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do Global Report Initiative nas Cooperativas Agropecuárias do Estado do Paraná
Por Marcielle Anzilago
1) O que lhe motivou a escolher o tema?
Temas como Responsabilidade Social, Ações Ambientalmente Corretas e Sustentabilidade estão em pauta nos diversos ramos do conhecimento. A mídia dá destaque para essas questões e influencia a opinião pública em relação ao posicionamento das entidades quanto às atividades por elas desempenhadas. Hoje a conscientização da responsabilidade ambiental das organizações parece crescer; hoje focar só no desenvolvimento econômico pode não ser suficiente para que a empresa prospere. A motivação para a escolha deste tema surgiu porque as cooperativas, pelos próprios “princípios cooperativos”, tem o compromisso estatutário de contribuírem com o desenvolvimento sustentável em relação aos objetivos econômico, social e ambiental. As cooperativas são entidades que se esforçam para satisfazer às exigências econômicas de um grupo de pessoas e que devem satisfazer aos interesses culturais e de proteção ao meio ambiente. As cooperativas têm uma importância ímpar no que se refere à emancipação social e econômica das pessoas, à criação da chamada economia humanista com um maior compromisso em relação à responsabilidade social. As cooperativas agropecuárias do Paraná estão entre as maiores do País
2) Quais foram os passos para o desenvolvimento do artigo? Quanto tempo levou até a conclusão do estudo?
O primeiro passo foi pensar como poderíamos alcançar nosso objetivo do estudo, (delineado na questão anterior) e após essa definição selecionamos a literatura sobre o assunto, os materiais para análise, coletamos os relatórios de sustentabilidade nos sítios das cooperativas, identificamos os indicadores GRI, tabulamos os dados de forma adequada para analisa-los estatisticamente, realizamos as análises alcançando os objetivos propostos do estudo. Para a conclusão do estudo levamos em torno de 12 meses.
3) Quais foram as principais problemáticas identificadas quanto à conscientização para a responsabilidade ambiental?
Primeiramente a disponibilização dos relatórios nos sítios eletrônicos, o acesso à informação. Já nos relatórios disponibilizados, as informações ficam comprometidas, pois se encontram níveis imprecisos de confiabilidade, de veracidade e de padronização, tanto na elaboração quanto no conteúdo dos relatórios. Além do mais, verificase que as cooperativas ainda não estão totalmente conscientizadas para a apuração e divulgação das responsabilidades ambiental e social. Conforme o resultado do estudo os níveis de divulgação mostram que 78,9% das divulgações compreendem ao mínimo exigido, 15,6% médio e apenas 5,4% atendem todos os requisitos.
4) Qual contribuição a pesquisa apresentada pode conferir aos agropecuaristas, às agropecuárias e à sociedade?
Contribui para evidenciar como as cooperativas agropecuárias, como agentes de desenvolvimento local e social, reportam suas informações ambientais para a sociedade e stakeholders. Além disso, evidenciar a falta de uniformização e divulgação de relatórios de sustentabilidade pelas cooperativas agropecuárias e fortalecer os estudos na área ambiental. Contribui ainda para reforçar a importância de instrumentos, como as diretrizes da GRI G4, para avaliação de indicadores de sustentabilidade. Também serve como um alerta quanto à necessidade de mais objetividade dos indicadores apresentados nos relatórios analisados. Todavia deve-se ponderar que os achados desta pesquisa são restritos aos Relatórios de Sustentabilidade analisados e às cooperativas agropecuárias do Paraná. Portanto, os resultados não podem ser generalizados.
5) Como você se sente tendo o seu trabalho reconhecido e premiado?
Foi uma surpresa. Confesso que custei a acreditar quando falaram que havia ganho o prêmio. É um sentimento gostoso. É bom saber que um trabalho seu foi reconhecido e está sendo bem aceito. Foi um grande reconhecimento.
Recebi muitos nãos, tive portas fechadas e algumas decepções. Receber uma premiação da dissertação de mestrado foi um estímulo para minha carreira. Em 2017 ingresso no programa de Doutorado em Contabilidade na UFSC.
6) Na construção do estudo dissertativo você contou com a colaboração de alguns profissionais, mas tem alguém que mereça considerável destaque?
Sim, foram muitas as pessoas que merecem destaque. Primeiramente a Deus por ter dado a oportunidade de cursar o mestrado, mas em especial ao meu orientador que me acolheu com muito carinho o professor Luiz Panhoca, e sempre me apoiou e deu forças quando queria desistir, os membros da banca em especial a professora Ilse Maria Beuren que não mediu esforços para auxiliar no que fosse preciso; o professor José Roberto Kassai e Cicero A. Bezerra, amigos e colegas que sempre estavam do meu lado me dando forças — não vou citar nomes em específico — e ao CNPQ pelo apoio financeiro.
Marcielle Anzilago é graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2011) e possui curso técnico em Administração pelo Instituto Federal do Paraná (2012). Mestre em Contabilidade e Finanças pela Universidade Federal do Paraná (2015), possui experiência profissional na área contábil e fiscal.
Ivo Malhães de Oliveira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 12 de julho de 1920. Filho de Antonio José de Oliveira e de Benedicta Dore Malhães de Oliveira, já se destacava pela dedicação aos estudos. Integrante de uma família estruturada nos mais profundos princípios morais e éticos, o jovem teve a melhor educação possível à época.
Cursou o primário, 1º e 2º grau, no Instituto Lafayette, e ao concluir os estudos, recebeu o Prêmio Affonso Vizeu, concedido ao aluno que obtivesse a maior nota em todo o curso comercial.
Em 1942, casou-se com a professora Jadir Benedito de Oliveira. Desta união vieram três filhas: Diva Maria de Oliveira Gesualdi (contadora), Dirce Maria de Oliveira Rodriguez Castro (advogada) e Maria Cristina de Oliveira (publicitária).
Concluiu o curso de Contabilidade pelo Instituto Lafayette (RJ), em 1938; e economia pela Faculdade Economia e Finanças do Rio de Janeiro, em 1943. Ávido por conhecimento, Ivo Malhães cursou ainda Administração e Atuária e advocacia.
Durante a sua vida profissional, dos colegas de profissão que tiveram aproximação e participação conjunta nas entidades contábeis e de ensino foram: