"Gente em Acção" nº44

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44|Março|2007

NOTA DA REDACÇÃO O “Gente em Acção” que tem nas mãos é o primeiro número de uma nova fase na vida deste jornal que tem acompanhado a vida da nossa Escola (numa primeira fase) e agora do nosso Agrupamento. Daí que apenas agora esteja das ruas o primeiro número referente a este ano lectivo. Pela primeira vez o jornal beneficiará de uma distribuição gratuita, sendo, assim, oferecido a todos os elementos da comunidade educativa. O próprio jornal mudou de formato e aspecto, sendo este primeiro número “experimental”. Como este número chegará a um número muito mais alargado de pessoas, aguardamos as vossas sugestões, colaborações, críticas e tudo o mais que queiram partilhar connosco. Este jornal é de TODOS VÓS. Estas páginas estão abertas a toda a comunidade escolar. Contamos convosco!

ESPECIAL ALICE VIEIRA

A redacção

II CONCERTO BE-CRE

Páginas 2 e 3 Página 4

EDITORIAL Mudar é natural, é até necessário e quando se fala em mudar associa-se sempre uma carga positiva, uma ideia de progresso e sempre para melhor. O entendimento que se faz quando se operam mudanças tem um sentido de futuro rejuvenescido que nos enche de coragem e optimismo, é esse o nosso entendimento. Mas todos sabemos que há mudanças e há MUDANÇAS… há aquelas que nem damos por elas e que resultam umas em pequenos, outras em grandes benefícios… também há aquelas que mercê da sua grandeza (ou divulgação) diz-se delas que a montanha pariu um rato e assim, com efeitos desprezíveis no nosso dia a dia e depois... depois há as outras que de facto cuja grandeza e abrangência deixam toda a gente à nora, sem norte, rumo ou qualquer referencial e que a ninguém poupam ou deviam poupar…. E já que falamos em tal, porque não falar nas alterações1 a que nos habituaram ultimamente, as quais produzem efeitos imediatos para além de outros a curto e médio prazo, deixando ainda lugar a efeitos colaterais e secundários, cuja extensão e rapidez do seu efeito é tal, que mesmo podendo haver lugar a

Os nossos alunos tiveram a oportunidade de conhecer de perto e falar com a escritora Alice Vieira. A reportagem desse encontro. Uma breve introdução sobre a escritora e a entrevista dos nossos alunos no arranque deste número.

PARLAMENTO DOS JOVENS 2007 Decorreu na nossa escola, no passado dia 5, a sessão distrital do “Parlamento dos Jovens”. Estiveram representadas oito escolas do distrito de Castelo Branco, tendo a sessão sido presidida pelo sr. Deputado da Assembleia da República, Dr. Ribeiro Cristóvão.

Páginas 6 e 9

Continua na página 11 Nº 44 - Março 2007

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DESTAQUE

Participação no TDmat Durante a semana de 20 a 24 de Novembro, as turmas do sexto e do nono ano participaram na realização de um teste diagnóstico de conhecimentos a nível de Matemática, promovido pela Universidade de Aveiro. A prova, de carácter individual, decorreu na Biblioteca da Escola, via Internet, e os alunos puderam usufruir dos computadores portáteis cedidos ao abrigo do Projecto CRIE. Os docentes de Matemática, Luís Martins e Filomena Conceição agradecem desde já a colaboração do professor Hélder Rodrigues e do Sr. António Carlos pelo apoio manifestado. Os alunos participaram com entusiasmo, conseguiram constatar o nível das suas dificuldades e aguardam com expectativa o resultado obtido. Esta actividade deparou-se com algumas dificuldades devido a problemas com a disponibilidade de rede da Internet, mas consideramos que, mesmo assim, o balanço positivo.

Magusto da APEE Para não fugir à tradição e festejar o Dia de S. Martinho, organizou a Associação de Pais e Encarregados de Educação deste Agrupamento de Escolas, um magusto no dia 12 de Novembro, no Recinto de Festas do Coxerro, pelo que agradece ao Centro Recreativo e Cultural daquela localidade a hospitalidade com que foi recebida. Pretendeu esta associação, com a realização deste evento, proporcionar uma tarde de confraternização e convívio entre toda a comunidade educativa e, aproveitando a oportunidade, conversar sobre eventuais propostas de melhoria ao sistema implementado, com vista ao bem-estar das crianças. Foi conseguida uma agradável tarde de convívio entre os participantes, quer para adultos, quer para crianças. Lamentamos, no entanto, a fraca comparência por parte dos pais e alunos, apesar do elevado numero de inscrições.

COLABORADORES Professores, Alunos Pessoal não Docente e Enc. Educação EDIÇÃO Centro de Recursos IMPRESSÃO Jornal RECONQUISTA Castelo Branco E-MAIL gente_vvr@megamail.pt NA INTERNET www.anossaescola.com/rodao

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Alice Vieira

ESPECIAL

Uma breve introdução Alice Vieira é um nome sobejamente conhecido na Literatura Infantil e Juvenil. Estreou-se esta autora em 1979, no romance para jovens com uma obra singular: “Rosa, minha irmã Rosa”, desde logo agraciada com o Prémio de Literatura Infantil “Ano Internacional da Criança”. Nas palavras de Garcia Barreto “o livro é um abanão forte na literatura para os mais novos, pelo tema e pela maneira como é abordado.” A autora, que começou por ser jornalista, dedica-se mais tarde, inteiramente ao trabalho literário e quem lucrou com isso foram precisamente os mais novos pois a sua obra, que é extensa e de elevada qualidade e compreende dezenas de livros para crianças e jovens dos mais variados géneros literários: romances, contos, peças de teatro e poesia. É uma autora traduzida em várias línguas e distinguida com diversos prémios reconhecendo precisamente a qualidade da sua obra, como o foi o “Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças/1994”, pelo conjunto da sua obra, bem como prémios internacionais como refere José António Gomes na biografia breve que fez desta autora, nomeadamente o seu livro “Os olhos de Ana Marta” incluído na Lista de Honra do International Board on Books for Young People (IBBY) em 1994. Foi também por dois anos seguidos escolhida como a candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen em 1996 e 1997, tendo sido neste último ano uma das quatro finalistas seleccionadas pelo júri internacional. Estes prémios consagram não apenas uma obra ímpar no panorama actual da Literatura Infantil e Juvenil em Portugal mas, como

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afirma Violante Florêncio, “Eles distinguem igualmente, todo um trabalho de retransmissão da memória e de sensibilização à diversidade do mundo. Nos livros da autora de Águas de Verão, literatura e didactismo nunca se confundem. O seu compromisso tem exclusivamente a ver com a linguagem poética, com o fomento do prazer da leitura e com o desejo de estimular, nos mais jovens, não só a curiosidade em relação ao Outro e à realidade que o cerca, mas também a descoberta do seu próprio universo interior. É justamente, no modo como se mostra fiel a estes princípios que esta obra revela toda a profundidade do seu sentido pedagógico.” De acordo com os autores citados, a escrita de Alice Vieira é extremamente original, tem um estilo fluente e sóbrio em que “os temas são abordados sem perderem um fino e sadio humor”. Outro traço das suas obras é a “carga poética [dos textos] que se acentua nas descrições e em certos momentos de acentuado lirismo (do qual a pieguice fácil e a retórica inútil estão ausentes)” diz-nos José António Gomes. Este mesmo autor refere igualmente como uma das facetas marcantes da obra da autora “O humor e a crítica social que estão patentes em todos os textos que assinou e ganham especial relevância tanto na sua produção dramática (leiase Leandro, Rei da Helíria, 1991) como em narrativas de fundo histórico (A Espada do Rei Afonso, 1981 e Este Rei que Eu Escolhi, Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, em 1983).

Encontro com a escritora

No dia 23 de Janeiro todos os alunos do 5º Ano foram a Castelo Branco, à Escola João Roiz, assistir a um encontro com a escritora Alice Vieira. Antes desta visita lemos vários textos e contos desta autora, pesquisámos em livros e na Internet sobre a sua biografia e bibliografia (a obra que já escreveu). Ficámos a saber que Alice Vieira era (e ainda é) jornalista (no Diário de Notícias) e que começou a escrever para jovens por causa da sua filha (Catarina da Fonseca) que se queixava que já tinha lido todos os livros para a sua idade. Então ela começou a escrever a sua primeira obra em conjunto com a filha. Chamava-se “Rosa, minha irmã Rosa” e teve a sorte de ser premiado e publicado. Foi um sucesso. Quando chegámos à Escola João Roiz fomos encaminhados para o auditório, onde esperámos pela escritora que tinha ido almoçar. Ela

chegou, descansou um bocadinho enquanto outra professora a apresentava e logo começou a responder às muitas perguntas que todos os alunos tinham para lhe fazer. Achámos Alice Vieira muito simpática e divertida. Contou-nos coisas divertidas e ficámos então a saber mais pormenores sobre esta escritora. No final da sessão, Alice Vieira autografou os livros e marcadores de todos os presentes. Nós oferecemos à escritora dois poemas da sua autoria (do livro “Eu bem vi nascer o Sol”) que tínhamos preparado e ensaiado nas aulas de Estudo Acompanhado: a “Canção da Amélia” e a “Nau Catrineta”. Pensamos que ela gostou, embora estivéssemos um bocadinho nervosos. Na despedida ainda nos deram um pequeno lanche. Gostámos muito desta visita e esperamos que haja outra oportunidade para lá irmos.

5º A

Prof. Luísa Filipe

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DESTAQUE: ENTREVISTA

ESPECIAL

ENTREVISTA A ALICE VIEIRA Alice Vieira na primeira pessoa Eis algumas das questões que os nossos alunos colocaram à escritora: Gente em Acção: Aos quantos anos começou a escrever? Alice Vieira – Comecei a escrever muito tarde, aos 36 anos. Eu já era jornalista desde muito nova (desde os 17 anos) mas os meus filhos mandam muito em mim e um dia pediram-me para escrever uma história. Aliás, foi um desabafo da minha filha Catarina que me levou a isto, a esta vida de escritora para jovens. Ela chegou a casa e disse que já tinha lido todos os livros que havia para ler. Ela tinha nove anos, na altura, e lia muito. Mas claro que não tinha lido ainda todos os livros. De qualquer forma, eu sugeri: “olha lá e que tal se escrevêssemos, nós as duas um livro?” Foi assim que surgiu o meu primeiro livro (Rosa, minha irmã Rosa). Mandei a história para um concurso e foi premiada. Foi aí que começou a minha aventura pela escrita para jovens. Tem algum livro preferido? Não, de facto não tenho, gosto de todos. Todos os que escrevo são muito pensados, muito emendados. Às vezes, já estão no editor e mudo de ideias, mando tudo para o lixo e torno a escrever tudo. Custa-me muito escrever. Cada palavra é sempre muito bem pensada. Em que é que se inspira para escrever histórias? Bom, inspiro-me no que vejo, no que ouço, nos cafés, nos comboios, nos aeroportos (ultimamente conheço muitos aeroportos…), no dia-adia, tomo muitas notas, apontamentos e também me inspiro muito nas recordações da minha infância. Quanto tempo demora a escrever um livro? Eu até sou rápida, normalmente demoro cerca de dois a três meses a terminar um livro. Mas, às vezes, tal como agora acontece, viajo muito em trabalho e então o livro demora mais tempo a sair. Por isso, com todas essas interrupções e compromissos (neste momento, tenho uma agenda preenchida até Maio de 2008!) eu

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demoro mais tempo (cerca de um ano). Também porque sou uma pessoa que não escreve em qualquer sítio. Gosto muito de escrever no meu canto, na minha casa, com a minha música, à minha janela… Gosta de ouvir música quando escreve? E que tipo de música? Gosto muito de ouvir música, mesmo quando não estou a escrever, variados estilos de música. Mas, quando escrevo, a música tem de preferência ser sem palavras. Qual é o seu escritor preferido? A.V. – O meu escritor português contemporâneo preferido é sem dúvida António Lobo Antunes e em especial um livro que ele escreveu que se intitula: “A exortação aos crocodilos”. Outro escritor do qual muito gosto é brasileiro. É o Erico Veríssimo que escreveu um romance que recordo e recomendo: “Clarissa”. É um romance sobre uma adolescente, que vive numa pensão e todo o seu processo de crescimento, de passagem da adolescência. Maravilhoso. Costuma escolher os ilustradores para as obras que escreve? Os ilustradores de que eu gosto e que indico raramente o são pois estão sempre muito ocupados, mas dou sempre a minha opinião. Há pouco tempo, por exemplo, tive a sorte de trabalhar com uma ilustradora que aprecio muito – a Bela Silva – que decorou uma nova colecção de histórias tradicionais. Na sua infância teve alguma pessoa que lhe contou histórias? Ah, não. Na minha infância era eu que me contava histórias a mim própria. Normalmente escolhia um espelho e estava horas à frente do espelho a inventar histórias, a contá-las a mim própria a ouvir o som que têm certas palavras. Depois quando mudava de casa a primeira coisa que fazia era ir ver se nela havia um espelho para eu contar essas histórias pois as mulheres que me guardavam eram velhotas e não tinham muita paciência. Quantos filhos tem? E netos?

Tenho uma filha (a Catarina) que é jornalista e um filho, o André, que é professor de Matemática numa Universidade em Inglaterra. Depois tenho quatro netos – A Adriana que tem 11 anos, o Diogo, que tem sete, o Pedro, com quatro e a Isabel com dois anos. Gosta mais de escrever à máquina ou ao computador? Bom, custou-me um bocado passar da máquina de escrever para o computador. O computador é mais frio, não tem aquele ruído da máquina de escrever, também não tem o papel e eu gosto muito do cheiro, do toque do papel, de ver logo a palavra ali impressa. Mas é um facto que o computador me facilita muito o trabalho. Agora nada substitui a máquina de escrever. A minha neta, quando me vem visitar adora (como aliás os outros netos) escrever à máquina. Diz-me ela: “Ó avó, a máquina de escrever imprime logo o que tu escreves!” Conhece muito escritores? Sim, conheço alguns escritores, até da minha profissão de jornalista. Agora como pertenço à S.P.A. (Sociedade Portuguesa de Autores) lido muito com o José Jorge Letria e com o António Torrado que para além do mais são muito meus amigos, de longa data. É fácil dar um título aos livros que escreve? Não, de facto dar um título aos livros é sempre o mais complicado. É uma tarefa que eu normalmente deixo sempre para o fim porque é muito penosa. Como costuma ocupar os seus tempos livres? Para além da leitura e da escrita, os meus tempos livres, que raramente tenho porque eu viajo muito, vou muito às escolas e depois ainda tenho os meus compromissos com a escrita para os jornais e os livros, mas como durmo muito pouco – cerca de duas a três horas por noite – e normalmente escrevo pela noite dentro, quando arranjo algum tempo livre então gosto muito de ir ao teatro, ao cinema, de ouvir música, de estar com os meus netos (o que não acontece muito porque eles também têm o tempo muito ocupado), de lhes

dar tempo de qualidade… Gosta mais de ser escritora ou jornalista? Eu gosto das duas coisas. São, na verdade, escritas muito diferentes. De facto eu já não conseguia viver sem as duas. Eu passo mal se não escrevo para o jornal mas também passo mal se não escrevo os meus livros. Comecei a trabalhar como jornalista muito nova, com 17 anos, no “Diário de Lisboa”, que hoje já não existe. E nessa altura o jornalismo era uma profissão de homens. Quando lá em casa, que eu vivia rodeada de mulheres, eu disse que queria trabalhar num jornal, a ideia não foi muito bem aceite. Eles viam que os jornalistas eram aqueles barbudos, que não se lavavam muito, cabeludos, mal vestidos… Enfim, tudo teve que ser muito negociado. Eu ainda agora tenho uma tia que quando falava das várias sobrinhas dizia: Ah, então temos a Margarida que é médica, temos a Francisca que é advogada, a Maria que é professora e a Alice, que lá anda naquela vida que ela escolheu… Gosta mais de ler ou de escrever? Essa é uma pergunta difícil. Eu acho que não consigo separar as duas coisas. Sou uma escritora compulsiva mas também sou uma leitora compulsiva – leio muito e escrevo muito. Não posso passar sem ler e sem escrever. As duas coisas estão intimamente ligadas. Quantos prémios já ganhou? Em Portugal já ganhei três prémios: o primeiro foi com a obra “Rosa, minha irmã Rosa”. Depois, em 1984 ganhei um prémio com a obra “Este Rei que eu escolhi” (Prémio Calouste Gulbenkian de Livros para Crianças) e ganhei também um prémio pelo conjunto da minha obra (em 1994, O Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian). No estrangeiro ganhei muito mais prémios, em especial na Alemanha, por exemplo, pela obra “Os olhos de Ana Marta”, ganhei o prémio Corvo Branco da Biblioteca de Munique. De todos os países que visitou qual foi o de que mais gostou?

