62 | março 2013
Distribuição gratuita
Diário de Bordo No clima deprimente em que vivemos, continuamos a acreditar – como tem ficado expresso nos “diários de bordo” dos últimos números deste nosso e vosso jornal – que a saída da crise terá sempre de se começar a fazer apostando na educação das nossas crianças e jovens – os poucos que ainda vão nascendo em Portugal – E não somos, obviamente, os únicos a pensar assim. Só para citar um exemplo recente, Reijo Laukkanen, exconselheiro da Comissão Nacional de Educação Finlandesa, considera, em entrevista ao diário espanhol Público (ver hiperligação no Facebook do AEVVR), que o segredo para sobreviver num contexto de envelhecimento da população e de crise económica é a necessidade de assegurar “quatro pilares imprescindíveis: uma educação pública cem por cento gratuita, uma boa gestão dos recursos, os melhores professores e a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino” (tradução livre). E afirma, na mesma entrevista, que seria “uma catástrofe” se aplicassem na Finlândia os mesmos cortes na educação que fizeram na Espanha. Apetece perguntar: e em Portugal? Só na última semana, tivemos (mais) notícias inquietantes: No Correio da Manhã de dia 15, logo na capa, para impressionar: “Despedimentos na Função Pública: Governo Abre Caça aos Professores”; no dia 16, no Expresso, contabilizam-se “menos 13.500 professores em 2012. E a redução continuará”. Este semanário, no entanto, considera que “a corda pode não esticar muito mais (…)”. No nosso Agrupamento temos procurado e – em nossa opinião – conseguido, em colaboração com a Câmara Municipal, a Associação de Pais e Encarregados de Educação, a CPCJ e outras instituições locais, assegurar as melhores condições (em termos de ambiente de escola, conforto, alimentação e acompanhamento pedagógico) para que as crianças e jovens do concelho possam concluir o 9º ano e continuar a sua vida pessoal e profissional com o sucesso que todos desejamos para eles. Os profissionais da educação que, todos os dias, fazem o melhor e congregam esforços para procurar criar as melhores condições de futuro desta geração (nem que seja para terem melhores condições para emigrar…) não podem, nunca, sentir-se descartáveis. Infelizmente, é o que começa a acontecer a todos os “funcionários públicos” (mas não só…) em Portugal. Pagam-se milhares de euros de “manutenção” das escolas construídas pela “Parque Escolar”, mas os professores são descartáveis… Vale a pena pensar nisto! Desejamos a toda a comunidade educativa uma Santa Páscoa.
A Direção
APOIOS:
Pág. 10
Alunos do 1º Ciclo
VISITA A ÓBIDOS E PENICHE
Pág. 6
Carnaval dos Pequenitos
Pág. 20
“O Mar” na Semana da Leitura
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62 | MARÇO | 2013
Gente em Ação
Entrevista (1)
SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (8)
Ana Estela Figueiredo Redação do Gente em Ação
O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta edição, entrevistamos Ana Estela Figueiredo, licenciada em Ciências Farmacêuticas que desenvolve a sua atividade numa empresa de radiofármacos, no Porto.
de Ródão? Entre 1989 a 1994 (do 5º ao 9º ano).
da escola? Que opinião
mas também pelo desenvol-
conclusão do meu curso.
tem da nossa escola hoje
vimento pessoal.
Após conclusão da minha
em dia? Sim, acompanho as vos-
algum
durante 10 anos em várias
sas atividades via Face-
episódio que se tenha
farmácias de oficina, sendo
book, e a sensação que te-
passado e do qual guarde
inclusive diretora técnica de
nho é que a escola continua
uma recordação especial?
uma. Neste momento, tra-
dinâmica e cheia de activi-
Um episódio específico
balho como responsável de
dades para os alunos.
não, mas lembro-me das
produção de uma empresa
excursões a Espanha orga-
de radiofármacos para diag-
Costuma ler o nosso jor-
De uma forma geral, acho
nizadas pela disciplina de
nóstico de cancros e outras
nal e conhece a nossa pá-
que todos os professores
Religião e Moral, principal-
patologias.
gina no Facebook?
me marcaram de uma forma
mente a ida à Expo 92, em
positiva.
Sevilha.
Recorda-se
Nome: Ana Estela Morgado Figueiredo Data de nascimento: 30/03/1979 Frequentou a escola de VVR: De 1989 a 1994 Média de conclusão do 9º Ano: 5 Profissão: Farmacêutica, com funções de responsável de produção de radiofármacos
tou a escola em Vila Velha
grama de investigação para
formação superior, trabalhei
Bilhete de Identidade
Quando é que frequen-
pela parte da formação,
pecialmente?
de
Costumo seguir a vossa O que mais a motiva na
página no Facebook.
atividade profissional que Era boa aluna? Sim, era boa aluna. O que é que achava da
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
escola?
Para além das ativida-
Que diferença sentiu ao
des letivas, que outras ini-
mudar desta escola para
A área da Medicina Nucle-
jestões gostaria de deixar
ciativas a escola oferecia
aquela onde frequentou o
ar é muito interessante. Tra-
aos nossos jovens leito-
e nas quais participava?
ensino secundário?
balhar com radioatividade
res?
hoje desenvolve?
Já não estou muito recor-
A escola onde frequentei
pode parecer muito perigo-
Era um sítio agradável,
dada das atividades que a
o secundário, a ESNA, era
so mas quando se trabalha
cheio de atividades e brin-
escola proporcionava, mas
uma escola muito maior,
com todos os cuidados é
cadeiras.
recordo-me do desporto es-
mas como alguns colegas
muito motivante.
colar onde, por vezes, parti-
da antiga escola também
cipei e das semanas cultu-
foram para a minha turma
rais.
da ESNA, não senti muita
Qual ou quais eram as suas disciplinas preferidas?
diferença. preferidas
Mantém o contato com
eram as disciplinas ligadas
os antigos colegas de tur-
à ciência (Matemática, Ci-
ma/escola?
As
minhas
ências Naturais e Físico-
Sim, com alguns.
química).
seu percurso escolar e profissional. Formei-me em Ciências
Lembra-se
Fale-nos um pouco do
de
algum
professor ou professora que a tenha marcado es-
Acha que esta escola
Farmacêuticas, sendo ago-
contribuiu para o seu su-
ra farmacêutica. Também fui
cesso? De que forma?
aluna de Erasmus, na Escó-
Claro que sim! Não só
cia, onde participei num pro-
Acompanha a atividade
Que mensagens ou su-
Que gozem e aproveitem a escola ao máximo. Muito obrigado!
62 | MARÇO | 2013
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Notícias Gente em Ação
Autoavaliação do Agrupamento
Professor Helder Rodrigues (Elemento da Equipa Permanente de Autoavaliação)
O projeto de autoavaliação do agru-
mitirá definir um perfil (ou seja, uma vi-
pamento, assessorado pela empresa
são) geral da escola. Serão avaliados
Another Step, encontra-se neste mo-
dois critérios de acordo com o modelo
mento a desenvolver atividades no
CAF: os critérios de Meios (Liderança,
âmbito das ações de melhoria, de-
Pessoas, Planeamento e estratégia,
correntes da Framework de Desen-
Parcerias e Recursos e processos) e
volvimento Pedagógico aplicada no
os critérios de Resultados (Resultados
transato ano letivo, as quais foram
relativos a pessoas, Resultados orien-
apresentadas na última edição deste
tados para os alunos / encarregados
jornal. De destacar que, já no 2º pe-
de educação, Impacto na sociedade
ríodo, foi aplicada novamente a Fra-
e Resultados de desempenho chave).
mework de Desenvolvimento Pedagó-
No âmbito deste processo, iniciou-
gico, esperando-se, neste momento,
se, no passado dia 5 de fevereiro,
os resultados decorrentes desta apli-
uma ação de formação para o pes-
cação, cuja apresentação à equipa
soal docente, com a duração total de
está prevista para o momento em que
25 horas presenciais, sobre o tema
dades educativas do Agrupamento”;
pretende-se a implementação de
o nosso jornal se encontra na gráfica.
