Revista Vox Otorrino 164

Edição 164 | Ano XXIV | www.aborlccf.org.br

conduta médica • O que diz o CFM sobre funcionamento, registro e publicidade das clínicas populares

tecnologia • Implante coclear: como funciona e seus benefícios para deficientes auditivos

abORL-ccF oferece inúmeros benefícios

aos sEUs associados

Gestão em prática: Conheça a história do ambulatório na Unicamp que habilita otorrinolaringologistas para a atuação na Medicina do Trabalho

25 a 27 de maio de 2018 São Paulo / SP

2018

Four

Otology

Otologia Otoneurologia Foniatria

IA G O L OTO GIA O L O EUR

OTON

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F Convidados Internacionais Profº Dr. George Wanna EUA

Profº Dr. Jacques Magnan

França

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Hands-On Otologia Otoneurologia Informações 55 11 5053-7502 eventos1@aborlccf.org.br

Mensagem do

Presidente Divulgação ABORL-CCF

Márcio Abrahão

Com trabalho e aperfeiçoamento constante, estamos colocando em prática todos os planos e metas que estabelecemos para dar a 2018 os rumos que desejamos.

Ao longo desses primeiros meses de trabalho, pude definir caminhos práticos para a concretização de nossas ideias e já vemos os frutos dessa empreitada.

Com mais de trezentos inscritos, o exame para obtenção do título de especialista em Otorrinolaringologia manteve sua tradição como uma das mais bem estruturadas e organizadas provas de título do país, firmando 246 novos profissionais como titulares de nossa especialidade. A Campanha da Voz chegou à 20ª edição com grande sucesso, movimentando especialistas de todo o país em uma ação memorável que contou com mais de 180 postos de atendimento.

A ABORL-CCF participou também da reunião de Diretoria Plena e Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada em Natal (RN), em que representantes da diretoria da AMB e das federadas e presidentes das sociedades de especialidades médicas discutiram sobre importantes temas de interesse da classe, como moratória da proposta do MEC quanto à abertura de escolas médicas, a Frente Parlamentar da Medicina, o compliance na Saúde e as boas práticas médicas, o Exame de Proficiência Médica e o Encontro Nacional de Entidades Médicas (Enem). Nossa associação entende que

é fundamental a discussão desses temas com a AMB, o CFM e as sociedades de especialidades médicas para o fortalecimento da Medicina e a defesa do ato médico.

Além disso, os preparativos para o 48º Congresso Brasileiro estão a todo vapor. Neste ano, a organização do evento será feita inteiramente pela ABORL-CCF, concretizando mais uma conquista: a autonomia sobre nosso maior evento. Acesse o site <www.otorrino2018. org.br> para conferir a programação e os pacotes de viagem disponíveis e garanta sua participação no maior encontro nacional de nossa especialidade.

Falando em encontro, o III Combined Meeting + Four Otology se aproxima para levar às supraespecialidades o que existe de mais moderno e aprofundado em seu segmento. Além disso, os cursos hands-on, que acontecerão em caráter inédito nesse evento, foram preparados especialmente para trazer ao Combined uma perspectiva ainda mais profunda sobre os temas discutidos, tornando-o um evento de excelência científica e acadêmica para todos os presentes.

Já conferiu a cartilha de benefícios aos associados da ABORL-CCF? Acesse pelo QR Code: Um abraço!

Diretoria 2018 Presidente Dr. Márcio Abrahão - São Paulo (SP) Primeiro Vice-Presidente Dr. Luiz Ubirajara Sennes - São Paulo (SP) Segundo Vice-Presidente Dr. Geraldo Druck Sant’Anna - Porto Alegre (RS) Diretor-Secretário Dr. Edson Ibrahim Mitre - São Paulo (SP) Diretor-Tesoureiro Dr. Leonardo Haddad - São Paulo (SP) Diretor-Secretário Adjunto Dr. Ronaldo Frizzarini - São Paulo (SP)

Diretora-Tesoureira Adjunta Dra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo (SP) Assessores Dr. Fernando Veiga Angelico Junior - São Paulo (SP) Dr. Rodolfo Alexander Scalia - São Paulo (SP) Dr. Eduardo Baptistella - Curitiba (PR)

PRESIDENTES DOS COMITÊS Comitê de Eventos e Cursos Dra. Thais Knoll Ribeiro - São Paulo (SP) Comitê de Comunicação Dr. Marco Antonio Dos Anjos Corvo - São Paulo (SP)

Comitê de Educação Médica Continuada Dr. Thiago Freire Pinto Bezerra - Recife (PE) Comitê de Ética e Disciplina Dr. Marcelo Miguel Hueb - Uberaba (MG) Comitê de Residência e Treinamento Dr. Eduardo Macoto Kosugi - São Paulo (SP) Comitê de Título de Especialista Dr. Fernando Danelon Leonhardt - São Paulo (SP) Comitê de Defesa Profissional Dr. Paulo Saraceni Neto - São Paulo (SP) Comitê de planejamento estratégico Dr. Jose Eduardo Lutaif Dolci - São Paulo (SP)

5 carta ao leitor 6 Páginas azuis: Four otology 2018: as novidades que vem por aí 8 combined: iii Combined meeting: saiba mais sobre a programação científica 10 conquistas: 48º brasileiro: aborl-CCF assume autonomia na organização do evento 12 cbo: 48º Congresso brasileiro de otorrinolaringologia: o que podemos esperar, segundo o presidente de honra do congresso 14 Gestão em prática: ambulatório de doenças otorrinolaringológicas relacionadas ao trabalho na unicamp 16 Gestão e carreira: a importância da gestão eficiente do tempo 20 capa: aborl-CCF oferece inúmeros benefícios aos seus associados

26 conduta Médica: Conselho Federal de medicina normativa funcionamento, registro e publicidade das clínicas populares 28 internacional: primeiros colocados da prova de título de especialista 2017 recebem prêmio da aborl-CCF 30 Vox news 34 Qualidade de vida: entre o consultório e o campo 36 educação médica continuada: Caso clínico vestibulopatia bilateral 38 tecnologia: implante coclear é alternativa para melhoria da qualidade de vida de deficientes auditivos 40 o que diz a lei: processo de composição de Junta médica para solução de divergência 42 Aborl-ccF em ação: 20° Campanha da Voz

Arquivo pessoal

EXPEDIENTE ABORL-CCF

cArtA Ao

leitor Trabalho e consolidação

Marco Antonio corvo Presidente do Comitê de Comunicações

VOX Otorrino Presidente: marcio abrahão

Comitê de Comunicações:

alexandre beraldo ordones allex itar ogawa Fabrizio ricci romano Gustavo polacow Korn ingrid Helena lopes de oliveira marco antonio Corvo maria dantas C. l. Godoy renata dutra moricz ricardo landini lutaif dolci

Assistente de Comunicação da ABORL-CCF: aline pereira Cabral

editora-chefe:

Gabriela rezende

Revisão: leonardo de paula

Reportagem:

bárbara mello, bruno bernardino e Clara magalhães

Fotos:

Benefícios aos associados! Essa é a principal mensagem da edição 164 da Revista VOX Otorrino. Nossa associação é uma das mais representativas de médicos do Brasil, sendo, por vezes, tomada como exemplo de organização a ser seguida por nossos pares, e, ainda assim, possui valor de anuidade acessível quando comparada a outras associações de especialidades médicas, com o objetivo de sempre ampliar os benefícios repassados aos associados.

Confira na cartilha os benefícios já disponíveis e os que estão em processo de ampliação. Se você tem uma sugestão de benefício, envie um e-mail ou mensagem via WhatsApp, que a ABORL-CCF irá estudar as formas de torná-lo real.

E ainda falando em benefício, esta edição destaca a programação científica e as novidades do III Combined Meeting, que está imperdível.

A magnífica infraestrutura que sediará o Brasileiro de 2018, em João Pessoa, é apresentada na seção CBO. Sem dúvida alguma, é tecnológica e inovadora. Confira o vídeo pelo QR Code no final da matéria.

Pensando sempre no dia a dia do consultório, a seção Gestão e carreira discute o entretenimento na sala de espera: o que você pode mudar em seu consultório para que ele seja mais acolhedor?

divulgação e arquivo pessoal

Boa leitura!

Diagramação:

douglas almeida, monica mendes e tatiana Couto

Produção:

doC Content Fone: (21) 2425-8878

Periodicidade: bimestral

tiragem:

9.500 exemplares

Espaço do leitor

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

sugestões de pauta, críticas ou elogios?

Fale conosco: comunicacao@aborlccf.org.br (11) 95266-1614

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pÁGinas azuis

FOuR OtOLOGY 2018:

conheça as novidades que vêm por aí Por Bruno Bernardino

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om sua primeira edição realizada em 2005, o Four Otology é conhecido por abrigar grandes discussões em uma única sala de conferência, reunindo os principais nomes da Otologia nacional e internacional.

Sucesso de público, o evento já tem data marcada em 2018, acontecendo entre os dias 25 e 27 de maio, em paralelo ao III Combined Meeting, na Câmara Americana do Comércio, na cidade de São Paulo. Para descobrir o que os otorrinolaringologistas e otologistas participantes podem esperar para este ano, a Revista VOX conversou com presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), Dr. Rubens Brito. Confira!

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VOCÊ SABiA??

O Four Otology é conhecido assim por integrar representantes de três renomadas escolas internacionais – Alemanha, estados unidos e França – à Otologia brasileira. Logo, são quatro nacionalidades reunidas no evento!

Arquivo pessoal

VOX: Como e quando surgiu o FourOtology?

Dr. Rubens Brito: O evento começou em 2005, em uma sala única, de cunho eminentemente científico, em que reunimos os representantes de quatro grandes escolas de Otologia do mundo. O sucesso foi estrondoso, deixando claro que havia otologistas interessados em promover eventos e existiam patrocinadores dispostos a bancá-los. Nossa ideia principal é sempre trazer diferentes escolas de pensamento em Otologia para a discussão.

VOX: Qual é a relação do Four Otology com o Combined Meeting?

Dr. Rubens Brito: O Combined Meeting inclui o FourOtology e outras duas subespecialidades em congressos paralelos. Este ano, teremos a participação da Foniatria e Otoneurologia.

VOX: Como foi pensado o evento para este ano?

Dr. Rubens Brito: O Four Otology busca mostrar diferentes visões de colegas renomados internacionalmente e na Otologia brasileira sobre um mesmo tema. Este ano, além da programação exclusivamente otológica, teremos um dia de encontro com a Otoneurologia, que será muito interessante.

VOX: O evento é um sucesso todos os anos. Como tem sido a evolução para manter o êxito e melhorar a cada ano?

VOX: Qual será a programação do Four Otology para este ano?

Dr. Rubens Brito: Teremos os professores Jacques Magnan, emérito da University Aix-Marseille e chefe do setor de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial do Hospital Nord, em Marselha, na França, e George Wanna, chair do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial do New York Eye and Ear (NYEE) Infirmary of Mount Sinai, dos Estados Unidos.

Por fim, a participação de nossos colegas da Sociedade Brasileira de Otologia, que sempre foi conhecida pela excelência de seus congressos.

Qual é a diferença entre o que é publicado em revistas especializadas e o que é visto presencialmente nos congressos?

Dr. Rubens Brito: O papel aceita tudo, sabemos. Ao vivo, temos a oportunidade de contestar o palestrante, colocar nossas opiniões e discutir, um tema, além de conhecer pessoalmente muitos de nossos colegas e rever vários amigos.

