62 | março 2013
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Diário de Bordo No clima deprimente em que vivemos, continuamos a acreditar – como tem ficado expresso nos “diários de bordo” dos últimos números deste nosso e vosso jornal – que a saída da crise terá sempre de se começar a fazer apostando na educação das nossas crianças e jovens – os poucos que ainda vão nascendo em Portugal – E não somos, obviamente, os únicos a pensar assim. Só para citar um exemplo recente, Reijo Laukkanen, exconselheiro da Comissão Nacional de Educação Finlandesa, considera, em entrevista ao diário espanhol Público (ver hiperligação no Facebook do AEVVR), que o segredo para sobreviver num contexto de envelhecimento da população e de crise económica é a necessidade de assegurar “quatro pilares imprescindíveis: uma educação pública cem por cento gratuita, uma boa gestão dos recursos, os melhores professores e a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino” (tradução livre). E afirma, na mesma entrevista, que seria “uma catástrofe” se aplicassem na Finlândia os mesmos cortes na educação que fizeram na Espanha. Apetece perguntar: e em Portugal? Só na última semana, tivemos (mais) notícias inquietantes: No Correio da Manhã de dia 15, logo na capa, para impressionar: “Despedimentos na Função Pública: Governo Abre Caça aos Professores”; no dia 16, no Expresso, contabilizam-se “menos 13.500 professores em 2012. E a redução continuará”. Este semanário, no entanto, considera que “a corda pode não esticar muito mais (…)”. No nosso Agrupamento temos procurado e – em nossa opinião – conseguido, em colaboração com a Câmara Municipal, a Associação de Pais e Encarregados de Educação, a CPCJ e outras instituições locais, assegurar as melhores condições (em termos de ambiente de escola, conforto, alimentação e acompanhamento pedagógico) para que as crianças e jovens do concelho possam concluir o 9º ano e continuar a sua vida pessoal e profissional com o sucesso que todos desejamos para eles. Os profissionais da educação que, todos os dias, fazem o melhor e congregam esforços para procurar criar as melhores condições de futuro desta geração (nem que seja para terem melhores condições para emigrar…) não podem, nunca, sentir-se descartáveis. Infelizmente, é o que começa a acontecer a todos os “funcionários públicos” (mas não só…) em Portugal. Pagam-se milhares de euros de “manutenção” das escolas construídas pela “Parque Escolar”, mas os professores são descartáveis… Vale a pena pensar nisto! Desejamos a toda a comunidade educativa uma Santa Páscoa.
A Direção
APOIOS:
Pág. 10
Alunos do 1º Ciclo
VISITA A ÓBIDOS E PENICHE
Pág. 6
Carnaval dos Pequenitos
Pág. 20
“O Mar” na Semana da Leitura