BOLETIM
TÉCNICO LEITE Edição 01| Dezembro 2015
EDITORIAL HÉLIO REZENDE O que é tecnologia e o que ela pode fazer para melhorar e facilitar a nossa vida? Estas são as principais perguntas deste mundo de possibilidades ilimitadas. Se não fizermos as escolhas corretas, podemos terminar em um labirinto de complicações que só consome tempo e esforço sem nos levar a nenhum lugar. Para o usuário comum, que não é um expert em informática, a tecnologia deve obrigatoriamente levar simplicidade, praticidade e, é claro, resultados. É justamente isso que queremos. É a base da filosofia de trabalho (e por que não de vida?) da equipe de Serviços Técnicos ABS: direcionar o melhor de nosso tempo e nosso esforço no que é realmente importante, as vacas. Ouvir o que elas têm a nos dizer e o que podemos fazer para ajudá-las a viver melhor é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores investimentos, pois tem um alto retorno. As ferramentas técnicas ABS são nossos “olhos e ouvidos” e estão disponíveis aos nossos clientes. O ABS Monitor, por exemplo, já se aproxima das 500 contas e 50.000 animais no país, ajudando este grande número de produtores a produzir mais prenhezes de maneira consistente.
E, a partir de agora, você conta com mais este canal de comunicação com nossa equipe. A cada dois meses, traremos mais informações técnicas, serviços, dicas práticas, novidades sobre as ferramentas de trabalho, ABS Monitor e tudo o que acontece nos Serviços Técnicos ABS para ajudá-lo em seu dia-a-dia. Desfrute da leitura e nos diga como podemos levar cada vez mais soluções para os desafios de sua atividade.
O MELHOR DE NOSSO “ DIRECIONAR TEMPO E NOSSO ESFORÇO NO QUE É REALMENTE IMPORTANTE, AS VACAS. EQUIPE DE SERVIÇOS TÉCNICOS ABS
Abraços e até o próximo!
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PERÍODO DE TRANSIÇÃO EM VACAS LEITEIRAS RAUL ANDRADE
O leite no Brasil está se consolidando uma das principais atividades do setor primário em lucro por hectare, esse mercado tem superado os traumas e ficado interessante a cada dia. Os produtores estão encarando a atividade leiteira com mais profissionalismo e motivação, se tecnificando para alcançar uma melhor eficiência e lucratividade. Esse profissionalismo faz com que as rotinas das fazendas se tornem mais rígidas em busca de melhores resultados em reprodução, sanidade e produção. Tendo-se como objetivo primordial alcançar a máxima produção de leite por vaca, pressupõe-se que elas devam parir a intervalos regulares. Caso essa etapa seja comprometida pela ineficiência reprodutiva, automaticamente há uma diminuição da produção de leite, comprometendo economicamente a atividade. O manejo reprodutivo é uma grande ferramenta de seleção do rebanho, seu acompanhamento periódico auxilia na identificação dos problemas e tomada de decisão. O diagnóstico rápido e preciso é fundamental para a maximização dos resultados. Dentre os vários problemas encontrados em uma leiteria, as enfermidades no período de transição são comumente diagnosticadas e muitas vezes deixada de lado no Brasil, interferindo bruscamente na lucratividade do produtor. Com isso resolvemos aproveitar o espaço para falarmos um pouco o que é o Período de Transição e qual sua influência. O Período de Transição é a transição da vaca leiteira do estágio de não lactante para lactante. Este é um perío-
TRANSITIONRIGHT ACESSE NOSSO SITE WWW.ABSTECHSERVICES.COM E SAIBA MAIS COMO ESSA FERRAMENTA PODE TE AUXILIAR. EQUIPE DE SERVIÇOS TÉCNICOS ABS
do extremamente importante para a saúde, produção e rentabilidade da vaca leiteira e compreende basicamente três semanas antes até três semanas depois do parto (período pré e pós-parto). Grandes mudanças adaptativas ocorrem durante a fase final da gestação e o início da lactação. Essa é uma fase crítica, já que o animal apresenta mudanças drásticas no estado fisiológico, nutricional, anatômico e comportamental. Nesta fase, o principal desafio enfrentado pelas vacas é o aumento expressivo na demanda de nutrientes para produção de leite associado ao baixo consumo de matéria seca (CMS) e consequentemente aporte de nutrientes. Os problemas de saúde relacionados ao período de transição sinalizam a necessidade de melhoria no ma-
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nejo, permitindo que as vacas atinjam o seu potencial genético para a produção de leite sem prejuízo a sua saúde e a rentabilidade da atividade leiteira. Mudanças fisiológicas e patológicas associadas ao balanço energético são importantes fatores relacionados ao desenvolvimento de cetose, deslocamento de abomaso e retenção de placenta (Duffield et al. 2002), e podem causar impacto negativo no sistema imune levando ao aumento da ocorrência de doenças infecciosas como mastite e metrite (Dohoo & Martin, 1984; Kremmer et al. 1993). Em rebanhos de alta produção uma em cada duas a três vacas sucumbe a algum tipo de problema de saúde durante o Período de Transição, o que poderia demonstrar a fragilidade do sistema. No entanto existem muitas
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Cuid. Úber e Vaci na s
Introdução Genética
Frente a isso, a ABS, pioneira no segmento de genética bovina e sempre atenta as necessidades de seus clientes, criou uma nova e exclusiva ferramenta de solução genética para ajudar o Período de Transição correto de seu rebanho: o TransitionRight! Acesse nosso site www. abstechservices.com e saiba mais como essa ferramenta pode te auxiliar.
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Prevenção
vacas que são capazes de passar por esse desafio sem dificuldades e sugerem que as adaptações metabólicas necessárias para suportar a alta produção de leite são COMPONENTES GENÉTICOS que acompanham a seleção para alta produção de leite. (Jordan & Fourdraine, 1993; Duffield et al., 2002; Drackley et al. 2005).
Reação
Acabe com problemas no período crítico da vaca! Para uma transição saudável, use o poder da genética!
DOHOO, I.R., MARTIN, S.W., Subclinical ketosis: prevalence and associations with production and disease. Can. J. Comp. Med. 48:1-5. 1984. DUFFIELD, T., Subclinical ketosis in lactating dairy cattle. Vet. Clin. N Am-Food A. 16:231-253. 2000. 15. DUFFIELD, T., BAGG, R., DESCOTEAUX, L., BOUCHARD, E., BRODEUR, M.,DUTREMBLAY, D., KEEFE, G., LEBLANC, S., DICK, P., 2002. Prepartum monensin for the reduction of energy associated disease in postpartum dairy cows. J. Dairy Sci. 85:397-405. JORDAN, E. R., AND R. H. FOURDRAINE. Management for herds to produce 30,000 pounds of milk: characterization of the management practices of the top milk producing herds in the country. J. Dairy Sci. 76:32473258. 1993. DRACKLEY, J. K., DANN, H. M., DOUGLAS, G. N., JANOVICK GURETZKY, N. A., LITHERLAND, N. B. et al. Physiological and pathological adaptations in dairy cows that may increase susceptibility to periparturient diseases and disorders. Ital. J. Anim. Sci. 4: 323-344. 2005.
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PORQUE MINHAS VACAS NÃO EMPRENHAM? ADOLFO FERREIRA
Você certamente já se fez essa pergunta alguma vez. Qual dessas alternativas você escolheria como resposta?
A B C D E
Estresse calórico; Problemas nutricionais; Técnica de inseminação; Fertilidade do sêmen; Problemas sanitários.
Todas as alternativas acima estão, de alguma forma, relacionadas ao sucesso da reprodução. Porém, com qual frequência você expõe suas vacas ao sêmen? Você já ouviu falar em Taxa de Serviço?
A Taxa de Serviço mede a porcentagem de vacas que são inseminadas em relação ao número de vacas aptas em um período de 21 dias. Você sabia que a Taxa de Serviço média em fazendas leiteiras do Brasil está abaixo de 40%? A ineficiência reprodutiva está diretamente relacionada com a lucratividade da fazenda e pode ser causada por diversos fatores. Interpretar corretamente os índices e diagnosticar os problemas da propriedade é a chave para o sucesso! Entre em contato com nossa equipe técnica, conheça o ABS Monitor e saiba qual o impacto deste e de outros índices que influenciam diretamente na reprodução!
