O crente que vivia com uma burra em xorozinho – ceará

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ESTE FOLHETO É PARTE INTEGRANTE DO ACERVO DO BEHETÇOHO EM FORMATO DIGITAL, SUA UTILIZAÇÃO É LIMITADA. DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS.


INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.

INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte


ABRAÃO BATISTA

O CRENTE QUE VIVIA COM UMA BURRA EM XOROZINHO – CEARÁ



Ninguém diga: estou livre do pecado e sedução até Jesus foi tentado numa grande demonstração quanto mais o homem fraco seja ele santo, ou não. O crente fala assim: sou justo aprimorado; mas não olha para si que é igual no pecado comparando na história como se foi no passado.

Jesus disse aos fariseus aos escribas e ao doutor: “atira a primeira pedra aquele não pecador, o menor seja o maior diante do Pai Redentor.


Pra dois mil falta pouco o tempo está chegando aquele que é perverso nem pouco está ligando somente quem é humilde é quem está me escutando. Toda sorte de maldade já tomou conta do mundo o Sagrado é deboche o que vale é imundo satanás é invocado cada toque de segundo. Religião, nem se fala tudo hoje é pagodeira se você reza o rosário aquele diz: é besteira o respeito que existe é de pura brincadeira.


O sexo e amor livre são comuns na televisão brutalidade é confete que se espalha pelo chão os vícios ditam a moda quem não adota, é em vão.

A sujeira aparece como se fosse comum nos quatro cantos do mundo só se escuta o zum zum das guerras e latrocínios de novo, surge mais um. Agora, em Xorozinho um acontecido surgiu desses casos diferentes como poucos, a gente viu neste caso, o folheto conta como o povo viu.


Um crente, desse que anda pronto, espalitozado de gravata, muito chique na Bíblia, dependurado, morava em Xorozinho tal e qual fui informado. O tal crente se chamava por Pretinho Correia com a Bíblia sob o braço andava sempre de meia vestido todo à rigor como se fosse a uma ceia.

Todo mundo o admirava mesmo quem não o conhecia sua fama era tanta que o comentário do dia era: Pretinho é santo como aquí ninguém se via.


Ele só fala em Deus de Jesus, Nosso Senhor a Bíblia é companheira seja lá por onde for e nas suas pregações fala igual a um doutor.

Ninguém ver aquele justo fazer qualquer confusão vai ao culto na igreja sem qualquer apelação até parece que ele nunca cai em tentação.

Pretinho Correia vivia numa dieta de sermão mostrava sempre, a Bíblia envolvido de emoção repetia a aleluia como direta oração.


Sua igreja tinha o nome Adventista da Promessa como tantas outras que pelo mundo tem à bessa portanto, veja o leitor que história tonta é essa.

Aleluia! Aleluia! Pretinho Correia dizia com uma burra fogosa aquele crente vivia tratava como se fosse a mulher que mais queria. Dava banho na mula com sabonete e loução uma toalha especial ele tinha no sotão para a burra bem amada sua inquieta paixão.


Na igreja ele dizia: aleluia! Aleluia! Na mão a Santa Bíblia na outra tinha uma cuia pra receber donativos pra sua bela fubuia.

As mocinhas comentavam: com este eu me casaria... que homem mais elegante! Porém, ninguém não sabia da paixão desenfreiada que o adventista escondia.

Quando terminava o culto corria pro matagal mas isto, com muito jeito sem mostrar um só sinal do que estava acontecendo fazendo tudo igual.


Pretinho, o adventista trabalhava bem calado na igreja era um santo com prestígio de togado para ir a outros cultos já tinha sido chamado.

Um colega adventista começou a desconfiar pensando ele; não pode... Como pode se explicar Pretinho sai da igreja e desaparece no ar?...

Depois do culto se some como se fosse encantado esse manejo esquisito me deixa vesgo, driblado talvez faça penitência... Assim me sinto inclinado!


E... Ele, depois do culto vai pra mata em oração! Vou seguir meu colega pra obter meu perdão pois eu sou pecador e Pretinho Correia, não.

Vou pedir ao meu colega que me passe a lição para eu ser igual a ele diante da elevação nós vivemos neste mundo na maior complicação. Dito e feito, o colega, o adventista acompanhou isso sem o mesmo ver como antes planejou e veja o que o irmão pela frente encontrou.


No meio da mata, tinha um lugar bem preparado um chalé de pau à pique todo bem feito e formado com as cores da floresta com capricho, bem pintado.

Dentro do chalé, a mula recebia todo conforto quando o crente foi chegando a mula com o rabo torto rinchou fazendo beiço que o colega ficou morto... Pretinho pegou água e com sabonete, lavou sua burra predileta depois a bicha, enxugou; com carinho adolescente a boca da mula beijou.


Aí começou o romance como em fita sensual o crente amando a mula num sufoco sem igual o outro, escandalizado gritava: é o infernal!

O crente vendo o crente não procurou explicação gritou pra ele e disse: - estás possesso, meu irmão?! Aleluias! Disse Pretinho - apresento meu coração... O crente saiu gritando numa carreira sem igual pra convocar sua igreja dizendo ser imoral o Pretinho adventista que se dizia normal.


A notícia espalhou-se numa grande confusão enquanto que uns choravam outros queriam ação pra expulsar da igreja o amante da sensação.

O povo de Xorozinho ficou escandalizado e a igreja adventista chamou o apaixonado para ouvir um sermão depois de tê-lo expulsado. Assim, caro leitor, aqui fica uma lição nenhuma igreja pode dizer-se com a razão na conduta, o bom, pode ser um anjo e ser dragão.


Essas histórias me chegam porque o povo as traz eu as passo para o verso como a inspiração apraz portanto, termino essa como o pensamento faz. FIM



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