– “Gestão da Melhoria e da Qualida-
“Criar mecanismos de verificação da
uma “cultura de qualidade e avalia-
Importa referir que, no decorrer do
de”, a qual pretende dotar todos os
limpeza e estado das salas de aula
ção”.
3º período, será aplicada novamente
formandos de ferramentas que permi-
no fim da aula e também dos espaços
Só o envolvimento de toda a comu-
esta ferramenta, para possível compa-
tam dar sustentabilidade ao processo
exteriores”) estão a ser dinamizadas
nidade educativa (direção, pessoal
ração de resultados.
de “autorregulação com a CAF”, bem
pelos respetivos responsáveis, com a
docente, pessoal não docente, alu-
como de “Comunicação do Projeto de
implementação das atividades previs-
nos, pais/encarregados de educação
mente a CAF (Common Assessment
Gestão da Qualidade e da Melhoria à
tas nos seus planos de trabalho.
e autarquia) permitirá alcançar os re-
Framework), à semelhança do que
comunidade”.
Neste ano letivo, será aplicada nova-
Em suma, todo o processo de ges-
sultados pretendidos, com a realiza-
aconteceu no início deste processo,
Atualmente, todas as ações de
tão da melhoria e da qualidade na
ção e implementação das conclusões
em janeiro de 2012, a qual permitirá
melhoria (“Promover o trabalho cola-
organização, em desenvolvimento no
decorrentes do processo de autoava-
realizar um “diagnóstico transversal da
borativo nos alunos”; “Apresentação
Agrupamento de Escolas de Vila Ve-
liação. Todos estes procedimentos já
realidade escolar”, com a aplicação de
de temas, nas áreas de Português e
lha de Ródão, permite criar “oportuni-
implementados e em implementação
um questionário à comunidade educa-
Estudo do Meio, de forma esquemáti-
dade de reflexão” de forma contínua
deverão ser constantemente monito-
tiva (alunos, pessoal docente, pessoal
ca”; “Rentabilização dos recursos tec-
através da “federação de esforços”,
rizados, pois este é um instrumento
não docente e pais e encarregados de
nológicos na sala de aula, para apoio
da procura constante de “maximizar
fundamental para o sucesso e satis-
educação). O cruzamento dos dados
às aprendizagens”; “Partilha de boas
as aprendizagens” e de promover “pa-
fação de todos nós.
recolhidos, através de inquéritos rea-
práticas/Circulação de conhecimen-
drões de excelência no desempenho”.
lizados a todos os intervenientes, per-
to”; “Melhorar a participação em ativi-
Do conjunto de todas estas sinergias,
Responsáveis pelo Projeto de Jardinagem No dia 1 de fevereiro decorreu
sos da Santa Casa da Misericórdia
Este evento, que muito agradou
uma ação de sensibilização sobre
de Vila Velha de Ródão, que nos vi-
a todos os presentes, irá ter outras
“Higiene e Segurança no Trabalho”,
sitam semanalmente e com os técni-
sessões
promovida pelos responsáveis do
cos da Câmara Municipal.
ao
longo
do
ano,
Projeto de Jardinagem “A minha escola é um Jardim”.
No final da exposição, a formação contou com uma componente práti-
para aferir
A ação decorreu na estufa e foi
ca onde, através de jogos e ques-
a eficácia
dinamizada por um técnico espe-
tionários, se pretendeu que os alu-
e conheci-
cializado nesta área que acedeu, de
nos aplicassem os conhecimentos
mento na
bom agrado, ao nosso convite.
adquiridos e pudessem avaliar os
execução
seus próprios erros e, finalmente,
dos traba-
corrigi-los.
lhos práti-
Além dos nossos alunos, esta dinamização foi partilhada com os ido-
cos a desenvolver na nossa estufa.
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
“A Minha Escola é um Jardim!”
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62 | MARÇO | 2013
Gente em Ação
Entrevista (2)
JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE
Francisco Henriques Turma 9ºA
O concelho de Vila Velha de Ródão desenvolveu, ao longo da sua história, uma tradição ancestral no cultivo do olival e na exploração do azeite como produto de elevada importância económica. A escola, enquanto instituição local, deve promover o estudo da realidade que a rodeia e, por isso, considerou pertinente, no âmbito do projecto “Jovens Repórteres para o Ambiente”, desenvolver um trabalho sobre o mundo rural, onde se dê a conhecer a componente associada à produção e extração do azeite, o impacto que esta actividade teve na economia local e o papel que os lagares tradicionais, hoje ao abandono, poderão ter enquanto património que pode ser alvo de valorização turístico-didática. Para isso, os alunos do 9ºA, no sentido de ficarem a conhecer esta realidade, entrevistaram duas individualidades – Francisco Henriques, investigador local que realizou um estudo sobre um lagar social já desativado e fez o inventário dos lagares existentes no concelho e Maria do Carmo Sequeira, presidente da autarquia, que falou sobre o projeto da recuperação do Lagar de Varas do Encharrique, espaço museológico situado no centro da vila.
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Sabemos que é autor de um estudo sobre os lagares do concelho de Vila Velha de Ródão. Como surgiu a ideia de estudar os lagares de Ródão? A ideia de estudo dos lagares de Ródão surgiu em 1991, quando eu era aluno do curso de Antropologia e tive de fazer um trabalho para a disciplina de Antropologia Económica, e então resolvi estudar o lagar social de Vilas Ruivas. Esta era uma tarefa aparentemente simples, mas depois dei conta de que um lagar é algo de complexo, que envolve a azeitona, a oliveira, o azeite, o bagaço e a importância que isso tem na vida e na riqueza das pessoas. Assim, resolvi fazer também um inventário dos lagares do concelho para complementar o trabalho em si. Quantos lagares contabilizou durante o seu trabalho de inventariação? Neste momento, o número está em 84 lagares a nível concelhio, mas são de várias épocas. Eu não tive a preocupação de selecionar uma época. É muito provável que este número vá aumentando à medida de eu faça um trabalho mais minucioso a nível de investigação documental ou então a nível de informação junto das pessoas das várias aldeias.
