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CINEMA ESPECIAL Eduardo e Monica, música de grande sucesso da Legião Urbana,

Foto: Tumisu/Pixbay

2022: hora de decolar e sacudir a poeira

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Vamos decolar?

Na minha rotina, apesar de não recomendar, costumo fazer 56 coisas ao mesmo tempo: cozinho e falo no telefone, tomo café da manhã enquanto seco o cabelo, escovo os dentes guardando as toalhas, passo roupa enquanto vejo o noticiário. Além disso, ainda imprimo uma velocidade de atleta queniano em tudo o que faço. Nada é devagar e quando alguém de casa quer me contar algo, minha frase geralmente é: me segue e vai falando.

A justificativa do meu corre diário não é nada incomum: como a grande maioria dos adultos modernos, tenho muita coisa para fazer nas míseras 18 horas em que estou acordada e uma necessidade imensa de corresponder a tudo. Uma ânsia de dar conta, de cumprir horários e metas até que...

Até que em uma manhã, enquanto eu arrumava a bolsa para sair, colocava água na planta, estendia a toalha na lavanderia e fazia maquiagem uma gotinha traiçoeira do meu óleo pós-banho, que havia caído no chão do banheiro, encontrou meu pé descalço e cumpriu seu papel de tentar me derrubar. Foi um belo escorregão até minha canela encontrar o gabinete da pia e aparar a queda iminente. Para quem joga futebol, foi mais ou menos como se o zagueiro tivesse entrado numa dividida com o atacante do time adversário. Só posso dizer que a dor foi digna de sair de campo de maca. E então escutei o juiz apitando a paralisação da partida.

Toda a minha pressa agora se resumia em encontrar a pomada para aliviar a dor. E fiquei ali, fora de ação por uns bons 15 minutos, chorando menos pela perna roxa e dolorida e mais pela raiva de mim mesma, pensando que podia ter me arrebentado por uma correria insana, que me leva para onde mesmo?

Para onde a gente ia com tanta pressa?

2020 foi como este grande escorregão no meu banheiro. Um tropeço, que tirou a gente do prumo e obrigou a repensar as rotas. Do dia para noite, home-office deixou de ser uma opção de empresas moderninhas para se transformar numa realidade até para companhias conservadoras. A máscara que víamos os japoneses usando pela televisão achando um exagero estampa rostos nos sete continentes.

A vida entrou rapidamente em modo off: foram meses em que a afobação deu lugar a uma sensação de incredulidade, de paralisia. Como se nos transformássemos em personagens de uma série de ficção científica. E o único controle que tivemos nesses tempos de pandemia foi o controle remoto da TV. As resoluções de ano novo, feitas de 2019 para 2020 e mais timidamente de 2020 pra 2021, já não dependiam exclusivamente de empenho individual, mas de fatores coletivos, provando que nossa existência depende de um complexo sistema falível e que um microrganismo, como um vírus ou uma gotinha de óleo no chão, podem nos deixar fora de combate, independente de para onde íamos com toda aquela pressa. O fato é que mesmo os tropeços, que trazem algum dano, também funcionam para sair do piloto automático e repensar propósitos.

Ao final deste segundo ano, estamos mais calejados e com mais medos, mas entendendo que o desejo de saúde não é apenas uma retórica escrita em uma mensagem de boas festas. E, para quem chegou até aqui mesmo com as sequelas do último biênio, a ideia não é lamentar o que não conseguiu empreender, mas entender que depois de alguns tombos e passado o susto, a gente presta mais atenção no caminho e passa a andar devagar, aproveitando melhor a paisagem. Feliz ano novo! E que seja novo!

Wal Reis

Jornalista, profissional de comunicação corporativa e escreve sobre comportamento e coisas da vida. Blog: www.walreisemoutraspalavras.com.br

Trabalhando na América há 35 anos • Medicina Familiar • Clínica Geral • Ginecologista • Pediatria • Juvéderm • Botox • Laser Hair Removal

Ecografia • Vacinas • Raio-X Farmácia • Exames Escolares Anticoncepcionais (injeção, pílulas, etc.) Exames para Motorista (CDL)

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REFERÊNCIAS: MAUGHAN, Ronald J.; BURKE, Louise M. Nutrição esportiva. Editora Artmed, 2004. KLEINER, Susan M.; GREENWOOD-ROBINSON, Maggie. Nutrição para o treinamento de força. São Paulo. Editora Manole, 2002.Não precisa marcar horário!Segunda à sexta: 9am - 5:30pm BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.Falamos Espanhol, Português, Inglês, Francês e ItalianoSábado: 9am - 12:30pm

CONHECENDO AS RAÇAS

Foto: Zhang Kaiyv/Pexels

Gato Persa

Não aja com impulso quando decidir “comprar” ou mesmo adotar um pet, pois este amiguinho vai fazer parte de sua vida e da sua família por muitos e muitos anos, dando e recebendo amor incondicional, companheirismo e cumplicidade. Planeje, estude, entenda as necessidades reais deste ser vulnerável que somente quer ser respeitado, cuidado e amado.

