Revista VOX #153

Edição 153 | Ano XXII | www.aborlccf.org.br

46º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Confira por que será o mais ecológico de todos os tempos VOX News O sucesso do 8° Congresso Mundial de Cirurgia Plástica

A ESCOLHA certeira Descubra por que a Otorrinolaringologia é cada vez mais visada pelos jovens médicos, que buscam desafios e qualidade nas vidas profissional e pessoal

Gestão e carreira: Conheça novos modelos de gestão em clínicas e consultórios

Conquistas: ABORL-CCF firma convênio de regionalização inédito com a ASSOGOT-CCF

Mensagem do

PRESIDENTE Domingos Hiroshi Tsuji

Caro (a) associado (a), Foi com muito orgulho que a ABORL-CCF, em conjunto com a Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial, trouxe pela primeira vez para o Brasil o Congresso Mundial de Cirurgia Plástica Facial.

Conseguimos reunir, de forma inédita, quase 600 participantes oriundos de 35 países, o que consolida a ação dos otorrinolaringologistas de todo o mundo nesta especialidade.

Com a globalização do ensino e da comunicação, não devemos comparar, ao menos em termos médicos, se um país está mais desenvolvido do que o outro. O que devemos fomentar, e com toda a força, é a troca de experiências entre especialistas. Qualquer experiência trocada entre profissionais é interessante e lucrativa – e esse foi o principal objetivo atingido por nós no congresso.

Também é importante mencionarmos a assinatura do convênio entre a ABORL-CCF e a Associação Gaúcha de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ASSOGOT-CCF). Levando adiante a nossa bandeira do associativismo e do cooperativismo, sem dúvida este é um marco que vale a pena ser destacado e que agregará valor não só aos especialistas do Rio Grande do Sul, mas também aos médicos otorrinolaringologistas de todo o país.

Meus cumprimentos a você que vivenciou essas conquistas!

Dr. Domingos Hiroshi Tsuji Presidente ABORL-CCF

Diretoria 2016 Presidente Dr. Domingos Tsuji - São Paulo (SP)

Diretora Tesoureira Adjunta Dra. Eulalia Sakano - Campinas (SP)

Comitê de Comunicação Dr. Allex Ogawa - Londrina (PR)

Primeiro Vice-Presidente Dra. Wilma Anselmo Lima - Ribeirão Preto (SP)

Diretor Executivo Carlos Roberto da Silva - São Paulo (SP)

Comitê BJORL Dra. Mariana de Carvalho Leal Gouveia - Recife (PE)

Assessor Dr. Paulo Sergio Lins Perazzo - Salvador (BA)

Comitê de Educação Médica Continuada Dra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo (SP)

Assessor Dr. Thiago F. Pinto Bezerra - Recife (PE)

Comitê de Ética e Disciplina Dr. Ivan Dieb Miziara - São Paulo (SP)

Assessora Dra. Roberta B. Noer Pilla - São Paulo (SP)

Comitê de Residência e Treinamento Dr. Geraldo Pereira Jotz - Porto Alegre (RS)

Segunda Vice-Presidente Dr. Márcio Abrahão - São Paulo (SP) Diretor-Secretário Dr. Ronaldo Frizzarini - São Paulo (SP) Diretor Tesoureiro Dr. Fabrizio Ricci Romano - São Paulo (SP) Diretor-Secretário Adjunto Dr. Edwin Tamashiro - São Paulo (SP)

PRESIDENTES DOS COMITÊS

Comitê de Título de Especialista Dr. Fernando Veiga Angelico Jr - São Paulo (SP)

Comitê de Eventos e Cursos Dr. Jose Antonio Patrocinio - Uberlândia (MG)

Comitê Defesa Profissional Dr. Eduardo Baptistella - Curitiba (PR)

5 Carta ao leitor 6 Páginas azuis: Planos de saúde: vale ou não a pena credenciar-se?

10 Agenda de eventos 12 O melhor de todos os tempos: O mais ecológico de todos os tempos 16 Gestão e carreira: Atendimento de qualidade que cabe no bolso 20 Capa: A escolha certeira

26 Conquistas: ABORL-CCF e ASSOGOT-CCF firmam parceria inédita 29 VOX News 32 Gestão em prática: Hospital Evandro Freire: humanizando o atendimento na Saúde Pública 34 Conduta médica: A união faz a força, mesmo em meio à crise 37 Qualidade de vida: Liberdade sobre duas rodas 38 Educação continuada: Sangramento primário em amigdalectomia 41 Internacional: Califórnia recebe o Encontro Anual da Academia Americana de Otorrinolaringologia 42 HumORL

EXPEDIENTE ABORL-CCF

CARTA AO

LEITOR Um novo ano para a Otorrinolaringologia

Allex Ogawa Presidente do Comitê de Comunicações

VOX Otorrino Presidente: Domingos Tsuji

Comitê de Comunicações:

Allex Itar Ogawa Edilson Zancanella Gustavo Polacow Korn Ingrid Helena Lopes de Oliveira João Vianney Brito de Oliveira Marcelo Ribeiro de T. Piza Marco Antonio dos A. Corvo Maria Dantas C. L. Godoy Ricardo Landini Lutaif Dolci

Assessora de Mídia da ABORL-CCF: Adriana Santos (MTB: 33.813-SP)

Editora-chefe: Mariana Moreira (MTB: 35.038-RJ)

Reportagem:

Bruno Bernardino, Carol Herling e Paula Netto

Revisores Adriano Bastos e Leonardo de Paula

Fotos:

ABORL-CCF, acervo AMB, arquivo pessoal, Castro/Shutterstock.com, divulgação, Secom - Prefeitura de Goiânia, Gianne Carvalho, Iago Carvalho, José Guertzenstein, Juan Cogo e Leo Chaves

Diagramação:

E

sta edição da VOX Otorrino é um prato cheio para os recém-formados.

O começo de carreira é um desafio grande e, muitas vezes, desanimador para quem estudou nove anos, divididos entre graduação e residência médica. Acrescente a isso um cenário de mudanças constantes, com normas rígidas impostas pelas operadoras de saúde e a instabilidade financeira do país.

Ideias diferentes surgiram, outros nichos apareceram e, por isso, novas modalidades complementam a nossa já tradicional e consagrada rotina de médicos: consultório, cirurgias e plantões.

A reportagem de Capa traz o perfil de seis otorrinolaringologistas em começo de carreira e suas trajetórias até a escolha de nossa querida especialidade. Será que as aspirações da nova geração mudaram? A relação com as operadoras de saúde mudou! Por isso, entrevistamos, nas Páginas Azuis, a mestre em Administração e Desenvolvimento Pessoal Alice Selles, que apresenta a relação com os planos de saúde e deixa nas entrelinhas a necessidade de profissionalizar essa relação, que já foi muito boa para os médicos, mas, hoje, necessita de planejamento e objetivos bem claros nas horas de o médico se credenciar e do desligamento.

No VOX News, apresentamos a cobertura do Congresso Mundial de Plástica Facial, a Campanha da Voz e o Curso de Redação Científica. Os eventos contaram com ilustres convidados e a participação, em peso, dos nossos otorrinolaringologistas.

Caros colegas otorrinolaringologistas, novos tempos virão. Estamos atentos a isso e divulgando novidades, tanto pela VOX Otorrino, quanto pelo nosso site. Aproveite também os cursos e os congressos e venha participar da ABORL-CCF. Sua participação é muito importante.

Danielle V. Cardoso e Douglas Almeida

Gerente de relacionamento: Valeska Vidal

Boa leitura!

Produção:

DOC Content Fone: (21) 2425-8878

Periodicidade: Bimestral

Tiragem:

6.500 exemplares

Espaço do leitor

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Sugestões de pauta, críticas ou elogios?

Fale conosco: voxotorrino@aborlccf.org.br

VOX Otorrino | 5

PÁGINAS AZUIS

Planos de saúde:

vale ou não a pena credenciar-se?

Entenda os prós e os contras na relação entre o médico e os planos de saúde

Por Bruno Bernardino | Fotos: Leo Chaves

E

m sua carreira, o otorrinolaringologista muitas vezes encontra-se em dúvida sobre a validade do credenciamento junto a operadoras de planos de saúde. Eles trazem mais pacientes, mas, nem sempre, representam um ganho monetário maior para o profissional.

6 | VOX Otorrino

Para sanar essa e outras dúvidas, a revista VOX Otorrino conversou, nesta edição das Páginas Azuis, com Alice Selles. Mestre em Administração e Desenvolvimento Profissional, Alice é autora do livro Divulgação de serviços médicos: o que todo médico deveria saber, no qual

aborda a questão para médicos em diferentes níveis da carreira, trazendo a realidade para a atual crise brasileira.

VOX: Qual a principal vantagem para o médico que se credencia em um plano?

Alice Selles: Basicamente, quando o médico se associa ao plano, ganha acesso a um número de pacientes muito maior do que teria em uma clínica exclusivamente privada. É difícil, porém, dizer se é vantajoso ou não. Isso depende do momento da carreira, da proposição do médico e até mesmo do nicho de mercado no qual se atua. Por exemplo, um médico que tem por objetivo trabalhar com cirurgias (um cirurgião otorrino), sem o credenciamento de um plano de saúde, fica com a capacidade de atendimento limitada exclusivamente a pacientes particulares. Resumindo: os planos são vantajosos quando se quer volume, ou quando se está em um momento de carreira em que ainda não é possível trabalhar com uma clientela mais exclusiva (até mesmo aquela

que, apesar de ter planos de saúde para emergências, opta por consultar um médico particular). Eu conheço médicos com bastante tempo de carreira que preferem trabalhar por planos de saúde pela facilidade que o credenciamento traz, com relação a exames e procedimentos diversos.

VOX: E existem desvantagens?

AS: Em alguns momentos, as desvantagens se mostram no cerceamento da liberdade de prescrição do otorrino.

Alguns planos, por mais que essa não seja considerada uma prática saudável, interferem na determinação do tratamento escolhido pelo médico. Logo, o profissional fica preso ou muito dependente dessa fonte de pagamento que, efetivamente poderá, em algum momento, descredenciá-lo ou pressionar pela redução de custos – as operadoras acompanham o desempenho de cada prestador de serviço, exercendo poder de pressão sobre eles. Os planos também não são válidos para aqueles que já chegaram em um momento de carreira em que é possível selecionar, de forma clara, o público com o qual se deseja trabalhar.

VOX: Existe burocracia para quem quer se credenciar a um plano?

AS: Sim, existe, e cada plano estabelece os seus critérios de adesão e determina quanto irá cobrar. A própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determina critérios e cada vez mais busca a qualificação dos profissionais.

“Os planos são vantajosos para quem quer volume, ou está em um momento de carreira em que ainda não é possível trabalhar com uma clientela mais exclusiva. E não são válidos para quem já pode selecionar, de forma clara, o público com o qual se deseja trabalhar”

Alice Selles

VOX Otorrino | 7

PÁGINAS AZUIS

VOX: Que medida o médico deve tomar para escolher um bom plano?

