Edição nº 911 / Ano 76 - Março/Abril 2010 - Rua Álvares Machado, 22 - 3º andar - Centro - São Paulo - SP - Fone: 3242-4004 Fax: 3104-3510 e-mail: redacao@jornalimprensapaulista.com.br
Editado para a Associação Paulista de Imprensa e Federação Nacional das Associações de Imprensa
Força Pública: a nova denominação da Polícia Ostensiva de São Paulo Artigo especial de autoria do Comandante Geral da Policia Militar de São Paulo ............ pág. 8
Balanço da API na posse da nova diretoria – 17 de novembro de 2009 – revela situação extremamente critica... Pág. 10
Costa Carregosa passa o controle e direção do Jornal da Imprensa Paulista – JIP para diretoria presidida por Sérgio Redó... Pág. 3 Os exageros do Plano Nacional de Direitos Humanos A chave para o futuro é a inovação Estágio para futuros educadores uma necessidade Responsabilidade Social, Direitos Humanos e a Imprensa Jornalismo de qualidade A política do vale tudo Ensinar a falar com letras musicais é talento brasileiro Ditadura ambiental Remédio no Brasil, o mais caro do planeta Mais segurança nas estradas Legitimidade associativa Incrível! Desta vez são brancos contra brancos não brancos contra índios!!! Esporte Mentiras da economia brasileira A democracia e o decreto Direitos Humanos enfrentará crise no Congresso Nacional Problema de raça? Guerra Fria? Dólares & Dólares
Paulo Nathanael Ruy Martins Altenfelder Luiz Gonzaga Bertelli Rosa Maria Custódio Adolfo Lemes Gilioli Claudio Gomes Renato Nalini Deputado Major Olimpio Afiz Sadi Deputado Milton Monti Ricardo Jacob
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Maria Nazareth Dória Adolfo Luiz Victor Barau Frances Azevedo Claudio Auricchio Turi Lizar Cosme Felix Eduardo Monteiro
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Costa Carregosa Rosa Maria Custódio Bira Câmara
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Sessões: Tribuna Livre Carta ao Escrivão Mor Foco na Literatura e nas Artes Zap
Reportagens: Posse de Ruy Altenfelder na Academia Cristã de Letras Paulo Nathanael é empossado na Academia Brasileira de Educação
Lins funda sua Academia de letras
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Nesta Edição:
Casa do Jornalista de São Paulo Fundada em 1933
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Palavra do Presidente Estamos chegando próximo leiro, graças aos esforços de toda uma equipe comandada pelo aos 120 dias à frente da adminisEditor Chefe e ex-presidente da tração da nossa querida AssociaAPI, Jornalista Costa Carregosa, ção Paulista de Imprensa “A CAque se esmera a cada nova ediSA DO JORNALISTA “desde ção, para trazer informações e 1933”. matérias que tornam nosso veíDevo confessar que tenho sido culo de comunicação mais prósurpreendido por inúmeros gasximo de você, leitor. tos novos, dos quais não tínhamos Sérgio Redó Haveremos de construir noconhecimento. vos tempos aqui na nossa Casa do JornaA nossa API sempre foi uma “caixa pre- lista, mas é fundamental que possamos ta”, usando um recurso de linguagem, no contar com sua efetiva participação. O soque diz respeito às suas dívidas, compro- nho sonhado sozinho é simplesmente somissos e problemas internos, que pareciam nho, porém, com a participação de todos insanáveis. Porém, não nos intimidamos em nosso grande sonho passa a ser realidade. nenhum momento. Os nossos companheiA nossa realidade, hoje, é de muito traros são leais e estão nos ajudando em tudo balho em prol de nossas metas, todas exque podem e está ao seu alcance. plícitas na edição do nosso Jornal de FeDevo mencionar aqui, a ajuda impor- vereiro de 2010. Cada detalhe, neste protantíssima de todos os associados e cola- jeto, é importante e precisamos de você boradores, e as contribuições de amigos, para lutar juntos e alcançarmos a nossa que lutam conosco para encontrarmos saí- esperada vitória. da a cada percalço que nos é imposto, nesConstruir relações duradouras sem ta corrida de maratona que iniciamos em afeto, compreensão e participação, é o novembro de 2009. mesmo que torcer sem vibrar, amar sem Estamos fazendo todo o possível para rir e chorar, lutar sem vencer. que nossos associados e amigos continuem Quero que todos saibam o quanto nós recebendo o nosso Jornal mensal, pois te- precisamos de vossa ajuda: para juntos mos consciência plena da importância que conquistarmos o sucesso da nossa API nosso JIP tem no mercado editorial brasi- neste mandato que iniciamos.
Associação Brasileira de Direito Autoral dos Jornalistas lançará núcleo de formação com curso de planejamento estratégico Fred Ghedini / Jornalista e Ex-presidente SJPESP Com o curso “Planejamento Estratégico: por que e para que?”, a Associação Brasileira de Direito Autoral dos Jornalistas Profissionais (Apijor) iniciará as atividades do seu núcleo de formação voltado aos jornalistas, estudantes e profissionais de outras áreas que desejem conhecer mais sobre os desafios do mundo corporativo e a necessária democratização na tomada de decisões. O presidente da Apijor, Paulo Cannabrava Filho, assegura que escolher este programa como o primeiro curso a ser ministrado pela consultora e pedagoga empresarial Hilda Fadiga não foi uma simples coincidência. “No mundo de hoje, nenhum profissional, nenhuma empresa terá condições de obter o sucesso sem planejamento e estratégia. É preciso dominar as técnicas do planejamento estratégico, seja para se organizar enquanto profissional, seja para tornar a sua empresa competitiva globalmente.” – alerta Paulo. Entre os tópicos do programa está o tão falado conceito de “Empowerment” (empoderamento) que na realidade significa: “poder com os outros”, “poder em conexão”. Hilda explica que esse conceito nasce de uma proposta de desenvolvimento não hierárquico, que “se estabelece através de relações mútuas de poder entre o pensar e o agir, o decidir e o executar”. As inscrições serão abertas brevemente. As aulas serão realizadas todas as segundas-feiras, O foco do curso são pequenos e médios empresários, profissionais atuantes em organizações
não-governamentais, investidores sociais e todos os interessados em gerenciar projetos no Terceiro Setor.
CURSO: Planejamento Estratégico: por que e para que? Breve Ministrado por Hilda Fadiga Assistente social, sócia-educadora da Rede Mulher de Educação, vice-diretora do Instituto Samaúma e consultora associada da Nova Sociedade Comunicação. É autora do livro “Planejamento Participativo: Por que e para quê”. Possui pósgraduação em pedagogia empresarial e é consultora, há 18 anos, de organismos governamentais e ONGs nacionais e internacionais nas áreas de planejamento, monitoramento, avaliação participativa de projetos, seleção, treinamento e avaliação de desempenho de Recursos Humanos.
INSCRIÇÕES: Horário e local: de segunda à sexta, das 10h às 17h, na Associação Paulista de Imprensa - API. A API fica na Rua Álvares Machado, 22 – Centro – São Paulo Próximo aos metrôs Sé e Liberdade. *Condições especiais para jornalistas, recém-formados e estudantes. Mais informações no sítio da Apijor, por meio do telefone 3672-3996 ou pelo endereço eletrônico: cursos@autor.org.br
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Tribuna Livre / a livre opinião dos leitores
O apagão do futuro José Henrique Nunes Barreto (*)
A crise social, política, econômica e cultural que, sistêmica e globalmente, o Brasil enfrenta, reflete na importância de nossas escolhas. Isto é, o grave desequilíbrio estrutural brasileiro interfere na qualidade e em nossa incapacidade de escolher as melhores opções. Preocupo-me com um processo decisório de Estado inspirado em princípios e valores que sustente o futuro da nação. Trazendo essa preocupação para o universo do nosso dia a dia, fica mais evidente a incerteza do futuro, ou mesmo, a possibilidade de um amanhã. A inércia e o despreparo das denominadas elites nacionais são muito preocupantes. A proximidade de uma importante eleição não estimula sequer a mobilização organizada da sociedade, muito menos sensibiliza a sociedade industrial, e isso certamente ocorre pela ausência de credos, lideranças e entendimento do atual momento e da nossa situação. A apatia e o predomínio de interesses obtusos tem sido a regra. Hoje é mandatório discutir a crise do Estado, seu papel, atuação e a construção do futuro. Os tempos exigem alterações profundas nas relações socioeconômicas, por meio de reformas essenciais, historicamente desprezadas. As normas existentes, os regulamentos e os direitos e deveres continuam reproduzindo princípios cumulativos da primeira fase da nossa industrialização. Não fizemos as reformas básicas e corremos o risco de ressuscitarmos ideias que causaram alguns problemas que estamos vivenciando. A prova mais severa é a recorrência no discurso político por um Estado forte, intervencionista, e, por força de suas consequências, devastadoramente antiempreendedor. É sabido, universalmente, que o Estado de extração democrática se configura como indutor. O muro de Berlim é um fato histórico. Aqui, os candidatos confundem o papel do Estado e a extensão da sua atuação com o mau desempenho da gestão de Governo. É notória que a administração governamental, usualmente, tem baixíssima execução e isso, obviamente, é um problema típico de gestão. A magistral miopia no assunto agravará muitíssimo a capacidade de entrega e de execução. Em resumo, temos de exigir uma melhor gestão do Estado, clareza de seu papel e um direcionamento estratégico para o futuro. A consequência perversa adicional do Estado interventor é que esvaziará o ainda incipiente empreendedorismo nacional. Quando o Estado intervém, de forma absoluta, o empreendorismo morre. Ou seja, o Estado mais forte, mais intervencionista, torna o País mais pobre. Dessa forma, recrudescerá o casuísmo, o arbítrio subjetivo e anárquico nas relações econômicas dos ambientes de negócio. De fato, hoje já se usa a poupança pública através do BNDES quando, arbitrariamente, se dirige os recursos para setores, corporações ou empresas escolhidas por critérios discricionários, des-
conhecendo ou ignorando o tecido do empreendedorismo das médias e pequenas iniciativas no País. Essa prática, ao longo do nosso processo histórico de industrialização, é tenazmente repetida. O Estado faz as escolhas, dita o prioritário, e as necessidades estratégicas das médias e pequenas empresas do País naufragam. Concluindo, o que fez o BNDES pela “educação de qualidade” numa Sociedade de Conhecimento? Estamos, simplesmente, falando do alicerce consagrado do desenvolvimento, a “educação de qualidade”. Ora, se o BNDES não fez, contribuiu para as incertezas do amanhã. Hoje, se desconhece qual seja o ideário do PSDB, se é que tem. A omissão tem sido a regra como tática política. Existe um candidato tucano? Qual é o projeto do PSDB para o País? Ao mesmo tempo, o governador José Serra desistiu de privatizar a CESP, Dilma Roussef não faria melhor. Será que Dilma quer o Leviatã? E José Serra inovará com um técnico-burocratismo estatizante? Os dois modelos são inservíveis para o Brasil. Seremos remetidos a um encontro com a primeira metade do século XX, quando caminhamos céleres para a segunda década do século XXI. O PT acena com o Estado forte e o PSDB, como grande força político partidária, para decepção daqueles que cultivam princípios liberais, não encontra arrimo. Encontra sim, o patrocínio e atitudes por um Estado ainda mais técnico-burocrata. Essa plutocracia tem raízes profundas e historicamente fincadas, e contribui para a anulação da cidadania e do Estado plural, dinâmico, criativo. O empresariado perde com isso o gene problematizador, elo do diálogo e representante das inquietações e provocações. Perde com isso também sua vocação natural para posicionamentos lógicosformais, razão prática e juízos analíticos. Nossas instituições representativas estão esvaziadas, quando não capturadas pelo modelo do Estado forte ou técnicoburocrático. Subserviente somente a interesses bem definidos, entregaram às algemas o próprio corpo e a alma empreendedora ao vazio. As atuais lideranças são fracas e nos penalizam pela falta de compromisso, conhecimento, preparo ou ligação material com a própria atividade. Ou, ainda, por adotarem visões e conceitos obsoletos. Estamos desorganizados e paralisados por esse ambiente de miudezas e pobreza de princípios, nos quais estão estabelecidos que os projetos pessoais e os ritos comuns no culto à personalidade e egolatria, sustentados pelo patrimonialismo execrável, são a regra. O Brasil precisa de um projeto inspirado em novos princípios e valores, que remova as incertezas que nos espreitam, ou mesmo, que impeça a possibilidade de um crepúsculo do amanhã. (*) Industrial, economista, presidente do Sindicato da Indústria de Fumo do Estado de São Paulo (Sindifumo) e Diretor eleito da FIESP.
