"Gente em Acção" nº43 - Junho 2006

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Nº 43 - Junho 2006

ESPECIAL ALEXANDRE HONRADO A nossa escola foi - mais uma vez - contemplada com a presença do escritor Alexandre Honrado para o lançamento a nível nacional de uma nova colecção de obras da sua autoria. Para ler no interior uma entrevista feita pelos alunos (páginas 2-3) e a reportagem do lançamento (página 8)

“Dança Comigo” Páginas 14-15

EDITORIAL Estranhamente... à espera... de um mundo senão melhor pelo menos diferente... ou de um, senão diferente pelo menos melhor...

VISITA DE ESTUDO A ESPANHA

Outro dia deu-me para pensar, depois de mais uma daquelas manifestações governativas que a todos coloca no mesmo saco e que do particular torna geral e absoluto... qual produto cumpridor das mais elementares regras de um marketing político demagógico e populista... Bom, mas dizia eu que dei por mim a pensar... sim, porque nós pensamos. É verdade, os professores pensam... e sobretudo sentem... e como diz o ditado “quem não se sente, não é filho de boa gente”... por isso, e pela primeira vez assumo a personalização do editorial porque acima de tudo... penso e sinto e como tal não podia deixar de aqui registar um pouco do meu estado de espirito que mais do que nunca me incentiva a ser professor... sim, apenas professor... somente professor.... e nada mais que professor…

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ENTREVISTA

ALEXANDRE HONRADO Escritor CLÁUDIA FONSECA; SÍLVIA CAPINHA (9º A) Gente em Acção: Vila Velha de Ródão está a tornar-se um destino no seu percurso e esta colecção é a segunda obra da sua autoria que lança em Vila Velha de Ródão. Alexandre Honrado: Existe uma professora chamada Helena Marques que é minha amiga há muitos anos e me desafia para estas coisas loucas que é lançar livros fora de Lisboa. E eu tenho o princípio de não lançar livros em Lisboa. Porquê? Lisboa tem tudo e acha que o resto é paisagem e a paisagem é um país inteiro. Então não quero que o país inteiro fique à espera dos lançamentos, porque Lisboa se acha a grande capital. Toda a gente tem direito a que os escritores saiam de casa e façam lançamentos nos sítios que lhe são queridos. E eu optei por vir a Vila Velha ter com vocês que já conheço há muito tempo.

daquela fábrica terrível que eu não vou dizer o nome, mas que realmente estraga uma das paisagens mais bonitas que eu conheço. Depois tem amigos que é uma coisa fundamental na vida das pessoas. O grande capital que nós temos ao longo da vida são os amigos, o que nos fica são os amigos.

O que tem Vila Velha de Ródão de especial para si? AH: Tirando aquela fábrica que polui isto tudo, tem para já uma beleza extraordinária, Vila Velha é lindíssima, com excepção da poluição que lhe impigem e que lhe impõem que vem

“Eu curto eu gosto dos Lusíadas”, uma publicação lançada quando estava na ordem do dia a retirada da obra referência da Literatura Portuguesa, do programa do Ensino Secundário. Que reacções colheu esta publicação nos jovens leitores portuguesa? Uma reacção fantástica, porque alguns disseram nunca ter percebido os Lusíadas agora passaram a perceber, e perceberam que história era aquela do Vasco da Gama que se

Quer partilhar connosco o porquê de nos dar tal privilégio? Já pensei nisso e houve a tentação de uma versão minha sobre a lenda de Vila Velha de Ródão. Sei que depois saiu uma versão mais amadora que foi uma opção da Câmara. Deixei para outra altura essa ideia. Mas se calhar o cenário da beleza natural de Vila Velha, ou de Ródão em geral, é capaz de ser muito engraçado para pôr num livro.

meteu num barco com uma série de gente e foi descobrir coisas por aí fora, e perceberam que naquela obra de Camões havia uma beleza completamente diferente e podia haver uma interpretação mais leve que levasse as pessoas mais tarde a gostar da parte séria da história. A reacção foi muito positiva, tanto que o livro esgotou, não há livros já à venda e quem se calhar não gostou do livro foram alguns professores, muito conservadores, a quem vocês chamam os “cotas”: os “cotas” são “cotas”. Na era da informática Os Lusíadas, passados mais de 400 anos da sua publicação, ainda atraem os leitores mais jovens? Eu não sou leitor jovem, vocês é que me devem dizer isso! Será que atrai será que não atrai. Eu sei que é uma peça quase que obrigatória, uma literatura mundial, vocês deviam conhecê-la, não sei se deviam conhecê-la com a profundidade que conhecem, não faço a menor ideia, sei que no tempo em que eu estudei Os Lusíadas era muito penoso, muito pesado, tinha muitas anotações, era uma coisa que nos deixava cansadíssimos e a pensar «tomara ir para a aula de Matemática que é pior do que esta, mas pelo menos deixa-me respirar um bocado d’Os Lusíadas».

COLABORADORES Professores, Alunos Pessoal não Docente e Enc. Educação

EDIÇÃO Centro de Recursos

IMPRESSÃO Semedo - Soc. Tipográfica, Lda. Castelo Branco

E-MAIL

gente_vvr@megamail.pt NA INTERNET www.anossaescola.com/rodao

As nossas alunas em plena entrevista ao escritor


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Entrevista a Alexandre Honrado (Continuação) Que avaliação faz da situação da leitura no nosso país. Temos mais ou menos leitores? Nós nunca tivemos tantos livros à venda, nunca se leu tanto, ninguém na minha idade lia Harry Potter com 700 páginas e 600 e tal, o que há é um país muito desequilibrado em termos de objectivos e definições culturais, em termos económicos, com diferenças muito grandes entre as pessoas, com prioridades que são muito complicadas, em que se ouve coisas muito difíceis de ouvir, em que se sente coisas difíceis de sentir e em que nós não somos tão felizes como merecíamos. Ainda temos bons leitores? Temos óptimos leitores, cada vez temos melhores leitores que fazem criticas, que nos dizem coisas na cara, que nos dão sugestões, que me mandam mails, que compram livros. Se tu olhares para ali, eu não tenho nenhum livro em primeira edição a não ser os novos o resto está tudo em várias edições e, portanto, são muitos livros que se vendem, e não se conta pelos livros que se vendem, isso não interessa para nada, interessa é pelos leitores que se têm, pelas reacções que vamos tendo, isso é que é giro. Que importância atribui ao acto de ler? A importância que cada um lhe dá, se a leitura entra em nós e fica alguma coisa, obviamente é como um bom alimento, entraram para ti vitaminas, proteínas e coisas que te fizeram bem. Se for mau alimento entram coisas que te fazem mal e há péssimos alimentos na escrita e na leitura e também nas coisas que nos são dadas a ler. Eu acho que a leitura deve ser escolhida por cada um, naquilo que cada um deseja encontrar, para si, para a sua formação, para a sua felicidade. Preocupa-o a prática da escrita utilizada preferencialmente pelos jovens nos SMS? Nada, eu escrevo como os jovens nos SMS, com aquela rapidez toda. Escrevo igualzinho, eu deixei de escrever um «Q» e passei a escrever um «K». Eu acho que essa linguagem a que eu chamo “Xunga” é o máximo, senão não conseguia mandar a quantidade de mensagens que eu mando, que são muitas por dia.

Mudando de Tema... A temática da juventude merece uma atenção especial nas suas obras. Que objectivos pretende atingir com esta abordagem? Não há uma temática da juventude. Há jovens que têm problemas, há jovens que me fazem chegar problemas e eu respeito muito os problemas deles, os problemas que me fazem chegar. O que acontece é que eu tenho já uma relação com alguns leitores, essa relação estabeleceu-se ao nível de um escalão de idades que é de jovens, mas também a tenho com os mais novos e às vezes também com os adultos. Os jovens trazem-me coisas fascinantes para eu pensar. Às vezes eles pensam: «só tenho este problema, sou o único que tenho este problema». Depois eu vejo um jovem tem o mesmo problema que mais dez mil. Vamos então escrever uma história sobre isso, para eles perceberem como é que se resolve o problema, e isso é interessante, é uma relação muito boa desde que haja respeito por todos. Os jovens normalmente precisam de alguém que os escute, de alguém que lhes dê coisas que sejam reflexo daquilo que eles precisam, muitas vezes para reflectir. Eu penso que entrei nesse campo porque, fundamentalmente, escuto os jovens e respeito os seus dramas. Nas suas andanças pelas escolas do país tem contactado com milhares de jovens da nossa idade. Que avaliação faz das expectativas destes face ao futuro? Os jovens têm cada vez menos expectativas face ao futuro. Muitos deles têm-me dado esta imagem: «para mim o futuro é só o fim-desemana que vem, depois se verá. Faço lá ideia de como é que vai ser o país. Quero lá saber o que é que vou ser quando for mais velho, que profissão é que vou ter». Nada disto os preocupa. Acham que a sociedade vai muito mal, «os montes de problemas» que estão a ter, dizem que «é melhor não pensar nisso». Tem sido esta a imagem que os jovens me têm passado nos últimos tempos, o que é muito desagradável. Que preocupações recolheu nesses encontros? Preocupações concretas dos jovens, gostavam de ser mais felizes; gostavam de ter liberdade; gostavam de ter menos repressão nalguns aspectos, de ter mais poder de compra; gostavam de ter certezas; gostavam de ter futuro de alguma

ENTREVISTA forma, pode não ser em grandes empregos, ou em grandes coisas, mas gostavam de ter futuro. Não querem é preocupar-se muito com isso, porque se assustam. Por isso fazem uma vida mais a curto prazo e, se calhar, fazem uma vida mais rápida, querem descobrir tudo na mesma noite e depois descobrem que a vida ainda está à frente e é muito grande e tem muitas coisas para lhes dar. Eu acho que nós todos andamos um bocado assustados, não são só os jovens. Andamos todos e os jovens que têm mais dificuldades do que nós porque estão naquela fase em que deixaram de ser crianças, não têm aquela protecção, mas também ainda não são adultos e não podem fazer coisas por si só. Para além de tudo, exigemlhe coisas que ainda não são para eles e eles próprios exigem de si coisas que ainda não sabem bem como hãode fazer. Não largaram completamente a infância, mas também não são adultos, este meio termo é muito difícil. Há um livro onde eu escrevi “os jovens são sacos de problemas com pernas” e acho que é um bocado isso. Todos nós passamos por isso, eu detestava ser jovem, outra vez naquele sentido das duvidas, das indefinições, das borbulhas, de não me deixarem chegar a casa a certas horas, de ralharem comigo em certas ocasiões, de me limitarem tudo e mais alguma coisa., apesar de tudo, ser jovem é fascinante é, ao mesmo tempo, é uma maravilha, né? “Estilos de Vida Saudáveis” foi o colóquio a que assistimos. Na sua perspectiva é possível falar dos mesmos hábitos de vida saudável em espaços geográficos diferentes?” Eu penso que é assim: um país tão pequeno como o nosso devia ter uma unidade que não tem, eu atravesso o país e vejo que há coisas completamente diferentes, nós vemos no telejornal fome em certos países, há fome em Portugal, podemos dizer isto, há fome em Portugal! Vemos coisas muito difíceis no telejornal de outros países e aqui há coisas muito difíceis, o que nós podemos dizer é que, cada espaço geográfico, tem uma realidade. Foi um privilégio ter partilhado este momento consigo, entrar num mundo tão rico quanto o seu. Conte sempre connosco e com a nossa amizade. Fazemos nossos alguns versos de Alexandre O’Neill «Amigo é a solidão derrotada», «Amigo vai ser, é já uma grande festa!» Até sempre. Até sempre. Contem comigo.


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NOTÍCIAS DA ESCOLA

A VISITA DA G.N.R.

EB1 SARNADAS

INÊS E ANA

A visita da G.N.R. à nossa escola de Sarnadas de Ródão foi muito importante. Realizou-se no dia 2 de Junho e teve inicio pelas 9h 30m. Começámos por fazer um teste de bicicletas, no computador. De seguida fomos para o pátio da escola, onde já se encontravam alguns encarregados de educação, assistir a um desfile de cavalos e cães. Foi muito giro e engraçado, pois todos os alunos e professores andaram

nos cavalos. Depois vieram os cães polícia, com os treinadores, que nos deliciaram com as suas habilidades. Os senhores guardas chamaram 2 meninos e 2 meninas, para exemplificarem um ataque e defesa. Todos nós estávamos convenientemente protegidos. No final fizemos festas aos cães. Esta visita foi possível graças à disponibilidade e simpatia da G.N.R. de Castelo Branco e às nossas professoras.

O TOURO AZUL PROF. HELENA MARQUES A Associação de Estudos do Alto Tejo em parceria com a BE-CRE da nossa escola e o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Vila Velha de Ródão desenvolveram mais uma iniciativa de preservação e divulgação do nosso património tradicional oral ao procederem ao lançamento de uma história para os mais pequenos. O livro tem como título O Touro Azul. Foi ilustrado pela Paula Pequito e adaptado para crianças por Isabel Madeira. O sucesso desta iniciativa dividiu-se em dois momentos: um primeiro que teve lugar na Escola Sede do Agrupamento, com os nossos alunos do primeiro ciclo e, um segundo momento, com a deslocação dos mais pequeninos do ensino pré-primário a Nisa, à Biblioteca Municipal, onde assistiram a uma representação teatral protagonizada por três animadoras da referida instituição, à semelhança do que aconteceu no polivalente da nossa escola-sede.

A todos foi oferecido um exemplar da referida obra, bem como um marcador. Ambos os momentos foram divertidos, participados, mas também muito atentos, não fosse algum pormenor das histórias contadas passar despercebido. Isso é que nunca podia acontecer! Vaquinha Vitória, acabou esta história...


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NOTÍCIAS DA ESCOLA

JI e EB1 FRATEL

À DESCOBERTA DO VERDE Visita de estudo ao Castelo de Almourol e Vila Nova da Barquinha do Jardim de Infância e Escola do 1º CEB de Fratel 9 de Junho de 2006 “À descoberta do verde”, foi uma viagem que permitiu que todos reflectíssemos sobre a forma como a natureza deve estar em equilíbrio para vivermos num mundo mais saudável. A fauna e a flora devem ser conservadas, respeitando o habitat dos animais e contribuir para a preservação das florestas (lixos ou outros detritos...) Foi com muita surpresa que visitámos o Castelo de Almourol, fazendo o percurso em barco, complementado com um passeio pedestre por entre a densa floresta que acolhe o castelo, cercado pelas águas do rio Tejo e que serviu de inspiração a poetas para lendas e romances, das quis ouvimos na viagem de barco “ A Lenda de D. Beatriz e o Moiro” (Sec. IX/X). Subimos à fortaleza e cada criança viu e observou uma deslumbrante paisagem... O restante passeio, foi um convívio muito alegre, com almoço numa zona “verde de lazer” em Vila Nova da Barquinha. O Presidente da Junta de Freguesia local, Senhor Carreira, foi uma preciosa colaboração, contribuindo também para a concretização dos objectivos propostos para este projecto inter-escolar.

DESPORTO ESCOLAR 05/06 Álbum fotográfico Artigo na página 9


NOTÍCIAS

Visita à Feira do Livro RUTE ; R AFAEL; NUNO (8º A) No dia 1 de Junho de 2006, dia Mundial da Criança, a turma do 8ºA, na área curricular de Estudo Acompanhado, foi visitar a Feira do Livro organizada pela Câmara Municipal e o Centro Municipal de Cultura, que decorreu entre os dias 29 de Maio e 1 de Junho, na qual o nosso Agrupamento teve uma participação muito activa. Visitámos os expositores das várias editoras, folheámos livros, assistimos ao lançamento de balões pelos mais pequenos, vimos animação de rua e filmes. Apreciamos também a beleza do edifício que se chama Casa de Artes e Cultura do Tejo. No final tentámos recolher a opinião dos professores que nos acompanharam na visita e de várias pessoas presentes: “Está bem organizada, tem livros para todos os públicos, especialmente dirigida aos jovens”- João Varão “É uma feira completa que tem a participação de muitas editoras, a colaboração de várias instituições, e apresenta espectáculos para todos os níveis etários. É um evento que promove a leitura e o livro, enquanto instrumento indispensável à nossa formação plena.” – José Manuel Batista “O haver uma feira é muito importante, porque é um espaço onde podemos contactar com os livros. A feira é suficientemente completa, mas se as pessoas aderirem em massa, nos próximos anos haverá mais livrarias onde comprar.”- Presidente Junta de Freguesia Sarnadas de Ródão “ Apesar da envolvência ser melhor, acho que no ano passado havia mais escolha de livros”- Diamantina Valente “Tendo em conta que é uma feira que envolve gente jovem, penso que estão presentes dois factores importantes: a qualidade das obras que estão expostas e a alegria que envolve a vossa presença - que é sintomático de que o futuro já não pertence só a Deus, mas também ao entusiasmo que soubermos transmitir, prenúncio de que Portugal pode marchar no melhor sentido”- M. Serrasqueiro Nós, os mais jovens, achámos que foi muito interessante, havia boas condições, um bom ambiente, muitos livros e cd´s e desejamos que, para o ano, este evento se repita.

Pág. 6 CONCURSO “ENTRE PALAVRAS”

Alunos da nossa Escola debatem temas da actualidade! PROF. J OSÉ BATISTA *

A educação sexual e a necessidade de haver ou não uma disciplina que aborde, nas escolas, esta temática constituiu o assunto essencial deste encontro promovido pelo Jornal de Notícias. Falou-se igualmente em temas como a toxicodependência, o tabagismo, as causas e as consequências das catástrofes naturais, o fim das reservas de petróleo. O concurso chama-se «Entre Palavras – 2º Fórum da Leitura e Debate de Ideias» e teve o mérito de juntar, no IPJ de Castelo Branco, representantes de seis escolas do distrito. Da discussão fez-se luz e todos consideram a pertinência, com carácter obrigatório, da disciplina de Educação Sexual no plano anual de estudos dos vários anos. Uma das vertentes mais defendida foi a de que os jovens necessitam de mais informação no domínio da sexualidade, facto que poderá ajudar a diminuir, nomeadamente, o problema da gravidez na adolescência. Participar num debate de ideias desta natureza foi, por si só, uma vitória. No entanto, como é hábito nestas circunstâncias, houve que distinguir desempenhos. Assim, o júri atribuiu a vitória ao grupo de alunos constituído por alunos da Escola Secundária Campos de Melo e EB 2/3 de Silvares. Estes alunos já estiveram na final que teve lugar na cidade do Porto a 7 de Junho. O segundo lugar foi conseguido pela Joana Alves,Ana Rita Pinto, Catarina Rodrigues, Ana Cardoso e Inês Pulga representantes da nossa escola que formaram grupo com alunos da Escola Cidade de Castelo Branco. Em terceiro lugar ficaram os representantes da Escola 2/3 Afonso de Paiva e da EB 2/3 do Tortosendo. Como prémio, para além das medalhas e de certificados de participação, os alunos tiveram direito a um conjunto considerável de obras de qualidade, que enriqueceram em muito o espólio as suas bibliotecas. Salienta-se como essencial o convívio entre os professores e alunos das várias escolas e a partilha de

experiências e opiniões. Apetece dizer: «Até para o ano!» * A partir de um artigo do jornal “Reconquista”

Impressões dos participantes Estava tão nervosa, tremia por todos os lados, mas depois lá acalmei! Eu gostei. Foi um concurso muito bom, foi pena termos ficado em segundo lugar, mas fizemos uma excelente prova. Joana Alves 7ºA Não foi preciso eu intervir no debate. Ainda bem! Mas gostei de estar na plateia. Mesmo assim também estava nervosa como as minhas colegas. Ana Rita Ferreira Pinto 7ºA No principio estava nervosa, mas quando subimos ao palco e começámos a falar as coisas acalmaram. Esforçámonos e conseguimos ficar em segundo lugar o que foi muito bom. Catarina Rodrigues 7ºA Senti medo, vergonha. Mas correu tudo às mil maravilhas. Saí de lá bastante orgulhosa e feliz pela nossa escola e por nós termos conseguido chegar tão longe. Ana Cardoso 7ºA O homem que coordenou o debate era pouco simpático e, claro, complicounos o trabalho. No fim ganhamos muitos livros para a biblioteca da escola e também diplomas e medalhas. Senti-me muito orgulhosa. Inês Pulga 7ºA


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CENTRO DE RECURSOS

MOMENTOS O país, as histórias da História, as homenagens – na BE PROF. HELENA MARQUES

Dia da Mãe A Vida que se faz Vida! Prestámos homenagem a todas as Mães do nosso Mundo. Criámos «O Livro de Honra da Mãe» com textos de escritores famosos da nossa Literatura e de outros escritores, não menos famosos, os do nosso Agrupamento e enfeitámos as «três letrinhas» como flores, muitas flores, sentimentos e palavras num texto inédito de Maria Helena Marques. Parabéns a todas as Mães e a todos os filhos que têm o privilégio de as ter na vida ou na memória.

Mãe, é Vida, Sol, Colo e Aconchego, é Luz que brilha na ternura de um olhar, é Amor, ninho e porto de abrigo, é mão estendida, Eternidade! Mãe: és Vida da Vida... da minha Vida!...

25 de Abril de 1974: o dia da viragem, da conquista, da palavra que se diz e não se esconde, da flor, da «Grândola, Vila Morena»; dia de todos os heróis, do «Somos Livres», do sorriso aberto, da LIBERDADE... A BE-CRE, como não podia deixar de ser, associou-se à comemoração desta data tão importante para todos nós. Juntaram-se testemunhos de época, obras de referência, a simbologia do cravo vermelho e fez-se uma exposição alusiva à data, enriquecida por mais um cartaz saído do talento da prof. Anabela Ramalhete. Desenvolveram-se pequenas sessões informativas com intenção de sensibilizar os nossos alunos para uma realidade diferente daquela em que eles tiveram a sorte de nascer: um passado que se fez futuro, graças à força e aos sonhos dos homens e mulheres de uma revolução que venceu.

PRÉMIO “LEITOR DO ANO” A BE-CRE, numa iniciativa, inicialmente não prevista no seu Plano Anual de Actividades, resolveu criar um prémio de leitura e, consequentemente, eleger o melhor leitor do ano. A feliz contemplada foi a aluna Helena Nunes, do 8º B. Critérios como o número de obras lidas, a frequência metódica das requisições e o cumprimento dos prazos de entrega estiveram na base da atribuição desta distinção. Guarda-se uma surpresa para o dia da entrega do prémio que será no dia 29 do presente mês, aquando da realização da Festa de Encerramento do Ano Lectivo do Agrupamento. Por enquanto, Helena, muitos parabéns e boas leituras, sempre com a BE-CRE.


