PLANETA TERRA, SUSTENTÁVEL OU INSUSTENTÁVEL?
O Homem, nas suas actividades pode prejudicar o bom funcionamento do planeta TERRA, assim sendo, faremos uma breve referência aos tipos de Poluição provocada por este. POLUIÇÃO DO AR A ATMOSFERA A atmosfera designa-se por uma camada gasosa que envolve a Terra. É constituída por uma série de gases, sobretudo, azoto e oxigénio. A atmosfera tem um grande significado para a vida na Terra pois é ela que proporciona os gases necessários á nossa respiração e á fotossíntese. Ela protege-nos das radiações solares e evita que a Terra se transforme num deserto gelado durante a noite. A nossa actividade humana lança constantemente para a atmosfera grandes quantidades de substâncias poluentes que com o tempo vão transformando a atmosfera. A poluição atmosférica afecta toda a biosfera, alterando gravemente o funcionamento dos ecossistemas. Esses gases atmosféricos formam uma camada que permite que os raios solares cheguem à Terra e evita que eles escapem durante a noite. A emissão de substância perigosas, a utilização de fontes de energia poluentes e a destruição das florestas têm vindo a degradar a atmosfera terrestre. Mudanças na sua composição química podem provocar alteração do clima da Terra e afectam a qualidade do ar que respiramos. O Homem e todos os seres vivos não podem existir sem a protecção da atmosfera terrestre, que constituem um invólucro gasoso com o qual se estabelecem relações de interacção. A espessura da atmosfera está avaliada em cerca de duas centenas de quilómetros, mas as suas propriedades físicas e químicas não são verticalmente homogéneas, determinando a sua divisão em três camadas: troposfera, estratosfera e mesosfera com características diferentes. Apenas a troposfera está em contacto com a superfície terrestre e é com ela que todos os seres vivos se relacionam mais directamente. Possui uma composição química em que os diferentes contituintes se encontram em concentrações compatíveis com a característica da vida na Terra, o mesmo acontecendo com as suas propriedades físicas: temperatura e pressão. Apesar da espessura da troposfera ser de 15 quilómetros somente os primeiros cinco possuem a quantidade de oxigénio suficiente para a sobrevivência de todos os seres vivos terrestres, pelo que é incorrecto pensarmos que o ar è irrespirável e ilimitado. A atribuição da designação troposfera á zona inferior da atmosfera deve-se á permanente mistura de massas de ar que nela ocorrem. Tal facto não se verifica na estratosfera onde os movimentos verticais de massas de ar têm amplitudes fracas conduzindo á estratificação vertical dessas massas. Mas, a atmosfera, deverá ser vista como um todo, uma vez que a divisão em camadas é apenas teórica, porque no seu conjunto funciona um poente fino protector da radiação emitida pelo sol.
OS EFEITOS PARA O HOMEM O caminho de entrada dos poluentes do ar no organismo humano é o sistema respiratório. Este sistema pode ver-se seriamente afectado em função da concentração de poluentes no ar atmosférico. O aparelho respiratório perde em parte a função por causa da irritação das vias respiratórias. OS EFEITOS NA TEMPERATURA E NO CLIMA Por outro lado, nas cidades, os materiais usados na construção absorvem com mais facilidade a redução de solos e reduzem a velocidade do vento. Deste modo, a água da chuva não é absorvida pelo solo, a não ser que se canalize substancialmente. Tudo isso produz um aumento de calor, razão pela qual as temperaturas que se registam nas grandes cidades costumam ser superiores ás do campo. O AR QUE RESPIRAMOS Todas as actividades contribuem para a poluição atmosférica. A indústria e a produção termoeléctrica de bióxido de enxofre são responsáveis pelas emissões de óxido de azoto. Lutar contra a poluição atmosférica é, conhecer melhor a qualidade do ar. PRINCIPAIS POLUENTES DO AR Bióxido de enxofre (SO2): Gás irritante e corrosivo com origem na queima de combustíveis fósseis que contém enxofre (fuel, carvão). É uma das causas das “chuvas ácidas”, podendo causar problemas respiratórios. Óxido de azoto (NOX): resultam de combustão dos motores dos carros e os tipos de instalação de combustão. Provocam também problemas respiratórios e contribuem para a formação de chuvas ácidas. No óxido de carbono (CO): resulta, de combustões incompletas (motores e caldeiras com funcionamento deficiente). A sua instalação pode conduzir à morte asfixia. Ozono (O3): é indispensável na estrutura, é um poluente irritante forma-se de secções foto químicas de outro poluentes e na presença da luz solar. Partículas: imitidas por industrias e pelo tráfico rodoviário. São agressivos e podem contribuir para outras doenças. Chumbo (PB): Resulta da utilização de gasolina com chumbo. Podem problemar as contracções no ar e nos limiares de protecção. Compostos orgânicos voláteis (COV), dióxinas, e metais pesados: Estes são os principais para controlar a qualidade do ar. A LONGA VIDA DOS POLUENTES Os poluentes difundem-se pela atmosfera. A maioria dos poluentes não permanecem aí durante muito tempo, a não ser que se transformem através de reacções químicas que tem origem na estratosfera, ou voltem á superfície da terra através do ciclo correspondente. Algumas substâncias poluentes ficam dispersas pelo ar em direcção á camada superior: a estratosfera. Nesta zona da atmosfera, as massas de ar só se movimentam no sentido horizontal. Por tanto, os poluentes podem permanecer nesta camada muito tempo, exclusivamente mais de cem anos.
