23 minute read

Nominaurea acompanha clientes na adaptação a “alterações legais profundas” previstas para 2023

A Nominaurea-Consultoria Fiscal e Contabilidade antecipa diversos constrangimentos para as empresas, sobretudo as de grande dimensão, a partir de janeiro de 2023, devido a novas obrigações “profundas” de âmbito contabilístico-financeiro, que serão impostas em breve ao mercado empresarial. Segundo Hélder Machado, diretor associado da Nominaurea, estas alterações deverão mais tarde cobrir todo o universo empresarial, independentemente da dimensão.

Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Advertisement

Oenquadramento legal contabilístico-financeiro em Portugal irá sofrer algumas alterações acentuadas já a partir de 1 de janeiro de 2023, que terão de ser apreendidas e incorporadas pelas empresas nas próximas semanas. O alerta vem da Nominaurea, empresa especializada em serviços de contabilidade e consultoria fiscal, com 16 anos de atividade no mercado. Segundo enquadra Hélder Machado (na foto), diretor associado da Nominaurea, estas alterações, que são “mais profundas do que as que foram impostas em 2022, como, por exemplo, a obrigação de comunicar as séries de faturação à Autoridade tributária”.

Assim, a 1 de janeiro próximo, a Autoridade tributária (At) vai exigir a comunicação da série da faturação a iniciar, por forma a controlar a emissão das faturas por série de documento de faturação. Por outro lado, irá haver um desdobramento dos motivos de isenção do IVA, pelo que as empresas terão de começar já a adaptar os seus sistemas de software, adverte Hélder Machado.

A adaptação tecnológica dos sistemas contabilísticos é um dos serviços que a Nominaurea garante aos seus clientes, que assim “terão nos seus relatos financeiros já incorporadas todas as exigências legais que forem sendo introduzidas”, afiança o mesmo responsável. A componente tecnológica é, de resto, uma das mais valias dos serviços prestados por esta empresa de consultoria e contabilidade, que opera com software próprio e de parceiros, ou dos próprios clientes.

Quanto às mudanças legais que irão ser exigidas às empresas, Hélder Machado sublinha mais uma: a obrigatoriedade do relato não financeiro, sustentabilidade e governance para as grandes companhias. Segundo o responsável, tais obrigações resultam de uma nova diretiva comunitária, que já foi transposta para Portugal, e, “cada vez mais, será exigido às empresas que implementem e demonstrem ações de melhoria ambiental e de boas práticas a vários níveis nas suas estruturas internas e também de ligação ao exterior. O paradigma das empresas que até aqui era ‘serem as melhores do mundo’, neste momento o que se pretende é que todas as empresas sejam ‘melhores para o mundo’, quer isto dizer que devem ser implementadas as melhores politicas internas para assegurar as melhores práticas ambientais das empresas que as tornem sustentáveis”.

todas estas alterações legais estão já a ser comunicadas pela Nominaurea aos seus clientes e outros parceiros, através de diversos meios, já que a empresa tem também uma forte presença nas redes sociais e outros canais de divulgação.

Serviços aos clientes com forte componente tecnológica

A atividade da Nominaurea divide-se entre a área da contabilidade e a área de pay-roll (gestão de salários). Para ambas as áreas de atividade, a empresa apresenta aos seus clientes uma “elevada componente de serviço ao cliente, onde pontuam um sistema de software próprio e uma plataforma para acesso remoto por parte dos clientes”, assegura Hélder Machado. “Fizémos um importante investimento informático para acesso remoto, que introduziu parâmetros de segurança mais elevados, o qual prevê, nomeadamente, vários níveis e fases de validação de acesso dos utilizadores”, adianta o mesmo responsável.