CHALK UMA FERRAMENTA SIMPLES E BARATA PARA AUMENTAR SUA TAXA DE SERVIÇO
A detecção de cio é fundamental no processo reprodutivo da fazenda leiteira, porém esse fator vem se tornando cada vez mais difícil de ser executado, quer seja devido a uma maior concentração de tarefas nas mãos de poucas pessoas ou pela diminuição da capacidade de expressão do cio das vacas. Para ajudar o produtor, a ABS dispõe de uma técnica simples e barata para aumentar o número de prenhezes no rebanho: o CHALK, que significa Giz. Todos os animais do rebanho recebem uma marcação diária com giz na base da cauda, assim quando as vacas são montadas pelas outras fêmeas ou pelo rufião a marca é retirada ou borrada, facilitando assim a identificação do cio.
O sucesso dessa técnica depende de outros fatores, como algumas mudanças na rotina da fazenda buscando dar
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prioridade total a reprodução. As pessoas responsáveis pela detecção de cio devem ser treinadas para observar todas as vacas, todos os dias, prestar atenção a outros sinais de cio e utilizar as informações para tomar a decisão de realizar a IA no momento correto. Para implantar a técnica CHALK na fazenda, o criador precisa querer melhorar os índices reprodutivos, mudando hábitos, man-
tendo controle de todas as informações do rebanho e dispor de uma condição de contenção como canzis nos estábulos, área de manejo na saída da ordenha e corredores de manejo. Lembre-se, a vaca só dá lucro quando PRODUZ e só produz quando REPRODUZ. Consulte um técnico ABS e saiba mais sobre essa ferramenta.
CONHEÇA UM POUCO A HISTÓRIA DA FAZENDA CÓRREGO DA MENINA NATHALIA BORTOLETTO
A história da fazenda Córrego da Menina começa exatamente em 27 de janeiro de 1983, em Quartel Geral-MG. Augusto de Araújo Campos Neto desde criança tinha o desejo de trabalhar com a atividade leiteira, pois seu pai e avô também eram ligados ao campo. Insatisfeito com seu trabalho em um banco em São Paulo, Augusto voltou para Minas Gerais e juntamente com seu irmão começou a produção de leite nas terras da família. A primeira produção diária de leite na fazenda foi de 26 kg. Como em toda atividade, o começo foi difícil. Os animais utilizados para iniciar a atividade foram vacas da raça gir leiteiro e algumas vacas cruzadas. A fazenda trabalhou a
reprodução durante 8 anos sem se preocupar com genética, mas já pensando em tecnificar e melhorar cada vez mais o rebanho, Augusto começou a utilizar a inseminação artificial. Já são 24 anos de inseminação artificial e parceria com a ABS Pecplan. No começo, a escolha dos touros para a inseminação era baseada somente em libras de leite, sem se preocupar com conformação: “Queria somente colocar leite em meus animais que eram descendentes de vacas gir, precisava de touros com provas com muito leite para melhorar a produção na fazenda”, relata Augusto. Com o passar dos anos surgiu a preocupação com a consanguinidade dos animais e esse foi o pontapé inicial BOLETIM TÉCNICO LEITE | 05
para o uso do GMS (Sistema de Manejo Genético), que é realizado na fazenda há pelo menos 8 anos. Segundo o produtor, o acasalamento através do GMS melhorou a qualidade dos úberes e principalmente de pernas e pés dos animais, pois no atual sistema de produção da fazenda as vacas precisam andar muito e necessitam de uma boa conformação. A fazenda Córrego da Menina também utiliza outra ferramenta técnica da ABS, o software de gerenciamento reprodutivo ABS Monitor. Há pelo menos um ano utilizando a ferramenta ele relata o quanto o programa ajuda nas decisões reprodutivas da fazenda: “O programa me mostra onde meus índices estão ruins e, principalmente, onde tenho que melhorar”, relata Augusto. Semanalmente um funcionário fica responsável por alimentar os dados no programa e gerar os relatórios “Não tenho tempo para lançar os dados devido aos outros
serviços na fazenda, mas o Rodolfo faz a atualização semanal dos dados e me passa os relatórios e também me cobra caso tenha secagem, partos e outros dados atrasados a serem lançados através das listas geradas pelo programa”. O produtor também ressalta a importância do atendimento online através dos recados enviados pelo técnico da ABS que ajudam sempre manter os dados atualizados e a visualizar os pontos a serem melhorados na propriedade. Pensando cada vez mais em melhorar a produção na fazenda Córrego da Menina, está em construção um barracão com sistema de compost barn, com capacidade para alojar até 500 animais. O planejamento é confinar 100% dos animais em produção da fazenda, que hoje possui cerca de 320 vacas em lactação com produção média diária de 7000 litros em um sistema de produção semi-intensivo. O projeto tem previsão para começar a funcionar no final do mês de Outubro.