NOTÍCIAS | BE-CRE

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LANÇAMENTO DO “INSPECTOR BOLHAS”

O Escritor Alexandre Honrado e o representante da “Ambar” A BE-CRE da nossa Escola, em parceria com a Câmara Municipal da Cultura e do seu Centro Municipal de Cultura, protagonizou mais uma iniciativa há muito aguardada: o lançamento nacional de uma nova colecção de Alexandre Honrado, um amigo de longa data, que faz questão de nos reconhecer mérito para tal privilégio. A referida colecção chamase Inspector Bolhas e conta já com dois volumes: Bolas-de-Berlim com Crime e Amor e crime no mundo do futebol. É uma colecção bemhumorada que mistura a aventura, o mistério e o humor, ideal para as férias de verão que se aproximam. O lançamento desta obra foi feito na presença do escritor e do senhor José Inácio representante da Editora Ambar e decorreu aquando da Feira do Livro daquela Instituição, a decorrer na Casa D’Artes, num momento privilegiado: O Primeiro Encontro de Leitores de Vila Velha de Ródão. Alunos da nossa Escola leram primorosamente excertos de outras obras do escritor como introdução ao momento alto da sessão e, o próprio, num estilo inigualável apresentou um excerto do segundo volume Amor e crime no mundo do futebol. Diz o povo no seu saber que «não há duas sem três», dado que Eu Curto...eu gosto dos Lusíadas foi a primeira obra a ser lançada nestas nos-

sas terras pelo escritor, quem sabe se não nos espera outra repetição de tal grande orgulho! Fica a esperança e a vontade. Fiquemos com um cheirinho de Bolas-deBerlim com crime: «Chegou o teu novo herói!!!

PROF. HELENA MARQUES

O Inspector Bolhas, o mais divertido e incrível dos detectives da actualidade! Viciado em «gomas», não tem medo de nada, a não ser da sua avó Pantufinhas e de não chegar a tempo aos crimes que tem para resolver! A primeira missão do Bolhas mete mistério, horror, amor, trapalhadas, risota, bolos envenenados e suspeitos aos magotes, numa Escola que bem podia ser a tua. Quem envenenou os bolos? Porque será que alguns professores têm comportamentos tão suspeitos? E o que faz o Inspector Bolhas a fugir à polícia, acusado de fazer pagamentos com notas falsas?»

Relatos de Vidas! 7º A 1. Em criança o que queria fazer quando fosse adulto? - Eu e muitos da minha idade queriamos ser Ferradores. 2. Ao longo da sua vida teve influência o facto de ser homem ou mulher? - Não. 3. Acha que as coisas mudaram para os rapazes/raparigas desde que era criança?Porquê? - Acho. Há mais liberdade, menos descriminação, cada um faz o que quer, antigamente havia mais respeito e educação. 4. Ser criança:agora ou no seu tempo? Porquê? - Agora é melhor porque há menos dificuldades alimentares. Antigamente era uma sardinha para três, agora são três sardinhas para um. Antigamente não havia transportes. No sítio onde eu morava havia quinhentas pessoas, só sessenta e uma tinham bicicleta. Hoje em dia qualquer pessoa tem um automóvel. Eu ainda sou do tempo do quarto de pão. As pessoas tiravam senha para um quarto de pão, 1kg de farinha, 1kg de arroz, enfim 1kg de cada coisa básica. Havia cadernetas para racionamento das coisas, quem era mais rico mostrava a caderneta e levava mais coisas.. 5. E acreditam que havia aldeias onde isso não se passava? - O que acontecia era que as pessoas caminhavam 17/18 km para arranjar alimentos para a familia, e como não havia dinheiro para nada, muito menos para sapatos, as pessoas iam descalças. Isto passou-se há 65 anos. Os jovens, hoje em dia deviam aproveitar as regalias e a liberdade que têm e não serem mal-educados com os adultos. João Bento Louro- reformado Ana Maria Mateus- operária fabril. Comentários retirados das entrevistas realizadas em Formação Civica-7ºA


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BE-CRE | DESPORTO

HOT POTATOES Numa tentativa de dar continuidade ao “workshop” dedicado ao programa “Hot Potatoes” realizado na nossa escola no passado mês de Maio, aqui fica uma breve abordagem ao mesmo, com o objectivo de “abrir o apetite” de toda a comunidade educativa para a produção de conteúdos para utilização no dia-adia de todos e também, porque não, para a publicação on-line no sítio do nosso Agrupamento de Escolas.

O que é o “Hot Potatoes” É um programa que contém seis ferramentas que podem ser utilizadas para criar 5 tipos de exercícios interactivos para a Internet. Estas são tão fáceis de utilizar que, depois de um curto período de habituação, tudo o que é preciso fazer é introduzir os dados (textos, imagens, questões, respostas…) e os programas criarão, automaticamente, a página Web. A página final é inteiramente personalizável (podemos inserir por exemplo o nosso nome, escola, título do exercício, ou qualquer outra informação). Há três passos fundamentais para criar um exercício, a saber: 1- Introduzir os “conteúdos” (textos, imagens, perguntas, etc); 2- Definir as opções como correctas,

PROF. LUÍS COSTA

erradas e restantes opções de correcção; 3- Configurar as opções de saída (títulos, subtítulos, instruções para resolver o exercício e outras características da página Web). As ferramentas que podemos usar são as seguintes: JQuiz – Exercícios de respostas curtas; JMix – Construção de frases; JCross – Palavras cruzadas; JMatch – Exercício de correspondência; JCloze – Preenchimento de Espaços “The Masher” – Combinação das várias ferramentas.

Onde encontrar o “Hot Potatoes” O Hot Potatoes é um programa inteiramente gratuito para utilizadores individuais. É desenvolvido pelo Centro de Informática da Universidade de Victoria (Canadá). Os autores fornecem gratuitamente o registo (que é

obrigatório), apenas solicitando que os utilizadores partilhem na Internet os exercícios elaborados com o programa. Assim, basta ir a http://hotpot.uvic.ca e clicar na opção “downloads”. Na página principal estão disponíveis novidades, informações sobre como registar o programa, tutoriais, perguntas frequentes, etc. Para mais informações: http:// students.fct.unl.pt/~aps14140/tecedu/ hotpotatoes/ h t t p : / / w w w. c c e s e b . i p b e j a . p t / Hotpotatoes/index.htm Podem, igualmente, enviar um e-mail para o autor deste texto a colocar dúvidas sobre qualquer aspecto relacionado com o programa: l.c@megamail.pt

