"Gente em Acção" Nº46 - Dezembro 2007

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46|DEZEMBRO|2007 COM O APOIO DO

CASTELO BRANCO

DIÁRIO DE BORDO

ENTREVISTA: COSTA ALVES

Natal 2007 Aproxima-se mais uma data comemorativa do Seu nascimento. Hoje em dia o apelo ao consumo domina a época, secundarizando e até fazendo-nos esquecer a importância e relevância da mesma e do Mesmo. É importante receber, mas mais ainda é dar. Dar mesmo sem ter comprado e receber sem condição. A esperança não morreu, pois esta é sempre a última a fazê-lo, se bem que para isso nos seja obrigatório utilizar o dia-a-dia

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CLUBE DE JORNALISMO E ESCRITA «A leitura torna um homem completo; o diálogo torna-o ágil e o escrever torna-o preciso.» Sir Francis Bacon [1561-1626], Filósofo e Estadista inglês

As alunas do Clube de Jornalismo entrevistaram o conhecido meteorologista. Para ler nas páginas 2 e 3

CHÁ COM LIVROS FESTA DE NATAL

A Arte é atemporal, assim como a Verdade da Mensagem que o Artista quer transmitir. As palavras de Sir Francis Bacon mantêm hoje a actualidade do momento em que foram enunciadas e ilustram na perfeição os princípios basilares do Clube de Jornalismo e Escrita do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão e do seu produto final mais visível: o Jornal Escolar Gente em Acção.

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DESTAQUE

ENTREVISTA: MANUEL COSTA ALVES METEOROLOGISTA

«O ar é a casa mais alta – a mais rica/ desta aldeia.» Luisa Neto Jorge

COORDENAÇÃO, GRAFISMO E PAGINAÇÃO Prof. Luís Costa Prof. Maria Helena Marques (Clube de Jornalismo e Escrita) REDACÇÃO 5ºA: Ana Rita Nunes Daniel Jorge Andrade 7º A: Ana Rita Tomé 7º B: Joana Mendes Mariana Alves Patrícia Ribeiro Vanessa Gonçalves 8º A: Daniel Alexandre Tomé Ruben Filipe Gonçalves Correspondentes: Carolina Martins Joana Galvão COLABORADORES Professores, Alunos Pessoal não Docente e Enc. Educação IMPRESSÃO Jornal RECONQUISTA Castelo Branco E-MAIL gente_vvr@megamail.pt NA INTERNET www.anossaescola.com/rodao

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Manuel da Costa Alves é meteorologista do Instituto de Meteorologia de Portugal há vinte anos. E autor de vários trabalhos no domínio Meteorologia, designadamente sobre o clima de Timor e as condições geradoras de incêndios de grandes proporções nas florestas portuguesas. Entre 1990 e 1994 manteve uma coluna semanal no Diário de Notícias e apresenta regularmente, desde 1984, a informação meteorológica no Canal 1 da RTP e na TVI. Somos alunas do Clube de Jornalismo e Escrita do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão e gostaríamos que nos respondesse a algumas questões para que o possamos conhecer melhor ao nível dos vários caminhos que a sua formação académica lhe proporcionou. «Que chove quando não quero!» Gil Vicente Diga-nos o seu nome completo e idade, sendo a resposta à segunda parte da pergunta facultativa. Manuel Costa Alves. 63 anos. A sua naturalidade? Castelo Branco. Quando, lá em casa, referimos a sua vinda, os nossos pais disseram logo «conhecemos, é o Sr. que falava do tempo na televisão.» Como ocorreu a possibilidade de viver esta experiência? Isso foi a alguns anos, eu ainda estava no activo, hoje já estou reformado, mas há uns anos largos isso aconteceu na RTP e depois na TVI. São os ossos do oficio. Um profissional é convocado para apresentar diariamente a meteorologia na televisão, a evolução do estado do tempo.

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«Adivinhar o tempo» é mais fácil agora do que era no passado? Muito mais, eu costumo dizer que entrei na idade da pedra da meteorologia, mas os colegas que já lá estavam diziam «nós é que entrámos na idade da pedra». Foi um grande salto. Em 1979 quando entrei para o então Serviço Meteorológico Nacional não havia computadores, não havia satélites, tudo era feito por cálculo humano. Demorava muito tempo, era tudo muito vagaroso e não podíamos fazer previsões com grande rigor para mais de um dia. Com a infor-mática, com os satélites meteoro-lógicos, mas sobre-tudo com a infor-mática, é possível hoje fazer operações de cálculo da evolução das condições atmosféricas para nove dias, que se fosse a mente humana não duraria menos do que a sua própria

vida. Levaria a vida toda a fazer esses cálculos de previsão para nove dias. Uma grande evolução que, aliás o mundo todo teve. Dos anos 70 até hoje assistimos a uma grande evolução. Porque é que se diz que o tempo já não é o que era? Diz-se isso porque, nos últimos quinze a vinte anos, a atmosfera tem estado muito mais instável, está a ter múltiplas variações em relação ao perímetro anterior. Os Invernos são menos frios e os verões são mais quentes. Certas situações como as secas, por exemplo, que fazem parte do nosso clima mediterrânico são mais intensas, as ondas de calor também. Acontecem meses de Invernos secos, com grandes variações, há meses de Janeiro que são secos e relativamente quentes. As pessoas começam a pensar que não há grande variação porque confrontando-se com um Janeiro ou um Março relativamente quentes associam isso a uma Primavera

ou a um Verão, quer dizer que as estações do ano já não se distinguem. Isso devese ao aquecimento global. Um dos provérbios que pudemos aprender no seu livro Mudam os Ventos, Mudam os Tempos é «Setembro, ou seca as fontes ou leva as pontes». Fala-se actualmente de grandes períodos de seca. O tempo mudou porque nós humanos condicionamos essa mudança, ou porque é a ordem normal da evolução das condições atmosféricas do nosso planeta? O que está a acontecer na actualidade é a sobreposição do aquecimento por razões naturais, com o aquecimento devido às sociedades humanas, devido à emissão dos tais gases com efeito de estufa, sobretudo o dióxido de carbono, mas não só. Esse aquecimento que nos sugere consequências bastante negativas pela maneira como vivemos é

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DESTAQUE: ENTREVISTA

ENTREVISTA: MANUEL COSTA ALVES (CONTINU AÇÃO) (CONTINUAÇÃO)

produto sobretudo das actividades humanas, mas também do aquecimento por razões naturais. Há, por vezes, previsões meteorológicas que falham. Porquê? Hoje o factor humano tem as suas limitações. Temos que nos basear na informática e em modelos matemáticos, em situações que regem o comportamento da atmosfera. A isso chamamos modelos, modelos de previsão meteorológica. Eles apresentam-nos quadros que nós interpretamos. O problema reside no facto de ainda não termos o planeta suficientemente observado, com dados de pressão atmosférica, temperatura. Nos oceanos não há estações meteorológicas, mas há barcos que as levam. Elas têm que ter informações para satélite para depois nos enviarem informações para centros colectores que existem em alguns países que depois transmitem a informação aos diferentes países. Na

Europa, por exemplo, o centro fica em Londres. Portanto no mar temos muito menos informação. Nos países pobres, que não têm dinheiro para investir em tecnologia, temos escassez de dados, facto que leva a que os modelos conduzam a erros, o chamado ruído dos dados, que podem levar a previsões mais falíveis. O que faz com que certos ventos provoquem chuva e outros não? O vento leste provoca frio no Inverno, no Verão calor, o vento de oeste e sudoeste muitas vezes traz-nos chuva. Porque é que nem sempre chove quando há nuvens? Há nuvens que estão suficientemente altas, são pouco espessas, não têm no seu interior condições que possibilitem que os ventos ascendente e descendente provoquem a chuva. Haverá razões, que sejam do seu conhecimento, para os riscos de deser-

