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PALAVRA DOpresidente
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E em terra de empreendedores, o que não faltam são exemplos de gente que apostou na inovação e em diferenciais para conquistar mercado
Em terra de empreendedores... atrás Czezacki resolveu investir neste segmento oferecendo diferenciais, porque até então os sepultamos eram feitos em residências ou em capelas municipais, que não ofereciam muita estrutura para os familiares que já enfrentavam a dor com a perda de um ente. E foi aí que surgiu a ideia de oferecer uma estrutura mais moderna e com mais conforto. O modelo foi bem aceito e passou a ser expandido para diversos municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ao longo de sua trajetória empresarial, Czezacki investiu em mais 11 segmentos, como floriculturas, clínica médica e mercado imobiliário. Com certeza, o título de Empresário do Ano é merecido, coroando uma trajetória de sucesso. E assim como ele, há empresários que investem em inovação e comodidade aos consumidores, que, aliás, são temas de reportagens desta edição. Aos novos e futuros empreendedores, o nosso desejo de muito sucesso e de um trabalho coroado de êxito.
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O Brasil é o país mais empreendedor entre as maiores economias mundiais. Segundo uma pesquisa mundial, 17,5% da população é empreendedora em estágio inicial, ou seja, têm negócios com até três anos e meio de existência. No Brasil o estudo é coordenado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). Esta notícia é motivo de comemoração. Afinal, são mais empregos e impostos sendo gerados, além, de claro, aumentar a concorrência, o que para os consumidores pode significar produtos e serviços com melhor qualidade e preços mais competitivos. E em terra de empreendedores, o que não faltam são exemplos de gente que apostou na inovação e em diferenciais para conquistar mercado. Reginaldo Czezacki, do Sistema Prever, é um exemplo que ilustra o perfil de inovação dos empreendedores. Eleito Empresário do Ano 2011, um prêmio que é concedido pela ACIM e outras três entidades, ele tem como principal negócio o atendimento funerário. Vinte anos
Adilson Emir Santos é presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) Revista
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Índice Revista ACIM Ano 48 Nº 510
REPORTAGEM DE CAPA
emprego
Na há dúvidas: falta mão de obra em diversos segmentos e se os profissionais estão escassos, a alternativa é os empresários firmarem parcerias para qualificar pessoal; há até disputa por pessoas que concluem cursos de formação profissional e exemplos de quem sai empregado antes de concluir os cursos
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O brasileiro é o povo mais empreendedor entre os habitantes das 20 maiores economias mundiais; são mais de 22 milhões de empreendedores e entre eles sobram exemplos de pessoas que apostaram as economias para abrir o próprio negócio e de gente que tem investido num segundo segmento 14
COMPORTAMENTO
mercado
nEGÓCIOS
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Quase 9% da população brasileira tem mais de 65 anos, e de olho nesta faixaetária as empresas oferecem cursos de idiomas e informática, intercâmbio e programas de atividade física; e, na melhor idade, há aposentados que continuam no mercado de trabalho, sem a competitividade dos tempos da juventude
Oferecer serviço de leva e traz de animais para o banho e a tosa em pet shop e disponibilizar um automóvel para quem deixa o carro consertar na oficina pode fazer a diferença na hora de fidelizar um cliente; apostar na comodidade e oferecer pequenos “mimos” é uma forma de se diferenciar da concorrência
Se para os “boleiros de plantão”, as partidas de futebol são uma forma de lazer e descontração, para muitos empresários, é uma forma de lucrar com o aluguel de campos de futebol society; e para quem quer mais facilidade na hora de alugar uma chácara para recreação, há até site especializado no assunto
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Entrevista
Reginaldo Czezacki
Um empresário de muita visão
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Ivan Amorin
O primeiro e o principal segmento de atuação do Sistema Prever é o atendimento funerário. Por que você decidiu investir neste setor? Um dos meus primos tinha uma funerária em Curitiba e me mudei para lá aos 17 anos para fazer cursinho. Um dia este meu primo me pediu para acompanhá-lo ao Hospital Evangélico para buscar o corpo de uma senhora. Era uma e meia da manhã de uma noite bastante chuvosa. Ao lado desta senhora havia outra maca com um corpo coberto e como eu era curioso, descobri o lençol e vi que era uma pessoa que tinha sido atropelada. Nisto caiu um raio, acabou a energia elétrica e eu saí correndo
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eginaldo Czezacki foi eleito, em maio, Empresário do Ano 2011, uma homenagem que é concedida anualmente pela ACIM, Sindicato do Comércio Varejista de Maringá (Sivamar), Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e Coordenadoria regional da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) – a cerimônia de homenagem será em 19 de agosto. Czezacki é proprietário do Sistema Prever, que começou e ainda tem como principal segmento de atuação o atendimento funerário. Hoje a empresa tem negócios em 12 áreas e gera mil empregos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – fora os empregos gerados em empreendimentos em São Paulo e Mato Grosso. Entre os segmentos que o grupo tem atuação estão incluídos clínica médica e odontológica, floricultura, joias e empreendimentos imobiliários. Casado com Helena, e pai de Julyana, Letycia e Bruno, Reginaldo Czezacki é o entrevistado principal deste mês:
com medo. Acho que com este susto, perdi o trauma. Depois daquele dia decidi trabalhar com funerária. Tive funerária e supermercado em Ponta Grossa e com o intuito de expansão, fui montar uma funerária em Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul, mas acabou não dando certo. Foi quando decidi vir para Maringá, em 1992, porque vi uma oportunidade de crescer. Naquela época o agente funerário era visto como uma pessoa que queria se aproveitar da situação e o dono da funerária era visto como alguém que estava esperando que as pessoas morressem para que ele pudesse ganhar mais dinheiro. Decidi que iria mudar esse conceito e para isso acontecer, os velórios
não deveriam ser feitos mais dentro de casa e das capelas municipais, que eram antigas, precárias, com bancos de cimento e cozinha única para todos os velórios. Aí eu pensei: vou achar um local adequado próximo ao cemitério para construir um centro funerário. Assim, as pessoas não precisariam mais velar os corpos em casa, no mesmo local onde eram realizadas as festas de final de ano e comemorações de aniversário. Decidi construir o centro funerário com uma estrutura parecida com a casa, porém moderna. Tanto que quando estávamos construindo o centro funerário as pessoas vinham nos perguntar se seria um centro de eventos, porque não era
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Toda a estrutura do Prever, que inclui capela, clínica, farmácia, lanchonete, floricultura e plano, deverá estar presente em todas as cidades paranaenses com mais de 50 mil habitantes até 2015. São 32 cidades
nada parecido com uma funerária. No início eu parava em frente à obra e pensava “Meu Deus que gigante elefante branco fizemos aqui”. Aos poucos os velórios passaram a ser feitos lá.
O Prever está investindo na construção de sete crematórios (Maringá, Cascavel e Londrina e em Santa Catarina e Mato Grosso)... Em Maringá já foram feitas mais de 20 cremações, porém não fizemos a entrega oficial do prédio porque estamos terminando de construir a sala de cerimonial, que será finalizada nos próximos dias. No crematório temos um anfiteatro com mais de 200 lugares. Depois do velório será realizada uma cerimônia de 30 a 40 minutos, com a exibição de um vídeo e de fotos em telões instalados dentro da sala de cerimonial. E em vez das pessoas verem o corpo sendo enterrado, na cremação a última imagem será a do caixão descendo para ser cremado. Também há um bosque no Cemitério Parque, onde foi construído o crematório, para quem quiser plantar uma árvore com as cinzas. O forno do crematório não polui o meio ambiente e todos os níveis de CO2 são controlados. Também não existe contaminação do lençol freático e nenhuma outra contaminação. Vamos instalar ainda fornos nos crematórios de Joinville, Porto Alegre e Marília e
estamos em negociação para instalar em Londrina e em Cascavel. O crematório de Cuiabá está em fase de documentação. No Brasil apenas 1,5% dos corpos são cremados. O Prever aposta numa mudança de comportamento das famílias brasileiras? Nas cidades onde há crematórios, o índice de corpos cremados é 5% e em cidades que não há, é 1%. Em Porto Alegre, onde já há um crematório há anos, 17% das pessoas que morrem são cremadas. Realmente estamos apostando numa mudança de comportamento. Tanto que vamos instalar em Maringá ainda neste ano um novo centro funerário no Cemitério Parque, com um sistema de velório dia. Isso significa que por volta das 23 horas, vamos fechar a capela, a família irá embora e retornará no outro dia por volta das 6 da manhã. E, como hoje as pessoas têm uma rotina bastante corrida, o velório dia não irá diminuir o tempo de velório. A intenção é que os corpos fiquem expostos dois dias para que as pessoas possam fazer suas homenagens. Nos EUA hoje há velórios de dois, três dias para que as pessoas tenham tempo de fazer sua despedida. Outra novidade é que neste novo centro funerário vamos ter oito apartamentos com serviço de hotelaria para que as pessoas que vêm de outras cidades possam se hospedar e não precisem ir para hotéis. Também temos planos de construir em Maringá uma chácara funerária, com a realização de até dois velórios simultâneos e no máximo quatro por mês. Será um serviço mais exclusivo.
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E por que você lançou o Plano Prever? Em 2000 lançamos o plano para que as pessoas pudessem pagar uma pequena mensalidade. Até existia seguro funeral na época que cobria determinado valor por óbito, mas para usar o seguro, era necessário ligar para um 0800 e mandar as notas fiscais dos gastos. O nosso era um modelo diferente. O usuário entrava em contato conosco e providenciávamos o serviço e é até hoje este é o maior diferencial entre o seguro e o plano funeral. Atualmente temos usuários de todas as classes sociais, cerca de um milhão de pessoas pagam o plano Prever no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As pessoas passaram a nos ver como uma empresa que está ali para auxiliar e não para explorar ou se aproveitar do momento do óbito. Depois surgiu, pelo número de pessoas filiadas ao plano, o livro de convênios, que são parceiros que oferecem serviços em vida. Estes parceiros dão descontos e oferecem preços diferenciados para os associados. A Cliniprev veio para trazer um preço diferenciado para quem precisa fazer consultas médicas e com ela, tiramos muitas pessoas das filas do SUS. Só em Maringá a Cliniprev realiza mais de 15 mil atendimentos médicos, odontológicos e de fisioterapia. Como a consulta é R$ 45, para todas as especialidades médicas, três filhos podem se reunir e cada um
dará R$ 15. Se for preciso fazer um exame, temos convênio com o Laboratório São Camilo, que oferece um preço mais acessível. E há dois anos passamos a oferecer o plano Cliniprev empresarial, destinado a pessoas jurídicas e que oferece cobertura ambulatorial. Agora estamos reformulando este plano de saúde e em breve vamos ter novidades, que não posso dizer agora. Hoje nós invertemos o caminho da morte e damos condições para que a pessoa se mantenha viva.
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O senhor trabalha há muitos anos com atendimento funerário. Quais as mudanças do perfil das famílias em relação ao ritual de morte? As famílias estão muito mais exigentes. Uma das mudanças que trouxemos há dez anos foi a preparação dos corpos. Usamos a técnica de tanatopraxia, onde todo o líquido do corpo é substituído por outro. Também usamos técnica de reconstituição cadavérica e hoje são poucos os casos em que o caixão precisa ser lacrado. Temos um consultor que trabalha para o Prever corrigindo erros. Os agentes funerários não podem estar com cigarro nas mãos, não é permitido usar sapato com solado de madeira, há formas para fechar a tampa do caixão, porque cada velório é único e um erro pode marcar a família inteira. O agente funerário deve fazer o serviço dele e não marcar presença.
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Como o senhor consegue administrar negócios de segmentos diferentes em tantos estados brasileiros? Temos que ter pessoas capacitadas e tenho sociedades com parceiros locais. Eu também tenho uma aeronave própria, que facilita o deslocamento. E hoje temos a tecnologia como aliada, o que permite fazer reuniões por videoconferência e despacho de 50 a 80 e-mails por dia. O que eu menos faço é falar ao telefone, o que devo fazer duas ou três vezes por dia, porque o e-mail é mais ágil. Com o passar dos anos, o Prever foi diversificando o ramo de atuação. Quais critérios o senhor utiliza para escolher em qual segmento investirá?
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Alguns negócios são propostos por parceiros. Por exemplo, estou construindo em sociedade um prédio de 40 apartamentos em Marília, porque meu sócio tinha negócios lá e me convidou. Um sócio de Campo Mourão, me convidou para construirmos um empreendimento imobiliário, com 150 casas, e lá também vou concluir neste ano a obra do cemitério vertical, com capacidade para 20 mil túmulos. O prefeito de Primavera do Oeste, no Mato Grosso, por exemplo, me convidou para construir capela e cemitério na cidade. Mas, além destes negócios que sou convidado para fazer sociedade, tenho um projeto, lançado há dois anos, chamado Prever 2015, onde estabelecemos que toda a estrutura do Prever, que inclui capela, clínica, farmácia, lanchonete, floricultura e plano, deverá estar presente em todas as cidades paranaenses com mais de 50 mil habitantes até 2015. São 32 cidades, que são polo, e hoje estamos em 19 destes municípios. Também temos metas estabelecidas para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Que dicas o senhor dá para os jovens empresários e futuros empreendedores? Primeiro é preciso escrever num papel todas as ambições que o empreendedor tem. O fato de escrever faz com que se tenha uma meta, um direcionamento, mas este plano de negócios deve ser escrito a lápis, para poder ser redirecionado no futuro, porque empresário que não muda de opinião fica para trás. Lembro-me que em 1998 dei uma entrevista para uma apresentadora de TV e falei da minha vontade de montar o plano Prever e expliquei como seria este plano. Eu tinha uma meta e fui colocando em prática. Outra dica que dou é que é preciso concluir tudo aquilo que se começou. O retorno financeiro é consequência de se fazer bom trabalho. Como o senhor se sente por ter sido escolhido Empresário do Ano? O prêmio na verdade não é do ano e sim de uma mudança ocorrida nos últimos dez anos. O reconhecimento veio agora, mas esta mudança de conceito de atendimento funerário começou em 1999 e culminou em todas as atividades do Prever. Este prêmio é de todas as pessoas que fazem parte ou já passaram pelas empresas do grupo, que trabalharam, deram seu sangue e tiveram a mesma missão de mudar o conceito de atendimento funerário.
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capital de giro Museu vai preservar história de Maringá Dedicado à preservação da história dos colonizadores e do desenvolvimento de Maringá, o Museu Histórico, desenvolvido pelo Centro Universitário de Maringá (Cesumar), terá 2,6 mil metros quadrados e será inaugurado neste mês. O museu conta com uma casa restaurada pelos alunos de Arquitetura do Cesumar e uma antiga tulha de café, doada pela Companhia Melhoramentos, construída na década de 1940. Um museu interativo, com tecnologia 3D, garantirá aos visitantes acesso a documentos, fotos e vídeos digitalizados sobre a história da região. O projeto foi idealizado pelo reitor Wilson de Matos Silva (foto), conta com a direção de Loide Caetano e com o trabalho de alunos e professores de diversos cursos da instituição. O Museu Histórico será aberto a toda comunidade e teve investimentos de mais de R$ 2 milhões.
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Novos secretários O prefeito Silvio Barros nomeou três novos secretários municipais – o decreto foi assinado em 16 de maio. A Secretaria de Esportes e Lazer passou a ser comandada por Walter Guerlles, Valdir Pignata responde pela Secretaria de Transportes e Edith Dias assumiu a Secretaria de Educação. Segundo Silvio Barros, “já tivemos uma boa experiência na troca de cargos que refletem em benefícios para a população. Essa reestruturação de parte da nossa equipe é um desafio para a administração, para os servidores e principalmente para os secretários que assumem, que com o apoio dos funcionários e trabalho em equipe farão um excelente trabalho”. Edith Dias foi vereadora por cinco mandatos e ocupava a Secretária de Esportes, agora comandada por Walter Guerlles, que também foi vereador e ocupava a Secretaria de Transportes. Por sua vez, Pignata já ocupou o cargo de secretário de Transportes entre 2006 e 2007 e foi chefe de gabinete e diretor do Procon.
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Evite adulteração de cheques Os empresários devem ser mais cautelosos com o uso de cheques para não se tornarem vítimas de estelionatários. De acordo com o investigador da Subdivisão Policial de Maringá, Ivan Galdino Freitas, quase todos os dias são feitas denúncias de cheques adulterados. Ele explica que a prática é antiga e acontece em diversos tipos de estabelecimentos comerciais. O conselho do investigador é para que os comerciantes depositem os cheques no banco e não repassem para terceiros. Já o cliente deve ter cautela ao entregar seus cheques e devem deixar claro qual deverá ser o destino, dizendo, por exemplo, que o cheque deverá ser depositado. O delegado da 9a Subdivisão Nilson Rodrigues da Silva acrescenta que é importante verificar se não há estranhos por perto na hora de utilizar o cheque. “Pode ser que haja alguém observando o comportamento de quem está fazendo o pagamento”, diz.
No dia do aniversário de Maringá, 10 de maio, entrou em operação a rádio Caribe FM, na sintonia 105,7. Voltada para diversos tipos de ouvintes, a rádio tem um mix variado, que inclui dance music, aché, pagode, pop e sertanejo. Há programas de entrevista, policial e de histórias de pessoas retratadas na vida cotidiana. A programação da tarde é voltada para o público jovem e a programação da noite é voltada para às classes A, B e C+, com veiculação de clássicos dos anos 70, 80 e 90. A formatação da grade de programação foi planejada após a realização de pesquisas de audiência e adequada aos perfis de ouvinte de acordo com os horários de veiculação. Por exemplo, de madrugadas até as 8h a maioria dos ouvintes é formada por homens. E das 8 as 12h são as mulheres a maior parte dos ouvintes. A rádio pertence ao empreendedor Luís Carlos Saravia Beccari, que está há quase duas décadas no mercado da comunicação, responsável pelo Grupo Cidade Verde, do Mato Grosso, que abrange a afiliada da TV Bandeirantes, Band FM, Jovem Pan e TV Gazeta.
Ivan Amorin
Uma nova emissora FM
Mais de 530 mil pessoas na Expoingá Em 11 dias, a 39ª edição da Expoingá, realizada no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, recebeu 536.408 mil pessoas. O volume de negócios gerados e prospectados atingiu R$ 210 milhões – apenas os leilões foram responsáveis pelo faturamento de R$ 5,250 milhões. Cerca de sete mil animais de elite, incluindo bovinos de corte, suínos e pequenos animais desfilaram pela feira. O número de empregos diretos e indiretos gerados ultrapassou a casa dos dez mil. Além dos shows com artistas consagrados, como Exaltasamba, foram realizadas mais de 20 apresentações no palco cultural, incluindo danças folclóricas e capoeira.
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reportagem de capa
vinicius carvalho
Empreendedorismo no DNA Com o povo mais empreendedor do G20, o Brasil oferece condições para quem quer deixar de ser empregado e realizar o sonho de ser patrão; conheça exemplos de empreendedores maringaenses e dicas para ter sucesso na abertura do próprio negócio
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mpreender está no sangue do brasileiro. Um levantamento feito em abril, pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), mostra que o brasileiro é o povo mais empreendedor entre as 20 maiores economias do mundo. O Brasil tem 17,5% da população atuando como empreendedores em estágio inicial, em negócios com até três anos e meio de vida. Isso representa 22 milhões de pessoas, duas vezes a população do Paraná. O brasileiro é mais empreendedor que os norte-americanos, chineses, japoneses e alemães. A pesquisa mostra que a faixa com maior número de empreendedores está entre 25 e 34 anos de idade. A independência financeira é o objetivo de 40% deles. O GEM aponta que 58% dos empreendedores brasileiros abrem empresa com até R$ 10 mil. A pesquisa é feita em 60 países, desde 1999, com a coordenação da London Business School – no Brasil, é coordenada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). A empresária maringaense Aurilene Fernandes de Almeida tem o perfil do brasileiro empreendedor mostrado na pesquisa.
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Ela tem 26 anos, sonha BUROCRACIA com a independência financeira desde os 18 e Brasil é um dos países mais burocráticos abriu a própria empresa DIAS NECESSÁRIOS PARA PROCEDIMENTOS PARA ABRIR UMA EMPRESA INICIAR O NEGÓCIO PAÍS com R$ 10 mil. Aurilene se formou em Ciências 6 6 EUA Contábeis em 2010 e com o diploma, ficou mais 15 27 Argentina fácil planejar como seria a empresa que sonhava 14 37 China abrir. Só não imaginava 16 120 Brasil que tudo começaria com um prêmio. 16 141 Venezuela Em 2010, o Sebrae-PR e a RICTV ofereceram R$ 9,55 Média da América Latina 63,45 7 mil no concurso “Meu WVAINER Sonho, Meu Negócio”, FONTE - BID que teve 313 inscritos no noroeste do Paraná. Foram 3,5 mil dores em diversas regiões do Esta- belecer padrões para seguir as leis interessados em todo o Estado. O do. Além do dinheiro, ela recebeu vigentes, conversar com clientes, objetivo era incentivar a inovação do Sebrae-PR acompanhamento fazer compras, planejar as finanças e investir em marketing. Para quem na pequena empresa e Aurilene técnico por seis meses. Com os R$ 7 mil do prêmio e quer seguir seus passos, Aurilene conseguiu vencer com um projeto de escritório de contabilidade. “O mais R$ 3 mil de suas economias, dá dicas valiosas. “Ter capital de prêmio buscava algo inovador e Aurilene abriu a Registro Assessoria reserva é extremamente importanescritório contábil é o que mais tem Contábil em 11 de abril. Pouco mais te, capital suficiente para manter a na cidade. Mas meu foco de inova- de um mês depois, a empresária já empresa e o empreendedor pelo ção estava na forma de prestar o sente a diferença entre liderar e ser menos nos seis primeiros meses”, serviço e isso chamou a atenção dos liderada. “O fato de estar atenden- recomenda a contabilista, lembrando meus próprios clientes é muito do que no início, surgem despesas organizadores”, conta Aurilene. Ao invés do tradicional serviço mais satisfatório do que quando eu que não se imaginava. Fontes de contábil, ela pensou numa empre- trabalhava como empregada”, com- capital de giro e bom planejamento sa que suprisse o empresário com para Aurilene. O amor pela conta- são outros fatores destacados pela ferramentas de gestão, relatórios bilidade é o mesmo, mas agora ela empreendedora. A palavra que define a categoe informações que o ajudasse a pode realizar o trabalho da maneira tomar decisões corretas. “Mostrei como acredita ser mais eficiente ria, segundo Aurilene, é inovação. quais eram minhas ideias e dife- para o cliente, ideias que não podia “Acredito que o empreendedor renciais de qualidade, agilidade colocar em prática quando era fun- deve ser primeiramente inovador. e eficácia”, diz Aurilene. Quando cionária de escritórios contábeis. E Tem que oferecer algo diferente, chegou entre os três finalistas, a já descobriu que no ramo é preciso que chame a atenção, ter iniciatiansiedade tornou-se incontrolável, buscar clientela e se fazer conhecer. va, correr riscos calculados, com pois a decisão se daria por voto “Meu ramo não é muito fácil. Não responsabilidade e persistência”, popular, via celular. Ela começou é como sair oferecendo uma mer- cita Aurilene. “O mais importante uma intensa campanha nas redes cadoria que o cliente vê e prova. é saber transformar crise em oporsociais, na Faculdade Cidade Verde, O que eu vendo é confiança”, ex- tunidade”, acrescenta. onde estudou, e por e-mail. “Venci plica. Nada que desanime a jovem o concurso com 99,06% dos votos, empreendedora. Pós-graduada na Novidade Escolher um ramo comercial a maior votação do Paraná”, lembra área, ela assume todas as responsaAurilene. Foram escolhidos vence- bilidades que sempre sonhou: esta- quase inexplorado aumenta as
chances de sucesso do negócio. Foi o que fez Renato Souza ao abrir uma indústria de máquinas e equipamentos automotivos. Ele pesquisou o mercado e descobriu que não havia empresas neste segmento nas regiões norte e oeste do Paraná e há um ano abriu a Tech Max Equipamentos Automotivos em Maringá. A vontade de empreender o acompanha há anos. “Desde cedo tinha espírito empreendedor, gostava de fazer coisas e vender”, conta Souza, o primeiro da família a ter o próprio negócio. “Traz satisfação construir algo e agregar. É muito bom poder gerar riqueza”, acrescenta. A indústria fabrica equipamentos que são usados por retíficas, autocenters e oficinas mecânicas, como máquinas para alinhamento de veículos e produz de dez a 15 equipamentos de cada modelo por mês, com clientes no norte e oeste do Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. A iniciativa já emprega cin-
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reportagem de capa
Com o dinheiro que ganhou de um prêmio e com as economias, Aurilene de Almeida abriu uma empresa de assessoria contábil
co pessoas. Assim como Aurilene, Souza gastou cerca de R$ 10 mil para iniciar o negócio. Antes de abrir a indústria, ele pesquisou o mercado e participou de feiras especializadas. Como o segmento metalmecânico é um dos pilares industriais de Maringá, Walter Fernandes o empreendedor sabia que teria garantia de fornecedores e possibilidade de agregar valor aos equipamentos. “Para dar certo, é preciso conhecer bem o que está sendo produzido e procurar fazer com a melhor qualidade possível”, diz Souza. Um ano depois da abertura, o empresário está fazendo a transição entre o sistema de produção sob encomenda para a implantação de estoque, já que a demanda cresceu.
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Renato Souza é o primeiro membro da família a ter o próprio negócio e há um ano abriu a Tech Max Equipamentos Automotivos com investimento inicial de R$ 10 mil
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Para Souza, é melhor estar preparado para a escassez do que para o excesso. “Para quem quer abrir um negócio, é interessante ter uma reserva para eventuais problemas e basear a produção em sua condição financeira, para não dar um passo ‘maior do que a perna’. Além disso, a pessoa deve se entregar ao negócio”, recomenda. Diversificação Arriscar-se em outro segmento comercial depois de anos de sucesso empresarial revela um traço do empreendedor: visão de oportunidade. Foi o que fez Jean Carlo Stegani, que possuía uma oficina de funilaria e pintura quando decidiu abrir uma empresa de locação de quadras de futebol society. “A ideia de diversificar apareceu há dois anos, pois já gostava de jogar futebol com amigos”, comenta Stegani. Em 2011, a oportunidade surgiu quando um grande terreno na avenida Mauá foi oferecido para locação. Em abril, ele inaugurou a Camisa 10 Futebol Society, que conta com duas quadras, uma
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escolinha de futebol e um bar. “É um investimento de R$ 300 mil feito para ser recuperado depois de três anos”, revela. “Pesquisei bem e estou ciente de que não é como as pessoas pensam, que basta abrir para se ganhar uma fortuna”, adverte. Em pouco tempo desde a abertura, o empreendedor já conseguiu completar todos os horários disponíveis para o aluguel das quadras. “Isso tudo só com meus contatos, pois ainda não comecei a fazer a divulgação do negócio”, destaca Stegani. Durante a manhã, ele trabalha na oficina de funilaria. Depois disso, vai ao Camisa 10 e dá expediente até o final do dia, ao lado do sócio. “Por enquanto, estamos trabalhando nós mesmos, mas a expectativa é de ter sete funcionários”, diz Stegani. Ele viveu durante um ano na Espanha, na fase em que o país atravessava seu melhor momento econômico, puxado pelo setor imobiliário. De volta ao Brasil, Stegani reconheceu em Maringá as mesmas características que marcaram o
Jean Carlo Stegani, proprietário de uma oficina de funilaria e pintura, abriu uma empresa de locação de quadras de futebol e espera o retorno do investimento depois de três anos
crescimento espanhol. “A cidade tem campo para tudo, é nova e está crescendo. Hoje não é mais necessário sair do país para ter sucesso”, comenta. Stegani acredita que a tão temida burocracia deixou de ser o maior obstáculo para o empreendedorismo. “O maior problema no Brasil é a carga tributária. Deveria ter um imposto único, para facilitar”,
avalia. A quem quer trilhar o mesmo caminho, ele diz que é preciso acompanhar de perto o negócio. “O empreendedor tem que trabalhar mesmo, não deixar nas mãos dos outros. É preciso se empenhar, pesquisando antes para saber se o mercado comporta o novo negócio”, resume. Para o consultor Alessandro Pimenta, da Controlsul Consulto-
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a falta de profissionalismo e de planejamento. “Ocorre bastante a falta de distinção entre pessoa física e jurídica. Muita gente utiliza os recursos da empresa para pagar despesas pessoais e vice-versa”, analisa Pimenta. Outro problema apontado é a falta de estrutura. “As empresas devem crescer de maneira estruturada e sustentada, dentro das possibilidades”, recomenda Pimenta. Interessa e muito ao governo que os empreendedores alcancem seus sonhos, principalmente em micro e pequenas empresas – com faturamento de até R$ 2,4 milhões por ano. De acordo com o Sebrae, nos últimos 12 meses elas foram responsáveis por 80% das vagas com carteira assinada no Brasil. Somente em abril, as micro e pequenas empresas responderam por 67% do saldo de empregos formais gerado no país. Esse dado explica porque os Walter Fernandes órgãos governamentais investem em fomento, financiamento e assessoria para empresas nascentes. Em Maringá, o Banco do Povo já atendeu 8,9 mil clientes desde sua criação, em 2001. A instituição empresta dinheiro com taxas de juros subsidiadas a quem sonha abrir o próprio negócio. Desde a fundação, já foram mais de R$ 12 milhões emprestados, o que ajudou a gerar mais de três mil empregos e manter outros seis mil.
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ria Empresarial, o empreendedor precisa reunir todas as informações possíveis sobre o mercado, o que permite calcular riscos. “Um dos atributos do empreendedor é a disposição para assumir riscos, conhecendo a gravidade deles”, diz Pimenta. Essas informações estão disponíveis no Sebrae, em empresas de consultoria, cursos técnicos e de graduação em negócios. “A inexperiência é um dos principais obstáculos para o sucesso”, destaca o consultor. “O primeiro passo é o plano de negócios, onde deve constar os objetivos da empresa, sua missão, a descrição do produto ou serviço e quem serão os clientes, seu mercado-alvo”, cita Pimenta. É no plano de negócios que o empresário descobre os custos, que define a margem de lucro e o preço que será cobrado do cliente. Entre os erros mais comuns identificados pelo consultor estão a falta de controle financeiro,
O Banco do Povo empresta até R$ 10 mil com taxas de juros subsidiadas para quem quer abrir o próprio negócio; na foto a gerente operacional, Vilma Bastos
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“Um dos atributos do empreendedor é a disposição para assumir riscos, conhecendo a gravidade deles”, diz o consultor Alessandro Pimenta
A gerente operacional do Banco do Povo de Maringá, Vilma Bastos, afirma que o montante emprestado cresce na medida em que aumenta o número de novos empreendedores no município. “Os valores emprestados passaram de R$ 665 mil, em 2002, para R$ 2,357 milhões em 2010”, destaca Vilma. A instituição é credenciada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e nasceu a partir de um projeto de incentivo ao microcrédito. Para empresários que abriram firma, sem restrição de crédito, com garantia ou avalista, o Banco do Povo empresta de R$ 300 a R$ 10 mil. O projeto é apoiado pela Prefeitura de Maringá, ACIM, Cesumar, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades classistas. Entre os empreendedores que procuram a instituição, as mulheres são maioria. “74% dos beneficiados são mulheres, sendo 77% dos
põe o Programa Empreender, que funciona desde 2000 na ACIM, com apoio da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e Sebrae. No município, estão em funcionamento 23 núcleos de atividades econômicas, com 250 empresários no total. O coordenador do programa, Eraldo Pasquini, explica que a iniciativa funciona como um grupo de trabalho de micro e pequenos empresários de um mesmo ramo, que buscam o desenvolvimento de forma associativa. “Fazemos isso através de estratégias estabelecidas no planejamento do núcleo, onde procuramos contribuir para o aumento da competitividade das empresas,
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negócios informais”, revela Vilma. Os ramos com maior procura são os relacionados à prestação de serviços, seguido pelo comércio e a indústria. “O que mais se destaca é a procura de financiamento por parte de costureiras, já que temos muitas indústrias de confecção em Maringá”, diz. Para a gerente, o empreendedor de Maringá tem a seu favor uma cidade próspera, com boa visibilidade nacional em qualidade de vida. “O brasileiro, em geral, é um povo empreendedor e o maringaense não foge à regra”, afirma. Apoio não se resume a dinheiro. O que muita gente precisa para entrar no rumo certo é dividir experiências com outros empresários do mesmo segmento. É o que pro-
No Empreender empresários de um mesmo segmento deixam de ser concorrentes; “procuramos contribuir para o aumento da competitividade”, diz o coordenador do programa, Eraldo Pasquini
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reportagem de capa sempre focados nas demandas e nos processos de melhoria contínua”, destaca. Reunidos, os empresários promovem compras coletivas e divulgação conjunta das empresas, o que reduz custos e contém despesas e desperdícios. Eles também atuam em projetos para destinação correta de resíduos e conseguem melhoria da mão de obra, em iniciativas de treinamento interno ou externo. “Além disso, conseguem maior representatividade junto a fornecedores e autoridades”, ressalta Pasquini. O mais importante para os núcleos é a superação da ideia de que o concorrente é um inimigo. “O principal obstáculo foi a quebra do paradigma de que concorrentes não podem se unir para crescerem juntos”, completa o coordenador. Além das características já destacadas, Pasquini afirma que o empreendedor deve ser persuasivo no dia-a-dia e ter uma boa rede de contatos. Deve ser comprometido e estabelecer metas na empresa, no trabalho e na vida pessoal. “Acredito que, se conseguirmos colocar essas características em prática, venceremos qualquer obstáculo”, afirma Pasquini. O Instituto Tomodati de Cooperação do Brasil, especializado
Brasileiro demora 120 dias para abrir empresa Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelam que o brasileiro demora 120 dias para abrir uma empresa. É quase duas vezes o tempo médio gasto entre os países da América Latina, onde se leva 63,4 dias. Nos Estados Unidos, são necessários apenas seis dias para colocar uma empresa em funcionamento. Além da espera, há a burocracia: são necessários 16 procedimentos para abrir uma empresa no Brasil, mais que a
no apoio aos trabalhadores brasileiros que retornam do Japão, também oferece apoio por meio do Programa de Microfranquias. São modelos de negócios com investimento inicial máximo de R$ 50 mil. Lançado em 2010, o projeto prevê pelo menos 60 novos negócios com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já existem 1,5 mil
Errata - Em relação à reportagem de capa da edição de maio da Revista ACIM, informamos que diferente do que foi divulgado, na entrevista da doutora em Arquitetura e Urbanismo Fabíola Castelo de Souza Cordovil, o plano diretor mencionado por ela em 1968. Também em relação à mesma reportagem informamos que a citação correta da arquiteta é: “Uma das propostas do plano diretor de 1967 era de prolongar a avenida Tiradentes, cortando o Parque do Ingá e o Bosque das Grevíleas”.
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foi elaborado em 1967 e aprovado no ano seguinte,
média latino-americana e é igual da Venezuela. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) tem um plano para simplificar a abertura de empresas no Brasil, que deverá ser implantado até o final do ano. A iniciativa está prevista em lei, aprovada em 2007. A ideia é padronizar o processo em todas as cidades brasileiras, evitando que cada uma tenha regras próprias, como acontece atualmente.
interessados. Segundo o presidente do Instituto Tomodati, Cláudio Suzuki, “o município hoje é sede mundial das microfranquias e também cidade amiga das franquias”. O projeto contempla o lançamento de 15 microfranqueadores, 15 franqueadores e a capacitação de 60 consultores especializados em microfranquias, durante três rodadas em 24 meses.
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Inovar é preciso Investir na inovação, seja de produto ou de processo, pode ser uma alternativa para enfrentar a competitividade e aumentar o faturamento; veja exemplos e dicas de como inovar na empresa
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novar em tecnologias de produtos e processos, como a aquisição de máquinas e a organização do processo administrativo, é uma das alternativas para enfrentar a competitividade, inclusive para os pequenos negócios. E foi justamente esta a aposta da Bernardi ME, de Nova Esperança. A empresa atua no ramo de confecção há quatro anos e há um ano ingressou no projeto Agente Local de Inovação (ALI), que é uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR) e da Fundação Araucária. Após ingressar no projeto, a empresa passou a contar com maquinários mais modernos e, além de facção, passou a confeccionar produtos independentes. “Foi uma oportunidade que acabou unindo o útil ao agradável”, diz a proprietária da empresa, Evelyn Vizzoto, referindo-se à necessidade da empresa de investir na modernização e à oportunidade oferecida pelo projeto. Ela conta que a empresa apresentou diversas melhorias de qualidade desde a data de entre-
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A Demorgan Uniformes integra um projeto de inovação e investiu na compra de maquinários, ampliando o faturamento em 10%, segundo a proprietária, Roseli Morgenstern
ga de produtos até a organização interna. Segundo Evelyn, o lucro ainda não atingiu o esperado, mas o faturamento mensal aumentou 15%. Depois de receber consultoria, agora ela participa regularmente de cursos e feiras do empreendedor. Apoio à inovação Empresa inovadora é aquela que baliza sua atividade na introdução de novidades ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social. O resultado é a elaboração de novos produtos, processos ou serviços baseados em técnicas direcionadas
para cada tipo de empresa. Para isso, as empresas podem recorrer a serviços especializados que ajudam a identificar o que pode ser melhorado na organização. Para o gestor do ALI, Marco Aurélio Gonçalves, no segmento metalmecânico de Maringá, as micro e pequenas empresas possuem um ambiente favorável para a implantação de novidades, já que a hierarquia não é tão rígida. O ALI é totalmente subsidiado pelo Sebrae/PR e pela Fundação Araucária, que disponibilizam às empresas o acompanhamento por dois anos, cabendo às organizações
cumprirem as atividades previstas no plano de trabalho. O projeto é desenvolvido dentro da empresa com a ajuda de consultores especializados em áreas como arquitetura, engenharia mecânica, engenharia civil e administração. Direcionado para os segmentos de maior significância para a economia regional, o programa abrange a indústria de vestuário de Maringá e Altônia, com 150 empresas, metalmecânico em Maringá e Campo Mourão, com 50 empresas, e agronegócio na região de Umuarama, com 50 empresas. Segundo Gonçalves, as empresas têm muito a ganhar com o investimento em inovação e isso pode torná-las mais competitivas. Gonçalves explica que a inovação é um assunto novo, mas que vem sendo amplamente discutido, inclusive os empresários estão buscando mais informações. Ele acrescenta que “a inovação diferencia-se da invenção, pois é algo existente
no setor de atuação, mas que receberá alteração ou um ajuste para a melhoria de processo, podendo resultar no incremento do faturamento”, complementa o gestor. As áreas de inovação em que cada empresa pode ser inserida são identificadas através de consultorias, sendo que existem três diferentes métodos: inovar em produto, em processo (administrativo, de produção e de logística) e em mercado. Foi através do ALI que a Bernardi ME incluiu a inovação na rotina de trabalho. Quem também tem se beneficiado com o projeto e já calcula os primeiros resultados é a Demorgan Uniformes, que está no mercado há dez anos e conta com 30 funcionários. Desde dezembro do ano passado, a empresa passou a integrar o projeto. A proprietária, Roseli Morgenstern, conta que optou pelo aprofundamento das iniciativas de inovação com a contratação de um serviço de consultoria para atuar em paralelo ao ALI. Segundo Roseli, a modificação do leiaute da nova instalação da empresa exigiu a contratação de uma consultoria. “O processo de introduzir novidades na empresa funciona melhor quando temos uma pessoa de fora trabalhando. Os funcionários aceitam melhor e compreendem a capacitação do profissional contratado”, enfatiza.
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“A inovação diferencia-se da invenção, pois é algo existente no setor de atuação, mas que receberá alteração ou um ajuste para a melhoria de processo, explica o gestor Marco Aurélio Gonçalves
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Durante as férias, o professor Carlos Sica criou um site para a armazenagem de exames laboratoriais, que podem ser acessados a qualquer momento, inclusive pelos médicos dos usuários
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As novas máquinas de cortes, que dispensam a modelagem manual, e máquinas de cortes de elástico que hoje fazem parte da Dermorgan estão lá graças ao contato da proprietária com profissionais capazes de apresentar as novidades tecnológicas e adaptá-las melhor ao negócio. Roseli conta que em quatro meses foi possível registrar um aumento de 10% no faturamento mensal. Exames pela internet Um banco de dados eletrônico para cadastramento de resultados de exames. Esta é a proposta de um projeto piloto denominado de Rede Social de Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que deu origem ao site Exude. O site foi desenvolvido pelo professor Carlos Sica, que não teve gastos com a programação, pois utilizou o próprio computador e trabalhou durante as férias. No site são armazenados os resultados de
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exames laboratoriais para que eles possam ser acessados a qualquer momento e, com isso, os usuários não precisaram arquivar pilhas de exames em papel. Os resultados dos exames podem ser transpostos para o site pelo próprio usuário, que para se inscrever, precisa acessar o endereço www. exude.com.br e seguir os passos do cadastro, que são simples de serem preenchidos. Feito isso, uma mensagem com a senha de acesso será enviada por e-mail. Depois é só digitar os resultados dos exames em um formulário específico. O padrão adotado é o mesmo que os laboratórios utilizam. O perfil do usuário poderá ser visualizado pelo médico, que terá a possibilidade de imprimir os resultados ou exibi-los pelo visor do celular. Além do médico, é possível convidar amigos para participar do perfil – como nas redes de relacionamentos. Sica revela que o projeto também funciona como difusor de marcas
e serviços, como de laboratórios, clínicas e remédios. Por enquanto, o projeto atende pessoas ligadas à Fundação Interuniversitária de Pesquisa sobre o Trabalho (Unitrabalho/UEM). O grupo é formado por trabalhadores organizados em cooperativas, associações e outros empreendimentos econômicos e de autogestão. Também são beneficiadas com o Exude famílias de pequenos agricultores, desempregados, mulheres em condições de vulnerabilidade financeira, famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, pessoas atendidas pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Centros Públicos de Economia Solidária e Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consads). De acordo com Sica, o projeto precisa de parceiros para “amparar o Exude financeiramente, por meio de bolsas e equipamentos”. E, com isso, poderá ser expandido.
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vanessa bellei
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A aposentada Iolanda Kopp está aprendendo informática numa escola que tem até um programa voltado para as pessoas
da “melhor idade”
Na melhor idade para trabalhar, estudar...
A vida depois dos 60 anos pode ser prazerosa e cheia de atividades e de trabalho; de olho neste filão há empresas que oferecem cursos de idiomas, informática e até intercâmbio para as pessoas mais velhas
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população brasileira está mais velha. Números do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), mostram que mais de 17 milhões de brasileiros têm acima de 65 anos, ou seja, quase 9% da população – há 20 anos este número era de 4,8%. O envelhecimento da população vem provocando uma
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mudança no mercado: as empresas têm percebido que esta faixa-etária da população continua ativa, consumindo produtos e serviços mais do que nunca e bem disposta para trabalhar, estudar e viajar. No Paraná, são mais de 934 mil pessoas com mais de 65 anos e, em Maringá, este número quase alcança 35 mil. O número de brasileiros
com mais de cem anos também cresceu, somando quase 24 mil pessoas em 2010. Ainda segundo o IBGE, em 2008, para cada grupo de cem crianças de zero a 14 anos, existiam 24,7 brasileiros acima de 65 anos. A projeção para 2050 é que a cada cem crianças tenhamos 172,7 idosos. Brasileiros mais velhos, mas
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Incentivado pela filha, o oficial aposentado Joel de Oliveira iniciou um curso de inglês: “sou o vovô da turma, mas aprendo muito com os colegas”
Iolanda conta que o marido, um ano mais novo, também tem uma vida ativa: “Faz anos que ele usa muito bem o computador e também faz aulas de inglês”. Com três filhos, sete netos e muitos amigos, ela tem como principal objetivo nas aulas de informática aprender a utilizar, sozinha, a internet. Iolanda é uma das alunas do programa “Melhor Idade Conectada”, da escola de informática Microlins. A diretora pedagógica da empresa, Erika da Silva Gabriel, conta que o programa oferece os mesmos módulos de outros cursos de informática. “Também oferecemos aulas em grupo, mas normalmente este público prefere as aulas individuais para ter atenção exclusiva”, destaca ela. Erika conta que a procura pelo curso é grande. “Temos professores específicos para trabalhar com esta faixa-etária”. O interesse dos mais velhos pelas aulas, segundo a diretora pedagógica, é visível. “Conforme o avançar do curso, eles começam a perceber a evolução do conhecimento, trocam informações com
os filhos, netos e querem aprender mais”. No aprendizado de uma segunda língua é o contrário: as aulas em grupo são as mais indicadas, independente da idade do aluno. Na escola de inglês e espanhol CCAA pessoas mais velhas estudam com os jovens. “Essa troca de informações e de experiências é fundamental para aprender uma nova língua e as pessoas com mais idade se sentem à vontade”, ressalta a diretora comercial da empresa, Claudia Aymoré Novicki. Ela comenta que as aulas individiais normalmente são indicadas para alunos que não têm muito tempo disponível ou que precisam de um aprendizado de curto prazo. Uma atenção diferenciada, explica ela, vai depender mais do perfil do aluno e não da idade. “O adolescente, no geral, tem mais facilidade de aprendizagem, por outro lado, é mais disperso. A pessoa mais velha, por ter mais experiência, compreende melhor algumas aulas”. Trabalhando há 22 anos com o ensino da lingua inglesa, Cláudia
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não menos ativos. Não é difícil encontrar pessoas que passaram da casa dos 60 anos voltando para os bancos da faculdade, aprendendo um novo idioma, retornando ou continuando no mercado de trabalho, conectados ao mundo atual e também virtual. Iolanda Maria Kopp, de 75 anos, é um destes exemplos. A aposentadoria veio aos 67 anos, mas nem por isso o dia-a-dia ficou mais calmo. Informática, ginástica, hidroginástica e grupo de oração são algumas das atividades. “Também estou planejando começar o aprendizado de mais um idioma, talvez o alemão, e iniciar outro curso na Universidade da Terceira Idade, da Universidade Estadual de Maringá (UEM)”, diz animada. Parar as atividades não está nos planos da aposentada. “Como diz meu marido, não podemos parar, se não o alemãozinho pega”, diz ela, se referindo ao Mal de Alzheimer. Detalhe: o principal meio de locomoção da jovem senhora é a bicicleta. “Só se a distância for muito longa para eu usar o transporte coletivo”.
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Dorival Baggio e Agnaldo Reis continuam trabalhando, mesmo depois da aposentadoria; agora a pressão e a competitividade são menores
percebeu que nos últimos cinco anos aumentou a procura por aulas de inglês por pessoas mais velhas. O oficial aposentado do Corpo de Bombeiros Joel de Oliveira é um dos aplicados alunos do CCAA. Há três meses ele iniciou o curso de inglês, incentivado pela filha. As aulas em grupo acontecem duas vezes por semana, mas Oliveira faz uma aula extra semanalmente para reforçar o ensino. “Nesta aula individual posso tirar mais dúvidas e aprender um pouco mais”. Ele conta que a aula é um hobby, mas nem por isso deixa de levar o estudo a sério, tanto que criou uma rotina em casa. “Diariamente sento em frente ao computador para estudar a apostila e ouvir os CDs. Acredito que essa complementação em casa é essencial”. Nas aulas em grupo, Oliveira estuda com alunos mais novos, entre 13 e 25 anos, e gosta desta interação. “Eu sou o
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vovô da turma. Mas aprendo muito com eles, é uma troca de experiências”. Para os mais velhos que querem aproveitar a aposentadoria de uma forma mais “radical”, nada melhor do que um intercâmbio. A empresa CI Intercâmbio oferece cursos voltados para pessoas acima dos 50 anos. O diretor da empresa em Maringá, Rafael Rodrigues, informa que o programa para este público segue os mesmos padrões de qualquer outro. “No exterior, as pessoas com mais de 50 vão estudar com pessoas da mesma idade”. Os destinos são os mais variados e incluem Inglaterra, Espanha, Itália, França e Nova Zelândia. O local de acomodação pode ser tanto em casa de família quanto em hotel, conforme critério do aluno. O intercâmbio pode durar de duas semanas a dois meses. “Pessoas nesta faixa-etária procuram cur-
sos para aprender italiano fazendo aulas de culinária ou para aprender a língua francesa ao fazer cursos de pintura. É uma oportunidade de conhecer a cultura e os costumes locais e aproveitar para enriquecer a experência de vida”, destaca Rodrigues. O único pré-requisito é ter muita disposição. “Energia e vontade de aprender são os requisitos mínimos”. De volta ao mercado Encontrar profissionais que continuam no mercado de trabalho mesmo depois de se aposentarem é cada vez mais comum. Dorival Baggio, de 60 anos, e Agnaldo Reis, de 59, são exemplos. Ambos trabalharam por 34 anos em um banco e depois de se aposentarem receberam uma proposta para continuar trabalhando em outra instituição financeira, o Sicoob. Hoje Baggio é gerente de audito-
ria e Reis é gerente de crédito. “Eu me aposentei cedo, com 55 anos, e me sentia muito jovem para parar de trabalhar”, comenta Reis. Ambos afirmam que apesar da carga de trabalho continuar a mesma, a pressão, depois da aposentadoria, se torna menor. “Hoje eu trabalho mais tranquilo”, diz Reis. Já Baggio acredita que trabalha mais feliz. “Minha vida, financeiramente falando, está segura. A sensação que tenho é de estar contribuindo com a empresa e com as pessoas que aqui trabalham”. A relação com os funcionários mais novos também é tranquila. “Procuro repassar o conhecimento. Aquela competitividade da juventude não existe mais”, destaca Baggio. Dias complementa: “Vejo que os mais jovens têm muito respeito pela experiência que acumulamos”.
idosos no país gerou uma procura maior por profissionais que atendam este público. Há dois anos teve início em Maringá o curso técnico em cuidados com a pessoa idosa. “Os 23 alunos que se formaram na primeira turma estão empregados”, informa a coordenadora, Romilda Araújo. O curso tem duração de um ano e meio e as aulas acontecem de segunda a sexta-feira. A segunda turma teve início no começo deste ano e alguns alunos já estão empregados. “A procura por esses profissionais é grande”, salienta Romilda. Na grade há aulas práticas e teóricas sobre anatomia humana, nutrição, psicologia, políticas públicas, atividades físicas e de lazer, entre outras. A próxima turma terá início em julho e os interessados já podem se inscrever no colégio Gastão Vidigal, em Maringá, onde ocorrem as aulas.
Mais ativos, mais saudáveis
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Iolanda Maria Kopp conta, orgulhosa, que não tem problemas de saúde. Ela acredita que a vida mais ativa, tanto fisicamente quanto mentalmente, não dá espaço para que as doenças cheguem. A opinião de Iolanda é a mesma da assistente social Rubia Carla de Almeida, que atende pessoas da terceira idade. Rubia é coordenadora de medicina preventiva do Instituto de Medicina Integrada, de Maringá, que desenvolve o programa Alongar. “Percebíamos que muitas pessoas que estavam procurando tratamento médico, precisavam mesmo era sair de casa, ter uma atividade extra. Foi então que surgiu a ideia de criar o programa Alongar”. Além Mercado da atividade física, o programa O aumento do número de prevê palestras com nutricionista, farmacêutico, psicólogo e outros profissionais da área da saúde. “Normalmente iniciamos a aula com uma palestra de 15 minutos e depois passamos para os exercícios físicos”. Atualmente, as aulas acontecem duas vezes por semana, mas os 18 alunos já solicitaram que a frequência aumente. A assistente social conta que as idas ao médico diminuem depois que os participantes iniciam o programa. “Aqui é um momento em que eles não se queixam de dor”. Qualquer pessoa pode participar do programa e Uma pequena palestra seguida de atividades físicas é a proposta do programa Alongar; para os associados do PAM as idas ao médico diminuíram Saúde, não há custos.
Mercado Walter Fernandes
Serviço de leva e traz para animais que vão receber banho e tosa e disk entrega são algumas comodidades oferecidas aos clientes do Vida Animal; na foto, a proprietária, Margareti Borella
Todas as honras para os consumidores
Além de oferecer produtos de qualidade, lojistas podem investir em comodidades para transformar consumidores esporádicos em clientes fiéis
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odos os sábados a cadela Laila, da raça Lhasa Apso, tem encontro marcado no pet shop Vida Animal. O dono de Laila, o vendedor Paulo Sérgio Marcão, comprou o animal no pet shop há pouco mais de um ano e, desde então, Laila é buscada em casa para tomar banho por meio
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do serviço de leva e traz. “Em dias de chuva ela vai de automóvel e nos outros, de motocicleta, mas sempre com muita segurança”, frisa Marcão, que acrescenta que o serviço é uma comodidade, já que ele não dispõe de tempo para levar a cadela toda semana ao pet shop.
Além dos serviços comuns encontrados em pet shops, como tosa, vacinas e cirurgias, o Vida Animal oferece algumas comodidades para manter os bichinhos bem tratados e garantir a satisfação dos clientes. Segundo a proprietária, Margareti Borella, para cativar os
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consumidores, são oferecidos serviços de disk entrega de ração e de outros produtos, além de leva e traz de animais para banho e tosa. O resultado é que são tantas as solicitações pelo serviço, que há dias em que Margareti não consegue atender todos os clientes. Em média, 15 animais tomam banho e são tosados no pet shop todos os dias. E o veículo responsável pelo serviço de disk entrega percorre, em média, 150 quilômetros diariamente. Margareti conta que a exemplo da cachorrinha Laila, alguns bichinhos têm dia e horários fixos para o atendimento. A também empresária Orlete Maria Barth é cliente fiel do pet shop e utiliza o serviço de disk entrega a cada 15 dias. “Compro rações e remédios para os três cachorros”, conta. Orlete diz que o atendimento prestado é ágil e cômodo. E é justamente pensando na comodidade dos consumidores e, na consequente, fidelização deles, que muitas empresas maringaenses têm apostado em diferenciais. O proprietário Na Ótica Diniz há até um bar para servir gratuitamente os clientes, e neste mês a da Help Car, Roberto Koepsel, equipe vai estar vestida com trajes de festa junina resolveu presentear os clientes fiéis. Quem deixar o carro para Além disso, na empresa os clien- tamente refrigerantes, café, balas, consertar, ficará com um carro tes têm uma sala climatizada, onde pirulitos e até sorvete. emprestado da loja enquanto o seu há café, televisão e revistas. Koepsel Segundo a supervisora da rede, estiver sendo reparado. O empresá- adianta que em breve será instalado Juliana Coelho, neste mês os clienrio conta que percebeu a dificuldade na loja um box próprio para troca tes serão agraciados com quitutes dos clientes em ficar sem o automó- de óleo e posteriormente os clientes especiais em comemoração a São vel por vários dias. “Nossa ideia foi passarão a contar com as vantagens João. Quem passar pela loja ganhafacilitar a vida do cliente”, diz. rá quentão, pipoca, pé de moleque de um cartão fidelidade. E o retorno é positivo, segundo Quem também investe em um e outras comidas típicas de festa ele, que conta que os clientes se espaço especial para cativar os junina. “E todos os colaboradores sentem agradecidos com a comodi- consumidores é a rede Óticas Diniz, estarão vestidos a caráter”, comdade. “Sempre tem um consumidor presente há três anos no mercado pleta Juliana. “Queremos que os comentando o diferencial ofereci- maringaense. No interior das lojas clientes voltem sempre”, diz ela. do”, ressalta. Há quase duas décadas no merhá um bar onde são servidos gratuiJunho 2011
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Mercado cado, a Lejon Embalagens conta com estacionamento coberto, loja climatizada, um variado mix de mercadorias com preços competitivos, além de um atendimento personalizado, que inclui a oferta de suco, chá, café, doces e salgadinhos à clientela. E, assim como na Ótica Diniz, neste mês os funcionários estão vestidos com trajes caipiras e há diversos doces e salgados que remetem a festas juninas. “Acima de tudo somos clientes e gostamos de um bom atendimento, menor preço e estacionamento. Percebemos deficiências nessas áreas e traçamos um planejamento para oferecer o melhor”, diz o proprietário, Jonas Garcia Ferreira. A maioria dos clientes da loja é composta por comerciantes, que têm uma rotina corrida e buscam agilidade. “Por isso, percebemos a satisfação quando o cliente é prontamente atendido pela equipe e consegue encontrar todos os itens que necessita em apenas um lugar. Nosso objetivo é fazer o cliente ganhar tempo”, diz.
Opções de comodidades Segundo o consultor do Sebrae/PR Marcelo Wolff, existem alguns serviços e diferenciais que são vistos pelos clientes como cortesia, comodidade, praticidade, conforto e respeito: n ambientes climatizados; n loja com boa disposição dos equipamentos e displays de atendimento, possibilitando que o cliente toque e experimente o produto; n vitrines modernas, destacando produtos que realmente são novidade; n espaço para o descanso do acompanhante do cliente, como sala com TV, mesa para leitura e espaço para crianças e idosos; n acesso gratuito a internet; n manobrista para levar o veículo do cliente ao estacionamento da empresa; n oferta de cafezinho, sucos e outros, inclusive acompanhados de salgados, bolachas e pães; n serviços de entrega do produto e de presente com personalização; n possibilidade de levar os produtos para provar em casa com posterior fechamento da venda ou devolução; n loja virtual; n variedade de opções para pagamento; n sistema de pontuação cumulativa por compras efetuadas, com posterior troca por algum benefício, serviço ou produto; n acessibilidade. Walter Fernandes
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Na Lejon a variedade de produtos e os preços competitivos estão aliados ao atendimento personalizado; “recebemos clientes que vêm por indicação de outros”, diz Jonas Ferreira
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Para o proprietário, o bom atendimento é o que mais agrada o consumidor, já que o fato de alguém estar prontamente preparado para acompanhá-lo e separar a mercadoria enquanto toma um café, agiliza a compra. “Recebemos elogios, sugestões, além de atendermos clientes que vêm por indicação de outros consumidores que foram atendidos. E é justamente esse feedback que nos anima para que possamos melhorar e inovar”, diz. Primeiro o planejamento Segundo o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PR) Marcelo Wolff, os lojistas têm procurado novas formas e mecanismos
para atender cada vez melhor o seu público-alvo. “A questão do conforto, comodidade e personalização do atendimento deve estar sempre na mente do empresário, pois por meio destas estratégias e da utilização de ferramentas adequadas de gestão é que ele irá atingir a satisfação pelo atendimento prestado ao cliente”, explica. Realizar um bom planejamento é um passo fundamental para agradar a clientela. De acordo com o consultor, toda ação que visa atrair, conquistar e fidelizar os clientes deve passar pela etapa do planejamento. Realizar estudos, elaborar estratégias e ensaios para pôr em campo as táticas de atendimento ajudam o lojista a atingir os objetivos. “Deve-se ainda observar se o
valor dos investimentos é compatível com o fluxo de caixa para poder ou não implementar mudanças, projetos e ações”, alerta. Ele explica que para cada tipo de loja caberá um ou alguns tipos de estratégias e ações. É fundamental também, segundo Wolff, definir o público-alvo, os objetivos a serem atingidos e realizar um monitoramento constante para perceber se as estratégias estão no caminho correto e, se necessário, fazer ajustes. Para quem desejar investir em comodidades, as dicas do consultor incluem estar atualizado sobre as novidades e tendências do setor em que atua, participar de feiras e congressos, buscar orientação de profissionais qualificados e pesquisar informações na internet.
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Verônica Mariano
Apenas os jogadores são amadores Nos últimos anos, Maringá ganhou mais campos de futebol society voltados para uma demanda crescente de jogadores; a gestão deste campos e o fornecimento de equipamentos são feitos por empresários que viram uma oportunidade de negócio
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tradicional “pelada” com amigos após o expediente de trabalho é uma boa opção para quem gosta de futebol e para quem quer desestressar. Mas para muitos, o futebol amador é uma oportunidade, profissional, de negócios. Em Maringá, os “boleiros” de plantão
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contam com cerca de 20 campos de futebol society para realizar partidas entre amigos, mas nem sempre foi assim. Jotani Alves é proprietário da Toca da Coruja e conta que há cinco anos, além do campo dele, havia apenas mais quatro. “A instalação de novos
campos society é resultado do aumento do número de jogadores”, explica Alves. Segundo ele, mesmo com o aumento da concorrência, a agenda da Toca da Coruja continua lotada. Nos horários considerados nobres, como Alves intitula o período das 19 às 22 horas, só haverá vagas caso algum grupo venha a desistir. “A opção é jogar após as 22 horas ou nas tardes dos finais de semana”, argumenta. Cada grupo paga R$ 90 a hora. O empreendimento foi instalado numa chácara. Na estrutura, além de campo com grama sintética, há uma lanchonete para que os clientes possam consumir bebidas durante um bate-papo antes ou após as partidas. Além da Toca
metade do faturamento da kashima sports vem da venda de uniformes para equipes amadoras de futebol; na foto, o empresário paulo nunes
que frequentam assiduamente a Chácara Recreio. O campo de futebol Show de Bola tem apenas um ano de funcionamento, mas seguindo a tendência do mercado, também mantém a agenda lotada. O valor de locação é maior que os demais: R$ 150, isso porque, segundo o gerente administrativo, Claudemar Fernandes Pelacani, há diferenciais em infraestrutura: grama sintética importada, placar eletrônico, quadra coberta e climatizada, entre outros. Pelacani conta que a ideia inicial do proprietário era construir um salão para festas, mas ele viu na locação de campo, uma oportunidade e decidiu investir. Pelacani acrescenta que o espaço ainda possui duas churrasqueiras, salão de festas para até 60 pessoas, lanchonete e estacionamento para 80 veículos. Outro serviço oferecido pelo estabelecimento são filmagens das
partidas para que o grupo possa guardar e assistir posteriormente. Mas o serviço está provisoriamente suspenso, porque uma câmara que gerará uma imagem melhor está sendo adquirida. Agenda lotada Quem também tem se beneficiado com o aumento dos jogadores amadores são as empresas que fornecem materiais para a construção e instalação dos campos. A Telas e Alambrado Maringá entrou nesta área há três anos, mas o boom começou em 2010. Atualmente, os campos de futebol society representam 10% do faturamento da empresa, conta o proprietário, Edmar Aparecido de Souza. “Parece pouco, mas por ser apenas um dos segmentos, isso faz diferença no faturamento. Além disso, não temos espaço na agenda para realizar mais atendimentos nessa área. Nossa agenda está lotada até a se-
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da Coruja, Alves é representante comercial e viu no lazer de muitos uma oportunidade de aumentar a renda. “Para o próximo semestre estou programando investir em infraestrutura e fazer algumas melhorias no local”, planeja. A paixão pelo futebol também tem sido motivo de satisfação e tem gerado renda extra para o empresário Dirceu Martins. Além de um escritório de contabilidade, Martins é proprietário da Chácara Recreio, que conta com três campos sintéticos; um showbol (menor do que o de society) e o society. Entrou no novo negócio há sete anos, quando instalou apenas um campo e com o crescimento da demanda, ampliou a estrutura. Para oferecer mais comodidade aos usuários, a chácara conta com lanchonete e quatro quiosques com churrasqueira e aparelho de televisão. Os usuários podem até receber uma ajudinha da tecnologia, já que o local conta com um dispositivo que simula uma chuva leve ou brisa, que serve para refrescar os jogadores em dias de alta temperatura ou sol. Nos campos maiores, a agenda está lotada e para conseguir um horário, só se houver a desistência de algum grupo. No entanto, para não perder a partida, os jogadores podem ocupar o campo menor e aguardar uma desistência. Atualmente, são cerca de 70 grupos
Walter Fernandes
Jogadores disputam uma partida em Maringá; em alguns campos disponíveis para locação, nos horários após o expediente é preciso esperar a desistência dos jogadores
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Negócios gunda quinzena de junho”. Em função da grande demanda, a empresa dispõe de uma equipe formada por três profissionais especializados na instalação de alambrado em campos de futebol. Há dez anos no mercado, a Tac Telas, de acordo com o proprietário, Edson Luiz Cossich, tem registrado um aumento no serviço de instalação de telas e alambrados em campos de futebol em Maringá. Segundo ele, trata-se de um investimento alto, cerca de R$ 30 mil, valor que varia conforme o tipo do material, altura da tela e tamanho do campo. Na Kashima Sports, a venda de uniformes para equipes amadoras de futebol representa 50% do faturamento da empresa, que é especializada na comercialização de artigos esportivos. O empresário Paulo Nunes conta que para atender a exigência do mercado e os “gostos” dos jogadores, a Kashima investe em novidades e desde maio, passou a personalizar os meiões do uniforme, que era uma solicitação dos clientes. Segundo Nunes, muitas equipes amadoras investem pesado no visual para entrar em campo. Para isso, personalizam o uniforme (camiseta e calção) e não economizam na chuteira, que pode custar até R$ 1 mil. “Mulheres não gostam de estar na moda e gastam dinheiro comprando sapatos? Quem gosta de jogar futebol, também é assim quanto ao visual do campo”, compara Nunes.
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A chácara é de Paulo Sérgio Carniati, que em vez de vender ou locar o imóvel mensalmente para uma família, decidiu investir em locações por dia
Festa em chácaras vira negócio imobiliário Diante da dificuldade para locar uma chácara para realizar as festas particulares, os turismólogos Leonardo Corradini e Alysson Rossei da Silva viram uma oportunidade de iniciar um negócio. Os dois decidiram lançar um portal especializado em imóveis para lazer e eventos em Maringá e região. “Decidimos centralizar as opções e facilitar a tarefa de localizar um local para lazer e eventos. No portal Central Chácaras agregamos a cadeia de produtos e serviços que está ligada a eventos”, explica Corradini. Por meio do site www.centralchacaras.com.br, que está no ar desde dezembro de 2007, é possível localizar proprietários de imóveis, prestadores de serviços e fornecedores ligados a eventos. Os eventos particulares representam, conforme Corradini, 90% deste mercado, subdividindo-se basicamente em eventos familiares, religiosos e empresariais. “Poucas possuem
estrutura e estão legalizadas para eventos abertos e promoções (eventos com bilheteria)”, explica. A demanda de locação desses imóveis se divide em de alta e baixa temporada. De novembro a fevereiro é o período de alta temporada, com média de cem locações por semana feitas por meio do site. Os demais meses são de baixa temporada, onde são registradas de 15 a 20 locações por semana. O empresário Paulo Sérgio Carniati há oito anos adquiriu uma chácara em Maringá para morar com a família, mas após a aquisição decidiu se mudar para um apartamento. “Ficamos na dúvida se vendíamos ou alugávamos para uma família. Mas alugar para lazer e festas foi a opção mais acertada. Caso alugasse o imóvel, o valor mensal giraria em torno de R$ 1,5 mil. Hoje, este é o valor da diária da locação. Além disso, posso usar o espaço sempre que quiser”.
vendas
PERFIL
Alcides Siqueira Gomes
por Verônica Mariano
A condução da ACIM durante a transição para a República Alcides Siqueira Gomes é maringaense. Casado com Sônia Nunes Silva Siqueira Gomes e pai de cinco filhos, ele foi presidente da ACIM entre 1986 e 1987, num período de grandes mudanças, já que o cenário era de incertezas com o fim da Ditadura Militar e a retomada da República com o presidente José Sarney e o país enfrentava inflação, tributos e juros altos. Contrário à política econômica vigente, Gomes externou suas opiniões em artigos publicados em diversos jornais, inclusive de circulação nacional. Ele é o entrevistado na coluna perfil deste mês: Como se deu sua indicação para disputar a presidência da ACIM, já que na história da entidade o senhor foi o único presidente que quando assumiu o cargo era um executivo e não um empresário? Eu era diretor financeiro, administrativo e jurídico de uma sociedade de quatro empreendimentos: Somaco Automóveis, Somaco Locadora de Veículos, Pecuária Novo Horizonte e Triângulo Administradora de Consórcio. Como integrava a diretoria da ACIM fazia dez anos, além de ter experiência notória na iniciativa privada, também existia experiência como diretor da entidade. Por isso, fui indicado como candidato único para assumir a presidência.
No período em que o senhor presidiu a ACIM, o Brasil havia acabado de migrar do Regime Militar para a república e a economia enfrentava momentos difíceis... O pessimismo era geral em relação à atividade econômica, que não conseguia alcançar resultados positivos. Naquele cenário se não houvesse uma intercessão nas questões estruturais da economia, não haveria solução para uma saída digna. Era preciso um bom entrosamento com o poder público em prol do desenvolvimento social e econômico. Durante sua gestão os empresários chegaram a fazer algumas manifestações pedindo mais justiça quanto aos juros e tributos. Como
foram essas ações? No dia 19 de fevereiro de 1987 aconteceu um movimento a partir do qual se decidiu realizar várias formas de pressão ao Governo Federal. Enviávamos diariamente mensagens, por intermédio dos meios de comunicação, outdoors e passeatas, às autoridades superiores. No dia 26 de fevereiro do mesmo ano foi realizado o “Dia do Protesto”, quando o comércio local fechou as portas e o empresariado maringaense saiu em passeata pelas ruas da cidade, tendo repercussão nacional. Também foi no período em que o senhor presidiu a entidade que as sessões da Câmara Municipal passaram a ser acompanhadas por um representante da ACIM, Américo Fernandes. Como era esse processo de acompanhamento junto à Câmara? Na época nomeamos um diretor especialmente para acompanhar as sessões do Legislativo, o que permitiu acompanharmos de perto o trabalho legislativo. Por exemplo, quando a Câmara tentou aprovar o aumento no IPTU e nos impostos em geral utilizando índices superiores aos da inflação, sentamos para negociar com os vereadores e após varias ponderações conseguimos fazer com que os reajustes ficassem num patamar justo. Esta iniciativa trouxe resultados bastante positivos.
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No período em que o senhor foi presidente da ACIM escreveu artigos para diversos jornais, inclusive em veículos de circulação nacional. Qual era sua “bronca” contra o governo naquele período? Vivi juntamente com outros empreendedores um dos momentos mais significativos da política e da economia nacional: o processo de abertura política e, com o fim do regime militar, vieram planos econômicos para a estabilização da moeda, durante o período em que o presidente José Sarney governou o país (1985/90). O governo de Sarney foi marcado por
planos econômicos controversos, como o “Plano Cruzado”, caracterizado pelo congelamento de preços e salários, e por uma euforia nacional de curta duração. Porém, as consequências sociais foram traumáticas: falência de pequenas empresas, recessão e inflação alta. Além de movimentos deflagrados, os artigos ganharam espaço nos meios de comunicação em todo país, sendo publicados em jornais como “Gazeta Mercantil”, “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo”, nos quais fui crítico e duro, principalmente quanto às promessas não cumpridas por parte do governo Sarney.
Ivan Amorin
O ex-presidente da ACIM Alcides Siqueira Gomes assumiu a entidade em 1986, diante de um cenário de incertezas políticas e econômicas no Brasil
ACIM Mulher
giovana campanha
Um prato típico brasileiro num evento tradicional da ACIM
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A feijoada ACIM Mulher reuniu 350 pessoas no Haddock Buffet; participantes doaram um litro de leite que será repassado a entidades sociais
Fotos/Walter Fernandes
sétima edição da feijoada ACIM Mulher foi um sucesso. Em 28 de maio 350 pessoas participaram, por adesão, do evento realizado no Haddock Buffet. Além de saborearem o prato típico brasileiro, os participantes curtiram o som da banda de samba Grupo Art Lua. A presidente do ACIM Mulher, Pity Marchese, explica que “o evento integra o calendário da ACIM e é uma oportunidade para confraternização e para network. E neste ano teve um cunho social, já que a todos os participantes foi pedida a doação de um litro de leite, que foi repassado ao instituto de responsabilidade social da Associação Comercial (a Fundacim), que, por sua vez, doará para entidades sociais da cidade”. Ela destaca que as conselheiras também estão empenhadas em realizar mais uma edição da Feira Ponta de Estoque, que acontecerá em julho, e tem organização do ACIM Mulher. Mas até lá elas têm trabalho pela frente: divididas em comissões, se reunirão com lojistas e prestadores de serviços para cuidar de todos os detalhes que devem fazer da feira, mais uma vez, um sucesso de público e de vendas. A expectativa é receber 250 mil pessoas em quatro dias de evento. A feijoada ACIM Mulher teve os seguintes patrocinadores: Água de Cheiro, Baby Sol, Cesumar, Fiat Via Verdi, Gráfica Caiuás, Haddock Buffet, Hospital Pró-visão, Kashima Sports, KM Telecom, Lacoste, Liberty Seguros, Lunna Indústria, Maringá Park Shopping Center, Moraes & Moraes Imóveis, Não + Pêlo, O Casulo Feliz, ORP Turismo, Ótica Comercial, PAM, Rede Telesul, Shopping Center Brasil, Shopping Cidade, Sol Propaganda, Supermercados São Francisco,
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Feijoada ACIM Mulher foi realizada no Haddock Buffet; na foto menor as conselheiras, que têm muito trabalho pela frente com a organização da Feira Ponta de Estoque
TCCC, Viação Garcia e Vita Derm. Participação em eventos Maio foi um mês movimentado para as conselheiras do ACIM Mulher. Além de mais uma edição da feijoada, elas realizaram o Fórum ACIM Mulher e participaram de dois eventos voltados para mulheres: a primeira edição paranaense
do Rally do Batom, realizado em 22 de maio, e a “3ª Corrida da mulher de combate ao Câncer”, também realizada em 22 de maio. No caso da corrida, os recursos arrecadados com as inscrições serão destinados a Rede Feminina de Combate ao Câncer, entidade que oferece apoio aos pacientes com câncer de Maringá e região.
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maringá histórica
Miguel fernando
Prédios históricos e suas faces com o presente A coluna Maringá Histórica deste mês mostra exemplos de prédios históricos, que apesar de terem sofrido algumas modificações, sobreviveram ao tempo e preservam as características arquitetônicas do período em que foram constru-
ídos: fachadas, arquitetura, janelas e portas atestam que o imóvel tem raízes no período de colonização. Apesar de Maringá ter completado 64 anos recentemente e de viver um período de efervescência imobiliária, a cidade não deve
deixar de preservar os edifícios com mais de 40, 50 anos de existência e que são um patrimônio da cidade. Miguel Fernando é especialista em História e Sociedade do Brasil
EDIFÍCIO LANGOWSKI Inaugurado na década de 1940, é considerado o primeiro prédio da cidade. Localizado na avenida Brasil esquina com a Rua José Jorge Abraão (antiga Rua Cleópatra), apesar das modificações, a arquitetura ainda preserva o traçado original
CAFEEIRA SANTA LUZIA Era de propriedade de Américo Dias Ferraz, que foi o segundo prefeito de Maringá (1956-1960). Localizada na rua José Jorge Abraão, a Máquina de Café registrou grandes movimentações financeiras de compra e venda do “ouro verde”
BANCO COMMERCIAL DE SÃO PAULO (com dois “M”) Foi inaugurado no início da década de 1950 e funcionou na avenida Brasil quase esquina com a avenida Getúlio Vargas. Ele se fundiu a outras instituições financeiras sob a denominação de Banco União Comercial e foi incorporado pelo Banco Itaú
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PRIMEIRA LOJA MAÇÔNICA DE MARINGÁ A Loja da Justiça, inaugurada em 22 de setembro de 1951, está localizada na avenida Itororó, 101 Fotos atuais: Walter Fernandes
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esporte
Alunos da Associação Maringá de Basquete; para integrar a equipe, as crianças precisam ter boas notas na escola
Empresas amigas do esporte Se por um lado as associações esportivas precisam dos investimentos da iniciativa privada, para as empresas, é uma oportunidade de atrelar à marca ao esporte; mas por falta de recursos há atletas disputando competição representando outra cidade
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esmo com o apoio da Secretaria de Esportes e Lazer de Maringá, que repassa cerca de R$ 2,15 milhões por ano para as 21 associações esportivas da cidade, os projetos esportivos precisam de investimentos da iniciativa privada. Para as empresas, é uma oportunidade de atuar socialmente e de associar à marca ao esporte, garantindo mais visibilidade à empresa. A Usina Santa Terezinha é uma
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das patrocinadoras de atividades esportivas. Há oito anos, a empresa apoia, de olho nas causas sociais, 600 crianças que praticam basquete em Iguatemi e em Maringá, custeando professores e estagiários de Educação Física, compra de uniformes e materiais necessários para o esporte. O investimento anual é de R$ 80 mil. “Tiramos as crianças da rua oferecendo o esporte”, diz o diretor da usina, Paulo
Meneguetti. A escolha da modalidade foi calcada na idoneidade do projeto. “Sabíamos que era um trabalho responsável, por isso decidimos investir”, diz. E agora a empresa pretende ampliar os investimentos no esporte e estuda o handebol como um projeto para 2012. Meneguetti analisa que o investimento, além de patrocinar o esporte socialmente, dá visibilidade à
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“Acreditamos que quando uma pessoa escolhe um plano de saúde, se lembrará de uma operadora socialmente responsável”, diz o presidente do PAM, Paulo Lima
esporte e lazer, pois trabalhamos com saúde e recomendamos a adoção de hábitos saudáveis”, conta Silveira. Além do patrocínio ao handebol, a cooperativa realiza a Copa Unimed há 13 anos, com competições esportivas com a participação de crianças e adolescentes. Segundo Silveira, a competição visa à democratização da prática esportiva e o apoio social. “Pretendemos que todos os jovens estudantes possam participar, como um fator de desenvolvimento humano, físico, intelectual e social”. No caso do marketing esportivo há uma característica diferenciada das outras estratégias, pois ele atinge o consumidor em momentos de lazer, quando está mais aberto à mensagem da empresa e dos produtos. “Com o investimento no esporte atingimos todos os nossos objetivos de comunicação, com a interação junto aos jovens de forma direta e com a comunidade em geral em momentos de diversão e confraternização”, diz Silveira,
Lei de Incentivo ao Esporte A Lei de Incentivo ao Esporte, 11.438 de 2006, prevê a destinação de uma parcela do Imposto de Renda para o esporte. As pessoas físicas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda podem destinar até 6% e as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real podem destinar até 1%. Podem receber o incentivo instituições sem fins lucrativos e de natureza esportiva, com pelo menos um ano de funcionamento. Todos os projetos precisam ser analisados e aprovados por uma comissão técnica composta por representantes governamentais e membros do setor desportivo e paradesportivo.
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empresa. “Patrocinamos um atleta do atletismo. O resultado foi bastante positivo e até um funcionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos telefonou parabenizando pelo trabalho”. Associar à marca ao esporte faz com que o consumidor passe a nutrir um sentimento de simpatia pela marca, mas uma atitude indevida da equipe patrocinada ou dos dirigentes pode causar consequências negativas à imagem da empresa. E é justamente por isso que a usina avalia com critérios o projeto que irá investir. “Devemos conhecer bem os responsáveis por organizar e levar o projeto adiante para termos certeza de que o resultado do investimento será positivo e bem aplicado”, explica. Outro esporte que recebe o patrocínio da iniciativa privada é o handebol. Por meio do projeto “Pró-handebol Social Unimed”, financiado pela cooperativa Unimed Regional de Maringá, mais de 700 crianças de escolas públicas passaram a receber incentivo para a prática esportiva desde 2003. De acordo com o diretor de mercado, José Francisco da Silveira, este incentivo, que inclui custeio dos professores e de uniformes, tem levado o esporte da cidade à equipe nacional. “Alguns atletas formados no handebol de Maringá foram convocados para a seleção brasileira e até técnicos maringaenses fazem parte do time”. No caso da Unimed, o investimento em esporte é uma estratégia que culmina com os objetivos da empresa. “Hoje a Unimed Maringá patrocina atletas e eventos que promovem saúde, bem-estar, qualidade de vida, medicina preventiva, educação, responsabilidade social,
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esporte tunidade para crianças e jovens praticarem o esporte e até serem atletas profissionais, vivendo longe das drogas e da marginalidade”. O PAM apoia outras modalidades esportivas, como o jiujtsu, atletismo e futebol de campo. Fundada por veteranos, a Associação Maringá de Basquete tem proporcionado a prática de esporte para mais de 600 crianças, que devem ter boas notas na escola, já que os boletins são checados pelos veteranos e pelos professores de A equipe de vôlei maringaense disputa jogos de níveis nacionais, mas para ingressar na Superliga será necessário um investimento muito maior, segundo o técnico, Dema educação física. Para o atual presidente No caso de empresas relaciona- da Associação, o veterano Otávio acrescentando que diversos atletas que participaram da Copa Unimed, das à área da saúde, como o PAM, Chaves, mais conhecido como hoje são clientes. Para ele, “o es- o investimento em esporte pode Cambará, sem o incentivo das emporte é mais rentável do que várias incentivar a prática de exercícios presas, neste caso principalmente mídias tradicionais por acrescentar físicos, que são mantenedores da da Usina Santa Teresinha, o projeto à mensagem uma grande dose de boa saúde. “Acreditamos que quan- não teria continuidade. Além de dar lugar ao basquete na emoção. E a empresa por meio dos do uma pessoa escolhe um plano valores atribuídos ao esporte, como de saúde, se lembrará de uma ope- rotina diária, com os treinamentos superação, trabalho em equipe e radora socialmente responsável”, na associação, as crianças passam a liderança, fica registrada na vida diz o presidente do PAM Saúde, criar expectativas para o futuro. De acordo com Cambará, os profissiodas pessoas como incentivadora do Paulo Lima. Lima acrescenta que antes de nais envolvidos são exemplo para sucesso individual”, diz Silveira. investir num esporte é preciso pla- as crianças. “Eles são espelhos, pois nejamento para identificar como disputam na equipe principal. Isso Resultados O Ciagym, que assiste diretamen- obter retorno. Planos de comunica- desperta o interesse das crianças te mais de 550 crianças e jovens ção, de marketing e de assessoria pelos ídolos e incentiva a vontade que praticam várias modalidades de imprensa compõem o mix de de progredir no esporte”. Outro exemplo de projeto que de esporte, entre elas o futsal e a ferramentas que podem potenginástica rítmica, é patrocinado pelo cializar o investimento. “Fazemos sobrevive com patrocínio é a AsPAM Saúde em parceria com o Ins- análises sobre o reflexo que a ação sociação Maringaense de Voleibol tituto de Medicina Integrada (IMI). do marketing esportivo causa à (Amavolei). De acordo com um dos Além disso, as mães dos atletas imagem da empresa. É necessário fundadores, o professor e técnico têm a oportunidade de capacitação ter estratégia em qualquer ação de voleibol em Maringá há mais profissional com o projeto Bordan- que influencie na imagem da or- de 30 anos Valdemar Umbilino do a Cidadania, onde aprendem a ganização”, afirma Lima. Mas ele da Silva, conhecido como Dema, bordar, o que pode auxiliar na renda reforça a importância do projeto sem recursos seria difícil manter como apoio social. “Damos a opor- o projeto. “A importância destes mensal das famílias envolvidas.
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de Maringá à Amavolei totalizam aproximadamente R$ 206 mil por ano. De acordo com o Secretário de Esportes, Walter Guerlles, o custeio da participação em competições nacionais não é responsabilidade da secretaria. “Quase todas as equipes que disputam as ligas nacionais são patrocinadas pela iniciativa privada. Incentivamos a participação nos jogos oficiais do Paraná, que sào os Jap’s e Jojup’s”, explica. Guerlles ainda analisa que as empresas, ao investirem no esporte, “têm o fortalecimento da marca, conquista de mercado, aumento do reconhecimento do público, envolvimento da empresa com a comunidade e responsabilidade social.” Para a manutenção dos treinamentos, além do incentivo financeiro da prefeitura de Maringá por meio da Secretaria de Esportes e Lazer, a Amavolei conta com o apoio do Colégio Regina Mundi, Faculdade Uningá, Academia do Futebol e do Santa Rita Saúde.
“Temos vontade de trabalhar e atletas dedicados, mas precisamos de apoio para conseguir treinar e sustentar a equipe”, diz o técnico, Erick Moreno Marques
Falta de patrocínio leva equipe a representar outra cidade “A falta de apoio fez com que meus alunos passassem a disputar campeonatos de natação representando outra cidade.” A afirmação é de Erick Moreno Marques, técnico da Escola de Natação Ingá Pool. Desde 2007, a escola oferece bolsas para que crianças carentes tenham a oportunidade de praticar o esporte. A equipe representava Maringá nas competições até o ano passado, mas por falta de recursos neste ano os atletas maringaenses passaram a disputar os campeonatos representando a Associação Atlética Comercial de Cascavel. Marques conta que a equipe tem atletas que estão classificados entre os 20 melhores do país, um deles inclusive é campeão brasileiro e agora está treinando em São Paulo por falta de patrocínio em Maringá. Segundo ele, há atletas que são potenciais candidatos a participar das Olimpíadas de 2016. “Mas como vou mantê-los até lá?”, indaga. Ele mesmo já tirou “dinheiro do bolso” para que os atletas pudessem participar das competições. “Temos vontade de trabalhar e atletas dedicados, mas precisamos de apoio para conseguir treinar e sustentar a equipe”.
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recursos sejam eles financeiros ou de infraestrutura é primordial para o projeto”, diz. Mas ele também lembra que a Amavolei já enfrentou dificuldades financeiras. Dema analisa que o custo para a realização de treinamento de qualidade dos atletas depende dos objetivos propostos. “Atualmente temos boa participação em Jogos da Juventude e Jogos Abertos do Paraná, mas para ingressarmos na Superliga, de nível nacional, o investimento deve ser bem maior. Sem verba não adianta nem tentar”. Associações como a Amavolei ajudam a divulgar o nome de Maringá na mídia nacional e contam com torcedores fiéis. “Nossa cidade é carente de ter atletas com participações esportivas de alto nível e o torcedor nos cobra na rua por esta falta de participação, mas dependemos dos governantes e de empresários que queiram investir”. Os recursos repassados pela Secretaria de Esportes e Lazer
Saúde
Primeiros socorros que salvam vidas
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á três meses o empresário Antônio Roberto Cuenca Areas sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Socorrido imediatamente, ele foi levado ao hospital e ficou três dias em observação na UTI. O atendimento feito por uma equipe médica especializada e o socorro rápido foram cruciais para que Areas não ficasse com sequelas graves. Hoje o empresário sente apenas um pouco de dificuldade de movimentar uma das mãos. O médico que conduziu o atendimento do empresário foi Paulo César Otero Marcelino, que ressalta que diante de uma pessoa que está sofrendo um AVC o primeiro passo deve ser pedir socorro por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que fará o encaminhamento ao hospital que terá um médico especialista de plantão. O médico alerta que se deve evitar a procura de um hospital por conta própria, já que o paciente perderá tempo no atendimento e às vezes será levado a um hospital que não tem serviço especializado. Mas como reconhecer os sinais de um AVC? Eles geralmente aparecem de forma súbita, sendo que os principais são desvio da boca,
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perda da força de um lado do corpo e dificuldade para falar. Os sintomas podem ser isolados ou não. O próprio Areas estava trabalhando quando sentiu a boca entortar e perdeu a força do braço. Ele acreditava que estava sentido apenas um mal-estar, mas os colegas de trabalho resolveram levá-lo ao hospital. Era um AVC. Para capacitar a população com foco na melhoria dos índices de sobrevida de vítimas de AVC sem sequelas, de parada cardiorrespiratória (PCR) e infarto agudo do miocárdio (IAM), a Secretaria de Saúde de Maringá firmou, em 2007, uma parceria com o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, que prevê a realização de projetos acordados entre o Ministério da Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). De acordo com o Secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, Maringá é uma das quatro cidades brasileiras contempladas com o programa A Cidade em Defesa da Vida. “A parceria visa à capacitação de profissionais da
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Socorro rápido e procedimentos corretos fazem a diferença entre a vida, sem sequelas, e a morte para vítimas de acidentes de trânsito e AVC; saiba reconhecer sinais de acidentes cerebrais e o que fazer num acidente de trânsito com vítima
saúde e da comunidade no atendimento de urgência e emergência até a chegada do Samu”, diz Nardi, acrescentando que o atendimento pronto e de boa qualidade exerce papel crucial na redução da morbimortalidade. A primeira etapa do programa, realizada em 2009, teve foco na capacitação dos profissionais de saúde de níveis superior e médio, como médicos, enfermeiros e odontólogos. Na segunda etapa foram realizados treinamentos para professores das redes municipal, estadual e privada de ensino, edu-
Equipe de atendimento do Samu: nos quatro primeiros meses do ano foram registrados mais de 2,7 mil acidentes na cidade
cardiorrespiratória aumentou de 2% para 5%. Além disso, houve diminuição de tempo entre o registro do acidente e a chegada do Samu, aumento do número de pacientes que recebem ressuscitação cardiopulmonar (RCP) antes da chegada do Samu, melhora da qualidade da RCP, aumento da porcentagem de choques por desfibrilador no primeiro minuto após o colapso e aumento do retorno da circulação
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cadores físicos, escoteiros, pastores e membros de pastorais da saúde. Na terceira etapa, iniciada em 2010, foram capacitados 3,8 mil alunos dos ensinos fundamental e médio da rede municipal de ensino. Esta etapa prossegue atualmente com a capacitação direcionada à população em geral. Prova da eficácia da parceria é que a taxa de sobrevida sem sequelas nas vítimas de parada
espontânea devido a RCP. Houve também um aumento significativo do número de pacientes que chegam vivos aos hospitais e aumento do número de pacientes que receberam alta hospitalar com diminuição das sequelas neurológicas. Até o momento dez mil pessoas foram capacitadas para atender casos de urgência e emergência e, segundo Nardi, a meta é ao final do projeto ter 50% da população maringaense capacitada. Quando o assunto é trânsito, o secretário diz que os primeiros minutos após o acidente são cruciais e o socorro rápido e eficiente faz a diferença entre a vida e a morte da vítima. “Um atendimento ágil e tecnicamente efetivo evita ações que no intuito de ajudar, muitas vezes podem provocar ainda mais danos por mexer na vítima de forma inadequada”, diz. Ele explica que em alguns casos, o “auxílio” pode até resultar na morte do acidentado, já que as estatísticas mostram que em acidentes de automóvel cerca de 20% dos óbitos ocorrem por falta de primeiros socorros ou mau atendimento. O índice pode ser reduzido consideravelmente se a população estiver preparada para reconhecer uma parada cardiorrespiratória e realizar o atendimento adequado até a chegada do Samu, realizando a desobstrução das vias áreas superiores, fazendo massagem cardíaca e acionando o socorro imediato. Mas quem deverá ser acionado em caso de acidente? Conforme um convênio firmado entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a Prefeitura de Maringá e a Polícia Militar, em acidentes de trânsito a responsabilidade pelo atendimento é da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros (SIATE) e do
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A primeira providência diante de uma pessoa que está sofrendo AVC é acionar o Samu para verificar qual hospital conta com um especialista de plantão, segundo o médico Paulo César Otero Marcelino
Samu. “É também de responsabilidade exclusiva da Polícia Militar a elaboração dos boletins de ocorrência dos acidentes”, diz o Secretário de Transportes de Maringá, Valdir Pignata. O 2º tenente do Corpo de Bombeiros de Maringá, Nivaldo do Rego, explica que quando houver qualquer acidente com trauma, primeiramente deve-se acionar o Corpo de Bombeiros e em caso de acidente de trânsito, a Polícia Militar também deverá ser acionada pelo telefone 190. “Quem for comunicar o acidente ao Corpo de Bombeiros deve informar o local exato da ocorrência, identificando um ponto de referência, e fazer uma descrição sumária sem se preocupar em dar muitos detalhes para não atrasar o acionamento da equipe de socorristas”, alerta. A responsabilidade da Setran, segundo Pignata, é exclusivamente de fiscalizar o trânsito na via onde foi registrado o acidente de
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trânsito. E até que a Polícia Militar e os agentes da Setran cheguem ao local, o conselho é que sejam tomadas as medidas de segurança, ligando o pisca-alerta, acendendo os faróis e colocando o triângulo de sinalização. O tenente Rego explica que os primeiros socorros dependem do tipo de acidente, tipo de lesão e estado da vítima. A função dos bombeiros é providenciar a segurança do local, identificar a vítima e a extensão dos ferimentos, realizar os procedimentos obedecendo a um protocolo de atendimento para cada caso e informar o médico regulador do Samu, que orientará para qual unidade médica o paciente será encaminhado. Dependendo da gravidade do caso, será encaminhado para o local um suporte avançado (médico). Marcelino alerta que o ideal é não tocar na vítima de acidente, mas existem situações em que o risco de
vida é eminente e, nestes casos, é possível ajudar, mas sempre protegendo a região cervical, por ser um local sensível a trauma e que pode ser fraturado facilmente. Ocorrências Motociclistas e condutores alcoolizados aliados a imprudência e excesso de velocidade representam a maioria dos acidentes ocorridos no trânsito de Maringá, segundo o tenente Rego. De acordo com dados da Setran, de janeiro a abril deste ano foram registrados 2.724 acidentes, com 22 vítimas fatais. Em 2010 ocorreram 6.628 acidentes, com 81 óbitos. Pignata explica que os locais com maior número de acidentes são as avenidas Brasil e Morangueira, seguidos das avenidas Pedro Taques, Anel Viário Sincler Sambatti, Tuiuti, Mandacaru, Alexandre Rasgulaeff, Cerro Azul, Guaiapó e Paraná. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são con-
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sideradas oficias as mortes ocorridas no local ou após 30 dias. “No Brasil, “95% das cidades informam somente as mortes no local”, diz o secretário, acrescentando que Maringá segue a proposta da ABNT. As sirenes dos veículos socorristas são sinais fáceis de identificar e não devem ser ignoradas pelos motoristas. Se uma ambulância ou viatura trafega com a sirene acionada, o motorista pode “furar” o sinal ou jogar o carro no acostamento para liberar a passagem, procedimentos que, aliás, estão previstos no Código de Trânsito Brasileiro. De acordo com o código, os Nivaldo do Rego, do Corpo de Bombeiros, aconselha que as pessoas que forem veículos destinados a socorro de comunicar acidentes sejam sucintas e informem o local exato da ocorrência incêndio e salvamento, os da polícia, fiscalização e operações de trânsito e as ambulâncias, além de acionados, indicando a proximida- passado pelo local. prioridade de trânsito, gozam de de dos veículos, todos os condutoPignata acrescenta os veículos livre circulação, estacionamento e res deverão deixar livre a passagem que cometerem infrações de trânparada quando em serviço de ur- pela faixa da esquerda e parando sito para facilitar a passagem de gência e devidamente identificados se necessário, e os pedestres, ao veículos que farão atendimento por dispositivos de alarme sonoro e ouvirem o alarme sonoro, deverão de emergências, como nos casos iluminação vermelha intermitente. aguardar no passeio, só atraves- mencionados acima, não serão Quando os dispositivos estiverem sando a via quando o veículo tiver penalizados com multas.
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Maringá participa de um programa de capacitação de profissionais da saúde e da população para atendimentos de urgência e emergência até a chegada do Samu; na foto o secretário da saúde, Antônio Carlos Nardi
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juliana daibert
Qualificação: a menor distância
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uiz Felipe Teixeira Rodrigues é gerente de manutenção da Construtora Sanches Tripoloni desde o início deste ano. Técnico em mecânica industrial, em eletroeletrônica e em mecânica diesel de máquinas pesadas, Rodrigues coordena uma equipe formada por cerca de 25 pessoas, responsável pela prevenção e manutenção de equipamentos caros. Tamanha responsabilidade parece incompatível com a pouca idade do jovem, que completa 20 anos neste mês. A receita? Além de se declarar um apaixonado por mecânica, robótica, elétrica e eletrônica, ele viu na falta de mão de obra qualificada do setor uma oportunidade de construir o futuro profissional. “Sempre fiz treinamentos e estágios para estar mais preparado para a competitividade no mercado de trabalho”, revela. Além da formação técnica, o gerente incrementou o currículo com cursos complementares, a exemplo de inglês, informática, SolidWorks e AutoCAD, estes últimos específicos para a elaboração de peças de desenho técnico e modelos tridimensionais. O incentivo à qualificação permanente faz parte da rotina do gerente. Há pouco tempo ele passou por treinamento para assumir um cargo de liderança na
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empresa, tendo assistido aulas de psicologia para entender mais sobre liderança e comportamento. Rodrigues se diz satisfeito com a carreira profissional e o posto que alcançou até agora, pelo qual o salário gira em torno de quatro a cinco salários mínimos. Os planos incluem a permanência no cargo de liderança para adquirir mais experiência, iniciar um curso superior e tentar um cargo de diretoria no futuro. Os voos almejados pelo jovem gerente poderiam ser encarados como ousados se a ele faltassem dois requisitos básicos para uma vida profissional de sucesso: paixão pelo que faz e a constante atualização. “O trabalho não é fácil. O cargo que ocupo exige muita responsabilidade, mas é uma área que eu amo. E é isso que acho mais importante, até mais do que o salário”, afirma. No setor em que atua, Rodrigues é uma exceção. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Maringá (Sindimetal), Carlos Walter Martins Pedro, uma situação que desfavorece a indústria é o desinteresse dos jovens pelo setor, fato que não consegue ser revertido nem mesmo com os bons salários oferecidos. “Os jovens muitas vezes preferem ocupar as vagas dos
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Em tempos de economia aquecida, as vagas de emprego só aumentam e para suprir a deficiência de mão de obra, empresas precisam qualificar novos trabalhadores para não correrem o risco de ter que frear o crescimento
Falta de mão de obra é um problema enfrentado por diversos segmentos e há até concorrência entre as empresas para contratar profissionais que estão concluindo cursos de formação
até o mercado de trabalho a dois anos e os alunos que se destacam são encaminhados para a contratação formal. Foi o caso de Kássia Adriana Antunes. Com o ensino médio completo, ela fez o curso de torneiro mecânico e trabalha desde fevereiro na Planti Center, em Marialva, uma indústria de plantadeiras. Uma das poucas mulheres do setor, Kássia quer se especializar na área de torno CNC, um equipamento automático no qual o processo de usinagem é feito por comandos numéricos computadorizados. “Vi no curso uma oportunidade de emprego. O trabalho é bom, mas puxado.”
último, no mês passado, foi no Parque Itaipu. Senai e Sindimetal abriram 40 vagas para homens e mulheres no curso de auxiliar de mecânica industrial, com duração de duas semanas. Os alunos com boas notas seriam encaminhados para emprego imediato. Estes cursos são direcionais para as funções nas quais a demanda por mão de obra qualificada é maior, como soldador, auxiliar de mecânica industrial, torneiro mecânico CNC e convencional. A duração é de dois meses
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shoppings dos que as das indústrias. Precisamos conscientizá-los de que o trabalho na indústria é digno, bem remunerado, num ambiente limpo e rentável”, diz Pedro. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é um dos aliados na formação deste profissional tão requisitado pelo mercado de trabalho. Somente com o Sindimetal, o Senai promove cursos gratuitos em bairros da periferia de Maringá e em pequenas cidades da região. O
Empregabilidade Se, muitas vezes, o diploma em nível superior não é garantia de uma boa colocação no mercado de trabalho, o contrário se pode dizer da educação profissional oferecida pelo Senai. O coordenador de educação profissional do Centro de Educação Profissional do Senai em Maringá, Cláudio Alves Batista, informa que a empregabilidade chega a 95%, dependendo da modalidade do curso e da área de atuação. No entanto, uma especificidade contribui para o elevado índice. “Para as ocupações industriais, a qualificação profissional é um pré-requisito. Certas funções não podem ser exercidas sem o devido preparo”, explica. Paulo Mascarenhas de Oliveira concluirá o curso de técnico em eletrotécnica em julho e já está trabalhando como autônomo. Torneiro mecânico por profissão,
ele migrou de área depois de 18 anos de dedicação por conta de um acidente de trabalho sofrido em 2007. “Ser torneiro mecânico é a paixão da minha vida profissional, é tudo o que gosto de fazer. Fui obrigado a mudar de setor por necessidade, para voltar a trabalhar”, conta. Algumas indústrias optam por preencher as vagas disponíveis por meio do Banco de Emprego do Senai – alternativa utilizada com frequência pelos associados do Sindimetal - ou pelo programa de qualificação in company. Enquanto por meio do Banco de Empregos, os alunos e ex-alunos (qualificados ou que estão se qualificando) do Senai são encaminhados para o mercado de trabalho, após passar por uma triagem com assistente social do sindicato em questão, a modalidade in company é desenvolvida exclusivamente para a empresa. “O conteúdo e a carga
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Gerente de manutenção, Luiz Felipe Rodrigues comanda uma equipe de 25 pessoas; ele sempre investiu em treinamentos e estágios para se preparar para o mercado
horária são estruturados em conjunto, adequados às necessidades da empresa e dos colaboradores”, diz Batista, do Senai. Tecnologia da informação Mas não é apenas a indústria
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A empregabilidade entre as pessoas que concluíram cursos de educação profissional chega a 95%, dependendo da área de atuação, segundo o coordenador do Senai, Cláudio Alves Batista
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que tem enfrentado dificuldade para contratação de mão de obra especializada. O setor de tecnologia da informação tem investido em qualificação para suprir a demanda por postos de trabalho. Maringá possui cerca de 70 empresas formais de software, que geram por volta de dois mil empregos diretos. Em uma pesquisa informal realizada no início de 2011 com mais de 30 associadas, a Software by Maringá (SbM) detectou que até o final do ano a maioria tem planos de crescimento, o que poderá agravar o já presente déficit de mão de obra, estimado em 150 postos de trabalho. Uma das alternativas para minimizar o problema é o treinamento em tecnologia da informação realizado em parceria com o Senai, por meio do Centro de Tecnologia e Educação Profissional de Maringá (CTM). Instituído em 2007, o SbM-Trainee oferece 20 vagas em treinamentos contínuos, com duração média de três meses. Os alunos aprendem
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“A mão de obra está escassa realmente. Estamos com um grupo de empresas no limite da produção”, diz o presidente da SbM, Sandro Molés da Silva
Incentivo à ascensão profissional A política de qualificação profissional da Noma do Brasil começou em 1980. Em 2001 o trabalho foi intensificado e tiveram início as atividades de treinamento na empresa, oferecendo aos colaboradores aulas teóricas e práticas. Todos os novos funcionários participam de treinamento de integração no dia da admissão e seguem treinando durante o período de experiência. Os treinamentos internos visam dar oportunidade de promoção e crescimento profissional àqueles que já estão na empresa, assim como suprir uma necessidade dos setores onde há a exigência de qualificação específica e dificuldade de contratação. “Todos os dias temos turmas sendo treinadas para o desenvolvimento dos nossos colaboradores. Os treinamentos seguem um cronograma de
demanda interna e atualmente os mais realizados são de pintura, solda, montagem de equipamentos, metrologia e leitura e interpretação de desenhos”, diz Ariane Romagnolli, gerente de Talentos Humanos. Segundo ela, 73% dos funcionários que hoje trabalham na área produtiva da fábrica se profissionalizaram internamente. “Temos funcionários que começaram na função de ajudante geral e hoje exercem cargos de gestão, pois aproveitaram as oportunidades oferecidas pela empresa e participaram dos treinamentos internos”, diz ela. A exemplo de outros indústrias do setor metalmecânico, a principal demanda da empresa no corpo funcional é de operadores de máquinas, para as funções de tornos e prensas, além de pintura e solda.
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noções de lógica, programação e até de psicologia. A cerimônia de encerramento do curso da última turma, formada por 11 alunos, foi em 24 de maio. “A mão de obra está escassa realmente. Estamos com um grupo de empresas no limite da produção”, afirma o presidente da SbM, Sandro Molés da Silva. Além do treinamento para quem já quer atuar na área, a entidade busca despertar no jovem o interesse pela tecnologia da informação, por meio de palestras em escolas e universidades. “Mostramos a esses estudantes que o salário é bom, o ambiente de trabalho é clean e as vantagens, como premiações, são frequentes”, diz Molés. De acordo com ele, a média salarial no setor, que pode ter sete níveis a partir da equipe técnica a gerente de projetos varia entre R$ 800 e R$ 6 mil. Entre as empresas que contrataram profissionais formados pelo SbM-Trainee o índice de satisfação é alto. O diretor administrativocomercial da TecnoSpeed, Erike Almeida, contratou sete formandos ao longo do ano passado, dos quais cinco continuam na empresa. “Tivemos uma boa efetividade. É claro que os profissionais não saem preparados para exercer as atividades que necessitamos. Mas é um investimento que vale à pena, pois eles adquirem uma boa noção na escola e com o treinamento interno chegam ao ritmo esperado”, explica. Almeida tinha intenção de contratar mais formandos, mas foi impedido pela grande disputa entre as empresas. Em fase de crescimento, a TecnoSpeed pretende contratar mais 15 colaboradores até o final do ano.
cultura empresarial
Lendo
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O que estou
Vale a pena
Leila Gimenes de Oliveira - geógrafa e corretora
Eduardo Xavier jornalista
Padre Reginaldo Manzotti - Sinais do sagrado Lembra minha infância dentro da igreja por trazer músicas católicas, mas com uma nova interpretação. O álbum tem a proposta de fazer as pessoas voltarem às raízes de sua fé. Gosto de ouvir este CD no automóvel, pois as músicas são calmas e tiram um pouco a tensão de dirigir. Paula Fernandes - ao vivo 2011 Paula Fernandes tem uma voz linda, calma e uma interpretação impressionante. E mesmo interpretando músicas populares e sertanejas conhecidas, ela consegue alcançar o diferencial. É preciso ter sensibilidade e delicadeza para apreciar seu trabalho.
Assistir Vale a pena
libertar da rígida família mulçumana e vai tirá-lo do cotidiano ermo e devolvê-lo à vida. Os personagens vivem na Alemanha, mas têm suas raízes na Turquia, portanto, há cenários alemães e turcos. A trama é totalmente envolvente, os atores são competentes, a trilha sonora é excelente e a questão cultural apresentada desperta ainda mais interesse no expectador. Um filme imperdível para quem gosta de um drama realista.
O vendedor de sonhos e a revolução dos anônimos Augusto Cury Editora: Academia 320 páginas
É uma história bacana porque um homem misterioso começa a reconstruir sua vida vendendo sonhos e retorcendo a sociedade. É uma mistura bem elaborada de loucura e sanidade mental, dentro da complexidade do ser humano.
Contraponto -
Terry Gilliam (2005)
Amanda Delívio Sanches Salinas secretária executiva
Contra a parede – Fatih Akin (2004) Vencedor do Urso de ouro de melhor filme de 2004, Contra a Parede é um dos meus filmes favoritos. A história começa a se desenrolar de maneira rápida. O primeiro personagem que se conhece é Cahit (Birol Ünel ), um viúvo que não tem perspectivas de vida e tenta suicídio. No hospital psiquiátrico ele conhece Sibel (Sibel Kekilli), uma jovem que quer se
Navegar Vale a pena
Contraponto é um suspense que prende a atenção até o final da trama. O filme utiliza vários efeitos visuais para contar a história de uma garotinha que tem como única amiga a imaginação fértil. A história mescla a inocência infantil com problemas sociais, como a dependência química e a deficiência mental. Quando sua mãe morre, Jeliza-Rose (Jodelle Ferland) e o pai (Jeff Bridges) se veem obrigados a mudar para a casa da avó de Jeliza em outra cidade. Lá muitas coisas irão acontecer e a garota viverá aventuras diferentes, mais assustadoras e inusitadas do que as abordadas em filmes infantis.
Indicações para o Cultura Empresarial podem ser enviadas para o e-mail textual@textualcom.com.br
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http://www.advbpr.com.br/blog/: site da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – diretório Paraná, com artigos de diversos articulistas, notícias, vídeos e outros http://www.brasileficiente.org.br: o Movimento Brasil Eficiente foi criado para sensibilizar a população e governantes para a importância de reduzir a carga tributária sobre o setor produtivo e simplificar a estrutura tributária; o site traz notícias, estudos, vídeos e dez propostas para um Brasil mais eficiente http://www.iececon.net/: o Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica foi criado para acompanhar a evolução da economia e da política econômica brasileira; o site traz pesquisas, publicações e um link de Observatório da Economia local, com vários textos
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Inveja - mal secreto Zuenir Ventura Editora: Objetiva 268 páginas
A inveja é o pior dos pecados e também inconfessável. Ninguém a reconhece. Neste livro, o jornalista Zuenir Ventura é mágico ao descrever esse intenso pecado, suas mais variadas caras, sempre com toques de humor. A obra é o primeiro volume da coleção Plenos Pecados, que é relativamente antiga (lançada pela Editora Objetiva em 1998). Mas o livro vale a pena e cria o desejo de ler as outras obras da coleção, de “se dedicar a mais pecados e seus autores”.
estilo empresarial
Dayse hess
Um ser social no ambiente de trabalho
A
Ivan Amorin
Com as redes sociais cada vez mais populares, os universos pessoal e profissional estão mais próximos
dando de ressaca. Muito menos publique frases do tipo: “Odeio segundas-feiras!” ou “Acordei de mau humor, tenho reunião com meu chefe”. Outro proveito que se pode tirar é usar o espaço virtual como uma vitrine e mostrar o que você tem feito para se atualizar como profissional, como cursos, palestras, feiras e seminários. Sempre escrevendo de forma correta, com uma visão positiva e de maneira bem educada. E boa educação vale também para os relacionamentos fora do computador. Porque por mais que a mais tecnologia esteja ao nosso alcance, somos muito mais reais
do que virtuais - pelo menos por enquanto. Assim, manda a cartilha da boa educação que se diga bom dia, boa tarde e boa noite, sempre que chegar ao escritório ou evento de trabalho. O fato de passarmos mais tempo diante de um computador do que frente a frente com as pessoas não anula a necessidade de dizer palavras simples, como por favor, com licença e obrigado. E, se não for pedir demais, lembre-se que um leve sorriso faz a diferença. Dayse Hess é jornalista e especialista em design de moda
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questão é simples: você tem algum colega ou contato profissional na lista de amigos do Facebook ou Orkut? Muito provavelmente sim. E se ainda não, será uma questão de tempo para que isso aconteça. Uma tendência quase impossível de ser freada e que deve ser recebida com cuidado, pois com a popularização das redes virtuais de relacionamento, impulsionada pela agilidade dos smartphones, informações antes discutidas apenas no ambiente íntimo estão aí, no ar, para todo mundo ver. Mas, por mais que estejam explícitos rotinas, alegrias, angústias, desejos e realizações nas páginas virtuais, não há, na verdade, uma garantia de que tudo isso seja verdade. Se por um lado, isso facilita obter informações sobre determinada pessoa e abre novas possibilidades, por outro, é preciso analisar se estas informações realmente revelam o que a pessoa é ou apenas o que ela quer mostrar. O que pode dar mais credibilidade a estes dados é a criação de redes sociais corporativas, um caminho seguro e conectado a uma nova realidade. Ao usar uma rede social ou sites de relacionamento, seja ele corporativo ou não, todo profissional deve ter em mente que alguns limites jamais devem ser ultrapassados. Primeiro: não acessar estes sites do ambiente de trabalho para uso pessoal, tenha bom senso, sempre bom senso. Segundo: cuidado com as informações postadas, mesmo que seja de casa, no domingo, jamais coloque uma foto sua chegando em casa depois de umas taças de vinho a mais ou acor-
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NEWS Cursos Informações e inscrições: capacitacao@acim.com.br ou pelo fone 44-3025-9640 GESTÃO DE PESSOAS Instrutoras: Enicéia Silva e Daniela Zanuto Data: 4 a 7 de julho, das 19 às 23 horas
DEPARTAMENTO PESSOAL Instrutor: Edson Palma Data: 11 a 22 de julho, das 19 às 23 horas LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO Instrutor: Tarcísio Marcelo Menezes Data: 11 a 15 de julho, das 19 às 23 horas C.F.I - CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES Instrutora: Elizabete Willemann Data: 11 a 28 de julho, das 19 às 23 horas ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS Instrutor: Agmar Vieira Junior Data: 25 a 29 de julho, das 19 às 23 horas FORMAÇÃO DE AUDITOR INTERNO DA NORMA ISO 9001 Instrutor: Osmar da Cruz Martins Data: 30 de julho e 6 de agosto, das 8 às 17 horas
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PROCEDIMENTOS PARA PARTICIPAR DE LICITAÇÕES Instrutores: Michelle Shimoda e Luís Fernando Otero Data: 9 e 16 de julho, das 8 às 18 horas
Associado do mês Há cerca de dois meses no mercado maringaense, a Loja das Fábricas comercializa roupas para todas as idades, artigos de cama, mesa e banho. A loja foi fundada há quase duas décadas em São Paulo e hoje, além de Maringá, tem nove unidades nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Segundo o proprietário, Claudenor Nunes, a ideia de abrir uma filial em Maringá surgiu por tratar-se de uma cidade próspera. A empresa se associou à ACIM com o objetivo de “estar sempre informada das novidades, promoções, palestras, leis trabalhistas e tudo que envolve o comércio e o trabalho”. Nunes já aderiu ao SAIC com o objetivo de ter mais segurança nas vendas. A Loja das Fábricas fica na avenida Pedro Taques, no Jardim Alvorada, 1672. O telefone é o (44) 3025-7325.
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Festas & Noivas
Acessibilidade nos prédios
Dez mil pessoas são esperadas na Feira Festas & Noivas, que acontecerá entre 17 e 19 de junho, no Excellence Centro de Eventos, em Maringá. No evento, que é uma realização da ACIM, haverá mais de 70 estandes e está confirmada a participação de floriculturas, bufês, empresas especializadas em eventos, decorações, hotéis, salões de beleza, acessórios, bandas, estúdios de fotografias, agências de viagens, entre outros. A entrada na feira custará R$ 2, com estacionamento gratuito. O horário de funcionamento será das 16 às 22 horas.
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Os conselheiros do comércio da ACIM se reuniram em 18 de maio para discutir a lei de acessibilidade em prédios comerciais. Quem conduziu a palestra foi o contador José Vanderlei Santana, que integra o conselho superior da entidade. Ele comentou sobre à adequação à lei para a emissão dos alvarás de funcionamento, que inclui acesso ao imóvel por rampa ou elevador e adequações de banheiros (portas com vão de 80 centímetros e instalação de barras de apoio, por exemplo). Santana comentou ainda que alguns empresários estão assinando termos de ajustamento de conduta (TAC) junto à prefeitura para a realização de adaptações em prédios mais antigos e imóveis cujas as readequações para cumprimento da lei são mais difíceis de serem feitas.
O presidente da ACIM, Adilson Emir Santos, recebeu a medalha Coronel Sarmento, que é uma condecoração da Polícia Militar do Paraná para premiar pessoas que se destacam em favor da causa pública e também por atos de heroísmo no desempenho da função policial militar. Ela é anualmente conferida pelo Governador do Paraná, mediante proposta do Comandante Geral da Polícia Militar que avalia nomes indicados pelos comandos regionais da PM. A solenidade de entrega da medalha foi em 17 de maio no 4º Batalhão de Polícia Militar do Paraná e além de Santos foram homenageados o presidente do Grupo Noma do Brasil, João Noma, o prefeito Silvio Barros e Amaury Meller, da Faculdade Maringá.
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Condecoração da Polícia Militar
Edmar Arruda na acim O deputado federal Edmar Arruda conversou com empresários na sede da ACIM em 23 de maio. Como ele é membro das comissões Mista de Orçamento e Fiscalização, Tributação e Finanças e de Reforma Política, tem tido reuniões com a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. E foi justamente a visão do governo sobre as perspectivas da econômica brasileira e mundial e as políticas conduzidas pelo Banco Central o tema da palestra dele. Arruda destacou que a perspectiva de crescimento do PIB brasileiro, de 4,5%, é maior do que a prevista para os EUA, Canadá e Alemanha, e menor do que a China e Índia. Ele também destacou que o crescimento da inflação não é apenas uma preocupação brasileira, já que diversos países, como Rússia, China e Chile, têm enfrentado o mesmo problema. Na apresentação, o deputado falou ainda sobre balança comercial e investimento estrangeiro. Ele defendeu urgentemente a realização de uma reforma tributária, com a simplificação tributária e a adoção de um imposto sobre valor agregado (IVA), aglutinando todos os impostos federais incidentes. Walter Fernandes
Formação de gestores de academias
O Núcleo de Academias e Escolas de Natação de Maringá (Nusa), ligado ao Programa Empreender, está realizando o curso de Formação de Gestores para Academias da Fitness Manager School (FMS). São dez encontros, que acontecem todas as sextas-feiras nas instalações do Centro de Treinamento e Desenvolvimento da ACIM. No primeiro encontro, que aconteceu em 13 de maio, o gerente técnico de academias Márcio Torres ministrou a palestra “Gestão da musculação e personal training”. O curso conta com o apoio do Sindicato das Academias e Atividades Afins (Sinacad) e do Conselho Regional de Educação Física (CREF).
Palestra sobre investimentos
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Em 18 de maio aconteceu mais uma edição do Copejem Business, que é uma palestra realizada pelo Copejem cuja participação é gratuita. A analista de relações com investidores, Márcia Denes, e o gerente de relações com investidores, Marc Grossmann, ambos da São Carlos Empreendimentos, ministraram uma palestra sobre investimentos e administração de imóveis comerciais, com foco na renda com aluguel e a valorização.
Penso assim
adir ribeiro
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Como obter sucesso na escolha e implantação de uma franquia
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Definitivamente, não pode haver a sensação de que é só comprar uma franquia e começar a contabilizar os lucros, pois o mercado apresenta diversos casos de insucesso. Para minimizar riscos, é preciso tomar uma série de cuidados, antes e depois de escolher a marca Com o setor de franquias brasileiro crescendo a passos largos e batendo recordes todos os anos, algumas pessoas têm a falsa sensação de que se trata de uma espécie de fórmula mágica, onde basta escolher uma boa marca e o sucesso estará garantido. Apesar das franquias apresentarem baixa taxa de mortalidade quando comparadas aos negócios independentes, elas apresentam riscos. Definitivamente, não pode haver a sensação de que é só comprar uma franquia e começar a contabilizar os lucros, pois o mercado apresenta diversos casos de insucesso. Para minimizar riscos, é preciso tomar uma série de cuidados, antes e depois de escolher a marca. A compra da franquia não pode ser feita de maneira impetuosa somente porque apareceu uma ótima oportunidade, como um ponto de venda. É preciso fazer uma avaliação criteriosa, não só do negócio, mas do segmento e analisar os cenários possíveis, sejam econômicos, sociais ou financeiros, além de ser de suma importância ter a clareza sobre o capital necessário para realizar o investimento inicial e ter sempre planos de contingências caso o negócio demore mais para atingir a maturidade desejada ou não atinja o ponto de equilíbrio financeiro no prazo previsto. Uma autoavaliação sincera também é recomendável, pois quanto maior a identificação com o negócio, maior a chance de sucesso. Nessa fase é interessante que se faça uma análise das ambições do empreendedor, como aonde quer chegar, quantas unidades quer abrir e em quanto tempo. Também é necessário verificar se o empreendedor se encaixa no perfil ideal desejado pela franqueadora. Outro ponto fundamental é conversar com os franqueados da rede para ouvir o que eles têm a dizer e não somente o que “se quer” ouvir. Ninguém melhor do que os franqueados que convivem com a marca, com o sistema de negócios e com o franqueador e sua equipe para dar dicas preciosas sobre o dia-a-dia do negócio e os seus desafios diários. Estas conversas ajudarão a identificar quais são os pontos críticos da franquia e quais os aspectos que “tiram o sono” dos franqueados atuais, sempre levando em conta a ótica de um franqueado. Após o processo de seleção do então candidato começa a montagem do empreendimento, fase que ocorre o maior investimento sem saber se haverá retorno ou não, causando um sentimento de insegurança. Neste momento é importante acompanhar os custos previstos e datas do cronograma de implantação. Avaliar fornecedores que possam apresentar problemas de entrega e obter os certificados e autorizações necessárias para a operação do negócio. É prudente manter o cronograma elaborado pela franqueadora devidamente atualizado e cumprir todas as ações, pois várias etapas se iniciam no mesmo momento, mas não acabam na mesma oportunidade e impactam em ações futuras, comprometendo a inauguração. Vale lembrar que unidade não inaugurada é prejuízo diário, pois cada dia de atraso distancia ainda mais o franqueado do retorno do investimento. Adir Ribeiro é sócio-diretor da Praxis Education, empresa especializada em educação corporativa e consultoria nas áreas de franchising, canais de distribuição e varejo
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A REVISTA DE NEGÓCIOS DO PARANÁ ANO 48 Nº 510 junho/2011 Publicação Mensal da Associação Comercial e Empresarial de Maringá - ACIM / Fone: 44 3025-9595 Diretor Responsável José Carlos Barbieri Vice-presidente de Marketing Conselho Editorial Altair Aparecido Galvão, Emanuel Giovanetti, Wládia Dejuli, Giovana Campanha, Gisele Altoé, Helmer Romero, José Carlos Barbieri, Lúcio Azevedo, Massimiliano Silvestrelli, Miguel Fernando Perez Silva, Sérgio Gini, Walter Thomé Júnior, Tatiane Consalter Jornalista Responsável Giovana Campanha MTB 05255 Colaboradores Giovana Campanha, Juliana Daibert, Ivy Valsecchi, Vanessa Bellei, Verônica Mariano, Vinícius Carvalho, Fernanda Bertolla. Editoração Andréa Tragueta andreatra@brturbo.com.br Revisão Giovana Campanha Helmer Romero Sérgio Gini Capa Anima Lamps Produção Textual Comunicação Fone: 44-3031-7676 textual@textualcom.com.br Fotos Ivan Amorin, Walter Fernandes ctp e Impressão Gráfica Regente Contato Comercial Altair Galvão 9972-8779 aapgalvao@hotmail.com Escreva-nos Rua Basílio Sautchuk, 388 Caixa Postal 1033 Maringá - Paraná CEP 87013-190 e-mail: revista@acim.com.br CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: Adilson Emir Santos CONSELHO SUPERIOR Presidente: Carlos Alberto Tavares Cardoso COPEJEM - Presidente: Cezar Bettinardi Couto ACIM MULHER - Presidente: Pity Marchese CONSELHO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS Presidente: Massimiliano Silvestrelli Os anúncios veiculados na Revista Acim são de responsabilidade dos anunciantes e não expressam a opinião da ACIM A redação da Revista ACIM obedece o acordo ortográfico da Língua Portuguesa.
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