Revista Vox Otorrino - Nº 143

Editoria

Edição 143 | Ano XX | setembro/outubro 2014 www.aborlccf.org.br

rismo scimento o d e d n e e r p m e rumo ao cre Gestão e ou é ou sua clínica

ório adores rir seu consult bons administr r e s m e d o Você sabe ge p ndemos s ócios? Respo ncia? Médico g iê e c n fi e u d s s e d to n u a te ea em en na mão de qu melhor deixar edição. questões nesta s a tr u o e s ta es

Páginas Azuis

Defesa Profissional

Finanças

Dr. Vitor Asseituno Morais, médico e empreendedor no setor de saúde

Nova lei garante reajustes anuais nos contratos com as operadoras

Prós e contras na adesão ao regime tributário Supersimples

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Mensagem do Presidente Caro associado, Nesta edição da VOX Otorrino nosso tema é gestão. Você está preparado para gerir sua carreira rumo aos seus objetivos, tem focado na preparação necessária? E quanto ao seu negócio? Você tem o caráter empreendedor necessário para fazê-lo crescer e prosperar?

Atualmente, para exercer Medicina, o profissional precisa ser mais do que médico. Tem de estar atento aos anseios da sociedade por serviços de qualidade, preparado para a concorrência, ciente de suas responsabilidades jurídicas, antenado nas redes sociais e, no meio de tudo isso, encontrar um tempo para aprofundar seu conhecimento na especialidade e abrir a mente para novas informações e formações.

A revista também traz boas notícias para todos, como a nova regra de contratualização entre médicos e operadoras de saúde, que entra em vigor no Natal deste ano, exatamente em 25 de dezembro! Também temos a possibilidade de adesão ao Supersimples, que reduz nossa carga tributária, mas é preciso avaliar se a migração é viável e trará benefícios reais. A VOX Otorrino traz mais informações e nosso departamento jurídico está a postos para orientar e informar.

Dr. Fernando Ganança Presidente da ABORL-CCF

O ano vai se encaminhando para o final e nosso Congresso se avizinha. Estamos trabalhando com seriedade e afinco para realizar o melhor encontro da especialidade na América Latina. Espero encontrá-lo em Porto Alegre em novembro.

Até lá.

DIRETORIA 2014 Dr. Fernando Ganança - São Paulo/SP Presidente

Dr. José Eduardo de Sá Pedroso - São Paulo/SP Diretor Tesoureiro

Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SP Presidente da Comissão de Residência e Treinamento

Dr. Sady Selaimen Costa - Porto Alegre/RS Diretor Primeiro Vice-Presidente

Dr. Felippe Felix - Niterói/RJ Diretor Tesoureiro Adjunto

Dr. Leonardo Haddad - São Paulo/SP Presidente da Comissão de Título de Especialista

Dr. Domingos Tsuji - São Paulo/SP Diretor Segundo Vice-Presidente

Dr. Paulo Saraceni Neto - São Paulo/SP Assessor do Diretor Tesoureiro

Dr. Márcio Fortini – Belo Horizonte/MG Presidente da Comissão de Defesa Profissional

Dra. Francini Grecco de M. Pádua - São Paulo/SP Diretora Secretária Geral

Dr. Edilson Zancanella - Indaiatuba/SP Presidente da Comissão de Comunicações

Dr. Otavio Marambaia Santos - Salvador/BA Presidente da Comissão de Ética e Disciplina

Dra. Renata Cantisani Di Franceso - São Paulo/SP Diretora Secretária Adjunta

Dra. Eulália Sakano - Campinas/SP Presidente da Comissão do BJORL

Dra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo/SP Assessora Diretora Secretária Geral

Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SP Presidente da Comissão de Eventos e Cursos

Dr. Renato Roithmann - Porto Alegre/RS Presidente da Comissão de Educação Médica Continuada

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06 09 11 13 18 20 26 33 35 37 39

Páginas Azuis Dr. Vitor Asseituno Morais, médico e sócio fundador da Empreender Saúde

Congresso Brasileiro Novo aplicativo e assembleias das Academias

Conselho Federal de Medicina Conheça o novo conselho gestor

Finanças Supersimples agora também para médicos

Defesa Profissional Nova lei muda regras de contratos entre médicos e operadoras de saúde

Carreira Cursos de gestão à distância

BJORL Brazilian Journal aumenta Fator de Impacto

Academia Americana Os destaques do 118º Congresso da Academia Americana

Curso ATM Lotação esgotada no curso promovido em setembro

ABOPe O sucesso da primeira campanha nacional de Otorrino Pediátrica

ABR Nariz inflável atrai centenas de visitantes

Carta ao Leitor

EXPEDIENTE

Gestão é evolução Já vai longe o dia em que um médico tinha de gerir apenas a secretária e as contas do consultório. Hoje em dia, um cabedal de informações é exigido dos médicos que pretendem se lançar num mercado cada vez mais competitivo e exigente. Gestão e empreendedorismo são as palavras de ordem do momento. Nosso entrevistado das Páginas Azuis deste mês, Dr. Vitor Asseituno de Morais, é um exemplo bem acabado desta nova ordem mundial. Com menos de 30 anos, é médico, sócio fundador de um portal de empreendedorismo em saúde, carrega no currículo um MBA em Finanças e decreta: “Se um médico só quer levar o consultório e fazer algum dinheiro não é um empreendedor”. Para desbravar esta selva de possibilidades, preparamos uma matéria com cursos de gestão e administração à distância.

Av. Indianópolis, 1.287 CEP 04063-002 | São Paulo/SP Fone: 11 5053-7500 Fax: 11 5053-7512 Vox Otorrino Diretor de Comunicação: Edilson Zancanella Comissão de Comunicações: Marcelo Piza Fabio de Rezende Pina João Vianney B. de Oliveira Paulo Roberto Lazarini Ricardo Jacob Macedo Allex Itar Ogawa Marco Antônio Corvo Maria Dantas C.L. Godoy Vinícius Magalhães Suguri Renato Marinho Correa

Dr. Edilson Zancanella Presidente da Comissão de Comunicações

Outra importante mudança que necessita de um olhar cuidadoso é a possibilidade de aderirmos ao regime tributário Supersimples. Esta migração deve ser bem avaliada e discutida com seu contador.

Coordenadora de Comunicação da ABORL-CCF Adriana Santos

Ainda nesta edição, uma reflexão do Dr. José Antônio Pinto sobre a atuação da profissão médica, um artigo esclarecedor do Dr. Bruno Rossini sobre o que avaliar na criação do seu site e um manual de etiqueta na net. E ainda temos os destaques das campanhas da ABOPe e da ABR, um registro da participação brasileira no congresso da Academia Americana e o edital da prova de Título de Especialista 2015.

Editora-chefe: Eliana Antiqueira / MTB: 26.733 Reportagem: Caroline Correa e Kelviane Lima Fotos: Vicent Sobrinho / Alexandre Diniz Dreamstime / Acervo

O recente momento político nos remete `a importância de nosso engajamento na sociedade e ao papel fundamental de nossa representação. Convidamos a todos os colegas cada vez mais se tornarem envolvidos e representativos em nossa ABORL-CCF!

Coordenação de Publicação e Diagramação: Julia Candido Produção: Estação Brasil Produção Editorial Fone: 11 3542-5264/0472

Boa leitura!

Impressão: Eskenazi Indústria Gráfica Periodicidade: Bimestral Tiragem: 6.000 exemplares Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

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Começamos agora uma nova relação com os planos de saúde com a garantia de reajuste anual celebrada nos contratos com as operadoras garantida pela lei 13.003/2014, que entra em vigor no final do ano. Leia mais na matéria de Defesa Profissional.

ESPAÇO LEITOR Sugestões de pauta, críticas ou elogios?

Fale conosco. voxotorrino@aborlccf.org.br

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Páginas Azuis

Aprender e empreender Dr. Vitor Asseituno Morais formou-se médico pela Escola Paulista de Medicina em 2012, mas antes de diplomado, já tinha outras ambições para sua carreira na saúde. Já em 2010 havia fundado, com outros colegas médicos, a Empreender Saúde, renomado portal de negócios e tecnologia do setor. Hoje, com menos de trinta anos, inclui em seu currículo passagem como médico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, um MBA em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas e os cargos de Membro Titular da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Membro da Associação Americana de Marketing e Chairman da Health 2.0 para a América Latina. E ainda clinica duas vezes por semana!

Por Eliana Antiqueira

Com visão empreendedora e sempre de olho nas oportunidades, Dr. Vitor já atuou com startups e aceleradoras de mHealth no Brasil e nos EUA, em grupos de investimento anjo e venture capital, além de atuar como mentor e conselheiro de empresas de saúde e consultorias

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Com formação médica, o que o atraiu para o universo de marketing e finanças?

A possibilidade de fazer mais por mais gente do que eu poderia fazer por um paciente individual, no meu consultório. É só olhar o impacto de uma empresa como a Amil ou o DASA, por exemplo, ambos formados por médicos. A recompensa financeira também foi muito maior para os fundadores do que se tivessem continuado com consultório.

de outros profissionais da saúde de discutirem estes temas.

Você sentiu falta de aulas de administração e marketing na faculdade?

Sem dúvida. O médico, por natureza, tem de ser um gestor. Do seu consultório, da sua equipe, etc. E marketing é necessário para qualquer profissional moderno. Uma pena que as faculdades ainda estejam presas a um currículo de séculos atrás.

Como surgiu a ideia de criar a Empreender Saúde?

Acha viável que essas matérias sejam incluídas no currículo das faculdades de medicina?

O Empreender Saúde surgiu da necessidade de entender e discutir negócios, primeiro de nós como fundadoresm - meus sócios Fernando Cembranelli e Raphael Gordilho são médicos também -, e depois da necessidade do mercado em si e

Sem dúvida, há algumas faculdades brasileiras já começando a incluir isso no currículo, devagar, principalmente as particulares. Nos EUA, é comum o curso de MD/MBA, em que o aluno se forma em Medicina e faz um MBA ao mesmo tempo.

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Páginas Azuis Sua atuação junto à Aeronáutica colaborou para o seu caráter empreendedor?

A origem do Empreender Saúde e outros negócios é anterior à minha experiência militar, mas o militarismo fortaleceu em mim a importância da disciplina, um pouco de hierarquia e gestão de pessoas.

Empreendedorismo é uma palavra da moda, mas qual a diferença em ser empreendedor e ter um consultório próprio, por exemplo?

Entendo empreendedorismo como a vontade de crescer, transformando a prática em empreendimento. Se um médico só quer “levar” o consultório e fazer algum dinheiro não é empreendedor. Se está preocupado em crescer o consultório, melhorar o atendimento e serviço, e pensar em novas maneiras de fazer as coisas, este é um empreendedor.

A carreira na medicina sempre teve dois caminhos bem claros: ou a clínica ou a academia. Isso permanece, apesar de tudo?

São ainda os caminhos mais comuns, mas, infelizmente, com cada vez piores prognósticos. A academia é extremamente mal remunerada no Brasil, está muito distante do mercado - o que acaba tornando a maior parte da pesquisa desenvolvida inútil à realidade das pessoas e priva de diversos recursos os pesquisadores que tem que competir com universidades como Harvard e MIT, que tem acesso às tecnologias de ponta - e tem um sistema de incentivos extremamente ligado à pesquisa básica e não ao desenvolvimento de produtos e serviços inovadores e patentes, o que deveria ser o uso ideal dos nossos impostos. Afinal, o conhecimento deveria ser utilizado para melhorar a vida das pessoas, não?

A saúde é um dos pontos nevrálgicos no Brasil. Não é arriscado investir justamente num setor tão mal avaliado?

Setores complexos significam barreira competitiva aos que abraçam a comple-

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xidade. O que é difícil de fazer, depois de feito, é vantagem. Setores pouco profissionais significam enormes oportunidades aos que decidem pelo sacrifício de fazer o seu trabalho um pouco melhor do que a média. Um setor como a saúde que representa 10% da economia e cresce 15% ao ano em ano de crise ou não, só pode ser bom.

Qual você percebe ser a maior dificuldade do médico ao se arriscar como empreendedor?

O médico não está acostumado a trabalhar em equipe, uma necessidade nas empresas; não sabe escutar feedback e críticas, o que tem que fazer todo empreendedor que se preocupa com o cliente; em geral tem um péssimo controle financeiro, que pode colocar qualquer empresa a perder, entre outras coisas. Apesar disso, é dedicado, inteligente e determinado, o que faz com que alguns se tornem fantásticos empreendedores e gestores.

O médico, por natureza, tem de ser um gestor. Do seu consultório, da sua equipe, etc. E marketing é necessário para qualquer profissional moderno. Uma pena que as faculdades ainda estejam presas a um currículo de séculos atrás.

É indicado ter um sócio administrador?