Quais novidades podem ser esperadas no Four Otology?

Dr. Rubens Brito: Os participantes podem esperar novidades relacionadas, principalmente, aos avanços tecnológicos e às indicações em restauração da audição e, também, as atividades práticas hands-on, focando, desta vez, em próteses de ancoramento ósseo.

Dr. Rubens Brito: O ponto forte é ser um congresso com sala única e convidados estrangeiros de muita relevância.

Serviço Atenção!

Conforme Dr. Rubens Brito, os especialistas podem esperar desta edição do Four Otology o mesmo nível de excelência das edições passadas e assuntos que envolvem toda a área da Otologia.

Four Otology Data: 25 a 27 de maio Local: Câmara Americana do Comércio, em São Paulo E-mail: <eventos1@aborlccf.org.br> Mais informações: <www.aborlccf.org.br> ou (11) 5053-7502

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Combined

III Combined Meeting: Saiba mais sobre a programação científica Coordenadores de Otologia, Otoneurologia e Foniatria do evento falam sobre as principais atividades e palestrantes de destaque

Por Bárbara Mello

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3ª edição do Combined Meeting – que acontece junto com o Four Otology nos dias 25, 26 e 27 de maio em São Paulo - apresentará diferentes atividades e novidades em Otologia, Otoneurologia e Foniatria. Em entrevista à Revista VOX Otorrino, os coordenadores responsáveis por cada área no Combined explicam o que os participantes do evento podem esperar da programação científica desta edição. Confira!

Otologia Dr. Rubens Brito O presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), Dr. Rubens Brito, esclarece que o FourOtology tem como objetivo apresentar diferentes visões de um mesmo assunto. “Para que isso seja possível, haverá a participação de colegas internacionais de renome na Otologia”, acrescenta. Além da programação direcionada à Otologia, este ano a 3ª edição do Combined Meeting será um encontro com a Otoneurologia e a Foniatria.

Dr. Rubens conta que o professor Jacques Magnan, de Marselha, na França, é um dos nomes de destaque da especialidade no evento. O especialista é reconhecido como um dos melhores cirurgiões de base lateral de crânio na Europa. “Outro nome de destaque da programação científica é o professor George Wanna, do Departamento de Otorrinolaringologia na New York Eye & Ear Infirmary of Mount Sinai e Mount Sinai Beth Israel”, complementa o presidente da SBO. O otorrinolaringologista destaca também que, além de palestras e cursos teóricos, atividades práticas estão sendo estudadas, de acordo com as permissões estabelecidas para os centros de convenções, para que os participantes do evento possam colocar em prática o conhecimento adquirido.

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Otoneurologia Dr. Márcio Salmito Conforme Dr. Márcio Salmito, do Departamento de Otoneurologia da ABORL-CCF, a programação científica da Otoneurologia no III Combined Meeting tem como foco oferecer a quem estiver presente a chance de ter um curso completo. “Pensamos que palestras um pouco maiores, de 30 minutos, seriam uma forma de todos os assuntos serem aprofundados, de modo que todos os participantes saiam efetivamente prontos a replicar esses conhecimentos em seus pacientes e em seus serviços de origem”, sustenta.

Dr. Márcio acrescenta que serão contemplados novos conceitos da fisiologia e novas denominações das síndromes vestibulares (agudas, episódicas e crônicas). “Nomes de grande destaque, como os professores Marco Aurélio Bottino, Roseli Bittar, Maurício Ganança, Fernando Ganança e Pedro Mangabeira Albernaz, estarão presentes para compartilhar suas enormes experiências. Colegas da nova geração, igualmente dedicados, também vão mostar os avanços mundiais e as experiências dos serviços mais avançados do Brasil”, informa.

O otorrinolaringologista avalia que a possibilidade de ter uma programação extensa, de cinco turnos, mas limitada a três salas de subespecialidades diferentes tornam o evento particularmente interessante. “O Combined é um passo assertivo dado pela ABORL-CCF no intuito de fomentar uma melhor formação científica de seus associados”, destaca.

Foniatria Dra. Berenice Ramos Assim como na Otologia e na Otoneurologia, a programação de Foniatria terá atividades teóricas e práticas, com renomados otorrinolaringologistas, foniatras, neurologistas, psiquiatras e fonoaudiólogos. Dentre os convidados estão: Alfredo Tabith, Sulene Pirana, Mariana Fávero, Emi Murano, Gisele Koury, Monica Guerra, Vanessa Franchi e Eliane Schochat.

Segundo a coordenadora do Departamento de Foniatria da ABORL-CCF, dra. Berenice Ramos, a programação teórica terá blocos de palestras de 20 minutos, seguidos de 30 minutos de perguntas para que os participantes possam sair do evento com condições de avaliar os principais transtornos foniátricos.

O curso prático da programação de Foniatria do III Combined Meeting será, do ponto de vista da dra. Berenice, um diferencial importante. “Os alunos vivenciarão a experiência de realizar exames, utilizar equipamentos necessários para melhorar a audibilidade de seus pacientes e testar vários softwares, utilizados nas terapias dos pacientes foniátricos”, reforça.

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Conquistas

48º Brasileiro:

ABORL-CCF assume autonomia na organização do evento A presidente do Comitê de Eventos e Cursos, Dra. Thaís Knoll, explica as mudanças e vantagens que a organização independente do evento vai trazer para a associação Por Bárbara Mello

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D

iferentemente das edições anteriores do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facil (Brasileiro), a 48ª edição do evento – que acontecerá de 31 de outubro a 3 de novembro de 2018, em João Pessoa (PB) – será realizada de maneira autônoma, pela ABORL-CCF. De acordo com Dra. Thaís Knoll, presidente do Comitê de Eventos e Cursos da entidade, até o ano passado o evento era organizado com a ajuda de uma empresa terceirizada. Desta vez, a Associação decidiu organizar e promover o Brasileiro de forma independente.

Estrutura Além de um pré-congresso, a programação do 48º Brasileiro contará com algumas atividades já realizadas na edição anterior do evento. De acordo com a especialista, essas atividades receberam boa aprovação na 47ª edição e, por esse motivo, serão mantidas este ano. “Para o pré-congresso, estamos estudando a possibilidade de realizar uma sessão de dissecção de base de crânio. Além disso, durante os três dias de evento, múltiplas atividades serão promovidas, como mesas-redondas, painéis, palestra magna e procedimentos de cirurgia ao vivo”, destaca a organizadora do evento.

Segundo a presidente do Comitê de Eventos e Cursos da ABORL-CCF, a organização do Brasileiro, em si, não apresentará muitas diferenças devido à mudança. Contudo, alguns benefícios são previstos com a autonomia no processo. “Dentre as principais vantagens dessa mudança, posso destacar a proximidade que existirá entre a associação e a organização do evento.

Além disso, o custo de produção será reduzido, pois não precisamos mais repassar essa responsabilidade para a empresa terceirizada, gerando economia para a associação”, ressalta Dra. Thaís.

Divulgação

“A autonomia da organização do evento foi passada para a ABORL-CCF, pois observamos, nos últimos anos, que, apesar de existir uma empresa responsável pela organização do Congresso, as principais decisões sobre o evento já eram tomadas no âmbito da própria associação. Percebemos que nossa equipe já possui know-how suficiente para lidar com a organização do Brasileiro”, declara a especialista.

Com a mudança, a ABORL-CCF será responsável pela organização completa do Congresso, incluindo as etapas científicas operacionais, contratuais e jurídicas relacionadas ao evento.

Para que isso seja possível, houve um aumento na equipe do Comitê de Eventos e Cursos da ABORL-CCF. Além disso, aconteceu, na estrutura do próprio departamento, uma subdivisão dos responsáveis pela organização do Brasileiro, para que cada membro possa ter maior autonomia em relação às próprias atividades.

“Também temos feito reuniões mensais com a Diretoria Executiva da ABORL-CCF, para ajustar as principais decisões relacionadas ao evento”, acrescenta Dra. Thaís.

Principais vantagens

Thaís Knoll

Comitê de

Eventos e Cursos Presidente: Thais Knoll Ribeiro Secretário: Arthur Castilho Membros: Luciano Rodrigues Neves Vitor Guo Chen Camila de Giacomo Carneiro Barros Rafael Pontes Ribeiro Colaborador: Fabrizio Ricci Romano

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CBO

48ยบ Congresso Brasileiro de

Otorrinolaringologia: o que podemos esperar, segundo o presidente de honra do congresso Por Bruno Bernardino

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C

omo o mais importante evento da Otorrinolaringologia, no país, o 48º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial é uma oportunidade de atualização e troca constante de informações, em um cenário no qual a Medicina está cada vez mais dinâmica. O CBO integra todo o conhecimento da área em apenas um evento. “No CBO, o otorrino tem contato com informações de ponta, que permitem uma atualização adequada do profissional otorrinolaringologista, inclusive aqueles que não têm acesso a grandes centros de informação e moram afastados destes. É a chance que têm para se atualizarem”, afirma o presidente de honra do congresso, Dr. Marco Franca.

Seguindo a subdivisão das especialidades, a grade será mantida como foi visto nos congressos anteriores, com pequenas mudanças na parte anatômica. “Este ano, focaremos na questão da base do crânio. Receberemos especialistas de áreas afins à Otorrinolaringologia, como cirurgiões de cabeça e pescoço e neurocirurgiões, que vão participar mais efetivamente do congresso brasileiro. Dessa forma, acredito que o evento vai agregar outras especialidades que têm correlação com a Otorrinolaringologia”, informa Dr. Marco Franca.

Cada academia da área vai definir quais cirurgias deseja, de forma que todas as subespecialidades da Otorrinolaringologia sejam contempladas. Ao todo, serão seis cirurgias ao vivo sendo transmitidas.

Sucesso garantido

Ao contrário do que aconteceu em outros anos, este congresso será inteiramente organizado, com autonomia, pela ABORL-CCF. “Acredito que a autonomia da gestão só traz benefícios: transparência no evento, fortalecimento na grade científica e melhor interação e comunicação com os otorrinolaringologistas do país inteiro”, finaliza o presidente de honra.

Repetindo o sucesso do 47º, o congresso deste ano vai trazer cursos de dissecação de cadáver e cirurgias de cada subespecialidade da Otorrinolaringologia, que vão ocorrer durante o congresso, ao vivo e com transmissão on-line em tempo real.

Academias ABORL-CCF • Academia Brasileira de Laringologia e Voz • Academia Brasileira de Rinologia • Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica • Academia de Cirurgia Plástica da Face • Sociedade Brasileira de Otologia

A estrutura O congresso deste ano terá como sede o novíssimo Centro de Convenções de João Pessoa - projetado para ser um dos mais modernos do país -, que possui todos os equipamentos necessários para a realização de grandes projetos. O Pavilhão de Congressos e Convenções é um espaço moderno e arrojado, com divisórias móveis, que se adequa perfeitamente ao evento. São 13 mil metros quadrados de área construída, entre os oito espaços flexíveis, que comportam até 9 mil pessoas.

Confira um vídeo que apresenta toda a estrutura do Centro:

Toda a estrutura do Centro de Convenções de João Pessoa é adaptada aos portadores de necessidades especiais. A locomoção foi pensada com especial atenção: rampas de acesso e elevadores atendem aos pavimentos de todos os prédios do Centro de Convenções.