Eram lagares de grande ou de pequena dimensão? Os lagares mais antigos eram relativamente pequenos. Depois, nos anos 20 ou 30 do século XX houve uma remodelação dos lagares; começaram a ser eletrificados, a ter prensas e pios metálicos e isso não cabia na construção original, então tiveram de construir edifícios maiores. O que resta dos lagares primitivos são edifícios pequenos, junto a linhas de água (não eram movidos a água, eram movidos por animais). A sua presença junto às linhas de água relacionase com o facto de a água ser necessária para o processo de separação do azeite dos detritos que lhe estão associados. Como é que os lagares estão distribuídos pelo concelho? De uma maneira geral, estão distribuídos uniformemente pelo concelho, ainda que haja uma maior densidade junto da serra das Talhadas, o que coincide com o facto de a maior parte da população do concelho se fixar junto à serra. Quantos é que ainda laboram? É uma pergunta difícil, mas acho que, no concelho, não laboram mais de 7 ou 8 lagares. E a tendência é para a concentração em lagares com maior potência, nomeadamente as cooperativas
de Vila Velha de Ródão, de Fratel e Monte Fidalgo. A que se deve o abandono de tantos destes lagares? O abandono destes lagares tem muito a ver com a demografia. Tem a ver, essencialmente, com duas coisas: com a demografia e a população envelhecida que não é capaz de cultivar as terras e colher a azeitona. E os lagares que existem respondem às necessidades, porque se têm modernizado e aumentado a sua potência conseguindo, desta forma, transformar cada vez mais azeitona. Qual o lagar mais antigo? É uma pergunta difícil e não tenho resposta. Encontrei lagares muito antigos, mas que não consigo datar, provavelmente do século XVI, que pertenciam às ordens religiosas. Mas a oliveira, na nossa região, tem um grande passado. O olival industrial é uma coisa recente no nosso concelho. Vou contar-vos uma história: havia poucas oliveiras no concelho e a charneca não tinha uma única oliveira, aquilo era, como diziam alguns estudiosos, um covil de lobos. Então, toda a charneca foi trocada por 28 oliveiras. O que é que aconteceu a quem trocou a charneca? Ao final de poucos anos, nos finais do sé-
culo XIX, toda aquela zona já tinha grandes olivais. O olival extensivo, que subiu até ao cimo da serra, desde a cota do rio, foi ganhando terreno, principalmente nos finais do século XIX e inícios do século XX, quando havia muita mão-de-obra barata. Dos lagares ativos, quais os mais modernizados? Os mais modernizados são as cooperativas de Fratel, de Monte Fidalgo e de Vila Velha de Ródão, principalmente esta última que tem conseguido acompanhar o progresso, faz engarrafamento, é premiada… consegue um excelente serviço, pelo que creio ser esta a unidade mais modernizada. O lagar do Vermum foi contabilizado? Foi contabilizado, naturalmente. Com tantos lagares, havia matéria-prima para todos laborarem? Sim, naturalmente que havia, senão deixavam de existir. Verifica-se que, à medida que deixou de haver matéria-prima, eles foram encerrando. Por exemplo, o lagar social das Vilas Ruivas, que eu estudei, em 1991 foi o último ano que trabalhou. Quando encerrou, não foi por falta de matéria-prima, mas sim porque as pessoas começaram a levar a azeitona para o lagar de Fratel. Manter um lagar em funcionamento é muito complicado, pois é muito dispendioso, por causa dos impostos,
das reparações que têm de ser feitas, dos salários dos trabalhadores … quando um lagar começa a dar prejuízo, tem necessariamente de encerrar, como qualquer outra fábrica ou empresa. Como evoluiu a tecnologia associada aos lagares que inventariou? Primeiramente, existiam os lagares de varas, como o que foi recuperado no Porto do Tejo. Este tipo de lagares funcionava através de uma grande vara, movida a força animal, que moía a azeitona; depois vieram os lagares movidos a água; a seguir passaram a ser movidos a eletricidade ou por motores a gasóleo que produziam energia elétrica; atualmente, os lagares são elétricos e de linha contínua. Com que força motriz é que trabalhavam os mais antigos? Os mais antigos eram movidos através da força animal, geralmente bois ou vacas. Os animais andavam à volta do pio a mover a galga, movendo a roda aguadeira. Porque dormiam os lagareiros no lagar? Os lagareiros dormiam lá, provavelmente, porque o lagareiro trabalhava vinte horas por dia e, ao fim de vinte horas, quem é que tinha capacidade para ir andar três ou quatro quilómetros durante a noite? Eles dormiam e comiam no próprio lagar Continua na pág. seguinte
62 | MARÇO | 2013 JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE
Entrevista (3) Gente em Ação
Maria do Carmo Sequeira A turma do 9º ano, no âmbito do projecto dos Jovens Repórteres para o Ambiente, está a abordar este ano o tema do mundo rural, tendo escolhido o azeite como elemento central das suas reportagens. Devido ao elevado número de lagares do concelho e à recente recuperação deste espaço – o Lagar de Varas -, gostaríamos de lhe colocar algumas questões para posteriormente elaborarmos a nossa reportagem.
Qual a intenção da Câmara ao recuperar este espaço e porquê este lagar em particu-
Continuação da pág. anterior devido, principalmente, ao horário de trabalho. Mais tarde, o horário de trabalho passou para cerca de doze horas e então os lagareiros já podiam ir a casa. Mas o hábito de as pessoas comerem e dormirem no lagar continuou.
lar? Já o expliquei: primeiro recuperar todo este espaço e requalificar esta zona, nomeadamente o ribeiro para podermos ter um acesso ao rio. Depois, ao verificar a raridade das tecnologias aqui existentes, nomeadamente aquelas enormes varas, tivemos a consciência da importância de preservar um espaço que está diretamente relacionado com a nossa história enquanto comunidade. Quem foi o responsável pelo projeto de recuperação? O projeto foi da responsabilidade da Câmara Municipal e depois foi contratado um arquiteto ligado à Universidade de Évora, com experiência neste tipo de recuperações. Que significado atribui ao património rural do concelho para justificar este esforço de recuperação? O nosso património rural tem a ver com a nossa identidade e os nossos antepassados tinham feito um grande esforço para trabalhar estas terras e divulgar os produtos. Esta é uma maneira de lembrar aos mais novos que os nossos antepassados trabalharam para que estas coisas tivessem valor. Que projetos existem para valorização deste espaço agora recuperado? Este lagar está integrado
Qual o lagar que mais gostou de estudar e porquê? Foi o lagar social de Vilas Ruivas, porque o conheço muito bem. Conheço a escritura pública, conheço todas as pessoas que estiveram, em 1951, na sua constituição. Nesta data, houve necessidade de remodelar o lagar, mas não havia di-
Turma 9ºA num projeto global ao nível do concelho. Nós fizemos um projeto que vamos apresentar na Feira de Atividades, que já foi aprovado e que tem a ver com uma rota que engloba todas as freguesias do concelho. Nesta rota concelhia, o lagar de varas é um espaço importante para as pessoas quando quiserem fazer a grande rota do concelho ou pequeninas rotas, neste caso a rota de Vila Velha. Para quem faz estes percursos, o lagar é um espaço que merece ser visitado. Qual a importância do azeite na economia de Vila Velha de Ródão? O azeite é um dos produtos mais nobres e de maior prestígio no nosso concelho. Tem grande qualidade devido à qualidade da azeitona e das terras onde as oliveiras estão plantadas. O azeite valoriza a economia local e dá prestígio e nome ao concelho. Que outros exemplos de património rural estão a ser recuperados? Nós temos em todo o concelho vários espaços que já foram ou estão a ser recuperados para que as pessoas os possam visitar e conheçam o património. Vou dar alguns exemplos do que existe nas diferentes freguesias. Aqui em Vila Velha temos o lagar e, no cais, vamos fazer uma ponte sobre o Enxarrique para possibilitar o acesso a um lugar que está classificado e que tem que ver com a arqueologia. Onde está hoje o cais era a Tapada da Cortiça, onde antigamente se armazenava a cortiça que depois havia de descer
nheiro suficiente e os donos abriram as cotas a outros sócios que pagaram 300 escudos por cada cota para poderem lá moer azeitona. Tinham, contudo, que pagar a maquia, uma percentagem de azeite que ficava para o lagar. No início era 8% mas em tempos mais recentes passou para 10%.
o rio em direção ao litoral. Os barcos levavam cortiça, azeite e outros produtos e traziam o sal necessário para conservar os alimentos. Estão a ver que estes espaços, que têm a ver com a nossa tradição, estão recuperados. Em Perais, vamos ter um outro espaço que está a ser preparado que terá uma rota relacionada com o contrabando, atividade clandestina, mas importante para a sobrevivência das pessoas de outros tempos. Vamos também ter um espaço museológico relacionado com a vida daquela comunidade rural. Em Sarnadas, temos o espaço museológico do azeite. Depois, na Foz do Cobrão temos o atual centro de interpretação criado aquando do projeto das “Aldeias do Xisto” e que foi uma antiga fábrica de lanifícios, das mais antigas. Agora queremos que esse espaço e o lagar que está mesmo ao lado sejam um espaço museológico sobre o linho e a tecelagem. Vamos ter ali todo o material que as pessoas usavam para trabalhar o linho e queremos retratar todas as etapas da produção do linho até chegar aos teares. No Fratel, vai funcionar um espaço na antiga escola que
vai tratar os assuntos que têm a ver com os produtos produzidoos pelas comunidades rurais como o azeite e a olaria e que também contam a sua história. Estes espaços já estão recuperados, na sua maioria, e vão fazer parte da grande rota pelo concelho que queremos divulgar junto das pessoas que nos visitam.