Não tem fórmula certa, recomendo um/ dois sócios com competências que claramente complementem as suas. Mas é uma jornada mais difícil que o casamento, na minha opinião. No casamento, cada um sabe que vai ter que ceder pelo outro para se darem bem e serem felizes. Na empresa, isso nem sempre está tão claro.

Entendo empreendedorismo como a vontade de crescer, transformando a prática em empreendimento. Se um médico só quer “levar” o consultório e fazer algum dinheiro não é empreendedor.

Como um médico, com todas as obrigações relativas à carreira, concilia essas atividades ao empreendedorismo?

Alguns poucos conseguem, mas o mais comum é abrir mão em algum momento pela necessidade de dedicar mais tempo para a empresa e pelo bem dos pacientes, pois um médico empreendedor não tem o mesmo tempo pra se atualizar do que um médico puramente assistencial. Em geral, os que vi conseguirem conciliar as duas coisas não eram empreendedores de verdade, e sim tinham algum cargo político (dentro de instituições muitas vezes) ou tinha um empreendedor/gestor real fazendo o trabalho de operação do negócio enquanto ele era mais a imagem da empresa do que o real gestor.

Como você avalia o médico empreendedor brasileiro em relação aos estrangeiros? O jeitinho brasileiro é um obstáculo ou uma vantagem?

Nem vantagem nem desvantagem. A principal diferença do médico brasileiro para o estrangeiro é que o médico estrangeiro está mais acostumado a discutir dinheiro e ver a medicina como uma profissão que tem que ser bem recompensada, como qualquer outra. Muitas coisas não são éticas na medicina, saber ganhar dinheiro não é uma delas.

Somos todos potenciais empreendedores ou há um perfil característico?

Acho que todos podem escolher ser empreendedores. Mas a verdade é que muitos escolhem não ser e não tem nada de errado nisso. Ao contrário, alguns escolhem

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Páginas Azuis ter mais tempo pra família, ou pra hobbies, ou pra medicina e são muito felizes assim, cumprem um papel social importante e com muita dedicação. Os que escolhem empreender quase sempre estão renunciando da maioria das outras coisas por isso, o que, pra muitos, não vale a pena.

pacta o seu faturamento. A partir disso, é necessário entender o que é valor de fato para esse cliente, e focar seu trabalho e os processos do seu consultório/clínica, etc.

Ou seja, as regras que regem o dia-a-dia do trabalho com foco nesses valores.

Quais são as oportunidades e desafios na área da saúde?

A principal diferença do médico brasileiro para o estrangeiro é que o médico estrangeiro está mais acostumado a discutir dinheiro e ver a medicina como uma profissão que tem que ser bem recompensada, como qualquer outra. Muitas coisas não são éticas na medicina, saber ganhar dinheiro não é uma delas.

Hoje, a maioria dos médicos em início de carreira é dependente dos contratos com as operadoras de saúde. Dá para sair desta dependência?

Sim, mas pra isso é necessário mostrar valor. Os médicos ficam presos nos convênios porque seus serviços viraram commodities para os pacientes e para os convênios. Qual a real e inegável diferença entre um otorrino formado na USP com consultório na Berrini e um otorrino formado na UNIFESP com consultório na Avenida Brasil ou um otorrino formado na UNICAMP com consultório na Paulista?

Pra maioria dos pacientes e convênios, nenhuma. Então porque vou pagar mais ou pagar particular por qualquer um deles para a maioria dos procedimentos e tratamentos comuns que representam o maior volume dos atendimentos?

Cada vez mais o mercado se homogeneiza, independente da área de atuação. Como ser diferente?

Entendendo quem é seu cliente, ou seja, quem paga a sua conta e/ou quem im-

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As principais oportunidades no Brasil, na minha visão, estão “nas pontas”. No atendimento da classe AA e da classe C, e na infância e na geriatria. Classe AA, pois é uma classe muito consumidora de serviços de alto valor agregado e sempre procurando coisas de mais qualidade. Classe C, pois necessita de vários serviços básicos pelos quais ainda não consegue pagar, mas que modelos de negócios inovadores ainda podem fazer essa oferta possível. Infância, pois o mercado tem cada vez menos pediatras, e geriatria, pois é uma classe crescente e que poucos negócios entendem de fato.

A pesada carga tributária brasileira não é um fator de desencorajamento para se ter qualquer tipo de negócio por aqui?

Sem dúvida. Na minha opinião, é um dos fatores mais desencorajadores, pois o dinheiro que se ganha “não rende”. Uma vantagem do setor de saúde são os hospitais filantrópicos e públicos que têm isenções tributárias, que muitas vezes acabam sendo repassadas às empresas que fornecem pra eles.

Setores pouco profissionais significam enormes oportunidades aos que decidem pelo sacrifício de fazer o seu trabalho um pouco melhor do que a média. Um setor (saúde) que representa 10% da economia e cresce 15% ao ano, em ano de crise ou não, só pode ser bom.

A partir de 2015, os médicos poderão aderir ao Supersimples, reduzindo a carga tributária sobre a pessoa jurídica.

Isso pode colaborar para o empreendedorismo? Como?

Na verdade, não muito. Somente sociedades com apenas médicos e com fins puramente assistenciais com faturamento limitado, são as empresas que, em geral, podem aderir a isso, ou seja, pode ajudar um pouco no começo, mas, no médio e longo prazo, não terá muito impacto.

Você acredita que o empreendedorismo seja um atalho para o médico ganhar dinheiro mais rápido, pulando etapas necessárias para sua formação profissional?

Talvez sim, talvez não. Como falei, o médico que decide ser empreendedor em algum momento acaba deixando a vida assistencial e assumindo a vida de gestor, momento em que essa formação assistencial ajuda, mas não é essencial. Para o médico que pretende com certeza atender o resto da vida essa formação é indispensável.

O que você espera para seu futuro como empreendedor?

Construir negócios de impacto que resolvam alguns dos problemas do sistema de saúde e quebrem algumas hipocrisias dos velhos modelos sobre o qual o sistema de saúde atual foi construído, e mude paradigmas que ainda impedem a evolução e a melhora do cuidado da saúde. Por enquanto, a jornada está sendo muito recompensadora. Se conseguir fazer algum dinheiro com isso no caminho, ótimo. Como diz o Prof. Gonzalo Vecina, presidente do Hospital Sírio-Libanês: “o padeiro ganha dinheiro com pão, que é alimento, e é sagrado, e mesmo assim você deixa seu filho brincar com o filho dele. Por que na medicina seria diferente?

Pela hipocrisia dos médicos acharem que a profissão deles é melhor que as outras?”

Orgulho nunca construiu nada de bom.

Humildade e conversa para resolução de problemas sempre foi o que fez a humanidade ir em frente.

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Congresso Brasileiro

É agora!

O 44º Congresso Brasileiro de ORL está chegando e você não vai ficar de fora, vai? Confira os diversos motivos para não perder o mais importante encontro da especialidade na América Latina.

Da Redação

Congresso conectado

Um aplicativo desenvolvido exclusivamente para o evento, disponível para iOS e Android, será uma ferramenta diferencial para orientação e organização dos palestrantes. Criado pela Itarget Tecnologia, a ferramenta permitirá acesso à grade científica, ao mapa do evento, relação de palestrantes, serviços disponíveis, redes sociais, avaliação de cursos e palestras e notícias atualizadas em tempo real.

“Este aplicativo vem sendo desenvolvido ao longo deste ano e temos uma grande expectativa para avaliar sua funcionalidade. Mas, sem dúvida, é uma ferramenta que veio para ficar e, a cada ano, vamos aperfeiçoando mais sua aplicação. Para isso, é importante que todos baixem o aplicativo e nos dêem sua avaliação da experiência”, diz Dr. Edilson Zancanella, presidente da Comissão de Comunicação da ABORL-CCF.

Baixe aqui o aplicativo.

Trabalhos premiados

A Comissão de Avaliação de Trabalhos Científicos selecionará os melhores trabalhos durante o Congresso. Os trabalhos aprovados para apresentação oral serão avaliados no local pela banca examinadora. Destes, 10 serão selecionados para reapresentação, concorrendo à seguinte premiação:

1º Lugar: 10.000,00

Residente, garanta seu lugar!

Um dos eventos mais esperados do Congresso é o Fórum Nacional de Residentes. Neste ano, o encontro acontecerá no dia 14 de novembro, das 14h às 17h, na sala 9, do Centro de Convenções da FIERGS. O objetivo do fórum é reunir residentes em otorrino do país todo para promover a troca de conhecimento, a discussão e o debate entre os participantes, proporcionar uma formação complementar e prepará-los para a entrada no mercado de trabalho. A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas. Inscreva-se pelo site www.aborlccf.org.br/44cbo e garanta seu lugar.

Não perca os cursos de instrução!

Os cursos serão ministrados no período da tarde, com 45 minutos de duração e até três instrutores em cada sessão, o que permite uma imersão completa no assunto. Os resumos enviados foram avaliados pela Comissão Julgadora de Cursos, de acordo com as regras pré-estabelecidas, a experiência dos palestrantes no tema sugerido, o impacto e a atualização do assunto.

Conheça aqui os temas aprovados.

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2º Lugar: 5.000,00 3º Lugar: Inscrição e Hospedagem para o 45º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial em Fortaleza – CE

14/11

Apresentação dos trabalhos orais

15/11

Apresentação dos 10 finalistas

E- pôster

Os trabalhos aceitos como pôster serão expostos na forma eletrônica (e-pôster). A Comissão Avaliadora selecionará os melhores trabalhos para uma rápida apresentação de cinco minutos durante o Congresso. Os cinco melhores trabalhos serão premiados com um Tratado de ORL e uma inscrição para o 45º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial em Fortaleza (CE).

13 e 14/11 14/11

Exposição Apresentação

Os premiados serão anunciados na festa de encerramento.

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Congresso Brasileiro

Palestrantes internacionais

Importantes nomes de cada especialidade vêm ao Congresso compartilhar conhecimento.

Laringologia

Plástica da Face

Medicina do Sono

Gayle Ellen Woodson – EUA

Pietro Palma – Itália

Brian Rotenberg – Canadá

Com mais de 35 anos de experiência, a médica é uma das principais especialistas norte-americanas em laringoscopia e distúrbios da voz.

Atual presidente da Academia Europeia de Cirurgia Plástica Facial. Renomado palestrante e autor de mais de cem artigos científicos.

Membro fundador e co-editor-chefe da Sociedade Internacional de Sono Cirúrgico e presidente do Grupo de Interesse Apnéia do Sono da Sociedade Canadense de Otorrinolaringologia.

Peak Woo – EUA

Peter A. Adamson – Canadá

Com 25 anos de prática médica, Dr. Woo liderou o desenvolvimento do videoestroboscópio computadorizado e do sistema de imagem de vídeo de alta velocidade, agora padrão para imagens de vibração das pregas vocais.

O cirurgião plástico canadense percorre países subdesenvolvidos com uma equipe de cirurgiões promovendo plásticas faciais reconstrutivas em crianças.

Rinologia Wytske Fokkens – Holanda Trabalha no desenvolvimento de novos tratamentos para pacientes com rinite e sinusite.

ORL Pediátrica

Jonathan Sykes – EUA Reconhecido como um professor inovador e conferencista nas mais recentes técnicas de cirurgia endoscópica minimamente invasiva.

Frédéric Chabolle – França Autor do livro “Complications et séquelles des traitements en cancérologie ORL”, um dos mais completos sobre o tema.

Otologia Robert Vicent – França Especialista em estapedectomia a laser.

Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Otoneuro Steven Rauch – EUA Especialista no diagnóstico e tratamento de ouvido interno humano e distúrbios do equilíbrio e na avaliação clínica do equilíbrio humano.

Thomas Robbins –EUA Autor de mais de 160 publicações científicas e editou vários livros.

Peter J. Koltai – EUA Há 39 anos vem se dedicando ao desenvolvimento de técnicas e tratamentos menos invasivos e mais confortáveis às crianças.

Prestigie o Pré-Congresso!

Robert Trotic- Croácia Otorrinolaringologista e perito judicial certificado na Croácia.

O Pré-Congresso, que aborda temas de interesse dos otorrinos que vão além do conhecimento acadêmico e científico, acontece em 12 de novembro, das 8h às 18h. Cada sala será destinada a um tema ou especialidade. Confira.

Acesse aqui a grade completa.

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Também tem a festa!

A cerimônia de abertura terá lugar no Centro de Convenções da FIERGS, às 19 horas do dia 12 de novembro. Após a solenidade oficial, o público será brindado com uma apresentação de dois dos maiores expoentes da produção musical do Rio Grande do Sul: Renato Borgheti e Yamandu Costa. O encerramento do congresso será celebrado com a banda Grinaldos, com melhor do pop rock nacional e internacional para todo mundo para dançar.