O gato Persa foi encontrado no século 17 vagando pelas ruas da Pérsia, hoje Irã, por um explorador italiano, Pietro Della Valle. Encantou e continua encantando a todos até hoje por ter um narizinho achatado e uma pelagem longa e macia. No século 19, quando a criação e exposição de animais se tornou mais popular, os gatos persas foram levados para a Inglaterra para melhoramento genético com o cruzamento com a raça Angorá. O objetivo era de uma maior variedade da coloração do pelo. Hoje há mais de 100 padrões de pelagens.

Você conhece algum persa famoso? Claro que sim. A raça já apareceu em livros e filmes. O maior sucesso é o sínico e preguiçoso Garfield. Também teve participação especial nos filmes Stuart Little, Como Cães e Gatos, Harry Porter e até em dois filmes do James Bond. Os persas são gatinhos meigos, carinhosos e tem um grande apego pelos seus “protetores”. Um dos fatores favoráveis da raça e o que encanta os moradores de apartamento é por terem miados infrequentes e baixinhos. Mas como toda moeda, o persa também tem dois lados, uma das características desfavoráveis e talvez a principal, é a pelagem. Longa e tremendamente trabalhosa, forma nós com facilidade que são quase impossíveis de

desfazer. Necessitam de cuidados diários de limpeza e asseio, inclusive dos olhos.

O outro fator importante é o focinho. Alguns persas têm o focinho mais alongado, os “doll face”, mas os mais procurados são os de nariz achatado, “flat face”. Esses têm mais dificuldade de viver em temperaturas altas e desenvolvem problemas respiratórios com mais frequência.

Os persas são gatinhos dorminhocos e não muito ativos, são amantes da família e tímidos com os visitantes. Apesar de gostarem de crianças, preferem casas mais calmas pois se estressam facilmente quando há muita agitação.

Fique atento se sua escolha focar somente na beleza. A pelagem de cor branca com olhos azuis, geneticamente, é relacionada com problema de surdez.

Quando falamos de cuidados, os persas, são seres que se encaixam muito bem ao dizer: “Precisa-se de uma aldeia para cuidar dos gatos persas”. Precisam ser escovados diariamente para evitar os nós e a ingestão de pelos quanto o gatinho se limpa, o que pode causar vômito, gastrite e até obstruções intestinais por bolas de pelo. Os olhos e narinas tendem a estar sempre sujas, requerendo limpeza constante. Tem facilidade de acumular a areia do “banheiro”, urina e fezes nos pelos das patinhas e cauda, necessitando limpeza e tosa de manutenção.

Quanto focamos na saúde as coisas também não são muito simples. São sujeitos a várias doenças genéticas, como insuficiência renal crônica, cardiomiopatia hipertrófica (aumento do musculo cardíaco), atrofia da retina e displasia do quadril. Braquicefálicos são animais de focinho chato como os gatos persas e por isso estão mais sujeitos a deformidades de mandíbula, alinhamento de dentes, podem ter dificuldade respiratória, precisando de cirurgia para aumentar as narinas e diminuir o palato mole, e até um lacrimejar constante por dificuldade na drenagem pelo ducto lacrimal.

E aí, tempo livre o suficiente para cuidar de um lindo gatinho persa? Então vamos lá: procure um criador responsável e lembre-se de sempre buscar um veterinário para ajudar na decisão e escolha do seu novo companheiro.

Foto: Gianpiero Ferraro/Pexels

O intuito desta matéria é ajudá-lo no planejamento da escolha da raça do seu próximo cachorro. Leia e estude sobre as raças que você tem interesse. E procure orientação profissional. Tente visualizar e planejar a sua vida e do seu pet pelos próximos 10-15 anos. Prepare sua casa e sua rotina para a entrada do seu novo companheiro. Nas próximas edições estaremos falando sempre de uma raça diferente. Visite a seção PET do site Acontece.com e navegue por vários temas relacionados. Caso tenha alguma raça de interesse ou dúvida mande um e-mail. Até a próxima!

Drª. Cecilia Magalhães é médica

veterinária há 39 anos. Atende em domicílio. E-mail: info@vethomeexpress. com | vethomeexpress.com | (954) 2430269 | facebook.com/vethomeexpress | instagram.com/vethomeexpress/

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