Pelo número de lagares que nos apresentou, parece-nos que o azeite tinha grande importância na economia da região. Fale-nos um pouco desta importância. O azeite era dinheiro e tinha um papel fundamental na nossa região, era um meio de troca. Eu podia ter dinheiro ou ter azeite, era a
mesma coisa. Podia trocar 5 alqueires de azeite por um pedaço de terra, era um bem para amealhar. Guardar azeite era a mesma coisa que guardar dinheiro, era um bem de prestígio. Para se ser rico e ter estatuto, na nossa zona, tinha que se ter muito olival e muita terra.
Há quanto tempo o Lagar de Varas está aberto ao público? Está aberto desde o dia 29 de junho de 2012 Tem ideia do número de visitantes recebidos? Desde meados de julho, recebemos um pouco mais de 4000 pessoas e, só no verão passado, houve dias em que tivemos cerca de 300 visitantes. Não é muito fácil encontrar em Portugal um espaço como este, com esta tecnologia e tão bem recuperado. Este projeto resultou de um grande empenhao de técnicos, funcionários e outros colaboradores que se envolveram. Obrigado.
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Quando e como surgiu a ideia de recuperar o Lagar de Varas do Enxarrique? Este local existia, tinha uma grande antiguidade e esteve a funcionar até meados do século passado mas, como deixou de ser utilizado, estava em ruínas e coberto de silvas. As pessoas solicitaram à Câmara para limpar o espaço e cortar o silvado e, quando os funcionários começaram o trabalho, descobriram que, apesar das ruínas, o lagar estava repleto de equipamentos. Este lagar não era da Câmara, pertencia à família Pinto Cardoso. Acontece que a autarquia estava a negociar com a família a compra do Cabeço das Pesqueiras para requalificar o local e esta família alegou que só vendia o espaço se a autarquia comprasse o lagar. Assim, acabámos por comprar também o lagar e foi uma sorte, porque logo reconhecemos que era um espaço que tinha valor para preservar a história do concelho, que se confunde muito com o fabrico do azeite e com os olivais desta zona muito rica em azeite de qualidade e que era exportado para todo o país e até para o estrangeiro. Foi assim que, por acaso, comprámos o lagar e reconhecemos que foi uma maravilha.
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Gente em Ação
Atividades | Projetos
Viva a sopa!!
Pancake race
Joana Oliveira (Nutricionista)
A sopa sempre foi um ícone na gas-
para o funcionamento dos intestinos;
Beatriz Ribeiro (6ºA) No passado dia 14 de fevereiro,
de alunos, professores e funcionários.
tronomia portuguesa e era presença
- Fornece substâncias protetoras;
realizou-se uma corrida de panque-
Participaram alunos de todos os ci-
obrigatória na mesa dos portugueses.
- Nas crianças, constitui muitas vezes
cas organizada pelos professores
clos, mas os que mais aderiram à ati-
No entanto, e infelizmente, nos últimos
a única forma de estas ingerirem vege-
anos o seu consumo tem sido menor.
tais;
de Inglês. A atividade consistiu numa
vidade foram os do 1º.
É sempre constituída por água, ba-
- Permite aproveitar vitaminas e mine-
tatas, pão ou feijão (ou outra base
rais que se perdem quando se desperdi-
espessa de amido), muitos vegetais e
ça a água de cozedura;
legumes. O azeite é adicionado no final e apenas uma pequena quantidade. Deve ser sempre ingerida no início do almoço e jantar para diminuir o apetite para o prato seguinte.
- Não gera substâncias que provocam danos no nosso organismo; - É muito reconfortante e, se estiver quente, obriga-nos a comer devagar; - É de fácil digestão; - Por ser um alimento com grande
Boas razões para comer sopa
volume, muita água e fibras, sacia rapi-
corrida, em pares, em que os partici-
No final, como prémio de partici-
pantes tinham que fazer um determi-
pação, todos tiveram direito a comer
nado percurso, com uma frigideira na
panquecas; umas com canela, outras
mão, tentando, ao mesmo tempo que
com compota ou simples, se assim o
corriam, voltar a panqueca que esta-
preferissem.
va dentro do recipiente, sem a deixar cair no chão.
Foi uma tarde muito divertida. E a propósito…as
Esta atividade decorreu no poliva-
panquecas
estavam
deliciosas!
lente da escola, com a assistência
damente e regula o apetite, ao mesmo Além de ser indicada no tratamento
tempo que contém poucas calorias, sen-
do excesso de peso/obesidade, é im-
do por isso importante na prevenção e
portante para o controlo de peso, para
combate ao excesso de peso/obesida-
quem sofre de falta de apetite ou ainda
de.
para controlar a ingestão compulsiva de alimentos nas crianças, porque:
Nota: quando se usam cubos de cal-
- É um alimento pouco calórico e com
dos de carne, para além de um desin-
uma grande variedade de legumes, de
teressante valor nutricional, têm sal em
sabor sempre diferente;
excesso e tornam as sopas muito idên-
- Pela combinação das fibras com
ticas.
o elevado teor em água, é importante
Os pequenitos ainda adoram o Carnaval!
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Professor Jorge Gouveia São os mais pequenos aqueles que mais vivem e
Depois foi vê-los a desfilar numa passerelle improvi-
de Carnaval organizado pelo município de Ródão. Aos
melhor traduzem o espírito do Carnaval, ao assumir e
sada, mas que uma parte significativa domina já como a
finalistas, que apresentaram o tema das profissões, jun-
encarnar as personalidades que alimentam os seus so-
distinção de um qualquer modelo profissional.
taram-se muitos outros colegas que ajudaram a valorizar
nhos de criança.
Em suma, foi uma tarde muito divertida e em que to-
A organização dos festejos carnavalescos vale sem-
dos os envolvidos contribuí-
pre a pena, pois não há nada que pague o sorriso e a
ram para alimentar o sonho e
alegria da criançada que não esconde a sua felicidade,
o prazer dos mais pequenos,
nem por detrás dos disfarces, e que adere de forma en-
lembrando que a escola ga-
tusiástica às atividades que lhe são propostas.
nha vida e se reforça na sua
Neste ano, as docentes da disciplina de Inglês, propu-
prática
educativa,
através
seram uma corrida de panquecas, competição mobiliza-
destes momentos de partilha
dora e que proporcionou hilariantes disputas, acabando
e boa disposição.
por justificar o merecido prémio para todos: um lanchi-
No domingo gordo, coube
nho de panquecas, adoçadas com a geleia e o açúcar
à turma do 9º ano represen-
com que se lambuzaram os rostos felizes da miudagem.
tar o Agrupamento no desfile
esta participação.
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Atividades | Notícias | Talentos Gente em Ação
Visita ao Castelo de Ródão
Sara Rei, Bárbara Carmona e Rúben Trindade (5º A)
seguida, foram todos até ao miradouro de onde se avistam as Portas de Ródão e a gruta da Falopa e aí se fizeram muitas perguntas e se contaram várias histórias, tal como a “Lenda do rei Wamba”. Os alunos, no final, tiveram ainda um tempinho para dar mais uma volta ao castelo, admirar as suas muralhas, observar uma das marcas dos Templários (que eram os monges guerreiros que guardavam estas terras) e para brincar ao tempo dos cavaleiros de antigamente. Todos aprenderam mais coisas sobre os castelos e passaram uma tarde em cheio
Opiniões dos Alunos: Eu gostei muito de ir ao castelo do rei Wamba, foi muito “fixe”, porque gostei de ver a paisagem do miradouro, de visitar o castelo e tirar fotos na porta de entrada e de ver a gruta da Falopa. Foi um dia esplêndido! - Tânia Pinguelo Eu gostei muito desta visita, porque aprendi coisas novas e
Eu gostei muito desta visita de estudo ao castelo de Ródão, porque pude conhecer mais coisas que não sabia. Pude ver a gruta da Falopa e ainda pudemos jogar um jogo lá no castelo. Aprendi que o castelo de Ródão era, afinal, uma torre de vigia que pertencia aos Templários e eram estes monges e cavaleiros que guardavam estas terras, durante a Reconquista Cristã. - Henrique Barreto
Eu adorei ir ao castelo de Ródão com os meus colegas e professoras. Subimos até à torre principal, visitámos as muralhas e até jogámos aos combates como nos tempos antigos. O que eu mais gostei de ver foi a cadeira onde a rainha ia namorar com o rei mouro do outro lado do rio. Foi uma tarde fantástica! Bárbara Carmona
Eu gostei muito desta visita, porque fiquei a saber muitas coisas novas sobre o castelo, sobre a gruta da Falopa, a cadeira da rainha e as lendas que se contam sobre este sítio que é muito lindo. Foi uma tarde cheia de divertimento! - Georgiana Padure
Gostei muito desta visita e também aprendi muito sobre o castelo, coisas que ainda não sabia. Por exemplo, fiquei a saber onde era a cadeira da rainha, vi que na janela, que nesse tempo, afinal, era a porta de entrada, estava lá esculpido o símbolo dos Templários (que eram os guardas do castelo), ainda vi, do miradouro, a gruta da Falopa e a história associada a ela. Foi uma tarde muito bem passada junto dos meus colegas e professoras. - Sara Rei
No dia 30 de janeiro fomos visitar o castelo do rei Wamba. Assim que lá chegámos, começámos, cheios de curiosidade, a correr para ver tudo. Entrámos no castelo e lá do cimo tínhamos uma vista fabulosa. A seguir, fomos ao miradouro de onde se via a gruta da Falopa. Pudemos conhecer mais histórias associadas a este sítio. Gostei muito desta aventura, pois parecia que tínhamos recuado até aos tempos antigos em plena guerra da Reconquista! - Bruno Canelas Eu gostei muito da visita ao castelo de Ródão, porque fiquei a conhecer mais coisas sobre o
castelo, sobre a lenda do rei Wamba, a cadeira da rainha e outras coisas. Fomos depois ao miradouro de onde se avistava uma paisagem espetacular. Ainda pudemos jogar uns com os outros. Foi uma tarde muito divertida! - Gonçalo Santos Esta visita ao castelo foi muito engraçada e, apesar de eu já lá ter ido muitas vezes, como fui com a minha turma e as minhas professoras, achei muito mais giro. Aprendi algumas coisas novas sobre este sítio e foi uma tarde muito divertida. - Susana Isaías No passado dia 30 de janeiro, os alunos do 5ºA foram visitar o castelo do rei Wamba. Visitámos o castelo, que afinal era uma torre de vigia dos Templários, vimos do miradouro a paisagem para o Alentejo e depois ainda pudemos jogar. Foi uma tarde bem passada. João Gil
Eu gostei muito de ir ao castelo do rei Wamba, porque nós brincámos lá com se fosse a guerra dos tempos dos cavaleiros da Reconquista. Eu gostava era de saber como é que eles subiam aquilo tudo e conseguiram construir o castelo naquele sítio tão alto. Mas devia ser muito aborrecido viver ali sem ver ninguém. Foi uma tarde muito divertida e bem passada. - João Pires
Dia dos Namorados A paixão
O dia do amor! Ioana Padure (5ºA)
O dia 14 de fevereiro é o dia de São Valentim, dia dos namorados. Os rapazes compram prendas para oferecerem às suas namoradas: chocolates em forma de coração, flores, ursi-
nhos e muito carinho e beijinhos. No dia de São Valentim, o amor é uma fonte de paixão e carinho. A paixão é importante para toda a gente do mundo.
Susana Silva (5ºA) O dia 14 de fevereiro é o dia dos na-
prendas, flores e chocolates.
morados e, nesse dia, os namorados e
Os corações das pessoas ficam an-
as namoradas oferecem prendas uns
siosos para sentir o carinho que os na-
aos outros e a paixão paira no ar.
morados dão às namoradas com mui-
Neste dia, também chamado de São Valentim, a tradição é dar beijinhos,
tos beijinhos!!
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
No passado dia 30 de janeiro, os alunos do 5º ano fizeram uma visita de estudo ao castelo de Ródão, também conhecido por castelo do rei Wamba, no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal e também de Português, uma vez que estavam a dar matéria sobre os castelos durante a Reconquista e também para ficarem a saber um pouco mais sobre a história e as lendas associadas àquele lugar. Os alunos foram acompanhados pelas professoras Anabela Santos, Anabela Estrela e Luísa Filipe. Quando lá chegaram, dirigiram-se logo todos para o sítio onde estava a porta de entrada da torre de vigia onde a professora Luísa Filipe lhes falou da razão daquela visita e lhes explicou muitas coisas sobre o castelo. Depois, todos subiram a torre até à janela de onde se avista uma paisagem fantástica e se veem todas as terras à volta. Na verdade, esta janela era, antigamente, a única porta de entrada na torre e o acesso fazia-se através de uma escada que era então recolhida. De
diverti-me muito. Aprendi que, o que nós pensávamos ser a janela do castelo, afinal era a porta por onde os cavaleiros entravam com umas escadas. Também fui ao miradouro, que é mesmo por cima das portas de Ródão e tem uma vista espetacular. Foi uma tarde muito divertida! - Rúben Trindade
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Gente em Ação
Opinião
Como ultrapassar a crise?
Portugal está a viver uma crise profunda que só poderá ser ultrapassada com a ajuda de todos. As turmas do 8º e do 9º anos refletiram sobre este assunto na Formação Cívica. Este é o resultado das suas reflexões.
Como combater a crise de hoje em dia
José Araújo e Tatiana Barata (8ºA)
Portugal está a enfrentar uma crise muito má. Não há tanto trabalho como antigamente, as pessoas passam dificuldades, não têm dinheiro para pagar as faturas
vemos contribuir, pondo em práti-
cursos naturais para ultrapassar
ca algumas medidas que ajudam a
este momento.
poupar. -Não deixar as luzes acesas quan-
desligar da ficha televisões em stand-by, usar lâmpadas econó-
cultura volta a estar na moda, com a
baldios, aproveitando assim os re-
sos, nem dinheiro têm para pagar a
Para poupar energia, devemos
Com os tempos de crise, a agri-
Portugal está envolvido, todos de-
Deixamos aqui algumas ideias:
exemplos de como poupar energia.
Tiago Cruz e André Ribeiro (8ºA)
Sofia Ribeiro, Beatriz Rodrigues e vinda de pessoas das cidades para Filipe Caetano (9ºA) Para ultrapassar a crise em que as aldeias para cultivar os terrenos
da água, luz, gás e, em alguns cacasa. Neste texto, vamos dar
do não é necessário; -Não deixar as torneiras a pingar;
Com a crise a apertar, as pessoas com rendimentos mais baixos têm menos poder de compra, logo, têm necessidade de cultivar pequenas
-Não deixar portas/ janelas aber-
hortas para obter os bens essen-
tas quando os aquecedores estão
ciais como a azeitona para produzir
ligados;
o azeite, o cultivo de batatas, cenou-
micas que, apesar de serem mais
-Não deixar aparelhos eletrónicos
ras, cebolas, couves e a criação de
ligados ou em standby (produzem
caras, sempre compensam, apagar
um gasto de energia desnecessá-
gado, entre outros. Estes bens são
as luzes quando não precisamos
rio);
delas, aderir aos contadores bi-
-Reduzir a quantidade de água na
horários para que as contas não
descarga dos autoclismos, pondo
sejam tão elevadas, usar eletrodomésticos de classe A que são mais económicos. Ao fazermos isto tudo, vamos ter
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Combater a crise
Incentivo à agricultura
uma garrafa de água no seu interior; -Comer mais vezes em casa, em vez de ir ao restaurante.
necessários para uma alimentação minimamente equilibrada. Assim, com estes pequenos gestos, as pessoas com menos poder de compra podem ter uma alimentação mais saudável e mais económica.
Se todos ajudarmos um pouco,
um resultado positivo, ou seja, va-
Pense nesta ideia e procure um
vamos ajudar o país a sair do “bu-
mos ter contas menos elevadas e
raco” onde está metido e contribuir
terreno de família ou de um amigo
assim vamos ter mais dinheiro para
para uma melhor qualidade de vida
os bens essenciais.
dos cidadãos.
que não precise e cultive uma horta, depois faça as contas à vida e vai ver que compensa.
Medidas para ultrapassar a crise António Lopes e João Gouveia (9ºA)
Já todos ouviram decerto falar da crise. Nós vamos explicar-vos do que se trata. Portugal habituou-se a viver com mais do que o que podia, pagando as dívidas com empréstimos do estrangeiro cujos juros eram muito elevados. Esta dívida, que se foi acumulando durante vários anos, fez com que Portugal necessitasse de ajuda financeira do FMI. As medidas para podermos ajudar a ultrapassar a crise são várias, portanto nós vamos mostrar-te algumas das que estão ao teu alcance: -Desliga as luzes e/ou os aquecedores quando não é necessário para poupares energia; -Quando lavas os dentes, desliga a água; -Pede sempre a fatura quando fores a um restaurante ou café; -Usa, sempre que possível, transportes públicos; -Compra produtos portugueses; -Não danifiques o material da escola; -Não deixes as torneiras abertas quando acabas de as usar; -Preserva o teu material escolar e, se possível, pede manuais em segunda mão. Estas medidas são algumas das que estão ao teu alcance mas, se tiveres curiosidade, há mais que até tu podes procurar.
Porque é que não compra produtos portugueses? I. Tavares, J. Mourato, M. Dias e S. Sousa (8ºA) Nos tempos em que vivemos, é cada vez mais importante poupar e lutar para ultrapassar a crise. Vamos aqui referir alguns factos que provam que comprar produtos portugueses
vinhos e cereais. Tenha sempre o cuidado, quando vai ao supermercado, de reparar se o produto é português. O vestuário e o calçado português podem ser
porque, quando compramos produtos de marcas estrangeiras, o dinheiro vai para um país estrangeiro e não fica em Portugal. Se cada pessoa passar a comprar mais produ-
pode ajudar a resolver o problema que o nosso
um pouco mais dispendiosos mas, como são de
tos portugueses, não só estará a preservar pos-
país atravessa.
melhor qualidade, duram mais tempo e compen-
tos de trabalho, como também estará a ajudar o
sam mais.
nosso país a ultrapassar a crise.
Portugal produz vários produtos de qualidade, como por exemplo: frutas, sapatos, roupas,
É importante comprar produtos portugueses
Compre o que é bom, compre o que é nosso!
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Atividades | Projetos | Opinião Gente em Ação
Pesticidas
Professor Fernando Ferreira Entende-se por pesticida um químico utilizado no combate aos inimigos das culturas. Os mais comuns e conhecidos são os inseticidas contra insetos; os fungicidas contra fungos; e os herbicidas contra infestantes. Mas há outros grupos como rodenticidas, bactericidas, nematodicidas, algicidas, moluscicidas. Por outro lado, um pesticida pode não ser um produto químico. A utilização destes químicos deve ser muito ponderada, aplicando-os apenas como última alternativa. Químicos, ou não, têm sempre os seus aspetos secundários e que têm de ser levados em consideração na decisão a tomar. Os inimigos das culturas provocam danos nas mesmas. Estes danos têm um peso económico. Esse peso económico é um prejuízo. Esse prejuízo é calculado, e só a partir de um dado limiar económico (NEA) é que se opta pela aplicação de um fitofármaco, esgotadas que estão as possíveis alternativas. O NEA estabelecido para a
Acreditar Professora Isabel Mateus A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica aderiu à campanha de solidariedade “Acreditar”, destinada a ajudar as crianças internadas em hospitais e vítimas de cancro. Os alunos do nosso Agrupamento realizaram uns marcadores de livros e separadores para angariar fundos. A campanha foi alargada até ao dia 31 de maio, pelo que a nossa escola vai continuar a participar durante o 3º período.
essa presença em 10 azeitonas. É frequente um agricultor queixar-se que tem um problema no seu olival, pomar ou qualquer outra cultura. Pode não se recorrer de imediato a todo o arsenal químico disponível, ou seja, vamos em primeiro lugar calcular os benefícios e custos das várias opções. Depois da necessária análise económica dos prós e contras das opções possíveis, é que tomamos a decisão. A agricultura e o ser agricultor exigem, cada vez mais, conhecimentos técnicos, incluindo as vertentes económica e ambiental. Por outro lado, a agricultura, visando ou não o lucro, tem de ser encarada como uma atividade empresarial, com viabilidade económica, produzindo produtos de qualidade, incluindo nestes a confiança que o consumidor tem na aquisição dos mesmos, sabendo que não têm resíduos químicos nocivos à saúde.
Eco-escolas Professor Fernando Ferreira A participação no Programa Eco-escolas resulta de uma parceria entre o nosso Agrupamento e a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão. Para se ser uma Eco-escola tem de se respeitar sete passos: conselho Eco-escolas, auditoria ambiental, plano de ação, trabalho curricular, monitorização e avaliação, envolvimento da comunidade e eco-código. A base de trabalho e a grande mais-valia do Programa é a auditoria ambiental. A partir desta, estabelecese o plano de ação. É do resultado final deste plano que a escola se pode candidatar ao galardão que reconhece a trabalho feito em termos de “eficiência ambiental”.