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Novo CFM Editoria

Nova diretoria do CFM, gestão 2014-2019: muito trabalho `a frente

Eleita nova diretoria do Conselho Federal de Medicina Os novos conselheiros da gestão 2014-2019 da CFM tomaram posse em 1º de outubro, em uma cerimônia administrativa na sede do Conselho, em Brasília.

Da Redação

U

ma nova fase tem início no Conselho Federal de Medicina. No começo de outubro, foram empossados os conselheiros que estarão à frente da entidade até 2019. A cerimônia aconteceu na sede do CFM, em Brasília. A ocasião também marcou a despedida da gestão 2009-2014, sob a presidência de Roberto Luiz d’Avila. A partir dessa data, a entidade passou a ser presidida pelo representante de Pernambuco, Carlos Vital Corrêa Lima.

Também foram eleitos o 1º vice-presidente Mauro Luiz de Britto Ribeiro (Mato Grosso do Sul); o 2º vice-presidente Jecé Freitas Brandão (Bahia); o 3º vice-presidente Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti (Alagoas); o secretário-geral Henrique Batista e Silva (Sergipe); o 1º secretário Hermann Alexandre Vivacqua von Tiesenhausen (Minas Gerais); e o 2º secretário Sidnei Ferreira (Rio de Janeiro). Integram ainda a nova diretoria o tesoureiro José Hiran da Silva Gallo (Rondônia); o 2º tesoureiro Dalvélio de Paiva Madruga (Paraíba); o corregedor José Fernando Maia Vinagre (Mato Grosso) e o vice-corregedor Celso Murad (Espírito Santo).

A Comissão de Tomada de Contas do CFM será composta por Cláudio Balduíno Souto Franzen (Rio Grande do Sul), Lúcio Flávio Gonzaga Silva (Ceará) e Donizette Dimer Giamberardino Filho (Paraná).

A última sessão Plenária da gestão

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2009-2014, em 30 de setembro, foi um momento de despedidas e homenagens prestadas entre os que ficam e os que se despedem. Os presentes enalteceram a liderança democrática do presidente Roberto Luiz d’Avila, que se despediu do cargo deixando como uma de suas marcas a integração da rede de conselhos e resoluções de grande repercussão na sociedade.

Além do presidente, entre os efetivos se despediram os conselheiros José Antonio Ribeiro Filho (Distrito Federal), Cacilda Pedrosa de Oliveira (Goiás), Waldir Cardoso (Pará), Gerson Zafalon Martins (Paraná), Wilton Mendes da Silva (Piauí), Aloísio Tibiriçá Miranda (Rio de Janeiro), Rubens dos Santos Silva (Rio Grande do Norte), Paulo Ernesto Coelho de Oliveira (Roraima), Desiré Carlos Callegari (São Paulo) e Pedro Eduardo Nader Ferreira (Tocantins).

Após a posse dos novos conselheiros, o grupo se dirigiu para a sede da Associação Médica de Brasília (AMBr), onde aconteceu nos dias 1º e 2 de outubro o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do Ano de 2014 – evento tradicional realizado duas vezes ao ano.

A programação incluiu os temas descaminhos da saúde pública no mundo, doenças raras/medicamentos órfãos, preservação da autonomia profissional diante de políticas públicas recessivas, e fiscalização nos CRMs.

Conheça o presidente

Dr. Carlos Vital Corrêa Lima é clínico geral, pós-graduado em Medicina Ocupacional pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Presidiu o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) de 2005 a 2008. É membro da Academia Pernambucana de Medicina, sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Bioética (regional Pernambuco) e da Sociedade Brasileira de Direito Médico. No CFM, nos últimos anos, contribuiu com as discussões no âmbito das Comissões de Recadastramento, de Revisão Eleitoral e de Revisão do Código de Ética Médica, como representante do Nordeste. Na gestão anterior, como 1º vice-presidente, era responsável pela coordenação do Departamento de Comissões e Câmaras Técnicas.

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Educação Editoria

19 a 21 de março Vectonistagmografia, Videonistagmoscopia e vHIT Coordenação: Dr. Pedro Luis Cóser Local: Rua Duque de Caxias 1668 - 403 Cidade: Santa Maria/RS Acesse o site E-mail: cursos@clinicacoser.com Informações: Jesiane Castro / Telefone: (55) 3223-7850 / (55) 3027-3656

Centro de Convenções FIERGS- Av. Assis Brasil, 8787 - Porto Alegre/RS Coordenação: Departamento de Eventos da ABORL-CCF Informações: (71) 2104-3477 / (71) 2104-3434 (11) 5053-7500 / (11) 5053-7512

Dezembro 2 a 5 de dezembro 105º Curso de Dissecção Osso Temporal Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, Prof. Dr. Rubens Brito, Dr. Rinson Koji Tsuji, Dra. Mariana Hausen Pinna e Dra. Anna Carolina Fonseca Local: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) - São Paulo/SP Acesse o site Informações: Roberta (11) 3068-9855 / cursosforl1@forl.org.br 3 a 6 de dezembro XV Curso Teórico Prático de Cirurgia Otológica - UFRJ Coordenação: Dr. Shiro Tomita Local: Auditório Alice Rosa - Rua Prof.

Rodolpho Paulo Rocco, 255 - 12º andar Cidade Universitária Cidade: Rio de Janeiro/RJ Acesse o site E-mail: otoscience@gmail.com Informações: Simone (21) 2227-4063 / 2523-4949 Fax: (21) 2227-4063 3 a 5 de dezembro XII Curso de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal Coordenação: Dr. Iulo Barauna e Prof. Dr. Aldo Stamm.

Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos - Rua Borges Lagoa, 1450 - Vila Clementino Cidade: São Paulo/SP Acesse o site E-mail: cursos@centrodeorl.com.br / cofotorrino@gmail.com Informações: Yone Heiss (11) 5080-4357 / 5080-4097

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4 a 6 de dezembro Curso de Potenciais Evocados Auditivos BERA,E COG,cVEMP,oVEMP,LLR,P300,PEE Coordenação: Dr. Pedro Luis Cóser Local: Rua Duque de Caxias 1668 - 403 Cidade: Santa Maria/RS Acesse o site E-mail: cursos@clinicacoser.com Informações: Jesiane Castro (55) 32237850 / (55) 3027-3656

Fevereiro/2015 21 de fevereiro Prova de Avaliação Periódica dos Residentes e Especializandos em Otorrinolaringologia Coordenação: Comissão de Título de Especialista da ABORL-CCF Local: a definir Cidade: Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo e Ribeirão Preto (SP) Acesse o site E-mail: expediente@aborlccf.org.br Informações: Rosangela (11) 5053.7505

Março/2015 5 a 7 de março Potenciais Evocados Auditivos BERA,ECOG,cVE MP,oVEMP,LLR,P300,PEE Coordenação: Dr. Pedro Luis Cóser Local: Rua Duque de Caxias 1668 - 403 Cidade: Santa Maria/RS Acesse o site E-mail: cursos@clinicacoser.com Informações: Jesiane Castro (55) 32237850 / (55) 3027-3656

20 a 24 de março 8th International “Biennale Milano Masterclass” Coordenação: Dr. Paolo Castelnuovo e Dr. Pietro Palma Local: Milão/Itália Acesse o site E-mail: mima@mzcongressi.com 27 a 28 de março Curso internacional de Rinoplastia - Hospital Otorrinos 2015 Coordenação: Dr. Artur Grinfeld e Dr. Washington Almeida Local: Hospital Otorrinos de Feira De Santana - Rua Barão de Cotegipe, 1141 Centro Cidade: Feira de Santana/BA Acesse o site E-mail: otorrinos@hotorrinos.com.br Informações: Daniela Carvalho (75) 21014455 / 2101-4484 Fax: (75) 2101-4497

Abril/2015 22 a 25 de Abril 41ª Edição - Curso Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal.

Coordenação: Dr. Oswaldo Laércio Mendonça Cruz, Dr. Sady Selaimen da Costa e Dr. Silvio Caldas Neto.

Local: Hospital Sírio Libanês - Rua Cel. Nicolau dos Santos, 69 - Bela Vista.

Cidade: São Paulo/SP Acesse o site E-mail: administrativo@stelamariseventos.com.br Informações: Silvana/Izabel (11) 5080-4933 30 de abril a 2 de maio 16th World Congress of Rhinology Coordenação: Prof. Dr. Aldo Stamm Local: WTC Convention Center - Av. Nações Unidas, 12.553 - Brooklin Novo Cidade: São Paulo/SP Acesse o site E-mail: secretaria@malulosso.com.br Informações: Áurea Franca (11) 3865-5354 Fax: (11) 3864-4673

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Finanças

Supersimples para médicos Em 7 de agosto, foi sancionada lei complementar que estende o modelo de tributação também para médicos. Vale a pena aderir?

Por Eliana Antiqueira

E

ntra em vigor em 1º de janeiro de 2015, a Lei Complementar 147/2014 (PLC 60/14), originada do PLP (Projeto de Lei Complementar) 221/12, que universaliza o Supersimples – sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas empresas que unifica oito impostos em um único boleto e reduz, em média, em 40% da carga tributária.

O modelo de tributação, criado para a micro e pequena empresa, beneficiará agora empresas e profissionais de saúde que registram até R$ 3,6 milhões de faturamento anual. Outro efeito da lei é a redução no tempo de abertura de pequenas empresas, que deve cair para apenas cinco dias. Atualmente, o tempo médio de espera é de 107 dias. O mesmo

8 em 1 O Simples substitui:  IRPJ (imposto de renda de pessoa jurídica)  IPI (sobre produtos industrializados)  CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido)  Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social)  PIS/Pasep  ICMS (imposto sobre mercadorias e serviços)  ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)  CPP (contribuição previdenciária).

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ocorre com o prazo de fechamento, que também deve cair e colaborar para diminuição de CNPJs inativos.

A Associação Paulista de Medicina (APM) se manifestou sobre a nova regra e comemora o avanço para toda a categoria. “A APM participou ativamente das discussões para que o modelo de tributação abrangesse toda a área médica, buscando apoio no Congresso e pressionando o Ministério da Micro e Pequena Empresa durante reuniões. Esteve em vários debates sobre o tema, em reuniões com o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, foi ao Congresso pedir apoio aos parlamentares e sempre manteve o associado informado sobre os desdobramentos da inclusão dos médicos no Supersimples. Comemoramos mais esse avanço para toda a categoria, que se beneficiará com a economia nos impostos”, explica Florisval Meinão, presidente da Associação.

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Finanças

Atenção para o ICMS e ISS do seu Estado O teto de 3, 6 milhões de reais é válido para o pagamento dos oito impostos federais, porém para o recolhimento de ICMS (estadual) e ISS (municipal) os tetos de faturamento bruto anual variam de acordo com a participação de cada Estado no PIB brasileiro, são os chamados sublimites.

Amapá e Roraima R$ 1,26 milhão por ano; Acre, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins R$ 1,8 milhão por ano; Ceará, Maranhão e Mato Grosso R$ 2,52 milhões por ano; Todos os demais Estados e o Distrito Federal R$ 3,6 milhões por ano.

A nova lei também reflete na geração de emprego e, consequentemente, na economia. De acordo com Bruno Quick, gerente de Políticas Públicas do Sebrae, os novos microempresários devem empregar mais pessoas com carteira assinada. “Na última década, 85% da expansão da quantidade dos postos de trabalho no Brasil vieram das micro e pequenas empresas, sendo que, nos três anos mais críticos da economia – 2009, 2012 e 2013 –, o setor foi responsável pelo saldo positivo da geração de empregos”, afirma.

Como aderir

Do primeiro dia útil de novembro até o penúltimo dia útil de dezembro deste ano é possível agendar a entrada no Simples pelo site da Receita Federal, mas a tributação só valerá a partir de 1º de janeiro de 2015.

O Departamento Jurídico da ABORL-CCF, porém recomenda uma avaliação aprofundada sobre a viabilidade da adesão. “O interessado deve proceder uma avaliação contábil e fiscal para ver se é vantajoso ou não”, diz Dr. Marco Antonio Machado, assessor jurídico da entidade.

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Isso ocorre porque, em alguns segmentos, poderá haver aumento nos impostos recolhidos. Uma empresa que seja tributada pelo sistema de lucro presumido, que é o caso de muitas clínicas médicas, por exemplo, paga impostos sobre percentual presumido de lucro e não sobre total do faturamento, o que pode tornar sua alíquota de imposto mais baixa em relação à receita bruta que a do Simples. “É fundamental o aconselhamento de um contador antes de decidir pela adesão”, avisa o assessor jurídico.

Outro aspecto a ser considerado é a projeção de faturamento para os próximos anos. A empresa que exceder o limite de receita anual em menos de 20% é excluída do Simples Nacional no ano seguinte. No entanto,

ela terá de pagar uma taxa de 20% sobre o valor excedente, ou seja, se ela estourar em R$ 100 mil, terá de pagar R$ 20 mil a mais. Se o faturamento do negócio ultrapassar o limite em mais de 20%, a exclusão acontece no mês seguinte e, a partir daí, ele será tributado pelo novo regime.

Caso o limite de faturamento seja excedido no primeiro ano de funcionamento da empresa, ela terá de recalcular seus tributos pelo novo regime desde o início da atividade.

Por isso, é preciso conhecer a margem de lucro e quais são os gastos da empresa garante uma base significativa para o cálculo do melhor regime tributário. O empresário deve saber como é estabelecido o preço de venda de seu serviço, o quanto a empresa paga de impostos e qual o seu lucro líquido final.

Acesse aqui o site da Receita Federal

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Editoria

REPRESENTANTE EXCLUSIVO NO BRASIL setembro/outubro 2014 | www.aborlccf.org.br TECNOTON APARELHOS MÉDICOS LTDA.

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RevistaWWW.TECNOTON.COM.BR VOX OTORRINO | 15

Artigo

Somos ainda profissionais liberais?

Dr. José Antonio Pinto Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital e Maternidade São Camilo (SP)

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Editoria Artigo

T

enho me preocupado muito, nos últimos anos, com os descaminhos de nossa profissão e me perguntado: o que mudou? Reportei-me à minha escolha pela Medicina nos anos 60.

Via então, nesta profissão, que o meu trabalho e dedicação dependeriam estritamente de mim mesmo e teria plena liberdade em indicar, tratar e ter a remuneração adequada de acordo com a complexidade e as condições econômicas do paciente. Por muitas vezes, o pagamento vinha num muito obrigado, que para nós valia mais que cifrões, pois tínhamos, por vontade própria, cumprido nossa missão.

Ao ver a triste realidade atual de como trabalham os médicos em nosso país, sinto saudades de um tempo em que o respeito, a dignidade e a liberdade profissional eram prerrogativas básicas na relação médico/paciente.

Como podemos explicar essa degradação da prática médica?

A epidemia desoladora que se abateu sobre a medicina como profissional liberal dependeu: Da criação desordenada de escolas médicas, grande parte sem estrutura, jogando no mercado um número imenso de médicos afoitos por trabalhar a qualquer preço. Com 235 cursos de medicina, dos quais 100 foram criados num espaço de 12 anos, temos hoje, aproximadamente, 400 mil médicos em atividade no Brasil, desproporcionalmente distribuídos pelo país, com grande déficit de vagas de residências médicas, o que leva esses profissionais recém-formados a aceitar subempregos e tornar-se mão de obra barata para as seguradoras e empresas de planos de saúde. Com essa proliferação de escolas, o Brasil oferta hoje 20.539 novos profissionais ao ano, perdendo apenas para a Ín-

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dia que, com população seis vezes menor que a nossa, tem 381 escolas.

Nos Estados Unidos, com 50% de população maior, formam-se 17.364 médicos por ano em 141 escolas.

Hoje os médicos caíram no “canto da sereia” das operadoras de saúde: “cobrem menos que nós, em troca, vamos encher seus consultórios”.

Ledo engano. Com mais de 92% dos médicos atendendo planos de saúde, ficamos reféns dos mesmos, recebendo consultas por R$ 40 e valores ínfimos por complexos procedimentos. Com mais de 45 milhões de usuários de planos de saúde, os médicos se digladiam para ter o privilégio de atender a estes pacientes.

E as operadoras se locupletam e se dão ao luxo de escolher aqueles que atendem aos seus princípios, ou seja, dêem o mínimo de despesa possível.

O CRM de SP mostrou recentemente que somente 2% dos médicos vivem exclusivamente de pacientes particulares, quando nos anos 80 essa taxa era de 80%, antes da proliferação dos planos de saúde e seguradoras.

As operadoras de planos médico-hospitalares estão hoje mais concentradas nas mãos de determinados grupos que absorveram mais de 50% das operadoras menores e, a cada dia mais, ditam as normas do mercado da saúde, comprando hospitais, clínicas, com equipes médicas próprias, impondo preços e “pacotes” aviltantes, diminuindo seus custos e aumentando sua lucratividade às custas de um trabalho médico subserviente. É tão notória a exploração a que estamos submetidos que, em recente entrevista à revista Exame, o bilionário presidente da Amil (N.E. Edson Bueno) explicou que a razão fundamental de seu sucesso foi saber usar o trabalho médico extremamente qualificado e extremamente barato.

E o que nós, médicos, temos feito?

Bovinamente vemos a banda passar e perdemos toda nossa condição li-

beral, lutando por tabelas irrisórias, presa fácil de um mercado de saúde aviltante. Não há consciência política na classe médica em enfrentar esses monstros que lançam seus tentáculos sobre todos os poderes da República, com cada vez maior representação no Congresso e interferência na Agência Nacional de Saúde Suplementar. O governo, na sua absoluta incompetência, desmerece a classe médica e a ela joga as responsabilidades pelo mau funcionamento da saúde pública no país, chegando ao absurdo de importar profissionais cubanos, sem nenhum critério e formação, para atender a nossa sofrida população. Decisões profundas devem ser tomadas por nossas sociedades médicas, implicando mesmo em custos maiores – com ampliação de departamentos jurídicos e de marketing e ação mais agressiva do departamento de defesa profissional –, e nos mantermos em eterna vigilância em assembleia permanente através da internet. A luta em defesa do nosso mercado de trabalho deve ser prioritária e nossos congressos devem dar ênfase especial aos mais jovens, para que estes não se omitam e não sucumbam profissionalmente diante de inimigos que avançam vorazmente sobre a nossa profissão.

Ideias como o credenciamento universal devem ser reativadas com urgência para podermos voltar a ter concorrência saudável entre os médicos sem a nefasta e antiética cartelização dos livrinhos.

Somente com importantes decisões e atitudes poderemos reverter estes desafios e voltarmos a ser profissionais liberais. Calar agora é exaltar o conformismo e este é o momento em que nossas sociedades, e a classe médica em geral, devem trabalhar duro para encontrar as saídas e soluções para essas crises que assolam a Medicina brasileira.

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Defesa Profissional

A regra é clara!

Lei 13.003/2014 altera as regras nos contratos de prestação de serviço entre médicos e operadoras e garante o direito ao reajuste anual para os profissionais credenciados, entre outras conquistas.

E

m 25 de junho, foi publicada sem vetos no Diário Oficial da União a Lei 13.003/2014, que, entre outras questões, exige contratos escritos entre as operadoras de planos de saúde e os profissionais de saúde, com previsão de índice e periodicidade anuais para reajuste dos valores dos serviços prestados.

Até então, não havia na legislação nenhum instrumento legal que garantisse aos médicos um reajuste anual nos honorários. “Isso nos tornava o elo mais fraco na relação com as operadoras. Com a lei, partiremos de uma condição mínima nas negociações. Mas os médicos precisam continuar mobilizados para garantirmos novas conquistas”, alerta Dr. Márcio

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Por Eliana Antiqueira Fortini, presidente da Comissão de Defesa Profissional da ABORL-CCF. A nova regra estabelece que o reajuste deva ocorrer no prazo de 90 dias contados do início de cada ano-calendário. Caso seja superado este prazo sem a devida correção, há previsão legal para que o índice de reajuste seja definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é o órgão responsável também pela regulamentação e fiscalização destas novas disposições legais.

Dr. Marco Antônio Machado, assessor jurídico da ABORL-CCF, destaca que o dispositivo dá mais transparência à relação médico/operadora.

“A obrigatoriedade de um contrato

escrito entre as partes dará mais transparência na relação entre os profissionais de saúde, as clínicas e hospitais, posto que definem de forma clara as condições de sua execução, definindo direitos, obrigações e responsabilidades das partes, assim como o prazo de vigência e reajuste dos serviços prestados pelo profissional e pagos pelo plano. De acordo com a nova lei, o contrato deve trazer a descrição dos serviços contratados, além de definir os valores, prazos e procedimentos para faturamento e pagamento”.

Além dos médicos, a lei vai beneficiar mais de 50 milhões de usuários de planos de saúde no Brasil ao exigir que as operadoras substituam ime-

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Defesa Profissional diatamente o profissional descredenciado e determina que os pacientes sejam avisados com 30 dias de antecedência sobre a alteração. “As mudanças previstas trarão maior conforto ao paciente, mais segurança jurídica aos profissionais e um sentimento de satisfação para toda a sociedade”, afirma o presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Carlos Vital Corrêa.

Em setembro, aconteceu o primeiro encontro do Grupo Técnico para a Regulamentação da Lei 13.003/2014, formado por representantes de entidades médicas, de sindicatos, dos ministérios do Trabalho, da Saúde, da Justiça e da Fazenda e de órgãos de defesa do consumidor, entre outros, e que discutiu a necessidade de

adaptação dos contratos vigentes à nova lei, os critérios de equivalência para substituição de prestadores, a elaboração das formas e dos conteúdos dos contratos estabelecidos entre as partes, a definição do ano-calendário, o modo que se dará a utilização do índice de reajuste definido pela ANS, a definição deste índice pela agência reguladora, além das formas de comunicação com os beneficiários no que se refere à exclusão e inclusão de prestadores pelos planos. Em quatro de novembro, uma nova reunião vai discutir os índices de reajuste e, finalmente, em 11 de novembro, será apresentada e discutida a minuta da regulamentação. A lei entra em vigor 180 dias após sua publicação, ou seja, em 25 de dezembro de 2014.

O que muda na relação com as operadoras  As condições de prestação de serviços serão reguladas por contrato escrito, estipulado entre a operadora do plano e o prestador. A regra vale para médicos e demais prestadore em prática liberal privada, além de estabelecimentos de saúde.  A periodicidade do reajuste deverá ser anual e realizada no prazo improrrogável de 90 dias, contados do início de cada ano.

Caso não haja negociação entre as partes, o índice de reajuste será definido pela ANS.  O contrato deve estabelecer claramente as condições de execução, expressas em cláusulas que definam direitos, obrigações e responsabilidades.

Deverão incluir também, obrigatoriamente, o seu objeto e natureza, com descrição de todos os serviços contratados.  Os planos serão obrigados a preencher as vagas abertas pelos médicos que se descredenciarem, o que será um ganho para os pacientes.

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Carreira

Libere o administrador que há em você!

Quando a Medicina exige muito mais do que o conhecimento em saúde, é preciso estar preparado para enfrentar os obstáculos administrativos que a profissão impõe. É aí que entram os cursos de gestão em saúde, opções fundamentais para os médicos que querem empreender.

Por Kelviane Lima

S

e a sua clínica estivesse passando por problemas econômicos e a frequência de pacientes estivesse reduzida, você conseguiria adotar estratégias financeiras e até mesmo de marketing para solucionar esses problemas? E se a diretoria do hospital que você administra solicitasse a elaboração de um projeto de gestão de crise, você saberia por onde começar?

Atualmente, exercer a carreira médica exige muito mais do que o conhecimento em Medicina. Administrar um hospital ou uma clínica própria, negociar com operadoras de planos de saúde, gerenciar informações tributárias para manutenção de pessoa jurídica, por exemplo, são algumas das situações que exigem do profissional muito mais do que o ensinado na faculdade. Mas como podemos resolver esses problemas?

especializar ao ter de lidar com dúvidas na gestão de sua própria carreira.

De acordo com ele, a leitura do livro Administração para Profissionais Liberais, de Fábio Zugman, obra que ele indica para quem quer ter mais conhecimentos no tema, também o influenciou a iniciar os novos estudos.

Hoje, o médico cursa o MBA de Gestão Executiva em Saúde na Faculdade Getúlio Vargas (FGV) e reforça a importância de se aperfeiçoar na área.

O otorrinolaringologista Paulo Saraceni Jr. sentiu a necessidade de se

“O desenvolvimento destas competências administrativas, que infelizmente não constam nos currículos formais das faculdades de Medicina, são importantes para que o profissional tenha subsídio, tanto para empreender na abertura do próprio consultório, clínica ou laboratório, quanto para atuar na direção de grandes hospitais, indústrias farmacêuticas e de produtos médico-hospitalares”, explica.

E a diversidade nos campos de atuação não para por aí. Neste ano, o Dr. Paulo Saraceni foi convidado pelo presidente da ABORL-CCF, Dr. Fernando Ganança, para reformular conceitos de gestão na atual Diretoria Executiva da entidade. Nesse caso, além de clínicas e hospitais, também podem surgir oportunidades de administrar instituições médicas sem fins lucrativos, como conselhos, associações e ONGs.

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Carreira

Para ter certeza de que estava fazendo uma boa escolha na hora de decidir qual tipo de especialização seria ideal para suas necessidades, Dr. Paulo foi a reuniões nos locais de ensino e fez diversas pesquisas. A decisão final foi pelo MBA, que possui uma abordagem mais prática, diferente da pós-graduação tradicional. “O desenho pedagógi-

co de um MBA é muito baseado em cases, que são casos reais e situações práticas. Isso possibilita uma troca de experiências muito ampla. Não é raro termos na mesma sala de aula médicos, enfermeiros, advogados, fisioterapeutas, farmacêuticos discutindo sobre os diferentes aspectos da assistência em saúde”.

