.03.55-2- Posturografia dinâmica computadorizada (antes posturografia) 4.01.03.65-0- Registro de nistagmo pendular e optocinético (antes registro do nistagmo pendular) 4.14.01.26-3- Teste de prótese auditiva – trocar o nome para audiometria para avaliação do ganho funcional com prótese auditiva 3.05.01.19-9- Exérese de tumor nasal por videoendoscopia (antes exérese de tumor nasal por via endoscópica) 3.05.01.21-0- Fístula liquórica – tratamento cirúrgico por vídeo endoscópico intranasal (antes fístula liquórica – tratamento cirúrgico endoscópico intranasal) 3.05.01.49-0- Imperfuração coanal – correção cirúrgica intranasal por videoendoscopia - unilateral

Solicitação de alteração que implica em mudança de valoração direta ou indiretamente, a critério de cada especialidade. Aumento de valoração indireta: 2.01.04.06-5- Cerúmen – remoção – unilateral Com as mudanças, o otorrinolaringologista passará a pedir, por exemplo, adenoidectomia e amigdalectomia separadamente, e não adenoamigdalectomia, cujo valor pago é menor. Para Baptistella, a reunião com a AMB foi muito proveitosa. A ABORL-CCF passará a discutir ativamente com a entidade os assuntos relacionados a honorários médicos. O próximo encontro está previsto para agosto, com apresentação de nova proposta para CBHPM. VOX Otorrino | 37

Exame de Suficiê ncia

Exame de suficiência para o título de Especialista da ABORL-CCF reúne inovação e organização de primeira linha Exame aplicado em março consolidou o novo modelo de prova prática, feita completamente através de computadores Por Rafael Martins | Fotos: Drika Barbosa

R

ealizado no dia 29 de março, o exame de suficiência para obtenção do título de Especialista em Otorrinolaringologia, elaborado e organizado pela Comissão de Título de Especialista da ABORL-CCF, foi aplicado para 271 inscritos, nas dependências do Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo. A avaliação dos candidatos foi feita através de computadores, constando de parte teórica e teórico-prática. Além disso, houve análise curricular para todos.

Do total de inscritos, 82% conseguiram o grau mínimo para a obtenção do título. Esse percentual está de acordo com o índice de aprovados de anos anteriores.

No dia do exame, candidatos relataram maiores dificuldades com as questões teóricas de Otoneurologia e Otologia, enquanto o restante da prova – que totalizava 100 perguntas – apresentou um nível de dificuldade equilibrado. “Otoneurologia e Otologia pareceram as mais difíceis, mas a maior parte é com o que convivemos no dia a dia. Claro que sempre surgem detalhes com os quais temos dificuldades, mas o básico, mesmo, é o que abordamos”, relata Priscila Santini, que fez residência no Hospital de Base do Distrito Federal.

A maioria dos aspirantes ao título de especialista concordou que a prova teórico-prática desafiou mais os conhecimentos que adquiriram durante a residência.

Diego Ferreira, residente na Santa Casa de Belo Horizonte, conta que isso tornou o exame mais fácil. “Achei a prova teórica mais difícil, porque mediu poucos conhecimentos práticos. A última foi uma prova que vale a pena para a nossa prática clínica”, avalia.

Gabriela Pereira, do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), em Pernambuco, 38 | VOX Otorrino

achou que a avaliação foi bem elaborada e destacou a organização. “Gostei muito da organização e da estrutura.

Achei de primeira linha. Foi bem surpreendente”, declara.

O atual presidente da ABORL-CCF, Sady Selaimen, também se demonstrou entusiasmado com a estrutura do exame.

“Eu cumprimento muito a nossa comissão, que é formada por um grupo de colegas que trabalham anonimamente para o sucesso da prova. É fantástico o trabalho deles, e muito importante que seja bem divulgado. Seu altruísmo e dedicação a nossa associação é simplesmente superlativa”, elogia.

Rodolfo Scalia, membro da comissão organizadora, conta que a preparação do próximo Exame de Suficiência começa logo que termina o do ano corrente, e que, a cada ano, são discutidas novas ideias para tornar o exame mais rápido, justo e adequado para a avaliação dos futuros especialistas.

Segundo Ana Cristina Kfouri Camargo, também da comissão, as reuniões para acertar todos os detalhes que cercam o exame ocorrem mensalmente, durante todo o ano. “Nós fazemos um ano de preparação. A Comissão sabe que fez o melhor, pois tudo é bem pensado e arquitetado”.

Iniciado em 2014, este ano foi o segundo do novo modelo de avaliação, totalmente digital. Para o vice-presidente da ABORL-CCF, Domingos Tsuji, a informatização trouxe mais transparência, isonomia e agilidade. O presidente Sady Selaimen acrescenta que essa se tornou a única forma viável de empregarem-se casos clínicos para a avaliação dos candidatos, uma vez que as comissões de ética têm vetado o exame clínico de pacientes reais. “Dentro dos critérios estabelecidos, a interpretação de casos clínicos é o formato que mais se assemelha com as situações vivenciadas na prática médica

A importância do título de especialista Dirigentes da ABORL-CCF contam o porquê da importância da especialização: “É fundamental para o residente ter esse selo de qualidade que a associação coloca em seu currículo. No momento em que ele for para o mercado de trabalho, isso será uma demonstração de que ele se submeteu a um processo de formação e que terminou de forma exitosa” Sady Selaimen da Costa, presidente da ABORL-CCF

“É a consagração do residente. Aquele que passa por essa prova pode ter certeza absoluta de que fez um excelente trabalho durante seu aprendizado e, quando começar a trabalhar, depois da prova, será, digamos, um otorrino de ‘mão cheia’” Domingos Tsuji, vice-presidente da ABORL-CCF

“O título de especialista é o que temos de mais importante dentro da associação, porque ele certifica que o residente tem condições de exercer sua profissão, que é ser um otorrinolaringologista, frente à sociedade. E fortalece a associação do ponto de vista político. Quanto mais especialistas nós tivermos, maior a nossa força” Fernando Veiga Angélico Jr., presidente da Comissão de Título de Especialista

do otorrinolaringologista. Da mesma forma, a presença desse formato de prova expande o raciocínio clínico para muito além de um teste de escolhas simples, em que o candidato se confronta apenas com opção do que é ‘certo’ ou ‘errado’”, explica.

O presidente da Comissão de Título de Especialista, Fernando Veiga Angélico Jr., descreve a evolução do sistema do ano passado para este: “Mantivemos basicamente o mesmo modelo, só que com algumas adaptações e melhoramentos. Hoje, o exame é mais moderno: mais seguro, mais rápido e mais fácil de o candidato entender, principalmente, devido à tecnologia utilizada”.

Segundo Veiga, o objetivo da comissão é fazer o exame o mais equilibrado possível, com poucas questões nos dois extremos (muito fáceis e muito difíceis), para não favorecer nem prejudicar o candidato. “É um exame que, tecnicamente, foi muito aprimorado nos últimos anos, com maneiras de deixá-lo mais técnico. Quanto mais técnico ele for, mais justo será com o candidato e mais real será a nossa avaliação quanto a sua capacidade para ser um bom especialista”, define. Afinal, segundo o especialista, a ideia não é punir o residente, mas incentivá-lo a se dedicar ao que há de mais importante para a profissão: seu treinamento.

Este ano, a ABORL-CCF decidiu premiar os três melhores desempenhos no exame com a inscrição no Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial de 2016, em Goiânia. Os recém- especialistas Diogo Barreto Plantier, Fernando Laffitte Fernandes e João Paulo Mangussi Costa Gomes receberão seus prêmios durante o congresso brasileiro de Fortaleza, em novembro próximo.

Qualidade de vida

Medicina sobre as águas Já pensou como os esportes aquáticos podem beneficiar a sua própria saúde? Segundo Mário Sérgio Vieira, médico da CBDA e diretor-médico da CONSANAT, os esportes praticados nas águas são capazes de trazer bastante qualidade de vida ao profissional Por Victor Bellani | Fotos: Divulgação

O

s esportes aquáticos não podem ser considerados uma prática esportiva qualquer. Eles também estão relacionados à saúde. A natação, por exemplo, quando bem orientada, tem muita importância como coadjuvante terapêutico. É uma opção de atividade física que melhora a circulação, a força e a resistência muscular, além da qualidade do sono e aumento do gasto calórico, evitando o ganho excessivo de peso. Trata de doenças articulares, pulmonares, cardíacas ou musculares. Esportes aquáticos são ótimos para todas as idades, pois descansam o corpo e a mente, além de ajudar a relaxar das tensões do dia a dia.

Mario Sérgio Vieira, médico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e diretor médico da Confederação Sul-Americana de Natação (CONSANAT), diz que é um praticante da modalidade e comenta sobre os benefícios e desvantagens desses tipos de esportes para saúde.

“A atividade física na água oferece a possibilidade de você ter

40 | VOX Otorrino

um condicionamento físico sem certos impactos, por exemplo, de quem corre e faz algum tipo de atividade terrestre.

O esporte é completo, mexe com seu corpo inteiro, trabalha várias características físicas em termos de condicionamento e normalmente com uma longevidade grande. Obtém um acúmulo de esforço no ombro, porém, basta realizar uma atividade bem dosada que já ajuda”.

O especialista diz que existem algumas técnicas dentro dos esportes aquáticos que o ajudam a aplicar na sua carreira como profissional e que é preciso ter alguns cuidados específicos, que é o caso de ter um trabalho de base para minimizar a possibilidade de sofrer uma lesão em lugares que são muito comuns, como na coluna cervical ou no ombro.

“Na minha série de mestrado eu desenvolvi um assunto chamado ‘ombro do nadador’, que é uma tendinite que se desenvolve especificamente em nadadores e jogadores de polo aquático e que a pessoa acaba tendo um acometimento do

Benefícios dos esportes aquáticos para a saúde: • Contribui no desenvolvimento físico, fortalece o grande grupo muscular.

• Melhora a coordenação dos movimentos e aumenta a resistência cardiorrespiratória.

• Contribui no desenvolvimento psicológico e social.

• Combate o estresse e a obesidade.

• Auxilia no tratamento de bronquite e asma.

Obs.: A frequência cardíaca recomendada é de até 75%.

“O esporte é completo, mexe com seu corpo inteiro, trabalha várias características físicas em termos de condicionamento e normalmente com uma longevidade grande”

Divulgação

Dr. Mario Sergio e Dr. Herbert Benson

Dr. Mario Sergio em Harvard

“O esporte ajuda no sentido de nos mantermos vivos e mais felizes”

Crédito Divulgação

ombro dominante por excesso de uso”, explicou ele, acrescentando que o ombro talvez seja a parte do corpo mais importante para quem quer praticar esportes aquáticos (em essencial na natação e polo aquático).

O fisiatra trabalha com a seleção brasileira de polo aquático e ressaltou a importância da programação em termos de profilaxia. “Precisamos ter toda uma programação, que se dá através de exercícios que você faz para fortalecimento do manguito rotador, exercícios para melhor consciência corporal do ombro, e a maneira como você pode estar administrando melhor o uso em longo prazo dessas articulações que tendem a entrar em um problema de cronicidade”.

Pode parecer simples, mas a prática esportiva de modalidades aquáticas requer essa atenção no cuidado com a realização do exercício, mesmo para médicos. Mário Sérgio Vieira deixa algumas considerações para aqueles que queiram aventurar-se em algum esporte das águas, mas não sabe qual deve praticar. “O mais importante é escolher algum esporte que gostamos para fazer da melhor maneira possível, além de ter dedicação e persistência, pois a atividade física só vai lhe trazer benefícios se fizer em longo prazo e com objetivos. O esporte ajuda no sentido de nos mantermos vivos e mais felizes”.

VOX Otorrino | 41

HumORL

Acompanhando o velório

O

colega estava atarefadíssimo, tinha o consultório cheio, precisava visitar dois pacientes no hospital, era participante em uma conferência à noite e, enquanto isso, o relógio continuava correndo.

De repente, a secretária lhe avisa pelo interfone: - Doutor, telefonaram para informar ao senhor que “seu” Crisóstomo faleceu e o enterro será hoje à noite.

- Só me faltava mais esta, pensou.

Enquanto se preparava para atender ao próximo da agenda, tentava encontrar uma maneira de resolver o impasse.

Foi quando teve um insight: - Passa aqui por favor, falou com a secretária. E já foi detalhando o plano: - No final do expediente, você vai ao cemitério e me representa junto à família. Diga que estou em cirurgia, qualquer coisa nesse sentido. Enquanto isto, eu concluo minhas tarefas.

A secretária não lembrava bem do falecido, mas, após convocar uma amiga para acompanhá-la, partiu para mais essa demanda. Chegando ao cemitério, deu-se conta de que havia várias capelas mortuárias. Desistiu de perguntar onde estava sendo velado o corpo depois que passou por uma pouco movimentada e falou com um cidadão que vinha em sentido contrário: - Quem é o morto? E a resposta foi obvia: - Esse aí, deitado.

Por fim, entrou em uma capela que acreditou ser a procurada e viu muita gente chorando.

Finalmente, lembrou-se do paciente velhinho e, não conseguindo conter as lágrimas, chorou também copiosamente.

Alguém a abraçou e perguntou-lhe o que era do “seu” Manoel. Sua reação foi imediata: - Opa! Aqui tem algo errado. Venho pelo “seu” Crisóstomo que faleceu hoje pela manhã. A pessoa delicadamente lhe informou: - Então é para a capela aí ao lado que a senhora deve se dirigir.

Foi até lá, reconheceu alguns parentes do morto, explicou porque estava ali e já foi saindo de mansinho.

Só que aí não chorou mais. A amiga percebeu e fez a pergunta óbvia: - Estavas chorando antes, porque agora não choraste?

Candidamente, a secretária respondeu: - Por uma razão muito simples. Eu já havia gasto todas as lágrimas disponíveis com o morto errado.

José Seligman 42 | VOX Otorrino

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PROGRAMA FELLOWSHIP 2016 Atenção, otorrinolaringologistas: O Programa Fellowship do Hospital IPO é a complementação especializada ideal para quem busca aperfeiçoamento teórico-prático das técnicas cirúrgicas otorrinolaringológicas. Fundado em 1993, o programa funciona em formato de pós-residência e possui seis áreas de concentração em Otorrinolaringologia Geral: Cirurgia Plástica Facial; Otologia e Otoneurologia; Laringologia, Voz e Deglutição; Cirurgia Endoscópica Nasossinusal; Medicina do Sono e Alergia em Otorrinolaringologia.

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