DESPORTO ESCOLAR 2005-2006 PROF. NUNO REIS Com o aproximar de mais um final de ano lectivo, o grupo de Educação Física realiza o balanço das actividades relacionadas com o Desporto Escolar, efectuadas ao longo do presente ano lectivo. Assim, começando pelos grupos / equipa com quadros competitivos, foi com agrado que se iniciou e se recomenda para os próximos anos, a equipa de futsal (iniciadas femininas), onde apesar dos resultados desportivos terem sido, aparentemente, pouco animadores (cinco derrotas e uma vitória), importa realçar que todas as alunas que faziam parte da equipa que treinava e jogava com regularidade poderão no próximo ano ainda jogar no escalão de iniciadas. Além disso, notouse uma grande adesão e interesse das alunas a treinos e jogos. O grupo / equipa de Atletismo, ao contrário do Futsal, apresentou menor adesão aos treinos mas melhores resultados desportivos, devido ao facto de ser um grupo já com um trabalho de continuidade realizado

nos últimos anos pelo professor Carlos Silva. Assim, destacaram-se os alunos André Cardoso no salto em comprimento e João Mota igualmente no salto em comprimento e também na corrida de velocidade com primeiros lugares no Distrital de Atletismo do Desporto Escolar. Entre outras provas, o desempenho da nossa escola foi bastante positivo ainda no salto em altura e Mega-Sprinter. No entanto, apesar dos bons resultados, o Atletismo poderá encerrar um ciclo, uma vez que grande parte dos alunos envolvidos terminam este ano o 3º ciclo do ensino básico e rumarão a outras escolas. Foram também realizadas diversas actividades no âmbito do Desporto Escolar, fora do quadro competitivo. Torneios Inter-Turmas de Futsal (1º período), Basquetebol (2º período) e Voleibol (3º período) que contaram com a adesão de todas as turmas da escola. No dia 11 de Janeiro foi o habitual Corta Mato escolar com uma adesão e

participação bastante positiva a que se seguiu o Corta Mato distrital, igualmente com uma adesão muito positiva. A juntar a estas actividades realizou-se ainda um animado torneio de ténis de mesa que contou com a presença de 32 elementos entre alunos e professores. Em fase de conclusão está o Torneio de Matraquilhos. Por fim, mas não menos importante, de destacar a actividade que reúne sempre maior assistência no pavilhão desportivo, o famoso jogo de futebol (futsal) entre professores e alunos. Se no primeiro período o equilíbrio foi a nota dominante (7-7), no segundo período os alunos venceram por 6-1, mas o jogo da desforra ainda se encontra por realizar, durante a Semana Cultural e os professores prometem vingança....

Ver fotografias na página 5


TALENTOS

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Currículos Alternativos

O Rouxinol PEDRO RIBEIRO (4º ANO) CARLA E MÓNICA (7º A)

Somos alunas do Apoio Educativo. Temos aulas na biblioteca com a professora Luísa, onde passamos coisas no computador, vemos como se faz o registo de livros, cds de música, e dvds, e fazemos várias fichas. Com a professora Aida fazemos algumas fichas de Matemática, Língua Portuguesa, Geografia e analisamos alguns textos. A professora Anabela de E.V. ensina-nos coisas importantes: trabalhos de tecelagem (malas), receitas de culinária (salame de chocolate, pãezinhos com chouriço), trabalhos de fimo (imans, fios, porta-chaves), e estamos a construir um brinquedo que produz som, a partir de uma garrafa de plástico. As professoras Lurdes e Elsa ajudam-nos a desenvolver o estudo da Língua Portuguesa. Nós gostamos das aulas de todas estas professoras que nos ajudam muito.

Carta formal Exmo. Senhor Presidente do Conselho Executivo. Vimos por este meio informar vossa Ex.ª que o clube do “Olho vivo” anotou situações que podem causar perigos para os cidadãos que frequentam a escola. Reunimos vários dados e elaboramos uma lista ordenada dessas situações: · Várias portas não abrem para fora; · Os varões dos cortinados das salas não estão bem seguros; · Não há passadeira à entrada da porta principal da escola; · As lâmpadas não têm protecções; · As janelas deveriam abrir de maneira diferente, porque muitos alunos aí batem com a cabeça; · O chão dos balneários deveria ser anti-derrapante; · O chão da sala de E.V. está degradado; · As escadas da biblioteca, em caso de incêndio, não permitem uma evacuação rápida dos alunos; · As escadas do exterior não possuem corrimões; · Os candeeiros do exterior estão a cair; · Não existe uma casa de banho para deficientes; · Não há rampas de acesso ás salas, para deficientes; · Os bancos do exterior em cimento têm os ferros à vista; · Chove dentro do Polivalente o que pode causar quedas; · As grades interiores da parte de cima do ginásio abanam o que coloca em perigo a assistência a jogos; · Não existem extintores em algumas salas.

Com os melhores cumprimentos, O grupo de trabalho da turma do 8ºA: Daniela Ventura, Joana Semedo Rafael Marques, Joana Rodrigues Nota: Carta formal elaborada no âmbito dos conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa do 8º Ano.

Nossa Senhora passeava de noite por baixo de uma videira quando encontrou um passarinho que se chamava rouxinol pedindo socorro porque se tinha deixado dormir e estava preso pelo gavião de uma videira que o prendeu por uma pata enquanto crescia. Nossa Senhora soltou-o e disse-lhe que não dormisse enquanto o gavião da videira subisse. Agora o rouxinol canta toda a noite e diz: Nossa Senhora disse, disse, disse, enquanto o gavião da videira subisse, subisse, não dormisse, não dormisse, não dormisse.

Poesia

ANA PINTO

Poesia é... A expressão dos sentimentos Dizer o que nos vai na alma Uma brincadeira de rimas Uma forma de pensar Palavras que brincam com outras Um estado de alma Alegria, tristeza, fantasia, amor... Uma forma de ver o mundo O sonho de uma criança Ao acordar.

www.anossaescola.com /rodao Relembramos todos os membros da comunidade educativa do nosso Agrupamento que está disponível para consulta, desde o dia 14 de Junho, a pauta de avaliação do 9º A. As restantes pautas de avaliação serão disponibilizdas no dia 4 de Julho, após a realização dos conselhos de turma de avaliação.


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NOTÍCIAS

VISITA DE ESTUDO À ESPANHA CARLA; MÓNICA (7º A) (...) O autocarro era muito bom e tinha ar condicionado. Para Espanha passámos pela Covilhã, Guarda e a primeira paragem foi em Vilar Formoso onde alguns adultos tomaram café. Depois, já em Espanha almoçámos em Salamanca. Esta é uma cidade muito bonita, com muitos monumentos: catedrais, Palácios, Igrejas e Universidades. Passeámos pelas ruas e praças e visitamos a sua catedral que era enorme e muito bonita. Seguimos então para a cidade de Ávila. Aqui nasceu uma santa muito famosa chamada santa Teresa de Ávila. Depois seguimos para a cidade de Segóvia onde ficámos para jantar e dormir. Quando chegámos lá fomos deixar as coisas ao hostal e fomos jantar. Ao jantar comemos sopa, dois bifes e uma salada (muito mal temperada). A sobremesa era pudim. Come-se mal na Espanha. Depois do jantar todo o grupo foi passear pela cidade. Pudemos ver o aqueduto romano desta cidade que era enorme e estava todo iluminado. Também vimos por fora a Catedral de Segóvia, o seu castelo e a praça Maior. Passeámos quase duas horas. Foi muito divertido. Depois voltámos ao hostal para dormir. No sábado, tomámos o pequeno almoço, fomos buscar as coisas ao quarto e fomos para o autocarro para seguir viagem. Visitámos então uma serra muito alta, cheia de árvores enormes que se chama Nava Cerrada. E aí fazia muito frio. Seguimos então viagem até ao Vale dos Caídos. Este monumento foi mandado construir por Francisco Franco em honra dos mortos na Guerra Civil Espanhola. Junto ao altar, na parte central desta igreja, estão os túmulos do próprio Franco e do seu antecessor Primo de Rivera. O que era impressionante aqui é que tudo isto é enorme e está por baixo de uma montanha. Finalmente depois de almoçarmos fomos visitar o Escorial. Este é um sítio cheio de árvores e com um palácio enorme que era a residência de Verão dos reis de Espanha. Ao regressarmos a casa ainda parámos para comer em Cáceres onde também alguns fizeram compras. Gostámos muito desta visita de Estudo pois vimos coisas muito bonitas e que não conhecíamos. Gostávamos que para o ano houvesse outra.

