A morte de juscelino e as lagrimas de brasilia

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ESTE FOLHETO É PARTE INTEGRANTE DO ACERVO DO BEHETÇOHO EM FORMATO DIGITAL, SUA UTILIZAÇÃO É LIMITADA. DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS.


INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.

INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte


RAIMUNDO VIANA

A MORTE DE JUSCELINO E AS LAGRIMAS DE BRASILIA



Leitores vamos saber Com tristeza e dasatino Como foi a grande cena Causada pelo destino O triste acontecimento Da morte de Juscelino

No ano Setenta e Seis A 22 de agôsto Às seis e meia de veras Quando o Sol estava posto A morte deu ao Brasil O mais tremendo desgosto Quando o rádio anunciou Para o povo brasileiro Houve um grito de dor Em nosso Brasil inteiro A natureza chorou Nas lágrimas do nevoeiro


Até as nuvens pararam O firmamento gemeu A meses que não chovia Mas neste dia choveu As nuvens choraram pranto Porque JK morreu Belo Horizonte chorou Soluçou Minas Gerais Brasília ficou de luto: Os filhos as mães os pais Deixaram cair dos olhos Correntes sentimentais

Neste dia no Brasil Houve desgosto incomum Ninguém comeu nem sorriu O povo fez em jejum Devido a grande tristeza Do peito de cada um


E assim ficou saudades No peito de nossa gente Vamos saber como foi A causa do acidente Que trouxe morte instantânea Ao nosso ex-Presidente

Ele morava no Rio Onde fez preferência P’ra descansar sua vida Com amor e paciência Recordando o seu passado Numa feliz Residência À tarde saiu de casa Para fazer um passeio Seu carro perdeu o giro Indo abalroar em cheio Numa carreta pesada Deu-se um estandarte feio


Em meio da via Dutra Foi passar em uma escala Abalroou numa carreta Ficando em Seu OPALA O motorista sem vida E Juscelino sem fala

Houve pancada terrĂ­vel No corpo dos personagens Seu Chevrolet ficou dentro Metido nas ingrenagens Encontraram Juscelino Entranhado nas ferragens

Juscelino padeceu Grande pancada no rosto Com as pernas mutiladas E o corpo decomposto Deixando assim para todos MĂĄgoa tristeza e desgosto


O motorista que vinha Na carreta carregada Era Estanislau Borges Que levou grande pancada Ficou logo sem sentidos Com uma perna quebrada

O motorista do OPALA Geraldo de Oliveira Como já disse, ficou Quebrado de tal maneira Que ninguém não encontrava Uma só clavícola inteira A polícia do local Formou logo Diligência Conduziram Juscelino Levando com toda urgência Para ser depositado Lá em Sua Residência


Dona Sara sua esposa Quando viu estremeceu Soltou suspiros de dor Ajuelhada gemeu Com a família perante Fios de lágrimas verteu

Que tristeza que tristeza Que momento absoluto Os corações apertavam Porque morreu esse fruto Ficando num lar tristonho Um família de luto Todo mundo lamentava Em um maior desconforto Muita gente de avião Baixou no aeroporto Para lamentar de perto O ex-Presidente morto


Seu corpo embalsamado Passou a noite em vigília Rodeado por amigos E sua bela família Para depois sepultarem Na capital de Brasília

Antes de ir à Brasília A multidão soluçava O povo fazia fila A massa toda chorava Seus companheiros de luto De um a um suspirava

Neste cortejo tristonho Cheio de tantos clamores Vieram os seus Ministros Também os seus assessores Seus companheiros de luta Juntos com seus diretores


Na saída do cortejo Momento emocional Partiu um som patriótico Do Hino Nacional Conduzindo seu esquife À Capital Federal

Quando chegou o enterro Que momento angustiado Nosso Presidente Geisel Bastante emocionado Deu ordem que o Brasil Botasse luto fechado Juscelino foi um homem Dotado de instrução De respeito e inteligência Desta nossa geração Aonde fundou Brasília Sepultou seu coração


Seu corpo foi sepultado No Cemitério Esperança Enquanto a sua alma No Firmamento descança Seus feitos dão ao Brasil Uma eterna lembrança Juscelino foi na vida Um forte governador Foi prefeito de talento E um firme senador Como presidente foi Grande administrador

Filho de diamantina Do joelho sertão mineiro Foi político e orador Inteligente e ordeiro Foi médico foi coronel Brando pacado e ordeiro


Falava 5 idiomas Com toda diplomacia Fez diversas conferências Com valor e autonomia Um peito firme e vibrante No voz da Democracia

Cortou o Nordeste todo Com estradas de rodagens Criou novas linhas Férreas Fez bacias de açudagens Criou máquinas para o campo Bom desempenho e coragem Modernizou Paulo Afonso Criou turbinas possantes Alertou os engenheiros Mandou motores gigantes Abrindo novos caminhos Para futuros brilhantes


As cachoeiras chamaram O seu nome em alta voz Juscelino! Juscelino!!! Vinde p’ra junto de nós O Jaquaribe lhe chama Na Bacia do Orós

As 3 Marias soluçam No sopro dos vendavais A linda Belém-Brasília Não lhe esquece jamais Brasília guarda Seu corpo No Planalto de Goiás

Brasília guarda Seu corpo Pelas entranhas do Chão E os seus restos mortais Com todo respeito vão Guardados na Capital Que lhe deve a construção


Pernambuco, Paraíba Rio Grande, Ceará Piauí e Maranhão Amazonas e Pará Conduzem p’ra toda vida Saudades de JK

Todos Estados do Sul Todos Estados do Norte Para onde vai a vida E de onde vem a morte Ninguém esquece dos feitos Deste brasileiro forte Analizemos senhores!! Com pensamento viril Não menosprezo os demais Cada um é varonil Mas Juscelino marcou Época em nosso Brasil


Viva todos para a luta Os que vivem no Poder Deus abençoe os governos Derrame Graça e saber Aos nossos presidentes Quem foi quem é e há de ser Vamos ser firmes na vida Amando nossos irmão Ajudando os desvalidos Protegendo os anciãos Não esquecendo os dogmas Dos regimes cristão Ergamos nossos sentidos A Deus o Reto Juiz Para seguirmos sorrindo Numa estrada feliz Para a Benção do lá do Céu Cair em nosso país


Respeitemos nossa Pátria E nossos originais Lutemos pela grandeza Sem soluções desiguais Para o futuro não ir Em derrocadas fatais

Agora peço perdão Se acaso não versei bem Ainda faço um apêlo Ao grande Deus do além Que mande paz ao Brasil P’ra século sem fim amém. Todos grandes feitos seus Como poeta contemplo Juscelino foi Exemplo No coração dos ateus Na verdade escreve Deus Dando esclarecimento

Canta a Brisa fala o Vento Na Igreja diz o Sino Descança em paz Juscelino No azul do firmamento


Uma grinalda de Rosas Foi posta em Sua Cruz Um santo nome “Jesus” Entre letras luminosas As saudades preciosas Vão em cada pensamento Lá no Céu num belo assento À direita do Divino Descança em paz Juscelino No azul do firmamento Ascende o verbo ditoso Cheio de graças e ternura Penetra na vida pura Encontra santo Repouso Acha Soberano goso Alcança merecimento Renuncia o sofrimento Deste mundo perigrino Descança em paz Juscelino No azul do firmamento


Sentindo doce fragrância Com flores de santidade Foste a Eternidade Numa feliz Ressonância Nessa formosa distância Tão cheia de luzimento Olhai do Etereo acento O nosso Brasil menino Descança em paz Juscelino No azul do firmamento Abrindo Belas cortinas Vai a Região Eterea Na Santa Mansão Sideria Recebe dádivas divinas Sente saudade de Minas Seu Berço de nascimento Que o teve como Rebento O sertão diamantino Descança em paz Juscelino No azul do firmamento FIM



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