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ATUALIZAÇÕES ABS MONITOR CONFIRA AS ATUALIZAÇÕES DO ABS MONITOR Nova lista de Produção de Leite
Último Controle
Penúltimo Controle
Antipenúltimo Controle
Projeção 305D
Último DEL (dias)
Última produção (kg)
DEL n-1 (dias)
Produção n-1 (kg)
DEL n-2 (dias)
Produção n-2 (kg)
21.308,92
18.112,38
540
27,20
310
26,40
483
22,10
2
14.427,97
13.996,13
319
34,20
289
37,10
262
39,50
19/01/15
4
15.426,26
13.829,05
289
30,20
259
25,60
232
51,00
943
09/03/15
1
12.061,90
13.750,56
240
35,90
210
46,00
183
46,70
149
06/02/15
1
12.966,60
13.744,59
271
49,30
241
45,40
214
43,20
11
12/09/15
1
3.251,55
13.722,79
53
62,80
-
-
-
-
839
07/07/14
4
16.140,66
13.719,56
455
16,30
428
18,40
394
22,00
210
09/03/14
2
15.004,62
13.263,93
573
19,00
548
21,40
514
20,00
962
14/04/15
1
10.198,71
13.054,33
204
43,50
174
53,60
147
51,20
34
07/01/15
2
12.012,02
12.940,14
301
33,80
271
40,10
244
44,50
43
16/04/15
1
10.010,79
12.913,92
202
47,00
172
48,10
145
43,70
48
13/02/15
1
11.955,00
12.911,40
264
36,10
234
39,90
207
42,90
947
08/02/15
2
11.942,00
12.776,00
269
24,70
239
35,50
212
36,10
Lote
Produção acumulada até o último ponto de controle
13/05/14
3
124
20/12/14
875
Vacas
Última data de parto
956
Novo Gráfico Mensal de Vacas em Lactação
PARTOS, SECAGENS E LACTAÇÃO MENSAIS 259
255
20
250
10 245
0
245 240
-10 234
-20
231
235
232
230
-30 226
-40 HOJE
O8/2015
225 O9/2015
10/2015
Partos Totais 12/2015: 24
Partos baseados em confirmação de gravidez 12/2015: 24
Secagem baseada na 1ª checagem 12/2015: 0
Secagem baseadas em confirmação de gravidez 12/2015: -11
Partos baseados na 1ª checagem 12/2015: 0
Vacas em Lactação 12/2015: 245
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11/2015
12/2015
Total de Secas 12/2015: -11
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Balanço
30
Curva de Lactação por animal (Ficha Individual):
166
Nascimento: 17/10/2011 Último parto: 19/02/2015 Número de lactações: 2
Atual Real 6.526,48 ME305 7.244,39
Prenha Inseminação no período desejado
Valor em 305D 9.789,72 10.806,59
Show Herd Curve Show Future Projection
60 40 20 0 9
18
27
Serviços Produção Leite Ajustada
36
45 Toque PEV
54
63
72
81
Curva Rebanho Secagem
90
99
108
117
126
135
144
153
162
Confirmacão Produção de Leite
E mais estão por vir!
CERTO OU ERRADO
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www.abspecplan.com.br ABS Pecplan Rodovia BR-050, Km 196 Uberaba MG | (34) 3319.5400 BOLETIM TÉCNICO LEITE | 09