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EDITORIAL
JORNALISMO DE QUALIDADE
Costa Carregosa
Com esta edição, superamos a marca de três anos em que nos dedicamos ao comando editorial e de Redação do Jornal da Imprensa Paulista. Cobrimos um período superior a 36 meses da História recente de nossa querida Associação Paulista de Imprensa, e os principais acontecimentos em São Paulo e no Brasil. Hoje o JIP – Jornal da Imprensa Paulista, graças à qualidade de sua equipe de colunistas é destaque nos meios de Comunicação Social do País. Afinal, um Jornal que pode apresentar articulistas com o conhecimento, idéias e o renome de Paulo Nathanael Pereira de Souza, Ruy Altenfelder Martins da Silva, Luiz Gonzaga Bertelli, José Renato Nalini, Sérgio Olimpio Gomes, Ricardo Jacob, Claudio Gomes, Afiz Sadi, Adolfo Lemes Gilioli, Victor Barau, Adolfo Luiz, Fred Ghedini, Frances Azevedo, Rosa Maria Custodio, Maria Nazareth Dória, JB Oliveira, Cosme Feliz, Eduardo Monteiro, Lizar, Richard Chaves, Roberto Drumond, Paulo Dimas de Bellis Mascaretthi, Sebastião Amorim, Henrique Nelson Calandra e agora Cláudio Turi, Galdino Cocchiaro, Sérgio Redó entre outros, além daqueles que esporadicamente, brindaram nosso público com seus excelentes artigos, como o consagrado jurista Ives Gandra da Silva Martins, efetivamente é “time Grande”. Poder compartilhar das idéias, opiniões e comentários de articulistas desse nível é uma satisfação incomum. Mas, temos que confessar que, além do convívio com nossos editorialistas, também sempre nos foi muito agradável a interação com nossos leitores através de meios eletrônicos. Nesses mais de três anos, recebemos centenas de emails comentando, sugerindo, tecendo críticas e elogios à nossa equipe de articulistas e ao Jornal. Não deixamos de responder pessoalmente nenhuma correspondência recebida de nossos leitores. As críticas foram ótimas e contribuíram efetivamente para que no correr do tempo pudéssemos corrigir eventuais falhas. Os elogios e sugestões foram o incentivo fundamental para que a cada edição procurássemos superar nossas próprias limitações. É de destacar que desde o começo nosso JIP – Jornal da Imprensa Paulista recebeu muito apoio, principalmente de colegas militantes nas redações dos principais veículos da Imprensa de São Paulo. E tudo começou em 2007, quando o então presidente JB Oliveira em meados de outubro afastouse para concorrer às eleições, postulando o mandato de Deputado Federal. Assumimos a presidência da Casa do Jornalista de São Paulo por pouco mais de 60 dias e com a colaboração dos quase 50 novos Assessores da Diretoria que tive oportunidade de nomear (70% Jornalistas), demos início a um projeto de completa reformulação da entidade. Foi um período em que o “brilho” da entidade voltou, embora efêmero, pois não houve continuidade do trabalho dos colaboradores que nomeei por iniciativa e vontade do presidente que reassumiu o cargo. Entretanto, em outubro, já tínhamos lançado uma edição teste do novo Jornal da entidade, sucessor do Imprensa Paulista, publicado há dezenas de anos pela entidade, que, inexplicavelmente, foi apropriado e indevidamente registrado como sendo de titularidade e propriedade de um ex-integrante da diretoria anterior. Constatamos a triste
Prof. Adolfo Lemes Gilioli / Jornalista (*) realidade de que, embora fosse um caso que deveria ter tido uma ação enérgica judicial por parte da diretoria anterior, nada tinha sido feito e a Associação Paulista de Imprensa acabou perdendo a titularidade de seu Jornal. Mas com a colaboração inestimável de idealistas como Eryk Heeyzer de Vaz Braga, Bira Câmara, Yukiti Kojitani e outros, passamos a trabalhar um novo título, como sucessor do antigo Jornal da entidade. Com o retorno de JB Oliveira à presidência e, diante de sua solicitação para que pudesse sem meu concurso imprimir seu estilo de administração na entidade, decidi assumir sob meu cargo a tarefa de “ressuscitar” o Jornal da entidade. E assim, depois dos devidos acertos com a equipe de articulistas, pessoal de arte, diagramação, arte-finalização, reportagem e o presidente da API , conseguimos a parceria com a Gráfica Gazeta (até hoje conosco).Desta maneira em Março de 2007 entregávamos o antigo Jornal da Associação Paulista de Imprensa agora sob nova denominação, em novo projeto editorial e gráfico de minha autoria, rebatizado e adequadamente registrado, como JORNAL DA IMPRENSA PAULISTA, que rapidamente passou a ser chamado de JIP. Desde antes de entregarmos ao público leitor o número inicial, deixamos claro ao presidente da entidade que, para alcançarmos qualidade editorial, isenta de vaidades, vontades e imposições – como deve ser um veículo que represente a opinião da Imprensa Livre – e também em função do acontecimento ocorrido em diretoria anterior (quando o título do Jornal foi indevidamente registrado em nome de um componente da diretoria como de sua propriedade pessoal), o Jornal seria administrado, dirigido e apresentado como realização independente. Essa fórmula demonstrou ser a melhor, já que em mais de três anos de existência o Jornal não sofreu nenhum abalo em razão das várias crises por que passou a entidade, navegando incólume em um mar muitas vezes tempestuoso e imprevisível. Esse foi o compromisso que como profissional de Imprensa assumi perante a diretoria da entidade, nossos colaboradores, nossos anunciantes e nosso público-leitor, que aumenta a cada dia. Hoje, podemos constatar com alegria que o Jornal da Imprensa Paulista é uma realização de fato e de direito. Agora com a eleição da nova direção da Associação Paulista de Imprensa, sob o comando de Sérgio A. Redó, que reputo com plena condição de efetivamente revitalizar a Casa do Jornalista de São Paulo é tempo também de uma reformulação do Jornal, como, aliás, já preconizava em dezembro, quando comentei, nestas páginas do editorial, a necessidade de uma reformulação e readequação do JIP. Assim, tive a satisfação, neste mês - depois de intermediar a cessão de sala e instalações para funcionamento da APIJOR no prédio da Casa do Jornalista de São Paulo - disponibilizar ao presidente Sérgio Redó o comando pleno por parte da entidade do Jornal da Imprensa Paulista. Já na próxima edição deverá a diretoria da Associação Paulista de Imprensa determinar novo comando e os novos rumos deste Jornal que, espero e acredito, serão cada vez melhores. Sempre é tempo de Novos Tempos, Novas Idéias e Novos Entendimentos. O Jornal da
Vivemos um momento sui generis. A maioria do nosso povo só estava preocupada em saber da programação dos eventos carnavalescos e do estonteante malabarismo das jogadas do Robinho. Atitude essa, quem sabe, gerada por estar desiludida e revoltada com a enxurrada de impunidades cercadas de CPIs e de deboches retumbantes. Enquanto isso o desenrolar da perseguição lenta, sorrateira, subalterna e sub-reptícia movida contra a imprensa de qualidade pelos seguidores de expedientes “Fidel/hugochavistas”, de manipulação da opinião pública continua, assustadoramente, crescendo. O Jornal da Imprensa Paulista – JIP, admirado pela qualidade de suas matérias e pelo apuro de sua edição visual, é um jornal que alia idoneidade à excelência das informações que publica. A capacidade de análise e síntese dos fatos são apresentados de forma inteligível e criativa, diga-se de passagem, é uma das razões da preferência de seus leitores. Não pode, pois, e não está aceitando, que a causa pública seja desrespeitada a ponto de atingir o patamar de “irresponsabilidade” desses últimos dias. O triste feito de algum político de Brasília é menos um dado elementar da natureza, entregue aos instintos da espécie, do que uma conquista da civilização humana. Os exemplos soviético-cubano e fascista-alemão são clássicos do que a manipulação política é capaz de fazer em termos de relativização do homem, desse homem que vive de favores, preferindo ignorar que pode existir a liberdade de pensamento e de expressão. As mazelas continuam acontecendo, e o que parecia um acidente patológico adquire imunidades, direitos e privilégios de normalidades. Provocando, assim, uma nefasta mudança cultural na sociedade brasileira: cabendo aqui a vigilância da imprensa de qualidade O despotismo agita os vendilhões à produtividade e ao distributivismo para se legitimar; lembra então, ou descobre que para tanto precisa cancelar dos códigos, o direito do povo à informação, isto é ao jornalismo de qualidade. Hoje, quando Brasília comemora seus 50 anos, é premiada com a putrefação das ações de seu governador José Roberto Arruda. O estranho é que os famosos mensaleiros do PT ainda estão soltos. As noticias continuam. Vamos pinçar algumas: Imprensa Paulista passa novamente à titularidade e domínio pleno da Associação Paulista de Imprensa. Registro um agradecimento especial a toda equipe de apoio – fundamental para o trabalho – constituída pelos excelentes profissionais Bira Câmara e os produtores Gráficos e de WEB Tony Berstain e Carol Bertaisn. Não poderia deixar de reconhecer a confiança, o apoio e o incentivo dos Jornalistas Membros do Colégio Editorial Responsável que comigo compartilharam a responsabilidade da publicação: Afonso Luciano Durand; Adolfo L. Gilioli, José Maria Cabral, Antonio Salazar e Genésio Candido Pereira Filho.Quero destacar a imprescindível colaboração da Jornalis-
Revista Veja, edição nº 2151- aa) Jerônimo Teixeira e Marcelo Marte – pág. 51 – “ Agora as esquerdas seguem a cartilha de esterilização cultural proposta pelo italiano Antonio Gramsci, um revolucionário comunista que ordenou à militância que trocasse as armas pelo lento, silencioso e constante envenenamento do manancial de idéias livres da nação que se tenta subjugar.A luta gramsciana não é travada contra as idéias passadas por produções culturais de gosto duvidosos ou de baixa qualidade. Não. A luta é contra idéias que fujam do controle do partido “.” “Está-se diante da tentativa de abrir uma nova frente de combate no objetivo marxista permanente de dominação, controle e vigilância da mente dos brasileiros.” Outro trecho publicado nessa mesma revista, na pág. 53. “Mentir, mentir sempre. E, nos arroubos de entusiasmo, abandonar momentaneamente o fingimento e deixar escrever as verdadeiras intenções. Assim tem se comportado o regime iraniano em relação ao seu programa nuclear”. E, tem esta da coluna do Juca Kfouri: “O estupro da Lei de Moralização. – A chamada Lei da Moralização do Futebol acaba de ser violentada pelos deputados em Brasília. Texto de um obscuro parlamentar do Partido da Republica baiano, da bancada da bola, José Rocha, que recebeu R$ 100 mil da CBF, em 2002, e R$ 50 mil, em 2006, retroage à situação que vigorava até que o presidente Lula, em 2002 sancionasse a lei moralizadora – que foi parida na gestão FHC. Novamente os cartolas não terão que responder com seu patrimônio pessoal pelo endividamento dos clubes de futebol, como prevê a legislação em vigor, mudança que até os advogados dos clubes com vergonha na cara consideram um retrocesso.” A corrupção política está deteriorando as instituições. Pedimos aos profissionais da comunicação social para que pincem as notícias sobre os fatos que estão acontecendo. Analisem e vejam o quanto uns e outros não se cansam de tentar inventar leis que amordaçam o direito à informação. Entendo que devemos dialogar sobre esse estado de coisas, jamais empurrá-lo para debaixo do tapete. Imprensa Livre é Troca de Idéias. A vida democrática cobra de nós, pessoas com conhecimento e responsabilidade, e com espírito público necessário:- atenção, reflexão e se possível medidas sensatas e possíveis de implementar. (*) Ex-presidente da API Presidente Emérito da Academia Cristã de Letras
ta Rosa Maria Custódio – Editora Assistente - que, a cada edição emprestou o melhor de sua competência e seu talento para que pudéssemos produzir a publicação. Com a consciência de ter cumprido plenamente, meu dever como profissional e cidadão, quero agradecer ao Criador e toda nossa equipe de articulistas, editores, colaboradores, fotógrafos, artistas, gráficos, pessoal administrativo, anunciantes, diretores, conselheiros e associados da Associação Paulista de Imprensa, que me honraram com seu crédito de confiança e por terem me proporcionado o prazer de trabalhar junto à pessoas de distinção tão alta no meio social. Muito Obrigado e até...
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Equação mais complexa Luiz Gonzaga Bertelli*
O Brasil parece que ainda não se deu conta do ônus de pertencer à categoria de estrela entre os países emergentes. Numa época em que amargava as agruras do subdesenvolvimento com inflação galopante e economia de morna a gélida, talvez se justificasse a sobrevalorização de um determinado índice socioeconômico: a abertura de postos formais de trabalho. Afinal, seu aumento implicava mais ocupações para uma população pouco qualificada profissionalmente num mercado atrasado. Sob esse prisma, é de se comemorar – como foi feito pelo governo – o recorde atingido em janeiro: foram abertas 181,4 mil vagas, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), melhor resultado desde 1992. Mas a realidade, hoje, é mais complexa. As empresas, que movimentam a economia, estão muitíssimo mais sofisticadas e exigentes quanto à qualificação de seus recursos humanos, além do fato de que, com a globalização, a concorrência para preencher ofertas de postos de trabalho pode vir de qualquer canto do mundo. A equação, além disso, abarca outro indicador altamente expressivo e pouco animador: o País só cumpriu um terço das metas estipuladas por lei em 2001 no Plano Nacional da Educação. Ou seja, diferentemente do que se previa há oito anos, a repetência de alunos continua elevada; a população de universitários, apesar dos programas criados nos últimos anos, está aquém do ideal; e o acesso à educação infantil ainda é restrito. Quais deficiências, então, não carrega um trabalhador formado dentro desse contexto? Essa pergunta, meramente retórica, lança uma sombra de incerteza sobre a sustentabilidade do desenvolvimento a médio e longo prazo, justamente pela ausência de capital humano apto a atender as demandas do mercado. Para não dizer que tudo está perdido, entre as metas do Plano da Educação efetivamente cumpridas estão duas extremamente relevantes. Uma é a criação de programas de formação de professores para a educação tecnológica e formação profissional, modalidades que, em 2006, já contavam com 125,9 mil alunos matriculados contra os 66,1 de 2000. A outra conquista é a expansão do ensino superior a distância, que atingiu 149,9 mil matrículas em licenciatura em 2006, contra o 1,7 mil registrado em 2000. Nem tudo está perdido, mas ainda falta muito para atingir o ideal.