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O país onde mais gostei de estar foi em Timor, que era o país em que eu gostava de viver. Mas também gosto da Inglaterra (onde o meu filho vive), da Alemanha, da Espanha. Está a trabalhar nalguma obra agora? Neste momento estou a trabalhar em três livros e numa peça de teatro para miúdos, crianças pequenas. Estou a escrever uma biografia sobre D. Violante do Canto, uma mulher interessantíssima. Estou a escrever um livro para o qual, embora seja estranho, já tenho um título, vai chamar-se “Meia hora para mudar a minha vida”. Era para se chamar “Chiclete de mentol”, da canção do Rui Veloso que eu estava a ouvir e achava que tinha muito a ver com aquele livro mas o editor disse-me logo: “nem penses nisso, há que tirar a chiclete do título, porque a chiclete é uma marca registada e iam pedir-nos uma fortuna pelos direitos de autor.” Então, em vez do Rui Veloso entrou no título do meu livro a Adriana Calcanhoto: tens meia hora para mudar a minha vida, que é duma canção dela. Também estou a escrever umas coisas para uma série da televisão. Tem alguma história que nos possa contar? O jornalismo tem sempre muitas histórias. Como vos disse eu comecei muito nova e escrevi ainda no tempo em que existia a censura e muitas notícias não saíam porque eram censuradas. Lembro-me que uma vez choveu imenso e houve umas cheias enormes numa localidade perto de Lisboa que ficou quase totalmente destruída com essas cheias. Morreram pessoas e animais, e eu lembro-me de ir até lá fazer a reportagem para o jornal. Andei enterrada em lama até aos joelhos, com o cheiro de animais mortos e destruição. E depois chegámos ao jornal e escrevemos, escrevemos e nada disso saiu, nada foi publicado. De outra vez (eu estava nessa altura no Jornal de Notícias),

telefona-me um editor a dizer-me que podia fazer uma entrevista ao Quino, o célebre autor da personagem de BD, a Mafalda. Eu aí vou toda contente e lá cheguei perto do Quino, que é uma pessoa muito simpática mas que pura e simplesmente não fala, limita-se a responder sim, não. Bom, eu cheguei ao jornal com praticamente nada e tinha já um espaço reservado, ainda grande, para ser publicada a entrevista. Então pensei que o Quino seguia na manhã seguinte para a Argentina, sentei-me e escrevi uma entrevista brilhante, toda ela inventada mas mesmo muito bonita. No dia seguinte recebo um telefonema do tal editor a elogiar a minha entrevista e a dizer: “É espantoso como conseguiste que ele falasse tanto. Eu conheço-o há muito tempo e comigo ele quase não diz mais que sim ou não!” E foi com esta história que nos despedimos de Alice Vieira, uma escritora e contadora de histórias fascinante. A maior parte destas questões foi elaborada previamente pelas alunas do 6ºB: Patrícia, Mariana, Joana Mendes e Vanessa. Elas não puderam estar presentes pois infelizmente, devido a uma avaria do autocarro da Câmara, as turmas do 6º ano que estava previsto irem também, acabaram por não poder estar presentes. De qualquer forma certamente haverá outras oportunidades.

5ºA

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JOÃO OLIVEIRA

CENTRO DE RECURSOS

SEMANA DA FEIRA DO LIVRO A Força da Palavra! Palavra ouvida, consentida, partilhada. Matéria-prima do pensamento que olha e vê, que desbrava o sentir, como um arado que prepara a terra a tornar Pão, Alimento, de corpo, de alma, essência que é sonho, sorriso, nostalgia e esperança! Mundos, diversos, outros, todos, de todos e cada um. Histórias do Ser, do Imaginar! Do faz de conta, do Era uma vez... Histórias que o Livro conta e oferece como pérolas raras, de um mundo que não vence.... nem convence. O Livro que está, que não abandona, não trai, não se transforma. O eterno Guardião do alívio, do conforto, do olá e do até já, da presença que se faz eterna! Histórias de Encantar, de Contar, de Ouvir, de Construir: afectos, beijos, lágrimas, medos, abraços, aconchegos! Mas Afectos, P r e s e n ç a , Permanência... O Livro: tesouro precioso, baú de palavras com Alma e Coração que pulsa no querer, na vontade de saber, de ser...de Pequenos e Graúdos. Foi assim nas Primeiras Jornadas do Livro e da Leitura, uma iniciativa comum do

Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento e da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. Foi assim na comemoração do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares. Foi assim na organização da XV Feira do Livro. É assim em cada momento que partilhamos desde ontem, dia da abertura da Feira ao público, com quem nos visita em busca de mais um amigo que possa levar para casa. É assim hoje, momento em que a melodia da palavra se ouvirá também sob forma de notas musicais saídas de m ú l t i p l o s instrumentos. Identifique quem puder o mais belo! Será assim amanhã e depois de amanhã e depois de depois de amanhã. Será assim sempre, porque o dever e a vontade o demandam! A Palavra, o Livro, interpretados, falados por especialistas que vieram e virão deixando a mensagem da Universalidade da Escrita e da Leitura, isto é, da Palavra e do Livro. O Livro, outros mundos, e meninos e meninas, únicos, os melhores, os heróis das histórias reais de quem neles pensa.

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Aqueles que dão sentido ao esforço, ao trabalho árduo, aos ventos contrários transformados em força, em vontade, em persistência. Aqueles que com um Sorriso que se absorve em formato de Recompensa, nos fazem concluir: «Que bom! Valeu a pena. Vale a pena. Pensemos na próxima Aventura»... por Eles, para Eles, pela Palavra, pelo Livro....e pela música! Este texto que modestamente partilho com os leitores do Gente em Acção refere os momentos que considero mais significativos e relevantes realizados ao longo do Primeiro Período pela BE-CRE deste Agrupamento, bem como a forma como foram sentidos e vividos. Implícitas estão também as comemorações habituais, como é, por exemplo, a homenagem que sempre prestamos a S. Martinho, a montagem do presépio BE-CRE, o cabaz de Natal e as escolhas, em termos de novas aquisições, que todos os meses foram feitas, nos domínios da literatura, da música e dos filmes.

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O primeiro momento de maior destaque foi a comemoração do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares. Por ele nasceu um filme realizado pelos alunos do 9º Ano, intitulado «O Gosto de Ler... da Escola para a Vida», protagonizado pela comunidade educativa e pelos vários testemunhos que foram sendo colhidos. Para o celebrar a educadora Lucinda e a e eu própria, deslocamonos às escolas dos ensinos Pré-Escolar e Primário de Sarnadas e Fratel, levando várias histórias para contar. O segundo grande momento deu-se com o desenvolvimento, a convite do CMCD da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, de uma parceria entre esta instituição e o Agrupamento de Escolas. Os nossos alunos tiveram uma participação activa nas Primeiras Jornadas do Livro e da Leitura, momento em que foi assinado um protocolo de cooperação entre as duas instituições. O terceiro grande momento foi a XV Feira do Livro do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. Não nos cabe a nós inferir do sucesso da mesma,

no entanto, julgamos pertinente mencionar momentos que foram muito além da venda dos livros que a livraria A Mar Arte tomou a iniciativa de escolher para integrarem esta Feira. A saber: - o escalonamento faseado para visitar a Feira dos alunos de todos os níveis de ensino que integram o Agrupamento; - o II Concerto BECRE / Conservatório Regional de Castelo Branco com a presença de alguns dos Coros e de Agrupamentos de Câmara Instrumentais - A vinda do contador de histórias Professor José Pires que encantou uma plateia constituída pelos nossos alunos do 3º Ciclo «de mãos dadas» com os nossos idosos da Santa Casa expressamente convidados para o momento; - A palestra dada pela Doutora Adelaide Salvado sobre o seu livro Em nome do Amor..., que retrata uma história verídica vivida numa das freguesias do concelho, no início do século XX: Sanadas de Ródão. A este propósito actuaram as Cantadeiras de Sarnadas de Ródão, interpretando uma das versões versificadas

do acontecimento; - A apresentação ao público do livro O fantástico na Escola, uma iniciativa do CENTA, surgido do trabalho realizado com os alunos do 1º Ciclo do Agrupamento; - A actuação do Grupo Modas de Ródão, que se desenvolveu no elogio pelas tradições das nossas terras; - A actuação, para os alunos dos ensinos Pré-Escolar e 1º Ciclo, do grupo de animadoras da Câmara Municipal de Nisa, com a peça «O Natal das Bruxas». Resta-nos deixar aqui uma homenagem aos alunos do 9º Ano, pela entrega incondicional e responsável em todas as actividades; aos alunos e professores do Conservatório de Castelo Branco pelo elogio que prestam a uma das mais belas e universais formas de arte; às animadoras Vanessa, Dulce e Cami pela amizade, empenho e disponibilidade; a todos os convidados. Os Livros, as Crianças, a Música, a Magia e o Sonho... de mãos dadas, em época de Natal!

Prof. Helena Marques (Coordenadora da BE/CRE) Nº 44 - Março 2007


VIII PALAVRAS ANDARILHAS Foi em Setembro último (ainda em 2006) que o VIII Encontro das Palavras Andarilhas aconteceu, na Biblioteca Municipal de Beja. Neste encontro, o privilégio é dado à palavra contada, falada da boca para o ouvido tal como desde o momento em que o Homem dominou a Palavra, instrumento básico de comuni-cação entre os seres humanos. A partir de Beja, a maratona das Palavras Andarilhas percorre cada vez mais terras e encanta cada vez mais meninos e meninas, principais interlocutores desta iniciativa. Também este ano ela passou por aqui. Numa iniciativa conjunta da Associação de Estudos do Alto Tejo e da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, recebemos a Biblioteca Municipal de Mação, representada pela sua animadora Rosário Wahnon, que nos trouxe uma história intitulada “O Lobo Culto”. A Biblioteca Escolar contou “Corre, corre cabacinha” aos meninos dos Jardins-deInfância de Porto do Tejo e Vila Velha de Ródão e passou o testemunho, por sua vez, à Biblioteca Municipal de Portalegre, onde contou aos meninos do 1º Ciclo a história “A princesa e a Serpente”,

Nº 44 - Março 2007

CENTRO DE RECURSOS

AS T.I.C. E A ESCOLA No mundo que nos rodeia, cada vez mais a informática é utilizada para facilitar a nossa vida. Muitas das vezes estamos a utilizar a informática e nem nos apercebemos disso. No mundo que nos rodeia, a maioria dos aparelhos electrónicos faz uso da informática para funcionar. Agora, no que concerne ao título deste artigo, “As TIC e a Escola”, importa definir, em primeiro lugar, o que são propriamente ditas as TIC. Em sentido lato, são as Tecnologias da Informação e Comunicação. O termo “Tecnologias da Informação” (TI) é definido como o equipamento (hardware) e os programas (software) dos computadores que efectuam processos de tratamento, controlo e comunicação de informação.” Por sua vez o termo “Tecnologias da Informação e Comunicação” (TIC) implica “a transmissão de informação que pressupõe o uso de redes de computadores e meios de comunicação”. Sendo que na sociedade em que vivemos é cada vez mais necessário recorrer a estas tecnologias, pressupõe-se que a escola seja um ambiente propício para o ensino do correcto uso das TIC. Quando no ano lectivo 2004/2005, a disciplina ITIC (Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação) foi introduzida no plano curricular do 9ºano de escolaridade, foi dado um pequeno, grande passo para a diminuição da info-exclusão de que nosso país padece. Como é do conhecimento geral, a escolaridade obrigatória em Portugal vai, actualmente, até ao 9ºAno. Até então qualquer aluno que terminasse a escolaridade obrigatória, caso não prosseguisse estu-

uma versão adaptada do livro de António Mota. Pelos rostos das crianças e pela satisfação que manifestaram, principalmente quando termina a história e elas pedem: “conta outra!”, sentimos que vale a pena continuar a divulgar desta forma a nossa cultura oral tradicional, sendo o acto de contar histórias reconhecido como uma das principais formas de atracção das crianças para o livro e para a leitura. Afinal é nos livros que podemos descobrir estas histórias que nos fazem sonhar e viajar pelo mundo da fantasia.

Prof. Luísa Filipe

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dos, não tinha qualquer disciplina relacionada com as TIC, o que o poderia fazê-lo sentir-se info-excluído. No meu entender, esta medida de implementação / introdução da disciplina de ITIC, ao nível do último ano do ensino básico (9º Ano) e no primeiro ano do ensino secundário (10ºAno), foi extremamente benéfica, pois permite que alunos vindos de meios socioeconómicos menos favorecidos tenham acesso a estas tecnologias, que doutra forma não teriam. As medidas de reformulação do currículo não se limitaram apenas à introdução desta nova disciplina, permitiram também que todas as escolas ao nível do 3º Ciclo e Secundário fossem dotadas com salas próprias e os respectivos recursos físicos (videoprojector, computadores, impressora e Internet), para ministrar o ensino destas novas disciplinas que, de outro modo, na maioria das escolas, seria extremamente difícil de implementar. “A escola é o local onde se joga o futuro do desenvolvimento”, onde quer que esta se encontre inserida, cidade, vila ou aldeia onde moramos, e, num plano mais geral, ao nível do país. A escola é o primeiro passo para o futuro dos jovens, pois tudo o que aprendem durante o seu período de permanência nesta é essencial para o seu futuro, quer em termos de estudo, quer em termos do correcto desempenho de funções no seu local de trabalho. O uso das TIC deve ser aplicado em todas as disciplinas e áreas curriculares, de forma a preparar os alunos para as mais diversas situações em que possam fazer uso delas.

Prof. Hélder Rodrigues

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NOTÍCIAS

O IMPACTO DA TELEVISÃO NOS JOVENS PR OJECT O “P ARLAMENT O DOS JO VENS” PROJECT OJECTO “PARLAMENT ARLAMENTO JOVENS” “PARLAMENTO

A participação desta Escola no projecto constitui uma oportunidade de valorizar a componente da formação cívica dos nossos alunos, uma das vertentes do Projecto Educativo que queremos reforçar. O envolvimento desta escola tem merecido ao longo dos anos uma resposta efectiva muito positiva que se consubstanciou na presença de vários deputados na sessão parlamentar. Neste ano lectivo os nossos alunos recolheram opiniões, elaboraram um inquérito e empenharam-se numa discussão profícua, produziram as recomendações e prepararam-se para um processo eleitoral vivo e rico em ideias e que envolveu a quase totalidade da escola, cujos alunos tomaram partido pelas duas listas concorrentes, acorrendo em massa ao acto eleitoral realizado no dia 8 de Janeiro. Os resultados deram lugar a uma Sessão Escolar composta por oito elementos da lista K e sete da lista A, que produziram a Proposta de Recomendação da Escola, proposta essa enviada á equipa de Coordenação Nacional do Projecto e que se reproduz de seguida.

PROJECTO DE RECOMENDAÇÃO Introdução A influência da televisão nos nossos jovens é inegável mas por estes lados acreditamos que esta não é apenas negativa. Muitos dos nossos alunos têm hoje uma visão relativamente aproximada do que se entende por vida “real” graças à televisão. O que

se passa no mundo, a poluição do planeta, modas e acontecimentos, a imagem do mar... tudo nos chega aqui pela televisão. A forma poderá nem sempre responder à realidade mas é certamente uma boa aproximação desta. Não queremos portanto acabar com a televisão mas torná-la útil e positiva no processo de construção de identidade dos nossos jovens. Porque os jovens são o futuro e deste futuro faz parte uma televisão que se projecta muito mais apelativa e progressiva procuramos definir medidas que nos impulsionem no mesmo sentido. Para aferir da influência da televisão no dia-adia dos jovens considerou-se pertinente realizar junto dos alunos um estudo do qual foram extraídos um conjunto de resultados que serviram de orientação às medidas apresentadas na presente proposta de recomendação. Destes destacamse: - Os nossos jovens vêem em média 4 ½ horas de televisão nos dias da semana e 8 horas no fim-de-semana, pelo que se conclui que a televisão é uma presença constante, especialmente nos fins-desemana em que esta é o centro das suas atenções. O que vêem na televisão é tema de conversa com os colegas, principalmente, mas também com os pais e outros amigos. - A grande maioria dos alunos assume que deixa de fazer alguma coisa, nomeadamente os trabalhos de casa ou estudar, quando na televisão está a ser emitido ou vai estar um programa do seu interesse. - Assumem também que as telenovelas e séries que seguem com regularidade os influenciam sobretudo na forma como falam, vestem, pensam, se alimentam, se comportam, comuni-

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cam e se relacionam quer com os amigos, com os pais, com a escola e até com a sociedade em geral, mas reconhecem que a realidade transmitida por estas não retrata fielmente a realidade do quotidiano. Curioso é o facto de, também em relação à informação noticiosa, reconhecerem que a realidade transmitida pode ser questionável. - Quanto ao consumo de produtos por influência da televisão, a amostra que o faz não é significativa, e embora a maioria confesse ficar curioso com alguns produtos não os adquire propositadamente. Quando o fazem não ficam desapontados face às expectativas. - Quando a simbologia televisiva identifica um dado programa como não adequado para a idade do espectador / aluno a maioria dos alunos diz que os pais e/ ou encarregados de educação não permitem a visualização do referido conteúdo mas uma amostra igualmente significativa (certa de 20%) refere que embora lhes chamem a atenção para o facto, não impedem que os mesmos continuem a ver o referido programa. MEDIDAS POSTAS

PRO-

Da reflexão realizada e considerando a evidente a influência da televisão nos jovens foi proposto o seguinte: 1. A programação televisiva deveria proporcionar aos jovens, no horário que lhes é mais frequente e desejada a assistência, exibir programas cujas temáticas sejam mais instrutivas e educativas, devendo a exibição de conteúdos para adultos ser feita apenas a partir das 0 horas. A divulgação destes programas deveria

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salientar o conteúdo dos mesmos e o público a que se destina. Esta informação deve ser dada atempadamente e sempre que se publicita um dado programa. 2. Uma vez que a influência da televisão é bem evidente nos jovens, concretamente através de séries juvenis, deveriam estas influenciar positivamente. Neste sentido, sem fugir à realidade do quotidiano e da diversidade de experiências pessoais, profissionais e sociais, deveriam promover exemplarmente estilos de vida e hábitos salutares (alimentares, desportivos, de higiene, de segurança, etc.), premiar a ética e as boas atitudes, evitar a exposição de marcas de produtos existentes no mercado, em suma, “venderem” bons exemplos. 3. Envolver as escolas na produção de pequenos spots televisivos, com conteúdos apelativos e de interesse para os jovens, a serem exibidos antes e durante a emissão de programas de interesse pedagógico ou culturais, de forma a motivar a visualização destes últimos.

SESSÃO DISTRITAL

O Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão acolheu no dia 5 de Março, a sessão distrital de Castelo Branco, do Parlamento dos Jovens 2007, presidida pelo sr. Deputado da Assembleia da República Dr. Ribeiro Cristóvão. Estiveram representadas nesta sessão oito escolas do Distrito, com 5 deputados efectivos, a saber: Escola Básica 2/ 3 de Vila Velha de Ródão, Escola Básica Integrada Cidade de Castelo Branco, Escola Básica Integrada do Centro de Portugal, Instituto Vaz Serra, Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, Escola Secundária c/3 de Campos Melo, Escola Secundária c/3 Frei Heitor Pinto e Escola

Básica 2/3 de Paúl. Os deputados presentes, discutiram e aprovaram a Proposta de Recomendação do Distrito de Castelo Branco que este ano versa sobre a temática da “influência da televisão nos jovens, a qual vai ser apresentada na Sessão Nacional a realizar na Assembleia da República, nos dias 14 e 15 de Maio. Foi ainda desenvolvido o processo que elegeu dois deputados de quatro escolas (Básica dos 2º e 3º Ciclos de Vila Velha de Ródão; Básica Integrada Cidade de Castelo Branco; Básica dos 2º e 3º Ciclos da Serra da

Continua na página 9

Projecto de Recomendação aprovado em Sessão Escolar realizada no dia 10 de Janeiro de 2007

No âmbito do Projecto “Os Jovens no Parlamento 2006-2007” e ao longo do 1º período, os alunos das turmas A e B do 9º ano, desenvolveram em Área de Projecto, um estudo a nível de escola que visou perceber o consumo e influência da televisão nos alunos do 5º ao 9º ano da nossa comunidade. Neste sentido foi elaborado um inquérito que em 17 questões estudou a atitude dos alunos em aspectos como número de horas que vêem de televisão quer durante a semana quer ao fim de semana, quais os programas e canais mais vistos, a influencia dos conteúdos televisivos nas conversas e nas atitudes quer para com a escola quer para com o consumo de produtos, etc. A análise dos referidos inquéritos poderá ser consultada no sítio da escola.

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PRÉ-ESCOLAR E 1º CICLO

A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS Aqui por baixo, o nosso magusto. À direita, uma lenga-lenga (duas páginas)

JI Sarnadas

Aprendemos, experimentando Somos os meNinos do Jardim de Vila Velha de Ródão e vimos contar-vos como fizemos marmelada na nossa escolinha. Aprendemos muita coisa nova. No fim, quando a marmelada estava pronta, provámo-la, comemo-la com pão e bolachas e ainda oferecemos alguma aos idosos da Santa Casa da Misericórdia. Para os gulosos e não só, aqui fica a nossa receita!

JI Vila Velha de Ródão

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NOTÍCIAS VI Convívio de Pesca e Jogos Tradicionais

JOGOS TRADICIONAIS E MAGUSTO NA NOSSA ESCOLA O Magusto da nossa escola foi espectacular e também muito divertido. Pensamos que este ano foi o melhor de muitos outros, porque houve muito empenho na homenagem ao S. Martinho. Este ano, a professora Helena, através da bonita decoração que fez na nossa biblioteca, ajudou a que todos nós ficássemos a saber um pouco mais sobre este santo que nos é muito querido e sobre as tradições a ele associados. Havia de tudo um pouco para alegrar uma criança.

Realizou-se no dia 5 de Outubro, o VI Convívio de Pesca e Jogos Tradicionais deste Agrupamento de Escolas. Às 8 horas da manhã reunimo-nos nas bombas de gasolina à saída para o Coxerro. Depois de todos estarmos prontos, partimos para a barragem do Açafal onde se realizou o concurso. Antes das 9 horas, todos prepararam as suas coisas nos devidos pesqueiros. Havia pesqueiros mais “artilhados”, com complexos acessórios de pesca, que outros; mas, na verdade, o peixe é que manda e houve pesqueiros com muita sorte. Pouco tempo depois d’ «a ordem de pesca», já os anzóis tinham peixes, neste caso um “carapau do Açafal” pescado pelo prof. Jorge Gouveia, que ajudou a levantar os ânimos dos pescadores logo pela manhã. A pesca foi renhida, houve até pescadores que pescaram mais de 8 barbos enormes e várias percas. Havia muitos mini pescadores, ou seja, aprendizes que tentaram a sua sorte na pesca e que até conseguiram pescar mais do que os próprios pais. No final da manhã já se tinham encontrado os vencedores. Com todas as coisas de pesca arrumadas, partimos para a escola onde se iria realizar a segunda parte do convívio: os jogos tradicionais. Foram vários, desde barra do lenço ao jogo da perna atada. Nestes jogos, houve também vencedores. Depois passouse ao almoço que, por acaso não era peixe! Compostas as barrigas, procedeu-se à entrega dos prémios. No concurso de pesca, ficaram em 1º lugar André Cardoso e Leonel Cardoso, seguidos por Paulo Mourato e Jessica Mourato, em 2º lugar, e por Lucindo Silva e Pedro Silva em terceiro lugar. Foi um convívio interessante, divertido e muito animado que, esperamos, se continue a realizar.

André Cardoso; Inês Gouveia (9º B)

O Magusto da nossa [escola Foi uma risota Todos beberam e todos [comeram E todos se satisfizeram. Com um sorriso nos lábios Nos conseguiram animar Com uma castanha nos [conseguiram agradar Com uma palavra amiga nos conseguiram [conquistar.

Jessica Filipa; André Isaías; Ruben Gonçalves Nós gostámos muito dos jogos apesar de não termos participado. Havia vários jogos como: o jogo das andas (fazia-se uma corrida), o jogo das cordas ( onde andavam duas pessoas atadas uma a outra por uma das pernas e tinham de fazer uma corrida para ver quem ganhava), o jogo da farinha (uma pessoa tinha de por a cabeça dentro de um recipiente com farinha e tirar um rebuçado), o jogo do ovo (uma pessoa tem que ir até um certo sítio e voltar para o mesmo sítio sem deixar cair o ovo),... etc. Todas as pessoas se divertiram muito! Mais tarde, os auxiliares de acção educativa acenderam o fogareiro e puseram as castanhas a assar. Foi um dia em cheio, com muita animação e divertimento. Queríamos agradecer a todas as pessoas que contribuíram para que este dia fosse tão divertido.

Helena Nunes, Joana Marques, Ricardo São Pedro e Tânia Moreira (9º B) Neste ano lectivo realizou-se, no dia 15 de Novembro de 2006, o magusto escolar e, pela primeira vez, houve jogos tradicionais para os alunos participarem. Todas as pessoas se divertiram. A chuva que caiu não ajudou muito, por este motivo, não se realizaram mais jogos. Mas o dia não acabou assim, ainda se realizou o magusto, organizado pelos auxiliares da acção educativa que foi espectacular! Agradecemos a todas as pessoas que colaboraram na realização deste acontecimento.

No dia 15 de Novembro, realizou-se o magusto na nossa escola, organizado pelos funcionários deste estabelecimento. O Tiago e o André Branco estiveram a ajudar os funcionários assando as castanhas. Os funcionários assaram as febras, toucinho, chouriço, farinheira e morcela. Estava tudo uma delícia! De bebidas, houve sumos e águas para os alunos e água-pé e vinho para os professores e funcionários. Também houve jogos tradicionais tais como o jogo da saca, dos rebuçados, das antas, do ovo, da maça, do Pau, do bowling, do tiro ao alvo e atracção da corda. Quando o último jogo estava a ser realizado começou a chover muito. Estes jogos eram para todos os alunos e foram organizados pelos professores de Educação Física.

Marisa Pinheiro; Tiago Lopes Todos os anos se faz esta festa que é o magusto, este ano organizado pelos funcionários da Escola Básica de V.V.R. Todas as pessoas convivem

e brincam: alunos, funcionários e professores. Foi uma festa muito bonita. Tinha desde a tradicional castanha, a sumos, a enchidos e muito mais coisas. Assim se passou um dia em alegria e convívio com toda a gente querida desta escola, só foi pena o tempo não ter ajudado. Gostaria de fazer um agradecimento aos funcionários por proporcionarem esta festa muito especial.

André Branco (9º B)

Este Magusto foi um dia de convívio e divertimento com toda a comunidade escolar, e agradeço muito aos funcionários da escola por terem tido uma iniciativa que nos juntou a todos novamente, tanto alunos como professores e funcionários. Além disso as castanhas e os enchidos estavam muito saborosos! Foi pena que o tempo não tenha ajudado muito, mas isso não podemos escolher.

Inês Gouveia (9º B) Foi um magusto muito “fixe”. Foi pena os alunos não poderem beber uma pinguinha de água-pé, ... um copito de moscatel (Estava só a brincar, ih, ih, ih... eu cá não bebo, está bom de ver!)

André Cardoso (9º B)

Humberto Lorenço; Inês Mota (9º B) E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

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OPINIÃO | NOTÍCIAS

MOMENTOS DE REFLEXÃO

O INSUCESSO ESCOLAR Desde já interessa situar em que contexto se engloba o significado de “INSUCESSO”. Em nosso entender, “INSUCESSO” poderá não existir, mas sim “INSUCESSOS”. Quer isto dizer: O INSUCESSO não é apenas aquele que ocorre na Escola, na relação ensino (Professor) / aprendizagem (Aluno); este é apenas um dos muitos que compõem o grande problema do “INSUCESSO ESCOLAR”. Senão vejamos: - Abandono escolar; - Repetências; - Mau comportamento escolar; - Desmotivação dos professores; - Diferentes ritmos de aprendizagem; - Instabilidade do corpo docente; - Programas inadequados; - Erros de educação. O INSUCESSO poderá também ser entendido, sob várias perspectivas. PRIMEIRA P ERSPECTIVA: AS

GRANDES L I M I TAÇÕES

COGNITIVAS DO SER HUMANO .

- Quando o homem / ser humano está contente com o que já sabe, com o conhecimento que já adquiriu, surge a primeira limitação: “entende que já sabe tudo, que já é detentor de todo o conhecimento e como tal de toda a verdade”. Com este pensamento nem se dá conta que parou no tempo. Eis então a nossa vontade de lembrar e invocar uma das muitas velha máximas: “Só sei que nada sei”, pertencente a um velho pensador Filosófico, chamado Socrátes. - A ausência ou falta de alguns conceitos / valores, tais como: Regras de conduta, de comportamento, etc; Disciplina, organização e rigor para poder cumprir as regras; Hábitos de

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educação, de trabalho, de convivência e relacionamento; Vivências, no sentido de ter / possuir conhecimentos, de fazer e realizar a mesma tarefa de formas diferentes e por caminhos diferentes. Em nosso entender estes valores são importantes, para não dizer fundamentais para o ser humano enquanto ser social, e pelos quais todos deveremos procurar reger-nos e orientar, no sentido de construir uma sociedade mais nobre, mais justa, mais tolerante, mais compreensiva, mais capaz, enfim, mais humana. SEGUNDA PERSPECTIVA: OS

C O M P O R TA M E N T O S

D E S V I A N T E S O U FORA DA TAREFA

/

DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM:

Todos sabemos que quanto maior for o número de comportamentos tidos, observados e registados, fora da tarefa, maior será a dificuldade por parte de quem os manifesta em aprender o que quer que seja. Logo, será importante normalizar e definir as regras do jogo pelo qual, ao longo do ano lectivo, professor / aluno /encarregados de educação irão jogar e reger-se. Desta forma procura-se reduzir os comportamentos desviantes inadequados para o contexto da aula e do tema de aprendizagem. No que diz respeito às dificuldades de aprendizagem, como é do conhecimento geral nem toda a gente aprende com o mesmo ritmo e no mesmo ritmo, daí ser necessário estar atento a este aspecto para cedo se poder intervir, permitindo a elaboração de planos de trabalho, formas de trabalho, hábitos de trabalho, com os quais todos possam beneficiar, desde o aluno sendo tidas em consideração as suas dificuldades; o professor porque

consegue rentabilizar melhor a aprendizagem do aluno, o ambiente / clima da aula que aumenta o tempo de empenhamento na tarefa por parte do aluno, enfim acaba por motivá-lo para a aprendizagem. Depois de expormos estas duas perspectivas diferentes sob o assunto, iremos passar às conclusões finais que têm em linha de conta as ESTRATÉGIAS CONTEXTUAIS, onde se insere a realidade do meio envolvente e as quais passaremos a enumerar: - Contexto familiar e hábitos culturais a conhecer (como se processa a vida do aluno, após a saída das aulas, a vida do aluno extra escola), para também aí se poder actuar num sentido de alterar, para formas mais correctas e positivas. - Motivação da família e do aluno relativamente à escola e ao que esta lhe oferece. - Um conhecimento mais fiel, exacto e realista por parte dos Encarregados de Educação dos seus próprios Educandos, desde a formação da sua personalidade, até às ideias criticas, carácter, maneira de ser e de estar, como reage perante as adversidades e as coisas positivas, etc. - Por parte do professor, conhecer a realidade escolar local na qual está inserido de forma a identificar-se e adaptarse no sentido de criar referências rapidamente com a mesma. - Por parte dos alunos, procurar saber sempre mais e ter uma consciência correcta daquilo que poderão ser as suas capacidades e aptidões, assim como as suas limitações. - A população escolar só poderá aprender/ evoluir / desenvolver se atingir o mínimo de bem estar, se dominar o ambiente onde vive e trabalha,

se existir harmonia e empatia entre professor / aluno e todos aqueles que de uma forma directa ou indirecta fazem parte de todo o processo que é a EDUCAÇÃO. Por estas e outras eventuais conclusões, e em género de síntese final, acrescentamos apenas mais umas linhas para toda a comunidade escolar (Pais, professores, alunos e outros). Aconselhamos /devemos: - Para o aluno, procurar referências positivas, correctas ou mais adequadas a nível comportamental e educacional, de modo a poder adaptar-se às grandes e variadas exigências que a vida nos proporciona; - Para o aluno tentar imitar / copiar modelos / padrões correctos de convivência em grupo e em contextos diferenciados; - Para o aluno organizar e estruturar de forma diferente os nossos dias, (brincar, estudar, ver televisão, etc), de forma a criar algumas rotinas e hábitos de trabalho diários, como por exemplo, horas fixas para se dedicar ao estudo; - Procurar introduzir na família novos conceitos educacionais e culturais de forma a repercurtirem-se no seu educando; - A família a acompanhar e apoiar os estudos dos seus educandos em casa ou pelo menos certificar-se que de facto eles estudam. - Na família procurar em casa responsabilizar os filhos / alunos, quer pelo seu rendimento escolar, quer pelo resultado do seu trabalho (estudo ou falta dele), assim como dos seus actos, atitudes, ou comportamentos, quer na escola, quer fora dela. Para os professores, descer ao nível dos alunos no sentido de organizar um