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tificação na região de Vila Velha de Ródão? Há a desertificação humana e a desertificação física. A ideia geral é que venhamos a ter menor quantidade de chuva, maior carência de água. As regiões mais afectadas serão o Algarve e o Alentejo, mas a Beira também. Estarão os incêndios relacionados com as alterações climáticas, ou serão fruto da má gestão que o homem faz da paisagem? Os incêndios no nosso país não acontecem só nos últimos dez a quinze anos, eu era miúdo e já havia incêndios. Nós fomos abandonando as aldeias, as zonas rurais que foram invadidas pelo mato e os incêndios foramnas invadindo. Mas é também um problema de gestão, é preciso alterar a forma como estamos a relacionar-nos com a floresta, depois é também preciso ter as culturas florestais mais ordenadas. O pinheiro alternando com o castanheiro, com o carvalho, com o

eucalipto, tudo isso bem ordenado para que não haja propagação. É claro que com o aquecimento global há condições meteorológicas mais propícias, mais quentes, mais secas. No entanto, paralelamente a isso é preciso evitar as ignições, os incêndios, que por via natural são menos de 20%. Os outros são provocados por nós, por negligência ou por premeditação. Há que fazer campanhas de sensibilização. O Dr. Costa Alves escreveu um livro no qual a sabedoria popular ocupa uma referência importante. Poderemos considerar que o conhecimento dos antigos anda de mãos dadas com os conhecimentos científicos actuais? Claro, não tenho dúvidas nenhumas disso. A melhor ciência que havia vem dos tempos antigos e do povo. Até ao século XIX, praticamente não havia outros conhecimentos que não aqueles que o povo havia construído com base na repetição dos fenómenos. As pessoas viviam da agricultura ou da pesca e estavam muito dependentes da maneira como a atmosfera se comportava.

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Passavam a associar à repetição dos fenómenos determinadas frases que depois iriam ajudar as gerações mais novas no exercício dessas actividades. São conhecimentos que a meteorologia de hoje aprova e tem como aliados. Fale-nos um pouco de Mudam-se os Ventos, Mudam os Tempos? Foi um ajuste de contas com o que eu recebi dos avós. Muitos conhecimentos agrícolas uma grande relação com os ditados populares e ficou-me esta influência. Quando cheguei a meteorologista achei interessante que as pessoas sentissem que esses saberes meteorológicos protegidos e transmitidos pelo povo durante séculos faziam parte da ciência meteorológica. A maior parte deles contêm conhecimento real sobre o funcionamento da atmosfera. Diferente do que temos hoje, temos outros instrumentos, mas aqueles são muito importantes e é preciso respeitá-los. Foi por isso que me atirei para esse trabalho. Porque é que se diz que «De Espanha

nem bons ventos, nem bons casamentos»? Vocês conhecem o contencioso histórico entre Portugal e Espanha. Os casamentos entre nobres dos dois reinos criavam sempre problemas. Com um casamento menos pensado arriscávamos a independência. As leis da sucessão não defendiam a nação portuguesa. A importância do vento estava ao nível da história. O vento de Espanha é frio e seco no Inverno, há geada, ou muito quente, também muito seco no verão. Apetece-me dizer, a nível simbólico, que no Verão podíamos invocar o calor da guerra, no Inverno a frigidez da noite, as costas voltadas!

«Não herdámos a Terra dos nossos pais, pedimo-la emprestada aos nossos filhos!» Não queremos tomar mais o seu tempo, haverá, por certo, mais pessoas a querem falar com o senhor. As suas palavras foram para nós grandes ensinamentos. Agradecemos muito a sua disponibilidade. Até sempre em Vila Velha de Ródão.

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CENTRO DE RECURSOS

AS TIC E A ESCOLA

O lado oculto da Internet: Os mistérios da Internet Prof. Helder Rodrigues

Prof. Helder Rodrigues No mundo que nos rodeia cada vez mais a informática é utilizada para facilitar a nossa vida. Muitas das vezes estamos a utilizar a informática e nem nos apercebemos disso. A maioria dos aparelhos electrónicos fazem uso da informática para funcionar. Agora, no que concerne ao título deste artigo, “As TIC e a Escola”, importa definir em primeiro lugar o que são as TIC propriamente ditas. Em sentido lato, são as Tecnologias da Informação e Comunicação. O termo “Tecnologias da Informação” (TI) é definido como o equipamento (hardware) e os programas (software) dos computadores que efectuam processos de tratamento, controlo e comunicação de informação.” Por sua vez, o termo “Tecnologias da Informação e Comunicação” (TIC) implica “a transmissão de informação que pressupõe o uso de redes de computadores e meios de comunicação”. Sendo que na sociedade em que vivemos é cada vez mais necessário recorrer a estas tecnologias, pressupõe-se que a escola seja um ambiente propício para o ensino do correcto uso das TIC. Quando no ano lectivo 2004/2005 a disciplina ITIC (Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação) foi introduzida no plano curricular do 9ºano de escolaridade foi dado um pequeno grande passo para a diminuição da info-exclusão de que nosso país padece. Como é do conhecimento geral, a escolaridade obrigatória em Portugal vai, actualmente, até ao 9ºAno. Até então, qualquer aluno que terminasse a escolaridade obrigatória, caso não prosseguisse estudos, não teria tido qualquer disciplina relacionada com as TIC, o que o poderia fazer-se sentir info-excluído. No meu entender, esta medida de implementação / introdução da disciplina de ITIC, ao nível do último ano do ensino básico (9º Ano) e no primeiro ano do ensino secundário (10ºAno) foi extremamente benéfica, pois permite que alunos vindos de meios socio-económicos menos favorecidos tenham acesso a estas tecnologias, que doutra forma não teriam. As medidas de reformulação do currículo não se limitaram apenas à introdução desta nova disciplina, permitiram também que todas as escolas ao nível do 3º Ciclo e Secundário fossem dotadas com salas próprias e os respectivos recursos físicos (videoprojector, computadores, impressora e Internet), para ministrar o ensino destas novas disciplinas que, de outro modo, na maioria das escolas, seria extremamente difícil de implementar. “A escola é o local onde se joga o futuro do desenvolvimento”, onde quer que esta se encontre inserida - cidade, vila ou aldeia onde moramos, e, num plano mais geral, ao nível do país. A escola é o primeiro passo para o futuro dos jovens, pois tudo o que aprendem durante o seu período de permanência nesta, é essencial para o seu futuro, quer em termos de estudo, quer em termos do correcto desempenho de funções no seu local de trabalho. O uso das TIC deve ser aplicado em todas disciplinas e áreas curriculares, de forma a preparar os alunos para as mais diversas situações em que possam fazer uso delas.

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A Internet é um dos meios de comunicação mais rápidos e fiáveis que existem actualmente mas, como todos os meios de comunicação, tem os seus senãos. Tal como em qualquer meio de comunicação, são diversos os serviços que este nos disponibiliza, assim sendo a Internet disponibiliza-nos entre outros serviços, o correio-electrónico (email), WWW (World Wide Web), transferência de ficheiros (FTP – File Transfer Protocol), Grupos de discussão (Newsgroups), listas de correio (mailing lists), comunicação em tempo real (Messenger, IRC, ICQ, entre outros) e videoconferência. Se possuir uma conta de correio electrónico, como se diz vulgarmente na gíria informática uma conta de e-mail na Internet, já recebeu certamente emails de pessoas que não conhece. Isto deve-se sobretudo a erros que cometemos ingenuamente quando enviamos emails para os amigos e conhecidos. A este tipo de emails chama-se normalmente spam ou vírus. Mas o que é isto de spam? Não é um bicho, mas assim lhe podíamos chamar! Spam é uma mensagem electrónica não solicitada enviada em massa, ou seja, é uma mensagem que é enviada para várias pessoas ao mesmo tempo. Normalmente a mesma mensagem é enviada para umas largas centenas e por

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vezes milhares de pessoas ao mesmo tempo. Assim, para evitar receber este tipo de mensagens não desejadas, é de extrema importância que se tenham alguns cuidados. Vejamos então alguns conselhos para prevenir a recepção de spam: · Quando se reenviarem mensagens, deve-se retirar os nomes e e-mails das pessoas que já receberam os emails. · Quando enviar uma mensagem ou um E-Mail para mais de uma pessoa, não envie com o “Para” nem com o “Cc”! · Envie com o “Cco” (carbon copy ocult) ou “BCc” (blind carbon copy) que faz com que não apareça o endereço electrónico de nenhum destinatário... Vejamos o seguinte exemplo para melhor compreender o atrás descrito: - No campo “Para” ou “To” coloque o seu endereço electrónico ou um endereço electrónico até mesmo inexistente; - Em “Co” ou “Cc” (Com Cópia) não coloque ninguém, ou seja, não coloque nenhum endereço de e-mail; - Em “Bcc” ou “Cco (Com Cópia Oculta) coloque TODOS OS ENDEREÇOS DE E-MAIL QUE QUISER! Assim, ninguém ficará a saber para quantas pessoas e para quem foi enviada a mensagem! · Agora sim, envie a mensagem a ami-

gos e conhecidos e ajude a colocar ORDEM nessa imensa casa chamada Internet. · Quando todos fizermos isso, libertaremos a Internet de 80% dos vírus e spams...