Há algumas semanas, Fernando Haddad, ministro da Educação, sugeriu em entrevista que os primeiros quatro anos de carreira de um professor recém-admitido pela rede pública de ensino fossem encarados como um período de avaliação. O recurso serviria para selecionar os melhores, aprimorando assim a qualidade da educação: o nome dado pelo ministro a esse processo foi “estágio probatório”. De fato, um dos significados da palavra “estágio” é “fase”, mas a coincidência suscita outra idéia. Por que não integrar o estágio – agora entendido como o treinamento prático de estudantes previsto pela Lei 11.788/08 – à política de preparação de professores? De passagem pelo CIEE, o sociólogo José Pastore, um dos maiores especialistas em mercado de trabalho, afirmou categoricamente que não há recrutamento mais eficiente e barato do que o estágio. A linha de raciocínio, entretanto, se voltava à realidade das empresas e organizações do 3º Setor, mas poderia muito bem servir de orientação à administração pública dos níveis municipal ao federal. “A possibilidade de observar o desempenho do estudante tão proximamente permite selecionar a nata da nata”. De modo geral, é crescente o interesse dos órgãos públicos por estagiários, como revelam as crescentes parcerias firmadas com o CIEE. Em janeiro, por exemplo, o número de estudantes sendo treinados por órgãos da administração pública era 30% superior ao registrado no mesmo mês de 2009 – ou seja, 77,5 mil contra 59,5 mil. Apesar dos bons resultados, poucas são as experiências voltadas especificamente para o setor educacional. Obviamente, um programa de estágio para professores não sanará todas as deficiências da educação, tendo em vista que não diminuirá a distância que ainda existe entre o mundo do saber e o mundo do fazer em todas as outras áreas de especialização. Mas é um ponto de partida. Até porque a carreira de professor não difere tanto das outras: alguns segredos da profissão somente são aprendidos na prática do dia a dia. Por que, então, não permitir que os futuros educadores comecem a ganhar experiência antes de começarem a ministrar aulas? * Presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, da Academia Paulista de História – APH e diretor da Fiesp
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Educação
Lassalle e os exageros do PNDH-3 Paulo Nathanael Pereira de Souza (*) “
Um governo, a menos que desconheça a sua missão, não pode por amor de um interesse comprometer os outros interesses da sociedade: é na combinação de todos eles que consiste o grande problema da administração pública”. Nabuco de Araújo (1850) A propósito da polemica que, hoje, varre o país, nos meios políticos e acadêmicos, provocada pelo extravagante programa contido no documento intitulado PNDH-3, elaborado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, aproveitei o Carnaval para reler uma pequena jóia, que guardo há decênios em minha biblioteca; a obra clássica do alemão Ferdinand Lassalle: “Que é uma Constituição?” E o que diz o mestre germânico, que, apesar de suas simpatias socialistas, era antes de mais nada um cientista social e um servidor da inteligência supra ideológica (afinal todos sabem que as ideologias são modos parciais de pensar dos quase pensadores)? Diz em suma, que “a verdadeira constituição de um país somente tem por base os fatores reais e efetivos do poder e que as constituições escritas não têm valor, nem são duráveis, a não ser que exprimam fielmente os fatores do poder que imperam na realidade social”. Diz mais: “Pode-se plantar no quintal uma macieira e fixar no seu tronco um papel dizendo – “Está árvore é uma figueira” – ; bastará esse papel para que ocorra a sonhada metamorfose? Os frutos da árvore quando chegassem negariam o cartaz nela pregado.” Assim são as constituições, que não atendem, na sua estrutura, os fatores reais e efetivos de poder de um país, isto porque esses fatores “que atuam no seio de cada comunidade são essa força ativa e eficaz, que informa todas as leis e instituições jurídicas da sociedade, determinando que não possam ser, em substância, a não ser tal como elas são.” Toda revolução (ou reforma extremada) que se fizer na estrutura sóciopolítica de um povo, para atender ao romantismo juvenil (Lênin chamou-o de doença infantil) de conspiradores, não se sustenta, se esses fatores reais de poder não forem respeitados. Isso é tão
inevitável, que a “Revolução dos Bichos”, de George Orwell, demonstrou como que a porcada vitoriosa em seu levante contra os humanos, caiu de início, na anarquia da transitoriedade do novo regime, só readquirindo alguma estabilidade, quando assumiu os “erros”, que combatiam antes da troca de poder... Fato que já levara Lampedusa, no “Gattopardo”, a exclamar ser preciso mudar para que tudo possa continuar como sempre foi... Essas reflexões me ocorrem enquanto leio o cardápio editado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, onde constam receitas detalhadas de como devem os governos proceder para apagar a injustiça supostamente praticada por todos contra minorias sociais brasileiras, ainda não incluídas nos chamados benefícios civilizatórios. A começar pela regularização e proteção da mais antiga das profissões, a prostituição, e a finalizar, pela exclusão do cenário social de práticas atuais, tidas como inadequadas e indevidas, como por exemplo: símbolos religiosos em bens públicos, caso do crucifixo em repartições e escolas, sob a alegação de que o Estado é leigo (sim, mas, e a sociedade não é religiosa?); ou como o agronegócio, que deve ser substituído pela agricultura familiar (cousa que seria possível antigamente, quando a demografia mundial era mínima; como alimentar, hoje, bilhões de pessoas sem o agronegócio para produzir alimentos em escala e com apoio na tecnologia avançada?); ou ainda, a sanha de liquidar com a liberdade de expressão, que segundo o evangelho do PNDH-3 deveria ser regulamentada e controlada pelo Estado, cousa que todos sabem ser a arma predileta das autocracias? E vai por ai! (*) Membro da Academia Brasileira e Filosofia, Presidente Emérito do CIEE.
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O SAMBA INVADE A ACADEMIA José Renato Nalini / Jornalista (*)
Ao reassumir a presidência da Academia Brasileira de Letras, que já exercera há pouco, o Ministro Marcos Villaça retomou o seu estilo. Promoveu um encontro em que samba e letras se irmanaram, sob argumento louvável: a celebração do centenário de Noel Rosa. Essa vocação de abertura do heráldico recinto acadêmico para a cultura popular é o tom que o ex-Presidente do TCU costuma imprimir às suas gestões. E nisso torna a Casa de Machado de Assis mais divulgada e, por ser mais exposta, mais amada. Tal aproximação já fora intuída pelo cineasta Gofredo da Silva Telles Júnior, tão precocemente desaparecido. Ao fazer o documentário da posse de sua mãe, Lygia Fagundes Telles, na ABL, incluiu às tantas uma porta-bandeiras em ritmo carnavalesco. À época, o sempiterno Presidente Austregésilo de Athayde não assimilou a intenção do jovem e inquiriu a grande dama do romance brasileiro. Ela respondeu que a Academia deveria olhar também para o samba e se abrir para a cultura do povo. Nada mais próximo ao gosto do brasileiro do que futebol e samba. A fidelidade de Lygia ao tema da aproximação antecipou-se outra vez à iniciativa do Presidente Villaça. Ela revê toda a sua obra para uma republicação valorizada com o olhar crítico de prestigiados analistas da literatura brasileira. No texto que preparou para inserção no livro “Durante Aquele Estranho Chá” e denominado “Machado de Assis: Rota dos Triângulos”, também entra o samba. Na sua deliciosa fala, Lygia se detém sobre várias triangulações da prosa machadiana. É quase um ensaio crítico, mas descontaminado do preciosismo que torna a crítica literária abominada pela juventude. Ao contrário, quer-se ler mais e não se chegar ao final do texto. Mas é justamente aqui que entra o samba. Ela encontra identificação entre o rancoroso e contido personagem de Dom Casmurro e aquele narrado num antigo samba carioca. Invoca o poema de Manuel Bandeira, no fascinante diálogo do tuberculoso com o seu médico. O enfermo indaga se o Pneumotórax - nome do poema de Bandeira – não seria adequado. O esculápio dá um suspiro e admite que a única solução é um tango argentino. Lygia se inspirou nesse argumento para dizer ao Bentinho de Machado que, para ele, a alternativa não é tango ou fado, mas o samba de Herivelto Martins e Ataulfo Alves, que tem versos ajustáveis ao drama casmurro: “Não falem dessa mulher perto de mim! Não falem pra não lembrar minha dor..”. Isto foi escrito bem antes do evento que levou a Academia Brasileira a iniciar as comemorações de mais um centenário tão a gosto da
população em geral: o gênio de Noel Rosa. Pois São Paulo também poderia participar dessa tendência – e o fará, certamente – mas com uma contribuição autenticamente paulista. 2010 é também o ano em que se celebra um século do nascimento de Adoniran Barbosa. O poeta do “Trem das Onze” continua o favorito daqueles que preferem a leitura musical das coisas singelas. Letras que contam fatos cotidianos, que podem ocorrer com qualquer pessoa, mas que são embalados por musicalidade fácil de se abrigar na memória de todos. Não são elucubrações sofisticadas, mas relatos rotineiros, familiares às pessoas simples. A maior parte da população é constituída de pessoas assim. Imunes à sofisticação, impermeáveis às pretensões vanguardistas e à ditadura da tecnologia que já surge revestida de fatal obsolescência. Celebrar Adoniran é resgatar o gosto paulista pelo singelo, da música resistente às modernidades passageiras. Já se disse que São Paulo era “o túmulo do samba”, quando esta terra é ressurreição da verdadeira brasilidade. Aquela que não se condiciona às diretrizes da implacável lex mercatoria, a impor consumo baseado em realidade alienígena e desvinculada de qualquer parentesco plausível com a verdade nacional. O brasileiro não tem de se envergonhar de sua música autêntica. Não precisa de outros ritmos, os quais têm o seu nicho, todavia sem exclusão daquilo que é nosso. Todos devem se lembrar de Adoniran Barbosa neste 2010. A pedante subserviência perante autores estrangeiros deve conceder prioridade àquilo que, sem investimentos institucionais, sem estímulo de qualquer natureza, brotou espontaneamente. Fruto natural e original de uma nacionalidade ainda em formação. E que deve ser glorificado como “produção da casa”. Como “coisa nossa”. Bem faria a intelectualidade que prefere acompanhar o mercado internacional e que está em dia com os lançamentos da editoração em todo o mundo, se também direcionasse o olhar para o seu quintal. Aqui também se produziu e se continua a produzir o genuíno. Aferir a qualidade é incumbência da crítica, mas esta não é infalível. Quando se contrapõe à preferência popular, destina-se ao olvido. Ao ostracismo que continua a ser sanção: a morte em vida, que é não ser lido, não ser ouvido, não ser citado, não ser lembrado. Os responsáveis pela educação – em tão constrangedor estágio no último ranking divulgado – deveriam refletir melhor sobre o uso daquilo que o povo gosta para fazer o povo pensar. Em lugar de forçar a memorização de regras de gramática, ensinar a falar com as letras das músicas. Nisso, o brasileiro é invencível.
Inovação, a chave para o futuro Ruy Martins Altenfelder Silva*
É preciso mudar para que tudo continue como está. Consagrada pelo príncipe de Salina no famoso romance O leopardo, quando usada na política a frase soa cínica e reveladora de apego ao poder a qualquer preço. Já quando aplicada à economia moderna, ganha um significado saudável e serve de sinal de alerta, em especial para as empresas muito bem sucedidas e lucrativas. É até compreensível que, ofuscados por gordos resultados financeiros e saborosas fatias de mercado que detêm, seus gestores tendam a certa acomodação, cedendo ao temor de mexer em time que está ganhando e, assim, mantenham-se fiéis ao presente ou, pior, ao passado. Entretanto, a experiência e o aconselhamento de especialistas mostram o outro lado da moeda, indicando que comandar empresas é como dirigir um automóvel no caótico horário de rush. É preciso multiplicar o olhar, atentando para o que ocorre ao lado, observando o que está atrás, mas sem deixar de mirar à frente, buscando antecipar os obstáculos que a próxima curva esconde e já planejando ações para vencê-los. País tradicionalmente exportador de matérias-prima e importador de produtos de maior valor agregado – tendência que muito lentamente vai se invertendo –, somente há poucas décadas o Brasil despertou para a importância de incrementar a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento tecnológico – um descompasso que se traduz no baixo nível de investimento privado e público nessas áreas, no descolamento entre a atividade acadêmica e as necessidades da produção, e no descaso para com a formação de profissionais aptos a atuar com as competências e habilidades exigidas pela nova realidade e, principalmente, pelos desafios que se antepõem à aspiração de ocupar uma posição destacada no conjunto das nações. Segundo recente relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais ricos do mundo, a inovação é a fonte principal de dinamismo econômico
A Academia Brasileira de Letras continua a dar o exemplo e mostra porque sobreviveu à derrocada dos valores que é o maior espetáculo do crescimento pátrio no último século. Não seria mau se outras instituições a acompanhas-
e bem-estar social, sendo a chave tanto para vencer a recessão econômica quanto para colocar o desenvolvimento numa trajetória ambientalmente sustentável. Entretanto, a situação brasileira nos três indicadores de inovação – pesquisa e desenvolvimento (P&D), patentes e registro de marcas – não é das mais animadoras. Um comparativo de investimentos em P&D, para ficar apenas num exemplo, mostra o quanto o Brasil precisa avançar para atingir os patamares dos países desenvolvidos. Segundo o Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (Iedi) sobre a P&D nacional, o investimento privado é da ordem de 0,5% do PIB contra incentivos governamentais de 0,007% do PIB (excluídos os estímulos fiscais da Lei da Informática, considerada mais um instrumento de política econômica do que de alavancagem à pesquisa). Enquanto isso, em 2007, no âmbito dos trinta membros da OCDE e alguns países não membros, como China e Rússia, esse total atingiu 2,3% do PIB conjunto (a nada desprezível quantia de US$ 886,3 bilhões), tendo a iniciativa privada como a principal fonte de financiamento, respondendo por perto de 70% dos gastos. Para alimentar certo alento, vale registrar alguns sinais positivos no horizonte, como as 2.500 empresas que apresentaram, de 2007 para cá, projetos à Finep sob o guarda-chuva da Lei de Inovação. Mas é preciso intensificar e muito a participação da iniciativa privada, semeando a cultura da inovação no mundo corporativo e transformando-a em prioridade estratégica das organizações. Em síntese, para a sobrevivência das empresas e para o desenvolvimento do País a ordem é avançar ou perder, mais uma vez, o bonde da história. (*) Presidente do Conselho de Administração do CIEE, Presidente do Instituto de Estudos Avançados da Fiesp, Ex-secretário de Estado Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Governo Geraldo Alckmin.
sem no garimpo das coisas boas que nosso povo já produziu e que são relegadas a benefício de muito lixo estrangeiro. (*) Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Presidente da Academia Paulista de Letras
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Cerimônia de Posse marca início dos trabalhos da Academia Linense de Letras Depois de mais de um ano de exaustivos trabalhos concebidos, planejados e liderados pelo Professor, Escritor e Jornalista Adolfo Lemes Gilioli, a cidade de Lins – A Princesa da Noroeste - engalanada assistiu a posse dos membros da ACADEMIA LINENSE DE LETRAS realizada no último dia 27 de março no auditório da Casa dos Médicos naquela cidade, importante Pólo de Desenvolvimento da região Noroeste de São Paulo. A Cerimônia teve a presença de altas autoridades locais, com destaque para o prefeito Waldemar S. Casadei que proferiu discurso de saudação aos empossados. A nova Academia conta em seu quadro com personalidades da região e de São Paulo dentre os quais vários acadêmicos pertencentes à Academia Cristã de Letras, Academia Paulista de Letras e Academia Paulista de História entre outros.