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Gestão em pr Á triCa

AMbulAtÓrio De DoençAs otorrinolArinGolÓGicAs relacionadas ao trabalho na unicamp Há mais de duas décadas, o ambulatório habilita otorrinolaringologistas para a atuação na Medicina do Trabalho Por Bárbara Mello

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m agosto de 1994, foi inaugurado o ambulatório de Doenças Otorrinolaringológicas Relacionadas ao Trabalho, da disciplina de Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sob chefia do professor Dr. Agrício Nubiato Crespo, o setor foi inaugurado por iniciativa do professor Dr. Ariovaldo Armando da Silva.

O objetivo do local é habilitar médicos residentes da Otorrinolaringologia para a atuação na área de Medicina do Trabalho. “Existe um grande espaço na área de saúde do trabalhador a ser ocupado pelo otorrinolaringologista. Para atuar nessa área, o especialista necessita de um bom embasamento técnico e legal, o que não

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ocorria até então”, explica Dr. Everardo Costa, otorrinolaringologista da Unicamp, reforçando a importância do ambulatório para a especialidade.

De acordo com o especialista, esse ramo de atividade constitui um excelente mercado de trabalho para o otorrinolaringologista, em que o profissional tem a possibilidade de ser bem remunerado e acolhido na área de Saúde do Trabalhador, em face da relevância de sua contribuição e participação. “Para tanto, o especialista deve se municiar de embasamentos técnicos e legais. Além disso, é preciso familiarizar-se com as práticas multiprofissionais da Saúde Coletiva, ciente de suas atribuições que se complementam com as dos outros profissionais envolvidos, em regime de parceria”, ressalta Dr. Everardo.

A assistência prestada no ambulatório – que também atua em educação e pesquisa em Saúde – é direcionada a trabalhadores com alterações otorrinolaringológicas detectadas nos ambulatórios das empresas. Esses profissionais são encaminhados para o ambulatório da Unicamp em busca de esclarecimentos técnicos que forneçam suporte ao médico do Trabalho, para embasar suas atitudes de intervenção junto ao trabalhador acometido e, ainda, no ambiente e no processo de trabalho do indivíduo.

Para que isso seja possível, o ambulatório dispõe de rotinas de procedimentos (ou as desenvolve e aprimora), sob a forma de Diretrizes de Atendimento*. “A utilização das Diretrizes – mais flexíveis do que os tradicionais protocolos – permite uma coleta organizada e abrangente de dados, além da obtenção de uma documentação informatizada para a geração de relatórios com formatação padronizada”, afirma Dr. Everardo.

Trabalhos de pesquisa Com a participação de docentes, médicos residentes e pós-graduandos, foram publicados pelo ambulatório: • 16 trabalhos de pesquisa em revistas especializadas; • 22 trabalhos apresentados em congressos; • 17 monografias de pós-graduandos; • 8 monografias de estagiários.

Além disso, foram concluídos: • Dois doutorados (um de perda auditiva e outro de vias aéreas); • Cinco mestrados (quatro de perda audi-

*Diretrizes de Atendimento

tiva e um de vias aéreas); • Uma iniciação científica (de câncer de

Nos anos 90, o Comitê Nacional de Ruído e

cabeça e pescoço).

Conservação Auditiva elaborou quatro Diretrizes de Atendimento, que hoje estão disponibilizadas e têm sido utilizadas no setor ambulatorial da Unicamp. São elas: perdas auditivas, vias aéreas superiores, voz profissional e distúrbios do equilíbrio.

História e corpo clínico Durante os 24 anos de existência, o ambulatório já contou com 50 médicos residentes em Otorrinolaringologia, além de estagiários e visitantes, que foram treinados nas áreas assistencial, educacional e de pesquisa. “Alguns deles ainda mantêm, com frequência, contatos periódicos, para discussão de casos e esclarecimentos de condutas”, acrescenta o otorrinolaringologista.

O ambulatório também manteve uma disciplina semestral de Doenças Otorrinolaringológicas Relacionadas ao Trabalho, no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da FCM/Unicamp. “Nesse período, passaram por lá cerca de 50 pós-graduandos, formados em Otorrinolaringologia e Medicina do Trabalho, além de odontólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais. Esses alunos foram treinados em seminários temáticos e cada um apresentou, ao final do semestre, uma monografia pertinente a sua área”, acrescenta Dr. Everardo.

Os integrantes do ambulatório também atuaram em cursos, conferências, palestras, mesas-redondas e bancas de pós-graduação pelo Brasil, além dos comitês e simpósios relacionados à especialidade e do desenvolvimento de consensos e diretrizes.

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Gestão e Carre ira

entretenimento na sala de espera Atrativos na recepção promovem maior conforto para pacientes que aguardam atendimento Por Bárbara Mello

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A

sala de espera de uma clínica é o cartão de visitas de um médico e desempenha um papel importante para quem aguarda atendimento. Por isso, o ambiente deve ser estruturado com o objetivo de oferecer uma recepção agradável aos pacientes, evitando que estes se sintam desconfortáveis durante a espera. Jucélia Duarte, arquiteta e especialista em projetos clínicos e hospitalares, destaca que “além de proporcionar um espaço funcional, a clínica deverá oferecer meios de entretenimento para o paciente e o acompanhante, para que se distraiam e tenham bons momentos”.

O leader coach João Ricardo Zimmermann avalia que os atrativos na sala de espera do consultório são importantes, pois a espera é um momento em que o paciente costuma estar em um estado de tensão. “O material disponível poderá ajudar o paciente a se distrair e, por um momento, se sentir aliviado. Isso pode influenciar até no atendimento”, esclarece.

Principais atrativos: jornais, revistas e televisão Um consultório bem preparado disponibiliza recursos para que o paciente se distraia, enquanto não é atendido, evitando um possível mau humor, por causa do tempo de espera. “Jornais, revistas, e até mesmo, monitores que mostram o que a clínica oferece e outra TV com legendas de programas compatíveis com a clínica ajudam a evitar a impaciência de quem aguarda”, opina Jucélia.

Para Zimmermann, a sala de espera jamais deve transmitir a visão de ser um local repleto de pessoas doentes à espera do atendimento. A recepção deve ser, conforme o leader coach, um lugar de acolhimento. “Os atrativos disponíveis devem abranger o perfil dos pacientes que frequentam o consultório”, acrescenta.

Como a sala de espera recebe diversos tipos de pacientes, ao disponibilizar o uso de televisão, é necessário escolher a programação ideal, que atenda, ao máximo, ao perfil de todos. “O ideal é transformar a TV em aliada do médico, apresentando, por exemplo, programações compatíveis com a especialidade da clínica. Também é possível variar a programação, oferecendo canais de informações relacionados à saúde”, sugere Jucélia.

Zimmermann se manifesta contra o uso de televisão no consultório como opção de entretenimento. Apesar disso, o leader coach sugere que, quando o aparelho for utilizado, sejam mostrados documentários. “O ideal é usar uma TV de tamanho grande e volume baixo. Caso seja possível, sugiro deixar a televisão em um ambiente separado”, recomenda.

No caso de revistas e jornais, o ideal é sempre disponibilizar um material atualizado. Além disso, é preciso ter atenção ao conteúdo desses materiais, que pode variar em relação ao perfil do paciente. “É sempre bom ter opções para todas as idades, como livros de contos, para crianças, e revistas com assuntos gerais e jornais, para os adultos”, considera Jucélia.

Música na recepção Outra alternativa interessante de entretenimento na recepção do consultório é a música. Segundo Jucélia, muitas clínicas e consultórios não utilizam o som ambiente.

Contudo, o uso de música com volume ideal acaba tendo um efeito positivo para quem espera na recepção, além de deixar o ambiente sofisticado. “O volume deve ser agradável, caso contrário, pode irritar os pacientes. É preciso escolher sempre músicas com efeito calmante”, aconselha. Zimmermann também recomenda que a música seja calma, alegre, em volume baixo e, se possível, de gosto de maioria.

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Gestão e carre ira

Fique atento!

Para utilizar músicas como opção de entretenimento em um consultório, é necessário seguir algumas regras. O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que tem como objetivo realizar a arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical.

Como é feita a arrecadação?

O Ecad realiza o cálculo dos valores que devem ser pagos pelos usuários de música, seguindo os critérios do Regulamento de Arrecadação, desenvolvido pelos próprios titulares, por meio de suas associações musicais. Após a definição do valor de retribuição autoral, o usuário recebe um boleto bancário que, quando quitado, autoriza a utilização da música. A frequência de utilização da música varia entre usuários permanentes e usuários eventuais.

Na tabela de preços, o Ecad utiliza o referencial chamado Unidade de Direito Autoral (UDA), cujo valor unitário é fixado pela Assembleia Geral da instituição, sofrendo ajustes anuais. Atualmente, o valor da UDA é de R$74,02. Confira, abaixo, os valores para usuários permanentes na categoria consultórios, clínicas e laboratórios: • Até 480m2: de 0,9UDa a 4,95UDA de acordo com a tabela vigente e dependendo do grau de utilização musical.

• Acima de 480m2: de 0,41UDA a 0,50UDA para cada 10m2 por mês, de acordo com a tabela vigente e dependendo do grau de utilização musical.

Fonte: Ecad Direitos Autorais

“Além de proporcionar um espaço funcional, a clínica deverá oferecer meios de entretenimento para o paciente e para o acompanhante, para que se distraiam e fiquem menos impacientes” Jucélia Duarte

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Disponibilização de alimentos Água, café, biscoitos e afins também são importantes na recepção. Os alimentos podem ser o diferencial para o paciente antes do atendimento, principalmente em casos de atraso no início da consulta. “Se a clínica tem a preocupação em oferecer um bom atendimento, produtos de qualidade devem ser disponibilizados aos pacientes. Também é importante utilizar recipientes adequados e agradáveis aos olhos”, declara Jucélia.

Zimmermann acrescenta: “É preciso saber se os produtos atendem a certos pacientes, devido a algum tratamento. Caso haja alguma limitação, sugiro disponibilizar algo neutro, que não comprometa o tratamento do paciente”.

atendimento a crianças No caso de consultórios ou clínicas que realizam o atendimento a

podem ser perigosos para crianças mais novas. “Os tipos ideais seriam

“O material disponível poderá ajudar o paciente a se distrair e, por um momento, se sentir aliviado. Isso pode influenciar até no atendimento”

brinquedos atóxicos, coloridos e sempre fáceis de limpar, já que são uti-

João ricardo Zimmermann

crianças, é importante disponibilizar brinquedos na recepção, pois esses objetos são ótimas opções de distração. “Esse tipo de clínica deve ter sempre um local alegre e descontraído na recepção, para aliviar possíveis traumas nas crianças. Quanto aos móveis, o ideal são os sob medida, como uma bancada de cantos arredondados e bancos coloridos, além de nichos para guardar brinquedos e livros de atividades”, explica Jucélia.

No entanto, não é qualquer brinquedo que deve ser colocado à disposição das crianças nesses locais. As opções devem atender a todas as idades, mas é preciso ter em mente que objetos muito pequenos

lizados por várias crianças. Além disso, os objetos devem ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, ressalta a arquiteta.

Como indicação, Zimmermann avalia que os brinquedos devem estimular o desenvolvimento das crianças. “Recomendo dar preferência àqueles que não fazem muito barulho. Dentre as opções que agradam a várias idades estão lápis de cor, giz de cera e papel”, exemplifica.