Sites da Edição Se é utilizador da grande casa e imenso mundo que é Internet, certamente já sentiu por vezes necessidade de ver e aprender novas coisas. Pois na Internet, além de aprender, também podemos contribuir para ensinar os

outros. Assim, nesta edição do jornal escolar recomenda-se o portal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão e a plataforma de ELearning do Agrupamento. Na primeira sugestão de navegação pela Internet, pode consultar as mais recentes noticias das actividades ocorridas no Agrupamento. Na segunda sugestão, por seu lado, podem os alunos e os professores, através de uma plataforma de ensino on-line, desenvolver e fomentar as mais variadas formas de ensino à distância.

www..anossaescola.com/rodao Portal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão

vvr.ccbi.com.pt Plataforma de e-learning do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. Inclui exercícios interactivos e outros documentos na maioria das disciplinas do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. Está em permanente actualização.

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CENTRO DE RECURSOS

22 de Outubro de 2007

Dia Internacional da Biblioteca Escolar Equipa da Biblioteca “São objectivos da Biblioteca Escolar: · Criar e manter nas crianças o hábito e o prazer da leitura, da aprendizagem e da utilização das Bibliotecas ao longo da vida; · Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que possibilitem a aquisição de conhecimentos, a compreensão, o desenvolvimento da imaginação e o lazer; · Apoiar os alunos na aprendizagem e na prática de competências de avaliação e utilização da informação, independentemente da natureza e do suporte (…) · Trabalhar com alunos, professores, órgãos de gestão e pais de modo a cumprir a missão da escola; · Promover a leitura, os recursos e serviços da Biblioteca Escolar junto da comunidade escolar e fora dela; · Defender a ideia de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são essenciais à construção de uma cidadania efectiva e responsável e à participação na democracia. Retirado do “Manifesto da Biblioteca Escolar” publicado pela IFLA/UNESCO Todos os anos se comemora, no mês de Outubro, o Dia Internacional da Biblioteca Escolar, pretendendo assim destacar o papel cada vez mais pertinente que as Bibliotecas Escolares têm vindo a ocupar na vida das Escolas. Na moderna sociedade da Informa-

ção, esse papel é tanto mais importante, nem que seja pela quantidade de informação com que nos confrontamos no nosso dia-a-dia, que temos que saber gerir: armazenar o que é fundamental, deitar fora o que não nos interessa. As Bibliotecas são, por excelência, espaços de gestão da Informação. É um facto que nas últimas duas décadas a concepção tradicional de Biblioteca Escolar (uma sala, quase sempre fechada, com uns armários com livros, também eles fechados, para não se estragarem…) tem vindo a ser substituída cada vez mais pela designação de Centro de Recursos Educativos. A Biblioteca Escolar é, cada vez mais, um centro de recursos variados (livros, revistas, jornais, vídeos, Cds multimédia, DVDs, Internet…) que oferece os seus serviços gratuitamente a toda a comunidade escolar, procurando apoiar alunos e professores no processo de desenvolvimento do currículo, no processo de ensino-aprendizagem e procurando igualmente corrigir desigualdades de origem ou adquiridas que apresentem os alunos. De facto, a Escola e a Biblioteca Escolar deverão ter como elemento central orientador da sua actuação e do seu desenvolvimento, o aluno. Sendo o aluno esse núcleo a partir do qual se deverá perspectivar o programa de

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desenvolvimento da Biblioteca Escolar, é um facto que se esta estiver bem apetrechada, com recursos materiais e humanos, com um bom programa de dinamização, será um factor de desenvolvimento da qualidade educativa. A Biblioteca Escolar deve assumir-se como parte integrante do processo educativo. Hoje ela não só existe num espaço físico pensado de forma diversa, com uma nova filosofia de acesso aos documentos, como apresenta uma grande diversidade de materiais e fontes de informação. Ela deve constituir-se como um verdadeiro espaço de aprendizagem, visando facilitar e promover a aprendizagem autónoma dos alunos, a interdisciplinaridade, a incorporação de métodos de aprendizagem mais activos (ultrapassar o sistema de ensino baseado quase exclusivamente na exposição oral do professor e no manual escolar). Não podemos esquecer também que a cultura é um direito que deve

ser garantido a partir da Escola e ao qual todos os cidadãos devem ter acesso. Neste sentido, a Biblioteca Escolar deve ser mais um elemento entre aqueles que possibilitam e impulsionam esse acesso. Mas, para que bons resultados possam ser alcançados, é necessário um conjunto articulado de esforços entre a equipa da Biblioteca e toda a comunidade educativa. A colaboração entre todos é essencial para o sucesso dos alunos que é o objectivo central que todos perseguimos na Escola. O sucesso da Biblioteca Escolar depende do apoio dos diversos órgãos de gestão da Escola e do colectivo de professores, alunos e funcionários. Para que todos sintam a Biblioteca da Escola como sua, como um bem imprescindível, sem a qual ficaríamos mais pobres, basta imaginarmos que ela não existia ou que fechava as suas portas. Uma Escola que investe na sua Biblioteca investe no seu próprio futuro.

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“Aprender mais e melhor na Biblioteca Escolar” Equipa da Biblioteca Comemorámos na nossa escola, no passado dia 22 de Outubro, o Dia Internacional da Biblioteca Escolar, com a presença da maior parte dos alunos da sede do Agrupamento a visitar a mesma. Foi distribuído aos alunos um folheto alusivo à importância e ao papel que a Biblioteca ocupa na Escola, com os objectivos da Biblioteca, os vários serviços que ela proporciona aos seus utilizadores, o horário de funcionamento da mesma, bem como algumas regras que todos devemos ter em atenção enquanto frequentadores deste espaço. Foi-lhes igualmente explicado como está organizada a Biblioteca, bem como o método adoptado para fazer a distribuição dos vários tipos de documentos segundo a C.D.U. – Classificação Decimal Universal – método usado na grande maioria das Bibliotecas, no qual os vários conhecimentos aparecem ordenados por algarismos (do 0 ao 9). Todo o fundo documental da Biblioteca Escolar se encontra informatizado no programa Bibliobase e esperamos colocá-lo, durante o presente ano lectivo, à disposição de todos os utilizadores reservando um computador para que possam fazer a sua pesquisa autonomamente. Com os alunos do primeiro ciclo esta acção foi iniciada com a leitura da obra de Luísa Ducla Soares: “Vamos descobrir as Bibliotecas”, motivando-os para o uso e frequência das Bibliotecas – seja a da Escola, seja a Biblioteca Municipal. Pretende-se, com este tipo de acções, levar os alunos a “Aprender mais e melhor na Biblioteca Escolar”, tornando-os cada vez mais autónomos na procura da informação que necessitam.