Constituem o quadro de Academia Lince de Letras os Acadêmicos: Adolfo L. Gilioli, Adilson C.Fulan Silvestrim, Afiz Sadi, Antonio N.L. Coqueiro, Apparecida P. Pereira, Bruno Sammarco, Carlos Eduardo M. Carvalho, Célia Regina Volponi, Cinthya N.V. da Silva, Clélia da Silva Perazza, Cynira da Silva Perazza, Dirma Teixeira P.V. da Silva, Douglas Michalany, Frances de Azevedo, Hiroko E. Matsuda, Jairo Nunes Calças, José Roberto F. da Rocha, Lais Rosa Pacini, Luiz Gonzaga Bertelli, Luzia de Oliveira Cardoso, Magaly G.L. Gilioli, Manuel da Costa Carregosa, Manoel M. Santos Ramires, Maria Aparecida Zola, Maria Bernardete Ramos, Maria Kazue Mori, Marlene Barnet de Melo, Mauro de Souza Ribeiro, Milton A. Toledo Barros, Otacílio Grubert Moraes, Paulo Nathanael Pereira de Souza, Ricardo Assef, Rosa
Maria Custódio, Roseanna M.C. Torres, Shigueyuki Yoshikuni, Silvani Daruiz, Smiley Castelo Branco Teixeira, Toshio Arimori e Yvonne Capuano.
Deputado quer mais Segurança nas Estradas de São Paulo Projeto do deputado que tramita na Câmara Federal quer veículos trafegando com faróis acesos nas rodovias, mesmo durante o dia O trânsito no Brasil se destaca pelo número de acidentes, especialmente nos finais de semana e feriados. Preocupado com a questão, o deputado Federal Milton Monti apresentou à Câmara Federal o projeto de lei 5953/2009. A proposta determina que os motoristas trafeguem pelas rodovias brasileiras com os faróis dos automóveis acesos mesmo durante o dia. O autor do projeto afirma que seu objetivo é aumentar a visibilidade dos veículos em trânsito e o grau de segurança nas estradas brasileiras. Com isso, Milton Monti pretende evitar acidentes nas estradas, evi-
tar perdas materiais e prejuízos econômicos, mas, principalmente, preservar vidas. “Eu entendo esse projeto tem grande repercussão social, pois toca em um assunto que precisa de atenção constante das autoridades brasileiras. Famílias inteiras perdem a referência quando uma tragédia se abate sobre as pessoas, por conta dos acidentes de trânsito”, comenta Milton Monti. O deputado explica que as motocicletas mais modernas já saem de fábrica com um dispositivo que acende os faróis automaticamente. “Faço a comparação com a moto, porque, embora o carro seja maior, não quer
dizer que ele, às vezes, não passe despercebido no trânsito, quando vai cruzar uma rodovia. Minha opinião é que manter os faróis dos automóveis ligados mesmo durante o dia é uma medida útil, válida e importante para a segurança das pessoas e para segurança do trânsito brasileiro”, justifica. O projeto de lei 5.953/2009 está nas comissões de mérito e Milton Monti se diz otimista com o andamento da proposta. Segundo o parlamentar, o projeto não traz prejuízos, não causa embaraço ou constrangimento a qualquer pessoa e trará segurança a todas as pessoas que estão transitando pelas estradas, rodovias e cidades brasileiras.
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A POLÍTICA DO VALE TUDO Claudio Gomes / Analista Político
A cada dois anos, participamos de eleições, fato que já se tornou corriqueiro na vida do cidadão, causando certa banalização negativa, habilmente usada pelos políticos para captação de votos. Apesar dessa idéia coletiva equivocada de se banalizar os processos eleitorais, especialmente os que tem por objetivo a eleição dos mandatários dos Estados e da União, constata-se serem tais processos inovados em cada edição, sejam por normas legais devidamente aprovadas ou por entendimentos emanados da Justiça Eleitoral, a qual vem absorvendo uma função legislativa extravagante cada vez maior. As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral editadas com o condão de regulamentar as eleições extrapolam, não raro, os limites das previsões legais existentes e a tornam, muitas das vezes, letra morta. O pleito previsto para iniciar em junho de 2010 com as convenções partidárias que irão escolher os candidatos, antecipa-se de forma absurda e descarada. Assistimos o embate entre situação e oposição, na eleição presidencial, com seus virtuais candidatos já colocados desde o ano passado – Dilma e Serr a – sem que a lei seja obedecida e sem que o Tribunal Superior Eleitoral se manifeste a respeito de forma a impedir uma verdadeira campanha eleitoral fora de época. O presidente Lula está, há cerca de um ano, fazendo campanha eleitoral para sua candidata declarada e o governador José Serra, apesar de se escusar em pronunciar sua candidatura oficialmente, também pratica campanha antecipada, veja-se todo o material publicitário do governo de São Paulo, além de outras coisas. Tais comportamentos, especialmente dos candidatos, que não o são ainda oficialmente, denotam uma total falta de respeito com cada um de nós, massacrados que somos pelo pesado marketing político antecipado, o qual, se não é capaz de mudar radicalmente os rumos da eleição, ao menos a contamina e a emporcalha de maneira vergonhosa. Na verdade quando chegarmos a junho – momento previsto em lei para as
convenções e adequado para a exposição dos candidatos – o “jogo” já estará em seu segundo tempo. A democracia e a legitimidade do processo eleitoral estarão irremediavelmente comprometidas, seja pela patente ilegalidade das campanhas antecipadas ou, mesmo, pela polarização conseqüente que retira das dezenas de agremiações político partidárias, que ficaram à margem desse jogo ilegal, a possibilidade de disputarem em igualdade de condições os cargos majoritários a partir de junho. Mesmo que possamos concordar com as inúmeras críticas que se faz aos partidos nanicos e o papel que lhes é destinado nas eleições majoritárias, tornando-se legendas de aluguel, a servir para fins nem de perto coerentes com seus princípios programáticos inscritos nos estatutos de fundação, ainda assim, lhes está sendo retirado o direito sagrado de igualdade e, a persistir a aberração das campanhas antecipadas, melhor será voltarmos ao tempo do bipartidarismo. Parodiando uma propaganda de biscoito, podemos perguntar: Temos que escolher entre Dilma e Serra por que são os únicos ou, são os únicos por que não podemos escolher entre outros candidatos? Na verdade, quando entramos no “jogo”, ou seja, passamos a participar do processo eleitoral na qualidade de eleitores, as opções de escolha já se tornaram mínimas e, todas, sem exceção, representam os mesmos interesses e, no fundo as mesmas idéias. É só ver a lista de doadores – refiro-me à doação oficial. Vivemos a doce ilusão de que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido. Melhor seria a monarquia, vocação clara de nosso país. Na qualidade de “Sua Majestade” sugerimos o Rei Lula e como chefe de governo o primeiro ministro José Serra. A Dilma? Bem, por decreto de “Sua Majestade”, permaneceria na função de “Coringa” e ainda ganharia um Ducado de prêmio. E, para completar, o Santo Daime seria obrigatório, sob pena de decapitação. O Escrivão mor não se contentaria mais com as cartas e viria pessoalmente ver de perto toda essa revolução. Vida longa ao Rei!
Remédio no Brasil – O mais caro do Planeta! Prof.Dr. Afiz Sadi
Quem viveu toda a evolução da medicina, desde a década de 50 até nossos dias, pode constatar que tudo é novo sem deixar de ser velho. Se não vejamos: a população brasileira apresentava uma sintomatologia e sinais inerentes a uma tuberculose urinária: distúrbios miccionais, hematúria, leucocitúria, proteinúria, urina ácida, febre vespertina, cansaço, dores ósseas e musculares e outros. Uma urografia excretora (era o que existia na época) mostrava sinais próprios de um processo inflamatório nas vias excretoras renais. Isso tudo parecia uma alteração patognomica de uma tuberculose renal, embora não se encontrasse o bacilo de Koch no exame de urina, mesmo na cultura. O tratamento de prova, com medicação da época especifica, curava o paciente; os sintomas desapareciam totalmente. Agora vem o importante: a maioria dos médicos, pequenos na urologia, não acreditava nesse diagnóstico e por essa razão reexaminavam totalmente o paciente e encontravam o que foi descrito acima, mas não conheciam e por isso não entregavam a medicação que era dispendiosa e necessitava ser ingerida durante 180 dias a um ano para a cura. Essa medicação era fornecida pelos serviços de saúde pública (postos e secretarias). Pois bem, uma tuberculose clínica atinge, até hoje, mais de 30% da população e os resultados continuam na medicina com as mesmas medicações do passado. O Ministério da Saúde vem sendo tolhido em todos os sentidos embora tenha um ministro, José Gomes Temporão, probo e respeitável, que vem lutando por verbas, inovando a produção e o oferecimento de medicamentos, próteses, etc. sob a cegueira e a gagueira do governo para a saúde. Citei esse exemplo da tuber-
culose porque ele persiste até hoje e muitos médicos do passado com ele lidaram (mas agora a situação é mais grave, porque há uma crise no setor dos medicamentos úteis para doenças avançadas e graves, mas impossíveis de aquisição em farmácias pelo seu elevado preço. A agência nacional de saúde fiscalizadora sabe do alcance pelos clientes do encontro dos remédios em farmácias e muitos falsificados. Esse problema da indústria e do comércio de medicamentos deveriam ter uma atenção especial da Justiça brasileira para a defesa da população. Não sei porque não agem; talvez o poder dos Laboratórios multinacionais imponham, por “variadas formas”, essa libertação da medicação os preços acessíveis ao povo brasileiro. Imaginem, senhores leitores, o quanto de remessa de lucros, sai desse país para organizações farmacêuticas alienígenas com prejuízo irreparável a saúde do cidadão brasileiro. O Ministério da Saúde e a Anvisa não têm um apoio político forte dos poderes: senado, câmara, judiciário e mesmo do executivo, para coibir e enfrentar o poder da indústria farmacêutica. O remédio vendido no Brasil é o mais caro do mundo. O produto vem do país de origem e aqui é maquiado com embalagens bonitas para impressionar; diminuído no seu tamanho, não na sua continuação e por essas razões justificam o aumento do preço. Quando isso não é possível, e o remédio é barato e eficaz, retiram-no do mercado. No período Itamar Franco, o ministro Jamil Haddad criou o genérico e depois ficou sob o controle do ex-ministro José Serra. Agora toda essa medicação é manipulada para o aumento do seu preço, mas esse será um novo assunto que tentaremos publicar ulteriormente, com ajuda de Deus. * Prof. Titular Urologia da UNIFESP, Prof. Honorário das Academias de Medicina de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; Presidente Emérito da Academia Cristã de Letras; Emérito da Sociedade Brasileira de Urologia
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Força Pública: a nova denominação da Polícia Ostensiva de São Paulo Cel PM Álvaro Batista Camilo *
Trabalhamos para que São Paulo apresente a cada novo dia uma polícia militar transparente e atualizada, profissionalmente correta e socialmente justa. Promover mudanças exige coragem e visão de futuro. Se chegamos ao gigantismo que tem hoje a Instituição, atuando ininterruptamente nos 645 municípios do Estado, realizando aproximadamente 30 milhões de intervenções anuais e prendendo em flagrante delito, ou seja, no calor do fato mais de 120 mil criminosos por ano, é porque outrora homens e mulheres foram capazes de dar respostas às necessidades de seu tempo. Coube a minha geração de Oficiais assumir esta proposta de mudança importantíssima e não-apenas simbólica, preservando nossa estética caracterizada pela hierarquia e pela disciplina. A nova denominação tem o objetivo maior de fazer os cidadãos compreenderem que a polícia ostensiva é parte da força do público, atuando para o povo. Não se tratou de escolher um nome. Buscamos reafirmar valores irrenunciáveis, respeitar a história, as tradições e a pujança de São Paulo. Basta o dístico de nossa cidade
(non ducor duco – não sou conduzido, conduzo) para traduzir a marca que também é do Estado. Servimos ao cidadão, por isso Força Pública. Ao assumir o comando geral comprometi-me a dar continuidade aos muitos projetos exitosos do governo do Estado, na área de segurança pública, que já tem como resultados a queda de mais de 70% nos homicídios nos últimos dez anos, um case nacional. O nome Força Pública já havia sido semeado nos corações e mentes da polícia militar paulista, em harmonia a um conjunto de atualizações e mudanças. Notamos que a prevenção pode ser ágil, rápida, barata e eficiente se o aparelho policial contar com recursos humanos com visão também pedagógica da atividade policial, com conhecimentos de justiça restauradora e partícipes de uma formação mais humanizadora, por isso, nossos investimentos nas Academias de formação. Em dezembro completamos 178 anos, nosso último concurso público para vaga de soldado atraiu mais de 88 mil candidatos, cujos aprovados já ingressarão, desejamos, em
Ditadura Ambiental Deputado Major Olimpio / Jornalista, Deputado Estadual
O mundo está despontando para a insensatez de século e mais séculos de agressão ao meio ambiente e na iminência do comportamento da sobrevida do planeta. Toda a humanidade tem feito seu “mea culpa” e busca soluções para minimizar o problema. No Brasil não é diferente. Ocorre que aqui o oportunismo e o discurso fácil, fala mais alto, e verdadeiramente “matam a vaca para acabar com carrapato”. É o exemplo da criação, por decreto, do Governo Federal, através do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, do parque nacional da Mantiqueira nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, o que desabrigará milhares de famílias de agricultores, pequenos pecuaristas, produtores artesanais que estão nas terras a pelo menos 300 anos. No dia 26 de fevereiro, desse ano, fui a Campos do Jordão fazer uma exposição sobre segurança pública, como presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, mas durante o debate a prefeita de Campos Ana Cristina Machado César (PPS) e dezenas de micro comerciantes e produtores de produtos
artesanais, do Pico do Itapeva, pediram ajuda e manifestaram o desespero. Todos deverão sair, centenas de empregos diretos e milhares de indiretos serão perdidos, sem a menor avaliação do impacto social que o famigerado decreto vai provocar. Me comprometi, em público, e pedir socorro, e assim o fiz, pedindo oficialmente apoio ao Ministério do Trabalho, em Brasília, na pessoa do Ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) que é meu amigo de partido. A tensão permanece. Muitos outros municípios do Vale do Paraíba serão severamente afetados, tais como: Jacareí, Taubaté, Santo Antonio do Pinhal, São José dos Campos, etc. Enquanto isso o ministro do Meio Ambiente, conhecido como “o doidão”, empenha seu tempo em participar da “marcha da maconha” para defender a legalização das drogas. É preciso dar um basta nessa ditadura ambiental, pois, o objetivo de tornar a vida viável no futuro não justifica criar ações que a inviabilizem no presente.
uma polícia militar com nova designação, a mesma inscrita na atual sede do Q.C.G. (quartel do comando geral), datada de 15 XII 1957, grafada no formato da época: Fôrça Pública. Seguimos com 100 mil dedicados homens e mulheres, abrindo novas frentes, deixando um esboço de ponte para uma nova polícia marcada por avançados conceitos e ferramentas da administração públi-
ca moderna, voltados para gestão, sempre com foco nas demandas do cidadão, que confia e aciona o 190 emergência mais de 150 mil vezes em um único dia. A população de São Paulo e todos os nossos visitantes dispõem de 15 mil viaturas, 06 aviões, 17 helicópteros, 426 embarcações e 450 cavalos, atuando nas áreas de polícia territorial, bombeiros, rodoviária, ambiental, choque, tudo para melhor garantir a segurança ao cidadão, na terra, no ar ou no mar. O apoio que temos recebido da sociedade civil organizada, conforme se verificou durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública mostra-se bastante promissor e coloca a polícia no centro da pauta política, econômica e social. A letra da canção da polícia militar escrita pelo poeta paulista Guilherme de Almeida, por ser o trecho cantado com maior ímpeto em nossas comemorações, formaturas e eventos reafirmam nossa indicação “(...) Seus passos deixam fundo na terra, rastro e raízes : é a Força Pública!”. Nossos procedimentos e ações internas levaram a consecução de uma matriz organizacional que busca menos mortes, menos lesões, menos sofrimentos, menos dor; para isso nos valemos de gestão por resultados e vigorosos treinamentos, por exemplo, o já internacionalizado Método Giraldi – que é o tiro de preservação da vida, que segue e atende aos padrões preconizados pela Cruz Vermelha Internacional.
Nas últimas décadas, a grande ênfase passou a ser dada ao perfil do novo policial que deve ter excelente relacionamento interpessoal e capacidade de mediação de conflitos, ou seja, mais importante do que fazer é dizer/explicar o que e porque algo deve ser feito. Estamos abertos ao diálogo e atuamos sempre com transparência. A nova Força Pública incentivando políticas públicas de transformação social para aumento da sensação de segurança pode realizar um pouco mais de nossas potencialidades. “Uma polícia eficiente e prestativa precisa investir na formação cuidadosa e competente de seus integrantes”, ouvi muito este ensinamento de meu pai, que também foi policial. Na prática, precisamos como Instituição deixar claro para todos que eficiência policial e respeito aos direitos humanos são mais do que meramente compatíveis entre si, são mutuamente necessários, indissociáveis, por isso Força Pública. Não tenham dúvidas, a Força Pública seguirá ligando pontos, tecendo redes, servindo, protegendo e fazendo história. Se conseguir mostrar alguns passos desta nova polícia, dar-me-ei por vitorioso, pois, creio que há pequenos passos que, embora pouco perceptíveis, como uma mudança de nome, podem indicar rumos. Melhores rumos, que passam pelo cumprimento do dever de prestar contas à população. Buscamos no passado glorioso inspiração para reafirmamos nosso desejo de sermos identificados e reconhecidos como Força Pública, sabendo que sempre é possível fazer mais e melhor. Contem sempre com a Força Pública, a Polícia Ostensiva de São Paulo. * Administrador de Empresas pela Universidade Mackenzie, MBA em Tecnologia da Informação pela FIAP, Gestor em Segurança Pública pela SENASP, Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
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Ruy Altenfelder é o mais novo acadêmico da Academia Cristã de Letras Em cerimônia realizada no dia 04 de Março, perante um público que lotou as dependências do Auditório Ernesto Igel do CIEE, tomou posse na cadeira número 6 da Academia da Academia Cristã de Letras de São Paulo, o advogado, jornalista e escritor Ruy Martins Altenfelder Silva, presidente do Conselho de Administração do CIEE e do Centro de Estudos Estratégicos e Avançados da Fiesp. Ruy Martins Altenfelder Silva, foi presidente de várias entidades como a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial; Instituto Roberto Simonsen, além de Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo. Membro da Academia Paulista de Letras Juridicas, tomou posse da cadeira que tem como patrono CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, sucedendo a Afonso Vicente Ferreira. A Saudação ao novo acadêmico foi proferida pelo Prof. Paulo Nathanael Pereira de Souza, presidente da Academia.
PAULO NATHANAEL PEREIRA DE SOUZA TOMA POSSE NA ACADEMIA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO No último dia 10 de março, no Rio de Janeiro, tomou posse na cadeira 26, que tem como ex-ocupante o intelectual Eurípedes Cardoso de Meneses, o Presidente Emérito do CIEE Nacional e de São Paulo, Prof. Dr. Paulo Nathanael Pereira de Souza. Conhecido educador brasileiro, que já ocupou a Secretaria de Educação em São Paulo Nathanael, pertenceu por 14 anos ao Conselho Federal (hoje Nacional) de Educação,
onde teve destacada atuação chegando a Presidir o colegiado, eleito pela unanimidade dos votos de seus pares. Professor Universitário nas áreas de economia, história e educação, foi secretário municipal de Educação e Cultura de São Paulo (1971-1974) e superintendente da Bienal de São Paulo. Detentor de condecorações nacionais e internacionais como a Legião de Honra e a Ordem Na-
cional do Mérito da França. Além de membro da Academia Brasileira de Educação, Paulo Nathanael pertence também aos quadros da Academia Brasileira de Filosofia, Academia Paulista de Letras, Academia Paulista de História, Academia Crista de Letras e a Academia Paulista de Educação (das duas últimas é o Presidente). Atualmente, é reitor de duas universidades corporativas, UNISCIESP e UNISESCON.
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BALANÇO GERAL DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE IMPRENSA EM NOVEMBRO DE 2009 Esta é a situação da API recebida na posse da nova diretoria capitaneada pelo jornalista, advogado e administrador Sérgio Redó. Balanço Geral demonstra uma situação de déficit crescente e dividas que precisam de solução urgente
Direitos Humanos enfrentará crise no Congresso Nacional, avaliam líderes de bancadas Claudio Auricchio Turi / Jornalista, advogado e vice presidente financeiro da API O Governo enfrentará dificuldades em aprovar as 27 leis previstas no 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), de acordo com líderes partidários ouvidos pelo G1. Deputados e Senadores da oposição dizem que vão rejeitar as propostas. E governistas dizem que há necessidade de mais discussão. Enquanto isto o povo honesto sofre suas perdas, irreparáveis roubos de solo a mão armada, aliás uma verdadeira guerra civil no campo, que não é divulgada. Os pontos do programa estão no decreto 7.037, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Curioso: porque será que é a primeira vez que escrevo o nome desse ser humano por inteiro?) em 21 de dezembro de 2009. O PNDH acabou se tornando a primeira grande polêmica do ano na política depois que pontos previstos no decreto passaram a ser criticados vejam os Srs. por ministros do próprio governo e entidades como militares, OAB e Igreja. O programa traça “diretrizes” e “objetivos estratégicos” do governo que incluem, entre outros, a defesa da descriminação do aborto, da união civil homossexual, da revisão da lei da anistia, da mudança de regras na reintegração de posse em
invasões de terras e da instituição de “critérios de acompanhamento editorial” de meios de comunicação (este último de interesse da API). O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), prega a ampliação das discussões com a sociedade a partir do Congresso. Segundo ele, serão realizadas audiências com representantes da sociedade civil, militares, especialistas e representantes da igreja. Alves, no entanto, adiantou que é contrário às regras do decreto que abrem espaço para a revogação da Lei de Anistia e a punição de Militares acusados de abusos durante a ditadura. Não quero me alongar nos trâmites na área do Legislativo Federal, emperrada por si e pelo sistema atual, e comparo essa situação ao doente internado em hospital com câncer, onde as células cancerígenas seriam os invasores de terras ou os ladrões de imóvel, se caberia assim dizer para traduzir o sentimento que ronda a desonestidade nesta matéria; e os pacientes seriam os donos das terras compradas, pagas, quitadas, e muitas com escrituras públicas registradas no registro de imó-
veis de suas cidades. BEM, COM APENAS UM DETALHE: NÃO TERIAM ASSISTÊNCIA MÉDICAS E NEM MEDICAMENTOS. Em quanto tempo morreriam, sem defesa? Temos a lamentar que muitos já morreram e levando alguns de suas famílias junto; porque muitas da terras, ou a maioria, serviam de sustento aos seus e a empregados; muitas terras levadas a rodo, com suas plantações a serem colhidas, UM VERDADEIRO ROUBO QUALIFICADO. A reforma agrária se faz necessária no Brasil, pois a estrutura fundiária em nosso país é muito injusta. Durante os dois primeiros séculos da colonização portuguesa, a metrópole dividiu e distribuiu as terras da colônia de forma injusta. No sistema de Capitanias Hereditárias, poucos donatários receberam faixas enormes de terra (pedaços comparados a alguns estados atuais) para explorar e colonizar. Desde então, o acesso à terra foi dificultado para grande parte dos brasileiros. O latifúndio (grande propriedade rural improdutiva) tornou-se padrão, gerando um sistema injusto de distribuição de terra. Para termos uma idéia desta desigualdade, basta ob-
servarmos o seguinte dado: QUASE METADE DAS TERRAS BRASILEIRAS ESTÁ NAS MÃOS DE 1% (UM POR CENTO) DA POPULAÇÃO. Ora, para bom entendedor meia palavra basta, e tudo tem uma explicação inclusive a morte de donos de terras legítimos e legais, que são assassinados por camuflados invasores. Pergunto: a mando de quem? Esses mesmos que emperram por detrás ou pela frente o PNDH no Congresso Nacional e tantos outros? Um verdadeiro arsenal bélico de fazer inveja a qualquer exército, um investimento financeiro muito grande para invasão de terras muito maior que a soberania imortal do crime e narcotráfico instalada nos morros do Rio de Janeiro. Vai um recado à energia silenciosa do um por cento relatado acima: interesses materiais fazem parte de uma vida curta e breve; os mesmos que roubam terras não as levam para a vida após a morte, mas levam o impreguinamento da inconsciência e da injustiça. Ou melhor, as pagam aqui mesmo, PORQUE NINGUEM ESTÁ NO CORPO E NA MENTE DE OUTRA PESSOA PARA SABER O QUE SE PASSA COM CADA UM QUE HABITA O NOSSO MEIO.
Março-Abril /2010
Jornal da
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Legitimidade Associativa do Policial Militar. Ricardo Jacob / Jornalista, Tem.Cel. PM
Nosso esporte tem emoção para todos os gostos! Adolfo Luiz / Jornalista e Cronista Esportivo
Eleito para ser o Vice-Presidente da Associação dos Oficiais da Reserva e Reformados da Polícia Militar do Estado de São Paulo (AORRPMESP) pelo triênio 2010/2013 , pretendo cumprir textualmente o que reza o Estatuto da Associação em seu artigo 7 º, parágrafo único: “Tem a AORRPMESP, caráter representativo de classe, com objetivos nos campos: cívico, cultural, social, recreativo, assistencial, beneficente, filantrópico; mantendo o “status” de entidade de classe de Oficiais da Reserva e Reformados da Polícia Militar de São Paulo...”, com isso legitima a atuação da Diretoria Executiva em prol dos interesses e anseios da Família Policial Militar. Além disso, temos o artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, caput transcrito, que elenca os direitos e garantias individuais e coletivos, mais especificamente em seus incisos abaixo: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente (gn). Com base no texto legal pode-se perceber que para o Policial Militar a única forma de representação de classe se concentra na Associação, pois como cidadão de segunda categoria lhe é vedado à sindicalização e a greve, com base ainda na Carta Magna, artigo 142, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
O esforço da nova diretoria, que assumiu a responsabilidade de dirigir a AORRPM a contar de 25 de Janeiro último, é aumentar o número de associados para fazer frente aos novos desafios que pariam sobre a nossa sofrida categoria Policial Militar. A luta pela aprovação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC 300); pela equiparação do Auxílio de Local de Exercício, extensivo aos inativos e pensionistas, com valor único incorporado ao salário; pelo absurdo congelamento do pagamento da insalubridade até que a lei defina novos parâmetros de pagamento; o cumprimento da data base por parte do poder executivo para reajuste e valorização salarial, entre outras, são as prioridades que o Coronel Jorge Gonçalves definiu para seus dirigentes, não esgotando com isso as nossas metas, que vão desde a consulta prévia sobre a conveniência e oportunidade de se mudar o nome da nossa querida Instituição Polícia Militar para Força Pública, pois a nosso ver, ela nos pertence muito mais do que ao governo que tenta nos impor autocraticamente essa alteração, indo até as mensagens a serem encaminhadas à Assembleia Legislativa. São posturas ousadas, porém perfeitamente adequadas e coerentes com a importância de cada associado representado nesta Entidade. Outra forma de representação é a política; não podemos nos esquecer que este ano teremos eleições para governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Quem será o escolhido pela Família Policial Militar para lutar e combater as injustiças que os governantes de plantão sempre tentam sempre impingir a nossa categoria? Essa resposta dará um cheque em branco a uma pessoa, por no mínimo quatro anos, sem que ela tenha que nos dar qualquer satisfação, por isso mesmo é uma decisão importante e decisiva para nossos anseios. Reconhecer nos atuais parlamentares a lealdade e a determinação em representar os interesses dos Policiais Militares bem como banir aqueles que só tentam enganar ou fazer jogo de cena com interesses eleitoreiros não condizentes com suas posturas e votações em plenário. Democracia se faz pelo voto, porém acertar a escolha depende do esforço de cada eleitor.