Jucélia também sugere o uso de peças de encaixes de tamanho grande, pois a criança pode se distrair montando e encaixando o brinquedo, sem ter o perigo de engolir peças. Além disso, livros de pinturas e tablets fixados na parede são boas opções, de acordo com a arquiteta. “Tudo isso traz conforto aos pequenos e faz com que eles voltem à clínica mais animados e sem medo”, reforça.

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ABORL-CCF oferece inúmeros benefícios

aos associados

Confira os direitos e benefícios de quem é associado da segunda maior sociedade de médicos da Otorrinolaringologia em todo o mundo

Por Bruno Bernardino

A

ABORL-CCF é a segunda maior associação de médicos da especialidade em todo o mundo, com seus mais de 6,5 mil associados, destacando-se entre as sociedades de especialidades médicas do Brasil. Em seus mais de 60 anos de história, a associação se firmou como uma das mais representativas e importantes do segmento, pelo trabalho, seriedade e profissionalismo.

Com intuito de mostrar aos associados os benefícios a que têm acesso, a ABORL-CCF lançou, este ano, uma cartilha que expõe a vasta lista de vantagens oferecidas pela entidade, visando não só o apoio e suporte aos especialistas, mas também contribuições práticas, educacionais e financeiras para seu cotidiano. “A associação buscou, ao longo dos anos, entender as necessidades e anseios de todos os profissionais da especialidade para oferecer a cada um aquilo que vai a seu encontro”, comenta Dr. Márcio Abrahão, presidente da Associação.

A ABORL-CCF tem como missão trabalhar em busca da excelência da Otorrinolaringologia Brasileira, promovendo atualização e conhecimento, valorizando e defendendo o interesse dos associados e contribuindo para a melhoria das condições de saúde da população. Sua visão é ser modelo de associação de especialidade médica no país, com expressão internacional, tendo como valores: a educação e atualização do associado, sua valorização, a ética e a transparência, responsabilidade social e trabalho em equipe.

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Os benefícios a que o associado tem acesso Número de atuantes na área Média 8.500 no Brasil

Representatividade Um dos maiores benefícios aos associados, ofertado pela ABORL-CCF, é fazer parte de uma das mais representativas associações de especialidade médica, com expressão internacional.

Atualmente, são mais de 6,5 mil associados, representados legitimamente junto a órgãos governamentais, como Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM), e também internacionalmente, por meio de sua filiação à International Federation of ORL Societies (IFOS).

24% Associados Não associados

76%

Jurídico Consultoria jurídica: há um departamento jurídico, com profissionais altamente capacitados e conhecedores da área, que podem auxiliar o associado, do consultivo ao contencioso, sem custo de honorários.

Descontos em congressos e cursos Desconto de até 50% em congressos e cursos promovidos ou com apoio da ABORL-CCF e também em eventos internacionais, como delegação de país convidado. Veja exemplos: 48º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial R$840 de desconto

Pareceres Informações técnico-científicas elaboradas pelos Comitês, Comissões, Departamentos e Academias.

III Combined Meeting R$415 de desconto

Banco de pareceres Com mais de 200 pareceres elaborados, cuidadosamente, pelo Comitê de Defesa Profissional.

Termo de Ciência e Consentimento Elaborado com base técnica, científica e jurídica, o termo está disponível no site, personalizado, com o nome do associado.

Apoio à formação de cooperativas Orientação jurídica para formação de cooperativas.

Fóruns de discussões Acesso a fóruns de discussões com temas relevantes na área médico-jurídico.

Comparativamente, considerando a tabela da OAB, uma consulta jurídica com análise de documento custa RS750, mas para o associado o custo é zero.

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VII Rhinology R$440 de desconto Anuidade 2017 x descontos (considerando Congresso Brasileiro e Combined Meeting) Anuidade Desconto R$ 100

300

500

700

900

1.100

1.300

Como já foi indicado, associar-se garante descontos em todos os eventos que têm participação da ABORL-CCF, diminuindo os custos que do associado com atualização na área. Além disso, quem se associa tem também direito a curso extensivo de formação em Foniatria, em Polissonografia e demais cursos itinerantes ofertados pela ABORL-CCF.

Prova de título de especialista Uma vez por ano, a ABORL-CCF promove a realização do exame de suficiência para a obtenção do título de especialista em Otorrinolaringologia. Em 2017, a prova aconteceu no dia 26 de março, contando com 310 inscritos presentes. A prova consiste em duas etapas: uma teórica e outra teórico-prática. Abordando temas como Otologia, Otoneurologia, Audiologia, Rinologia, Cirurgia Estético-Facial, Otorrinolaringologia Pediátrica, Faringoestomatologia, Otorrinolaringologia Ocupacional, Medicina do Sono e Cirurgia Cérvico-Facial e de Base de Crânio. Para os associados da ABORL-CCF, a prova pode ser feita com um desconto de 50%.

Associado: R$1.400 Não associado: R$2.800

Clube de benefícios do associado Ao associar-se à ABORL-CCF, o especialista tem acesso a uma lista abrangente de benefícios. Entre eles, descontos substanciais em áreas como: academias, livrarias, floriculturas e lojas parceiras da ABORL-CCF, inclusive de equipamentos médico-cirúrgicos. Outro benefício importante é o acesso ao Brazilian Journal of Otorrinolaryngology, uma das mais importantes publicações da especialidade, com fator de impacto de 0,822.

Não perca essa chance!

trabalhos executados pelo otorrino), podendo consultar o PR Vade-Mécum Brasil, catálogo dos medicamentos usualmente utilizados na Otorrinolaringologia, e o CID 10, código internacional de doenças (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).

Além disso, o associado também pode acessar a plataforma de Educação Médica Continuada, que oferece conteúdo sobre os mais variados temas da Otorrinolaringologia em um só canal, a Plataforma UP!, um curso de atualização “de A a Z”, e o ORL Tube, uma espécie de YouTube da Otorrinolaringologia, com vídeos que integram os projetos de Educação Médica Continuada e, também, cursos completos. O ambiente virtual deste último permite o envio de vídeos e interação entre os usuários, abrindo portas para as diferentes atividades e novos rumos de ensino.

Por fim, a Associação oferece o Pro-ORL, um programa de atualização que é a soma do conhecimento e experiência de profissionais de trajetória consagrada e que desenvolvem as temáticas com as mais recentes pesquisas e avanços científicos da especialidade.

VOX Otorrino Moderna e de fácil leitura, a Revista VOX Otorrino é uma publicação bimestral que aborda temas de relevância para a especialidade, além de tudo o que o otorrinolaringologista informado e atualizado deve saber. Em sua 164ª edição, a VOX tem seções como Gestão e Carreira, Conquistas da ABORL-CCF, VOX News, Gestão em prática, Conduta Médica, Qualidade de vida e Educação médica continuada. O acesso ao conteúdo é impresso e digital.

Acessos on-line Digitalmente, o associado tem acesso aos protocolos operacionais vigentes (documentos organizacionais que traduzem o planejamento dos VOX Otorrino | 23

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Vo c ê sa b i a?

O Comitê de Residência e Treinamento da ABORL-CCF avalia periodicamente, de acordo com a classificação, o programa de residência de mais de 100 serviços, sem qualquer custo para o avaliado.

A ABORL-CCF, por meio do Comitê de Defesa Profissional, atuando na valorização e na defesa da especialidade, ingressou como parte interessada em uma ação conjunta com o CFM e a AMB contra três conselhos.

Mais de 50% dos artigos do Brazilian Journal of Otorrinolaryngology são de fora do Brasil, ultrapassando mil ao ano, permitindo um grande intercâmbio internacional de conhecimento.

A Otorrinolaringologia brasileira é segunda maior delegação no AAO-HNSF Annual Meeting & Oto Experience e conta com um estande da ABORL-CCF para apoio aos associados.

Dentre as 54 sociedades de especialidades médicas, a ABORL-CCF ocupa uma das 27 cadeiras no Conselho Deliberativo da AMB, com direito a voz e voto.

A ABORL-CCF está entre as três primeiras sociedades de especialidade médica no Brasil com processos internos mapeados e certificados pelas normas da ISO 9001/2015.

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Como me filiar?

Após esse grande panorama dos benefícios de ser associado, conheça os diferentes tipos de associação ofertados pela ABORL-CCF e não perca esta oportunidade única de ser um especialista associado!

Associado titular Médico inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM), com título de especialista em otorrinolaringologia reconhecido pela ABORL-CCF, tenha sido apresentado por dois associados titulares e tenha sua proposta de admissão aprovada pelo setor de cadastro da ABORL-CCF.

Associado adjunto Médico inscrito no CRM, embora não especialista em Otorrinolaringologia, que tenha sido apresentado por dois associados titulares e tenha sua proposta de admissão aprovada mediante parecer favorável do Comitê de Ética e Disciplina.

Nessa categoria, a ABORL-CCF dá chance a médicos de outras especialidades participarem efetivamente da Otorrinolaringologia e usufruírem de muitos benefícios.

Associado internacional Médico devidamente regularizado em seu país, que manifeste interesse formal em se filiar à ABORL-CCF e tenha sua proposta de admissão aprovada pelo setor de cadastro da ABORL-CCF após envio da documentação complementar, quando solicitada.

Associado residente/especializando Médico inscrito no CRM, pertencente a um dos programas de residência médica em Otorrinolaringologia reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (MEC) ou dos programas de estágio em Otorrinolaringologia credenciados pela ABORL-CCF e que estejam devidamente regulares perante o Comitê de Residência e Treinamento da ABORL-CCF.

Associado acadêmico Estudante de Medicina devidamente ligado a uma universidade que tenha sua proposta de admissão aprovada pelo setor de cadastro da ABORL-CCF.

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Conduta méd iCa

Conselho Federal de Medicina normativa, funcionamento, registro e publicidade das clínicas populares Por Departamento Jurídico da ABORL-CCF

O

bservando o crescente número de clínicas médicas populares, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução CFM nº 2.170, de 30 de outubro de 2017, que define, em seu artigo 1º, que as clínicas médicas populares são empresas médicas e devem seguir regras e critérios de funcionamento e publicidade.

Art. 1º As clínicas médicas de atendimento ambulatorial, incluindo as denominadas clínicas populares, são empresas médicas, conforme disposto no manual de procedimentos administrativos, portanto são pessoas jurídicas de direito privado, que realizam consultas médicas, exames ou procedimentos médico-cirúrgicos de curta permanência institucional, de forma particular ou por convênios privados.

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A resolução busca enfatizar, nos limites das prerrogativas legais, a importância do rigoroso controle das clínicas populares pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), pois, ainda que não haja dados estatísticos consolidados quanto ao número de clínicas existentes no Brasil, é possível afirmar seu crescimento expressivo em várias cidades brasileiras.

Especialistas afirmam que o crescente número das clínicas populares justifica-se pelos efeitos da crise econômica brasileira, que provocou, nos últimos três anos, uma redução de 3,1 milhões de usuários de planos de

saúde, tendo boa parte destes migrado para as clínicas populares, em que a prestação de serviços médicos é oferecida a custos que, em tese, cabem no orçamento.

Para o Departamento Jurídico da ABORL-CCF, diante do vertiginoso aumento de clínicas populares, e considerando que estas são estabelecimentos em que há trabalho e procedimentos médicos, é indiscutível que o setor deve ser normatizado. Isso justifica a iniciativa do CFM de regulamentar as clínicas médicas populares por meio da resolução citada.

Assim, recomendamos como conduta para aqueles que sejam proprietários de clínicas populares que observem e cumpram as exigências determinadas pela resolução CFM nº 2170/2017: 1. Definir o diretor técnico médico, responsável pelo funcionamento da clínica; 2. Constituir o corpo clínico, formado por médicos registrados no CRM da jurisdição em que a clínica popular atua e atende; 3. Inscrever a clínica no Conselho Regional de Medicina da jurisdição de atuação e atendimento, de acordo com os procedimentos daquele órgão; 4. Definir os atos e procedimentos prestados pela clínica, limitados àqueles reconhecidos pelos órgãos regulatórios; 5. Não estabelecer ligações entre a clínica e estabelecimentos que comercializem produtos relacionados à saúde; 6. Não oferecer ou estabelecer promoções por meio de cartões de descontos ou similares; 7. Não realizar publicidade médica, para promoção de descontos e divulgação de valores de serviços. A divulgação de valores fica limitada aos ambientes internos da clínica.

Compreendidos os termos da resolução CFM nº 2170/2017, é importante reiterar a normativa que regulamenta a publicidade médica, estabelecida pela resolução CFM nº 1974/2011, pois os itens 6 e 7, citados acima, remetem e reforçam essa questão.

Portanto, é importante salientar que a divulgação de preços de procedimentos, modalidades aceitas de pagamento/parcelamento ou eventuais concessões de descontos, como forma de estabelecer diferencial na qualidade dos serviços, é enquadrada como concorrência desleal, o que é expressamente proibido pelo conselho de classe. É preciso ressaltar que as normas expedidas pelo CFM devem ser cumpridas, pois infrações relacionadas a publicidade médica, entre outros temas, são tidas como infrações éticas apenadas de advertência a cassação do registro profissional.

Vale destacar que a resolução CFM nº 2170/2017, reforça a vedação contida no Código de Ética Médica, que

proíbe a interação de clínica médica a estabelecimentos que comercializem produtos relacionados à saúde.

O Departamento Jurídico, formado por especialistas em Direito Médico e Saúde, com o fim de atuar na defesa institucional e profissional, entende que o setor deve ser regulamentado; que a defesa do ato médico e a valorização do título de especialista devem ser permanentes; que a busca por condições de trabalho e honorários justos e adequados deve ser pautada pelos entes da saúde; e que os serviços devem ser executados em prol da saúde do ser humano, seja em ambientes públicos ou privados.

Por fim, o Departamento Jurídico está à disposição para atuar de modo preventivo, consultivo ou contencioso em prol da associação e de seus membros. Em caso de dúvidas, contate o Departamento pelos e-mails <juridico@aborlccf.org.br> e <juridico1@aborlccf.org.br> ou pelo telefone (11) 5053-7500.

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int ernaCional

primeiros colocados da prova de título de especialista 2017 recebem

PRÊMIO DA ABORL-CCF Os três primeiros colocados da avaliação relatam como foi a experiência de estudar na Austrália Por Bárbara Mello

E

m 2017, Mariana Toro, Igor Hazboun e Mariana Sbrana foram os três primeiros colocados da prova de título de especialista da ABORL-CCF. Como prêmio pelo desempenho na avaliação, a associação concedeu aos

profissionais passagens aéreas, o que permitiu a realização de um curso internacional na especialidade. Os premiados optaram por um estágio observacional com o professor Richard Harvey, em Sydney, na Austrália, com duração

de um mês. Em entrevista à Revista VOX Otorrino, os primeiros colocados da prova falam sobre a escolha do destino e do curso, além da oportunidade de atuar na Otorrinolaringologia em um país diferente.

Mariana Toro - 1º lugar A primeira colocada na prova de título de especialista da ABORL-CCF, Mariana Toro, relata que ficou surpresa ao receber o telefonema de Dra. Wilma Anselmo com a notícia. “Foi uma emoção especial quando ela declarou estar muito feliz pelo fato de, na gestão da primeira mulher presidente da ABORL-CCF, o primeiro lugar na prova de título também ser de uma. Foi também uma grande alegria saber que tanto tempo de estudo foi recompensado”, conta a otorrino, que está finalizando um fellowship em Rinologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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Além do estágio observacional em Sydney, Mariana também realizou os cursos de Lesões Vasculares em Cirurgias de Base de Crânio (11th Adelaide Endoscopic Management of Vascular Injuries Workshop) e de FESS (20th Advanced Endoscopic Sinus Surgery Course), ambos em Adelaide, outra cidade australiana. “Optei pela Austrália, pois lá teria a chance de entrar em contato com um serviço em Rinologia conhecido pela tradição e pela inovação”, justifica.

Mariana acredita que conhecer otorrinolaringologistas de outros países, trocar experiências e acompanhar um serviço em um país com outra realidade socioeconômica e cultural é uma oportunidade para

repensar não apenas conceitos técnicos, mas também o quanto ainda é possível evoluir no cuidado com o paciente. “Foram inúmeros aprendizados, como a chance de realizar dissecção em cadáver com neuronavegador e aulas de anatomia 3D. Além disso, recebi orientação de grandes rinologistas, o que acrescentou muito no desenvolvimento de algumas técnicas cirúrgicas”, destaca.

A otorrinolaringologista defende que o ato de premiar os primeiros colocados na prova de título incentiva o estudo e o crescimento pessoal durante o período da avaliação. “É uma chance de expandir os conhecimentos, por isso considero a iniciativa brilhante. Agradeço à ABORL-CCF e à Dra. Wilma por essa oportunidade tão especial”, declara.

Igor Hazboun - 2º lugar Segundo colocado na prova, Igor Hazboun, otorrinolaringologista na clínica Première Medicina e Saúde e no Centro de Otorrino, em Fortaleza (CE), define que receber a notícia sobre o resultado foi muito emocionante. “Demorou um pouco para a ficha cair, e até me faltaram palavras nos primeiros momentos. Eu fiquei muito feliz, e ao desligar o telefone, todos na clínica me parabenizaram”, descreve.

Igor atuou na área de Rinologia Avançada durante o curso em Sydney, na Austrália. “Nessa mesma época, também consegui realizar o curso de injúrias vasculares e outro de dissecção endonasal, com o professor Wormald, em Adelaide”, completa. O otorrinolaringologista relata que o professor Harvey é um dos grandes expoentes da Rinologia mundial atualmente e que a filosofia rinológica do especialista o agradava desde a residência.

Para Hazboun, um dos aprendizados mais importantes foi a oportunidade de conhecer outro sistema de educação, trabalho e disciplina. “A logística também é completamente diferente do que eu estava acostumado, desde a disposição dos materiais dentro do ambulatório até como trabalhar os bons e maus resultados com os pacientes. Sinto que amadureci em vários sentidos e adquiri uma nova visão dentro da Rinologia”, relata.

O otorrino considera a premiação uma oportunidade única de aprender novos conceitos, técnicas e diferentes caminhos para obter o mesmo resultado. “A internacionalização é uma peça chave no mundo educacional e profissional hoje.

Quero deixar registrado meu agradecimento a toda a equipe da ABORL-CCF e, em especial, à Dra. Wilma”, finaliza.

Mariana Sbrana - 3º lugar Atualmente cursando especialização em Cirurgia Endoscópica Endonasal e Base de Crânio no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Mariana Sbrana foi a terceira colocada na prova de título. “Fiquei muito feliz ao receber a notícia. Não imaginei que conseguiria estar tão bem classificada”, relembra.

A atuação na área de Cirurgia Endonasal e Base de Crânio na Austrália foi, segundo Mariana, uma experiência incrível. A otorrino conta que sua escolha de destino não foi definida pelo país em si, mas pelo profissional que teria a oportunidade de acompanhar. “O professor Harvey é um ótimo cirurgião e está na vanguarda das cirurgias endoscópicas endonasais. Já tinha grande admiração pelo trabalho dele e, ao conhecê-lo, fiquei ainda mais impressionada”, declara.

Trabalhar ao lado de um profissional de renome internacional foi uma experiência valiosa na expansão do conhecimento nas áreas clínica e cirúrgica da Otorrinolaringologia. “Eu nunca tinha pensado em ir para fora do Brasil para estudar, mas, depois dessa oportunidade, considero que seja uma experiência fundamental”, avalia.

A iniciativa de premiação aos primeiros colocados da prova é, de acordo com Mariana, um estímulo para que os estudantes se programem para realizar um sonho. “Gostaria de agradecer à ABORL-CCF e à professora Wilma por essa oportunidade. Aprendi muito, tanto do ponto de vista pessoal, quanto profissional. Essa viagem ficará para sempre guardada em minha memória”, destaca.

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Vox News

Vox news

Exame para obtenção do título de especialista da ABORL-CCF 2018 Prova reuniu médicos recém-formados e até mais experientes Por Gabriela Rezende

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Exame de Suficiência para Obtenção do Título de Especialista em Otorrinolaringologia 2018, organizado e aplicado pelo Comitê de Título de Especialista da ABORL-CCF, aconteceu no dia 25 de março, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. A primeira etapa foi constituída pela prova teórica, com oitenta questões de múltipla escolha, na parte da manhã, e a segunda por casos clínicos das diversas áreas do conhecimento da Otorrinolaringologia listadas em edital, à tarde.

Para o presidente do Comitê, Dr. Fernando Danelon Leonhardt, o exame aconteceu todo conforme o esperado – sem grandes intercorrências. Uma das explicações para isso é que o Comitê de Título já tem muito tempo de formação, e as provas e sua aplicação vêm sendo cada vez mais aperfeiçoadas. Para Danelon, o título é uma chancela que os novos otorrinos, ou mesmo os mais experientes, buscam da Sociedade. “No exame de suficiência, o otorrino busca a conquista do título em sua

especialidade, podendo provar que conhece essa área de atuação. É importante para a carreira profissional, essencial para trabalhar em alguns hospitais e alguns convênios e uma chancela da ABORL-CCF para o trabalho dos novos – e também antigos – otorrinos”, destaca.

O papel do Comitê de Título de Especialista De acordo com Dr. José Ricardo Testa, membro do Comitê de Título, este é subdividido por áreas, dentro da especialidade, e cada subgrupo de cada subárea vai elaborar certo número de questões – separadas em difíceis, médias e fáceis. “Esse grupo de questões é encaminhado para uma central, onde será combinado a um banco de questões que ainda não foram usadas nos últimos anos. Será feito um sorteio pelo sistema randômico e, daí, surge a prova. A parte prática do exame ocorre de maneira semelhante, o que ajuda a manter a isenção das provas”, expõe.

Na sequência, a tarefa dos membros do Comitê é ir “limando as arestas”, resolvendo detalhes, até a última

Números do exame Do total de 335 inscritos, as provas foram aplicadas a 325 candidatos, ou seja, dez deles não compareceram, e o número de aprovados chegou a 246 – pouco mais de 73% do total de inscritos. De acordo com Dr. José Ricardo, o resultado não fugiu muito dos índices alcançados nos últimos anos. “Tudo ocorreu dentro do esperado. O número de inscritos estava bem próximo do total de residentes no Brasil, então, acredito que praticamente todas as pessoas que fazem residência estão fazendo a prova. Já o número de faltantes, que, geralmente, fica em torno de 5%, neste ano foi até menor: nem 3%”, analisa.

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Marcelo de Souza

reunião, que acontece uma semana antes da prova, em que é explicado como tudo irá funcionar na aplicação do exame. “A equipe da Quality já trabalha conosco há alguns anos, logo, estamos bem afinados. Além disso, o sistema funcionou muito bem, sem qualquer dificuldade na realização das provas de 2018”, detalha.