Estácio MBA em Gestão de Saúde e Administração Hospitalar No curso, são utilizados estudos de caso da Harvard Business Publishing traduzidos para o português.

Carga horária: 360h Duração: 18 meses Valor: 24x de R$ 252,89 Inscrições: Durante todo o ano Acesse o site

Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) MBA em Serviços de Saúde

Dois encontros presenciais são promovidos durante todo o curso para a realização das avaliações na Unidade Avançada de Ensino onde o estudante se inscreveu.

Carga horária: 480h Duração: 12 meses Valor: 15x de R$ 298 Inscrições: janeiro de 2015 Acesse o site

AVM Faculdade Integrada e WPOS MBA Executivo em Gestão Hospitalar

Carga horária: 420h Duração: 12 meses Valor: 22x de R$ 288 Inscrições: Durante todo o ano Acesse o site

MBA Executivo em Gestão de Clínicas e Consultórios

Carga horária: 420h Duração: 12 meses Valor: 22x de R$ 288 Acesse o site

Para ajudar na escolha de quem busca se aprimorar na área, a Revista Vox Otorrino selecionou algumas alternativas de cursos em faculdades públicas e particulares pelo modelo de Educação a Distância (EAD). As abordagens vão desde gestão hospitalar, passando por gestão de saúde pública, até gestão de clínicas e consultórios. Confira!

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Curso de Atualização em Gestão por Processos em Serviços de Saúde*

Carga horária: 30h Duração: dois meses Valor: 6x de R$ 217,50 Inscrições: Novembro (a partir do dia 10) Acesse o site

Curso de Atualização em Planejamento estratégico e gestão de projetos: uma vantagem competitiva* Carga horária: 30h Duração: dois meses Valor: 6x de R$ 217,50 Inscrições: Novembro (a partir do dia 10) Acesse o site

Curso de Atualização em Gestão Eficaz de Fluxo de Pacientes*

Carga horária: 30h Duração: dois meses Valor: 6x de R$ 217,50 Inscrições: Novembro (a partir do dia 10) Acesse o site

Universidade de São Paulo (USP) MBA de Gestão em Saúde

Para ingressar no curso é preciso realizar uma seleção composta por uma prova, resolução de um estudo de caso online, análise de currículo e entrevista individual online.

Carga horária: 384h Valor: 22x de R$ 590 Taxa de inscrição: R$ 190 Período de inscrições: outubro de 2015 Acesse o site

Obs. Os valores podem sofrer alterações após a publicação da revista *Por ser um curso de atualização, não é necessária a apresentação de diploma

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Educação Continuada

O que há de novo?

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aro colega, esta edição do O que há de novo? apresenta de forma sucinta os importantes avanços e perspectivas no diagnóstico e tratamento da Doença de Ménière. São destacados novos testes audiovestibulares, como os potenciais evocados miogênicos vestibulares (VEMP) e a admitancometria multifrequencial. No tratamento é ressaltada a importância do diagnóstico e manejo do hiperinsulinismo, entre outras doenças. O uso da betahistina, da gentamicina e do corticóide intratimpanico são também destacados. Os autores finalizam relatando a aplicação em humanos de implantes vestibulares (UW/ Nucleus vestibular implant). Boa leitura.

Dr. Renato Roithmann

Doença de Ménière Joel Lavinsky Fellow da University of Southern California Mestre em Cirurgia na UFRGS Membro do Grupo de Pesquisa em Otologia e Otoneurologia (HCPA/CNPq)

Luiz Lavinsky Professor do Departamento de Otorrinolaringologia da UFRGS Coordenador do Grupo de Pesquisa em Otologia e Otoneurologia (HCPA/CNPq) Coordenador do Programa de Atendimento ao Surdo Severo e Profundo (HCPA)

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mbora a Doença de Ménière (DM) já tenha sido descrita há mais 150 anos, ainda existem controvérsias acerca da fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Dessa forma, a cada ano, novidades são apresentadas com avanços e perspectivas nessa área, especialmente do ponto vista diagnóstico e terapêutico. Atualmente, inovações diagnósticas se juntam à prova do glicerol e a eletrococleografia. Os potenciais evocados miogênicos vestibulares (VEMP) vêm se disseminando como uma ferramenta diagnóstica promissora na DM. Já existem dois tipos de VEMPs: cVEMP (cervical) e oVEMP (ocular). O cVEMP é um reflexo inibitório sacular que pode se apresentar comprometido na DM e é capaz de detectar, precocemente, a hidropisia sacular, antes mesmo do início dos sintomas clássicos da DM. Já o oVEMP, pode estimular as fibras utriculares, sendo também utilizado na avaliação desses pacientes. Além do diagnóstico, os VEMPs estão sendo utilizados na monitorização da progressão da doença, resposta terapêutica e na identificação do ouvido com doença em atividade1. Mais recentemente, a admitanciometria multifrequencial vem se mostrando útil no diagnóstico da DM. A admitanciometria multifrequencial realiza a medida do sistema de transmissão da orelha média em uma grande amplitude de frequên-

cias (200 a 2000 Hz) com o objetivo avaliar a pressão dos fluídos da orelha interna. Esse exame tem apresentado alta acurácia2 (especificidade de 93,7% e sensibilidade de 52,6%) e uma importante correlação com o VEMP no diagnóstico da DM3. Portanto, representa uma nova ferrramenta promissora dentro do arsenal diagnóstico da DM. Além da maior objetividade diagnóstica gerada pelo aperfeiçoamento dos testes audiovestibulares, os estudos de imagem vêm conquistando espaço, não somente para na exclusão de doenças retrococleares, mas também para confirmar o diagnóstico clínico.

Está sendo possível a visualização da hidropisia endolinfática na ressonância magnética nuclear (RMN) de 3T através da injeção intratimpanica com gadolínio. Entretanto, ainda não existe um protocolo padronizado. Estudos recentes4 vêm demonstrando uma forte correlação entre os estudos áudio-vestibulares convencionais (VEMP, eletrococleografia, teste do glicerol) com a avaliação por RMN com gadolíneo intratimpanico.

Dessa forma, os esforços são no sentido da uma maior objetividade do diagnóstico, em contra ponto a simples combinação dos sintomas clínicos clássicos como o padrão-ouro. Além disso, essa diversidade de ferramentas diagnósticas tem

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Educação Continuada possibilitado a investigação precisa das doenças ‘Ménière-like’, ou seja, diferenciar casos com clínica semelhante à DM, principalmente de fistula perilinfática, neuroma do acústico, esclerose múltipla e das vasculopatias.

Atualmente, o manejo clínico adequado é capaz de controlar as crises vertiginosas na maior parte dos pacientes com DM. As mudanças de estilo de vida, como o controle alimentar com a dieta hipoglicídica e fracionada, restrição de sódio, cafeína e álcool, se mantém recomendadas na DM. A associação entre os distúrbios do metabolismo dos carboidratos e a DM vem se consolidando na literatura. Em estudo do Grupo de Pesquisa em Otologia e Otoneurologia do HCPA/CNPq, publicado em 2014 na Otology and Neurotology, foi demonstrado que pacientes com hiperinsulinismo apresentavam a DM com agressividade pelo menos três vezes maior (OR = 3.52; p = 0.027) quando comparado aos pacientes nor-

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moinsulinemicos avaliados através das curvas glico-insulinêmicas de 5 horas5. Essa forte relação entre a DM e os distúrbios do metabolismo dos carboidratos esteve em concordância com os achados experimentais em publicações prévias do Grupo de Pesquisa6/7. Então fica cada vez mais evidente a importância a investigação apropriada do hiperinsulismo para o manejo adequado desses fatores desencadeantes. Da mesma forma que hiperinsulinismo, as demais etiologias da Síndrome de Ménière também devem ser investigadas, principalmente as doenças autoimunes, o hipotireoidismo e as dislipidemias.

Do ponto de vista medicamentoso, a betahistina se mantém como o medicamento de escolha na DM, já que os ensaios clínicos randomizados demonstraram efetividade no tratamento crônico em longo prazo 8 . Entretanto, o uso dos diuréticos, mesmo sendo amplamente utilizado, ainda carece de evidência de efetividade na literatura9.

No campo da DM refratária, embora pouco tenha sido publicado recentemente o sobre descompressão de saco endolinfático e neurectomia vestibular, as drogas intratimpanicas vem sendo amplamente investigadas.

As metanálises da Cochrane sobre o uso de gentamicina10 e corticóide11 intratimpanico vêm apresentando importante impacto na prevenção das crises vertiginosas. Em ensaio clínico randomizado publicado em 2012, comparando o uso de gentamicina com o corticóide intratimpanico12, a gentamicina se mostrou mais efetiva no controle da vertigem e com baixo risco de deterioração auditiva Dessa forma, as drogas intratimpanicas, quando adequadamente indicadas, vem se mostrando efetiva no controle da DM refratária. Os geradores de pressão positiva em pulsos (Meniett®) são utilizados em diversos países para o tratamento da DM refratária.

Esse dispositivo se baseia na aplicação de pressão positiva através de um tubo de ventilação na orelha

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Educação Continuada média para melhorar as trocas dos fluidos iônicos na orelha interna. Diversos ensaios clínicos randomizados já demonstraram eficácia a curto e longo prazo13. Entretanto, além do alto custo, esse dispositivo ainda não está disponível no Brasil.

A reabilitação vestibular é indicada para maximizar a compensação vestibular a nível central após a estabilização prolongada das crises vertiginosas. Em estudo comparado publicado em 2013, ambos os grupos (intervenção e controle) utilizaram o tratamento clínico pleno com dieta e betahistina, porém somente o grupo intervenção realizou 12 sessões de reabilitação vestibular com realidade virtual com o BRU® (Balance Rehabilitation Unit). Houve redução estatisticamente significativa dos sintomas subjetivos de vertigem e maior área de estabilidade postural14. Por isso, a reabilitação vestibular com realidade virtual pode ser uma ferramenta reabilitativa na compensação do desequilíbrio crônico nessa população.

Na visão de futuro, está em desenvolvimento o implante labiríntico com a perspectiva de tratamento nos casos refratários e na reabilitação da sequela vestibular causada pela DM. A estimulação elétrica é realiza da através de três feixes de eletrodos implantados no espaço perilinfático adjacente à ampola dos três canais semicirculares com um mecanismo semelhante ao implante coclear. O ‘UW/Nucleus vestibular implant’ já foi testado em macacos Rhesus com preservação da função vestibular e coclear. Através de uma autorização especial do FDA, o neuroestimulador vestibular foi implantado em ser humano pela primeira vez nesse ano em um paciente com DM refratária e incapacitante15. O procedimento de inserção dos eletrodos nos três canais semicirculares foi bem sucedido, porém houve perda auditiva pós-operatória. A estimulação elétrica foi capaz de desencadear, de forma independente, os respectivos

movimentos oculares, sendo possível também o aumento da intensidade da estimulação elétrica ao longo do tempo. Entretanto, ainda existe a necessidade de um aperfeiçoamento tecnológico e técnico, mas essa é uma demonstração que já existem esforços para avanços tecnológicos nessa área.

Certamente, existe uma marcada evolução nos métodos de investigação e da resposta terapêutica, ou seja, cada vez menos pacientes refratários ao tratamento clínico e com indicação cirúrgica. Embora estejamos observando avanços clínicos nos últimos anos acerca da DM, ainda existem muitos espaços a serem conquistados. Do outro lado, a ciência básica continua na busca de mecanismos genéticos e moleculares definitivos. Portanto, essa é uma área fértil com perspectivas reais de crescimento para os próximos anos.

Bibliografia: • Rauch SD, Zhou G, Kujawa SG, Guinan JJ, Hermann BS. Vestibular evoked myogenic potentials show altered tuning in patients with Meniere´s disease. Otol Neurotol. 2004;25(3):333.

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• Seo YJ, Kim J, Choi JY, Lee WS. Visualization of endolymphatic hydrops and correlation with audio-vestibular functional testing in patients with definite Meniere’s disease. Auris Nasus Larynx. 2013 Apr;40(2):167-72.

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Otol Neurotol. 2014 Jan;35(1):155-61.

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• Casani AP, Piaggi P, Cerchiai N, Seccia V, Franceschini SS, Dallan I. Intratympanic treatment of intractable unilateral Meniere disease: gentamicin or dexamethasone? A randomized controlled trial. Otolaryngol Head Neck Surg. 2012 Mar;146(3):430-7.