Outra das prioridades do escritório tem sido também o “desenvolvimento das condições necessárias para a desmaterialização dos arquivos em papel”, pelo que todos os documentos recebidos dos clientes têm duplicação digital, garante Hélder Machado. desta forma, assegura-se “um aumento da eficiência dos processos”, acrescenta o responsável. Os principais clientes da Nominaurea são sobretudo multinacionais, com várias origens. Nestes casos, algumas das empresas têm a gestão centralizada a partir de Espanha ou de outro país estrangeiro, pelo que os reports contabilísticos da Nominaurea contemplam também o respetivo relatório internacional, de acordo com as regras da casa-mãe da empresa cliente em Portugal. “Estamos atentos e implementamos todas as regras contabilísticas em vigor em Portugal e estabelecemos os paralelismos possíveis dessas normas noutros países”, adianta Hélder Machado, sublinhando que a mesma atenção é dada ao nível dos clientes dos serviços de pay-roll.

A Nominaurea conta com uma equipa de 18 pessoas, repartidas entre os escritórios do Porto e de lisboa. 

O Caminho da Arte que une Leça do Balio à Galiza, com assinatura de Eduardo Aires

A nova identidade do Lionesa Group desdobra-se em três marcas, que respondem pela diversidade de projetos da família Pedro Pinto. As marcas Lionesa, Balio e Caminho da Arte foram apresentadas no passado dia 29 de setembro, pelo Studio Eduardo Aires, autor da nova imagem gráfica. Uma das apostas passa por valorizar a componente cultural do caminho português para Santiago.

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

Os peregrinos que fazem o caminho português para Santiago de compostela passam pelo maior mural de arte urbana da zona Norte, com 1.400 metros, em leça do Balio (Matosinhos). O mural, inaugurado em 2014, é apenas uma das iniciativas culturais promovidas pelo lionesa Group, detentores do lionesa Business Hub, que partilha a mesma morada do mural (a entrada fica em frente). Mesmo ao lado, situa-se o secular mosteiro de leça do Balio, bem como um conjunto de edifícios de valor histórico, que têm vindo a ser recuperados. É neste contexto que nasce a marca caminho da Arte, que juntamente com as insígnias lionesa Group e Balio, foram oficialmente apresentadas no passado dia 29 de setembro, no lionesa Business Hub, pelo designer Eduardo Aires, desafiado a criar a nova identidade destas marcas, que traduzem os diferentes projetos em que os donos do lionesa Group (família Pedro Pinto) estão envolvidos. No caso do caminho da Arte, trata-se de valorizar “uma rota de mais de 200 quilómetros, aberta à arte contemporânea efémera e permanente que dá novos significados ao caminho, à errância, à procura, condição primeira da Humanidade”, argumentou Eduardo Aires. começando na Sé do Porto, passa pelo Mosteiro de leça do Balio, encontra o caminho central, converge com o caminho da costa e mais tarde junta-se ao caminho Português, este caminho cruza-se com todos os caminhos de Santiago que atravessam o território português, mas “autonomiza-se deles, construindo a sua própria identidade”, já que “a cada passo soma-lhes arte contemporânea, renovando assim itinerários que na sua origem são também de cultura, património e memória”. A marca surge nas cores “azul e amarelo – estabelecem uma inequívoca e legível relação com as do caminho de Santiago- com a repetição das três formas triangulares que assumem o valor fonético de A., alinhadas verticalmente, representa adicionalmente o sentido do caminho da Arte, em direção a Santiago de compostela, a norte”. Eduardo Aires apresentou também a nova identidade do lionesa Group, que reflete o caráter agregador de todos os projetos do grupo: “Procura-se harmonizar, representar, desenhar um conjunto, tornando visível, em cada um dos seus membros, um sinal de pertença e partilha. Pretende-se comunicar uma forma de sentir, pensar e agir marcada pela irreverência. uma visão sustentável de futuro, sustentada em narrativas do passado e valorizada pela expressão artística e cultural. uma vontade de construir com e para o território, contribuindo para projetar mais longe, e mais alto, o que ele tem de mais forte.” Neste âmbito, “o reconhecido type designer dino dos Santos desenvolveu um conceito tipográfico para o grupo, entendido como base comum ao desenvolvimento de todas as marcas”. O resultado é a fonte tipográfica lionesa: “uma fonte variável que permite a afirmação do AdN do grupo e a geração, a partir desse tronco comum, das imagens das diferentes empresas. Nas suas variações mais clássicas, serifadas, incorpora os projetos onde a matriz patrimonial e cultural é mais forte (Balio, caminho da Arte e livraria lello), nas variações mais modernas, grotescas, aqueles onde é expectável um posicionamento mais contemporâneo (lionesa Business Hub). A marca lionesa Group condensa a variabilidade da fonte tipográfica. A cor institucional - o amarelo – “é vibrante e expressiva da energia desta força”, observa o designer. A marca Balio “valoriza o legado e o património histórico do Mosteiro de leça do Balio e afirma-se como um dos mais ambiciosos projetos culturais em curso na região”. Além da reabilitação da envolvente em torno do mosteiro, da responsabilidade de Álvaro Siza e Sidónio Pardal, “está em causa a reativação de uma importantíssima herança: a de um “espaço privilegiado de comunicação e vanguarda”, um espaço de modernidade e humanismo, limiar de vários encontros desde tempos imemoriais e incontornavelmente associado aos caminho de Santiago”, explica Eduardo Aires, acrescentando que “na identidade visual de Balio afirma-se justamente o limiar e o encontro: entre o passado e o futuro, entre os construtores do mosteiro e os autores da sua recuperação”. Na variação serifada da fonte lionesa, designada Balio Regular, “introduz-se um elemento iconográfico em substituição do A, evocativo dos arcos em ogiva dos vãos do mosteiro. Este arco representa adicional e simbolicamente a ideia de passagem.” A paleta cromática explora “verdes pouco saturados, referência à natureza e ao projeto paisagístico que envolve o edificado, tonalidades favorecedoras da tranquilidade que associamos à introspeção.” 