Para o especialista, o título comprova que o profissional tem uma qualificação adequada, algo importante tanto para a sociedade quanto para o paciente. “Ser um profissional qualificado é importante, pois comprova a passagem por um crivo mínimo. A prova, em nosso ponto de vista, não é algo extremamente complicado, então, o médico que não consegue passar não tem condição de exercer a profissão”, explica.

Mais que candidatos Em meio aos muitos candidatos espalhados pelo Centro de Convenções Frei Caneca, uma dupla chamou bastante atenção: César Renato Ferreira Zanini e César Pereira Lima Zanini, pai e filho, foram juntos prestar o exame.

Com formação no Centro de Estudos de Cabeça e Pescoço da Universidade Católica de Pelotas, César Renato conta que foi convencido pelos dois filhos, também otorrinos, a fazer a prova. “Tenho um consultório e sou professor aposentado. É a primeira vez que venho fazer a prova, incentivado pelos meninos”, declara. O experiente otorrino relata que se preparou para as provas ao longo da carreira e com a experiência adquirida em 24 anos de exercício da profissão.

Já o filho, de 28 anos, que fez residência na Beneficência Portuguesa em São Paulo, acompanhou o pai desde pequeno. “Tenho também um outro irmão que é otorrino e acompanhando os dois. Fazendo estágio com ambos eu achei uma área muito interessante, que melhora bastante a qualidade de vida dos pacientes e que integra a clínica e a cirurgia”, justifica.

César Pereira conta que estudou bastante, principalmente nos três últimos anos, mas entende que nos últimos dias antes da prova é preciso relaxar. “Quando chegam os momentos mais próximos ao exame, vai começando aquela correria, e eu tentei me manter tranquilo. Casei no mesmo mês da prova, estava em lua de mel e vim fazer o exame tranquilo”, afirma.

Quando voltar para seu local de origem, o especialista pretende atuar tanto na parte clínica quanto na cirurgia. “A residência que eu fiz é bem visada para a área cirúrgica, e acredito que nós, residentes, saímos com uma ‘mão’ muito boa de lá. Não é certo, ainda, mas há possibilidades de ser professor, também, um lado da carreira que acho bem interessante”, analisa.

O passado das provas Participante do Comitê de Título de Especialista da ABORL-CCF em 1998, a convite do então presidente Dr. Ney Penteado, Dr. Reginaldo Raimundo Fujita revela que, nessa época, começaram a surgir ideias de provas mais objetivas. Segundo o especialista, há sete ou oito anos, existia uma banca com dois especialistas convocados, e o aluno era avaliado por ela. “O grande problema dessa banca era que existia algum grau de subjetividade, tanto na avaliação quanto na forma de cobrar do aluno.

Alguns avaliadores davam nota 10 para todo mundo, outros davam nota zero para todos e em uma das provas, se não me engano em 2007, eu peguei avaliador passando cola para aluno”, relata.

Relembrando a época das provas teóricas feitas em papel, Dr. Reginaldo conta que o processo gerava imensa dificuldade para a correção. Hoje, o computador faz tudo. “Depois da avaliação da prova teórico-prática feita na hora pela banca, tivemos um modelo em que o candidato escrevia as respostas em papel para que pudéssemos corrigir depois. Foi um trabalho insano de correção, mas, pelo menos, ficou um pouco mais objetivo. Os dois avaliadores só ficavam observando o candidato responder durante a prova, não podiam falar nada.

Eles ficaram bravos comigo, mas o correto era prezar pela objetividade na avaliação”, argumenta.

Na gestão de Dr. Leonardo Haddad, a prova teórico-prática, que era subjetiva, tornou-se extremamente objetiva, sem interferência de terceiros na realização do exame. “Quanto mais profissional for a avaliação do candidato melhor, porque isso é um concurso de habilitação e não seleção. Nós estamos tentando ver se o aluno está preparado ou não para exercer a Otorrinolaringologia”, resume.

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Vox news

seMAnA DA tonturA ABORL-CCF realiza campanha que, na primeira edição, já é um sucesso

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ealizada no Brasil pela primeira vez, a Semana da Tontura foi uma campanha promovida pela ABORL-CCF por meio do Departamento de Otoneurologia com marco principal no dia 22 de abril, o Dia Mundial da Tontura. Com o lema “Pare de falar labirintite”, a campanha ofereceu cursos e atividades, desde o mês de março, para colegas da Otorrinolaringologia e de outras especialidades de todo o Brasil.

O principal objetivo foi a conscientização do público leigo e médico, destacando que a tontura é um sintoma que pode ser atrelado a vários diagnósticos, não somente à labirintite, como muitos acreditam. A campanha disponibilizou um material de apoio em formato de pergunta e resposta, como as que estão a seguir.

Qual profissional deve ser procurado em caso de tonturas?

Médicos de várias especialidades atendem casos de tontura. O médico otorrinolaringologista, que estuda a Otoneurologia, é o profissional especializado nas tonturas relativas às doenças do labirinto. toda tontura é uma labirintite?

Desvendar a queixa de tontura nem sempre é fácil.

Na verdade, usar a palavra labirintite quase sempre está errado, pois há várias doenças do labirinto. Além disso, o sintoma descrito como tontura pode ter outras causas, como doenças cardíacas, neurológicas, vasculares e emocionais.

Qual é a causa mais comum de doença do labirinto?

A causa mais comum é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), que ocorre quando pequenos cristais localizados dentro do labirinto, uma região do ouvido, se soltam e ficam se movendo livremente.

Doenças do labirinto podem causar desmaio?

Em geral, não. Desmaios podem indicar doenças neurológicas e/ou cardiovasculares.

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Doenças do labirinto podem apresentar perdas auditivas associadas?

Sim. Na verdade, o órgão labirinto inclui nossos sensores de movimento – que provocam a tontura, quando estão doentes – e também a cóclea, responsável por detectar os sons. Não é raro zumbidos e perdas auditivas acompanharem tonturas causadas por doenças do labirinto.

Para Dr. Márcio Abrahão, presidente da ABORL-CCF, a queixa de tontura é a segunda mais frequente do ser humano, mas ainda representa um desafio para muitos médicos. É bem comum que pacientes com essa queixa permaneçam muito tempo sofrendo antes de encontrar o correto tratamento. “No intuito de incentivar a busca pelo correto diagnóstico dessa queixa, o slogan desta primeira campanha do Dia da Tontura foi ‘Pare de falar labirintite’, já que muitos pacientes recebem o diagnóstico de labirintite como se houvesse uma única entidade causadora de sintomas labirínticos. Na verdade, várias doenças do labirinto humano podem ser a causa, e, ainda, muitos pacientes descrevem como tontura sintomas decorrentes de problemas cardiovasculares e neurológicos”, declara o especialista.

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MAIS DE 93% DE SUCESSO NO TRATAMENTO DA PNEUMONIA E SINUSITE3,4 TRATA TAMBÉM A PNEUMONIA RESISTENTE A MACROLÍDEOS E BETA-LACTÂMICOS5

PNEUMONIA5: 10 DIAS SINUSITE5: 7 DIAS

NEUMOSIN (cloridrato de moxifloxacino). APRESENTAÇÕES: 400mg com 5 e 7 comprimidos revestidos. USO ADULTO. INDICAÇÕES: Neumosin é indicado para infecções das vias respiratórias superiores e inferiores, exacerbações agudas de bronquite crônica, sinusite e pneumonia – incluindo pneumonia causada por bactérias resistentes a alguns antibióticos –, infecções simples ou complicadas de pele, anexos e tecidos moles e infecções intra-abdominais complicadas. CONTRAINDICAÇÕES: é contraindicado para pacientes que apresentam alergia conhecida ao moxifloxacino, a qualquer outro componente de sua formulação ou aos antibióticos da mesma classe. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: Neumosin não deve ser administrado a mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Devese procurar um oftalmologista imediatamente em caso de alterações na visão ou algum outro sintoma. O tratamento com Neumosin deve ser evitado em pacientes que tenham uma alteração no eletrocardiograma chamada prolongamento do intervalo QT, em pacientes que tenham um nível baixo de potássio no sangue e que não estejam sendo tratados e nos pacientes que usem antiarrítmicos cardíacos como a quinidina, a procainamida, a amiodarona e o sotalol. REAÇÕES ADVERSAS: náusea, tontura, cefaleia e diarreia.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: antiácidos contendo cálcio, magnésio ou alumínio, carvão ativado e sucralfato. POSOLOGIA: A dose recomendada é de um comprimido uma vez ao dia, de acordo com a indicação médica: Pneumonia Adquirida da Comunidade: 10 dias; Sinusite Aguda: 7 dias; Bronquite aguda: 5 dias; Infecções não complicadas da pele e anexos: 7 dias; Doença inflamatória pélvica não-complicada: 14 dias; Infecções complicadas da pele e anexos: duração total do tratamento para o tratamento sequencial (tratamento intravenoso seguido de tratamento oral): 7-21 dias Infecções intra-abdominais complicadas: duração total do tratamento para o tratamento sequencial (tratamento intravenoso seguido de tratamento oral): 5 - 14 dias. Registrado por: Supera Farma Laboratórios S.A., Av. das Nações Unidas, 22532, bloco 1 – Vila Almeida, São Paulo/SP – CNPJ: 43.312.503/0001-05 – Indústria Brasileira. Farm. Resp.: Dra. Silmara S. C. Pinheiro - CRF-SP 37.843. Comercializado por: Supera RX Medicamentos Ltda. Rua Guará, Qd 04/05/06 – Galpão 08 - Aparecida de Goiânia – GO. REGISTRO MS. Nº 1.0372.0274. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. ANTES DE PRESCREVER, RECOMENDAMOS A LEITURA DA BULA COMPLETA PARA INFORMAÇÕES DETALHADAS SOBRE O PRODUTO. MATERIAL TÉCNICO-CIENTÍFICO DESTINADO EXCLUSIVAMENTE À CLASSE MÉDICA. Versão:00-Bula:26/03/2018 Referências bibliográficas: 1) MARTIN-LOECHES, Ignacio et al. Predicting treatment failure in patients with community acquired pneumonia: a case-control study. Respiratory research, v. 15, n. 1, p. 75, 2014.; 2) LEMIENGRE, Marieke B. et al. Antibiotics for clinically diagnosed acute rhinosinusitis in adults. The Cochrane Library, 2012.; 3) SUN, Tieying et al. Clinical efficacy and safety of moxifloxacin versus levofloxacin plus metronidazole for community-acquired pneumonia with aspiration factors. Chinese medical journal, v. 127, n.

7, p. 1201-1205, 2013.; 4) SIEGERT, R. et al. A comparison of the safety and efficacy of moxifloxacin (BAY 12-8039) and cefuroxime axetil in the treatment of acute bacterial sinusitis in adults. Respiratory medicine, v. 94, n. 4, p. 337-344, 2000.; 5) Bula de Neumosin; 6) CORRÊA, Ricardo de Amorim et al. Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes-2009. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 35, n. 6, 2009.; 7) Kairos Abril/2018 - *Comparado ao produto referência.

CONTRAINDICAÇÃO: É CONTRAINDICADO PARA PACIENTES QUE APRESENTAM ALERGIA CONHECIDA AO MOXIFLOXACINO. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: SUCRALFATO.