• Thomsen J1, Sass K, Odkvist L, Arlinger S. Local overpressure treatment reduces vestibular symptoms in patients with Meniere’s disease: a clinical, randomized, multicenter, double-blind, placebo-controlled study. Otol Neurotol. 2005 Jan;26(1):68-73.

• Garcia AP, Ganança MM, Cusin FS, Tomaz A, Ganança FF, Caovilla HH.Vestibular rehabilitation with virtual reality in Ménière’s disease. Braz J Otorhinolaryngol. 2013 May-Jun;79(3):366-74.

• Golub JS, Ling L, Nie K, Nowack A, Shepherd SJ, Bierer SM, Jameyson E, Kaneko CR, Phillips JO, Rubinstein JT. Prosthetic implantation of the human vestibular system. Otol Neurotol. 2014 Jan;35(1):136-47.

24 | Revista VOX OTORRINO

setembro/outubro 2014 | www.aborlccf.org.br

NOSSA ESPECIALIDADE: NOSSA ESPECIALIDADE: ATUALIZAÇÃO

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Há 30 anos informando e atualizando a classe médica.

BJORL

Aumento do fator de impacto O fator de impacto do BJORL subiu de 0,545 para 0,623. A editora-chefe da publicação, Dra. Wilma Terezinha Anselmo Lima, credita o crescimento ao trabalho criterioso dos revisores e estabelece a meta de 0.9 para os próximos anos.

Da Redação O fator de impacto do BJORL subiu de 0,545 para 0,623. O que isso significa em termos práticos?

mais rápida, faz com que a procura por autores com os melhores artigos também seja maior.

Significa que os artigos selecionados para serem publicados são de um nível científico melhor e consequentemente mais lido e mais citado por outros autores. Isso traz mais visibilidade para a revista.

A mudança para a editora Elsevier trouxe mais visibilidade ao BJORL?

Ao que a senhora atribui este crescimento?

Atribuo a um trabalho do corpo de editores e revisores mais criterioso, que procura selecionar com mais cuidado os melhores artigos. Essa eficiência da equipe, preocupada com uma revisão de melhor qualidade e

O reflexo desta contratação nós vamos saber apenas nos próximos anos, mas acreditamos que isso acontecerá sim. Nosso objetivo é atingir um fator de impacto de 0.9 para subirmos na classificação da Capes de B3 para B2.

Com este fator, em que patamar o BJORL se coloca entre as publicações similares da área?

O Brasil hoje tem 106 revistas com fator de impacto medido pelo ISI. O BJORL ocupa o 53º lugar. Se

pensarmos na populacão restrita e muito menor que é o número de otorrinos comparados à população de grandes áreas, como da clínica ou mesmo da cirurgia, está muito bom.

Em relação apenas às revistas de Otorrino com fator de impacto medido, que são atualmente em número de 43, o BJORL, ocupa o 36º lugar, com 0.63.

O BJORL é a principal publicação da América Latina?

No momento, é a única publicação da área em toda a América Latina com fator de impacto medido.

Qual publicação de maior fator de impacto em ORL? De quanto é o fator?

No momento é a HEAD NECK-J SCI SPEC que tem o maior FI: 3.006.

O que é preciso para o BJORL continuar mantendo este ritmo de expansão?

Para mantê-lo, precisamos do apoio contínuo dos nossos revisores, que trabalham num ritmo forte, sem receber qualquer apoio financeiro. A eles e a toda diretoria da ABORL-CCF nosso muito obrigado!

O que é preciso para publicar um artigo no BJORL?

Para mais informações sobre os critérios, acesse aqui.

26 | Revista VOX OTORRINO

Entrar no site do BJORL. As regras para formatação do artigo encontram-se descritas no link: www.bjorl.org.br/portugues/criterios.asp. e a submissão é online mesmo.

setembro/outubro 2014 | www.aborlccf.org.br

Comunicado BJORL Caros Colegas, Estamos caminhando definitivamente para a implementação do novo sistema do nosso BJORL, organizado pela Elsevier, uma das maiores empresas de publicação científica do mundo. Os associados já podem ter acesso à revista por meio da plataforma ScienceDirect. Confiram as melhorias que teremos com a parceria da Elsevier: 1. O BJORL conta, hoje, com uma página dedicada à revista no site Elsevier.com, com todas as informações relevantes relacionadas à revista, incluindo links para os artigos no ScienceDirect, instruções aos autores, métricas da revista e link para o Elsevier Editorial System.

2. O Elsevier Editorial System (EES) contém ferramentas customizáveis de rastreamento de manuscritos e de relatórios para o processo de submissão e peer-review. As submissões do BJORL, hoje, devem ser feitas por meio deste sistema, que também é utilizado pela maioria das publicações da Elsevier em todo o mundo. O EES oferece suporte aos seguintes aspectos do processo editorial: • Submissão de manuscritos on line: Base de dados de revisores para os editores; • Envio e recebimentos de comentários dos revisores on line: Peer-review on line, rastreamento de todas as etapas da submissão e do peer-review; • Encaminhamento automático dos artigos aceitos para a Elsevier: Acesso gratuito, pelo sistema, ao Scopus, a maior base de dados de resumos e citações de literatura científica arbitrada por pares; • “Articles in press” ainda sem correção: DOI (digital object identifier) são disponibilizados no ScienceDirect dias após a aprovação do manuscrito. As provas corrigidas pelos autores estarão disponíveis em arquivos pdf por volta de seis semanas após o aceite e a edição compilada é publicada de acordo com a periodicidade da revista. As versões finais dos artigos (com volume, edição e paginação) são disponibilizadas em HTML e PDF no ScienceDirect.

Aumento da visibilidade

A exposição institucional oferecida pela biblioteca digital ScienceDirect é incomparável. Estima-se que o ScienceDirect seja acessado por mais de 16 milhões de usuários em todo o mundo e atenda a uma demanda de leitura de mais de um milhão de artigos, na íntegra, por dia.

Links para os artigos no ScienceDirect, ou em outros sites citados nos artigos da revista, também são disponibilizados. Da mesma maneira, os artigos da revista também estão relacionados por links a outros artigos que tenham citado a revista ou por meio da ferramenta “Recommended Articles”. Os autores também podem se inscrever para receber alertas de citação, que os notifica quando o seu trabalho for citado.

A inclusão no ScienceDirect garante que a revista esteja visível e integrada à comunidade acadêmica mundial, de maneira que a revista e os autores podem se beneficiar substancialmente da distribuição eletrônica via ScienceDirect e da extensiva exposição de seu conteúdo.

Novo layout do site do BJORL Página adaptada à nova identidade visual da revista

Serviços aos autores

Há um departamento dedicado a auxiliar os autores, 24 horas por dia, sete dias por semana, que lida com as dúvidas dos autores de maneira eficiente.

Serviços aos revisores/pareceristas

A revisão dos manuscritos é o coração do sistema de arbitragem por pares. Para estimular o bom desempenho dos revisores e, como gesto de agradecimento pelo papel fundamental que esses revisores exercem na manutenção dos altos padrões da revista, oferecemos a eles acesso gratuito por 30 dias à nossa base Scopus e à nossa plataforma ScienceDirect todas as vezes que aceitarem revisar um manuscrito para o BJORL. A página dedicada aos revisores no site Elsevier.com disponibiliza toda a informação e todos os links relevantes para a avaliação de manuscritos. Além disso, o revisor pode registrar-se gratuitamente para receber nossas atualizações quinzenais.

CrossMark

A revista fará parte da iniciativa CrossMark. O CrossMark é uma iniciativa da organização CrossRef que envolve diversas editoras para promover uma maneira padrão a fim de que os leitores encontrem a última versão disponível do documento. A Elsevier reconhece a importância da integridade e completude do registro da publicação científica para pesquisadores, leitores e bibliotecários, e considera fundamental manter a confiança de todos estes atores na idoneidade de seu arquivo eletrônico. Aplicar o símbolo do CrossMark nos artigos é um compromisso da Elsevier para a manutenção do conteúdo publicado e para alertar aos leitores sobre qualquer eventual mudança nesse conteúdo.

Comissão do BJORL setembro/outubro 2014 | www.aborlccf.org.br

Revista VOX OTORRINO | 27

Artigo

Continuar ou não com a clínica: eis aí uma difícil questão.

C

om certa frequência, os sócios-proprietários de clínicas deveriam fazer algumas perguntas em relação a sua clínica: como seria a clínica se os sócios não estivessem efetivamente exercendo suas atividades operacionais?

Ou seja, se eles não estivessem realizando as consultas, os exames e as cirurgias, como estaria a clínica?

As finanças estariam controladas? A clínica estaria desempenhando suas funções de atendimento aos pacientes normalmente? Afinal, a clínica sobrevive sem o trabalho dos sócios?

Eduardo Regonha

Diretor executivo da XHL Consultoria, Doutor em Custos em Saúde pela Unifesp.

Visite o site

São perguntas (ou reflexões) que devem ser respondidas e, caso se verifique que a clínica teria certa dificuldade com a falta de trabalho de algum sócio (como é o caso de muitas), então aconselho aos sócios também responderem: se eles acumularam capital e recursos financeiros suficientes para sobrevivência com um padrão semelhante de qualidade de vida sem as receitas da clínica? E caso ela fechasse? Se for o desejo efetivo que a clínica termine na ausência de sócios? Se não acumularam recursos suficientes e gostariam de ver a clínica crescer sem a presença deles, quais atitudes devem tomar para reverter este quadro?

Muitos profissionais médicos construíram seus negócios (clínicas, hospitais, etc.) há alguns anos e agora começam a pensar em diminuir o ritmo ou, muitas vezes, em parar de trabalhar e somente aproveitar depois de anos de dedicação. Nessas condições, como ficariam as finanças da clínica? Ela teria recursos suficientes para cumprir todas as obrigações?

Essas perguntas e reflexões deveriam ser feitas periodicamente por todos os proprietários de clínicas

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médicas. As questões expostas remetem a uma visão estratégica do futuro da instituição e têm por objetivo redirecionar a empresa a fim de se adequarem às perspectivas e às necessidades dos sócios, e, dessa forma, implantar medidas e processos (tomar atitudes) com o objetivo de posicionar a empresa para as condições desejadas, conforme as respostas das questões.

E faço questão de frisar que a clínica pode até mesmo ser modelada para que, após um determinado período, a meta seja fechar a organização.

Não há nenhum problema nisso, desde que o sócio proprietário tenha um plano e esteja preparado para esta decisão.

Mas, se a decisão for de perenidade e longevidade para o negócio, outras atitudes devem ser implantadas a fim de dar sustentabilidade para a clínica. Pois, afinal, as empresas normalmente têm o objetivo de geração de lucro para seus sócios, que somente será conquistado com bons processos implantados e regras de remuneração adequadas para os médicos contratados, levando-as para a conquista de uma sustentabilidade em todos os aspectos.

Algumas dessas regras podem responder a uma série de perguntas, como: qual o valor adequado a pagar para o médico contratado? Quais os serviços e produtos mais atrativos para a clínica? Que operadoras proporcionam a maior margem? Os sócios já possuem um plano para o encerramento das suas atividades?

Quais as estatísticas da clínica?

Como está o fluxo de caixa? Qual o custo dos serviços, produtos e departamentos?

Como empresário, o sócio deverá responder muitas questões de manei-

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Artigo Editoria

ra sistemática e as respostas devem proporcionar um “norte” (uma bússola) que a instituição deverá seguir no seu caminho para o futuro, um conjunto de ações que, colocadas em prática, têm por objetivo levar a empresa para o desenvolvimento e para a manutenção do crescimento de forma sólida, sustentável e perene.

Isso será alcançado somente por meio de um bom planejamento, que leve em consideração um plano fi-

nanceiro, uma política de sucessão, uma boa estratégia de retenção de talentos, uma área comercial agressiva, apoiada em um bom projeto de marketing, com apoio de ferramentas gerenciais, com investimento em sistemas informatizados que proporcionem relatórios com informações confiáveis e de grande qualidade para a tomada de decisão.

Caberá ao sócio, apoiado nessas informações e com uma boa equipe de

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profissionais, somente desenvolver o papel de conselheiro e sócio investidor. Ele receberia os dividendos e aproveitaria as benesses de um longo período de trabalho para, depois de muito esforço ao longo de anos, agora ter o merecido descanso, com muita qualidade de vida e fazendo o que mais gosta, o que pode ser viajar, descansar, ler ou até mesmo trabalhar, mas em um ritmo tranquilo e prazeroso. Aproveite a vida.

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Gestão Digital

Como está sua presença na Web? Por Dr. Bruno Rossini Mestre em Otorrinolaringologia pela Escola Paulista de Medicina Fundador do Eleva Saúde Acesse o Facebook

J

untamente com a presença nas redes sociais, a confecção de um bom website consiste no principal pilar do marketing digital. Essa é uma das melhores formas de conseguirmos novos pacientes-clientes, tanto pela efetividade, quanto pelo custo envolvido.