Millennium bcp patrocina Marta Paço, campeã do mundo de surf adaptado

A nova coleção da Maria gorda que “muda a estação” fria

OMillennium bcp acaba de se tornar patrocinador da promissora surfista Marta Paço, campeã da Europa e do mundo de surf adaptado. O banco reforça assim a sua associação ao desporto, nomeadamente ao surf, apoiando uma atleta que, apesar de estar no início da sua carreira, já mostrou o seu talento a nível mundial. Para Miguel Maya, cEO do Millennium bcp: “A Marta é uma inspiração e um exemplo de superação, ao mostrar-nos que com esforço podemos ser excelentes, apesar de todas as condicionantes que possamos ter na vida. Mesmo na adversidade, se existir foco, dedicação e empenho, é possível seguir a nossa paixão e sermos os melhores naquilo que fazemos. Estamos muito satisfeitos com a associação do Millennium bcp ao surf. Ao apoiar esta modalidade, estamos também a valorizar um importantíssimo recurso estratégico de Portugal, que é o mar em todas as suas dimensões, do lazer ao trabalho, passando pela ciência e pela inovação. Este apoio simboliza bem a importância que no banco damos às pessoas e ao ambiente”, acrescenta o responsável. Por seu lado, Marta Paço, afirma: “Eu vejo este convite com muito orgulho, porque, apesar do surf e do surf adaptado estarem a crescer, não é qualquer empresa que aceita o desafio de patrocinar o desporto e, em particular, o desporto adaptado. Estar associada a um banco que vê uma pessoa não pela sua deficiência, mas como uma atleta que está a tentar levar o desporto a outro nível, mostra muito dos valores que regem o Millennium bcp, pelo que esta parceria é, sem dúvida, muito especial para mim. Eu comecei a fazer surf há cinco anos e, após ter tido a sensação de deslizar na primeira onda, percebi que o surf era a minha paixão e que era isto que eu queria fazer para a minha vida”. O anúncio do patrocínio foi feito passado dia 4, à margem da quinta etapa do “World Surf league” (WSl), na Praia de Ribeira d´ilhas, na Ericeira A associação do Millennium bcp ao Surf iniciou-se em janeiro, ao tornar-se o “Banco Oficial” das provas da World Surf league (WSl) Portugal, bem como no patrocínio