INÊS PINTO, INÊS MOTA, VERA NUNES, TÂNIA CARRILHO E JOANA RODRIGUES (8º ANO)

Partimos de Vila Velha de Ródão às 8h 30 minutos do dia 19 de Maio em direcção a Salamanca. Chegados a esta cidade, almoçámos e depois visitámos alguns dos locais mais representativos. Começámos pela visita à catedral, um monumento rico nos estilos gótico, românico e barroco. Achámo-la fenomenal. Seguiu-se a visita à imponente Praça Mayor que também admirámos. Porque não havia muito tempo e a viagem era longa, seguimos em direcção a Ávila. Aqui, o que mais nos impressionou, foram as muralhas que rodeam a cidade. Eram de verdade bonitas com as suas torres cheias de ameias. Visitámos a catedral também cheia de arte. O resto do tempo passámo-lo a visitar as ruas e a Praça Mayor que também nos agradou. Nesta cidade nasceu Santa Teresa de Ávila, uma das mulheres mais importantes e mais admiradas do mundo cristão, por ser considerada como doutora da Igreja. Como o relógio não pára, tivemos de seguir viagem, agora até à cidade de Segóvia, onde se encontrava o Hotel onde ficámos hospedados. Depois do jantar visitámos a cidade com o seu monumental aqueduto. Não pudemos visitar a catedral por dentro, por estar fechada. No entanto, visitámos as principais avenidas com as suas montras coloridas. Até à meia-noite a cidade foi nossa. De seguida fomos descansar para o Hotel.

No dia seguinte, logo de manhã, continuámos a nossa viagem. A primeira paragem foi em Nava Cerrada, onde estava muito frio e para grande infelicidade nossa não havia neve, como era suposto encontrar. De seguida, fomos em direcção ao Vale dos Caídos. Aqui visitámos o monumento mais impressionante da nossa visita, construído por Francisco Franco e dedicado à memória de todas as pessoas que morreram na guerra civil de Espanha. Nele encontram-se sepultados mais de 40.000 corpos. Todos achámos este monumento impressionante por ser construído no interior de uma rocha. Terminada a visita ao monumento, dirigimo-nos para Escorial, onde almoçámos. Ali visitámos um palácio real que foi construído por Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal). O relógio continuava a girar e, por isso, tivemos de arrancar em direcção a Portugal. Parámos em Cáceres para fazer as últimas compras e chegámos a Vila Velha de Ródão por volta das 23 horas. Gostámos do passeio, não só pelo que vimos mas também pelo que vimos, mas também pelas informações que os professores de EMRC e História nos iam dando. Acompanharam-nos cinco professores, vários funcionários e alguns pais da “Associação de Pais”, tendo havido um óptimo convívio entre todos.


PROJECTOS

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“A ESCOLA E A ASSEMBLEIA” P .J ROF

O Projecto a Escola e a Assembleia culminou no passado dia 29 de Maio com a presença das duas deputadas da nossa escola na Assembleia da República. A ordem de trabalhos desenrolou-se em duas sessões: a manhã foi preenchida com o trabalho na 6ª Comissão onde discutiram e aprovaram uma proposta de recomendação que seria levada na sessão da tarde ao plenário que decorreu na sala do Senado. Foi uma jornada muito intensa que empenhou a totalidade dos jovens deputados e que permitiu mostrar de uma forma mais efectiva o trabalho diário desenvolvido no parlamento pelos deputados da nação. Esta iniciativa na qual a Escola participa há 7 anos constitui uma acção de educação cívica que consideramos

muito importante para os jovens como aprendizagem da democracia. Queremos para o ano que vem dar um salto qualitativo no sentido e sensibilizar a Assembleia Municipal de Ródão e as restantes Assembleias do distrito para que promovam sessões viradas para os jovens das escolas. Esta ideia foi apresentada informalmente junto da Coordenação da Área

ORGE

GOUVEIA

Educativa de Castelo Branco e da sua responsável.

O Fantástico na Escola * NUNO CARRUSCA (CENTA) Ao longo deste ano lectivo o CENTA tem vindo a por em prática o projecto de formação continua para o 1º ciclo, na área das Artes Plásticas e Dança, “O Fantástico na Escola”, dando assim continuidade ao trabalho iniciado com o projecto “EU e os Outros”, que decorreu no ano lectivo de 2003/2004. O projecto, que articula os conteúdos curriculares propostos pelos docentes com as expressões artísticas, foi aprovado pelo Conselho Pedagógico de Julho de 2005 e pela DREC podendo assim ser preparado com tempo e desenvolvido dentro do horário curricular em todas as escolas do ensino básico do Concelho (Fratel, Sarnadas, Porto do Tejo e Vila Velha de Ródão). Com supervisão da coreógrafa e professora Madalena Vitorino, o trabalho desenvolvido pelos monitores Vera Alvelos para as Artes Plásticas e Leonor Barata para a Dança foi acompanhado por Maria Belo Costa e Nuno Carrusca. O projecto iniciou-se com uma acção de formação para professores em Setembro e os conteúdos foram trabalhados por fases ao longo dos três períodos lectivos. A um trabalho de fundo ao nível da concentração, do trabalho em grupo, e da consciência do “Eu “ e do “Outro” seguiu-se a abordagem dos conteúdos curriculares. O sistema solar; a rima e os sinais de pontuação, uma receita visual com os nomes próprios,

comuns e colectivos, formas e figuras geométricas; e a escrita criativa relacionando imagens e objectos na construção de uma história onde deveriam trabalhar as formas e os tipos de frase, foram algumas das propostas desenvolvidas ao longo do ano. Os valores de escuta, respeito e criatividade foram sempre promovidos na sala de aula sendo que a dinâmica de trabalho que se gerou foi, na maioria das vezes, muito pacífica e produtiva,

notando-se a satisfação dos alunos com o trabalho realizado. É importante salientar a importância da Educação Artística nas escolas como ferramenta de desenvolvimento pessoal, potenciadora das capacidades cognitivas, motoras criativas e o consequente desenvolvimento intelectual nas crianças.

* - Nome escolhido pelos alunos.


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OFICINA DE TEATRO MARIA BELO COSTA

PROJECTOS

“CAÇA ÀS PILHAS”

PROF. FERNANDO FERREIRA

Este ano a Oficina de Teatro, oferta extracurricular E. B. 2/3 de Vila Velha de Ródão, envolveu cerca de 20 alunos do 2º e 3º ciclo: Ana Filipa, Ana Rita Tomé, Inês Pinho, Joana, Mariana Alves, Vanessa Gonçalves, Fábio Mateus e Ivo Mateus do 5º A; Ana Cruz, Catarina Santos, Jéssica Antunes, Joana Galvão, António, Carlos Daniel, Ricardo Alexandre e Pedro Mateus do 6º A; Andreia, Inês Pulga, Marlene Santos, Sara Pinho e Daniel Tomé do 7ºA. A Oficina é coordenada pela professora Graça Passos e graças ao protocolo com o CENTA as aulas são ministradas por profissionais de artes performativas. No 1º período o trabalho foi orientado pela criadora Margarida Mestre, centrando-se no binómio corpo real / corpo poético, de onde resultou no final uma pequena coreografia construída com movimentos sugeridos pelos alunos, envolvendo a realidade e o espaço total da sala de aula. No 1º período as aulas decorreram em dois tempos semanais de 45m enquanto a partir do 2º período, decorreram ás 4ªs feiras, entre as 14h e as 17h, e 6ªs feiras das 14h40 às 17h25, com a orientação da actriz/ performer Maria Belo Costa, que focou o trabalho na ideia de relação. Este horário permitiu trabalhar com pequenos grupos e fazer um trabalho mais individualizado. Com o objectivo

de explorar a relação de cada um com o outro desenvolveram-se vários exercícios de confiança, de relaxamento e de contacto. Trabalhouse também sobre a relação do corpo com o espaço, procurando desenvolver algumas frases de movimento, que tinham por base o corpo vertical e corpo horizontal, explorando paralelamente linhas diagonais, espirais e insistindo numa organização espacial. Parte da aula foi dedicada à construção em grupo de pequenas composições onde os alunos eram levados a aplicar, de modo criativo, aquilo que se tinha estado a trabalhar. A maior parte destes alunos, que participou já no Projecto de Formação Artística Contínua de 1ºciclo “Eu e os Outros”, onde tiveram contacto com a Dança, sob orientação de Maria João Garcia, revela grande interesse pelas áreas expressivas que envolvam o movimento. O trabalho corporal, essencial no teatro e em dança, estimula a criatividade e a imaginação, contribui para o crescimento emocional e pessoal e permite uma maior capacidade de associação de ideias, desenvolvendo uma maior capacidade crítica. Está programada a apresentação informal do trabalho realizado no dia 29 de Junho.

O nosso “Caça Às Pilhas” vem despedir-se de mais um ano de continuidade. Muita “gente” participou. Recolhemos, arredondando as contas, 10 mil pilhas (cerca de 300 Kg). Vamos agora fazer, novamente, umas pequenas contas: se cada pilha poluir 5 m3 de água, se recolhemos 10 mil pilhas dá 50 mil m3 de água não poluída (50 milhões de litros). Quem ganhou o Concurso? Muitos alunos participaram e há prémios simbólicos. Mas mais importante, muito mais importante, é a certeza de um dever de cidadania cumprido. Uma nota final: os nossos alunos merecem os nossos parabéns. Acrescentamos que este Concurso foi organizado pelo Prosepe e só foi possível com o apoio da Associação de Estudos do Alto Tejo.

A classificação (número de pilhas entregues), até 31 de Maio é a seguinte: 1º ”Os Pulgas” ................................. 3366 2º “Os Ninjas de V. V. Ródão” ........ 2343 3º “The Best Friends” ......................... 973 4º “As Rebeldes” ............................... 824 5º “Os Moranguitos” .......................... 687 6º ”Os Traquinas do Porto do Tejo” 470 7º “Os Pipocas das Sarnadas” ........ 298 8º “Os Mortos” ...................................... 233 9º “Fura Namorados” ........................ 223 10º “Os Boienses” .............................. 134 11º “Detectives” ................................... 95

Total de pilhas entregues no presente ano lectivo...

9646 A Bem do Ambiente


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NOTÍCIAS

«Dança Comigo» Uma experiência única

PROF. HELENA MARQUES abraços, autógrafos, autógrafos e mais autógrafos, sempre com um sorriso contagiante. Não restam dúvidas: para a próxima lá estaremos de novo. Parte da manhã e a tarde deste dia maravilhoso foram passadas no Parque das Nações, onde o momento mais alto foi a visita ao Oceanário, para alegria de miúdos e graúdos. Ficam agora as impressões de viagem dos nossos alunos:

A Endemol, produtora do programa «Dança Comigo», emitido em directo nos serões de sábado à noite no Canal 1 da RTP, com apresentação de Silvia Alberto, teve a amabilidade de convidar a nossa Escola a assistir a uma gala do programa, nos seus estúdios da Venda do Pinheiro, na Malveira. Fazemos parte de um povo que não teme a aventura e o desafio próprios das novas experiências e, por isso, lá fomos nós. E que bom que foi, que inovador, que diferente, que fantástico!... O programa, como é do conhecimento geral, gira em torno da música e dos vários estilos de dança. Pensamos que esta circunstância foi motivo suficientemente válido para a deslocação dos nossos alunos do Terceiro Ciclo ao referido evento, quer pela boa disposição inerente à temática que privilegia, quer ainda por proporcionar, através dos ritmos escolhidos, o conhecimento da realidade cultural e lúdica de alguns povos. Ainda assim, não duvidamos que a novidade maior deste programa, aquela que trouxe aos nossos alunos uma experiência ímpar, se prendeu com o facto de a emissão ser em directo, isto é, ao vivo, em simultâneo para o estúdio e para todas as regiões do mundo que recebem a RTP Internacional, foi a produção de um programa vista dentro da «caixinha que mudou o mundo», não fora dela, em qualquer sala de estar! E que «mundo»,

que outra perspectiva!... Quem lá esteve sabe que tudo o que já foi dito é muito, mas não ainda o suficiente. Falta referir o profissionalismo, a simpatia e a simplicidade com que nos receberam, a atmosfera que vivemos todos entre um mundo de privilegiados e vedetas que, muitos vezes, pensamos inacessíveis ao público anónimo. Foi um acolhimento amigo, meigo, de igual para igual. Convivemos com algumas daquelas pessoas que mais frequentemente nos entram casa a dentro: o Fernando Mendes e a sua excelente boa disposição, o Jorge Gabriel, a Inês Castel-Branco, os bailarinos, os «Pés de Chumbo», o Júri, a Sílvia Alberto! Choveram beijos,

Claudia Fonseca: Foi uma viagem muito agradável, gostei muito, Foi uma óptima experiência, pois descobri que por detrás de uma câmara há muito trabalho, pessoas divertidas e coisas esquisitas. Ricardo Pires: Foi genial. Uma experiência única. Ana Catarina Mendonça: Foi uma viagem muito interessante e o programa foi espectacular. Irina Candeias: Foi uma experiência muito boa. Estava curiosa por ver como é que funcionam as coisas por detrás das câmaras. Se pudesse voltaria a repetir a experiência.

Continua na Página 15


Pág. 15 CENTA

NOTÍCIAS

“Leituras ao Domicílio” MARIA BELO COSTA (CENTA)

Entre dia 29 de 4 Maio e 1 de Junho, o C.E.N.T.A. lançou as “Leituras ao Domicílio”. Este é um serviço que qualquer pessoa ou entidade pode requisitar, bastando para isso que entre em contacto com o CENTA, através dos n.ºs de telefone 272 541 080 ou do 91 493 20 47 e do endereço de email: centa@mail.telepac.pt, tendo apenas que indicar o local (poderá ser na própria casa ou noutro espaço) e a hora pretendidos que um dos leitores disponíveis irá ao encontro do ouvinte. As “Leituras ao Domicilio” dispõem de um menu de livros seleccionados, de onde o ouvinte poderá escolher o livro que quer conhecer. Caso tenha preferência por um livro que não conste no menu, deverá fazer a encomenda com a antecedência mínima de 15 dias, indicando o título em questão e o pedido será atendido. Durante estes primeiros dias os moldes foram ligeiramente diferentes. Para dar a conhecer a iniciativa, a equipa foi ao encontro da população fazendo um pequeno circuito entre vários espaços públicos, e locais de

reunião da comunidade da Vila. Estivemos na Casa das Artes e Cultura do Tejo, no Super Mercado dos Frescos, no Café Catedral de Santana, no Largo das Laranjeiras, na casa da D. Nazaré Ramalhete e na E. B. 2/3 de Vila Velha de Ródão. O trabalho foi coordenado pela Maria Belo Costa e contou com a valiosa colaboração de Rúben Tiago e Carlos Monteiro, elementos da Associação Cultural TRUTA. Na E. B. 2/3 de Vila Velha de Ródão, a TRUTA apresentou aos meninos do 1º ciclo a Biblioteca Sensível Itinerante, uma biblioteca especial onde os livros são objectos que manipulados com muito cuidado e atenção contém em si a possibilidade de contar uma história. A TRUTA tem

outros trabalhos dentro desta linha como O Diário do Sr. Lepidóptero e desenvolve também projectos na área do teatro como A Força do Hábito e Da Mão para a Boca, e na área da dança Notes of a Kaspar. Esta Biblioteca entusiasmou os mais pequeninos e também os alunos mais velhos do 2º e 3º ciclo que não deixaram os actores ir embora sem que lhes fosse contada uma história também a eles.