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CLUBES E PROJECTOS

Imaginar o mundo Prof. Graça Passos (Coordenadora da Oficina de Teatro)

“O que é que eu gosto de fazer? O que é que eu gostava de fazer e nunca fiz? O que é que eu não gosto de fazer? Quais são os gestos que eu faço todos os dias? Quais são os gestos que eu vejo os outros fazer todos os dias? A tentar responder a perguntas como estas chegámos ao produto final- o espectáculo «imaginar o mundo». O ponto de partida foi o mundo do grupo, o quotidiano, o real e o imaginário. Neste processo de construção interessou-nos chamar a atenção de cada participante sobre si mesmo e sobre os outros. Interessou-nos valorizar aquilo que pensam, imaginam e sentem. Cada um fálo de uma forma única, especial. Todos têm em si mesmos grandes possibilidades, grandes capacidades... Quase todos responderam que a coisa que mais gostariam de fazer seria viajar, ver o mundo... (Como diz a lengalenga: as estrelas que há no céu ainda as fui contar...) A experiência das actividades artísticas nestas idades é muito

importante. Não por ser uma coisa lúdica, uma actividade que ajuda a descontrair. Mas porque para estarmos e participarmos num processo destes é absolutamente necessário reflectir e observar, exprimirmo-nos, comunicar com os outros, e isto inclui ouvir, seja através da dança, do teatro ou da música. Isto provoca muitas lutas, consigo mesmo e com os outros. Estes pequenos confrontos são benéficos e necessários. Harmonizam o mundo interior de cada um com o exterior”*. Este espectáculo, apresentado no dia 29 de Setembro na CACTejo foi o culminar de um trabalho desenvolvido na Oficina de Teatro ao longo do Ano Lectivo de 2006/07 e dos ensaios intensivos realizados em Setembro. Em Junho, na Semana da Escola, o espectáculo não estava concluído, pelo que se apresentou o vídeo editado e os alunos falaram do seu processo de trabalho. A equipa de profissionais envolvidos no projecto - João Bento**, Maria Belo Costa

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e Luís Ferreira**- foi paga pelo CENTA, assim como todos os custos relacionados com os ensaios, os figurinos, o cenário e os meios técnicos, contou com o trabalho voluntário de várias pessoas, o interesse e disponibilidade dos pais e o apoio da Câmara Municipal e do CDRC que cederam o espaço de trabalho. Não tendo recebido textos redigidos pelos alunos para organizar este artigo inquiri alguns deles cujo testemunho deixo aqui registado. A Ana Rita Tomé disse que “aprendeu a relaxar mais, a conviver mais, a descontrair e a não ser tão nervosa e ficou a conhecer melhor o seu corpo”. O André, apesar de não ter vergonha, disse que no dia da estreia estava com dores de barriga e que “aprendeu que não se deve gozar com as pessoas com dificuldades e achou interessante porque se trabalhou a partir de uma história escrita pela Mariana, cujas personagens foram representadas por cada um” . O Daniel Andrade achou que “aprendeu a

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portar-se melhor porque para trabalhar tinha de estar concentrado para além de agora trabalhar melhor em equipa”. Disse que “o trabalho sobre o corpo fê-lo perceber que é bom gostarmos do nosso corpo tal como ele é”; que “no dia da estreia estavam todos nervosos, enganaram-se algumas vezes mas conseguiram resolver tudo sem o público dar conta” disse também que a história da Mariana era gira e que transmitia a ideia de que nunca devemos desistir dos nossos sonhos. Referiram ter experimentado muitas coi-

sas e ter sido giro inventar a coreografia e trabalhar com diferentes linguagens: dança, teatro, vídeo, o som e música. A Ana Rita Moutinho, a Mariana Alves e o Pedro Ribeiro fizeram a revisão do artigo, acharam que traduzia a sua opinião, não querendo acrescentar mais nada. O espectáculo contou com a participação empenhada dos alunos / performeres André Pequito, Ana Rita Tomé, Ana Rita Moutinho, Daniel Andrade, Daniel Tomé ,Inês Pinho, João Silva, Mariana Alves, Pedro Ribeiro e Sara

Pinho. Segundo eles “no dia da estreia estava tudo nervoso. Começam a chegar as pessoas, e depois “acção” mas no fim correu muito bem”.

*Texto adaptado da folha de sala redigido pela professora/performer Maria Belo Costa. ** Maria Belo Costa formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema. João BentoLicenciado em Artes Plásticas pela ESAD das Caldas da Rainha. Trabalha vídeo experimental e música contemporânea. Luís Ferreira- Licenciado em Design pela ESAD.

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CLUBES E PROJECTOS

XVI FEIRA DO LIVRO Prof. Luísa Filipe À semelhança de anos anteriores, realizou-se de 9 a 14 de Dezembro de 2007, a XVI Feira do Livro da Biblioteca/Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. Com um programa variado, especialmente no dia de Abertura da Feira, um Domingo, para possibilitar a vinda dos Pais/Encarregados de Educação à Escola, abrimos a Biblioteca a toda a Comunidade Educativa estreitando os laços entre a Escola e o Meio. Nesse domingo para além das apresentações de algumas canções e poe-

mas pelos alunos do nosso Agrupamento de Escolas, tivemos ainda a apresentação de um grupo de HipHop com duas coreografias, bem como algumas histórias contadas por pais a todas as crianças presentes e uma acção dirigida aos Pais / Encarregados de Educação que nela quiseram participar, cujo tema é “Como estimular os mais novos para a Leitura”. Nesta acção pretendeu-se, com alguns conselhos simples, despertar os pais para o papel importante que podem desempenhar enquanto mediadores de leitura, dando-lhes

algumas pistas sobre o tipo de obras e autores recomendados, por níveis etários. O dia terminou com um Chá oferecido pela Escola a todos os presentes, contando com a preciosa colaboração da Associação de Pais e Encarregados de Educação. Na Feira do Livro, que só encerrou as

CHÁ COM LIVROS UMA TARDE NA ESCOLA Com este evento deu-se início na tarde de domingo, dia 9 de Dezembro, ao programa da XVI Feira do Livro. Neste primeiro dia, numa sala cheia de público, cumpriu-se um programa especialmente preparado para os pais e crianças, tendo por base o trabalho desenvolvido em colaboração estreita entre a equipa da Biblioteca e os professores dos

diferentes anos de escolaridade. Apesar do curto tempo de preparação foram registadas apresentações de qualidade, reveladoras do empenho mostrado por parte dos jovens envolvidos. No âmbito do Plano Nacional de Leitura e especialmente para os pais foi preparada ainda uma sessão muito informal – “Como desper-

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tar os jovens para a Leitura?” - destinada a promover uma troca de impressões sobre as melhores estratégias e os livros mais indicados para despertar nas crianças e jovens o gosto pela leitura. A tarde terminou com um chá e poesias, pretexto para um agradável convívio entre todos os presentes.

suas portas no último dia do período – 14 de Dezembro – puderam encontrar toda uma variedade de livros, a preços bastante convidativos. Durante a semana, graças à amabilidade da cedência dos transportes por parte da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, contámos ainda com a visita de todas as crianças dos Jardins-de-Infância e Escolas do 1º Ciclo de Fratel, Sarnadas, Porto-do-Tejo e Vila Velha de Ródão. Foram ainda nossas convidadas as crianças da Creche da Santa Casa da Misericórdia. Para elas tivemos duas contadoras de Proença-aNova que animaram o dia com algumas histórias. Desde já queremos agradecer a todos os que colaboraram nesta actividade quer com a sua presença, quer com o seu trabalho, e especialmente à Associação de Pais / Encarregados de Educação, à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão e Proença-a-Nova, à Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, bem como à Biblioteca Escolar de Proença-aNova e à Associação de Estudos do Alto Tejo.

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CLUBE DE JORNALISMO E ESCRITA (Continuação da Capa) O Clube de Jornalismo e Escrita, criado no presente ano lectivo, e o Jornal Escolar Gente em Acção apresentam-se às Comunidades Lectiva e Educativa, com a intenção real de proporcionar aos seus leitores e a quantos o produzem o desenvolvimento do gosto pela informação, aquela que se procura e aquela que se transmite, baseadas num espírito crítico, construtivo, tão necessário nos nossos dias. Pretendem incentivar o trabalho em equipa e a interdisciplinaridade; estimular a apetência para as literacias e, como é de considerar obrigatório, abrir a Escola ao Meio que a rodeia. É uma partilha de saberes que se pretende baseados na pesquisa séria e atenta dos acontecimentos que vão nascendo, mas é também a envolvência no que é nosso, fruto do nosso esforço e que deve ser tornado público, porque o esforço, por ser meritório, deve ser valorizado. Ao sêlo aparece sob forma de Conquista, e ser capaz de conquistar é aprender a Ser Forte! É o «eu fiz» e o «eu sei» que se querem desenvolver, porque são garante de autonomia e de cidadania, é o «eu estive lá, ouvi, perguntei e registei» que se quer enfatizar, é o «eu contei a todos», porque o saber não é para se guardar e «tenho um meio de comunicação escrita que me deixa mostrar, escrevendo, aquilo que Sou!» É querer dar vida a outra grande Verdade: «Através da Leitura, tornamo-nos contemporâneos de todos os Homens do Mundo e Cidadãos de todos os Países.» Antoine Houdar de la Motte [1672-1731], Escritor francês A Equipa do Clube de Jornalismo e Escrita deseja a todos Festas Felizes e um Excelente 2008. Prof. Luís Costa Prof. Maria Helena Marques

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PRÉ-ESCOLAR E 1º CICLO

A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS JI SARNADAS

Simbologia das cores

Curiosidades… EB1 V. V. RÓDÃO (1º E 2º ANOS)

Luís Rodrigo (JI Porto do Tejo) Sabiam que o número sete (7) era para os egípcios, um número sagrado? Para a nossa turma é um número “estupidamente tramado”!!! Imaginamos que por isso tenha sido cortado… Descobrimos que o número sete, não faz só parte da “Dona” Matemática, mas está espalhado por todo o lado: - Sete dias da semana; - Sete cores do arco-íris; - Sete notas musicais; - Sete maravilhas do Mundo Antigo e Moderno; - Sete pecados mortais; - Sete saias das mulheres da Nazaré; - Sete estrelas principais da Ursa Menor; - Lagoa das Sete Cidades; - Sete diferenças; - Futebol de sete; - As sete vidas dos gatos; - Branca de Neve e os sete anões; - Cavalinho das sete cores; - O lobo e os sete cabritinhos… Agora, não vamos “pintar o sete”, mas vamos descobrir quantas vezes aparece o sete, até cem.

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Quando no Jardim-de-Infância se desenvolve o tema das “cores”, pretende-se que as crianças aprendam a conhecer as cores e a utilizá-las correctamente, mas também é possível interpretar a forma de como utiliza a cor no seu desenho pois cada cor é indiciadora do seu estado emocional.

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PRÉ-ESCOLAR E 1º CICLO

A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS Educ. Maria Emília Vilela (JI Porto do Tejo) No dia 9 de Novembro realizou-se o Magusto do Pré-escolar na E.B.1 do Porto do Tejo com a colaboração das respectivas Juntas de Freguesia. Todas as crianças foram recebidas no Jardimde-Infância de Porto do Tejo conforme combinado em conselho de docentes com canções alusivas ao tema e aí ouviram a história da “Maria Castanha”.

O nosso magusto escolar Laura C. Vicente (4º Ano - EB1 Porto do Tejo) O dia 9 de Novembro foi um dia especial porque se realizou o magusto na minha escola do Porto do Tejo. O professor João assou as castanhas. Primeiro pôs no chão a caruma trazida pelas crianças. Depois deitou as castanhas em cima. A seguir colocou de novo caruma. Pegou no isqueiro e a caruma começou a arder. Entretanto jogámos aos jogos da corda, das latas, do lenço e a outros. Comemos muitas castanhas. O que foi mesmo divertido foi assá-las e ainda melhor foi comê-las. Esta é a minha opinião. Também havia castanhas assadas no forno da bolaria. Vieram meninos de todas as escolas do primeiro ciclo e jardins de infância do nosso Agrupamento. No fim fomos todos almoçar à cantina da escola EB 2/3. Este dia foi muito divertido. Muitos alunos mascarraram a cara com a cinza das castanhas assadas na fogueira.

No fim fomos para o recreio onde se fez a fogueira e se assaram algumas castanhas, mas a Bolaria de Vila Velha de Ródão colaborou connosco e trouxe mais castanhas quentes e boas. Estavam também os meninos do 1º ciclo e aí pudemos brincar e estar todos juntos.

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1º CICLO | NOTÍCIAS

S. Martinho a rimar

CURIOSIDADES...

EB1 Fratel

EB1 Fratel

Como assar castanhas? Molham-se previamente (não tem que ser, mas ajuda a que o sal se agarre). Dá-se um golpe em cada uma (retalhar). Põe-se sal. Põe-se um pouco de erva-doce (dá um sabor muito bom). Põem-se dentro do fogareiro (ou num tabuleiro no forno, ou no calor de uma fogueira).

I

IV

É Outono Há ouriços prestes a largar As apetecidas castanhas Que nos vão deliciar.

II

V

É só mais uns dias Para o vendedor chegar Trazendo consigo castanhas No lume a estalar

III Demoram, aproximadamente, um quarto de hora a assar.

“Quentes e boas” Apregoa o vendedor E logo uma multidão Vem ao seu redor.

O cheiro a castanhas Paira no ar Desafiando as pessoas Que vão a passar.

VI

“Eu quero castanhas!” Diz uma criança a chorar. “Espera um pouco E já vamos comprar!”.

“Senhor, senhor!” Pede insistentemente um mendigo: “Dê-me uma castanhinha, por favor! Não trago dinheiro comigo.”

VII O vendedor de castanhas Fingiu que não ouviu Mas logo uma criança Deu-lhe uma e ele sorriu.

VIII Castanhas, castanhas Que todos querem provar Infelizmente nem todos As podem comprar.

IX É tempo de S. Martinho Vamos todos festejar Acende-se a fogueira Para as castanhas assar.

JI Vila Velha de Ródão

MAGUSTO ESCOLAR Daniel Tomé (8ºA) Dia 13 de Novembro, numa quarta-feira pelas 14h, juntámo-nos para iniciar os “jogos sem maneiras”: o jogo da saca, das andas, da maçã, atracção a corda, da perna atada e da agilidade. No fim disso tudo, fomos todos para o pé da sala do Prosepe, à espera das castanhinhas! Então o Sr. Paulo, o nosso porteiro, é que tomava conta do recado, assou linguiças, entermenhada, bifanas e as nossas castanhas. A nossa amiguinha também lá estava, a “maluca” ou seja a nossa pega! Comemos e bebemos até fartar! Às 17h30 vieram os nossos autocarros e fomos para as nossas casas. Foi um dia em grande!

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Ão ão 5ºA

O João chora. O cão comeu o pão. Deitados no chão O cão e o João À espera do Verão. O João comeu o pão! O cão chora. A mãe do João cortou o pão Deu metade ao cão e ao João E assim acabou a confusão Ão …ão.

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NOTÍCIAS

Visita de Estudo

Ida ao castelo No dia 26 de Setembro, pelas 14 horas, reunimo-nos junto ao portão da Escola para iniciar uma caminhada até ao castelo de Ródão. Este passeio, que era simultaneamente uma visita de estudo, pretendia dar a conhecer o património de Ródão e promover junto dos jovens e adultos as actividades de vida saudável. Esta actividade

envolveu os alunos dos 2º e 3º ciclos acompanhados pelos professores de Educação Física, História, TIC e pelo sr. António Carlos, funcionário da Biblioteca. Nas várias paragens que fizemos pudemos apreciar a paisagem de grande beleza e visitar as baterias, monumentos militares situados em pontos elevados da serra das Talhadas.

Museu de Arqueologia do Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de V. V. Ródão 5º A

Um fóssil é um ser vivo preservado numa rocha, há milhões de anos. Este espécime é um Rusophycus, e trata-se de uma escavação na vertical de uma trilobite

Foi pena não termos chegado ao castelo, mas o tempo correu muito depressa. No entanto divertimo-nos imenso, jogámos ao jogo do eixo, apreciámos sítios de rara beleza, observámos a flora local e quando regressámos a correr pela serra abaixo, a saltar todos contentes, mais uma surpre-

sa nos estava reservada: o professor Jorge Gouveia encontrou um fóssil de animal marinho e nós ficámos todos muito espantados porque não estávamos à espera de encontrar este tipo de achado tão perto da nossa escola. Foi um passeio muito agradável e fixe.

TRATADO DE ROMA Realizou-se na Escola sede do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, no passado dia 23 de Outubro, uma sessão de informação destinada aos alunos do 7º e 8º Anos, sobre a União Europeia. Este acção inseriu-se no âmbito das

comemorações dos 50 Anos do Tratado de Roma. O evento, devidamente enquadrado no âmbito da promoção dos valores da cidadania, foi da responsabilidade da Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro que fez deslocar até

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nós uma equipa de técnicas que esclareceram e discutiram com os alunos a importância da União Europeia e o papel desta organização na promoção da paz, do progresso e da coesão social entre os cidadãos da Europa. Esta iniciativa foi

direccionada para os alunos do 3º ciclo, aqueles que mais directamente abordam as questões da União Europeia, e procurou transmitir-lhes algumas noções sobre o funcionamento das instituições da União. Tratou-se de uma sessão muito válida para incutir nos nossos alunos o significado da pertença à Comunidade Europeia, as vantagens que esta pertença traz para Portugal e para os portugueses e as acções de que os jovens estudantes podem usufruir no seu processo de formação.

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No dia 22 de Novembro pelas 14 horas, realizámos uma visita de estudo ao Museu de Arqueologia de V. V. Ródão. Esta actividade foi organizada pela professora Luísa Filipe, de H.G.P. do 2º Ciclo e nela participaram os alunos dos quintos anos. Acompanharam-nos, na visita, as professoras: Filomena da Conceição (Mat.) e Ana Margarida Santos (E. V. T.). A visita tinha como objectivo conhecer melhor a pré-história do meio local, observar vestígios deixados pelos povos recolectores , povos agro - pastoris e povos romanos no Vale do Tejo. Durante a visita, a D. Carina deu-nos algumas informações úteis sobre os objectos que íamos observando e também sobre o modo de vida destes povos. Alguns dos objectos que vimos foram: bifaces, unifaces, mó manual, fósseis, pontas de flecha, moedas romanas, lascas, lâminas, peças de cerâmica… À saída do museu foi-nos oferecida o livro “ A lenda do Rei Wamba”, bem como folhetos alusivos à Pré-História local. Regressámos à escola mais conhecedores da história do meio local e muito satisfeitos por termos realizado esta visita.

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NOTÍCIAS | TALENTOS

Magusto da APEE

O HIPOPÓTAMO Alunos do 2º Ciclo

Associação de Pais Para não fugir à tradição e festejar o Dia de S. Martinho, organizou a Associação de Pais e Encarregados de Educação deste Agrupamento de Escolas, um magusto no dia 12 de Novembro, no Recinto de Festas do Coxerro, pelo que agradece ao Centro Recreativo e Cultural daquela localidade a hospitalidade com que foi recebida. Pretendeu esta associação, com a realização deste evento, proporcionar uma tarde de confraternização e convívio entre toda a comunidade educativa e, aproveitando a oportunidade, conversar sobre eventuais propostas de melhoria ao sistema implementado, com vista ao bem-estar das crianças. Foi conseguida uma agradável tarde de convívio entre os participantes, quer para adultos, quer para crianças. Lamentamos, no entanto, a fraca comparência por parte dos pais e alunos, apesar elevado número de inscrições.

TINTIN E O POTE DE OURO

5º B Num belo dia de sol, ao passar pela Rua dos Milagres, Tintim sentiu-se, de repente, muito encalorado. Olhou à sua volta e reparou que Milu, o seu cão fiel, estava também ofegante. - Onde posso encontrar água? - interrogouse no meio daquela rua deserta. - Ão, ão, ão - ladrou Milu, procurando algo para matar a sede. Tintim olhou e apenas viu o sol intenso, saindo de um céu límpido de um azul deslumbrante. Milu ladrava à procura do capitão Ardock, que entretanto os procurava. - Olá Tintim…estou sedento, não encontro pinga de água! Com mil macacos!... - Também eu, velho amigo! Não há milagre que nos salve. - Ão, ão, ão… - diz Milu, encontrando um pote dourado, cheio de água fresca, que todos bebiam e nunca se esgotava. Ao parar de beber água, gritaram em coro: - Que milagre foi este?!... Nesse momento chegou um cidadão, que morava nessa rua, e explicou-lhes que, de vez em quando, acontecia esse tipo de milagres. E Tintin ficou muito espantado com essa explicção, porque não acreditava em milagres. Mas, a partir desse dia, começou a acreditar que, afinal, os milagres existiam.

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Aqui estou eu nesta poça de água praticamente com o dobro do tamanho. Ainda se fosse um lago na selva africana, com água natural e toda a paisagem envolvente , arvores gigantes com os macacos a baloiçar sobre elas! Aqui também há macacos. Parece-me que estão na outra extremidade do jardim zoológico. Da minha poça só vejo o meu companheiro de horas mortas , naqueles dias quentes de verão: o rinoceronte, que teimosamente insiste em expulsar com o focinho as suas necessidades fisiológicas. Vejo também as girafas com o seu longo pescoço, que pensava eu serem beneficiadas na natureza pela altura lhes dar maior alcance visual. Mas não é bem assim: afinal a altura só lhes serve para alcançar as folhas mais tenras. A verdade é que queria mesmo era estar no meu habitat natural. Pobre destino aturar dias a fim aqueles miúdos que chegam em fila da excursão da escola!

Aliteração

Ana Rita Cardoso O meu melhor amigo é o Faial. Faial, ai o Faial, o meu cão que vive no quintal num pequeno curral. Curral tal que fecho com um anel. Come “croquil” e bebe “aguail”, água rica e “il”. Toma banho numa banheira de ouro e prata e, ultimamente, utiliza gel e esfrega-se com papel. Quando vou ao olival, ladra um som tão natural que mais parece um vendaval. Ponto final. Adora o pastel do meu irmão Gabriel. Juntos entram no roseiral e, quando a minha mãe dá por isso, até lhe salta a tampa do toutiço. Não levem a mal, mas o meu Faial é mesmo bestial.

CURRÍCULOS ALTERNATIVOS Carla Jesus e Mónica Tomás (9º A) Estamos a ter formação no Jardim-deInfância da Santa casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão. Começámos em Outubro. A nossa actividade é nas terças-feiras todo o dia e quinta-feira de manhã. Almoçamos lá nas terças-feiras e gostamos muito. Fazemos muitas coisas com as crianças: jogos, ler livros, ver filmes e dar-lhes comida. A nossa educadora chama-se Sandra, é muito simpática e ajuda-nos muito. As funcionárias também são nossas amigas. As crianças são muito engraçadas e divertidas. Gostamos de estar no Jardim-de-Infância junto das crianças.

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BRINCAR A RIMAR David Tomás (6ºA); Guilherme Nogueira (7ºB); João Pedro (7ºB); Carla Jesus (9ºA); Tiago Oliveira (7ºB); Mónica Tomás (9ºA) O que está no Gavião? Um pescador com um salmão. O que está na Serrasqueira? Uma velha à lareira. O que está no Tostão? Um grande barracão. O que está em Vila Velha de Ródão? Um garoto com um cão. O que está no Fratel? Um elefante no quartel. O que está no Alvaiade? Uma moça com vaidade. O que está na Tavila? Um soldado na fila. O que está no Coxerro? Um burro carregado de ferro O que está nas Sarnadinhas? Uma peixeira a vender sardinhas. O que está nos Perais? Uma mulher aos ais. O que está nas Sarnadas? Um cavaleiro com espadas. O que está no Vilar Boi? Uma carroça com um boi. O que está no Juncal? Um homem a ler o jornal. O que está em Alfrivída? Uma moça com uma divida. O que está no Peroledo? Um copo de leite azedo. O que está na Tojeirinha? Uma galinha amarelinha. O que está nas Vilas Ruivas? Um careca a dar vivas. O que está na Atalaia? Uma gata na praia. O que está nos Amarelos? Uma cesta com marmelos. O que está nos Cebolais? Uma formiga com os pais. O que está no Montinho? Um leitão no pratinho. O que está no Marmelal? Uma costureira com um dedal. O que está em Gardete? Um bebé com um babete. O que está na Riscada? Uma cabrinha malhada. O que está na Silveira? Uma banana na bananeira. O que está na Carepa? Um homem com uma cepa. O que está em Vermum? Um caçador que faz pum-pum. O que está no Perdigão? Um homem com um garrafão. O que está no Vale da Bezerra? Uma menina que berra. O que está na Ladeira? Uma menina sentada na cadeira. O que está na Foz do Cobrão? Um gato à bulha com um cão. O que está nos Rodeios? Um cachecol sem pontas, nem meios. O que está no Vale do Homem? Uma vaca e um boi que comem. O que está na Carapetosa? Uma raposa gulosa. O que está no Monte Fidalgo? Uma avestruz e um galgo. O que está no Salgueiral? Uma carpa a nadar no canal. O que está no Retaxo? Um frango no tacho.

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THE ENGLISH PAGE

HALLOWE’EN 9º A On 31st October there was a Hallowe’en party in our school. A lot of events took place: a costume parade, magic boxes, the shadows tunnel, a jack o’lantern contest, card games, PlayStation games and a table with food and drinks. It was a great afternoon with a lot of awesome things to do. Many people wore their cool Hallowe’en costumes like spiders, witches, ghosts and zombies!

The winners of the costume parade were: 3rd place: Jessica Mourato 2nd place: André Nuno 1st place: Ana Boleto The winners of the Jack O’Laterns contest were: 3rd place: Ana Boleto 2nd place: Luís Mota; Daniel Andrade; Pedro Pequito 1st place: Diogo Pulga, Alexandra Alcobia; Joana Oliveira

Christmas Traditions in Britain Alunos do 2º Ciclo London’s Christmas Decorations – Every year the people of Norway give the city of London a present. It’s a big Christmas tree, and it stands in Trafalgar Square. Mistletoe – At Christmas people take a piece of mistletoe to their homes. Why? Because it’s good luck to kiss someone under the mistletoe at Christmas time.

THE BEST AND WORST OF... 9º A

BRITISH CHRISTMAS

PORTUGUESE CHRISTMAS

BEST: The Christmas Tree at Trafalgar Square (Ana Catarina; Ana Rita Pinto; Ana Rita Cardoso) Hanging stockings at the end of beds on Christmas Eve (Ana Sílvia; Joana; Rita)

BEST: Christmas parties (Catarina; Cátia) The Christmas bonfires at villages (Catarina) Getting the family together for Christmas (Ana Sílvia; Ana Rita Pinto; Joana) The biggest Christmas Tree in Europe (Ana Rita Pinto) Christmas decorations and lights all over the streets (Ana Rita Cardoso) Opening the presents at midnight (Cátia; Rita) Christmas dessets, cakes, “bolo rei”... (Cátia)

WORST: Horrible Christmas Jumpers (Ana Catarina; Rita) Terrible Christmas Music (Catarina; Ana Rita Pinto) Overcooked Brussels Sprouts (Ana Sílvia) Crazy Christmas lights (Ana Rita Cardoso; Joana)

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WORST: Traditional food: Roast lamb; boiled cod; cabbage. It tastes so horrible! (Catarina; Joana; Cátia) We have to wait for too long before we receive the presents! (Ana Rita Pinto) Overdecorated Christmas Trees (Ana Rita Cardoso) “Bolo Rei” - it tastes so bad! (Rita)

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Carols – Before Christmas, groups of singers go from house to house. They collect money and sing traditional Christmas songs called carols. Many of these songs are more Than 500 years old. Food- A traditional Christmas lunch in Britain includes roast turkey, mince pies and Christmas pudding. Christmas day, it’s good luck for the person who finds the coin. The Queen’s speech- At 3.00 p.m. on Christmas Day, the Queen makes a speech on radio and television. The Queen spends Christmas at Windsor Castle with the rest of the Royal Family. New year’s Eve- The 31st of December At exactly twelve o’clock on the 31st of December, hundreds of people jump into the cold water of the fountain in Trafalgar square. It is full of people and everyone says “Happy New Year” and sings around Trafalgar Square. The police don’t mind. It only happens once a year - on New Year’s Eve.

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NOTÍCIAS | TALENTOS Concurso literário do SPRC

Professor do nosso Agrupamento recebe prémio No âmbito do 25º Aniversário do Sindicato de Professores da Região Centro, realizou-se o VIII Concurso Literário, subordinado ao tema “Histórias da Vida de Um Professor“, na modalidade de conto, iniciativa bienal a que concorreram docentes de todos os graus de ensino de todo o país ou que exercem funções no ensino do português no estrangeiro. O Júri, após a atribuição do 1º e 2ºprémios, decidiu distinguir com uma Menção Honrosa José Manuel Batista Rodrigues, professor da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Vila Velha de Ródão, pelo seu conto “O Poema”. A cerimónia de entrega de prémios, que decorreu no Teatro Gil Vicente em Coimbra, mereceu eco na imprensa regional e nacional: “São textos vigorosos na forma como são escritos”. De acordo com o sindicato, algumas obras têm muito de autobiográfico, tendo os candidatos tentado transferir para a ficção as realidades das suas vidas como professores. Nos textos apresentados figura “a revolta pelas medidas levadas a cabo pelos sucessivos governos na área da educação ou pelas dificuldades com que os professores se deparam diariamente”. Cerca de 50 trabalhos foram apresentados ao concurso, tendo sido aceites 30, “seis dos quais vindos de fora do país”. O Júri do concurso foi constituído pelos escritores Paulo Sucena, Augusto Monteiro e Manuel Rodrigues, e por Isabel Lemos e Margarida Castro, professores de Literatura Portuguesa do ensino secundário (in Diário de Coimbra, Julho 2007). A direcção do SPRC encontra-se à procura de uma parceria editorial tendo em vista a edição das obras premiadas, bem como de outros textos que se apresentaram a concurso.

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O sonho do Faraó Mariana Alves (7º A) Por volta de 1300 a.C. , no Antigo Egipto, viviam escravos, camponeses, comerciantes, artesãos, escribas, sacerdotes, nobres, e o mais importante de todos, considerado filho do Deus criador Amon-Rá, o faraó. Por essa altura nasceu um menino, chamado Tutankhamon, filho de Akhematon. Tinha cabelo negro como a noite e os olhos azuis como o céu quando chega o dia. Foi uma bênção para os pais e para o país. Fizeram-se muitas e grandes celebrações nos seus aniversários. Ele era feliz. Os seus pais eram felizes. O povo era feliz. Toda aquela civilização era feliz. Passado seis anos do seu nascimento este menino continuava feliz. Um dia, quando brincava na rua com os amigos, viu um senhor que lhe parecia vindo de outro país, pois tinha um manto muito quente. Como estava muito curioso para conhecê-lo foi ter com ele e perguntou-lhe: - Olá! De onde vens? Porque estás assim vestido, com este calor? E como ninguém consegue resistir à doçura de uma criança, este respondeu-lhe: - Olá! Eu venho de muito longe. E trago este manto porque de onde venho está muito frio, porque que tem neve. - Neve? O que é isso? Podes-me explicar? - Bem, é uma coisa difícil de explicar. - E pensou, pensou, e depois de muito pensar explicou-lhe. E o menino sempre com atenção. Depois de muito tempo de explicação o menino disse-lhe: - Já compreendi. É muito fácil. Posso ir um dia contigo ao teu país? -Não. Porque és muito pequeno. - Como te chamas? - Chamo-me Tintam. E tu? - Chamo-me Tutankhamon. - Onde estão os teus

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pais? - Eles estão no palácio. - Eu vou levar-te lá. Pode ser? - Pode. Eles lá foram. Quando chegaram ao palácio os pais disseram-lhe: - Onde estiveste filho? - Disse o pai. - Estávamos muito preocupados contigo! Disse a mãe. - Estava com este senhor. Chama-se Tintam e vem de muito longe. - Se é estrangeiro vamos torná-lo escravo. NÃO! COMO PODES TRATAR ASSIM ESTE SENHOR? - Gritou o menino. - Meu filho, tu nem o conheces nem sabes a sua origem. Ele se calhar na sua terra é o mais pobre de todos. - Tu és pobre, Tintam?

senão partia imediatamente. O menino sorriu. Tintam sorriu. Os tempos passaram. Por vezes, Tintam ia ao seu país, mas acabava sempre por voltar.