Chegou a época fria, depois de um verão cheio de alegria e tons fortes, mas nem por isso este tem de ser sinónimo de dias menos coloridos: “let´s change the season” (“vamos mudar a estação”) – é o mote de unwinter, a nova coleção da marca infantil Maria Gorda que traz vida aos dias mais frios de inverno. “unwinter” define-se como uma coleção que procura a mudança, o inesperado e o inverter da história, embarcando numa viagem sem sentido. convida a fazer tudo ao contrário: comer gelados fora de época, desapertar os sapatos, sujar as mãos dentro de casa e criar momentos livres para as crianças. com padrões exclusivos e prints das sweatshirts alusivos ao tema “unwinter”, as próprias peças da coleção ganham vida e tornam-se um manifesto para desconstruir a ideia de inverno e o despir dos preconceitos que lhe estão associados. destinada maioritariamente para as idades entre os seis e os 14 anos, apesar de da surfista teresa Bonvalot, tetracampeã nacional que representou Portugal nos Jogos Olímpicos 2020 e que se sagrou também campeã europeia da WSl. como justifica o banco, “o surf tem evoluído a um ritmo muito expressivo a nível mundial e tem vindo a crescer ano após ano, com um incremento de 40% nos últimos 12 anos, contando atualmente com cerca de 120 milhões de fãs e 35 milhões de surfistas em todo o mundo”. 

contemplar peças desde bebé, a coleção da Maria Gorda tem tudo o que é necessário para viver o inverno em grande – desde saias, vestidos curtos e compridos, calças de diferentes materiais e padrões, macacões, casacos para o exterior, sweatshirts, camisas com carapuços forrados a outros materiais e até t-shirts básicas. Esta estação conta ainda com uma novidade: um modelo que partiu da ideia de um macaco, mas que está desenhado em duas peças distintas, um colete/top e umas calças do mesmo material, que embora juntos pareçam um macaco, podem ser conjugados separadamente com outras peças. 

Produtos dos supermercados do El corte Inglés também entregues através da 360Hyper

OEl corte inglés criou uma parceria com a plataforma 360Hyper, que permite a compra e entrega de qualquer produto, dos supermercados do El corte inglés de Gaia e lisboa e dos Supercor da Beloura, Expo, Restelo, coimbra, Fluvial e Braga. “O principal objetivo do El corte inglés é servir bem os seus clientes, seja através das suas lojas físicas, online, ou através de outros canais. A parceria estabelecida com a 360Hyper vem nesse sentido e vai permitir alargar o leque de serviços de apoio à compra online, proporcionando uma maior comodidade e conveniência no momento da compra”, explica Miguel castelão, diretor de compras Alimentares do El corte inglés.

Por seu lado, Nuno Serradas duarte, cEO do 360hyper ,reforça: “é com enorme satisfação que anunciamos no nosso marketplace uma marca de qualidade como o El corte inglés, sendo este um parceiro que serve um target de consumidores exigentes, com o qual o serviço 360hyper se identifica, com entregas em quatro horas e um serviço personalizado”. Além dos serviços que apoiam a compra online, como é o caso do click & car, que permite a recolha de compras no parque de estacionamento, o click & collect que possibilita a recolha na loja e o serviço de Entrega no dia, o El corte inglés celebra agora esta parceira, de forma a alargar o seu leque de serviços 