AS: É difícil dizer como selecionar um bom plano. É preciso entender o que o médico, dentro da sua estratégia de carreira, pensa que é um bom plano. Ele considera bom aquele que tem muitas vidas ou aquele que paga mais? Para selecionar o plano mais adequado para aquilo que se deseja realizar em sua carreira, é preciso analisar os perfis de cada operadora. Outro canal possível de se utilizar são os rankings de reclamação lançados pelos conselhos regionais, boas fontes de informação. Outra hipótese é conversar com outros médicos credenciados, que ajudarão a entender como suas operadoras funcionam.

VOX: Há planos que são indicados para determinados perfis de médicos, por exemplo?

AS: Na verdade, o médico tem pouco poder de selecionar os planos para os quais ele vai trabalhar. Existe o conseguir ou não. Quem resolve trabalhar com planos de saúde às vezes consegue o credenciamento, outras vezes não. Um critério bastante importante é refletir sobre as possibilidades de ação em sua determinada área geográfica. Quais os planos que, dentro de sua cidade, possuem maior número de beneficiários?

VOX: Existe a hora certa para um médico deixar de atender por planos? É preciso planejamento para isso?

AS: Se o otorrino pretende fazer isso, sim. Mas essa não é necessariamente uma estratégia obrigatória. Conheço médicos que atendem operadoras de saúde durante a carreira inteira e isso não chega a ser um problema. Vai estar muito associado ao seu plano de carreira pessoal: se está em busca de volume ou do atendimento de uma clientela mais exclusiva. O momento para fazer isso, caso haja o desejo de sair do sistema de saúde suplementar, é quando o médico já está com uma carteira de pacientes particulares formatada, capaz de sustentar o projeto de uma nova fase de trabalho.

VOX: Como o médico pode evitar a glosa?

AS: Existem alguns tipos de glosa, como a técnica e a linear, por exemplo. A glosa técnica pode ser evitada com mais atenção ou garantindo que sua faturista ou secretária preencha a guia corretamente. Já a linear é um desconto básico que a operadora impõe sobre determinado faturamento e a única forma de evitar isso é fazendo uma boa negociação prévia durante a assinatura do contrato.

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“Para selecionar o plano mais adequado para aquilo que se deseja realizar em sua carreira, é preciso analisar os perfis de cada operadora. É preciso entender o que o médico, dentro da sua estratégia de carreira, pensa que é um bom plano”

Alice Selles

VOX: Em caso de problemas com os planos, como um médico deve proceder?

AS: É muito difícil para um médico agir sozinho em um caso como esse, pois temos, de um lado, a estrutura grande de uma operadora de plano de saúde e do outro, o médico isolado. O melhor procedimento é sempre prezar pelo coletivo. As sociedades médicas de especialidades mantêm um departamento de defesa profissional ativo que é fundamental nesse momento. Assim, as negociações e colocações diante de qualquer problema são feitas de forma coletiva e não individual.

VOX: Na sua opinião, os planos de saúde dão um bom suporte para os credenciados, no sentido de trazer mais clientes para o médico?

AS: Depende da cidade em que se trabalha. Em uma cidade onde uma pequena parcela da população tem plano de saúde, eles não são vantajosos para os médicos, como em várias do Nordeste, onde a população acaba optando pelo SUS ou buscando atendimentos particulares. Agora, em cidades como o Rio de Janeiro, em que

quase 40% das pessoas têm plano, não ser credenciado significa estar fora do alcance de atendimento de todos esses pacientes.

VOX: Na sua opinião, vale a pena, com a crise atual, atender por planos? Como um médico deve focar para ter uma clientela particular?

AS: Com a crise, existe uma evasão grande de usuários de planos de saúde. A ANS tem apresentado dados que mostram uma perda grande de usuários pelas operadoras nos últimos meses. Por outro lado, se existe a perda, também existe a redução do poder aquisitivo para consultas particulares. Temos que lembrar que a consulta é o custo mais baixo no atendimento médico, embora seja o maior volume. O que podemos dizer é que, nesse momento, não ser credenciado significa uma redução ainda maior no acesso a pacientes. Por outro lado, com a crise, menos pessoas pagam pelos serviços dos planos. Estamos vivendo um momento muito específico, é difícil fazermos uma determinação clara do que é ideal agora.

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AGENDA DE EVE NTO S

AGENDA Julho

Agosto

6 a 9 de julho de 2016

3 a 5 de agosto de 2016

46ª Edição Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal

III Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Nasal e da Base do Crânio

Coordenação: Dr. Oswaldo Laercio Mendonça Cruz, Dr. Sady Selaimen da Costa, Dr. Silvio Caldas Neto e Dr. Luis Francisco de Oliveira Local: Hospital de Clínicas UFRGS. Rua Ramiro Barcelos, 2.350 – Santa Cecilia, Porto Alegre (RS) Website: www.stelamariseventos.com.br E-mail: administrativo@stelamariseventos.com.br Informações: (11) 5080-4933 – procurar por Maria Izabel ou Silvana

8 a 9 de julho de 2016 2º Curso de Microanatomia e Endoscopia Laríngea Coordenação: Dr. Geraldo Pereira Jotz Local: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Rua Sarmento Leite, 500 – Farroupilha, Porto Alegre (RS) Website: www.forl.org.br E-mail: cursosforl@forl.org.br Informações: (11) 3068-9855

29 de julho de 2016 3ª Jornada de Imersão em Otorrinolaringologia da Bahia Coordenação: Dr. Otávio Marambaia, Dr. Amaury Gomes e Dr. Pablo Marambaia Local: Centro de Convenções do Hotel Fiesta. Av. ACM, 711 – Itaigara, Salvador (BA) Website: www.inooa.com.br E-mail: gerencia@inooa.com.br; amauryorl@gmail.com Informações: (71) 3270-8027 / (71) 3270-8047 – procurar por Tatiane ou Claudia

30 de julho de 2016 Curso Itinerante de Otorrinolaringologia Coordenação: Dr. Fabio Lorenzetti Local: Hospital de Otorrinolaringologia de Sorocaba. Rua Nabeck Shiroma, 210 – Jardim Emilia, Sorocaba (SP) E-mail: eventos1@aborlccf.org.br Informações: (11) 5053-7502

10 | VOX Otorrino

Coordenação: Dr. Eduardo Macoto Kosugi, Dr. Rodrigo de Paula Santos e Dr. Samuel Tau Zymberg Local: Johnson & Johnson Medical. Rua Agostinho Cantu, 240 – Butantã, São Paulo (SP) Website: www.iocp.org.br E-mail: administrativo@stelamariseventos.com.br Informações: (11) 5080-4933 – procurar por Maria Izabel ou Silvana

3 a 5 de agosto de 2016 Dissecção do Osso Temporal Coordenação: Dr. Paulo Roberto Lazarini Local: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Rua Dr. Cesário Mota Junior, 112 – Conde de Lara, São Paulo (SP) Website: http://www.otorrinosantacasa.com.br/ E-mail: ceotorrino@santacasasp.org.br Informações: (11) 2176-7235 / (11) 3222-8405 (fax) – procurar por Telma ou Juliana

4 a 6 de agosto de 2016 Potenciais Evocados Auditivos e Vestibulares: BERA, EChoG, MLR, LLR, P300, cVEMP e oVEMP Coordenação: Dr. Pedro Luis Cóser Local: Clínica Cóser. Rua Duque de Caxias, 1.668/403 – Centro, Santa Maria (RS) Website: www.clinicacoser.com ou www.cursos.clinicacoser.com E-mail: cursos@clinicacoser.com Informações: (55) 3223-7850 / (55) 3221-9784 (fax) / (55) 99768781 / (55) 8111-8069 – procurar pelo Dr. Pedro Luis Cóser E-mail: cursos@clinicacoser.com

5 e 6 de agosto de 2016

12 a 14 de agosto de 2016

XIX Simpósio – Doenças de Inverno

VII Jornada de Otorrinolaringologia nas Montanhas da ASSORLES-CCF

Coordenação: Dra. Berenice Dias Ramos, Dr. Celso Dall’igna, Dra. Elisabeth Araújo, Dra. Mara Rúbia André-Alves de Lima e Dr. Sady Selaimen da Costa Local: Sheraton Porto Alegre Hotel. Rua Olavo Barreto Viana, 18 – Moinhos de Vento, Porto Alegre (RS) Website: www.doencasdeinverno.com.br E-mail: recepcao@aconteceeventos.com.br Informações: (51) 3019-2444

8 a 10 de agosto de 2016 XII Curso Teórico-Prático de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal Coordenação: Dr. Iulo Barauna e Dr. Aldo Stamm Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos. Rua Borges Lagoa, 1.450 – Anfiteatro – Vila Clementino, São Paulo (SP) Website: www.centrodeorl.com.br E-mail: cursos@centrodeorl.com.br Informações: (11) 5080-4357 – procurar por Yone Heiss

10 a 13 de agosto de 2016 47ª Edição Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal Coordenação: Dr. Oswaldo Laércio Mendonça Cruz, Dr. Sady Selaimen da Costa, Dr. Silvo Caldas Neto e Dr. Luis Francisco de Oliveira Local: Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP). Rua Prof. Daher Cutait, 69 – Bela Vista, São Paulo – SP Website: www.stelamariseventos.com.br E-mail: administrativo@stelamariseventos.com.br Informações: (11) 5080-4933 – procurar por Maria Izabel ou Silvana

10 a 12 de agosto de 2016 92º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal e XXI de Dissecção em S.I.M.O.N.T (Sinus Model Otorhino Neuro Trainer)

Coordenação: Dr. Paulo Sergio Saade Filho Local: Aroso Paço Hotel. BR 263, km 89, S/N – Pedra Azul, Domingos Martins (ES) Website: www.ames.org.br E-mail: ames@ames.org.br ou secretaria@ames.org.br ou vanessa@ames.org.br Informações: (27) 3324-1333 / (27) 99902-3779 (fax) – procurar por Vanessa ou Larissa

18 a 20 de agosto de 2016 15º Congresso da Fundação Otorrinolaringologia Coordenação: Richard Louis Voegels Local: Campos do Jordão Convention Center.Av. Macedo Soares, 499 – Capivari, Campos do Jordão (SP) Website: www.forl.org.br/congresso2016 E-mail: congressoforl1@forl.org.br Informações: (11) 3068-9855 / (11) 3081-4223 – procurar por Thais Felippe

24 a 26 de agosto de 2016 9º Curso Prático Internacional de Rinoplastia Coordenação: Dr. Marcos Mocellin Local: Hospital IPO – Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia. Av. República Argentina, 2069 – Água Verde, Curitiba (PR) Website: www.ipo.com.br E-mail: agenda@ipo.com.br Informações: (41) 3314-1590 / (41) 3314-1500 (fax) – procurar por Thais ou Xaiane

24 a 26 de agosto de 2016 50º Curso de Cirurgia Funcional e Estética do Nariz da Santa Casa de São Paulo

Coordenação: Dr. Aldo Stamm e Dr. Leonardo Balsalobre Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos. Rua Borges Lagoa, 1.450 – Anfiteatro – Vila Clementino, São Paulo (SP) Website: www.centrodeorl.com.br E-mail: cursos@centrodeorl.com.br Informações: (11)5080-4357 – procurar por Yone Heiss

Coordenação: Dr. José Eduardo Lutaif Dolci Local: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Rua Dr. Cesário Mota Junior, 112 – Conde de Lara, São Paulo (SP) Website: www.otorrinosantacasa.com.br E-mail: otorrino@santacasasp.org.br Informações: (11) 2176-7235 / (11) 3222-8405 (fax) – procurar por Telma Vieira

11 a 13 de agosto de 2016

29 a 30 de agosto de 2016

Vectonistagmografia, Videonistagmoscopia e VideoHIT

X Curso de Interpretação de Eletronistagmografia: Teoria e Prática

Coordenação: Pedro Luis Cóser Local: Clínica Cóser. Rua Duque de Caxias, 1.668/403 – Centro, Santa Maria (RS) Website: www.clinicacoser.com E-mail: cursos@clinicacoser.com Informações: (55) 3223-7850 / (55) 9976-8781 / (55) 81118069/ (55) 3221-9784 (fax) – procurar por Marlise

Coordenação: Dra. Roseli Saraiva Moreira Bittar Local: Instituto Central do Hospital das Clínicas FMUSP (ICHC).

Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 255 / 6º andar – Cerqueira César, São Paulo (SP) Website: www.forl.org.br E-mail: cursosforl@forl.org.br Informações: (11) 3068-9855

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O MELHOR DE TO D O S O S TE M P O S

O mais ecológico de todos os tempos Entenda por que Goiânia faz jus ao título de “Cidade Verde”

Por Paula Netto | Fotos: Castro/Shutterstock.com e Secom - Prefeitura de Goiânia

S

ede do 46º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Goiânia é dona de um patrimônio natural encantador. Localizada em um estado onde o Cerrado, segundo maior bioma brasileiro (e um dos mais ameaçados do Brasil) predomina, a cidade é tida como a capital brasileira mais arborizada, com a maior área verde por habitante do país, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não à toa, Goiânia recebeu o título 12 | VOX Otorrino

de Capital brasileira com melhor qualidade de vida pelo Instituto Brasil Américas, em 2009.

A “Cidade Verde”, como é conhecida, carrega essa fama pelo fato de a valorização do meio ambiente estar diretamente relacionada ao maior desenvolvimento da qualidade de vida de sua população. Goiânia sabe, como nenhum outro município brasileiro, mesclar a natureza com o urbano.

Com aproximadamente 30 parques, como os famosos Vaca Brava e Bosque dos Buritis, a capital goiana oferece belas

paisagens que atraem turistas de todo o país. É impossível não se encantar.

A elevada quantidade de árvores espalhadas em vias públicas é fruto de investimentos contínuos em arborização urbana. Goiânia pratica a responsabilidade socioambiental e não mede esforços em promover a conservação, manutenção e preservação do meio ambiente. Suas lindas praças, calçadas e parques são exemplos disso. A consciência ecológica da população também é estimula-

da por meio de atividades voltadas para o tema, oficinas e palestras.

O investimento na preservação das áreas verdes contribui para que Goiânia se transforme em referência nacional no assunto, e, assim, caminhe cada vez mais em direção ao patamar de cidade ecologicamente correta. Rica em espaços verdes espalhados pela cidade, Goiânia é o lugar perfeito para quem busca diversão sem perder o contato com a natureza. Esse, com certeza, será o congresso mais verde de todos os tempos!

Parque Leolídio di Ramos Inaugurado em 2010, o parque tem lagos, pista de caminhada, quiosques e uma área verde com espécies nativas do Cerrado. A prática de exercícios é o ponto forte do local.

Parque Flamboyant Localizado no Jardim Goiás, o parque é um dos mais conhecidos cartões-postais de Goiânia.

Entre as principais atrações estão lagos, pontes, ciclovias, parque infantil e um mirante.

VOX Otorrino | 13

O MELHOR DE TO D O S O S TE M P O S

Bosque dos Buritis Um dos mais antigos e tradicionais parques da cidade. Sua beleza é composta por vegetação e fauna silvestre diversas, sendo comum encontrar pássaros e micos.

Parque Vaca Brava Considerado por muitos uma das mais belas paisagens de Goiânia. Com seu extenso lago e bosque, o parque é o cenário ideal para quem busca um lugar tranquilo para relaxar e se exercitar.

Parque Zoológico Criado em 1946, o espaço conta com uma imensa área verde e diversas espécies de animais, entre aves, mamíferos e répteis. Seus diversos lagos colaboram ainda mais para a beleza do lugar, permitindo passeios de pedalinho nas águas e a prática de outras atividades físicas.

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Anuidade

2016

GESTÃO E CARRE IRA

Atendimento de qualidade

que cabe no bolso

Com boa infraestrutura e médicos qualificados, clínicas médicas populares avançam e se consolidam como novo modelo de negócio na área Por Paula Netto | Fotos: acervo AMB, arquivo pessoal e divulgação

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ilas gigantescas, longa espera por atendimento, demora no agendamento de consultas ou custos elevados já fazem parte da rotina de milhões de brasileiros que necessitam de atendimento médico, seja no sistema público ou na saúde suplementar. Sem vislumbre de melhorias no setor, cabe à população buscar caminhos alternativos. Espalhadas nas principais regiões 16 | VOX Otorrino

metropolitanas do país, as clínicas médicas populares têm crescido consideravelmente por oferecerem serviço de qualidade a um preço acessível.

A variedade de serviços oferecidos nos locais por um preço abaixo do que o comumente praticado pelo mercado, aliada à rapidez no atendimento, são os principais fatores para conquista de clientes. Para o Dr. Bruno

Rossini, otorrinolaringologista especialista em Gestão de Carreira Médica, as lacunas assistenciais deixadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde fortalecem o modelo. “Muitos pacientes, principalmente das classes C, D e E, não conseguem bancar um plano de saúde mensalmente e também não querem ser atendidos pelo SUS. Por outro lado, eles concordam em pagar até 120 reais por uma consulta, se forem atendidos de forma rápida e digna. Estamos falando de cerca de 100 milhões de pessoas no Brasil com este perfil”, diz.

O especialista afirma que as clínicas populares são uma excelente oportunidade de negócio por serem “escalonáveis, replicáveis e lucrativas”, gerando, ainda, repercussão social positiva. “A instalação de uma clínica popular tem um custo cerca de 30% menor comparado à instalação de uma que atenda as classes A e B. Além disso, o impacto social é enorme. Pacientes que ficariam meses na fila do SUS, por exemplo, podem ter seus diagnósticos e tratamentos estabelecidos rapidamente”, aponta.

Rapidez, aliás, é a máxima praticada pela Policlínica Granato, no Rio de Janeiro. Segundo o Dr. Paulo Granato, médico patologista e sócio-fundador da clínica, a prestação de serviços ágil é um diferencial. “O paciente pode se consultar e fazer os exames solicitados logo em seguida, tendo um prazo de 15 dias para retornar à consulta gratuita”, explica. A disponibilidade para marcação de consultas e exames também chama a atenção. “Se uma pessoa ligar para cá ou comparecer à clínica, temos atendimento para o mesmo dia ou semana. Se as agendas estão cheias, abrimos mais horários.

A ideia é proporcionar o atendimento no prazo que o paciente precisa, mesmo que isso acarrete em chamar mais médicos’, salienta. Graças a esta política, a clínica contabiliza cerca de 900 mil atendimentos desde a sua criação, em 2008, o que a posiciona como uma das maiores redes do segmento no estado.

“Muitos pacientes, principalmente das classes C, D e E, não conseguem bancar um plano de saúde mensalmente e também não querem ser atendidos pelo SUS. Por outro lado, eles concordam em pagar até 120 reais por uma consulta, se forem atendidos de forma rápida e digna. Estamos falando de cerca de 100 milhões de pessoas no Brasil com este perfil”

Dr. Bruno Rossini

“O paciente pode se consultar e fazer os exames solicitados logo em seguida, tendo um prazo de 15 dias para retornar à consulta gratuita”

Dr. Paulo Granato

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GESTÃO E CARRE IRA

“As localidades foram pensadas para facilitar o deslocamento do paciente até o centro médico, ao mesmo tempo em que é fácil também para os médicos, que trabalham em vários locais, se deslocarem para lá” Guilherme Aranha O engenheiro Guilherme Aranha também encontrou no nicho uma oportunidade para empreender. Ao lado do amigo médico Sérgio Luiz Figueiredo (esse já desiludido com a precariedade do atendimento à população nos lugares por onde passou), fundou o Centro Médico Pastore, também no Rio de Janeiro, por onde já passaram aproximadamente 50 mil pacientes. Com unidades no Centro e na Tijuca, a localização faz parte da estratégia do negócio.

“As localidades foram pensadas para facilitar o deslocamento do paciente até o centro médico, ao mesmo tempo em que é fácil também para os médicos, que trabalham em vários locais, se deslocarem para lá”, declara.

Dos planos para as clínicas populares

“A demora de até meses para marcar uma consulta ou exame, e outros empecilhos que os planos criam para os pacientes terem acesso aos serviços geram muita dificuldade.

Em uma clínica popular, a pessoa consegue marcar na mesma semana, com um prazo de espera bem menor. O atendimento é ágil e com a qualidade de um serviço particular”

Dr. Rodrigo Visconti

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Um fato curioso do mercado é que, embora o foco dessas clínicas sejam as classes de menor poder aquisitivo, usuários de planos de saúde também aproveitam as vantagens oferecidas pelo segmento. Diferente dos convênios, nas clínicas os pacientes pagam pelo serviço que usam, o que gera um alto contraponto em relação ao custo cobrado pelos planos. Diante do atual cenário de crise, esse fato firma-se cada vez mais: cerca de 1,3 milhão de brasileiros deixaram de ter planos de assistência médica entre março de 2015 e março de 2016, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Atualmente, entre um terço e um quarto dos nossos pacientes possuem plano de saúde, mas nos procuram simplesmente porque não conseguem atendimento junto aos convênios que adquiriram”, revela. O Dr. Rodrigo Visconti, cardiologista fundador do serviço de Cardiologia que funciona como clínica popular no Hospital da Gamboa, no Rio de Janeiro, reitera a fala de Aranha: “A demora de até meses para marcar uma consulta ou exame, e outros empecilhos que os planos criam para os pacientes terem acesso aos serviços geram muita dificuldade. Em uma clínica popular, a pessoa consegue marcar na mesma semana, com um prazo de espera bem menor. O atendimento é ágil e com a qualidade de um serviço particular”, finaliza.

Atrativos também para os médicos Se o preço baixo atrai o paciente, os médicos também têm motivos para aderirem a esse tipo de negócio, tais como a estrutura e os procedimentos adotados no setor. “Tentamos simplificar ao máximo a experiência para o médico, oferecendo prontuário eletrônico, consultas com hora marcada – de forma que eles saibam seus horários de entrada e saída – e equipe de enfermagem à disposição para ajudar em exames e procedimentos. O médico recebe uma estrutura pronta para seu trabalho, não precisando arcar com os custos financeiros e de tempo para montar e gerir seu próprio consultório”, relata Aranha. Segundo o gestor, a remuneração também seduz por ser competitiva, uma vez que os médicos ganham, em média, mais do que ganhariam atendendo em ambulatórios de planos de saúde, por exemplo – e contando com melhores condições de trabalho.