NEUMOSIN É UM MEDICAMENTO. DURANTE SEU USO, NÃO DIRIJA VEÍCULOS OU OPERE MÁQUINAS, POIS SUA AGILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS. Disponível na

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qualidade de V id a

entre o consultório

E O camPO otorrinolaringologista e cafeicultor, Dr. Edigar Rezende explica como concilia o tempo e a atuação nas duas atividades

Por Bárbara Mello

A

cafeicultura, atividade que engloba a plantação e o cultivo de café, despertou o interesse do otorrinolaringologista Edigar Rezende ainda na infância. “Como nasci na zona rural, convivi com os colonos que trabalhavam na lavoura, na colheita, na secagem e no armazenamento do café”, relata.

Alguns anos depois, surgiu a oportunidade para que Rezende cursasse Medicina e se especializasse em Otorrinolaringologia. Com isso, o médico passou a dividir seu tempo entre as duas práticas, conciliando seu tempo entre a cafeicultura e a especialidade.

Formação acadêmica Na pequena cidade de Santo Antônio da Alegria, divisa de São Paulo com Minas Gerais, próxima à propriedade agrícola em que Rezende morava, não havia ginásio, apenas um grupo escolar. Por esse motivo, era preciso ir a outro município para conseguir mais oportunidades de estudos. “Para que pudéssemos fazer o ginásio, mudamos para Batatais, em 1949, mas sempre íamos à fazenda e tínhamos contato com a cultura do café”, conta.

Anos depois, após optar pela Medicina como área de atuação, no último ano de faculdade, o estudante realizou um estágio em Otorrinolaringologia e decidiu seguir nessa área. O profissional cursou a especialidade na ORL do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

“Poucos anos mais tarde, fiz concurso de doutorado, 34 | VOX Otorrino

concurso para assistente do HC e, posteriormente, para assistente da FMUSP”, declara.

A atuação do otorrinolaringologista na especialidade teve início em 1967 e, desde então, o profissional foi responsável por várias teses de doutorado e participou de bancas examinadoras de mestrado e doutorado em diversas faculdades. “Em 1974, fui para a Universidade de Bordeaux, na França, no serviço do professor Michel Portmann, para realizar um estágio de seis meses”, acrescenta.

Atuação na Cafeicultura Ainda no exercício da Otorrinolaringologia, Rezende adquiriu um sítio junto à fazenda do pai, para dar início à plantação de uma lavoura de café. Contudo, em 1981, uma grande geada afetou toda a lavoura e trouxe imenso prejuízo à região. “Mesmo com todo

“O cafeicultor precisa gostar do que faz e sentir prazer em seu trabalho, assim como acontece na Medicina.

Temos que nos sentir satisfeitos no exercício da profissão” Edigar rezende

o envolvimento com a Otorrinolaringologia e após o grande prejuízo naquele ano, passei alguns anos estudando quando poderia retornar ao café”, afirma.

Para voltar à prática da cafeicultura, Rezende contou com a ajuda de um irmão agrônomo e contratou outro agrônomo especializado nessa área. O cafeicultor destaca que para exercer essa atividade é necessário, primeiramente, possuir terra em uma região apropriada à cultura do café, em que a atividade, o regime de chuvas e o clima sejam apropriados. “O café, assim como o vinho, exige uma série de fatores que podem ser importantes para possível sucesso da empreitada”, explica.

O profissional define que sem um planejamento bem elaborado, contando com técnicas especializadas e muita atenção, não é possível lidar com esta atividade. “O cafeicultor precisa gostar do que faz e sentir

prazer em seu trabalho, assim como acontece na Medicina. Temos que nos sentir satisfeitos no exercício da profissão”, sustenta.

Conciliando as duas atividades Rezende conta que nunca pensou em abandonar a Medicina para ser apenas cafeicultor, pois as duas atividades trazem satisfação. “Com a Medicina, há o reconhecimento de muitos de nossos pacientes, algo que o dinheiro não compra. Esse foi um dos motivos que me fizeram exercer a profissão com prazer, pois todos nós somos vaidosos e nos sentimos realizados com o reconhecimento daquilo que fazemos”, relata.

Para o otorrinolaringologista e cafeicultor, a principal vantagem de exercer mais de uma profissão é a possibilidade de se aposentar em uma área e continuar trabalhando em outra que exige menos esforço intelectual, habilidade visual, manual e memória rápida.

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Essa seção é de inteira responsabilidade do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF.

Educação mé d ic a c o ntinu a d a

C aso

cl í n ico

vestibulopatia bilateral Dra. Letícia Boari, preceptora do Ambulatório de Otoneurologia do Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira (HSPE-FMO) Dra Mônica Alcantara de Oliveira Santos, professora instrutora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) e do HSPE-FMO

Identificação: mulher, 54 anos, branca, aposentada, natural de São Paulo.

HPMA: paciente refere instabilidade postural diária, exacerbada por movimentos corporais e de cabeça há dez meses, com piora no escuro. Apresentou três episódios de queda nesse período. Queixa-se de visão turva, principalmente ao caminhar. Sente-se melhor deitada. Tem diagnóstico de síndrome de Ménière bilateral, com última crise vestibular há um ano. Fez uso de betaistina 48mg/ dia com pouca melhora do quadro.

AP: diabetes mellitus (metformina), hipertensão arterial (maleato de enalapril), TVP em MIE há três anos, transtorno do humor (escitalopram) e dislipidemia (sinvastatina).

Exame físico: Romberg - oscilações laterais sem queda e Head impulse test - sacadas corretivas bilateralmente.

Exames complementares: 1) Audiometria vocal e tonal e imitanciometria: deficiência auditiva neurossensorial bilateral simétrica severa plana. Timpanometria com curva A e reflexos estapedianos ausentes bilateralmente.

2) Ressonância magnética de encéfalo e ângulo ponto-cerebelar: sem alterações.

3) Vectoeletronistagmografia computadorizada: hipofunção vestibular bilateral. Não foram evidenciados achados centrais.

4) Vídeo Head Impulse Test (vHIT): hipofunção vestibular bilateral (figura 1).

HD: vestibulopatia bilateral – síndrome de Ménière bilateral. Paciente está fazendo reabilitação vestibular com melhora parcial, porém, continua a limitação de suas atividades diárias.

Pós-calórica: Ar 50°C e Ar 24°C

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VACL Média

I

I OA

I. Fix

Quente Esquerdo

5

NA

NA

Quente Direito

NA

NA

NA

Fria Esquerdo

3

NA

NA

Fria Direito

3

NA

NA

Figura 1: Gráfico de resposta de vHIT

Discussão: o desenvolvimento da vestibulopatia bilateral costuma ser lento e progressivo na maioria dos pacientes, mas em 40% dos casos ocorre após um episódio agudo, geralmente de causa autoimune, vascular ou infecciosa. As etiologias mais frequentes são: ototóxicos, doença de Ménière bilateral e meningite.

• VHIT: ganho do RVO < 0,6 E/OU; • Prova calórica: soma das provas quente e fria de cada lado < 6◦/seg E/OU; • Prova rotatória: ganho do RVO <0,1.

D: Afastadas outras causas.

Tratamento das vestibulopatias bilaterais:

Critérios diagnósticos de vestibulopatia bilateral segundo Bárány Society, 2017: A: Síndrome vestibular crônica com os seguintes sintomas: • Instabilidade ao andar ou ficar em pé (mais 2 e/ ou 3); • Visão embaçada induzida por movimento ou oscilopsia ao andar/realizar movimentos; • Piora do equilíbrio no escuro ou em pé sobre superfície instável.

B: Sem sintomas quando sentado ou deitado sem movimento.

C: Diminuição ou ausência do reflexo vestíbulo-ocular, documentado por:

1. Prevenção: evitando o uso de drogas ototóxicas e sedativos labirínticos; 2. Tratamento medicamentoso: o uso de corticóides e imunossupressores está indicado na suspeita de doença autoimune; 3. Reabilitação vestibular: pode ser feita a terapia tradicional com exercícios e/ou com instrumentos de biofeedback, com ou sem realidade virtual; 4. Substituição vestibular: utilização de aparelhos de estimulação vibrotátil. não implantáveis. A promessa para o futuro são os implantes vestibulares, que transmitem os dados de movimentação da cabeça por meio de três eletrodos, que são colocados nos três canais semicirculares.

Referências 1) Strupp M, Kim JS, Murofushi T, Straumann D, Jen JC, Rosengren SM et al. Bilateral vestibulopathy: Diagnostic criteria Consensus document of the Classification Committee of the Bárány Society. J Vestib Res. 2017;27(4):177-189.

2) Fawzy M, Khater A. Bilateral vestibulopathy treatment: Update and future directions. Egypt J Otolaryngol. 2016;32:83-92.

3) Moon M, Chang SO, Kim MB. Diverse clinical and laboratory manifestations of bilateral vestibulopathy. Laryngoscope. 2017;127(1):E42-E49.

4) Sprenger A, Wojak JF, Jandl NM, Helmchen C. Postural Control in Bilateral Vestibular Failure: Its Relation to Visual, Proprioceptive, Vestibular, and Cognitive Input. Front Neurol.2017;8:444.

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Tecnologia

Implante coclear

é alternativa para melhoria da qualidade de vida de deficientes auditivos ABORL-CCF cumpre papel fundamental na ampliação do acesso à tecnologia que tem mudado vidas

Por Bruno Bernardino

S

egundo o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, 9,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva.

Destes, 2,1 milhões apresentam deficiência severa a profunda, em que há perda entre 70 e 90 decibéis (dB) ou mais, e quase 1 milhão são jovens até os 19 anos de idade. “Podemos observar que o cuidado com o deficiente auditivo tem ganhado, com o passar dos anos, pequena significância no meio político e social. É urgente tratar o acesso à saúde como um preceito constitucional e a criação de políticas públicas de saúde como algo indispensável para uma sociedade mais justa e democrática”, opina Dr. Fayez Bahmad Jr, secretário da Comissão Legislativa

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da ABORL-CCF e profissional que tem dedicado a vida à reabilitação auditiva.

O especialista vem desenvolvendo um trabalho junto à Câmara de Deputados e ao Ministério da Saúde, na tentativa de popularizar o implante coclear. Mais conhecido como ouvido biônico, o implante coclear é um aparelho eletrônico de alta complexidade tecnológica, utilizado para reabilitar a audição em indivíduos portadores de surdez profunda, que não podem mais ser ajudados pelo uso de aparelhos auditivos convencionais. O implante estimula diretamente o nervo auditivo por meio de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea.

Arquivo pessoal

Otavio Praxedes

À esq.: Dr. Fayez e convidados do programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo, onde esteve para discutir sobre o acesso ao implante coclear. À dir.: o especialista em audiência pública sobre saúde auditiva na Câmara dos Deputados

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o implante é o dispositivo que tem maior capacidade de melhorar a qualidade de vida do ser humano. “É um aparelho muito sofisticado, que foi uma das maiores conquistas da engenharia ligada à Medicina. Existe há mais de 30 anos e, hoje, mais de 100 mil pessoas no mundo já são usuárias”, afirma Dr. Fayez.

O implante coclear no Brasil Os deficientes auditivos, no geral, são muito beneficiados com o uso do implante coclear. Isso muda a vida deles para melhor. “Na maioria dos casos, o deficiente e seus familiares se envolvem com o implante de tal forma que a rotina muda completamente. Essas pessoas passam a defender com afinco a tecnologia, criam grupos em canais de mídia e postam suas evoluções pessoais, o que acaba contagiando o mundo todo.