conserveira Pinhais lança edição especial nuri Reserva 2019

APinhais, centenária conserveira de Matosinhos, lança a edição especial Nuri Reserva 2019 de conservas de sardinhas artesanais em azeite picante. trata-se de um lote reserva que reúne as melhores conservas Nuri, produzidas apenas com a melhor seleção de peixe daquele ano em particular. Armazenada com, pelo menos, 36 meses e limitada a duas mil latas por ano de reserva, todas as unidades são numeradas à mão, estando à venda no Museu-Vivo Conservas Pinhais Factory tour e na loja online da Pinhais, pelo valor unitário de 12 euros. Esta edição especial de conservas NuRi reflete a melhor captura de 2019, com o lote reserva a ser selecionado na época de peixe fresco, altura na qual a sardinha alia as melhores características nutricionais e de sabor. Às melhores sardinhas da lota de Matosinhos, juntam-se ingredientes como o azeite, pepino, malagueta, cenoura, sal, cravinho, pimenta preta e louro. Este lote reserva é eleito por um painel de provadores internos da Pinhais. durante o tempo de maturação, nunca menos de três anos, é habitual de seis em seis meses ocorrer a inversão manual da posição das latas, uma mais valia para a harmonização entre o peixe, azeite e restantes ingredientes. de referir que a Pinhais é a única fábrica de conservas no país que mantém o método tradicional em toda a sua produção. O processo artesanal compreende várias etapas fundamentais, mais de 40, o que confere autenticidade às conservas, como frisa a conserveira. 

“Plastics summiT” antecipa principais desafios com vista à sustentabilidade do plástico

Os principais objetivos de combate ao impacto do plástico na vida dos cidadãos e na sustentabilidade do planeta são conhecidos e começaram a ser postos em prática em Portugal e no resto da UE. O problema é que o consumo deste material não abranda e torna mais difícil reduzir os efeitos adversos do uso do plástico na atividade humana, adiantam vários especialistas no “Plastics Summit”, evento internacional realizado em Lisboa no mês passado.

Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

O”Plastics Summit Global Event 2022”, seminário internacional que reuniu em lisboa diversos stakeholders desta indústria, bem como dezenas de especialistas nacionais e internacionais em produção, tratamento e reciclagem dos plásticos, que abordaram diferentes visões e soluções abrangentes, de forma a promover a consciencialização da cidadania climática em torno deste material, culminou com a elaboração de uma declaração de compromisso por parte desta indústria. Entre outras recomendações deixadas pelos representantes da indústria do plástico na sua declaração de compromisso, apresentada no passado dia 17, é recomendada a criação de instrumentos para avaliar, de forma rigorosa e objetiva, o impacte ambiental destes produtos.

O documento resulta das sugestões de mais de 80 especialistas da indústria, de organizações não governamentais, do ambiente e de entidades de gestão de resíduos que participou no evento de lisboa e será agora entregue a decisores políticos nacionais e internacionais como um roteiro para os passos a adotar rumo a uma economia circular, sustentável e eficiente, enquadra a Associação Portuguesa da indústria de Plásticos (APiP), entidade que organizou o seminário, em conjunto com as suas congéneres

espanhola, brasileira e mexicana.

O plástico, apesar da sua reconhecida versatilidade e utilidade para os mais diversos setores de atividade, é considerado um dos maiores poluidores do planeta, em especial dos rios e oceanos, onde é mais difícil a sua degradação. de recordar que, em junho, a Organização para a cooperação e desenvolvimento Económico (OcdE) divulgou que a quantidade de resíduos plásticos produzidos globalmente deverá quase triplicar até 2060, com cerca de metade a acabar em aterro e menos de um quinto a ser reciclado.

A definição de políticas e um quadro regulatório eficientes, que tornem mais fácil o combate aos resíduos plásticos, bem como à sua sustentabilidade, reciclagem e economia circular foi um dos principais pontos em discussão ao longo da conferência realizada em lisboa e que contou, na sessão de abertura, com a secretária de Estado do turismo, comércio e Serviços, Rita Marques. Esta responsável salientou que “o plástico não é um demónio, tem limitações”, que devem ser identificadas e ultrapassadas, por uma ação concertada por parte dos vários stakeholders da cadeia de valor ligados a esta indústria, com o Governo e outras entidades, com vista à promoção da sua sustentabilidade ambiental, defendeu ainda.

Segundo os especialistas presentes, algumas medidas legislativas têm sido mais eficientes e bem incorporadas por todos, como a proibição de comercialização de artigos de plástico de utilização única, de acordo com a diretiva comunitária lançada no ano poassado.

Por outro lado, a comissão Europeia tem vindo a procurar definir propostas que possam aumentar a transparência das afirmações publicitárias sobre a sustentabilidade dos produtos comercializados pelas empresas, por forma a que os consumidores pudessem escolher os mais verdes e com menos “pegada” carbónica. uma possibilidade que não se coloca ainda e que, assim, não ajuda a premiar os produtos que são realmente mais ecológicos.

No evento do passado dia 17, estiveram presentes diversos especialistas em reciclagem e transformação sustentável de plástico, que apresentaram à audiência algumas das novidades em matéria de novos produtos derivados de polímeros e métodos inovadores, que podem dar uma nova vida aos resíduos plásticos, mas alertaram para o facto do ritmo de consumo atual ser demasiado elevado para a capacidade de reciclagem mundial. Virginia Janssens, diretora-geral da Plastics Europe, associação paneuropeia ligada à indústria e que se dedica à eliminação de resíduos de plástico, começou por recordar os objetivos definidos pela uE de atingir a neutralidade carbónica e uma economia totalmente circular até 2050 para afirmar o compromisso geral de tornar a “Europa competitiva” e sustentável a nível dos plásticos. E deu como exemplo a recém-criada comissão ReShaping Plastics, que alia governos europeus e investigadores em torno do desenvolvimento de um sistema de economia circular e climaticamente neutral para o setor dos plásticos.

Além do tema da “eficácia das medidas legislativas aplicadas à cadeia de valor dos plásticos”, o evento contou com outros três painéis de debate: “a poluição dos oceanos, as verdadeiras causas e desafios”, “os instrumentos para combater o greenwashing” e “objetivos globais para a neutralidade de carbono”.

Pedro Paes do Amaral, executive director do certame e vice-presidente executivo da APiP, considera que “o Plastics Summit Global Event 2022 foi um verdadeiro sucesso na afirmação do setor dos plásticos enquanto elemento-chave no processo para a descarbonização, regulamentação ambiental e na promoção da saúde planetária. O evento permitiu sinalizar lisboa e Portugal como o local onde foi realizada a maior conferência do mundo ao nível da sustentabilidade dos plásticos, com a participação de mais de mil participantes, incluindo stakeholders de toda a cadeia de valor do setor, bem como representantes da sociedade civil, ciência e inovação e poder político”, promovendo uma discussão abrangente, com vista a adotar soluções inovadoras, que permitam “criar um futuro mais circular e sustentável, onde os plásticos serão parte integrante da solução”, salientou, no balanço deste encontro, que contou ainda com a presença, no encerramento, dos secretários de Estado do Ambiente e Energia, João Galamba, e do desenvolvimento Regional, isabel Ferreira. 

componentes em cortiça reduzem a pegada de carbono dos pavimentos

Os componentes de cortiça NRt62 com e sem barreira de vapor by Amorim – produtos da Amorim cork composites, unidade de Negócio de Aglomerados compósitos da corticeira Amorim, especialmente desenvolvidos para a indústria de pavimentos–, “contribuem positivamente para reduzir a pegada de carbono do processo produtivo dos fabricantes de pavimentos. isto porque ambos os componentes NRt62 by Amorim, produzidos a partir da matéria-prima cortiça, têm um balanço de carbono negativo. Simultaneamente, evitam a transmissão de vibrações para a laje, reduzindo consequentemente o ruído de impacto”, revela a corticeira. de acordo com um estudo levado a cabo pela consultora EY, o balanço de carbono do componente para pavimentos NRt62 sem barreira de vapor by Amorim é de -11,8 quilos de cO2 eq/m2. O balanço de carbono do componente NRt62 com barreira de vapor by Amorim, por seu turno, é de -10,5

quilos de cO2 eq/m2. “Promovendo então um sequestro de carbono no montado superior às emissões de cO2 resultantes da sua produção, estas soluções surgem como uma excelente opção para os fabricantes de pavimentos que procuram o equilíbrio entre performance e sustentabilidade ambiental”, sublinha a corticeira Amorim. Matéria-prima 100% natural, reciclável e renovável, a cortiça consegue reduzir, assim, os possíveis impactos ambientais dos pisos que integrem os componentes NRt62 by Amorim (na foto). diferenças, essas, especialmente visíveis quando se comparam estes produtos de referência com componentes que utilizam matérias-primas cuja única fonte é de origem sintética. São disso exemplo as espumas de poliuretano e/ou de polietileno, acrescenta a empresa. 