O ozono observa as radiações ultravioleta do sol: isto faz com que tenham uma função primacial como protector da vida da terra. AS FUNÇÕES DA ATMOSFERA Ao longo de três mil e quinhentos milhões de anos, a atmosfera tem rodeado a terra, graças á gravidade desta que a retém: se não fosse por força da gravidade, o ar atmosférica juntava-se no espaço exterior. Caso a atmosfera não existisse o céu não seria azul mas sim seria negro e coalhado de estrelas mesmo durante o dia. A radiação seria abrasadora: sem atmosfera não haveria proteccção solar, mas sim um bombardeamento de meteoros; não existiriam nem a penumbra nem o créspula; sem atmosfera não seriam possíveis a radio a televisão e os satélites, não haveria vida sobre a terra. que, apesar do seu poder destruidor, são sintomas de que as mudanças na atmosfera são constantes. A ACÇÃO DO HOMEM Na atmosfera houve sempre partículas sólidas procedentes de processos naturais, tais com erupções vulcânicas, a erosão do solo, etc., que continuamente geraram substâncias potencialmente poluentes. Mas este tipo de poluição é perfeitamente assumida pela mesma natureza, graças a mecanismos de auto purificação que a atmosfera possui, contudo, o equilíbrio entre os elementos componentes da atmosfera é muito frágil e certas interpretação do homem podem alterá-lo de forma negativa. O maior perigo provém da acção directa sobre atmosfera com uma grande lixeira natural, para qual são lançados os fumos provenientes da actividade industrial sem ter em conta as suas características, a sua estrutura e a sua composição. A atmosfera do planeta é uma excepção na medida em que é dos raros recursos naturais que é compartilhado pelo mundo inteiro. Pelo que os efeitos negativos sobre esta são globalmente sentidos. Tendo em conta que os problemas que advêm da atmosfera representam perigo para os organismos têm-se vindo a desenvolver estudos sobre o efeito estufa e a consequente destruição da camada de ozono, para além de provocar as chuvas ácidas, fenómenos estes que contribuem grandemente para a poluição atmosférica. A poluição do ar é a principal responsável pelo efeito estufa e está por detrás de inúmeros problemas ambientais. O que são o efeito de estufa e a camada de ozono? Designa-se por atmosfera a camada gasosa que envolve a Terra. É constituída por uma mistura de gases, sobretudo azoto e oxigénio. A atmosfera desempenha funções de grande importância para os seres vivos: proporciona os gases necessários à respiração e à fotossíntese; protege-nos das radiações solares nocivas; e evita que a Terra arrefeça excessivamente durante a noite, quando não recebe as radiações solares (como se fosse uma manta). A actividade humana, com as suas indústrias, automóveis e aviões, lança constantemente para a atmosfera grandes quantidades de substância poluentes, que, pouco a pouco, vão modificando a sua composição. Os movimentos das massas de ar provocam a deslocação dos poluente, pelo que toda a atmosfera está contaminada, em maior ou menor grau. Os efeitos da poluição atmosférica são, portanto, globais e afectam toda a biosfera, alterando gravemente o funcionamento de muitos ecossistemas.
