ESTE FOLHETO É PARTE INTEGRANTE DO ACERVO DO BEHETÇOHO EM FORMATO DIGITAL, SUA UTILIZAÇÃO É LIMITADA. DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS.
INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.
INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte
SALETE MARIA
DIREITOS HUMANOS: ISTO É FUNDAMENTAL
JUAZEIRO DO NORTE 2006
Direito fundamental Tá na Constituição É aquele sem o qual Não existirá razão Para se bater no peito E protestar por respeito Se dizendo cidadão É direito de existir E jamais ser molestado Direito de ir e vir E também ficar parado É o direito de pensar De poder se expressar E não ser discriminado É o direito de escolher Ser ateu ou ser cristão Direito de não se ver Envolto em confusão
Ter a honra imaculada Gozar da vida privada Sem sofrer violação Direito de exercer Livremente a profissão Direito de conviver De fazer reunião Direito de se informar De não se ver processar Por tribunal de exceção Direito de, se for preso, Ter seu corpo protegido E em sendo acusado: “inocente presumido” Direito de petição E também de certidão Sem pagar o requerido
Direito de estudar De morar, de ter lazer Direito de trabalhar De salário receber E de se aposentar Quando o tempo chegar Sem ter de se aborrecer Direito de pertencer Ao povo de um Estado Direito de escolher Por quem será governado Direito de opinar De votar, de protestar E também de ser votado São direitos da pessoa Estrangeira ou nacional Direito que não se doa Se conquista, afinal
Direito que não se vende Direito que se defende Ante qualquer tribunal Nascem da inspiração Dos direitos naturais Do pensamento cristão E das lutas sociais Vão ganhando dimensões Somando-se gerações Direito nunca é demais São direitos que o povo Precisa então conhecer Não digo nada de novo Mas quero oferecer Uma leitura singela Que a moça da janela Possa ler e entender
Não basta só que entenda Precisa saber cobrar Para que não seja lenda O que acabei de falar Para quem se dirigir? Como lutar, como agir? A quem reivindicar? Eis porque é importante Que todos se mobilizem Do doutor ao estudante Todos se conscientizem Combater violações E desenvolver ações Requer se instrumentizem Por isto este encontro Esta “aula inaugural” O debate, o contra-ponto O diálogo fraternal
Para socializar A forma de se buscar O que é essencial Policial, professor Jornalista e militante O tal terceiro setor Gente de todo quadrante “uma idéia, muitas vozes” Mil combatentes velozes D’uma ação humanizante É preciso relembrar A luta sempre começa Onde quer que você vá Verá que o sonho não cessa Lutar enquanto houver dano Pois tudo o que é humano Ao humano interessa! FIM