Pois é, meus amigos, no Futebol, a Libertadores já está comendo solta, em pleno vapor, e nossos concorrentes ao título não conseguem apresentar um futebol convincente. São Paulo e Corinthians jogam para o gasto, conforme prevíamos devem passar tranqüilos pela fase inicial, mas com este futebol limitado e lento qualquer um dos dois que enfrentar o Internacional e, principalmente, o Cruzeiro, será desclassificado. É um tal de poupar jogadores, fazer rodízio com os reservas, mas quando jogam com seus principais atletas não mostram um padrão de jogo envolvente e rápido que os qualifiquem como sérios candidatos ao título como apregoam alguns mais fanáticos. No timão ainda resta a esperança de cair a ficha de Ronaldo Fenômeno para se cuidar um pouquinho no peso, a ponto dele ter um mínimo de velocidade, pois só com um tiquinho dela ele ainda tem talento para dar passes perfeitos e aproveitar a ruindade da maioria dos zagueiros adversários. Em contrapartida a zaga vem preocupando, pois o ótimo Wiliam parece que nesta temporada sentiu o peso do tempo, demonstrando uma falta de velocidade nos lances fora da área maior ainda do que no ano passado. E não tem reserva à altura. O time se arrasta em campo, muito lento na subida ao ataque. É o mesmo problema do Tricolor cujo meio campo não engrena, o time não tem padrão de jogo definido. Resta a esperança da torcida de que o time são paulino costuma subir de produção na reta final das competições. Jogadores para isso têm, mas até agora não encaixaram sequer uma boa partida, seja no Paulistão ou na Libertadores. E o Palmeiras parece que quer tomar o lugar da Portuguesa na função de Robin Hood do futebol paulista. Perde do São Caetano, do Santo André e ganha do líder e melhor time do campeonato, o Santos. Quando a torcida se anima com a vitória sobre o badalado time de Robinho e Cia. Passa de goleada e virada na casa do adversário para perdedor para a Ponte Preta em pleno Parque Antártica. Como entender um time destes? Já no Santos o clima de juras de amor entre Robinho e o Peixe parece nitidamente aquele namoro de praia que não sobe a serra, dura no máximo durante o verão. O craque teria reclamado dos salários atrasados e coincidentemente ficado fora de uma longa viagem pela Copa do Brasil. Seu empresário vai junto com a diretoria do clube tentando vender cotas de participação publicitária para ajudar a pagar os salários de seu maior ídolo. Um grande espetáculo para os amantes da velocidade. Assim deve ser definida a primeira corrida da Fórmula Indy no Anhembi no último dia 14 de março em São Paulo. Organizada em
cima da hora, a prova teve todos os ingredientes que enchem os olhos dos espectadores: susto com acidente logo na primeira volta, chuva ,sol, mais acidentes, enfim o que não faltou foi emoção. Tivemos brasileiro no pódio. Vitor Meira da A.J. Foyt que terminou em terceiro.O australiano Will Power da Penske com a melhor estratégia venceu a prova. Carros atingindo assustadores 330km/h no final da reta da Marginal com1 km e meio de extensão É a maior reta da Fórmula Indy. Todos os motores da Fórmula Indy eram Honda V8 com 650 cavalos movidos a etanol brasileiro É claro que há muito que melhorar. Nosso enviado especial, Alexandre Meira, profundo conhecedor deste esporte, destacou que a grande falha foi notada nos treinos livres do sábado a abrasividade da reta do Sambódromo, que impedia que os carros andassem em linha reta pois não tinham tração (inclusive fez com que Bia Figueiredo batesse a mais de 200 por hora). Mas durante a madrugada do sábado para domingo a subprefeitura, seguindo as normas internacionais, fez um rápido e perfeito fresamento com máquinas similares às usadas no aeroporto de Cleveland. Mas, segundo Meira, a solução deste problema fez surgir outro imprevisto.Nos treinos do domingo pela manhã e nas primeiras voltas da corrida, em função do concreto raspado para obter o grip, subia muita poeira, o que causou uma cascata de acidentes, pois a visão dos pilotos estava muito prejudicada. Ou seja péssima visibilidade somada a velocidade é a mistura ideal para acidentes, que sempre deram tempero às corridas. Alexandre ainda lembrou que foi muito grande a reclamação do público quanto à abusividade dos preços para alimentação. Um copo de cerveja custava 6 reais,o de refrigerante 5 reais, um picolé 5 reais, um hambúrguer 12 reais e hot dog 10 reais. A galera chiou muito pois não tinha opção. Nosso repórter destacou outro ponto que a organização tem que rever. Após a chuva a prova ficou parada durante 30 minutos, pois houve falha no sistema de escoamento no s do Samba e na curva do Espéria antes da reta dos Bandeirantes. O sistema de escoamento da Marginal também não funcionou e funcionários ficaram puxando a água empoçada com rodos . Enfim todos estes detalhes podem ser sanados nos próximos eventos. Valeu pela ousadia e de forma geral o público gostou, principalmente por poder ver de perto os carros e pilotos, tirar fotos, sem o sistema de quartel que domina a Fórmula Um.
Jornal da
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Meios de Comunicação: Responsabilidade Social e Direitos Humanos Rosa Maria Custodio
A Imprensa surgiu como um meio facilitador da comunicação entre pessoas, numa época em que poucos - clero e nobreza - dividiam o poder e desfrutavam de suas benesses. Desde o início, esteve a serviço dos poderosos, assim como também foi a propulsora de grandes transformações sociais e culturais, incentivando as trocas e expandindo o conhecimento. Se hoje vivemos num regime democrático, se o poder é compartilhado por um número maior de pessoas, se o conhecimento está à disposição de gregos e troianos, brancos e pretos, ricos e pobres, tudo isso é, em grande parte, graças à Imprensa e aos homens que dedicaram suas vidas a serviço da comunicação e propagação da informação. Várias etapas – imprensa escrita, falada, televisionada – foram vencidas e registradas na História das Comunicações Sociais como saltos no desenvolvimento da sociedade, impulsionando as relações econômicas, sociais e políticas, e acompanhando o desenvolvimento das ciências e tecnologias. A internet, como meio de comunicação virtual que rompe as barreiras do tempo e do espaço, é o prosseguimento de todo o trabalho realizado até agora. As mudanças, que sempre existiram, hoje se dão numa velocidade surpreendente e os profissionais da comunicação, assim como os de outras áreas, são obrigados a reciclar, constantemente, seus conhecimentos e habilidades, se querem continuar atuantes e se adequarem ao uso dos novos e diferentes meios que surgem a todo instante. A complexidade nas relações sociais tem aumentado na mesma proporção em que se desenvolvem novos meios de comunicação. Este avanço acelerado das tecnologias não garante comunicação de qualidade, nem torna a vida humana mais feliz. Apesar das facilidades, o mundo parece se transformar numa torre de babel. O controle do uso dos novos meios não está apenas nas mãos de pessoas preparadas, criteriosas e experientes. E aí mora o perigo. Tudo é bom se for usado para o bem. Se por um lado é bom que todos saibam usar as ferramentas que estão à sua disposição numa sociedade democrática e tecnologicamente desenvolvida, o seu mau uso, ou uso indevido, pode causar danos irreparáveis e retrocessos indesejáveis. Conseqüências negativas estão surgindo em todos os lugares, vitimando pessoas e instituições. O ser humano, mesmo nascendo totalmente indefeso e dependente, assim que atinge certa idade – mesmo sem ter adquirido uma sólida formação pessoal e cultural – sente o desejo de ser livre e fazer o que bem entende. A Liberdade é o sonho mais acalentado e também o mais difícil de ser alcançado. Pois o Criador, além de onipotente e onisciente, é um
pai austero e sagaz: aqueles que escolhem a via fácil - liberdade sem responsabilidade - estão fadados ao fracasso e à autodestruição. Os exemplos não são poucos, mas enquanto a aprendizagem é individual, o prejuízo é social. Liberdade de Expressão e Liberdade de Imprensa são dois conceitos essenciais no arcabouço de uma sociedade democrática, onde os interesses são os mais variados e as forças que os sustentam são quase sempre desiguais. Conceitos essenciais, ou princípios, que precisam ser assegurados na prática, e já estão na nossa Constituição, para que a boa e justa convivência dos indivíduos nas suas relações grupais e sociais seja uma realidade. Se o acesso à informação é um direito de todo o cidadão, para que este direito seja desfrutado, é necessário que a informação seja clara, correta e acessível a todos. Além disso, o cidadão precisa ter educação e conhecimento suficientes para assimilar a informação que lhe é dirigida e dela extrair os benefícios para a sua vida particular ou profissional. Por outro lado, o profissional dos meios de comunicação, além de uma sólida formação pessoal e cultural, precisa desempenhar suas funções com independência, honestidade e responsabilidade social. Ele precisa ter conhecimento e consciência do seu papel na sociedade, além das habilidades técnicas que o exercício profissional exige. Tudo o que fizer terá repercussões na vida pessoal, cultural e social de milhões de seres humanos. As dificuldades são muitas: falta de recursos financeiros (enquanto muitos homens públicos desviam dinheiro que não lhes pertencem e enriquecem de forma aberta e desprezível); falta de respeito e proteção ao profissional qualificado e responsável; exploração e uso abusivo de pessoas despreparadas para o exercício desta profissão, que, em busca da fama e do glamour, fazem qualquer coisa, por parte de grupos e pessoas poderosas (circulam nas altas esferas e gozam de imunidades que criam para si mesmas) que só pensam no lucro fácil e são os responsáveis pela degradação da vida humana e social. Aqueles que defendem a exigência do diploma de curso superior para o exercício profissional do comunicador social, acima de tudo, defendem a qualidade da informação que está a serviço da construção de uma vida social mais digna, de uma sociedade verdadeiramente democrática, mais justa e harmoniosa – onde os direitos humanos sejam respeitados de fato, e não usados como clichês para a disfarçada imposição de ideologias mesquinhas e aviltantes.
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EM QUE SÉCULO ESTAMOS? Maria Nazareth Dória / Escritora
É impressionante o que acontece nessas terras que um dia pertenceram aos indígenas. Os índios foram presas fáceis para os caçadores de dotes. Mas... De repente, nos deparamos, em pleno século XXI, com atitudes idênticas às que foram praticadas séculos atrás. Em nome da proteção ambiental, criação de uma nova fauna e o escambau, em nome da lei e amparados pela lei, querem expulsar gerações de famílias centenárias e desta vez não são brancos contra índios, são brancos contra brancos! Quanto mais busco uma justificativa lógica para estes gênios salvadores da pátria, mais fico sem resposta para os seus absurdos! Será que é algum vírus que contamina o bem senso, a moral, a dignidade de certos cidadãos em busca de fama, especialmente nos anos de eleições? Estes elementos que ajudaram a poluir as cidades, as matas, os rios e os mares, são os mesmos que poluíram muitas mentes, e agora querem provar que ainda acreditamos que eles são os poderosos feiticeiros brancos que matam, queimam e destroem tudo a sua volta? Que somos pessoas rudes e primitivas incapazes de pensar ou reagir contra eles? É ano de eleições, acredito que ainda podemos encontrar algumas agulhas no palheiro, é raro, mas existem homens de boa vontade, dispostos a fazerem a diferença entre a poderosa corrente política. Acreditando nestes poucos homens e mulheres com o dom de se destacarem pelas suas ações humanistas que esperamos uma virada de mesa nestas eleições de 2010. Desejamos que o destino de muitas famílias permaneça no mínimo como se encontram: plantando em suas terras e criando os seus filhos em paz. A salvação do planeta não está neste des-
cabido projeto, estes gênios pelo visto nunca colocaram o pé no chão, não conhecem nada da terra, não sabem o que significam as terras para quem nasceu entre flores e espinhos. Com certeza têm jardineiros para cuidarem de seus suntuosos jardins ou moram em áreas de luxo cercadas por árvores que são suas inimigas. Acordem meus irmãos! Se a intenção é salvar a terra, preservar os animais e as plantas, deixem nas mãos de quem cuida há centenas de anos. Quem precisa ser educado não são os matutos que vivem no mato, quem precisa se conscientizar e parar de avançar onde não lhe pertence são exatamente aqueles que são desse time: vamos expulsar os índios do século XXI e receber as comendas que virão de muitas partes do mundo! Meu Deus, quando é que o Brasil vai se livrar de tantas pragas que vivem em nosso meio? Quando pensamos que vamos dormir sem o fantasma do medo, lá vêm essas assombrações entrando em nossas casas para nos atormentar. Que apareça um salvador da pátria para nos livrar deles, quem sabe na vida real não apareça um Zorro? Defendendo as terras e seus moradores? Vamos nos dar as mãos e fazer alguma coisa, vamos gritar, vamos nos pintar e sair às ruas com as nossas flechas (línguas) afiadas, é a única arma que devemos usar para vencer aqueles que decidem nosso destino em silêncio... Queremos permanecer em nossa terra! Se é para preservar a terra, as águas, as árvores e os animais, não se esqueçam que também nasci nestas terras e faço parte delas! “SALVE O HOMEM DA TERRA E A TERRA ESTARÁ SEGURA POR ELE. ARRANQUE O HOMEM DE SUA TERRA E A NATUREZA LHE COBRARÁ NO FUTURO A SUA FALTA”.
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A DEMOCRIA e o DECRETO Frances de Azevedo / Escritora
O que vem a ser Democracia (a verdadeira, obviamente)? Segundo Aurélio: “1. Governo do povo; soberania popular. 2. Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder, ou seja, regime de governo caracterizado, em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade, e.e... dos poderes de decisão de execução; democratismo”. Decreto: “Determinação escrita, imanada do chefe do Estado, ou de outra autoridade pública”. Todavia, para que Democracia paire sobranceira, imaculada, impõe-se o respeito aos Direitos Fundamentais da pessoa humana, do cidadão: direito à vida, à liberdade, à igualdade, à dignidade, à intimidade, à segurança e à propriedade. Assim reza a nossa Constituição. Por sua vez, Direitos Fundamentais ou Direitos Humanos, numa visão ampla, que nas palavras de Cláudio Lembo: “encontra melhor abrigo no interior do Jusnaturalismo, que por conter valores morais, coloca a pessoa e seus atributos como centrais e, por isso, merece respeito do Estado, que sob nenhum argumento pode agredir a vida, a integridade física, a dignidade da pessoa, ou mais abrangentemente, os próprios direitos humanos”. (g..n.) Tal introdução me pareceu oportuna tendo em vista o nefasto Decreto presidencial, oriundo da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, sob n° 7.037, de 21/12/2009, onde a ocorrência de verdadeiro atentando aos princípios democráticos do Estado de Direito. Entre os quais destaco: O da liberdade religiosa (Art. 5º, VI)), ao proibir a exposição de imagem ou símbolo religioso em prédios públicos, de qualquer religião! Atenta contra o direito de propriedade (Art. 5, XXII) e o direito de petição (Art. 5, LIV) ao prever a mediação de sindicatos do setor agrícola e o proprietário da terra invadida! Atenta contra a liberdade de imprensa (Art. 5º, IX, e 220, da C.Federal) ao impor controle estatal da Mídia! Tais, entre outros, os golpes contundentes, que ferem profundamente os Direitos Humanos do cidadão. Urge, pois, reação da sociedade como um todo; não isoladamente como vem fazendo a Igreja, os Jornalistas, etc. Temos que unir for-
ças, nos agrupar, exercemos a democracia participativa efetiva, qual seja, aquela que visa o bem comum. Aquela que visa preservar os direitos básicos de todos os cidadãos. Não a pessoal, não aquela que o cidadão foi atingido diretamente. Mas, sim, a que fere de morte os princípios do Estado Democrático de Direito! O cidadão brasileiro, o detentor da soberania popular há de exercer o seu direito democrático não somente no dia das eleições, ao votar, mas, também, valendo-se de outros direitos como preconizados no Artigo 14, inciso I, da Constituição: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I- plebiscito; II- referendo; III- iniciativa popular. Plebiscito: é a opinião do povo acerca de assunto de vital interesse político ou social, através de votação. Consulta à população sobre assunto importante e polêmico. Ex. Pena de Morte. Referendo: direito que têm os cidadãos de se pronunciar diretamente sobre as questões de interesse geral. Semelhante ao plebiscito. A diferença é que os cidadãos são chamados para dizer sim ou não se uma lei já existente deve continuar ou não. Iniciativa Popular: prerrogativa dos cidadãos de se manifestarem a respeito de assunto de seu interesse, apresentando projetos de lei para votação e eventual aprovação pelos Deputados e Senadores, sendo necessário 1% dos eleitores do país. Por exemplo, o Projeto de Lei Ficha Limpa que visa impedir a candidatura de políticos condenados. Infelizmente, o que temos visto, nos últimos tempos, é tão somente, o cidadão exercer o direito do voto na época das eleições, até porque obrigatório para a maioria (Art. 14, parágrafo. 1º C.F.). No mais, ele se queda silente, indiferente, desinteressado do processo político em nosso país. Quando não é alijado, desviado por interesses escusos. Outros, desinformados ou mal informados. Até porque, não há interesse do devido processo legal de informação, nos estabelecimentos de ensino, por exemplo. Preclaros cidadãos, solução existe, basta não só conhecermos nossos DIREITOS, mas exercê-los integralmente, unindo-nos aos verdadeiros democratas, àqueles que não transigem com o Estado Democrático. Avante, pois!
AS MENTIRAS DA ECONOMIA BRASILEIRA VICTOR BARAU / Analista Econômico
Desde há muito, o Brasil é alimentado com notícias economicamente convenientes. Isto foi uma constante nos governos militares e veio se aprimorando com o decorrer dos anos. Infelizmente a imprensa comprometida politicamente e/ou financeiramente ajuda em muito a distorcer as reais e verdadeiras informações econômicas. Os governos vêm informando apenas o que lhes convém, deixando para meia dúzia de analistas profissionais as verdades, a serviço dos bancos e grandes capitais. O atual governo é pródigo neste tema e pratica isso de forma insuperável, pois aprendeu com louvor a mentir, melhor dizendo, ocultar as verdades praticadas desde o governo FHC. Repetem de tal forma todas as mentiras que elas acabam tornando-se verdades, usando esse sistema também para encobrir os escândalos Com isso, no mínimo, esconde-se, sutilmente, o uso das verbas públicas, as informações privilegiadas e todas as demais falcatruas legalizadas que tanto atrapalham, extorque e encarece o trabalhador brasileiro comum. Está mais do que comprovado que o problema do Brasil não é econômico e sim de gestão. Não é pela falta de leis, pois as há em excesso, mas sim de aplicação das leis de forma simplificadas, corretivas e construtivas. A culpa também não é do povo trabalhador brasileiro, pois é um povo até pacato demais e sofre no dia a dia nas coisas mais simples, mas na educação ministrada e formação profissional cada vez mais insuficiente, com a conotação visível e intencional para que não haja um maior crescimento cultural, tendo como principal objetivo o de servir como massa de manobra aos interesses dos políticos e partidos, provocando consumo irresponsável através de juros impossíveis de serem pagos, e gerando salários insuficientes para um padrão de vida decente. São embutidas diariamente notícias econômicas e estatísticas tendenciosas, quanto à taxas de inflação, de emprego, de produtividade, comparando períodos favo-
ráveis e/ou inúteis. Da marolinha do Lula, restou dizer que o Brasil foi afetado em quase 20% na queda real nas indústrias de quase todos os ramos de atividade, compensado apenas pela venda de automóveis e outros eletrodomésticos, concluindo o ano de 2009 com uma queda no PIB de 0,2%, mas que não leva em conta que houve mais brasileiros no mercado de trabalho, e que gerou um maior número de desempregados e mais achatamento de salarial, através dos dissídios coletivos das classes trabalhadoras, hoje também controlados pelo time do nosso presidente. A interrupção nos negócios das empresas provocou também um maior endividamento que comprometeu o lucro dos próximos anos, conta essa que ainda temos que pagar e por fim a grande mentira do aumento do salário mínimo que se for mais bem analisado poderemos verificar que subiu menos do que a inflação real, resultado atenuado com o aumento das dívidas que as pessoas físicas contraíram e que pagam com juros altíssimos, e outras que não conseguiram pagar e já nem mais se importam com o nome sujo, mas que pelo menos criou a indústria da inadimplência. Gostaria de ver nos meios de comunicação manchetes e notícias, com estatísticas e comparações, sérias sem qualquer tendenciosidade ou partidarismo político. Não á possível continuar vendo notícias plantadas somente pelo mercado financeiro ou da Bolsa de Valores, que são altamente manipulados pelos capitais especuladores. Seria essencial ver a veiculação de notícias especificas de cada setor de atividade, mostrando os prós e contras de forma isenta. A independência do Banco Central, já está a caminho desse ponto ideal de conduta, mas os dados são essencialmente financeiros, que teriam que ser complementados por todos os demais segmentos produtivos, e não apenas com notícias bombásticas geralmente plantadas e cheias de intenções escusas.
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Tremores provocados pela guerra fria Cosme Felix / Jornalista Sabemos que diversos países mantêm estratégias de guerra com aparatos muito poderosos. Vez ou outra escapa na mídia a informação de experimentos bélicos poderosíssimos que abalam o planeta, explosões atômicas, nucleares, com capacidade de destruir montanhas e territórios imensos. Ora certamente, mexem com a estrutura do planeta, provocam rompimentos na terra e na atmosfera. Sabemos que as emissões de gazes através de escapamentos de automóveis, frascos de desodorantes, pum de rebanhos de gado, e mesmo o humano somam nos prejuízos na atmosfera, mas não podemos nos esquecer que centenas de nações mantêm experiências gigantescas que certamente têm mais responsabilidade sobre estas catástrofes que vem acontecendo seguidamente nos últimos anos, do que o pum do boi, ou os gazes dos automóveis. Na linha de pensamento que chamo de REPENSAR, vejo que quem está destruíndo o homem é o próprio homem, com suas idéias atrasadas de fazer guerra, com a ambição descontrolada pelo poder, com a falsa idéia de superioridade so-
bre outros seres no planeta. Fica claro que se gasta muito mais na construção em tecnologia de guerra e destruição do que na ciência de cura de doenças e produção de alimentos. Pior, a falta de planejamento faz com que verdadeiros dragões imobiliários movidos pela fome infinita de dinheiro ocupem áreas comprometidas com o eco-sistema, provoquem adensamentos, destruam a natureza, etc. Os dois últimos grandes abalos ocorridos na America Central/Sul, no Haiti e Chile, deixa claro o descaso das autoridades internacionais e mesmo locais, afinal, são países pobres, com população pobre. Será que no Japão, ou nos países ricos da Europa, não há um mínimo de previdência, impedindo que os estragos sejam tão gigantescos? Mesmo com o descaso dos poderosos, cientistas ou governos inconseqüentes, o continente europeu também sofreu sérios castigos da natureza com chuvas fortes e ventos inesperados e os EUA sofreram com nevadas surpreendentes. Ainda assim, o que abrirá os olhos dos “poderosos” e mos-
CAPTAÇÃO DE DÓLARES Eduardo Monteiro / Jornalista Há mais de 20 anos, desde quando o então presidente Figueiredo vetou, em 1986, a realização da copa do mundo entre nós, devido à falta de recursos para atender as exigências da FIFA, venho tentando convencer à distância (o acesso é quase impossível) os tecnocratas da área econômica do nosso país a usarem critérios que permitam canalizar os dólares dos turistas para a rede oficial, ao invés de permitir que fluam para o paralelo. Mas como dizem nos botequins: “xá prá lá, né?” Hoje, felizmente a situação é outra. Entretanto, naquela ocasião, nossa balança de pagamento estava totalmente defasada e a divida externa era absurdamente elevada! A sugestão faria aumentar as nossas reservas cambiais, o que não deixar de ser valido na atual conjuntura. Em junho de 2005 o ministério do turismo acolheu minha sugestão, informou que a estava encaminhando ao BCB para análise, todavia, ela deve ter se perdido em meio à papelada ministerial. Deve ter interesses escusos muito fortes, de grande porte, envolvendo figuras intocáveis, impedindo que algo seja feito para conter o “paralelo”!!! Será que vamos continuar perdendo oportunidade? Além do “réveillon”, das férias, do carnaval, das feiras, do GP Brasil, do verão nordestino, os turistas nos visitam com freqüência inclusive a negócios e suas moedas, na maioria dos casos, os dólares fluem para o paralelo!!! Temos divulgado enfaticamente o êxito dos eventos e a arrecadação de milhões de dólares, que, todavia, são ironicamente desviados para o paralelo, antigamente proibido e intitulado “black” - o câmbio negro. Temos comemorações tradicionais que acolhem um grande número de turistas, que deixam seus dólares nos hotéis, boates, barzinhos, shoppings, restaurantes, salões de beleza, mesas de jogo, prostitutas, porteiros, taxistas, etc., quando poderiam ser canalizados para a rede oficial, sem maiores problemas.
Bastaria criar mini postos do Banco do Brasil nas aduanas rodoviárias, marítimas e aéreas, para que o turista em férias, participante de comemorações ou em visita de negócios, trocasse seus dólares por reais (R$) com direito de reversão ao retornarem aos seus países de origem, conversão essas condicionadas ao visto de entrada nos seus passaportes! Será que é tão difícil ou falta coragem política?! OS DÓLARES DOS EVENTOS Embora o nosso país esteja aparentemente muito bem de caixa, pois está até fazendo doações milionárias, como no caso do Haiti, lá se foi mais uma oportunidade de canalizar os dólares dos turistas que vieram passar o carnaval, aqui entre nós! Foi noticiado que era esperada a entrada de meio bilhão de dólares que seriam gastos pelos turistas durante os “folguedos de momo”, certamente “engordando o paralelo”, já que ninguém da área econômica se propõe a estudar a possibilidade, bastante viável, de canalizar os dólares dos turistas para a rede oficial, criando, como sugeri (*), mini postos do BB nas aduanas, para conversão das suas moedas em reais, ao obterem o visto de entrada em seus passaportes, com direito à reversão das sobras da nossa moeda, por ocasião do retorno aos seus países de origem! No dia 14 de março, tivemos uma competição automobilística internacional, uma prova da Fórmula “Indy”, com a vinda de inúmeros turistas, que mais uma vez gastaram seus dólares nos segmentos ligados ao paralelo! Quem sabe um dia, um “iluminado” sem “rabo preso” e sem interesse de tirar vantagens, apresente a proposta para avaliação “experts” da área econômica... (*) Veja em Projetos, na barra de abertura do site www.emquestão.com.br, detalhes sobre a captação de dólares.
trará que somos todos filhos da Terra, de um único planeta, de uma civilização só? Cada ser humano é responsável pela manutenção desta casa onde todos somos hospedes, pois a vida neste plano tem começo, meio e fim, e somos nós quem temos o poder de fazê-la boa ou ruim. E ainda mais, a continuação dos esforços de nossos ancestrais que a mantiveram para que pudéssemos aqui estar. É responsabilidade de cada um de nós garantir a vida e o futuro da espécie humana, que depende de centenas e milhares de outras, que fazem parte do nosso espaço comum.
Repensando as guerras sangrentas e bárbaras da história, vemos que não foram e não são menos cruéis do que estas guerras frias provocadas por indústrias econômicas que visam tão somente à falsa ilusão do poder capital. Já está na hora de toda a humanidade acordar para saber que se escolher o bem, será para todos, se escolher o mal também o será – pois em um conflito, virtual ou material, não haverá vencedores, apenas perdedores. Mais cedo ou mais tarde, quem perdeu há de querer revidar, e assim também é com a natureza, e os fatos estão aí para quem quiser ver: instabilidades climáticas, terremotos, pragas, doenças epidêmicas, etc.etc.