Mais calor e mais desertos Alguns dos gases atmosféricos formam uma camada que permite que a energia do Sol chegue à Terra, sob a forma de calor, e evita que ela se escape durante a noite. É exactamente esse o efeito do plástico que cobre as estufas. A actividade humana provocou um aumento da concentração dos
gases responsáveis pelo “efeito de estufa”. Por isso, a temperatura da Terra está a aumentar, uma vez que durante a noite perde menos calor do que o que recebeu durante o dia. Os cientistas pensam que o aumento da temperatura poderá chegar a 4ºC no ano 2100.
A camada de ozono O ozono é um gás cuja molécula é formada por três átomos de oxigénio (O3). Está localizado na estratosfera, a cerca de vinte quilómetros de altitude. Este gás protege a Terra, a absorvendo as radiação ultravioleta (RUV)do Sol, capazes de provocar danos às células, se estiverem excessivamente expostas a elas. Actualmente, a concentração do ozono está a diminuir, pois certos poluentes provenientes da Terra reagem com ele e destoem - no.
Quando a chuva é ácida Muitos dos poluentes lançados na atmosfera podem reagir entre si ou com os componentes atmosféricos, gerando novos poluentes. As chuvas ácidas formam-se por reacção entre certas substâncias (óxidos) com o vapor de água atmosférico. O ácido formado permanece na atmosfera sob a forma de gotículas, que são arrastadas pela chuva ou pela neve, ou que caem directamente sobre a superfície da Terra. As chuvas ácidas alteram a água dos e lagos, provocando a morte dos peixes. Nos continentes, empobrecem o solo e provocam a queda das folhas dos vegetais.
Efeitos da poluição atmosférica na nossa saúde A presença de poluentes nas camadas baixas da atmosfera pode afectar a saúde dos seres humanos. Podem ser igualmente prejudicados as plantas, os animais, os edifícios e os objectos em geral. Os poluentes penetram no nosso organismo através das vias respiratórias e depositam-se no interior, podendo provocar diversas doenças, como a bronquite crónica, a asma, o cancro do pulmão e cefaleias, entre muitas outras. Para se agir adequadamente contra a poluição atmosférica é necessário: Medir e conhecer a concentração dos poluentes no ar Definir as fontes poluentes Definir a qualidade do ar Analisar os valores limite Observar a evolução da qualidade do ar Planear acções que promovam melhor qualidade do ar, tais como: reordenar actividades socioeconómicas, localizar fontes poluentes, alterar o percurso rodoviário e reduzir as emissões de
POLUIÇÃO DA ÁGUA
Como a água perde sua pureza? No seu caminho para o mar, a água vai ficando carregada de partículas e matéria dissolvida, provenientes de detritos naturais e dos despejos da sociedade humana. Quando a densidade populacional ao redor de uma reserva de água é baixa, os resíduos na água podem ser degradados por micróbios, Num processo natural de autopurificação. Quando a capacidade de autopurificação é excedida, grandes quantidades de resíduos acumulamse nos mares, onde podem causar danos à vida aquática. Existem dois tipos de despejos que contaminam a água: o lixo orgânico, proveniente de excrementos humanos e de animais e do descarte das partes fibrosas de vegetais colhidos e não consumidos e o lixo industrial, gerado pelos processos industriais e pelo descarte que, cedo ou tarde, se faz dos produtos fabricados pelas indústrias. Lixo Orgânico O lixo orgânico é biodegradável, mas pode representar um grande problema: a biodegradação excessiva pode levar à falta de oxigênio em rios e lagos. Os excrementos humanos contêm alguns dos mais nocivos contaminantes conhecidos, incluindo microrganismos patogênicos como os agentes da cólera, da febre tifóide e da desinteria. Lixo Industrial O lixo industrial pode incluir metais pesados e grandes quantidades de material sintético, como os pesticidas. São materiais que se caracterizam pela toxicidade e pela persistência, não sendo rapidamente degradados em processos naturais ou nas etares. Materiais industrializados tais como vidro, papel, ferro e alguns plásticos são relativamente inócuos, ou por serem inertes, ou