Para o Dr. José Luiz Bonamigo, diretor da Associação Médica Brasileira (AMB), o setor dá aos médicos segurança e maior liberdade de atuação, além da qualidade. “É o que consagra esse mercado, porque se as clínicas não fossem boas, as pessoas não se consultariam lá”, defende. O bem-estar é outro fator de peso. “O médico sabe que trabalha em um bom ambiente, arrumado e limpo, gerando satisfação profissional e pessoal”, enfatiza. “Os médicos se sentem bem percebendo que estão fazendo a diferença na vida dessas pessoas”, complementa o Dr. Granato.

“Se as clínicas não fossem boas, as pessoas não se consultariam lá.

Quanto ao médico, ele sabe que trabalha em um bom ambiente, arrumado e limpo, gerando satisfação profissional e pessoal”

Dr. José Luiz Bonamigo

Desafios Assim como em qualquer negócio, desafios fazem parte da rotina. Embora o preço baixo já seja um atrativo e tanto para o paciente, os gestores de clínicas populares devem estar atentos a outros fatores. Um dos grandes desafios, na visão do Dr. Granato, é desconstruir o conceito de que “O que é barato não é bom”.

“Oferecemos espaços amplos, equipamentos de ponta e bom atendimento. A clínica é barata porque temos volume de atendimento”, ressalta.

Por sua vez, o Dr. Bruno Rossini acredita que, para alcançar uma estratégia lucrativa, é necessário ter uma gestão eficiente. “É preciso conseguir uma alta eficiência nos processos, sem que haja perda de tempo e de energia por parte da equipe. O uso de ferramentas tecnológicas pode ajudar”, indica. Para ele, os funcionários também precisam estar motivados e alinhados à missão da clínica, prestando bom atendimento, com pontualidade e cordialidade. “Todos têm que ser parceiros do empreendimento. A experiência do paciente durante todo o contato com a clínica deve ser pensada e constantemente melhorada”, conclui.

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CAPA

A ESCOLHA certeira Vocação, paixão, ou influência dos familiares. Não importa o motivo da escolha: a Otorrinolaringologia é cada vez mais visada pelos jovens médicos, que buscam desafios e qualidade nas vidas profissional e pessoal Por Carol Herling | Fotos: arquivo pessoal

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ada cabeça, uma sentença. Essa máxima vale para muitos aspectos na vida, e um deles, muito importante, é a escolha do caminho profissional. A opção da Medicina requer sacrifícios e esforços, desde antes do ingresso na universidade. E a especialização, momento delicado que tira o sono de muita gente, ajuda a selar o destino do jovem médico.

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Você provavelmente já parou para pensar nos motivos pelos quais escolheu a sua profissão. Mas sabe por que seus colegas resolveram seguir o mesmo caminho que o seu?

Conheça seis histórias de jovens otorrinos que mostram a importância (ou não) da vocação, da paixão e da influência familiar em suas escolhas.

Perfil 1

Dra. Paula de Oliveira Oppermann 27 anos Natural de Porto Alegre (RS), estudou na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (graduação médica), onde se formou em 2012, e em março de 2016 concluiu a residência em Otorrinolaringologia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Além do atendimento em consultório, a Dra. Paula tem pela frente dois desafios: um mestrado na área de Pneumologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e o programa de especialização em Cirurgia Plástica Facial no Serviço de Otorrinolaringologia na Santa Casa de Porto Alegre, com o Dr. Humberto Lopes Camargo.

“O ser humano passa um terço da vida trabalhando.

E nós, médicos, talvez mais. Por isso, sempre enxerguei a escolha profissional como um elemento fundamental na personalidade e na trajetória de vida de cada pessoa”, afirma. A escolha pela Medicina foi motivada, principalmente, pelo desejo de atuar diretamente com o público, aprender a lidar com pessoas, e ter a oportunidade de ser alguém mais completa a partir da troca humana que a profissão proporciona. “Entendi a formação médica como um instrumento para exercitar características minhas que gostaria que se sobressaíssem ao longo dos anos. Também me interessava pela possibilidade de me aprofundar no tema da saúde em si e do campo científico”, diz.

Ao longo da formação médica, percebeu o interesse e domínio na área cirúrgica, o que a motivou a escolher uma especialidade em que pudesse realizar procedimentos médicos. “Além disto, sempre me agradou a área de Pneumologia, Pediatria e até mesmo Cirurgia Plástica. A Otorrinolaringologia, como especialidade, me permite atuar próximo a todas as áreas pelas quais me interesso”, explica.

Para a Dra. Paula, o mais desafiador é ter o domínio de todas as áreas da Otorrinolaringologia e, ao mesmo tempo, manter-se sempre atualizado, algo fundamental para ser um profissional completo. Para ela, a Otorrinolaringologia é muito recompensadora, pois na maioria das vezes consegue resolver objetivamente as queixas dos pacientes que a procuram. Este fator, para a especialista, traz uma recompensa imediata em relação ao paciente.

Considerando-se realizada na profissão, ela afirma ter o desejo de sempre buscar novos desafios para se manter motivada. Ainda, agradece àqueles que, mesmo em uma situação social atual desfavorável e com todo um apelo

“Para mim, a formação médica é um instrumento para exercitar as características que o profissional quer que se sobressaiam ao longo dos anos” Dra. Paula de Oliveira Oppermann

de competição no meio privado, persistem ensinando os mais jovens nas residências médicas e transmitindo seu conhecimento para as próximas gerações, muitas vezes de maneira voluntária. “Graças a essas pessoas que a Otorrinolaringologia segue sendo um campo que evolui muito com o passar dos anos e vem crescendo cada vez mais como especialidade”, comenta.

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CAPA

Perfil 2

Dr. Guilherme Bonadia Bueno de Moraes 25 anos Nascido na capital paulista, concluiu a graduação na Faculdade de Medicina do ABC em 2014. No ano seguinte, trancou a matrícula da residência médica para servir no Hospital da Aeronáutica de São Paulo.

Em 2016, iniciou a residência médica de Otorrinolaringologia na Faculdade de Medicina do ABC. Ele afirma que se tornou médico devido ao interesse pelo corpo humano e à vontade de ajudar o próximo. O que o atraiu na Otorrinolaringologia foi a versatilidade da área. “A especialidade engloba muitas áreas.

Sempre tive gosto pela clínica, mas queria algo cirúrgico ao mesmo tempo. A otorrino é a junção das duas áreas, com cirurgias muito interessantes, detalhadas, e com uma parte clínica muito rica”, descreve.

A vocação vem de berço: sua mãe e sua madrinha são fonoaudiólogas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, e tiveram influência em sua escolha.

“Além disso, gosto muito de música e sempre me interessei pela parte da audição, o que fez crescer o interesse na especialidade”, conta.

Para ele, a atuação no serviço público é um desafio e tanto. “Na verdade, é um desafio para a Medicina em geral no Brasil. Trabalhamos muitas vezes com poucos recursos, oferecendo o que podemos ao paciente, em um sistema de Saúde que por muitas vezes o deixa à mercê de filas para exames e procedimentos que poderiam ser resolvidos com mais recursos”, descreve. Além disso, ainda há o atendimento aos pequenos na parte ambulatorial: “Atender crianças agitadas e realizar alguns procedimentos nelas, com certeza são partes desafiantes”.

A agenda profissional é concorrida, com expediente nas residências do Hospital Estadual Mário Covas e do Hospital de Clínicas Municipal de São Bernardo do Campo, além das colocações no Hospital da Aeronáutica de São Paulo e em outras instituições da rede privada. Em meio a tanto agito, adora a relação que mantém com os pacientes: “Eventualmente alguns pacientes ficam um pouco bravos devido aos atrasos durante o atendimento em ambulatório, mas nada que afete meu dia a dia”. Além de se considerar bastante realizado na profissão, também aposta no crescimento da área: “A Otorrinolaringologia está caminhando para isso”.

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“Sou médico devido ao interesse pelo corpo humano e à vontade de ajudar o próximo” Dr. Guilherme Bonadia Bueno de Moraes

Perfil 3

Dr. Henrique de Mello Barletta 28 anos Formado pela Faculdade de Medicina do ABC em 2014, o paulistano atualmente faz, na mesma instituição, o primeiro ano da residência em Otorrinolaringologia, além de trabalhar em três instituições (Hospital Mário Covas, Hospital das Clínicas de São Bernardo do Campo e Hospital da Aeronáutica de São Paulo) – e decidiu seguir a especialidade por uma razão bem simples: “Tive interesse pela matéria. Vi que era possível conciliar as partes clínica e cirúrgica e, ainda, ter qualidade de vida”. É o primeiro médico de sua família, e seu maior desafio diário é atender às expectativas de seus pacientes. “Tenho com eles uma relação cordial e respeitosa. Sem sombra de dúvidas sou realizado na profissão”, enfatiza.

Perfil 4

Dra. Ana Paula Assunção Cecilio 26 anos Para a paulistana, que atualmente é R1 em Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do ABC (instituição onde cursou a graduação), a Medicina é uma área que proporciona o estudo aprofundado do ser humano de uma forma global, propiciando o autoconhecimento e uma forma de aproximação ao próximo.

Durante a graduação se interessou pela Pediatria e pela Cirurgia Geral, mas nunca se viu atuando nessas duas áreas.

Enquanto fazia a monitoria de Anatomia durante a faculdade, confeccionou algumas peças anatômicas, dentre elas a da laringe, o que despertou seu interesse pela Otorrinolaringologia, notadamente uma área de abordagem tanto clínica quanto cirúrgica das doenças. Teve total apoio dos pais, que sempre incentivaram o estudo e a dedicação como guia em suas escolhas.

Para a Dra. Ana Paula, estar atualizado é fundamental.

“Por ser uma especialidade com abrangência tanto clínica quanto cirúrgica, é preciso ter um conhecimento amplo, que permita condutas precisas”. Realizada na profissão e querida entre seus pacientes, é possível vê-la em ação no Hospital Estadual Mário Covas.

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CAPA

Perfil 5

Dr. Gabriel Matos 26 anos Natural de São Paulo (SP), formou-se em Medicina no ano de 2015 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e escolheu a Faculdade de Medicina do ABC para a Residência Médica em Otorrinolaringologia. Assim como o Dr. Guilherme Bonadia Bueno de Moraes, foi o lado social da profissão que o conquistou: “Escolhi a Medicina porque sentia o desejo de ajudar as pessoas necessitadas e, ao mesmo tempo, contribuir para uma sociedade mais justa”. Com isso, a possibilidade de atender a um público amplo o levou à Otorrinolaringologia. “A especialidade tem uma área de atuação clínica e cirúrgica que possibilita o atendimento de pacientes de diversas idades. Além disso, foi uma disciplina que gostei bastante durante meus anos de faculdade”, lembra.

Filho de pai médico e de mãe biomédica, ele afirma não ter sido influenciado ou pressionado pelos pais a seguir a área da Saúde – “Tenho um irmão engenheiro civil” -, mas acredita que eles foram uma inspiração.