A INEXISTÊNCIA DE RAÇA LIZAR / Artista Plástico Os racistas de plantão hoje afirmam que as cotas para negros nas universidades poderão criar grandes conflitos, revoltas, e até o levante da população injustiçada com os privilégios!!! Afirmam... “que é inconstitucional, porque agride o direito democrático da igualdade que manda a constituição. Se não existe raça, porque vamos permitir que as cotas para negros possam ser implantadas, para incentivar protestos, atritos, conflitos, e até luta racial”? Vejam, todos os brasileiros inteligentes, estudiosos, e que têm um pouco de dignidade!!! Vejam!!! É uma tremenda falta de caráter dessas pessoas que estimulam o posicionamento errado, dos desinformados, dos que não tiveram oportunidade de estudar, dos acomodados, dos ingênuos e orgulhosos, e dos racistas inconscientes, para assim criar uma grande oposição, ao avanço e o surgimento do Brasil novo e democrático!!! Eles que defendem uma posição mentirosa e desumana, prejudicam milhões de pessoas. Com a maior frieza, afirmam que os negros querem é privilégios e mordomias, agredindo a constituição. São uns infelizes e aproveitadores de oportunidades, que querem perpetuar seus privilégios, onde o dinheiro público flui como água e cai em cascata nos bolsos, cuecas, meias, malas, em tudo o que é possível para esconder, criando a eles uma ilusão de poder inimaginável; muito estimulado por questões de impunidade! Está chegando ao fim este império das sombras, onde estes defensores do mal terão que arcar com a conseqüência de suas posições irresponsáveis na História, tentando responsabilizar os negros pela própria escravidão. Todas as pessoas reconhecem a frase do evangelho “ao próximo como a ti mesmo” como a matriz da fraternidade! Esta questão de amor foi mal entendida pela igreja, e ignorada pelo papa Nicolau, que enviou ao rei de Portugal, Afonso V, uma bula que autorizava e estimulava a escravidão!!! Ela diz... “Nós lhe concedemos por este presente documento, com nossa autoridade Apostólica plena, a livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e qualquer outro incrédulo e inimigo do Cristo, onde quer que estejam, como também
seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades... e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão e apropriar e converter em seu uso e proveito e de seus sucessores...” Em 8 de janeiro de1554, estes poderes foram estendidos ao rei da Espanha!!! Apoiados nesta documentação, Portugal e Espanha promoveram uma devastação no continente africano, matando e escravizando milhões de pessoas, criando assim “uma das maiores tragédias da humanidade!!! A África, neste período, era o único continente do globo que dominava a tecnologia dos metais!!! Este é o começo do endividamento histórico, com a África e com os afro-brasileiros, por causa do processo de colonização predatória!!! A escravização desumana, com milhões de mortos; a proibição de negros estudarem, eles não podiam ver as aulas nem pela janela; a proibição de montar estabelecimentos comerciais; o genocídio planejado; o racismo institucionalizado; o racismo estratégico nas empresas; e a marginalização fria e desumana, nas seis constituintes realizadas em nosso país!!! Estas são apenas algumas das situações que criaram o direito absoluto de reparações, dentro de imensa quantidade, registradas na História. As ações afirmativas, já feitas no Brasil, em todas as seis constituintes, foram de100% de direitos e privilégios para os brancos, se apropriando, desumanamente, com o apoio da lei, de todos os direitos dos negros; materiais, morais e intelectuais. Foram os negros que construíram o alicerce básico desta nação com sangue suor e lagrimas!!! Essa situação precisa começar ser corrigida já, ainda mais agora que a ciência através das pesquisas genéticas vem afirmar que raça não existe, e assim multiplicando por mil, o direito às reparações pelo extermínio de milhões de seres humanos no Brasil. Tudo isso, só pela cor de sua pele!!! Esta é a oportunidade pacifica, de eliminar as sombras que envolvem o Brasil, pelo histórico violento e desumano, onde pessoas sombrias e negativas tentam perpetuar, o império do mal, que só beneficia os corruptos, os facínoras e os sem caráter, através do incentivo da impunidade!!!. Com as ações afirmativas e as cotas, estaremos abrindo espaço para que o Brasil venha ser realmente um país sério, justo, fraterno e democrático!!!
Março-Abril /2010
Jornal da
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Jornal da Imprensa Paulista
Cartas a Caminha
Publicação de autoria jornalística desenvolvida por Costa Carregosa através da Antares Comunicações, especialmente para a Associação Paulista de Imprensa Casa do Jornalista de São Paulo desde 1933 Entidade fundadora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Est. de São Paulo Rua Álvares Machado, 22 – 3º. Andar www.api.org.br fones (11) 32424004 / 31043510 email: redação@jornalimprensapaulista.com.br
CARTAS AO ESCRIVÃO MÓR
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Costa Carregosa
Bem, meu Caro Caminha, cá estou novamente a enviar notícias desta terra que “achastes” com o Bom Cabral. Aqui as coisas continuam como dantes. Denúncias de corrupção, achincalhes, extorsões, parecem tiririca no mato: nascem a toda hora. O pior é que, aqui, ao invés de arrancar a erva daninha, muitos aproveitam da erva para outras coisas... Dias destes, um filósofo me dizia que nosso amado Imperador Dom Lula, primeiro e único, pode ser comparado a alguns dos grandes monarcas franceses por sua atuação. Pensei comigo: Só se for pelas frases: Luiz XIV (1638 á 1715) dizia: “L’ Etat c’est moi” - O Estado sou eu! Luiz XV (1710 á 1774) dizia: “Aprés moi, le deluge” – Depois de mim, o dilúvio! Como se atribui a nosso mui amado Imperador a frase: - O Estado é Eu! Depois d’Eu, o Delúbio! Nada mais Justo, né Caminha? Mas, afora essas considerações filosóficas butiquinianas (termo que uso para qualificar a filosofia habitualmente desenvolvida em bares, botecos e afins), te informo que estão cada vez mais cheios os cofres dos Movimentos Sociais, principalmente os do Sem Terra... Enquanto continua a falta de verbas para saúde, educação, moradia, conservação de estradas, segurança, pesquisas científicas. Para os ocupantes do Palácio da Alvorada e Granja do Torto, que são moradias de nossos governantes, se compra toalhas e lençóis de linho egípcio importados! Os depósitos dos palácios
Começou a guerra suja da campanha eleitoral para presidente: A Record, a pretexto de atacar sua rival, a Globo, já está trabalhando para solapar a candidatura Serra. A desculpa até que procede; a construção de uma escola técnica em São Paulo, com verba da Globo, num terreno que ela se apropriou do Estado está muito mal explicada. Mas é evidente que a virulência da emissora tem segundas intenções. Quando se trata das falcatruas na esfera federal, esse furor moralista desaparece... *** Acho que novamente o PSDB entrou na corrida presidencial para perder. Incompetência ou rabo preso? Um dos cabos eleitorais do PT já anunciou o plano de espalhar pelo Brasil restaurantes populares, subsidiados pelo Estado, nos moldes daqueles que o governo Alckmin instalou em São Paulo. Nem uma referência, é claro, a quem teve a idéia e a implantou. Pelo jeito, como no caso da bolsa esmola, o PT irá se apropriar de mais um projeto do PSDB e convencer a opinião pública de que é o pai da criança. *** Vi trecho de um documentário sobre Cuba na TV Cultura. Chamar de documentário
são cheios e abastecidos com todos os tipos de comidas e bebidas, de preferência as mais caras, enquanto os direitos dos velhinhos aposentados, que já eram “estripados” pelo Imposto de Renda, agora serão arregaçados, pois se tenciona cobrar deles novamente a contribuição previdenciária, sem qualquer contraprestação em seus benefício. Seguem sem punição as maracutaias, escândalos promovidos por Dom Waldomiro & Cia. Enquanto deputados e Senadores são mimoseados com liberação de verbas de emendas ao orçamento. Com o dinheiro do povo, se deu apoio a maior Rede de Televisão destas terras, através de liberação do financiamento pelo BNDES, para eles pagarem dívidas vencidas. Devemos reconhecer, entretanto, Caro Caminha, que Dom Lula, nosso amado Imperador, é de uma habilidade conciliatória impressionante! De um lado, dá apoio à Hugo Chavez, que pretende ser “jefe absoluto” de toda América Latina, enquanto visita o Papa, abraça Obama, e aqui cultiva a amizade e o afeto de Dom Sarney, Dom Collor, Dom Quércia e até de Dom Barbalho. E mais ainda, ofereceu “mediação” até para a guerra entre palestinos e judeus. Os bancos nunca tiveram um resultado tão bom como no governo de nosso amado Imperador, e até o Vicentinho e o Jacques Wagner usam gravata e ternos ingleses! Os burocratas do Império reclamam que seu salário não é lá grandes coisas (mínimo de 10 salários do operariado), que trabalham
Zap Bira Câmara
uma peça publicitária é faltar com a verdade. Logo no começo faz menção à “sanguinária ditadura de Fulgêncio Batista, derrotada pelos heróicos guerrilheiros comandados por Fidel, Chê Guevara, Camilo Cienfuegos e outros”. Nenhuma menção aos milhares de prisioneiros políticos assassinados pelo regime que “libertou a ilha”. E, claro, nenhuma palavra sobre a prisão e morte de Cienfuegos, um dos muitos dissidentes que pagaram com a vida a ousadia de divergir de Fidel. *** É uma pena, mas a Cultura está se transformando numa agência de propaganda de um regime ultrapassado e decrépito que só subsiste em recantos mais atrasados do planeta. Será que já estão exigindo atestado ideológico para quem trabalha na emissora? *** Essa enxurrada de denúncias de pedofilia contra sacerdotes em todo mundo finalmente me fez entender porque uma das maiores religiões do mundo é contra o controle da natalidade. A conclusão parece óbvia: quan-
muito - somente três dias na semana, com direito a quatro meses de férias e 15º salário! Já um certo Dom Vanucchi, criou um tal de Plano Nacional de Direitos Humanos que, entre outras “invenções sociais” prestigiadas pelos sociólogos de plantão no Rio de Janeiro, joga os índios contra os brancos e os brancos contra os brancos, toma a terra de quem trabalha e distribui para aqueles que não gostam de trabalhar, institui a fornicação sem responsabilidade através da liberação do aborto, tira poderes do judiciário e põe nas mãos dos negociantes do governo, e outras “cositas” mais. Parece-me que Dom Vanucchi interpreta mal a orientação evangélica, que no seu conceito deve ser: “Dar fome a quem tem sede e Sede a quem tem fome.” E Dom Lula diz que assinou sem ler... Ah! E por aqui criaram um tal de PAC – que segundo alguns significa realmente Programa de Aceleração da Campanha... O exgovernador de Brasília, Dom Arruda, foi cassado, preso, e perdeu o cargo por causa da distribuição de Panetones que podem estar fazendo falta aos desvalidos, mas enchiam até “as cuecas” dos Marqueses Distritais. E, por enquanto, Dom Serra, candidato a sucessão de nosso mui amado Imperador Dom Lula, primeiro e único, parece estar com medo de enfrentar Dna. Dilma, que se sabe, quando vai à luta não perdoa ninguém... Mas isso já é para outra carta...
to mais menores abandonados, mais crianças haverá para serem bolinadas, digo, “amparadas”... *** E por falar em menor, até quando vai durar a hipocrisia de nossos juristas, políticos e religiosos, que insistem em ignorar o clamor popular pela mudança do código penal em relação aos menores infratores? *** Mais uma bola fora da administração Kassab: depois de sumir com as bancas de livros usados no centro da cidade, agora também quer tirar as bancas de jornais. O Sindicato dos Jornaleiros está fazendo um abaixo assinado contra a medida, que me parece incompreensível. As bancas, principalmente aquelas que ficam abertas 24 horas, além de verdadeiras lojas de conveniência também colaboram para atenuar a impressão de abandono do centro velho. À noite, onde há uma banca aberta há também movimento de pessoas e policiamento. Fechá-las é ajudar a entregar o centro aos nóias e à bandidagem. Aliás, a proposta dessa administração de revalorizar o centro não saiu do papel até agora...
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Foco na Literatura e nas Artes Rosa Maria Custodio Documentário: Bem Vindo ao Futuro – Metafísica Desinvertida Pré-estréia mundial: dia 8 de abril (quinta-feira), às 20 horas. Local: Cine-Clube Socioambiental Crisantempo (Rua Fidalga, 521 – V. Madalena) Entrada Franca Solidária Informações e contato: (11) 3034-1550 www.keppemotor.com * Depois da projeção haverá uma conversa com os diretores do filme, Flávia Rijo e Fernando Kawai, e com os engenheiros Cesar Soós e Roberto Frascari, que desenvolveram o Keppe Motor, inspirados no livro “A Nova Física da Metafísica Desinvertida” de Norberto Keppe e orientados pelo autor. Como resultado, eles conseguiram a elaboração de um protótipo de alta eficiência energética movido a energia essencial, trazendo soluções inovadoras para a crise mundial do clima e da energia. *No encerramento, será servido um coquetel. Peça de Teatro: “CINEMA” Local: Teatro do SESI – São Paulo (Av. Paulista, 1313 - Metrô Trianon-Masp) Data: de 26/03 até 04/07 –quinta -feira a sábado, às 20 horas, e domingo, às 19 horas. Entrada Franca às quintas e sextas-feiras. Sábados e domingos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Informações: (11) 3146-7405 / 7406 * Montagem: Sutil Companhia de teatro (em seu 20º espetáculo) *Direção Geral: Felipe Hirsch - Cenografia: Daniela Thomas *Iluminação: Beto Bruel * Segundo o diretor, o cinema é usado como metáfora: “É um espetáculo sobre identificação, sobre como você vê e escolhe o que ver. Nós somos a imagem de quem nos assiste, nós somos o cinema”. Em cena, os personagens ocupam uma antiga sala de projeção, onde vão circular por estados emocionais diversos, e poucos diálogos. Algumas cenas acontecem ao mesmo tempo e cabe ao espectador escolher para onde olhar. Fórum Internacional “CURANDO O MUNDO PELA CONSCIÊNCIA” (da Inversão) Promoção: Associação STOP a Destruição do Mundo* Presidente: Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco (psicanalista e escritora) Data: 13 a 15 de maio de 2010 – Informações: (11) 30341550 / (11) 3817-5284 * No fórum, serão apresentados os resultados de uma pesquisa pioneira realizada por profissionais de várias áreas (Psicopatologia, Saúde, Direitos Humanos, Educação, Economia, Meio Ambiente, Artes, Mídia), e outros assuntos da atualidade. Também será apresentado o Keppe Motor – invento desenvolvido por engenheiros da Associação STOP, orientados pelo cientista brasileiro Norberto Keppe, autor do livro “A Nova Física da Metafísica Desinvertida” – onde mostra que a energia não advém somente da matéria, mas, na verdade, o caminho é o inverso: a própria matéria advém da energia do espaço chamada Energia Essencial, que existe em todo o lugar do universo. (Norberto Keppe também é psicanalista, fundador e presidente da Sociedade Internacional de Trilogia Analítica (SITA) sobre a Metafísica Desinvertida, escrito em 1996.) * A Associação STOP à Destruição do Mundo é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) inicialmente fundada em Paris em 1992, pela psicanalista e escritora Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco, que reuniu um grande grupo internacional de indivíduos e instituições dedicados à preservação da vida humana e da natureza. Dentro de seus princípios estão o não compromisso com partidos políticos, religiões, nacionalidades, raças e interesses econômicos.
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