Seguem, então, algumas dicas para desenvolver um website que faça a diferença em sua carreira:

Prepare a casa antes de convidar as visitas

Antes de começar qualquer tipo de divulgação, tenha certeza que cuidou de forma adequada do local de atendimento e do treinamento de seus colaboradores. Caso contrário, o aumento de clientela poderá lhe trazer mais dores de cabeça do que benefícios.

Planeje seu tempo para isso

Saiba que o desenvolvimento de um bom site lhe custará algumas horas.

Coloque essas horas no planejamento de sua agenda para não se atrapalhar no meio do processo. Creio que sejam suficientes duas ou três horas por semana, em horário comercial, durante quatro ou cinco semanas. Além da criação inicial, muitas conversas com seu desenvolvedor serão necessárias.

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Ética e Responsabilidade Google Adwords Depois que o site estiver “redondo”, Social recomendo iniciar uma campanha no Conheça e siga as normas estabelecidas pelo Código de Ética Médica e pelo Manual de Publicidade Médica, disponíveis no site do Conselho Federal de Medicina.

Isso pode evitar muitos aborrecimentos futuros. Acima de tudo, busque sempre o bom senso e a elegância.

Google. Essa traz resultados rápidos e com ótimo custo-benefício.

Espero que essas dicas os ajudem na construção de uma adequada reputação online e que essa os auxilie na busca de um crescimento profissional sustentável.

Conteúdo adequado

Pesquise e escreva textos com conteúdo adequado para seu público alvo. Por exemplo: dicas de saúde, orientações pré e pós-operatórias ou textos sobre as enfermidades mais condizentes com sua prática clínica. O conteúdo passado de forma adequada irá gerar credibilidade frente a seus pacientes-clientes.

Contrate uma agência profissional

Não recomendo que você peça a algum parente próximo ou amigo que desenvolva seu website. O que está em jogo é a sua carreira e reputação. Contrate uma agência profissional e com profissionais gabaritados. Muito melhor se tiver experiência com o segmento de saúde. Isso facilitará em muito o processo. Saiba que não podemos usar imagens com os direitos autorais não liberados. A agência também pode lhe ajudar com isso. Entenda o dinheiro aplicado como um investimento, isto é, caso dê tudo certo, ele retornará multiplicado.

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Gestão Digital

Comporte-se na rede!

A internet e as redes sociais abriram diversas possibilidades para aumentar seu networking e encontrar novas oportunidades de trabalho.

Mas é preciso ter cuidado com sua postura, porque a rede não é um território livre.

Por Eliana Antiqueira

E

m agosto último, o jornal Folha de S. Paulo denunciou que médicos estavam usando, sem autorização, imagens de pacientes em tratamento, cirurgias ou mesmo na UTI, em um aplicativo de paquera. Segundo a reportagem, o jaleco branco é um grande atrativo para seduzir as mulheres que usam o serviço.

Uma pesquisa realizada nos EUA, publicada no Journal of American Association, com reitores de escolas médicas, levantou condutas não profissionais em blogs e redes sociais. Embora estes futuros médicos estejam cientes das leis de confidencialidade médico-paciente, muitos usam as redes sociais para descrever e discutir comportamento lascivo e má conduta sexual, fazer declarações discriminatórias e discutir casos de pacientes. Oitenta reito-

res de escolas médicas foram questionados, 60% deles relataram incidentes envolvendo postagens profissionais e 13% admitiram que os incidentes violaram a privacidade do paciente.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina proíbe o uso de fotos de pacientes em qualquer situação, seja para demonstração de casos ou fim promocionais. Quando for imprescindível, o uso da imagem em trabalhos e eventos científicos é permitido, desde que autorizado previamente pelo paciente.

Alguns cuidados devem ser observados para que nenhum limite seja cruzado neste tênue horizonte do universo virtual e colabore para que as redes sociais sejam um trampolim para seu crescimento profissional.

Observe algumas regras: Perfil profissional Cuidado com sua foto e com a gramática. Seu perfil é o seu currículo, portanto seu cartão de visitas.

Interação Procure interagir com sua rede de conexões e nos grupos de debate com cordialidade e respeito às opiniões contrárias.

Relevância Cuidado com o conteúdo contribua de forma a agregar valores e posicionamentos. Evite opiniões sem embasamento.

Língua portuguesa É perfeitamente possível diferenciar erros de digitação e de ortografia.

Atenção na gramática e revise antes de publicar. Evite também o excesso de estrangeirismos, a não ser que sejam termos e nomenclaturas.

Flexibilidade Desenvolva seu senso de avaliação, reflexão e não generalize.

Preconceitos e esteriótipos Tome cuidado ao emitir opiniões que fale ou julgue o profissionalismo, a religião, raça, orientação sexual, idade e condição do profissional no mercado de trabalho.

Linguagem Cuidado com agressões verbais, julgamentos e palavras de baixo calão.

Críticas As críticas podem contribuir para o crescimento e amadurecimento, desde que fundamentadas e embasadas para promover reflexões.

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Eventos

Um novo desafio Cláudia Varandas de Souza, já bastante conhecida dos associados da ABORL-CCF, encara uma nova etapa em sua carreira. Desde agosto ela é nova Encarregada de Eventos da associação e promete fôlego redobrado para cumprir o desafio.

Da Redação

Há quanto tempo você trabalha na ABORL-CCF e qual seu conhecimento na área de eventos?

Claudia Varandas de Souza: nove anos na ABORL e vinte de experiência no setor de eventos

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Eu trabalho na ABORL-CCF há nove anos e tenho mais de 20 anos de experiência em eventos.

Já tive a minha empresa de eventos durante 12 anos, onde aprendi e acumulei bastante conhecimento na área.

Quais os desafios desta nova função?

Os desafios são grandes. Em primeiro lugar é preciso que este novo formato do departamento dê certo, fazendo com que tenhamos uma estrutura forte, capaz de organizar e coordenar de forma excelente tanto os eventos propostos pelas Academias, Departamentos e Comissões da ABORL, quanto coordenar de forma eficaz os Congressos Brasileiros organizados por empresas terceirizadas. O nosso objetivo é poder colaborar diretamente com a Diretoria Executiva da ABORL-CCF nas decisões diárias, propondo estratégias na condução dos eventos.

Você tem um grande conhecimento em captação. Este network pode ajudar a atrair mais patrocinadores ou estabelecer eventos mais alinhados aos anseios do mercado?

Sem dúvida. O relacionamento com as empresas parceiras é de extrema importância e complementa toda a organização e coordenação dos eventos. Este conhecimento amplia a visão geral que temos de cada um dos eventos organizados e abre portas para criação de estratégias fortes.

Quais suas expectativas frente do departamento?

à

Em primeiro lugar, corresponder com as expectativas de todos aqueles que acreditam no meu trabalho. Corresponder só não... Ir além! É uma felicidade muito grande ter este reconhecimento por parte da Diretoria da ABORL-CCF. Quero trazer novas ideias, e fazer, juntamente com os meus colegas, o Departamento de Eventos crescer. Digo isto porque não fazemos nada sozinhos. O Departamento de Eventos está diretamente ligado com todos os setores da ABORL.

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Academia Americana

Centro de Convenções de Orange County preparado para a chegada dos otorrinos

Otorrinos invadem Orlando Mais de oito mil otorrinolaringologistas, de todas as partes do mundo, compareceram ao congresso da Academia Americana em Orlando, Flórida.

Da Redação

E

ntre os dias 21 e 24 de setembro, a cidade de Orlando, na Flórida, foi tomada por otorrinos do mundo todo que compareceram a 118th AAO-HNSF Annual Meeting & OTO EXPO, o tradicional Congresso da Academia Americana. O Brasil compareceu em peso, com 820 médicos prestigiando o evento. À frente da delegação brasileira, Dr. Fernando Ganança, presidente da ABORL-CCF, reiterou a importância do congresso e destacou a participação de especialistas brasileiros que, neste ano, estiveram em destaque entre os 12 melhores trabalhos orais (veja box). “O Brasil, que já é o mais importante representante da otorrinolaringologia na América

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Latina, vem marcando presença nos eventos internacionais e ganhando ainda mais representatividade. Isso se reflete no aumento do fator de impacto do BJORL e na premiação destes colegas”, diz.

Academy Technology Center, na qual foram realizadas demonstrações de recursos digitais como o ENTConnect e o PQRS Wizard, com pessoal especializado para tirar dúvidas.

Durante os quatro dias de congresso, foram ministrados 90 mini seminários, 308 cursos de instrução, 338 apresentações orais e 414 pôsteres de todas as áreas de especialidades.

Numa iniciativa inédita, os cursos de instrução aconteceram pela manhã, em paralelo à programação científica. Também foram destaques o simpósio View from the Editors: Peer Review, Publishing, and the Editorial Process, destinado aos editores de revistas científicas, e os três cursos de revisão desenvolvidos para ajudar na preparação do exame cognitivo MOC Part III, incluindo conteúdos de cirurgia de cabeça e pescoço, rinologia e alergia e otorrinolaringologia geral.

O encontro deste ano registrou algumas diferenças em relação às edições anteriores. No aspecto social, pela primeira vez a Recepção do Presidente foi realizada no espaço em que ocorreu a feira de exposições, o que tornou o encontro mais informal e valorizou o espaço dos exibidores.

A organização também destaca a

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Academia Americana

Delegação brasileira comparece ao mais importante evento da otorrinolaringologia mundial

Presença brasileira Doze estudos foram selecionados pelos membros do Annual Meeting’s Program Advisory Committee para serem apresentados na durante uma sessão de 80 minutos intitulada “Best of Orals”, em reconhecimento à qualidade, pesquisa e inovação. Dentre os quais, estava o trabalho Long-Term Low-Dose Doxycycline for Difficult-toTreat Chronic Rhinosinusitis with Polyps, dos colegas brasileiros Thiago Bezerra, Ana Soter, Rogerio Pezato, Richard Voegels e Fabio de Rezende Pinna, em parceria com Claus Bachert e Thibuat Van Zele.

O Brasil também marcou presença na programação científica. Dr. Michel Cahali, membro do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, participou da mesa redonda Palate Surgery in Obstructive Sleep Apnea: How to Choose Among the Options Supported by the Sleep Disorders Committee, moderada por Eric J. Kezirian, em companhia dos médicos Edward M. Weaver, Hsueh-Yu Li, B. Tucker Woodson, Michael Friedman e Kenny P. Pang.

Apoio:

Centro de tecnologia: demonstração de recursos digitais

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Curso ATM

Lotação esgotada Dr. Diderot Parreira, coordenador do Departamento de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial da ABORL-CCF

Em setembro, cerca de quarenta médicos estiveram na sede da ABORL-CCF para acompanhar o curso sobre ATM promovido pelo Departamento de Cirurgia CrânioMaxilo-Facial, com apoio da ABORLCCF e patrocínio da Total Medic.

Dr. Diderot Parreira, coordenador do departamento, conversou com a VOX sobre o evento e planos para o próximo ano.

Da Redação

Qual a importância do curso para formação do ORL? O Departamento de Cirurgia Crânio Maxilo-Facial (DCCMF) está estimulando os colegas otorrinolaringologistas a conhecerem mais sobre a articulação têmporo-mandibular (ATM), suas patologias e como conduzir o tratamento.

Como esse assunto geralmente não é abordado de uma forma mais específica na maioria dos serviços de residência médica em Otorrinolaringologia, nós estamos formatando módulos de ensino para que os colegas possam se aprofundar no tema e iniciar o manejo desses pacientes.

Este curso é mais voltado para otologistas ou direcionado para todas as especialidades?

Este foi o primeiro curso sobre ATM realizado pelo DCCMF e a ABORL-CCF, um grande marco para nossa Associação! O nosso público-alvo são todos os otorrinolaringologistas, pois todos nós recebemos em nossos consultórios frequentemente pacientes com queixa de dor de ouvido, mas que, na verdade, pode ser um distúrbio na ATM. Problemas de ATM muitas vezes são detectados por dentistas, é importante manter uma equipe multidisciplinar para o tratamento?

Eu penso que nós, otorrinolaringologistas, recebemos muito mais pacientes com queixas em ATM do que qual-

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Revista VOX OTORRINO | 35

ATM

Mais importante do que uma equipe multidisciplinar é formarmos uma equipe interdisciplinar, onde todos discutem e avaliam o paciente de uma maneira mais interligada.

Neste sentido, o otorrinolaringologista, o dentista especialista em disfunção têmporo-mandibular e dor orofacial, o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta, o psicólogo, o reumatologista são componentes fundamentais nessa equipe.

Há previsão de novas datas para o curso?

Workshop Hands On: novidade do curso

quer outro profissional; no entanto, por vários motivos, nós deixamos de tratar esses pacientes e delegamos para outros profissionais. Eis a semente plantada com este primeiro curso, despertar os colegas para serem os responsáveis por esses pacientes.