EdP e caixaBank querem instalar 100 mil painéis solares em clientes em Espanha

AEdP e o caixaBank juntaram-se em Espanha, para lançar uma nova gama de produtos ligados à poupança energética e sustentabilidade nas habitações particulares. As duas empresas querem, até 2025, vender 100 mil painéis solares aos clientes espanhóis, em condições especiais de financiamento, de acordo com um comunicado do grupo caixabank. O banco espanhol tem apostado em soluções para habitações relacionadas com a poupança de energia, prevendo assim que a instalação dos novos painéis gere uma poupança anual no consumo de eletricidade até aos 50%. com esta solução, os clientes podem “beneficiar ainda de outras vantagens, como a compensação de excedentes, pelo que receberão um desconto na fatura pela energia gerada e que não seja consumida”, adianta o mesmo comunicado. Outra vantagem é dada pelos municípios onde se instalem os painéis, que poderão conceder subvenções ou bonificações fiscais até cerca de 35% do custo da instalação, adianta a mesma fonte. As instalações que irão ser comercializadas por estes duas instituições têm uma capacidade de produção que vai dos 1,8 kWp até aos 15 kWp, que permitirão aos clientes produzir anualmente entre os 2.700 kWh e os 22.500 kWh. A estimativa de consumo elétrico médio anual de uma habitação em Espanha ronda os 4.000 kWh. Além da poupança energética, em termos globais, os novos painéis solares irão permitir uma redução de emissões de 150 mil toneladas de cO2. Os dois parceiros criaram, ainda, um pacote comercial para instalação de baterias de acumulação de energia, permitindo o armazenamento da energia solar captada durante o dia para uso noturno, sendo que tanto o caixaBank como a EdP preveem que cerca de 20% dos clientes que instalem painéis solares nas suas casas decidam também incorporar acumuladores. Este é um dos produtos disponíveis na plataforma online Wivai, lançada pelos dois parceiros em 2021, e onde são comercializados produtos e pacotes de instalações fotovoltaicas para autoconsumo, com condições de financiamento imediatas e mais vantajosas. 

Iberia e Envera promovem projeto para a reciclagem de uniformes antigos

Acompanhia aérea espanhola iberia apresentou há poucos meses o seu novo uniforme, tendo iniciado, paralelamente, e em conjunto com a Envera, um projeto sem fins lucrativos que procura dar uma segunda vida aos uniformes anteriores e que proporcionará emprego a pessoas com deficiência. O projeto, designado Association of iberia Employees–Parents of People with disabilities, incide, assim, tanto sobre aspetos ambientais como sociais. Por um lado, baseia-se na economia circular, que otimiza a utilização de materiais e produtos, aplicando a filosofia da redução, reutilização e reciclagem. Por outro lado, proporcionará emprego a pessoas com deficiência, através do Envera. Em média, cada funcionário da iberia possui 14 artigos de vestuário e acessórios, o que representa mais de 50 toneladas de produtos têxteis. As duas primeiras toneladas destas peças de vestuário já foram recolhidas e classificadas, para que possam ser doadas ou transformadas noutros materiais. deste modo, 80% do uniforme antigo encontrará uma segunda vida através de doações solidárias, que contribuirão para melhorar as vidas de pessoas vulneráveis e de refugiados, de acordo com a iberia. Por outro lado, 20% do vestuário que não pode ser reutilizado será reciclado noutros materiais. Os materiais que serão descartados vão ser utilizados para a recuperação de energia, como combustível. Neste sentido, a iberia Airport Services está também a levar a cabo uma iniciativa sustentável para reciclar as suas camisas polo vermelhas, as quais, sendo inteiramente feitas de algodão, podem ser completamente recicladas. O fio será utilizado em oficinas locais e de inclusão para fazer novas camisas polo para o staff do aeroporto. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

This article is from: