As novas do brasil novo e as promessas colloridas

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ESTE FOLHETO É PARTE INTEGRANTE DO ACERVO DO BEHETÇOHO EM FORMATO DIGITAL, SUA UTILIZAÇÃO É LIMITADA. DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS.


INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.

INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte


MARCUS ANTÔNIO LUTZEN

AS NOVAS DO “BRASIL NOVO” E AS PROMESSAS COLLORIDAS

1990



Desde o princípio do mundo O Brasil já existia. Não se sabe com que nome, A que reino pertencia, Qual a civilização, Quantas ou qual a nação Este torrão possuía.

Segundo o Livro de Genesis, Um dos filhos de Noé, Provavelmente o caçula, Que se chamava Jafé, Ao gerar filhos e filhas Em possessão teve as ilhas, Por decreto de Javé.

Somente em mil e quinhentos É que foi redescoberto. Um português, navegante, Que seguia rumo incerto, Das índias perdendo a trilha Aportou na nova “ilha” Porque passava aqui perto.


Por Ilha da Veracruz Batizou a nova terra. Banhada pelo Atlântico, Cheia de vales e serra, De montanha e cordilheira, Clima ameno, hospitaleira, Com tudo o que o solo encerra. E, assim, foi o Brasil Passando de mão em mão... Cada novo governante Traz uma nova invenção, Cem mil promessas ao povo; Agora, com BRASIL NOV O Vem a última ilusão...

Promessas e mais promessas São feitas a todo instante. E continua em promessas, Só muda de governante, Cada qual mais demagôgo, A coisa pegando fôgo E a pobreza agonizante!


Surgiu o plano cruzado, No tempo de Zé Sarney, Depois o plano Verão, Nova carta e nova lei, Mas nenhuma solução Para o problema em questão: Estas as “novas” que sei”! A Nova Constituinte Foi pura remandiola. Até hoje continua Tudo na mesma bitola: O rico sempre mais rico, O pobre feito um burrico, De cangalha e rabichola!

Promessas sem cumprimento É coisa que eu não tolero! A inflação continua, A salário está em zero. Tudo é conversa fiada, Promessas que dão em nada, Farrabamba e lero-lero!


Brizola disse, outro dia, ─ de dentro do seu casaco ─ Que o Sr. Fernando Collor Era também muito franco. Ovelhas da mesma grei, Eram ─ Fernando e Sarney ─ “Farinha do mesmo saco”. De fato, Fernando Collor, Abriu mão de seu programa. Foi afrouxando as torneiras, A inflação virou lama, Passou marcha e deu de ré: O povo perdeu-lhe a fé: E o homem perdeu a fama! Continua, em lares pobres, A miséria “collorida”! Tristeza, pobreza e fome, Pouca esperança de vida; A corrução continua, Criança descalça e nua E gente subnutrida!


Para o menor delinquente Não existe correção. Criado como bem quer, Nessa escola de ladrão, Entre bagunça e tumulto, O peralta vira adulto Pior do que um dragão!

Um caminhão de dinheiro Compra um quilo de feijão! Cadê dinheiro pra carne, Manteiga, café e pão?.... Sem um tostão na algibeira O pobre não faz mais feira, E morre de inanição!

O Plano Collor de Mello Não surtiu nenhum efeito. E, como diz o matuto, “Não tem jeito que dé jeito.” O homem da Alagoas Custou, porem fez das boas, ( Mas depois que foi eleito!)


Isso é pura tragédia Contra o povo brasileiro! Um desrespeito à pobreza, Que já vive sem dinheiro Nem meios de aquisição: Isso é não ter coração, Ato de politiqueiro!

O Presidente Sarney Era mais humanitário: Subia o custo de vida Mas tambem dava salario, Que pobre tambem é gente. Só o novo presidente Desprezou o operário. Quanta gente arrependida, Da plebe à nobreza! Quanta esperança perdida Nos corações da pobreza! Bem que falou o Brizola: Tudo era arrufo e parola, Disso ja temos certeza!


Com isso é que o eleitor Está ficando sabido... Vota em braço ou vota nulo Pra não ver um enxirido Ganhar seus altos salários E para pobre e operários Nada tem aquirido! Outubro vem aí, Trazendo mais impostor!... Eleição pra deputado, Chance pra governador, Mas vamos ver, desta feita, Quanta gente vai eleita As custas do eleitor!...

Com a “Lição Collorida”, Que nos pôs sal na moleira, Tem muita gente acordada Ao tremular da bandeira! Cabra que fez seu projeto Vai ver o voto secreto Cortar a sua carreira!


O que trouxe o Brasil Novo De melhora para nós?.... ─ Mais aflição e pobreza, Mais nó encima de nós; Nó cego que não desata, Uma inflação que nos mata, Na luta dos contras e prós!

Falavam de Figueiredo, Veio Sarney, ─ foi pior. Fernando Collor de Mello Nada trouxe de melhor. É jogo que só dá zebra, E sempre o pau só se quebra Na corcunda do menor!

Eu, pra falar a verdade, Não peço nem permissão. Todos sabem se o que digo É pura verdade ou não, O que trouxe o Brasil Novo? ─ Só mais miséria ao seu povo Mais angústia e opressão!


Até o próprio congresso Anda meio insatisfeito. Homens do P R N Já tem sentido o efeito Das decisões desatradas, Algumas desaprovadas, Contra o Presidente Eleito!

Somente Cristo, o Messias, Dará conta do recado, Na sua segunda vinda, Como está sendo esperado, Para nos orientar No seu Reino Milenar, Como Rei Ressucitado.

Existe boa vontade, Porém não há solução, São coisas do fim dos tempos Preditas com precisão. Ao planeta moribundo Homem nenhum deste mundo Dará nova direção.


Só falta a última década Para o século terminar. Deus tomará providencias Contra o poder secular, E um episódio incomum Antes dos dois mil e um Na terra terá lugar!

Não só a Bíblia Sagrada, Mas Nostradamus também Prediz o fim do sistema Com tais eventos, que vem Mostrando a cada segundo Que só que dá jeito ao mundo É Jesus, ─ e mais ninguém! FIM



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