No final do curso, houve uma reunião muito proveitosa com alguns membros do Departamento de Cirurgia Crânio Maxilo-Facial para discutirmos os caminhos de formação dos colegas Otorrinolaringologistas na área de ATM. Temos várias propostas ótimas para 2015. Uma delas é a criação de um curso itinerante que percorrerá dez cidades brasileiras, levando esse ensinamento aos colegas já formados e aos serviços de residência. Outra grande possibilidade é fazermos um pré-congresso específico sobre o assunto em Fortaleza no próximo ano; e por fim, há também a proposta de um curso avançado de formação com parte prática para aquele colega que esteja mais avançado nos conceitos de ATM. Claro que todas as propostas seguirão seu fluxo normal de chancela pela ABORL-CCF, mas tudo está conspirando para fortalecermos ainda mais nossa especialidade com esse horizonte que se abre dentro da articulação têmporo-mandibular.

Programação científica

Dr. Nelson Colombini: Anatomia e Fisiologia da ATM

Dr. Lucas Patrocínio: classificação das Patologias da ATM

Dr. Anderson Castelo Branco: Dr. Persio Mariani: tratamento diagnóstico por Imagem em Clínico da DTM ATM

Dr. Sergio Miranda: quando indicar cirurgia em DTM

Dr. Roger Moreira: complicações das cirurgias da ATM

Dr. Corintho Viana: toxina botulínica na DTM

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Dr. Weder Cardoso: indicações e resultados de artroscopia da ATM

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ABOPe

Crianças saudáveis De 12 a 14 de setembro, a ABOPe realizou a Campanha Nacional de Otorrino Pediátrica, que levou informações sobre a prevenção de doenças que prejudicam o desenvolvimento infantil.

Por Caroline Correa Fotos: Alexandre Diniz

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Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica realizou, em São Paulo, a primeira edição da Campanha Nacional Otorrino Pediátrica.

Criada para conscientizar a população sobre as doenças do ouvido, nariz e garganta que comprometem o desenvolvimento infantil, a ABOPe, em parceria como a ABORL – CCF, promoveu uma série de atividades gratuitas entres os dias 12 e 14 de outubro, no Parque Ibirapuera. “É muito importante chamar a atenção para as afecções otorrinolaringológicas que influenciam o desenvolvimento infantil. Nosso objetivo principal foi levar informações ao público e isso foi plenamente atingido, já que milhares de pessoas compareceram ao espaço no Parque Ibi-

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rapuera e se interessaram pelo assunto”, comemora a presidente da ABOPe, Dra. Renata Di Francesco.

Com quatro atrações divididas em estações personalizadas, a campanha abordou a importância da audição e a sua relevância para comunicação e relacionamento das crianças. Os participantes puderam medir a intensidade do som produzido por eletrodomésticos e brinquedos que estão presentes no cotidiano infantil.

Na seção sobre o equilíbrio, as crianças avaliaram suas habilidades brincando de amarelinha e andando em cima de uma corda. O “Jogo dos Aromas” promoveu um teste no olfato dos visitantes.

Ao final da visita, uma intervenção

cultural realizada pelos Doutores da Alegria alertou sobre os efeitos do ronco e da apneia obstrutiva do sono no aprendizado das crianças.

“Essa foi a primeira vez que a ABOPe fez uma campanha destinada às crianças e ao seu desenvolvimento.

Conseguimos alertar a todos sobre a importância de se intervir precocemente no diagnóstico e tratamento favorecendo, assim, o desenvolvimento saudável. Nosso objetivo, para o próximo ano, é levar a campanha a outras capitais do país, multiplicando assim as informações”, explica a presidente da Academia.

Além do apoio dos médicos da ABORL-CCF e da ABOPe, residentes da USP, Unifesp e CEMA também participaram da campanha.

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ABOPe

Doutores da Alegria apoiam a iniciativa

O fundador dos Doutores da Alegria, o premiado ator Wellington Nogueira, cedeu gratuitamente sua imagem para a Campanha Nacional Otorrino Pediátrica. “Nossa organização se identifica com a proposta da ABOPe e estimula as ações de prevenção como esta campanha. Afinal, tão importante quanto levar alegria e conforto aos nossos pequenos pacientes é promover ações para evitar que as crianças fiquem doentes”, afirma.

Repercussão na mídia A ação da Academia recebeu destaque de importantes veículos de comunicação. O programa Bem Estar, da Rede Globo, esteve no local e fez a cobertura das atividades propostas. Uma equipe do jornal Repórter Brasil, da TV

Workshop ABOPe No sábado, 13 de setembro, a ABORL-CCF recebeu o I Workshop em Otorrinolaringologia Pediátrica, promovido pela ABOPe e organizado pelas Dra. Renata Di Francesco, Dra. Fabiana Valera, Dra. Melissa Avelino. Durante o evento foram discutidos temas em torno da abordagem cirúrgica na criança com diversos palestrantes na área. O encontro culminou com uma experiência prática inédita para demonstração e treinamento em procedimentos de vias aéreas em crianças.

Experiência inédita promoveu treinamento em procedimentos de vias aéreas em crianças

Brasil, também foi ao Parque Ibirapuera conversar com representantes das entidades e visitantes. A campanha foi assunto também nas revistas Crescer, Pais & Filhos, Rádio Record e diversos jornais. “Vale destacar, ainda, que além da ação presencial no parque

Ibirapuera, a divulgação em mídias sociais foi grande. O Facebook permitiu que muitos baixassem materiais para impressão. Não só médicos, como escolas e outros profissionais da saúde, ampliando sua divulgação”, finaliza Dra. Renata Di Francesco.

Veja aqui o vídeo promocional da Campanha Nacional Otorrino Pediátrica estrelado por Wellington Nogueira.

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ABR

Mais um ano de sucesso A Campanha “Respire pelo Nariz e Viva Melhor” chega a mais uma edição. Neste ano, teve a atleta Maurren Maggi como madrinha e fez parte da programação da Virada Esportiva de São Paulo, onde o nariz inflável gigante atraiu centenas de visitantes.

Por Kelviane Lima

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Virada Esportiva de São Paulo, nos dias 20 e 21 de setembro, teve uma atração extra. O Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, recebeu o nariz inflável gigante e atraiu a curiosidade dos participantes do evento.

“Oi, qual é a atividade daqui?” - perguntavam. Logo em seguida, já recebiam a resposta: “Aqui você pode conhecer a anatomia interna do nariz e saber mais sobre as doenças que afetam o órgão. Vamos participar?”.

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E era assim que começava o tour de crianças e adultos por mais uma ação da campanha “Respire pelo Nariz e Viva Melhor”, realizada pela Academia Brasileira de Rinologia (ABR) em parceria com a ABORL-CCF. Nem o tempo instável impediu que centenas de pessoas pudessem aprender, de forma lúdica e descontraída, a respirar melhor durante atividades físicas e no dia a dia, além de saber mais sobre problemas como rinite alérgica, pólipos nasais, desvio de septo e adenóide.

“É bem interessante o modo como esse inflável está montado. De um lado, a gente tem a estrutura normal, mostrando como funciona um nariz saudável, especificando anatomia e fisiologia. Do outro lado, temos um nariz doente. Então é possível detalhar as principais enfermidades que acometem a respiração”, explica o coordenador da campanha, Dr. Fabrizio Romano.

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No primeiro dia, os visitantes também puderam conhecer a medalhista olímpica Maurren Maggi, madrinha da campanha. A atleta, que passou parte do dia distribuindo autógrafos, reforça a importância da iniciativa: “Nos meus treinamentos sempre valorizei a importância da respiração pelo nariz. Foi por meio dela que conquistei importantes títulos em minha carreira. Quem respira bem, corre melhor, joga melhor e tem os melhores resultados”.

Outra atração, os palhaços Fusca e Gaiato fizeram a diversão da garotada. Com intervenções criativas e brincadeiras, eles conduziam o tour pelo nariz e desafiavam o conhecimento dos visitantes sobre as muitas informações expostas no interior do inflável.

A imprensa nacional deu cobertura ao evento, e foram registradas mais de 80 matérias divulgadas na mídia. A campanha ganhou destaque em diversos veículos, como a TV Brasil e os portais de notícias do programa Globo Esporte, da TV Globo, e do jornal A Gazeta (ES).

Dr. Fabrizio Romano acompanhado do Secretário de Esportes do município Celso Jatene, sua esposa Tânia e a atleta Maurren Maggi.

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Sobre a importância de mais uma edição realizada, Dr. Fabrizio destaca que faz parte da função da ABORL-CCF divulgar para as pessoas a grande relevância da especialidade. “A ‘Respire pelo Nariz e Viva Melhor’ foi uma das primeiras campanhas da associação e é uma das mais tradicionais. Sempre que conseguimos montar o nosso nariz gigante é um sucesso de público. Atraímos bastante gente, principalmente crianças, e chamamos a atenção da mídia. Então se torna uma ação fundamental, que faz diferença e conscientiza os participantes”, conclui.

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Institucional

Prepare-se para o Título de Especialista 2015

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á saiu o edital para a prova de Título de Especialista de 2015, que acontecerá em 29 de março no Centro Fecomércio de Eventos localizado na Rua Dr. Plínio Barreto, 285 , Bela Vista, São Paulo . Para a obtenção de Título de Especialista, o candidato deverá, entre outras exigências, ser médico formado há, no mínimo, 03 (três) anos e registrado definitivamente junto ao Conselho Regional de Medicina ou, alternativamente, ter concluído até 28 de fevereiro de 2015, especialização com duração de três anos em ORL; residência médica de três anos em serviço credenciado pelo MEC; ter concluído até 13 de maio de 2002 residência médica em serviço credenciado de 2 anos; experiência comprovada em ORL por no mínimo 6 anos, ou a participação em atividades científicas creditadas pela AMB nos últimos cinco anos.

Prova de avaliação de residentes será em fevereiro Em 21 de fevereiro acontecerá, em sete cidades simultaneamente, a Prova de Avaliação Periódica dos Residentes e Especializandos em Otorrinolaringologia. As provas serão aplicadas em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e Ribeirão Preto (SP) em locais a serem definidos. O conteúdo programático da prova será o mesmo para residentes e especializandos dos primeiros e segundos anos e compreenderá questões de otologia, otoneurologia, audiologia, rinologia, otorrinolaringologia pediátrica, faringoestomatologia, laringologia, medicina do sono, cirurgia de cabeça e pescoço e otorrinolaringologia ocupacional que fazem parte do ensino da residência médica e/ou dos estágios reconhecidos pela ABORL-CCF em Otorrinolaringologia, além de temas relacionados à ética médica.

Confira aqui o edital completo.

Parceria com Editora DOC traz benefícios ao associado Há vinte anos atuando no segmento de gestão em saúde, a Editora DOC é a nova parceira da ABORL-CCF com benefícios exclusivos ao associado. O acordo com o programa Pró-DOC prevê até 30% de desconto em todos os produtos exibidos no site da Editora DOC (www.editoradoc.com.br), além de acesso ao conteúdo exclusivo sobre administração de consultório, ferramentas para melhorar o gerenciamento da carreira e TopDicas de boas práticas em gestão. Para obter o benefício, o associado deve escolher os produtos e entrar em contato pelo e-mail atendimento@editoradoc.com.br ou pelo telefone (21) 2425.8878. O pagamento poderá ser feito por boleto bancário. No ato da compra, o associado deve apresentar o seu Cartão de Identidade gerado no site da ABORL-CCF para ter direito ao desconto.

Veja aqui o edital.

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HumORL

Trânsito gastro-intestinal Contou-me um colega cardiologista que, filosofando com um cirurgião a respeito do trânsito gastrointestinal, aquele colocou uma teoria em andamento: – Quanto mais cedo da manhã você utilizar o sanitário, melhor será o seu dia, tanto do ponto de vista físico como emocional.

Desfazendo-se do excremento, seu corpo fica limpo, as toxinas tendem a desaparecer e a gente se sente como se estivesse sob o efeito daqueles antidepressivos, como a fluoxetina.

Você passa a encarar a vida numa boa!

Veja o meu caso, por exemplo. O meu trânsito era totalmente irregular e eu tinha altos e baixos no meu humor diário. Ranzinza, discutia por qualquer coisa, estava quase sempre de mal com a vida. Quando consegui expulsar todos os resíduos somente pela parte da manhã, melhorei muito. Aliviou minha ansiedade, fiquei mais saudável, faço academia, conto anedotas, estou feliz.

E concluiu: – Agora até estou me obrigando a levantar às seis da manhã para obter uma resposta ainda melhor.

Foi quando o cardiologista interrompeu a argumentação do colega e falou: – Cara, se eu evacuar as seis da manhã, faço na cama.

José Seligman

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Fortaleza será a Sede do 45º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, que acontecerá de 25 a 28 de novembro de 2015.

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