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PARLAMENTO JOVEM Continuação da página 6 Gardunha; Secundária com 3º Ciclo Frei Heitor Pinto), num total de oito que vão estar presentes na sessão nacional, em Lisboa. Foi eleita porta voz do grupo Distrital a deputada, Laura Morais da Silva, da Escola Secundária c/3 Frei Heitor Pinto. Refere-se ainda a eleição da deputada, Ana Castel-Branco, da Escola Básica Integrada Cidade de Castelo Branco, que assumirá a presi-

estudo dos conteúdos em torno de problemas e de assuntos ao alcance dos mesmos, tendo sempre em atenção os objectivos programáticos; - Estabelecer prioridades de conteúdos programáticos de acordo com os interesses e motivações dos alunos: - Criar formas (espaço / tempo), para o convívio entre professores e alunos, respeitando sempre as regras e princípios, quer do convívio, quer do diálogo; - Procurar aumentar a interdisciplinaridade como veículo de consolidação de conteúdos comuns a várias disciplinas.

dência da mesa da Sessão Nacional, após uma intensa disputa eleitoral com a deputada Inês Gouveia, de Vila Velha de Ródão. Foi uma jornada de trabalho muito árdua mas entusiasmante, com um balanço final muito positivo para o qual contribuiu o empenho dos deputados, a cordialidade e a orientação da mesa que presidiu aos trabalhos e o grande empenhamento dos professores. Foi um exemplo de cidadania digna de registo.

Prof. Jorge Gouveia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: PIRES, J. (1991); “Metodologia Geral e Tecnologia Educativa”, Dossier textos, ESECB MEDEIROS, M. (1993); “Insucesso Escolar e a clinica do Desenvolvimento”, Universidade dos Açores, Ponta Delgada. FERREIRA, A. (1991); “A Luisa, o insucesso escolar e nós”, In: NOESIS, Nº 18, Março, Pág. 32 - 33. SALGADO, l. (1991); “Do insucesso escolar aos facilitadores de sucesso”, In: NOESIS, Nº 18, Março, Pág. 34-37.

Prof. João P. Natário

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NOTÍCIAS | TALENTOS

Fomos ao Teatro!

Aliteração O meu melhor amigo é o Faial. Faial, ai o Faial, o meu cão que vive no quintal num pequeno curral. Curral tal que fecho com um anel. Come “croquil” e bebe “aguail”, água rica e “il”. Toma banho numa banheira de ouro e prata e, ultimamente, utiliza gel e esfrega-se com papel. Quando vou ao olival, ladra um som tão natural que mais parece um vendaval. Ponto final. Adora o pastel do meu irmão Gabriel. Juntos entram no roseiral e, quando a minha mãe dá por isso, até lhe salta a tampa do toutiço. Não levem a mal, mas o meu Faial é mesmo bestial.

Ana Rita Cardoso (8º A)

Currículos Alternativos Estamos a ter formação no Jardim-deinfância da Santa casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão. Começámos em Outubro. A nossa actividade é nas terças-feiras todo o dia e quinta-feira de manhã. Almoçamos lá nas terças-feiras e gostamos muito. Fazemos muitas coisas com as crianças: jogos, ler livros, ver filmes e dar-lhes comida. A nossa educadora chama-se Sandra, é muita simpática e ajuda-nos muito. As funcionárias também são nossas amigas. As crianças são muito engraçadas e divertidas. Gostamos de estar no Jardim-de-infância junto das crianças.

No dia 5 de Dezembro, pelas 15 horas, fomos assistir (todos os alunos do 2º e 3º Ciclos da Escola) a uma peça de Teatro de Gil Vicente que se chamava “Auto da Barca do Inferno”, na Casa de Artes do Tejo. Esta peça tinha muitas personagens diferentes – o Diabo, o Anjo, o fidalgo, o tonto, o frade, o juíz, o corregedor, os cavaleiros, o sapateiro, a alcoviteira, o judeu...- a maior parte delas que nos faziam rir. O mais cómico era que os actores iam meter-se com o público e foram mesmo ao público (que éramos nós) buscar personagens. Os nossos colegas Ricardo (6ºB), Inês Pulga e Ana Patrício (8ºA), Rafael (9ºA) e Pedro Faustino (7ºA) foram personagens nesta peça: um era o pagem do fidalgo, outra a mulher do frade, outro era cavaleiro...Gostámos muito da participação do público que nos fez dar boas gargalhadas. A maior parte destas personagens embarcaram na barca do Diabo e foram parar ao Inferno. Os únicos que embarcaram na barca do Anjo foram o tonto, porque era inocente e os cavaleiros, porque lutavam por Deus. Gostámos muito de ir ao teatro e achámos

esta peça muito interessante e sobretudo muito cómica, embora houvesse algumas palavras que não entendemos muito bem. Gil Vicente escreveu esta peça no século XVI, durante o reinado de D. Manuel I (que nós estudámos) e, como explicaram os actores deste texto, ele tem muitas versões diferentes. A rir e a brincar, Gil Vicente criticava a sociedade desta época.

6º A

Carla Jesus; Mónica Tomás

ABECEDÁRIOS SEM JUÍZO! A é a Andreia dá um beijo numa lampreia. B é o Beto limpa a cara com o babeto. C é a Carolina que enche com vinho a piscina. D é o Daniel que faz a barba com um pincel. E é a Ester que come a sobremesa sem talher. F é a Filomena que anda leve como uma pena. G é o Gonçalo que já hoje levou um estalo. H a Helga, coitada, picou-lhe uma melga. I é a Inês deu um beijo num chinês. J é o João que caiu no alcatrão. L é Luísa que foi para a rua sem camisa. M é a Maria que faz chichi na bacia. N é a Natália que é bela como uma dália. O é o Olegário foi picado por um canário. P é o Pedro que do comer até tem medo. Q é o Quim que por tudo faz chinfrim. R é a Raquel que se lambuza com mel. S é a Susana que adora comer banana. T é o Tiago que dorme no telhado. U é o Ulisses que está sempre a comer lambeirices. V é a Vanessa que limpa a cozinha depressa. X é o Xavier que usa roupa de mulher. Z é a Zulmira que na aula dança o vira. 5ºA

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A é o André calça a bota e deixa o pé. B é a Beatriz que caiu e partiu o nariz. C é o Carlitos que anda sempre a comer palitos. D é o Daniel, lambuzado com bolos de mel. E á a Elsa que vai correndo bem depressa. G é o Gonçalo ou está calado ou leva um estalo. H é a Helga que foi picada por uma melga. I é a Inês que vai casar com um chinês. J é o João que adorava ir ao Japão. L é a Luciana que gosta de comer banana. M é o Mário que já andou de dromedário. N é o Nuno que num foguetão foi a Neptuno. O é a Ofélia, bela como uma camélia. P é o Pedrinho que anda sempre a beber vinho. Q é o Quico que vai viajar à ilha do Pico. R é a Rita que fica aflita atrás da sanita. S é a Sara que comprou uma arara. T é a Tânia que fugiu para a Ucrânia. U é a Urraca a cavalo numa vaca. V é o Vitorino, farta-se de tocar violino. X é o Xavier que não come com a colher. Z é o Zézinho que anda sempre com o copinho.

6º A

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A é o André que parece um chimpanzé. B é a Beatriz que deu cabo do nariz. C é a Catarina que é uma grande bailarina. D é o Daniel que come lenços de papel. E é a Ester que come o iogurte sem colher. F é o Frederico que está sentado no penico. G é o Gabriel que é doce como o mel. H é a Helena que é leve como uma pena. I é o Ireneu que corre atrás do pneu. J é o João que põe ratos dentro do pão. L é a Liliana que leva com uma cana. M é a Manuela que usa sapatos com fivela. N é o Nuno que pelas orelhas deita fumo. O é o Orlando que tem a cabeça grande. P é a Patrícia faz um bolo que é uma delícia. Q é o Quim que come laranjas no jardim. R é o Roberto que é um menino muito esperto. S é a Sara que na escola leva com a vara. T é o Tiago que quando fala não é gago. U é o Ulisses que vai caçar codornizes. V é a Vanessa que na escola faz tudo à pressa. X é o Xavier que come sem usar talher. Z é o Zeca que nos dá uma grande seca.

6º B

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NATAL | LÍNGUAS

Poemita ao Natal Mexem leve, levemente Como que penas a cair… Será estrela, será presente, Este mexer suavemente Como uma prenda a abrir? Era talvez o pai que chegava… Mas há pouco, há tão pouquinho Ainda eu acreditava Ser o Pai Natal que deixava Os presentes no sapatinho… Quem se mexe assim levemente, Escondido na escuridão? Mal se ouve, mal se sente… Será o pinheiro? Será um presente? Será sonho? – Julgo que não! Fui espreitar. As luzes brilhavam Na árvore, como um manto, Coloridas, cintilavam… Tanto que elas piscavam E que lindas, que encanto! Olho-as daqui, distante. Enchem tudo de magia! Avança a noite e cada instante Encontra em mim mais marcante Um eco de melancolia. Fico a ver-me ali brincar Esperando que o Pai Natal chegasse Sem querer dormir, nem deitar, Antes de desembrulhar O que este me deixasse. Mas, alguém se está a aproximar E tenho que me esconder… Não quero deixar de acreditar! Mas, juro que os vi ali deixar Presentes pr’o Pai Natal oferecer! Que não me deixassem brincar Quando eu o queria fazer, E quando eu queria sonhar Me obrigassem a estudar “Para melhor crescer…” Mas… o Pai Natal, porque me o [levaram? Não lhes faz falta, pois não? Na criança que enganaram, Não vêem que deixaram Um friozinho no coração?

EDITORIAL reacção ela já “era”.... Voltando às ditas alterações, o facto é que a todos atinge; contudo parece reinar a ideia e sentimento que é mais o vizinho o prejudicado… e com isso vamos vivendo e… quem sabe, mais uma vez esperando que por obra de um qualquer “Sebastião”, as coisas sejam diferentes. De facto é mal do português deixar sempre em mãos alheias a resolução dos seus, nossos próprios, particulares e muito específicos problemas… Esperamos sempre com renovada saudade e esperança que venha o dia em que, como chuva, caia ou como nave espacial chegue o remédio, a solução… enfim... é fatal como o destino e mesmo como o tal o único que é só o do muito e só nosso, por enquanto, fado português, o verdadeiro, o único, o de Portugal… pois que o vinho, o tal do porto… também já era... E mesmo a propósito e como quem diz a talho de foice....Votos de uma Boa Páscoa! PS: todo o governante actual ou eventualmente futuro deve ter presente a máxima popular que diz

Que toda e qualquer mudança é feita com as pessoas e para as pessoas e não contra elas

Prof. Paulo Candeias (Presidente do C. Executivo) N.A.- Alteração tem significado diferente de mudança pois a sua carga pode ser negativa ou positiva. 1

Fêtes et traditions La france, comme tous les pays qui ont une longue histoire, est riche en fête et traditions. Chaque moment de l‘année évoque des habitudes, des celebrations ou des préoccupations. En voici quelques-unes: 25 DÉCEMBRE C‘est Noël. On decore le sapin,on fait la crèche, on prepare le repas du réveillon: huîtres, foie gras, dinde farcie aux marrons... et un gateau roulé en forme de tronc d‘arbre- la bûche de Noël.

Prof. Anabela Santos (baseado na estrutura de “A Balada da Neve” de Augusto Gil)

Escrever... Escrever é abrir espaços, Desenhar mais do que traços, Ou criar palavras aos pedaços, Ou inventar novos passos... É sonhar, Imaginar, Conhecer, Crescer... É acender lâmpadas Dentro de nós E partilhar a nossa luz Que criamos ao escrever Para aos outros oferecer.

1er JANVIER Jour de l‘an. le réveillon de la Saint Sylvestre a lieu du 31 décembre au 1er janvier. À minuit, on s‘embrasse sous le houx pour se souhaiter la bonne année.

JOKES · ·

What do punks learn in school? Punktuation!

· What’s red, moves on wheels and eats grass? · A London bus- I lied about the grass. · Man: Waiter, there’s a fly in my soup! · Waiter: Don’t worry, sir, flies don’t drink much. · Man: Waiter, there’s a goldfish in my soup! · Waiter: That’s right, sir, a goldfish can swim. Tongue twister Say as fast as you can: Swan swam over the sea Swim, swan, swim! Swan swam back again, Well swum, swan!

Christmas Traditions in Britain London’s Christmas Decorations – Every year the people of Norway give the city of London a present. It’s a big Christmas tree, and it stands in Trafalgar Square. Mistletoe – At Christmas people take a piece of mistletoe to their homes. Why? Because it’s good luck to kiss someone under the mistletoe at Christmas time. Carols – Before Christmas, groups of singers go from house to house. They collect money and sing traditional Christmas songs called carols. Many of these songs are more Than 500 years old. Food- A traditional Christmas lunch in Britain includes roast turkey, mince pies and Christmas pudding. Christmas day, it’s good luck for the person who finds the coin. The Queen’s speech- At 3.00 p.m. on Christmas Day, the Queen makes a speech on radio and television. The Queen spends Christmas at Windsor Castle with the rest of the Royal Family. New year’s Eve- The 31st of December.

6 JANVIER Fête des Rois. On mange la galette des roi. Celui ou celle qui trouve la fève cachée à l‘intéreur est couronné roi ou reine. (Caso pretenda obter mais informações acerca de outras festas e tradições francesas dirija-se á professora Lurdes Dionísio Santos)

6º B (Poema Colectivo) Nº 44 - Março 2007

THE ENGLISH CORNER

(Continuação da capa)

Alunos do 9º A e B

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At exactly twelve o’clock on the 31 st of December, hundreds of people jump into the cold water of the fountain in Trafalgar square. It is full of people and everyone says <<Happy New Year>> and sings around Trafalgar Square. The police don’t mind. It only happens once a year- on New Year’s Eve.

Alunos do 2º Ciclo

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CARNAVAL 2007 A ALEGRIA DA PEQUENADA! No dia 18 de Fevereiro (Domingo Gordo) pelas14h30m, saímos à rua e desfilámos desde a escola de Porto do Tejo até ao campo de feiras, num cortejo que contou com a participação dos alunos do 1º ciclo, 2º/3º ciclos e Jardins de infância do Concelho de Vila Velha. Os nossos familiares e a população em geral assistiram ao desfile carnavalesco e acompanharam-nos manifestando alegria e entusiasmo apreciando o trabalho desenvolvido pelos professores das várias escolas. Não nos podemos esquecer que foi muito importante a colaboração dos nossos pais na execução dos fatos e

acompanhamento desta actividade. Neste Carnaval de 2007 a temática dos disfarces foram “As Invasões Francesas” em que os rapazes iam vestidos de “soldadinhos” e as meninas iam vestidas de camponesas, peixeiras, padeiras e outras profissões relacionadas com a época. Contou-se ainda com a colaboração do “ Grupo de Bombos de Candemil” de Amarante que animou com a sua música todo o percurso. As ruas de Vila Velha foram assim animadas nesta tarde solarenga de domingo para prazer e satisfação de todos.

EB1 Porto do Tejo (1º / 2º Anos)

Realizou-se no dia 18 de Fevereiro, Domingo, em Vila Velha de Ródão, o desfile de Carnaval que teve como tema “As Invasões Francesas”. Participaram as escolas e jardins de infância do concelho. O desfile iniciou-se às 14 horas e 30 minutos na escola do 1º Ciclo de Porto do Tejo. À frente iam os bombos e um acordeão. Depois seguiam as crianças dos Jardins de Infância, os cabeçudos, alunos do 1º Ciclo e da Escola EB/23. Os meninos iam fardados de soldados e muitas meninas estavam vestidas de camponesas daquela época. O percurso foi pela estrada e depois pelas ruas de Porto do Tejo até ao espaço da feira. Assistiram muitas pessoas, nas ruas e na feira.

O tempo ajudou: fez sol e não fazia frio. Quando o desfile terminou foi oferecido um lanche às crianças. Este desfile foi muito bonito e teve a importante colaboração dos pais.

EB1 Porto do Tejo (3º / 4º Anos)

AGRADECIMENTO Em virtude de não termos agradecido pessoalmente a todas as firmas que generosamente nos ofereceram os seus produtos para actividades realizadas durante o 1º Período, o Agrupamento de Escolas de Vila Vela de Ródão deixa aqui um reconhecimento público a todos quantos nos ajudaram:

Beira Sumos / António Ribeiro Pinto / Panificadora Bento Tavares / Porcave A todos o nosso obrigado!

O Conselho Executivo

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Nº 44 - Março 2007


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