Muitos escrevem lindos livros ou criam blogs e se dedicam a atualizá-los com detalhes de seu novo mundo sonoro”, conta o otorrino.

Atualmente, é possível considerar que o acesso à reabilitação auditiva de portadores de surdez neurossensorial profunda bilateral encontra-se disponível. Nos centros públicos de saúde auditiva praticamente não há filas ou estas são de poucos meses. Porém, apenas uma pequena parte dos pacientes que necessitariam da tecnologia tem acesso a ela. “O maior problema continua sendo o diagnóstico audiológico adequado e precoce. A triagem auditiva neonatal em nosso país ainda é o elo fraco da corrente do bem dedicada à reabilitação auditiva da população. Muitas de nossas

crianças ainda não têm sua surdez diagnosticada no tempo ideal, que seria logo ao nascimento”, analisa o especialista.

Para todas as crianças, existe um tempo ideal para o diagnóstico.

Bebês que nascem com perda auditiva profunda bilateral deveriam ser submetidos à cirurgia do implante coclear precocemente, para iniciarem seu desenvolvimento de linguagem da mesma forma que outras crianças sem dificuldades. “Muitos estudos científicos comprovam que, com o implante precoce, essas crianças podem evoluir com o desenvolvimento de fala semelhante àquelas que nasceram com audição normal”, informa Dr. Fayez.

A ABORL-CCF e o implante coclear A ABORL-CCF, desde o início do advento das novas tecnologias dedicadas à reabilitação auditiva, tem se posicionado ativamente em favor da reabilitação da população brasileira portadora de surdez, apoiando o otorrinolaringologista e a Sociedade Brasileira de Otologia.

Atualmente, a Comissão Legislativa da ABORL-CCF tem estreitado os laços com a Câmara de Deputados e o Ministério da Saúde, visando garantir o cumprimento da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, pois acredita em sua relevância para a qualidade de vida do deficiente auditivo.

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O que diz a l e i

Processo de composição de

Junta Médica para solução de divergência Por Departamento Jurídico da ABORL-CCF

N

este artigo abordaremos, especificamente, os aspectos da Junta Médica, não contemplando os da Junta Odontológica. Ainda que ambas sejam regulamentadas pela mesma resolução normativa – RN nº 424, de 26 de junho de 2017, nosso foco de atuação associativa é para os médicos otorrinolaringologistas.

A resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determina que as operadoras de planos de saúde devem garantir, em situações de divergência técnico-assistencial acerca da indicação do procedimento pelo médico do beneficiário e do profissional da operadora, a realização de junta médica, de acordo com os critérios da RN nº 424.

A junta médica será formada, no setor da Saúde Suplementar, por três profissionais médicos: o assistente,

o profissional da operadora e o desempatador, com o intuito de avaliar a pertinência da indicação clínica do profissional assistente, objeto de divergência técnico-assistencial pelo profissional da operadora.

O profissional assistente é o médico que solicitou e irá realizar o procedimento e o profissional da operadora é o médico designado pela operadora para avaliar os procedimentos solicitados.

O desempatador é o terceiro membro da junta médica, e pode ser escolhido de comum acordo entre o médico assistente e o profissional da operadora, cuja opinião clínica decidirá a divergência estabelecida. Contudo, não lhe compete, em hipótese alguma, a função de assistir o beneficiário. O desempatador deve ter habilitação em especialidade apta à realização do procedimento solicitado.

O artigo 2º da RN nº 424, de 26 de junho de 2017 estabelece que a junta médica pode ocorrer nas modalidades presencial e a distância, sendo a modalidade definida pelo médico desempatador: a) Presencial: quando se fizer necessária a presença do beneficiário junto ao(s) profissional(ais) médico(s) ou cirurgião(ões)-dentista(s); ou b) A distância: na hipótese em que não for necessária a presença do beneficiário junto ao(s) profissional(ais) médico(s) ou cirurgião(ões).

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A junta presencial será realizada no município de residência do beneficiário, mas, em caso excepcional, a lei prevê a hipótese de sua realização em outro município, e deverá contar, ao menos, com a presença do beneficiário e médico desempatador.

Nesse caso, as despesas advindas de transporte e estadia do beneficiário serão custeadas pela operadora, sestendendo-se ao acompanhante, quando o beneficiário for menor de 18 ou maior de 60 anos, portador de deficiência ou se, devido a sua condição de saúde atestada, não puder se locomover sem auxílio do acompanhante.

Vale destacar que a junta a distância poderá acontecer por videoconferência ou mediante análise de documentos e exames pelo médico escolhido para figurar como desempatador. O médico desempatador fará jus aos honorários, inclusive despesas de passagem e estadia, as quais serão custeadas, exclusivamente, pela operadora de planos de saúde. Do mesmo modo, se o médico assistente participar da junta presencial terá direito aos honorários e a eventuais despesas de passagem e estadia, também custeados pela operadora. É expressamente vedado cobrar do beneficiário/paciente as despesas do médico desempatador e do assistente. A junta médica deve ser composta apenas por médicos e o desempatador deve ser de uma especialidade apta a realizar o procedimento ora solicitado e objeto de discussão pela junta.

O profissional assistente terá o prazo de dois dias úteis, contados da data de recebimento da notificação, para manter sua indicação ou acatar os motivos da divergência técnico-assistencial da operadora. O Departamento Jurídico recomenda que a resposta do médico assistente deve ser feita por escrito e mediante protocolo, exigindo-se aviso de recebimento por e-mail, com contrarresposta de recebimento, para comprovar que a operadora está ciente da resposta.

Ademais, da mesma forma que a lei determina as hipóteses de realização da junta médica, também expressa as condições em que não é admitida sua realização, conforme preconizado no artigo 3º, como urgência ou emergência e procedimentos ou eventos não previstos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Ao final dos trâmites previstos na RN nº 424, o médico desempatador deve elaborar o parecer técnico, devidamente fundamentado, para que, assim, seja concluída a junta.

O beneficiário tem o direito de acesso às informações contidas no parecer técnico e documentos que o fundamentam, cabendo à operadora enviá-los ao beneficiário, sem ônus, e no prazo de 24 horas contados da solicitação. O envio pode ser via Correios ou por meio eletrônico.

De acordo com ANS, a junta médica oferece transparência, clareza e, principalmente, agilidade e melhoria no atendimento ao beneficiário, além de promover a redução dos casos de judicialização entre beneficiários e operadoras de planos de saúde. Para o Departamento Jurídico da ABORL-CCF, atos que regulamentem e deem transparência e segurança na relação médico-paciente-operadoras de planos saúde são salutares, desde que respeitem prerrogativas exclusivas dos profissionais médicos e os direitos do paciente de acesso a saúde e atendimento com qualidade.

Dos trâmites para constituição da junta médica Cabe à operadora notificar, simultaneamente, profissional, assistente e beneficiário ou representante legal com documento expresso, contendo: 1. Identificação do profissional da operadora responsável pela avaliação; 2. Motivos da divergência técnico-assistencial; 3. Indicação de quatro profissionais para formar a junta, com Qualiss ou currículo profissional; 4. Prazo para manifestação do profissional assistente; 5. Notificação de que na recusa, intempestividade ou silêncio do assistente quanto à indicação do desempatador caberá à operadora a escolha, dentre os indicados no item 3 acima; 6. A informação de que o beneficiário ou o médico assistente deverão apresentar os documentos e exames que fundamentaram a solicitação do procedimento; 7. A informação de que a ausência não comunicada do beneficiário, em caso de junta presencial, desobrigará a operadora a cobrir o procedimento solicitado.

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aborl- CCF em a çã o

Dr. gustavo Korn, presidente da ABLv e coordenador de Campanha nacional da voz, fala sobre a

Campanha da Voz 2018 Por Gustavo Korn

E

sta edição da Campanha da Voz foi histórica. Estamos na 20ª edição. O Dia da Voz, presente em dezenas de países, teve origem no Brasil, graças ao empenho de muitos colegas, em especial o Dr. Nédio Steffen. Na primeira edição, a Campanha contou com otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos. Essa importante parceria se perdeu ao logo dos anos, e gostaríamos muito de reativá-la.

O ano de 2018 foi histórico por muitos motivos: quase duas centenas de centros cadastrados, entre hospitais públicos e serviços particulares, com atendimento à população, durante os dias 16 e 20 de abril; 3.089 formulários de atendimentos enviados; uma linda cerimônia de abertura no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro; união histórica envolvendo ABORL-CCF, ABLV, Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), INCA – Ministério da Saúde, Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG); Associação Brasileira de Canto, Fundação Otorrinolaringologia (FO) e Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOCP); o foco deste ano no atendimento e conscientização da população, oferecendo exame para avaliação da laringe e do trato vocal, sem custo algum, e encaminhamento quando necessário, além de orientações de higiene vocal; e o investimento financeiro recorde nessa edição.

Além disso, a Campanha adquiriu um outro nível de maturidade, em que expertise e experiência permitiram um grau de independência na qual a Campanha é inteiramente realizada pela ABORL-CCF e a ABLV, o que reduz acentuadamente o custo de sua elaboração. Esse ensinamento pode ser usado em outras campanhas, reduzindo custos para nossa Associação e oferecendo melhores resultados.

O objetivo da Campanha da Voz, por meio de ações de orientação e conscientização, é promover um processo de sensibilização permanente em relação aos cuidados com a voz. A iniciativa tem por finalidade reforçar essa mensagem constantemente.

Cada ano de nossa Campanha é um tijolo na grande construção que estamos fazendo.

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Ainda não computamos todos os resultados, mas posso comentar que oito serviços entregaram mais de 100 formulários de atendimento, e gostaria de parabenizar a todos os serviços participantes, em especial o Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Brasília que enviou 397 formulários, mais que o dobro do segundo colocado em número de formulários. Neste ano, a Fundação Otorrinolaringologia (FO), o Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOCP) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) gentilmente ofereceram dez cursos cada, que serão sorteados entre as instituições e serviços participantes da Campanha.

Este ano, a coordenação nacional foi em conjunto com o Dr. Marcos Sarvat, que não poupou esforços em fazer dessa Campanha uma edição histórica. O sucesso do evento também contou com os esforços e a dedicação do Dr. Hugo Lisboa Ramos, vice-presidente da ABLV, e do Sr. Renato Batista Sebastião, staff da ABORL-CCF e meu grande parceiro em quase dez edições da Campanha da Voz. Em relação ao próximo ano, a Campanha está em fase de elaboração e teremos novidades. Dr. Hugo será o próximo coordenador nacional da campanha.

Deixo o meu agradecimento pela oportunidade e a confiança em coordenar a Campanha Nacional da Voz durante quase dez anos. Foi uma honra ter trabalhado no maior evento social da Otorrinolaringologia Brasileira.

A abertura da Campanha da Voz no Museu do Amanhã contou com os ex-presidentes da ABLV Dr. Marcos Sarvat, Dr. Nedio Steffen, Dr. Paulo Perazzo, Dr. Agrício Crespo (também ex-presidente da ABORL-CCF) e Dr. Geraldo Druck Sant’ana (futuro presidente da ABORL-CCF), além de Dr. Marcio Abrahão (presidente da ABORL-CCF), Dr. Gustavo Korn e Dr. Hugo Ramos (atuais presidente e vice da ABLV) e Dr. Luis Eduardo Barbalho de Mello (presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço)

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Realização

Inscreva-se já! www.otorrino2018.org.br Informações: (11) 5053-7502 49º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

2019 - Brasilia / DF