biodegradáveis, ou pelo menos não-tóxicos. Muitos poluentes penetram em rios e lagos através de descargas de fontes localizadas, como canalizações de esgotos ou de fontes não localizadas, como é o caso das águas de escoamento, que transportam pesticidas e fertilizantes. Contaminantes também podem penetrar no ciclo da água através da atmosfera. O mais conhecido entre eles talvez seja o ácido resultante da emissão de óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre pela indústria e pelos motores de carro. A deposição de ácido pode ser "seca" (quando os gases atingem directamente o solo ou a vegetação) ou "húmida" (quando o ácido se dissolve na chuva). Em áreas de pastoreio intensivo, parte da amônia libertada do esterco é introduzida na atmosfera e parte é convertida por micróbios no solo em nitratos solúveis. Como o nitrato tem alta mobilidade, por ser solúvel em água e não se ligar a partículas do solo, tornou-se um dos principais poluentes da água subterrânea. A contaminação do oceano A zona costeira é região de grande produtividade biológica, sustentando vida marinha que engloba desde plâncton a peixes, tartarugas e baleias. A maior parte dos peixes de água salgada consumidos, é pescada ao longo de uma região de 320 km a partir da praia. Por ano, toneladas de sujeira são depositadas nessas zonas costeiras e nas cabeceiras de rios. Uma parte crescente desse depósito acumulado pode ser atribuída à erosão e à desflorestação causadas pela intervenção humana. Além das descargas de rios, outras causas contribuem para que a poluição chegue ao oceano: escoamento de águas superficiais, transporte atmosférico, despejo de lixo, acidentes de navios, entre outras. Garrafas plásticas não-degradáveis e outros restos de consumo deitados nas praias são carregados pelas correntes marítimas, causando a morte de milhares de pássaros, peixes e mamíferos marinhos que os confundem com alimento ou neles ficam aprisionados. Descargas excessivas de esgoto das áreas urbanas levam à eutroficação das águas costeiras, o que pode alterar a composição das populações de plâncton. O crescimento acelerado de plâncton, devido ao elevado teor de nutrientes dos esgotos pode levar ao esgotamento do oxigênio disponível para os peixes, causando a sua morte. Além do mais, a presença de bactérias patogênicas no esgoto tem levado à interdição de praias aos banhistas e a proibições de pesca de moluscos e crustáceos, que concentram bactérias nos seus tecidos. Alguns milhões de toneladas de petróleo atingem o oceano por ano e essa contaminação acumulada por décadas não chega a cobrir áreas extensas do oceano graças à evaporação eventual do petróleo e à sua degradação por bactérias. Mas, embora o petróleo seja biodegradável, os micróbios precisam de um tempo relativamente longo para cumprir a sua tarefa, e nesse meio-tempo um derramamento de petróleo vem a ser letal para uma variedade de plâncton, peixes e mariscos, assim como a pássaros e mamíferos marinhos. A utilização racional da água A água vem se tornando cada vez mais escassa à medida que a população, a indústria e a agricultura se expandem. Embora os usos da água variem de país para país, a agricultura é a actividade que mais consome água. É possível atenuar a diminuição das reservas locais de água de duas maneiras: pode-se aumentar a captação, represando-se rios ou consumindo-se o capital -- "minando-se" a água subterrânea; e pode-se conservar as reservas já exploradas, aumentando-se a eficiência na irrigação ou importando alimentos em maior escala, estratégia que pode ser necessária para alguns países, a fim de reduzir o consumo de água na agricultura. Assegurar a quantidade de água necessária não basta. É preciso manter a qualidade da água. Milhares de lagos estão actualmente sujeitos à acidificação ou à eutroficação - processo pelo qual grandes aportes de nutrientes, particularmente fosfatos, levam ao crescimento excessivo de algas. Quando as algas em quantidade excessiva morrem, a sua degradação microbiológica consome grande parte do oxigênio dissolvido na água, piorando as condições para a vida aquática. É possível
restaurar a qualidade da água nos lagos, mas há um custo e o processo leva anos. Embora a poluição dos lagos e dos rios seja potencialmente reversível, o mesmo não acontece com a água subterrânea. Como a água subterrânea não recebe oxigênio atmosférico, sua capacidade de autopurificação é muito baixa, pois o trabalho de degradação microbiana demanda oxigênio. A única abordagem racional é evitar a contaminação. Por sua vez, a recuperação da qualidade da água do oceano é incomparavelmente mais difícil do que a dos lagos e rios, segundo experiência já adquirida, que dita ainda mais precaução nesse caso. Tornou-se clara a necessidade de uma abordagem integrada. Expectativas socioeconómicas devem se harmonizar com as expectativas ambientais, de modo que os centros humanos, os centros de produção de energia, as indústrias, os sectores agrícola, florestal, de pesca e de vida silvestre possam coexistir. Nem sempre o facto de existirem interesses variados significa que devam ser conflitantes. Podem ser sinergéticos. Por exemplo, controle de erosão caminha junto com reflorestamento, prevenção de enchentes e conservação de água. Um projecto de utilização de recursos hídricos deveria visar mais um aumento da eficiência no consumo de água do que um aumento da disponibilidade de água. O aumento do fornecimento de água é usualmente mais caro e apenas adia uma crise. Para alguns países, aumentar a eficiência é a única solução às vezes. A irrigação pode ser e geralmente é terrivelmente ineficiente. Na média mundial, menos de 40% de toda a água usada na irrigação é absorvida pela plantação. O resto vai-se perdendo. Um dos problemas trazidos pela irrigação excessiva é a salinização. À medida que a água se evapora ou é absorvida pelas plantas, uma quantidade de sal deposita-se e acumula-se no solo. Novas técnicas de micro-irrigação, pelas quais tubulações perfuradas levam a água directamente às plantas, fornecem boa maneira de conservar a água. A captação de água subterrânea para aumentar o fornecimento de água deveria ser evitada a todo custo, a menos que se garanta que o aqüífero de onde se tira a água será reabastecido. Como a água subterrânea se mantém fora do alcance de nossas vistas, pode se tornar poluída gradualmente sem excitar o clamor público, até que seja tarde demais para reverter o dano causado pela poluição. A adoção de programas de prevenção de poluição é preferível à utilização de técnicas de remoção de contaminantes em água poluída, uma vez que a tecnologia de purificação é cara e complexa à medida que o número de contaminantes cresce.
Poluição do Solo
A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afecta particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios directos ou indirectos à vida humana, à natureza e ao meio ambiente em geral. Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, de origem humana, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular. A poluição do solo pode ser de duas origens: urbana e agrícola.
Poluição de origem urbana Nas áreas urbanas o lixo despejado sobre a superfície, sem o devido tratamento, são uma das principais causas dessa poluição. A presença humana, lançando detritos e substâncias químicas, como os derivados do petróleo, constitui-se num dos problemas ambientais que necessitam de atenção das autoridades públicas e da sociedade.
Poluição de origem agrícola A contaminação do solo, nas áreas rurais, dá-se sobretudo pelo uso indevido de agrotóxicos, técnicas arcaicas de produção (a exemplo do subproduto da cana-de-açúcar, o vinhoto; dos curtumes e a criação de porcos).
Aterros sanitários Uma das formas de se lidar com os resíduos urbanos é a destinação de locais de depósito para os mesmos, denominados aterros. Nestes lugares todo o lixo urbano é depositado, sem qualquer forma de tratamento ou reciclagem. Fonte: pt.wikipedia.org A terra não fica poluída com fumaça, gases tóxicos ou esgoto. Os principais poluentes do solo são os agrotóxicos e as montanhas de lixo sólido, amontoados em lugares não apropriados, como os depósitos clandestinos.
Os agrotóxicos são substâncias que os agricultores utilizam nas plantações. Eles impedem que insectos e outros bichos acabem com a produção. São como uma vacina contra as doenças das plantas. Os fertilizantes servem para fazer as plantas crescerem mais fortes.O problema é que quando comemos esses alimentos, estamos ingerindo também os agrotóxicos e fertilizantes. Os principais agrotóxicos são os pesticidas e os herbicidas. Cada um mata um tipo de praga. Os principais fertilizantes são os fosfatos e nitratos, que vão se acumulando no solo e poluindo cada vez mais. Alguns agricultores não usam fertilizantes nem agrotóxicos. Eles utilizam soluções naturais para combater as pragas. Isso é chamado de "agricultura orgânica". Alguns supermercados vendem alimentos orgânicos. Eles são um pouco mais caros do que o normal, mas vale a pena: fazem bem á saúde e para a natureza.
Os depósitos de lixo também contribuem para sujar o solo. Sabe como?
LIXO PERIGOSO
Os depósitos de lixo são um verdadeiro veneno para o solo. Vários produtos químicos chegam misturados ao lixo. Esses produtos aos poucos se infiltram na terra e se acumulam ao longo do tempo. Quando a chuva cai, a coisa fica preta: o lixo e os produtos químicos são arrastados. Muitas vezes esses venenos vão parar às plantações (contaminando os alimentos) ou à reservatórios de água (poluindo as fontes). Às vezes a infiltração é tão grande que chega a atingir lençois freáticos, que são uma espécie de reservatório subterrâneo de água. Os montes de lixo também liberta fumaça tóxica. O cheiro de um depósito de lixo é insuportável, por causa da libertação de um gás fedido e inflamável, chamado metano. As pessoas que trabalham nesses lugares precisam usar máscaras e tomar cuidado, porque podem apanhar doenças como leptospirose e cólera. É também muito comum as pessoas colocarem fogo no lixo, o que não é nada bom, porque essa queima liberta gases poluentes. O grande problema é que o homem produz lixo que não é reaproveitado pela natureza, como copos de plástico, latinhas de metal e garrafas de vidro. Essa parte sólida do lixo demora muito a desaparecer. Uma fralda de bebê, por exemplo, leva 500 anos para se decompor. A idade do Brasil! POLUIÇÃO: O HOMEM É O GRANDE VILÃO O Homem é o único ser vivo que destrói o ambiente em que vive. Nenhum outro habitante do planeta polui o ar, contamina a água, devasta florestas... As cidades são os centros de trabalho e moradia da maioria das pessoas do mundo. Algumas chegam a ter milhões de habitantes! Para abastecer e abrigar essa população, consumimos energia, exploramos muitos recursos naturais e produzimos uma quantidade enorme de lixo. É aí que está o problema. A acção do homem é perigosa pois é feita em grandes proporções. O fumo das indústrias, das queimadas e dos carros das grandes cidades enchem o céu de gases tóxicos. Os esgotos não-tratados e o lixo produzido por indústrias e por milhões de pessoas contaminam a água e o solo. Fonte: www.canalkids.com.br O solo é uma camada finamente dividida de minerais e matéria orgânica onde as plantas crescem. Para os humanos e para a maioria dos organismos terrestres o solo é a parte mais importante da geosfera. Embora seja uma membrana fina se comparado com o diâmetro total da terra, é o meio que produz a maior parte da comida que precisam os seres vivos. Um bom solo e clima são os bens
mais valiosos que possuem os países. Além de ser a fonte de produção de comida, o solo é o receptor de grande quantidade de poluentes tais como material particulado proveniente de indústrias geradoras de energia, fertilizantes, pesticidas e outras substâncias aplicadas no solo. O solo é formado por rochas desgastadas como resultado de processos geológicos, hidrológicos e biológicos. O solo é poroso e verticalmente estratificado como resultado da percolação de água e dos processos biológicos incluindo a produção e decomposição de biomassa. O solo é um sistema aberto que sofre continua troca de matéria e energia com a atmosfera, hidrosfera e biosfera.
Natureza e Composição do Solo O solo está constituído por uma mistura variável de minerais, matéria orgânica e água, capaz de sustentar a vida das plantas na superfície da terra. É o produto final da acção de decaimento dos processos físicos, químicos e biológicos sobre as rochas. A fracção orgânica do solo consiste na biomassa das plantas em vários estados de decomposição. Elevadas populações de bactérias, fungos e animais (minhocas) podem ser encontradas no solo. O solo contém espaços cheios de ar e estrutura fofa (solta). A fracção sólida do solo produtivo típico está formada por aproximadamente 5% de matéria orgânica e 95% de matéria inorgânica. Os solos típicos apresentam distintas camadas que variam em profundidade. A camada superficial é chamada de horizonte A, é a camada de máxima actividade biológica no solo e contém a maior parte da matéria orgânica. O horizonte B é a camada de subsolo que recebe o material percolado do horizonte A. O horizonte C é composto de rochas soltas a partir das quais o solo é originado. A Matéria Orgânica no Solo Embora compreendendo tipicamente menos de 5% de um solo produtivo, a matéria orgânica determina a produtividade do solo. Serve como fonte de alimento para os microrganismos, sofre reacções químicas como troca iônica, e influencia às propriedades físicas do solo. Alguns compostos orgânicos contribuem para a decomposição de material mineral, o processo a partir do qual o solo é formado. Componentes biologicamente activos no solo incluem polissacarídeos, amino açucares, núcleos e compostos orgânicos de enxofre e fósforo. O acúmulo de matéria orgânica no solo é muito influenciado pela temperatura e pela disponibilidade de oxigênio. Devido a que a taxa de biodegradabilidade diminui com a diminuição da temperatura, a matéria orgânica não se degrada rapidamente em climas frios e tende a se acumular no solo. Na água e em solos saturados, a vegetação em decomposição não tem acesso fácil ao oxigênio e a matéria orgânica se acumula. A presença de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) também tem sido observada em solo onde tem ocorrido queimadas.