- perguntou o menino, que já estava chorar. - Não, não sou. Por acaso sou o homem mais rico da minha cidade. - Disse ele, zangado porque tinham posto o menino a chorar e depois porque lhe tinham chamado pobre. - Papá, pede desculpas ao senhor por o teres subestimado. - Peço imensa desculpa. Se quiser pode ficar aqui. - Eu só fico porque o seu filho quer porque

como era respondeu: - Quando era criança não me deixavas ir porque era pequeno. Agora não posso ir porque sou o faraó. - Eu sei que é injusto para ti mas tu um dia verás que eu tenho razão. Tutankhamon desistiu e deixou-o ir. Tempos passaram. O faraó com aquela tristeza toda adoeceu. Apareciam médicos, mas saíam sem nada descobrir. Mas Tutankhamon sabia o que era. Ele estava assim

Tutankhamon, ainda muito jovem, tornou-se faraó. Ele era feliz. Vivia muito bem. Mas tinha de aguentar uma coisinha que o atormentava. Aquele desejo de ver neve, de ir ao país do amigo. Por isso, um dia, quando Tintam se preparava para voltar ao seu país, mais uma vez ele disse-lhe: - Eu vou contigo. - Não. Tens de cá ficar a tomar conta do teu país. Quem te substituiria se fosses? Tu ainda nem tens mulher. Mas ele, teimoso

porque queria ir ver a neve. Quando Tintam apareceu no palácio foi logo ter com Tutankhamon. Mas este estava tão mal que nem abria os olhos. Então Tintam teve uma ideia. Pegou nele e levou-o nos braços com muito cuidado para o faraó não acordar. Levouo para o barco e só o largou quando teve a certeza de que ele não acordaria. Quando Tutankhamon acordou sentiu um ventinho frio a bater-lhe na cara. Então levantou-se de repente e foi a correr para fora de casa. Mal abriu a porta, viu um imenso manto branco que parecia nunca mais acabar. Estava no país de Tintam. As lágrimas de alegria vieram-lhe aos olhos. Nesse momento apareceu Tintam. O faraó foi a correr para ele e abraçou-o. - Muito obrigado! Quem está no meu lugar? - O teu vizir. - Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado. - De nada. Bem, voute apresentar à minha família. Lá foram. O faraó ficou feliz. Ele sabia que a família era muito importante para Tintam. Mas de repente, viu uma figura feminina, jovem, bonita como a sua mãe já falecida. Tinha cabelo loiro e belos olhos verdes. Parecia ser a irmã de Tintam pois era muito parecida com ele. Foi paixão à primeira vista. Cada vez que passava por ela corava, e ela também parecia corar. Quando voltou para Egipto, vinha acompanhado por Tintam e pela sua irmã Ankhesenamon. Não tiveram filhos pois ele morreu com 19 anos. De vez em quando ele, a sua mulher e Tintam iam aquela terra da neve maravilhosa para matar saudades e para relembrar os bons momentos ali passados.

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CANTO DA MATEMÁTICA Prof. Filomena Conceição; Prof. Luís Martins “Não há homens mais inteligentes do que aqueles que são capazes de inventar jogos. É aí que o seu espírito se manifesta mais livremente. Seria desejável que existisse um curso inteiro de jogos tratados matematicamente.” Leibniz, 1715 As actividades propostas pelos professores de Matemática desta Escola, para os diferentes ciclos de ensino, têm conseguido motivar e entusiasmar os alunos, no sentido destes considerarem a Matemática como algo acessível a todos e onde todos conseguem fazer progressos e atingir metas definidas. A componente lúdica que se incrementa nas actividades propostas e desenvolvidas visam sobretudo promover o gosto por esta área disciplinar e sensibilizar os alunos para as reais capacidades matemáticas que possuem, mas que questionam e põem em dúvida por falta de confiança e autonomia. Neste sentido os docentes envolvidos no Plano de Acção de Matemática tentam implementar actividades simples, que para além dos objectivos descritos anteriormente, também pretendem treinar o raciocínio lógico e abstracto, a capacidade de atenção/concentração e a aquisição e aplicação de conceitos básicos essenciais. O jogo tem sido, sempre que possível, utilizado como meio por excelência de construção de competências matemáticas. Aproveitamos este espaço para, mais uma vez, apelarmos à participação de todos os alunos nas várias actividades propostas.

PROBLEMAS

EM BUSCA DO NÚMERO PERDIDO… O Jaló pintou de preto os quadrados das duas diagonais de uma folha quadriculada quadrada. Ele pintou 101 quadrados e deixou em branco todos os outros.

Pista: Conta o número de quadrados pretos em cada diagonal e a partir daí descobre quantos são os quadrados brancos. Se quiseres com um exemplo mais pequeno.

Mas agora, para recuperar o seu berlinde preferido o Jaló tem de partir o copo e para que a sua mãe não descubra decide comprar outro copo igual. Sabendo que o raio do berlinde mede 1 cm, quanto mede o diâmetro da base do copo que o Jaló tem que comprar?

As primeiras respostas correctas a estes problemas recebidas no e-mail do jornal (ver em baixo) terão direito a prémios surpresa. Os vencedores serão avisados por e-mail.

DIÁRIO DE BORDO* Continuação da capa

Grupo de Educação Física EQUIPAS / ESCOLAS

nessa batalha, eterna, por um futuro melhor; por um futuro mais de acordo com os nossos sonhos, mais de acordo com os nossos padrões de felicidade. Mas o mundo que conhecemos ontem não é o mesmo de hoje e amanha será com toda a certeza um outro bem diferente. Lutaremos por ele. Lutaremos por um dia de amanhã melhor que o de hoje e o de ontem. Construiremos tu e eu, todos nós, um mundo melhor. Construamos pois um mundo onde todos nós possamos viver em paz e harmonia. Onde a felicidade individual e colectiva seja uma realidade e o bem-estar não seja só de alguns.

AE Cidade de Castelo Branco AE João Roiz - Castelo Branco AE “AECO” - Oleiros AE Vila Velha de Ródão Instituto Vaz Serra - Cernache Bonjardim

JOGOS A REALIZAR PELA NOSSA EQUIPA 23 Jan - Instituto Vaz Serra vs. AEVVR 13 Fev - AEVVR vs. AE Cidade C. Branco 05 Mar - AE João Roiz - AEVVR 09 Abr - AE Oleiros - AEVVR competitivos com um Grupo Equipa na Modalidade de Futsal Masculinos, no escalão de Iniciados e com uma modalidade de Ginástica Acrobática,

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O Jaló encaixou 4 dados e um berlinde no fundo de um copo circular, com a seguinte disposição:

Qual o número de quadrados pequenos brancos que ficaram na folha?

DESPORTO ESCOLAR Como é hábito, todos os anos o desporto escolar possibilita uma variedade de modalidades desportivas a serem desenvolvidas pelas escolas, de modo a proporcionar, não só a toda a comunidade educativa, mas principalmente a todos os alunos, um maior envolvimento na prática desportiva, tirando este assim partido de todos os benefícios a todos os níveis que esta nos oferece. Assim sendo, este ano a escola vai participar nos quadros

8º E 9º ANOS

5º, 6º E 7º ANOS

Boas Festas e continuação de Boa Viagem… e já agora, se conduzir, nada de excessos…

que irá ter uma concentração entre as várias escolas que aderiram à Ginástica Acrobática no dia 9 de Abril.

O Conselho Executivo

*Diz que é uma espécie de Editorial

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ÚLTIMA PÁGINA

FESTA DE NATAL

Realizou-se no passado dia 14 de Dezembro a tradicional Festa de Natal, na qual participaram todas as escolas do Agrupamento. Na capa podem observar um momento da peça do Pré-Escolar. Nesta página, no sentido dos ponteiros do relógio, uma panorâmica geral do Polivalente, os professores que encerraram a festa com o tema “É Natal”, os alunos do 1º Ciclo e os alunos do 8º e 9º anos. Seguiu-se o tradicional almoço de encerramento do 1º Período lectivo.

PASSEIO A GAIA Pessoal Não Docente do Agrupamento Porque a vida não é só trabalho, o convívio entre colegas é muito importante; por isso, no dia 8 de Setembro de 2007, organizado pelo pessoal não docente, um grupo de funcionários e professores, foi em passeio até Vila Nova de Gaia. Após um saboroso almoço à beira rio, houve um passeio de barco pelo Rio Douro, num trajecto denominado “Passeio das 5 Pontes” e ainda a visita a duas Caves de Vinho do Porto, as Caves Offley e Porto Ferreira. Não faltaram oportunidades para tirar algumas fotografias, para mais tarde recordar as belas paisagens do Porto e do rio Douro, e o saudável convívio. Nalgumas pessoas só ficou na memória o bom comer e o beber, noutras alguém com os olhos verdes e noutras ainda uma certa borboleta…

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