Ainda, também crê que a profissão o ajudou a vencer a timidez. “O contato com os pacientes me ajudou muito na minha dificuldade de interação social. Nunca tive queixas de pacientes quanto ao meu modo de me relacionar com eles. Além disso, não gosto de fazer atendimentos (ou preparar os papéis de burocracia hospitalar) rapidamente”, afirma. O Dr. Gabriel atua no Hospital Mário Covas de Santo André e no Hospital das Clínicas de São Bernardo, e se considera feliz com suas escolhas: “Espero poder ajudar as pessoas e continuar a me desenvolver profissionalmente”.

“A especialidade tem uma área de atuação clínica e cirúrgica que possibilita o atendimento de pacientes de diversas idades.

Além disso, foi uma disciplina que gostei na faculdade” Dr. Gabriel Matos

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Perfil 6

Dr. Luís Felipe Lopes Honorato 31 anos Paulista do interior (São Joaquim da Barra), o Dr. Luís Felipe escolheu a Faculdade de Medicina de Catanduva (outra cidade do interior paulista) para fazer a graduação. Após se formar em 2012, fez especialização em Medicina de Família e Comunidade pela UNIFESP. A afinidade com a área de Ciências Biológicas e gosto pela interação humana existente no trabalho médico foram os motivos que o levaram a escolher a Medicina. E, como vários colegas de profissão, foi atraído pela versatilidade da Otorrinolaringologia: “A área contempla as áreas clínica e cirúrgica ao mesmo tempo, bem como pacientes em todas as faixas etárias”.

Ao contrário de muitos pais que incentivam os filhos a optarem pela Medicina, o Dr. Luís Felipe afirma que em sua casa foi diferente. “Meus pais tinham medo de que a profissão fosse muito exigente em relação à qualidade de vida e jornada de trabalho. Mas eles apoiaram a minha decisão”, lembra. Segundo ele, para ser médico é preciso: “Ter extrema qualidade técnica, o que muitas vezes entra em conflito com o senso de humanização e contexto político-social em que vivemos”. Isso se reflete no atendimento que presta a seus pacientes. “Trato a todos muito bem, sempre tentando fazer com que se sintam no mesmo nível social que eu. Utilizo a linguagem menos erudita possível, de acordo com cada situação, e eventualmente tenho que usar termos técnicos, e nessas situações faço questão de explicar brevemente o que estou dizendo”, relata. Seu dia a dia é agitado, com expediente como residente de Otorrinolaringologia no Hospital Estadual Mário Covas (Santo André) e Hospital das Clínicas de São Bernardo do Campo, além de trabalhar como clínico geral no Hospital Beneficência Portuguesa (São Caetano do Sul). “Estou feliz, mesmo que a carga de trabalho seja muito intensa e às vezes até excessiva”, diz. Apesar de sentir que a profissão está vivendo um momento de transição – “Antes hipervalorizada nos níveis sociopolítico e econômico, hoje é depreciada e desrespeitada” –, ainda é otimista quanto ao cenário político geral dos médicos no país. “Creio na modificação que rodeia cada profissional em seu meio de atuação e local onde reside”, diz.

“Para ser médico é preciso ter extrema qualidade técnica, o que muitas vezes entra em conflito com o senso de humanização e contexto político-social em que vivemos” Dr. Luís Felipe Lopes Honorato

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CONQUISTAS

ABORL-CCF e ASSOGOT-CCF

firmam parceria inédita

Seguindo o plano de ampliação do fortalecimento institucional, ABORL-CCF assina convênio com a Associação Gaúcha de Otorrinolaringologia e enfatiza a importância da regionalização

Por Carol Herling e Paula Netto | Fotos: divulgação ABORL-CCF

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ABORL-CCF tem como uma de suas diretrizes colocar-se à disposição, em todos os sentidos, da comunidade otorrinolaringológica brasileira. E, para que haja o fortalecimento da classe no Brasil, a entidade busca na regionalização o caminho para alinhar-se institucionalmente às Sociedades Regionais de Otorrinolaringologia. Com essa proximidade, é possível adotar medidas conjuntas que visem melhores condições de trabalho, de remuneração e de negociação 26 | VOX Otorrino

regional com os planos de saúde, bem como promover o desenvolvimento da educação médica continuada e da defesa profissional. Ainda, há a possibilidade de se pensar em estratégias de ações conjuntas para a defesa e segurança jurídica da especialidade e das instituições.

Além da troca de experiências e de prestação de serviços, a Sociedade Regional que firma convênio com a ABORL-CCF passa a contar com assessoria jurídica estendida a seus membros, desde que associados da

ABORL-CCF e da Sociedade Regional. Aos associados caberão apenas as taxas e custas processuais.

Primeira sociedade a aderir à regionalização, a Associação Gaúcha de Otorrinolaringologia (ASSOGOT-CCF) firmou convênio com a ABORL-CCF em 21 de maio.

Participaram da assinatura do documento o Dr. Domingos Hiroshi Tsuji, presidente da ABORL-CCF, e a Dra. Clarissa Delpizzo Castagno, presidente da ASSOGOT-CCF. O Dr. Eduardo Baptistella (do Comitê de Defesa Profissional da ABORL-CCF) e a Dra. Vania Rosa Moraes (do Departamento Jurídico da ABORL-CCF) foram as testemunhas. Para a Dra. Clarissa, as principais contrapartidas do acordo são a possibilidade de questionar o Departamento Jurídico no que se refere à emissão de pareceres para questões associativas e relacionadas ao exercício profissional médico e o apoio jurídico para a constituição de cooperativas. “Buscamos a valorização do médico como o profissional capacitado que é, visando e incentivando a manutenção da sua atualização científica e exigindo sempre condições mínimas básicas para o atendimento ao paciente. Continuaremos na luta para que a formação profissional especializada continue sendo rigorosamente monitorada e aprovada pelos professores capacitados dos Estágios e Residências Médicas reconhecidos pela ABORL-CCF, garantindo assim a excelência de atendimento à nossa população, ao mesmo tempo em que teremos o apoio administrativo e de defesa profissional sob os aspectos regionais de negociação com planos e operadoras de saúde, entes governamentais e parlamentares”, afirma a Dra. Clarice. Segundo a especialista, a assinatura do convênio dará mais credibilidade às ações realizadas, “tornando nossos colegas mais próximos em uma Associação forte e convicta do principal objetivo: informação científica e união”.

Parceria concretizada Dra. Clarice Delpizzo Castagno e Dr. Domingos Hiroshi Tsuji assinam convênio.

Segundo a Dra. Vania Rosa Moraes, o próximo passo é a união de esforços para o sucesso desse trabalho. “Vislumbramos firmar convênio com as demais Sociedades Regionais. Além disso, o Comitê de Defesa Profissional e o Departamento Jurídico iniciaram o

“Buscamos a valorização do médico como o profissional capacitado que é, visando e incentivando a manutenção da sua atualização científica e exigindo sempre condições mínimas básicas para o atendimento ao paciente” Dra. Clarice Delpizzo Castagno VOX Otorrino | 27

CONQUISTAS

trabalho de ir até os associados, por meio de reuniões regionais, para levar assuntos de defesa profissional, de gestão, de cooperativismo e de interesse jurídico. Ouvir os associados é de fundamental importância para a continuidade dos trabalhos, bem como para traçar novos nortes para a atuação institucional em prol de seus associados”, afirma.

“Ouvir os associados é de fundamental importância para a continuidade dos trabalhos, bem como para traçar novos nortes para a atuação institucional em prol de seus associados” Dra. Vania Rosa Moraes

COMO SE FILIAR O processo administrativo para uma Sociedade Regional firmar um convênio exige a manifestação de interesse através do envio de carta ao presidente da ABORL-CCF, juntamente com as certidões e o Estatuto Social para a confirmação da regularidade da pessoa jurídica. Após análise desses documentos e confirmada a regularidade, é lavrado o termo de convênio, posteriormente assinado pelos respectivos presidentes. A vigência do termo é de 12 meses.

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VOX NEWS

ABORL-CCF APOIA 8ª EDIÇÃO DO CONGRESSO MUNDIAL DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL Evento foi realizado pela primeira vez no Brasil e contou com a participação de especialistas de 35 países Por Bruno Bernardino, Carol Herling e Paula Netto | Fotos: divulgação ABORL-CCF, Gianne Carvalho, José Guertzenstein e Juan Cogo

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Brasil recebeu, pela primeira vez, uma edição do Congresso Mundial de Cirurgia Plástica Facial. O Rio de Janeiro foi a sede do evento, que aconteceu entre 11 e 14 de maio no Sheraton Rio Hotel & Resort, e contou com apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Foram, ao todo, quase 600 especialistas, de 35 diferentes países, inscritos no evento. Destes, 140 eram professores do Brasil e outros 170 professores internacionais.

Com rígido controle financeiro e grande número de participantes, o congresso teve parte de seus custos sob responsabilidade da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF). A outra parte, pré-estabelecida, ficou a cargo da ABORL-CCF, gerando lucro para as duas instituições.

De acordo com o Dr. Domingos Hiroshi Tsuji, presidente da ABORL-CCF, a realização deste evento no Brasil trouxe benefícios não só para os profissionais daqui, mas também para a população como um todo. “O médico aprende, estuda mais e beneficia seus pacientes. Esse congresso é muito importante porque foi organizado por otorrinolaringologistas que trabalham com esta especialidade, que fica entre a Cirurgia Plástica e a Otorrinolaringologia”, afirma.

Dependências do evento

A programação científica do encontro foi pensada para proporcionar aos participantes a melhor atualização profissional. Foram abordados no evento tópicos como rinoplastia, aging face surgery, aging face, reconstrução, lifting, laser, filters, lipoinjection, implantes, fraturas faciais e cirurgia ortognática. Segundo o presidente do congresso, Dr. José Antonio Patrocínio, realizar o evento no Brasil foi um marco na cirurgia plástica de face e na Otorrinolaringologia brasileira. “A perspectiva para os próximos anos é a melhor possível. Temos 12 serviços de fellow treinando novos especialistas para melhorar a plástica de face no Brasil”, detalha.

Para o presidente da ABCPF, Dr. Antonio Carlos Cedin, o sucesso está no número de participantes, na qualidade dos palestrantes e no interesse pela especialidade. “O interesse dos otorrinolaringologistas pela cirurgia estética de face é crescente. Os novos profissionais recebem a formação inicial já dentro dos programas de residência, e temos lançado, através da ABCPF, novos serviços de residência. Percebo o interesse, tanto dos que estão na área há algum tempo, quanto dos novos residentes que são motivados para isso”, argumenta.

A partir da esquerda: Dr. Domingos Tsuji, Dr. José Antonio Patrocínio e Dr. Pietro Palma

Solenidade de abertura

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PROFESSOR MINISTRA CURSO DE REDAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS NA SEDE DA ABORL-CCF

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o último dia 30 de abril, a sede da ABORL-CCF reuniu 43 especialistas que participaram do Curso de Redação Científica. Ministrado pelo Prof. Dr. Gilson Volpato (que é mestre e doutor em Ciências Biológicas), o curso abordou os equívocos cometidos por quem escreve textos neste estilo, e teve como objetivo melhorar sua redação e elevá-la ao nível internacional.

Autor do livro Guia Prático para Redação Científica, que operacionaliza seu método lógico – abrangendo as

Participantes receberam livros com história da Otorrinolaringologia no Brasil

Prof. Dr. Gilson Volpato enfatiza a importância da atualização

Curso abordou boas práticas e equívocos cometidos durante a redação científica

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áreas Humanas, Exatas e Biológicas – para a escrita dos artigos em 40 passos (da concepção da pesquisa à transformação da ciência em um texto de excelência e referência no debate científico mundial), o Prof. Dr. Volpato destacou dicas como a importância de estudar e manter-se atualizado em leituras de artigos de revistas brasileiras e internacionais; a necessidade de seguir os padrões de estilo e manter-se fiel a eles e, principalmente, jamais esquecer que, ao escrever um artigo, o autor não escreve apenas para especialistas da área.

Dra. Wilma Anselmo Lima fala aos especialistas

Dra. Shirley Shizue Nagata Pignatari, editora-chefe do BJORL

Otorrinolaringologistas receberam dicas de redação e estilo

ABLV E ABORL-CCF REALIZAM 18ª EDIÇÃO DA CAMPANHA NACIONAL DA VOZ

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om o slogan Afine sua saúde. Cuide da sua voz!, a Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) e a ABORL-CCF realizaram no dia 16 de abril a 18ª edição da Campanha Nacional da Voz. O evento, que foi realizado simultaneamente em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, celebrou o Dia Mundial da Voz, considerada a ação social de maior tradição da Otorrinolaringologia brasileira.

Na ocasião, foram realizadas atividades de conscientização que buscaram fortalecer a importância dos médicos da área, chamando a atenção da mídia e da população. As ações foram realizadas simultaneamente no Parque do Ibirapuera (São Paulo), na Praça Mauá e na Praça XV (Rio de Janeiro) e na Praça da Estação (Belo Horizonte). O público que compareceu às ações assistiu a um flash mob com dez artistas, que cantaram um mix de sucessos a capella.

O evento em São Paulo foi marcado pela interatividade com o público. Na cabine acústica, patrocinada pela Strepsils, os visitantes puderam narrar lances de uma partida de futebol, cantar no karaokê e dar notícias no estilo do rádio.

O público também pode participar de um workshop com o dublador Wendel Bezerra e assistir a uma batalha de Beatbox, com a presença de oito beatboxers que competiram entre si.

Reconhecida internacionalmente desde 2003, a Campanha Nacional da Voz promove projetos integrados em países como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Bélgica, Suíça, Itália, Argentina, Chile, Venezuela e Panamá. Seguindo as diretrizes da ABORL-CCF, o evento foi realizado sob um rígido controle financeiro - mantendo-se dentro do orçamento - e trouxe uma série de inovações. Pelo sétimo ano consecutivo, a coordenação ficou a cargo do Dr. Gustavo Korn. “Por meio de ações de orientação e conscientização, a campanha da voz promove um processo de sensibilização permanente em relação aos cuidados com a voz. A iniciativa tem por finalidade reforçar essa mensagem constantemente”, comenta.

Para o Dr. Marcos Sarvat, coordenador da campanha na capital fluminense e membro da ABLV, existem questões culturais de medo quando falamos em doenças da voz. “A pessoa sabe que pode ser sério, mas acha que vai passar e não procura ajuda. Por vezes, ela não percebe os sintomas”, destaca.

Dois dias antes, a Associação de Otorrinolaringologia do Distrito Federal (AORL-DF) também conscientizou a população sobre a importância dos cuidados com a voz, mobilizando 1.600 pessoas no Canteiro Central do Eixo Monumental, em Brasília. A grande atração do evento – que contou com as presenças do Dr. Agricio Crespo (ex-presidente da ABORL-CCF) e do atual presidente, Dr. Domingos Hiroshi Tsuji – foi a laringe inflável gigante, cedida pela ABLV especialmente para a

ocasião. A estrutura, que já foi utilizada em outras ações por todo o Brasil, consiste em um modelo gigante desde a boca até a traqueia, onde as pessoas podem entrar, entender as estruturas que fazem parte destes órgãos e receber informações sobre o funcionamento, possíveis doenças e cuidados com as cordas vocais. As orientações são tanto escritas quanto faladas por médicos e fonoaudiólogos.

Segundo a Dra. Luciana Miwa Nita Watanabe, uma das organizadoras da ação, os participantes puderam beber água à vontade (que foi doada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) e assistir a um vídeo que mostrou como é o funcionamento da laringe e da produção da voz. A ação também distribuiu os folhetos informativos oficiais da ABLV sobre a campanha da voz. “As crianças se interessaram muito pela laringe gigante. Recebemos vários grupos escolares e grupos de crianças dos bombeiros-mirins, além da visita oficial do Secretário de Saúde do Distrito Federal, o Dr. Humberto Fonseca”, conta.

Participantes do evento em São Paulo

Laringe inflável gigante foi destaque em Brasília

Flash mob agitou a Praça Mauá, no Rio de Janeiro

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GESTÃO EM PR Á TICA

HOSPITAL EVANDRO FREIRE: HUMANIZANDO O ATENDIMENTO NA SAÚDE PÚBLICA Com um dos centros de imagem mais completos do Rio de Janeiro, a instituição monitora seus pacientes através de prontuário eletrônico e é a única na rede pública de saúde a prestar atendimento odontológico no CTI

Por Bruno Bernardino | Fotos: divulgação

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ompletando três anos desde sua fundação, o Hospital Municipal Evandro Freire é diferenciado pela qualidade, prestando seus serviços com eficiência e comprometimento. Administrado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), o Evandro Freire é localizado na Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro, e é referência na região pela assistência médica oferecida em diversas especialidades, como Cirurgia Geral, Traumato-Ortopedia, Clínica Médica, Terapia Intensiva e Pediatria. Integrada ao hospital, a Coordenação de Emergência Regional da Ilha (CER Ilha) recebe, em média, 300 pacientes de urgência e emergência por dia.

“Conseguimos, em 2015, atingir um percentual de satisfação de 98% dos atendimentos realizados na urgência e emergência. E o Cejam, por intermédio de sua equipe técnica qualificada, alcançou todas as metas estipuladas no contrato de gestão. Esperamos manter esse nível e qualificar ainda mais nossos serviços prestados”, afirma o cirurgião e diretor do hospital, o Dr. Paulo Maurício dos 32 | VOX Otorrino

Santos Cabral. Com infraestrutura moderna e tecnológica, o Evandro Freire se destaca pelos equipamentos de ponta, presentes em todo o complexo hospitalar. Os pacientes são monitorados por prontuário eletrônico, e a interface com o laboratório de análise e Patologia Clínica e o departamento de Radiologia permite o acesso a exames e informações em qualquer setor do hospital.

Com equipamentos de radiologia simples e de diagnóstico telecomandado, aparelhos de raio-x portátil, ultrassonografia digital e um tomógrafo computadorizado com imagem em 3D, o Centro de Imagem da instituição é um dos mais completos do Rio de Janeiro. A área de trauma realiza as cirurgias por meio de videolaparoscopia, prestando atendimento em casos de fraturas complexas de pelve e quadril, de colo de fêmur e microcirurgias das mãos. “A primeira cirurgia realizada aqui, já em 2013, foi uma colecistectomia por videolaparoscopia, e a equipe responsável permanece no hospital”, conta o diretor. Ele ainda revela como mantém a qualidade do serviço oferecido por seus médicos, atualizando-os constantemente: “Buscamos incentivar e valorizar o grupo médico do hospital com a implantação de

seminários, workshops, jornadas científicas e pequenos cursos de reciclagem. O Cejam também tem um Centro de Treinamento que é reconhecido pela American Heart Association (AHA), por capacitar centenas de profissionais de saúde”.

Pioneirismo no tratar O Evandro Freire é pioneiro em algumas das medidas tomadas para humanizar o tratamento ao paciente: implantou a Visita Aberta, iniciativa que amplia o acesso dos visitantes às unidades de internação para o período das 11h às 20h, como forma de garantir o vínculo entre a pessoa hospitalizada, sua família, amigos e os serviços da rede de atenção à saúde. “Um de nossos diferenciais é o atendimento humanizado. O tratamento dado aos pacientes e a interação que ele tem com os médicos ou com o corpo assistencial do hospital é muito importante para sua melhora e qualidade de vida”, explica o diretor.

No Brasil, cerca de 45% das doenças cardíacas têm origem na cavidade bucal e 40% dos pacientes com endocardite bacteriana apresentam má higiene na boca. Tratando a saúde bucal dos pacientes graves, é possível diminuir o contágio por

infecções orais e reduzir em até 60% a incidência de casos de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Por isso, o Evandro Freire implementou o projeto Odontologia Intensiva, criado pela dentista Flávia Lobão, que, em outubro de 2016, completa dois anos e oferece o atendimento odontológico aos pacientes do CTI. O foco é a prevenção de doenças como a endocardite infecciosa, a meningite e o abscesso cerebral. O projeto transformou o Evandro Freire na única instituição da rede pública de saúde a oferecer atendimento odontológico a pessoas nessa condição. O Odontologia Intensiva recebeu, em 2015, o Prêmio Lions de Saúde e, em 2016, foi destaque no XIII Fórum Internacional de Sepse, do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), como prática inovadora no combate à sepse e a PAV. E como é possível manter a qualidade no atendimento?

A resposta está na infraestrutura de ponta. “A estrutura que oferecemos, tanto em termos de instalações quanto de equipamentos de última geração, acaba fixando o profissional, seja ele da equipe médica ou do corpo assistencial. Isso possibilita uma maior integração da equipe e valoriza a qualidade do atendimento ao paciente”, reforça o Dr. Cabral.

A equipe: Multidisciplinar, é composta por 180 médicos qualificados e treinados para atendimento seguro, humanizado e de qualidade. A instituição conta com cirurgiões, ortopedistas, clínicos, psiquiatras e pediatras, além de enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, técnicos e outros profissionais especializados.

O Hospital Municipal Evandro Freire possui 103 leitos, sendo 40 destinados à Clínica Médica, 9 à Cirurgia Geral, 9 à Trauma-Ortopedia, 15 à Saúde Mental e 30 de unidade fechada – 20 para o CTI e 10 para Unidade Intermediária, e dispõe de 12 mil m² distribuídos em: • Centro Cirúrgico, com 4 salas de cirurgia; • Recuperação pós-anestésica – RPA, com 5 leitos; • Central de Material e Esterilização – CME; • Laboratório de Análises Clínicas e Microbiologia; • Agência Transfusional; • Centro de Imagens.

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CONDUTA MÉD ICA

A união faz a força, mesmo em meio à crise

Cooperativismo médico é, há quase cinco décadas, uma alternativa para os profissionais que querem representatividade no mercado

Por Carol Herling | Fotos: Iago Carvalho

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ma iniciativa que surgiu em Santos (SP) no final dos anos 60, quando foi criada a primeira cooperativa de trabalho médico do país, semeou uma ideia que ao longo das últimas décadas se espalhou por todo território nacional: e, também, além de nossas fronteiras. Líder mundial no ramo, o Brasil reúne 818 cooperativas (nessa conta estão as cooperativas 34 | VOX Otorrino

formadas por médicos e também as cooperativas constituídas por dentistas, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais da área da Saúde), com a participação de mais de 245 mil cooperados e a promoção de 92 mil empregos diretos. Trata-se de um setor que não pode passar despercebido pelos especialistas, estejam eles iniciando na carreira ou não.

De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as cooperativas médicas têm tanta força e representatividade que, desde 1996, são uma categoria própria dentro do sistema. Dedicadas à preservação e à promoção da saúde humana, elas estão presentes em todos os estados, com 85% de penetração no território nacional. Ainda, cumprem um papel importante junto à comunidade de cooperados, inclusive de outros ramos, como farmácias com comercialização de remédios a preços competitivos. “O Ramo Saúde é um dos principais setores econômicos que compõem o cooperativismo brasileiro. Sua expressão é tamanha, que possui visibilidade e reconhecimento nacionais devido à solidez de seus empreendimentos e, também, pelo constante processo de melhoria em sua gestão, o que já lhe conferiu diversos ISOS. As cooperativas de saúde são importantes empreendimentos para a geração de emprego e renda no setor. Elas movimentaram, só em 2015, mais de R$45 bilhões”, afirma Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB. Um médico que decide se tornar um cooperado passa a poder contar com diversos vieses sociais e econômicos.

Segundo Renato, a cooperativa possibilita que ele tenha trabalho e renda, respeito e valorização profissional e, ainda, elimina a atuação de intermediários do setor. “Enquanto cooperado, o médico tem a oportunidade de ser dono do próprio negócio, ao lado de pessoas cujos interesses são comuns. Ele participa de processos decisórios importantes, desenvolvendo, assim, suas estratégias de gestão e governança”, explica.

Para quem está interessado em conhecer um pouco mais sobre o cooperativismo, o Departamento Jurídico da ABORL-CCF prestará consultoria jurídica aos associados, oferecendo apoio e esclarecimentos sobre o tema. O foco da atual gestão continua sendo a valorização e defesa profissional do otorrinolaringologista. Com isso, o Comitê de Defesa Profissional e o Departamento Jurídico, sempre alinhados com a Diretoria Executiva, realizarão reuniões itinerantes/regionais para levar orientações aos associados, seja sob o aspecto cooperativista, como de valorização da especialidade, melhores condições de trabalho, honorários médicos, entre outros assuntos. Principalmente ouvir as necessidades regionais. De acordo com a Dra. Vania Rosa Moraes, do Departamento Jurídico da ABORL-CCF, “Nosso propósito enquanto Departamento Jurídico é oferecer consultoria jurídica especializada nas mais diversas áreas do direito aos associados da ABORL-CCF. Vale lembrar que os associados contam hoje com toda estrutura jurídica a sua disposição com relação a eventuais demandas relacionadas ao exercício profissional médico, com honorários subsidiados pela Associação”, informa.

“O Ramo Saúde é um dos principais setores econômicos que compõem o cooperativismo brasileiro. Sua expressão é tamanha, que possui visibilidade e reconhecimento nacionais devido à solidez de seus empreendimentos e, também, pelo constante processo de melhoria em sua gestão, o que já lhe conferiu diversos ISOS. As cooperativas de saúde são importantes empreendimentos para a geração de emprego e renda no setor.

Elas movimentaram, só em 2015, mais de R$45 bilhões”

Renato Nobile

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CONDUTA MÉD ICA

Cuidados necessários – Historicamente, as cooperativas, de maneira geral, têm se mantido atuantes no mercado mesmo em tempos de crise econômica. Isso se deve à participação de todos os cooperados nos processos decisórios, à melhoria constante nos processos de gestão e governança e à qualificação da mão de obra. Segundo Renato Nobile, “É evidente que em tempos de crise é preciso pisar no freio no momento certo e acelerar quando possível. As cooperativas brasileiras aprenderam isso ao longo do tempo e, hoje, sabem aproveitar as melhores oportunidades. Diante disso, mesmo com a crise, as estratégias de mercado e a oferta de produtos com preços competitivos tendem a garantir a sobrevivência das cooperativas”, explica. “Temos uma preocupação grande de, rotineiramente, rever nossos processos de gestão e governança, além de observar cada oportunidade de crescimento”, completa.

As cooperativas têm embasamento legal na Constituição Federal, Código Civil e na Lei do Cooperativismo nº 5.764, de 16/12/71, e, para sua constituição e gestão democrática, o otorrinolaringologista deve se atentar a alguns princípios. De acordo com a Dra. Vania, “É preciso observar as exigências da lei para constituir regularmente a sua cooperativa, consultar o nosso jurídico para que seja orientado corretamente e, ainda, manter seus atos

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registrados após a constituição da cooperativa, conforme orientação jurídica, contábil e administrativa”, salienta.

Recentemente, a ABORL-CCF lançou uma importante ferramenta com perguntas e respostas que podem ser consultadas pelos associados. Trata-se da cartilha Cooperativismo – aspectos práticos e legais, disponível no site da sociedade.

As vantagens de quem participa de uma cooperativa: • Busca de melhores condições de trabalho e honorários justos; • Negociação com planos e operadoras de saúde; • Adoção de medidas para evitar glosas indevidas; • Adoção de condutas a fim de impedir aplicação de valores de referência desatualizados.

Q UAL I DADE DE V I DA

Liberdade sobre duas rodas Veterano otorrinolaringologista pendura o jaleco e viaja pelo Brasil com os amigos do moto clube

Por Carol Herling | Fotos: arquivo pessoal

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uem assistiu ao clássico Easy Rider certamente ficou com vontade de subir em uma moto e sair por aí. O filme, que conta a história de dois motociclistas que viajam através do sul e sudoeste dos Estados Unidos, é uma ode à busca pela liberdade pessoal. E foi em busca de realização que o Dr. Heitor Conde Ribeiro Dantas, otorrinolaringologista do Rio de Janeiro, decidiu não só comprar uma moto, mas também fazer parte de um moto clube.

Tudo começou quando o Dr. Heitor – que já presidiu a Sociedade de Otorrinolaringologia do Rio de Janeiro e, atualmente, integra a Câmara Técnica de Otorrinolaringologia do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) – passou algumas férias (enquanto adolescente) no sítio de uns primos. Por lá e através deles, começou a ter contato com o universo das duas rodas. Entretanto, a faculdade de Medicina e a residência acabaram desviando-o da vontade de ter uma moto. Na sequência, o casamento e as duas filhas acabaram contribuindo para que o sonho fosse adiado.

Estabilizado na profissão e com as filhas crescidas, chegou o momento de renovar a carteira de motorista – e a vontade de ter uma moto voltou com força. “Há cerca de oito anos, faltando uns meses para a renovação, procurei uma moto escola, fiz as aulas e passei nos testes. Em seguida, adquiri minha primeira moto”, conta. A ajuda e incentivo do amigo e mecânico de confiança de seu carro foi decisiva. “O Mauro me deu todas as dicas para a compra da moto e me levou para o Tigres de Aço”, relembra. Foi assim que o Dr. Heitor entrou para o universo dos moto clubes, com direito a colete de couro, calça de cordura, amizades em todo o país e muitas fotos no álbum de viagem.

Quando não está atendendo a uma concorrida agenda de pacientes, o Dr. Heitor viaja com os colegas do atual moto clube (o Serpentes, que ajudou a fundar) para diversos locais.

Uma trip inesquecível foi para a Serra do Rio do Rastro, no sul de Santa Catarina, que demandou seis dias de estrada e muitas recordações. “Viajamos no Carnaval de 2013. Na volta, peguei a maior chuva da minha vida. Eu e meus companheiros praticamente não enxergávamos, presenciamos vários acidentes”, afirma. A turma, que se reúne religiosamente às quartas-feiras em sua sede própria, também faz passeios para locais

Antigo sonho do Dr. Heitor foi realizado após a estabilização na carreira

mais próximos à capital fluminense. “Vamos a Teresópolis e a Friburgo no esquema de bate e volta, e também para viagens curtas, de final de semana, em Tiradentes, Búzios, Rio das Flores, Cabo Frio...”, lista. Mas se você pensa que o Dr. Heitor usa sua moto o tempo inteiro, está enganado: “A moto é só para curtir as viagens. O trânsito das grandes cidades é muito hostil. Uso a moto eventualmente dentro da cidade”, diz.

No Moto Clube Serpentes, o médico é encarregado do setor financeiro. A turma do Dr. Heitor se reúne “num esquema mais light”, segundo suas próprias palavras. “Somos seis ao todo. Nosso moto clube é menor para que haja uma integração”, explica. Por lá, ele é o único médico, mas outros moto clubes, como o HOG (para donos de Harley Davidsons) reúnem outros especialistas. “Vários médicos, que inclusive são amigos meus, participam. Não é algo tão incomum”, afirma.

Para quem ficou com vontade de viver on the road, o médico dá algumas dicas: “Se tirou a carteira agora, é bom começar na moto pequena para pegar prática, pois quanto maior é a moto, maior pode ser o tombo. Também é bom pegar experiência. E, se quiser entrar para um moto clube, o ideal é conversar com quem já faz parte de um, para se familiarizar. E nunca andar sem os equipamentos de segurança”. Assim, será possível ter boas recordações da estrada, como a admiração dos que observam o comboio de motos. “As motos chamam a atenção, e somos saudados com simpatia”, afirma.

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EDUCAÇÃO CONTINU A D A

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SANGRAMENTO PRIMÁRIO

em amigdalectomia

Prof. Dr. Reginaldo Raimundo Fujita Professor Adjunto do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça & Pescoço – UNIFESP- EPM – Chefe da disciplina de Otorrino-Pediatria Renata Christofe Garrafa Especializanda do setor de Otorrino-Pediatria do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça & Pescoço – UNIFESP- EPM

A

amigdalectomia, inicialmente descrita no século I antes de Cristo por Cornélio Celso, tornou-se a principal cirurgia realizada por otorrinolaringologistas (foi e continua sendo, independentemente do tempo de formação)1,2,3. Incansáveis são as discussões referentes ao procedimento cirúrgico, fundamentadas atualmente em indicações mais ponderadas e modernas técnicas4. É consenso, entretanto, que a hemorragia se revela não apenas como a mais prevalente, mas também como a mais severa e temida complicação5,6.

O sangramento na tonsilectomia pode ser classificado em primário (nas primeiras 24 horas pós-operatórias) e secundário (após 24 horas pós-operatórias)1,5,6.

Em revisão sistemática realizada com 27.305 pacientes observou-se que o sangramento primário, em especial ocorrido até 8 horas após a cirurgia, está entre os mais prevalentes7. Nesses casos, os fatores precipitantes relacionam-se com diástases sanguíneas, técnicas empregadas e eventualidades iatrogênicas5.

Ainda que não exigido rotineiramente por guidelines em Anestesiologia, a solicitação de coagulograma no pré-operatório é pragmática. Sabe-se, todavia, que exames como TS (tempo de sangramento), TP (tempo de protrombina), TTPA (tempo de tromboplastina parcial ativada) e INR (international normalized ratio) apresentam limitações bem documentadas. Assim, seu baixo valor preditivo torna a prevenção de fatalidades hemorrágicas ainda mais desafiadora1.