Gostava de repetir aquelas sensações.

Inês Pinto: Dança divertida, sedutora, que nos fez vibrar. Um programa muito engraçado e apelativo, que não nos deixou cansar.

Conclusão da página 14 Carina Rei: Eu gostei muito do programa, adorei a experiência. Estava à espera de outra coisa, nunca pensei que fosse assim. Mas gostei muito e voltaria a ir. Inês Alves: Ficou um pouco aquém das minhas expectativas, mas gostei bastante. Ana Catarina Vilela: o «Dança Comigo» foi uma experiência muito fixe, talvez única para muitos de nós. Lá pudemos ter um contacto mais «directo» com a televisão, vimos gente famosa a «abanar o capacete» e, principalmente, divertimo-nos! Fábio Moreira: O programa «Dança comigo» para mim foi exuberante! Humberto Lourenço: Foi fantástico aprender como se faz televisão, em directo, ao vivo e a cores.

Rafael Cardoso: Foi uma sensação incrível ver como as pessoas conseguiam decorar as danças em tão pouco tempo, e acabavam por dançálas muito bem. Joana Marques: O programa foi divertido, foi uma animação. É de ir e querer ir mais. Inês Flores: Gostei da visita ao «Dança comigo». Foi uma viagem única, na qual pudemos ver como se faz televisão e conhecer um pouco melhor pessoas que vemos no dia-adia no ecrã. Susana Vicente: Foi um dia maravilhoso! Adorei a viagem! Aida Capinha: Eu gostei da viagem, achei o estúdio muito pequeno, é muito diferente do que aparece na televisão. Acho que devia haver mais iniciativas destas.

Helena Nunes: Parece que foi apenas um minuto aquele dia repleto de experiências fantásticas. Um minuto inesquecível, um minuto fantasticamente único, unicamente fantástico, maravilhosamente mirabolante, inesquecível. Sílvia Capinha: Gostei muito de ir ao programa «Dança Comigo», foi uma experiência muito enriquecedora. André Branco: Eu gostei muito de andar a fazer compras com os meus colegas. Mas o que eu gostei mais foi do Oceanário e do estúdio, pois este, nas nossas casas, não parece ser tão pequeno. É um pouco plano. Gostei de ver os convidados e o júri e tive a oportunidade de ver, ao vivo, actores e apresentadores e o mundo do outro lado da televisão.


ÚLTIMA

EDITORIAL (Continuação da capa) Neste espaço, por diversas vezes apelei aos pais e encarregados de educação por um envolvimento maior, por uma participação mais activa e sempre enalteci o seu papel. Aqui assumo mais uma vez a importância do seu papel enquanto parceiro na construção de uma escola melhor; o seu estatuto de parceiro há muito que é uma realidade e desde logo a sua participação e presença estatuída nos órgãos do Agrupamento, nomeadamente na Assembleia, conselho Pedagógico e conselhos de Turma, e noutros de âmbito concelhio como é o caso do Conselho Municipal de Educação. Pelo atrás exposto repudio as vozes que se levantam e que contestam e repudiam desde já a presente proposta de avaliação e mais concretamente a que é suposto ser efectuada pelos pais. Suponho que todos concordam comigo quando refiro que o primeiro interessado na avaliação e em ser avaliado é o professor... correcta, adequada e justamente avaliado. Mas não deixemos que esta ou outra qualquer estratégia consiga fazer passar junto da opinião pública uma mensagem que do menor desvalorize o maior. O documento em discussão, o Estatuto da Carreira Docente, é um documento maior e contém outras matérias, essas senão mais importantes, pelo menos tão importantes como a da avaliação e que podem constituir atropelos e prejuízos bem maiores para os professores e para a educação. Assim, o que proponho é que deixemos de valorizar o acessório, o que é particular, e iniciemos uma análise e uma jornada de reflexão da proposta no seu conjunto, analisemos depois o pormenor e se caso for, construa-se uma proposta alternativa... Tomei a palavra, acabei por direccionar o texto para os professores, mas não acabo sem uma palavra de agradecimento, apreço e estima a todos, docentes, não docentes e discentes, que se empenharam e trabalharam para que este ano lectivo, que agora termina, chegasse ao seu termo com o objectivo último da nossa acção cumprido da melhor forma. Aos que agora nos deixam, que o seu voo seja grande e duradouro e o seu sonho cumprido.... Boas férias.

Prof. Paulo Candeias (Presidente do Conselho Executivo)

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VIAGEM DE FINALISTAS ANA MATEUS; ANA VILELA; CLÁUDIA FONSECA; RICARDO PIRES (9º A)

Nos passados dias 11, 12 e 13 de Abril, nós, os alunos do 9º Ano da Escola Básica do 2º e 3º ciclos de V.V. de Ródão, realizámos a nossa viagem de Finalistas a São Pedro de Moel. Fomos acompanhados por dois adultos responsáveis: o nosso Director de Turma (professor Jorge) e o funcionário da BECRE (António Carlos), e a primeira paragem da nossa emocionante viagem foi no Museu do Vidro, na Marinha Grande (onde pudemos ver o maior copo do mundo, que consta no Guiness!). Almoçámos mais tarde num centro Comercial perto do museu, e fomos directamente para o parque de campismo onde ficámos alojados nos 3 dias em 3 bungalows (simples mas acolhedores). Depois de uma breve exploração ao local (em que está incluída a procura de um restaurante para jantar...), fizemos uma visita ao farol, acabando por nos perder mais tarde nos “misteriosos bares” daquela pequena aldeia (entre eles, Topi’s e Rossi). No 2º dia, fomos logo de manhã à praia (a água estava fria, mas quando se entrava já não se queria sair!!), almoçámos sandes, fomos novamente à praia (já estávamos viciados...) e à noite tivemos o melhor jantar dos 3 dias: “Arroz de Marisco à Setôr Jorge” (o Tó até repetiu 2 vezes, tão bom que estava!!!). A seguir ao jantar fomos dar uma volta pelas redondezas (voltámos a ir aos bares), e à noite vimos filmes

na televisão, entre outras actividades... Chegado o último dia e depois de uma noite mal dormida para alguns, tomámos o pequeno-almoço nos bungalows, arrumámos a “tralha”, despedimo-nos tristemente das casinhas e rumámos para um McDonald’s próximo onde almoçámos. Depois... bem, depois tivemos de regressar, né? Viemos novamente no autocarro gentilmente cedido pela Câmara... boa viagem, não acham? Para além desta história (que de certo encorajou muitos a trabalhar arduamente para fazerem a sua viagem de finalistas!), queremos ainda agradecer a várias pessoas que nos ajudaram a tornar esta viagem possível, entre elas: o professor Jorge, o nosso principal orientador e incentivador; a professora Helena, a nossa “colaboradora”, e principalmente amiga; e as várias empresas e estabelecimentos comerciais que nos garantiram apoio financeiro. A todos eles, o nosso MUITO OBRIGADO!


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