A Solução de Solo É a porção aquosa de solo que contém material dissolvido originado dos processos químicos e bioquímicos no solo e de trocas entre a biosfera e a atmosfera. Este meio transporta as espécies químicas desde e até as partículas de solo e é uma via essencial para a troca de nutrientes ente as raízes e o solo sólido. Nitrogênio no Solo
Na maioria dos solos mais do 90% do nitrogênio é orgânico. Este nitrogênio orgânico é principalmente proveniente da biodegradação de plantas e animais mortos. Eventualmente está hidrolisado em NH4+ que pode ser oxidado a NO3- pela ação das bactérias. Esta é a forma geralmente disponível para as plantas. A fixação de nitrogênio é o processo a través do qual o N2 é convertido em compostos nitrogenados disponíveis para as plantas. Além do escoamento superficial de áreas onde têm sido aplicados os fertilizantes, as águas residuárias originadas por criadouros de animais como gado, são grandes causadores da entrada de nitrogênio na forma de uréia hidrolisada em NH4+ e NH3 nos corpos de água.
Fósforo Da mesma forma que o nitrogênio, o fósforo deve estar presente na forma inorgânica simples para ser utilizado pelas plantas. No caso do fósforo, as espécies utilizáveis estão na forma de íon ortodfosfato, H2PO4- e H2PO4-.
Potássio Níveis altos de potássio são utilizados pelas plantas em crescimento. O potássio ativa certas enzimas e tem um papel importante no balanço de água nas plantas. Geralmente encontra-se disponível para as plantas na forma de minerais argilosos.
Micronutrientes São elementos necessários para as plantas em concentrações muito baixas, são eles: boro, cobre, fero manganês e molibdênio.
Perda de Solo e Degradação O solo é um recurso frágil que pode ser prejudicado pela erosão ou tornar-se tão degradado que não possa sustentar al culturas de vegetais. As propriedades físicas do solo e conseqüentemente sua suscetibilidade à erosão são facilmente afetadas pelas práticas às que é submetido. A desertificação refere-se ao processo associado com a seca e a perda de fertilidade. A desertificação causada por atividades humanas é conseqüência da introdução de animais domésticos herbívoros no solo em regiões com pouca cobertura de plantas. Um problema relacionado é a deflorestação , que pode causar devastação do solo por erosão e perda de nutrientes. A erosão pode ocorrer pela ação da água ou do vento, embora a água seja a mais importante responsável pela perda de solo pelo arreste dos rios. Existem algumas soluções para mitigar a erosão, algumas antigas como plantar espécies que cobrem o solo e geram grandes raízes como as árvores.
Aplicação de Águas Residuais para Tratamento no Solo Os sistemas de tratamento natural de despejos líquidos aproveitam os processos químicos, físicos e biológicos que acontecem no solo. Eles incluem operações unitárias que são desenvolvidas em estações de tratamento tais como sedimentação, filtração, transferência de gases, adsorção troca iônica precipitação, oxidação e redução e conversão e decomposição biológicas junto com os processos naturais como fotossíntese, fotooxidação e assimilação pelas plantas. Nas ETEs estes processos são desenvolvidos em velocidades elevadas por causa do aporte energético ao passo que
nos sistemas de aplicação no solo se desenvolvem em velocidades naturais e em um único reatorecossistema. Em alguns casos, dependendo a concentração de sólidos em suspensão no despejo, é necessária a aplicação de pré-tratamento o tratamento primário com o objetivo de removê-los e evitar problemas relacionados com a obstrução dos sistemas de distribuição. Os sistemas podem ser de baixa carga, infiltração rápida ou de escoamento superficial.
Sistemas de baixa carga Incluem a aplicação do despejo sobre um solo com vegetação como objetivo de promover o tratamento do despejo e o crescimento da cultura. O líquido pode consumir-se por evapotranspiração ou escoar horizontalmente no terreno. Todo o líquido que escoa é recolhido e recirculado até o inicio do sistema. Taxa de aplicação = 100 a 200 m3/ha.dia
Sistemas de Infiltração rápida O esgoto, após ter recebido algum tipo de tratamento aplica-se no solo em forma intermitente mediante valas de infiltração ou de distribuição de pouca profundidade. Também se emprega a aplicação de água residuária por meio de sistemas de aspersão. Devido a que a taxa es elevada, as perdas por evaporação só representam uma pequena parte do da água aplicada e a maior parte percola no solo fornecendo o tratamento desejado.
Irrigação superficial O líquido distribui-se na parte superior de terrenos com vegetação com declividade adequada de forma que o despejo possa escoar pela superfície até valas de coleta localizadas na extremidade inferior do talude. Aplica-se em forma intermitente em solos relativamente impermeáveis. A infiltração no solo é baixa e a maior parte do líquido é colectado nas valas. Fonte: www.ceset.unicamp.br
CURIOSIDADES Cientistas portugueses e espanhóis discutem combate à poluição das águas através da luz solar :: 2007-07-24
As tradicionais estações de tratamento poderão vir a ser também de cientistas de outros países europeus e dos EUA.
O tratamento de poluentes através da luz solar, em substituição das tradicionais estações de tratamento (ETAR), foi um dos temas em destaque nas II Jornadas Ibéricas de Fotoquímica, que decorreram em Faro, na Universidade do Algarve, e que contou com a participação de cerca de 130 especialistas, sobretudo portugueses e espanhóis, mas
Aquele processo de tratamento ambiental, com a designação de "catálise", já tem uma plataforma solar no concelho de Almeria, província espanhola da Andaluzia, encontra-se ainda em fase de desenvolvimento, disse à Lusa um dos organizadores das jornadas, José Paulo da Silva, da Universidade do Algarve. "O processo consiste em utilizar a luz, solar ou de lâmpadas, para transformar qualquer tipo de poluente em dióxido de carbono e água, moléculas que são inócuas para o ambiente", explicou. O sistema, que pode substituir na íntegra as ETAR (que utilizam processos químicos tradicionais), implica a mineralização de líquidos sujos e a sua aplicação aos vários tipos de poluentes "depende do tipo de luz utilizada", sublinhou. A aplicação do sistema está a ser estudada em Portugal, mas na convenção não vão participar especialistas portugueses na matéria, embora esteja confirmada a presença de cientistas da central andaluza, a maior da Europa. "Os fotoquímicos poderão vir a dar um grande contributo para a resolução desses problemas se forem capazes de desenvolver células solares competitivas e métodos fotoquímicos de eficientes de produção de oxigénio, para ajudar a minimizar os problemas energéticos e atenuar problemas ambientais gerados pelos combustíveis fósseis", disse. Além da área ambiental, a fotoquímica, área da química que estuda as reacções produzidas pela luz, tem também aplicações em áreas como a medicina e a farmacologia. No que respeita à utilização da fotoquímica na área da medicina, estarão em discussão nas Jornadas temas como a utilização de moléculas fluorescentes que permitam novas imagens do interior do corpo humano, técnica actualmente em investigação. Outro dos assuntos em debate entre os químicos que estarão na Universidade do Algarve será o uso do oxigénio singoleto para obter novos tipos de imagens de células ao microscópio. Segundo o mesmo especialista, a introdução de oxigénio singoleto numa célula e o posterior bombardeamento com determinado tipo de luz permite que a célula "responda" emitindo um novo tipo de luz, o que
possibilita que a célula adquira uma nova dimensão. As II Jornadas Ibéricas de Fotoquímica são organizadas pela Sociedade Portuguesa de Química e pelo Grupo de Fotoquímica da Real Sociedade Espanhola de Química.
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