Didaticamente as técnicas cirúrgicas são classificadas em frias e com cautérios. As tradicionais técnicas

frias englobam as guilhotinas, referentes à abandonada técnica de Sluder, e a dissecção mecânica. As técnicas com cautérios, por sua vez, são pautadas por modernos aparatos, tais como diatérmicos monopolar e bipolar, radiofrequência, coblation e laser. Uma terceira abordagem surge com o uso do microdebridador8.

Inúmeros estudos, com diferentes perspectivas, apontam as características e implicações de cada técnica, evidenciando controvérsias. Alguns deles demonstram superioridade nos métodos com cautérios, destacando o coblation como menor precursor de sangramentos, além de possibilitar uma recuperação pós-operatória mais rápida9.

De modo discordante, autores salientam maiores taxas de hemorragia intra e perioperatória nas técnicas com cautério2,8,10,11. Como exemplo, um estudo realizado com 11.796 pacientes na Inglaterra e Irlanda do Norte, observou risco de 1,9 a 4,8 vezes maior de sangramento nas técnicas com cautérios. No mesmo estudo, foi observado que a dissecção mecânica com hemostasia e sutura apresentou menor incidência de hemorragia quando comparada com mesma técnica cirúrgica, porém com hemostasia através de bipolar 2. De forma ainda mais conservadora permanecem os defensores da técnica de Sluder, identificando-a como segura e rápida. Advogam que os prejuízos relacionados ao Sluder, como perda sanguínea e remanescentes amigdalianos, estavam, na realidade, atrelados ao modo anestésico. Com o paciente acordado, o cirurgião era VOX Otorrino | 39

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obrigado a proceder com extrema velocidade, dificultando a ressecção completa das tonsilas e a revisão hemostática8,10. Ao se usar a guilhotina, deve-se fazê-lo com o paciente intubado tornando os riscos menores e possibilitando usar técnicas de hemostasia com sutura ou cautério.

Alguns cirurgiões lançam mão de substâncias ditas hemostáticas. O subgalato de bismuto ainda é muito usado em nosso meio. Não devemos esquecer que uma substância jamais substituirá uma boa técnica de hemostasia como a sutura ou o cautério, devendo-se ainda tomar o cuidado de não deixar muito composto, pois existe risco de pneumonia aspirativa por subgalato de bismuto.

Não menos importante, existem eventualidades na dissecção cirúrgica, quer sejam decorrentes de iatrogenias ou anormalidades anatômicas. A rica estrutura vascular adjacente à fossa amigdaliana estabelece a hemorragia como principal complicação operatória. Nesse âmbito, merece destaque a proximidade da artéria lingual, ramo direto da artéria carótida externa, com o polo inferior das tonsilas palatinas12,13. Na dissecção do polo inferior da

Referências 1. Kontorinis G, Schwab B. Significance of advanced haemostasis investigation in recurrent, severe posttonsillectomy bleeding. The Jornal of Laryngology & Otology. 2011;125:952-967.

2. Meulen JV. Tonsillectomy technique as a risk factor for postoperative haemorrhage. Lancet.

2004;364:697-702.

3. Toh A, Mullin A, Grainger J, Uppal H. Indications for tonsillectomy: are we documenting them?. Ann. R. Coll.

Surgeons of England. 2009;91:697-699.

4. Nogueira Jr JF, Hermann DR, Américo RR, Stamm RG, Hirata CW. Breve História da Tonsilectomia. Arq. Int. Otorrinolaringologia. 2006;10(4):314-317.

5. Cruijsen NV, Gravendeel J, Dikkers FG. Severe delayed posttonsillectomy haemorrhage due to a pseudoaneurysm of the lingual artery. Eur. Arch. Otorhinolaryngology.

2008;265:115-117.

6. Vieira FMJ, Diniz FL, Figueiredo CR, Weckx LLM. Hemorragia na adenoidectomia e/ou amigdalectomia: estudo de 359 casos. Rev. Bras. Otorrinolaringologia.

2003;69(3):338-341.

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amígdala, pode haver dificuldade em enxergar o limite da amígdala lingual. A laceração inadvertida da artéria lingual resulta na dissecção de sua adventícia, favorecendo a formação de um pseudoaneurisma. Este manifesta-se como abaulamento pulsátil ou, mais severamente, como hemorragia de difícil controle. O desafio, nesses casos, consiste na localização do sangramento, fazendo necessária a ligadura externa de ramos carotídeos ou a embolização seletiva com arteriografia, pois a artéria lingual se retrai e penetra na musculatura da língua 5,12.

A realização da amigdalectomia a quente (na vigência de um abscesso periamigdaliano) gera muita controvérsia.

Na realização dessa cirurgia deve-se tomar mais cuidado com a técnica de hemostasia, pois esta será realizada em um leito muito friável.

Conclui-se, assim, que a principal cirurgia da Otorrinolaringologia ainda carrega questionamentos e discórdias longe de serem resolvidos. Analogamente, permanece o impacto da hemorragia primária como complicação pós-operatória. Diante de variáveis intangíveis, torna-se crucial o discernimento do cirurgião e as habilidades cirúrgicas.

7. Moore A, McQuay H. Bleeding after tonsillectomy.

Bandolier Journal. 2006;151-8. [Internet]. Disponível em <http://www.medicine.ox.ac.uk/bandolier/band151/ b151-8.htm>.

8. Suckraneni VS, Ismail-Koch H, Salib RJ, Jain PK. Guillotine tonsillectomy: a neglected technique. The Journal of Laryngology & Otology. 2009;123:907-909.

9. Omrani M, Barati B, Omidifar N, Okhovvat AR, Hashemi SAG. Coblation versus tradicional tonsillectomy: A double blind randomized controlled trial. Journal of Research in Medical Sciences. 2012;17(1):45-50.

10. Monteiro ECM, Rocha FMN, Ikeda EY, Lemes CMR, Dall’Oglio GP. Amigdalectomia: Dissecada x Sluder. Brazilian Journal of Otorhinolaryngolory. 2001;67(3):319-324.

11. Ali RB, Smyth D, Kane R, Donnelly M. Posttonsillectomy bleeding: a regional hospital experience. Irish Journal of Medical Science. 2008;177:297-301.

12. Testa JRG, Martin CN, Araújo K. Pseudoaneurisma de artéria lingual tratado com embolização. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço. 2008;37(1):60-61.

13. Lins CCSA, Cavalcanti JS, Nascimento DL. Extraoral ligature of lingual artery: anatomic and topographic study.

International Journal of Morphology. 2005;23(3):271-274.

I N T ER N AC I ON A L

CALIFÓRNIA RECEBE O ENCONTRO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Por Bruno Bernardino

O

120º Encontro Anual da Academia Americana de Otorrinolaringologia acontecerá na tecnológica San Diego, Califórnia, entre os dias 18 e 21 de setembro. O evento promete atividades novas e estimulantes aos presentes, como a Sunrise Yoga, preparando os otorrinolaringologistas para o congresso com a prática da ioga, no dia 18; a corrida pelas paisagens da cidade litorânea, na manhã do dia 19; e o “Almoço com Experts”, que dará aos participantes uma chance de encontro e bate-papo com as referências da Otorrinolaringologia, no dia 20.

O Brasil é um dos países convidados de honra do evento, dividindo o destaque com a Índia, Nicarágua e Cingapura e, por isso, membros brasileiros recebem o desconto de $100 (cerca de R$350) no registro, além de acesso a seis sessões on-line.

Diversos temas serão abordados no evento. Entre eles, as lições de liderança e estratégias para o sucesso; marketing pessoal e sua prática no século XXI; a educação na residência do novo milênio; guia sobre o câncer da tireoide ao redor do mundo, em 2016; e a estratégia da reconstrução nasal. A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) marcará presença nos simpósios internacionais, com os temas Colesteatoma de ouvido médio, da origem à prática clínica, que será ministrado pelo Dr. Sady Selaimen da Costa (ex-presidente da ABORL-CCF) e pela Dra. Letícia Rosito; e O conceito contemporâneo da otoesclerose e seu tratamento, que será apresentado pelo Dr. Oswaldo Cruz, Dr. Andy Vicente, Dr. José Ricardo Testa e pela Dra. Norma Penido.

Aplicativo ajuda no agendamento das temáticas A partir de junho, a Academia Americana de Otorrinolaringologia disponibiliza um aplicativo, pelo qual será possível agendar as temáticas de seu interesse e, assim, não perder nada de importante ao longo dos quatro dias de congresso.

Disponível para Apple Store e Google Play, o app poderá ser acessado pelo link: http://www.entannualmeeting. org/16/schedule/index Onde: Centro de Convenções San Diego, 111 West Harbor Drive, 92101, Hilton, e também no Hotel Bayfront Hilton, 1 Park Boulevard, San Diego, Califórnia Quando: 18 a 21 de setembro de 2016 Inscrições (prazo final de registro no dia 22 de agosto): https://www.wynjade.com/aaohnsf16/login.cfm Saiba mais: http://www.entannualmeeting.org/16/index.php

VEM POR AÍ Encontro Anual da AAO-HNS 2017 – 10 a 13 de setembro, em Chicago

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HumORL

Uma doença aérea Tatiana Della Giustina é uma colega e amiga de longo tempo. Conosco, tem participado ativamente da chamada “turma do barulho”, pessoal que se dedica a estudar e, especialmente, discutir na justiça as questões relacionadas com o ruído ambiente e suas consequentes lesões auditivas.

Mas, apesar de grande parte de seu tempo estar dedicado ao assunto ruído, faz o resto da especialidade em sua clínica.

Dia desses me contou um fato interessante ocorrido em consultório. Um cidadão, com queixas otorrinolaringológicas, entrou em sua sala, no consultório, e pôs-se a narrar seu drama. A anamnese foi longa, a história era muito complicada, até que chegaram aos antecedentes pessoais.

Conversa vai, conversa vem, ela o inquiriu sobre ocasionais outras enfermidades. Foi quando o cidadão, após pensar um pouco, rebateu: – Eu tenho aquele tal de helicóptero...

– Como é que é? - Perguntou a médica.

– É- disse o paciente- No estômago...

Olha que para caber um helicóptero no estômago, nem daqueles de plástico vendidos em lojas do tipo R$1,99.

Mas Tatiana, após um fugaz momento, logo matou a charada: – O senhor tem úlcera, não é?

– É isso aí.

Tratava-se, obviamente, do Helicobacter pylori, bactéria conhecida desde a década de oitenta e tida como agente causadora de gastrites e úlceras gástricas. O bicho é um importante vilão nessas patologias, mas daí a ser confundido com um helicóptero não me deixou alternativas.

Para não perder o voo, perguntei à colega por que não encaminhou o paciente à Medicina Aeroespacial.

Por José Seligman

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Parque Vaca Brava - Foto de Silvio Quirino - Cedida pelo Goiânia Convention & Visitors Bureau

Goiânia será a sede do 46° Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

Participe!

www.aborlccf.org.br