O eco-código é o assumir, pela comunidade educativa, de um compromisso para com o ambiente. Contudo, aquando da inscrição da escola no Programa Eco-escolas, foi necessário escolher os temas ambientais a desenvolver. No nosso caso, optámos pelos seguintes: resíduos, água, energia, floresta e espaços exteriores. Consideramos que são os mais pertinentes para o nosso Agrupamento. O trabalho levado a cabo pelos professores e alunos do nosso Agrupamento conduziu à atribuição, pelo terceiro ano consecutivo, do galardão “Bandeira Verde” e ao consequente painel de azulejos Eco-escolas que contamos receber antes do final do ano letivo.
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Pancake Day (Joaquim Lopes - 1º Ano)
cultura e respetivo inimigo em causa é que nos levam a optar pela luta química. O benefício da sua utilização é, então, superior aos custos. Pode acontecer que o dano não corresponda a um prejuízo que justifique a opção pela aplicação de um químico. Tomemos como exemplo a mosca da azeitona (Dacus oleae). Em primeiro lugar pesa o facto de se tratar de azeitona de mesa ou para azeite. Conforme o caso, a decisão é diferente. Tratando-se de azeitona de mesa, o NEA é de 0%; se é azeitona para azeite, é de 10%. Decide-se observando o olival e as azeitonas (supondo que é o único método disponível). Em termos práticos, colhem-se 100 azeitonas ao acaso nas quais se observa a possível presença do parasita. No caso de azeitona de mesa, a simples presença do parasita numa única azeitona implica de imediato um tratamento. Se é azeitona destinada a azeite, apenas se efetua o tratamento se observarmos
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Gente em Ação
A Página dos Mais Pequenos
“Croco” (Miguel Dias JI Sala 1)
“A família“ ira - JI Sala 2) (Beatriz Nogue
“ de Talentos o rs u c n o C “ 2) des - JI Sala (Luna Men
“Quem será o meu jantar” (Bárbara Levita - JI Sala 1)
“Regras de Segurança” no Pré-Escolar
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Professor Luís Costa
inhos“ “Os três porqu 1) (Eliana - JI Sala
No passado dia 5 de março e no âmbito do “Dia da Proteção Civil”, as crianças da educação pré-escolar tiveram oportunidade de assistir a uma sessão de esclarecimento intitulada “Regras de Segurança”. Através de um PowerPoint elaborado tendo em conta a idade deste público tão jovem, o técnico da Proteção Civil deu a conhecer os perigos que existem na nossa casa e na escola, fazendo com que, no final da sessão, as nossas crianças se tenham transformado nos “primeiros agentes da Proteção Civil”!
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VISITA DE ESTUDO
Óbidos e Peniche
Gente em Ação
A Página dos Mais Pequenos
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Professora Terezinha Louro
A maravilha das palavras - 3º Ano
do e já se avistava, ao longe, o castelo, que a 16 de fevereiro de 2007, recebeu o diploma de candidato a uma das 7 Maravilhas de Portugal. Já dentro da vila, foi muito agradável passear pelas suas ruas com tantos atrativos, onde se destacavam as ruínas do castelo. Aproveitámos ainda, uma vez que decorria o “Festival do Chocolate”, para observar exposições de esculturas, verdadeiras obras artísticas, em chocolate, dedicadas ao tema ”Património Histórico de Óbidos", realizadas por profissionais da área alimentar que mostram ao público as suas habilidades na área da doçaria e chocolate. Certamente mais coisas interessantes haveria para observar, mas a hora marcada para o regresso chegou e há que respeitar os compromissos. Com muita pena, tivemos de entrar nos transportes que nos trouxeram, de novo, a Vila Velha de Ródão. Ficámos todos felizes pela forma como decorreu esta viagem. Os nossos alunos estiveram muito bem, foram bons observadores e souberam fazer os seus registos. Para além da oportunidade de aquisição e consolidação de conhecimentos, foi um dia em que se promoveu o convívio e se fortaleceram as relações interpessoais. Por fim, queremos deixar o nosso agradecimento às juntas de freguesia que, uma vez mais, colaboram com a escola oferecendo o transporte a todos os alunos.
Reportagem fotográfica completa da visita de estudo a Óbidos e Peniche
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
O Carnaval - 3º Ano
Os alunos do 1º ciclo aguardavam, já há algum tempo, a tão esperada visita de estudo! A visita foi programada em articulação com a Semana da Leitura, em que o tema era “O Mar”. Assim, durante a semana que a antecedeu, os alunos foram desenvolvendo atividades respeitantes a histórias relacionadas com o mar, visionamento de filmes, dramatizações… Fizemos, também, concursos de leitura e de adivinhas relacionados com o tema. Eis que, no dia 15, lá partimos, todos com grande entusiasmo, com destino, em 1º lugar, ao Baleal. Aqui, os alunos ficaram surpreendidos com a imensidão do mar, com o toque da areia, com as conchas e búzios que iam apanhando. Era um encanto ver as gaivotas a sobrevoar as águas, parecendo contagiarse com as tropelias das crianças. Depois do almoço, seguimos para Peniche, cidade implantada numa península cujo extremo ocidental é o Cabo Carvoeiro. Foi na subida ao farol que desfrutamos da beleza das rochas. Estas mais pareciam figuras humanas que maravilhavam a pequenada. De quando em vez, ouvia-se: “Prof.ª, olhe: falésias, cabos…” Na verdade, esta viagem estava a proporcionar contacto direto com conceitos tratados nas aulas. Não havia tempo a perder e, logo que pudemos, seguimos rumo a Óbidos. Ainda não havíamos chega-
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Gente em Ação
Biblioteca | Centro de Recursos | Sugestões É bom ir à biblioteca da escola
A Hora do Conto
porque…
Bianca Almeida (7ºAno)
1º Ano (1º Ciclo)
Ana Catarina – …gosto de ouvir ler histórias. Ana Margarida – …gosto de escolher livros de histórias para levar para casa. Diana – …gosto de jogar computador. Dinis – …gosto de ouvir histórias bonitas. Isaura – … é divertido. Joaquim Manuel – …gosto de aprender coisas novas. João Pedro – …gosto de fazer puzzles. Leonor – … sou muito curiosa. Mariana – …gosto de ouvir ler as professoras que estão na biblioteca e a Bianca, pois, são muito divertidas; Mário Filipe – …gosto de jogar Nintendo. Mário Miguel – …gosto de ouvir ler livros às professoras da biblioteca. Rafael – …gosto de jogar Nintendo e de ouvir ler histórias. Ricardo Alexandre – …gosto das histórias dos livros que são lidos. Simão – …gosto de mexer e escolher livros e de jogar computador. Tiago – …gosto de ver filmes.
Desenho de Mariana Pereira (1ºAno)
Perspetiva de ouvinte Eu desde sempre me interessei pela biblioteca. Acho que, além de ser um espaço onde podemos estudar tranquilamente, é um espaço lúdico, educativo e estimulante. A hora do conto é um espaço muito engraçado, visto que, com os pequeninos, aprendemos muito. É de salientar que as contadoras também são muito eficientes. Desde novembro que assisto à “Hora do conto” do primeiro ano. Se forem à biblioteca nesta hora irão achar bastante engraçado e giro ver como é que os meninos e meninas do 1º ano prestam uma atenção tão detalhada à história que, no final, a contam de trás para a frente e de frente para trás.
CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 3ºCiclo
Na perspetiva de ouvinte, faço um convite a todos e verão que não será uma perca de tempo se forem à biblioteca. Em cada livro está um conto, um romance, um drama, uma história. Em cada história, uma lição de vida… Perspetiva de contadora/ colaboradora da biblioteca Estava eu muito bem sentadinha na biblioteca a pensar que iria assistir a uma hora do conto normal, quando a minha professora de português,
CONCURSO DE LEITURA - 2º Ciclo
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
A equipa da Biblioteca Escolar No âmbito do Plano Nacional de Leitura e sob a responsabilidade dos professores do PNL, de Português e da Biblioteca Escolar, realizou-se, no passado dia 9 de janeiro, na Biblioteca Escolar, a primeira fase do Concurso Nacional de Leitura. Esta iniciativa, promotora do gosto pela leitura, destinava-se aos alunos do 3º Ciclo que estivessem interessados em participar. No presente ano letivo, esta ação envolveu vinte e dois participantes das turmas do 7º, 8º e 9º anos. A obra escolhida e sobre a qual os alunos tinham que prestar provas era A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez. À semelhança do que ocorreu nas anteriores edições do concurso, também este ano foram apurados os três alunos melhor classificados nesta prova: duas alunas
do 8º ano, Iolanda Tavares e Marília Dias e um aluno do 9º ano, João Gouveia. Serão eles que representarão a nossa escola na fase distrital deste concurso que se realizará nos inícios do mês de abril, numa biblioteca municipal do distrito de Castelo Branco, ainda por designar. Damos os nossos parabéns aos vencedores desta 1ª fase e desejamos que consigam representar dignamente o nosso agrupamento, na etapa seguinte da competição.
que era a contadora naquele dia, me convidou para ser a sua assistente. Eu de bom agrado aceitei e devo dizer que recomendo. A história chamava-se “Concurso de talentos”. A meio da história, a minha professora passou-me “o testemunho” e comecei eu a contar. Desde esse dia que, regularmente, às quintas-feiras, das 13h25 às 14h10 que conto a história ao 1º ano. É uma boa terapia de riso, acreditem! Os meninos do 1ºano estão sempre muito atentos e, no fim, fazem muitas perguntas sobre a história que ouviram. Obrigada à biblioteca, às professoras Luísa Filipe e Anabela Estrela pela oportunidade que me deram.
A equipa da Biblioteca Escolar Também no dia 9 de janeiro, foi realizada a fase local do Concurso
Luísa Ducla Soares: A Aia e O tesouro.
de Leitura destinado aos alunos do
Entre os participantes, foram se-
2º ciclo, que compareceram em nú-
lecionadas quatro alunas vence-
mero elevado.
doras: Sara Rei, Margarida Diogo,
As obras lidas foram dois contos
Carolina Aparício e Maria Faustino
de Eça de Queiroz, adaptados por
que estiveram na fase final, que decorreu
na
Biblioteca
Municipal de Vila Velha de Ródão, no dia 6 de março. Queremos salientar o empenho de todos os participantes nesta atividade que tinha como principal objetivo motivar os alunos para a leitura de obras adequadas ao seu nível etário.
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Gente em Ação
Notícias | Projetos | Atividades
Visita à AMS – Goma Camps
Edgar Belo (8ºA)
Professora Carla Nunes
No dia 27 de fevereiro, pelas 14h00, os alunos do 8ºA realizaram uma visita de estudo à AMS - Goma Camps, acompanhados pelos professores Carla Nunes, Filomena Conceição, Elsa Lourenço, Manuela Cardoso e Elsa Flor. Nesta visita, pudemos aprender como se fabrica o papel que consumimos diariamente nas nossas casas. A maioria da pasta de papel é fornecida pela Celtejo. A restante matéria-prima chega em pacotes vindos de diferentes partes do mundo, nomeadamente da Suécia e de França. A pasta de papel segue para máquinas que fabricam sozinhas o papel, que é, de seguida, enrolado em rolos de aproximadamente 2 toneladas, é embalado por um robô e levado para o armazém, onde há imensos rolos de papel de diversos tamanhos e feitios. Esta fábrica possui uma ETAR própria para tratar as águas que são libertadas para o Rio Tejo. Nós adorámos esta visita de estudo!
Realizou-se, no passado dia 27
A empresa atua em dois segmen-
de fevereiro, no âmbito das disci-
tos de mercado: a nível do consumo,
plinas de Físico-química e Ciências
disponibilizando papel higiénico, ro-
Naturais, uma visita à fábrica AMS
los de cozinha e guardanapos; a ní-
– Goma Camps em que estiveram
vel profissional, numa vasta gama
da fábrica com a preservação da
responderam, de forma ativa e in-
envolvidos os alunos do 8º ano de
de produtos de higiene para hotela-
natureza e a minimização dos im-
teressada, as explicações e ques-
escolaridade do Agrupamento.
ria, restauração e empresas de lim-
pactos negativos sobre o ambiente,
tões colocadas.
peza.
promovendo a utilização de proces-
A visita foi extremamente interes-
Nesta visita, que durou aproximadamente uma hora, tivemos o privi-
A AMS-GC, além de fornecer gran-
sos, práticas, materiais ou produtos
sante e enriquecedora, pelas ex-
légio de visitar todas as instalações
des empresas nacionais, também já
com vista à prevenção da poluição,
periências de aprendizagem mais
da fábrica.
se encontra no mercado internacio-
visando a melhoria do desempenho
diversificadas que os alunos pu-
nal, nomeadamente em Espanha,
ambiental através da redução de
deram explorar, pelo contato com
França, Marrocos e alguns PALOP.
efluentes hídricos, gasosos e resí-
um ambiente diferente do habitual
duos sólidos.
e pela partilha que este género de
Constatámos que as máquinas trabalham sem parar, transformando a matéria-prima em enormes rolos de papel tissue.
Os alunos foram informados sobre a preocupação dos responsáveis
Os alunos acompanharam e cor-
ações proporciona.
Dois dias explosivos! Turma 5ºA
tentamos «ler», que teve início
cor, de carvão e de cera, giz…
foi divertido, curioso, interes-
fomos à Biblioteca Municipal,
a atividade. Descobrimos que
O outro grupo foi para a rua
sante e enriquecedor. Foram
onde participamos num ate-
a poesia pode ter muitas for-
com o objetivo de registar pa-
dois dias em grande!!!
lier de poesia visual chama-
mas e muitos outros significa-
lavras para fazer poesia visual
do «Poesis», dinamizado por dos para descodificarmos. Mito Elias e Rita Pires.
Como o objetivo deste ate-
em suporte de vídeo. Com os tra-
Sabem o que é poesia vi-
lier era aprendermos a fazer
balhos
sual? É um tipo de poesia
poesia visual e organizar uma
lizados,
construída com palavras e
exposição com os trabalhos
montada uma
desenhos cujo sentido se
realizados, dividimo-nos em
exposição que
complementa de diferentes
dois grupos para começarmos
esteve aberta
maneiras, por vezes de forma
a criar. Um grupo ficou na bi-
ao público na
divertida e outras vezes de
blioteca e tentou fazer poesia
Biblioteca Mu-
forma inesperada.
visual
nicipal.
utilizando
diferentes
Foi com uma apresentação
materiais: recortes de revistas,
de muitos poemas visuais que
carimbos, purpurinas, lápis de
reafoi
Este atelier
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Nos dias 17 e 18 de janeiro
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Gente em Ação
A Página dos Mais Pequenos | Talentos Venham-nos dar “As Janeiras”!
Reciclagem Inês Príncipe (4º Ano)
Hoje assisti a uma ação so-
a avó, disse que se ela não se-
bre a reciclagem. Fomos ver
parasse o lixo, a comia. E, como
um vídeo numa sala de aula
disse o lobo, se nós queremos
sobre como se deve reciclar o
que a nossa floresta continue
lixo que nós fazemos.
limpa, temos de continuar a pôr
A história era sobre o “Capu-
o lixo no ecoponto certo.
chinho Vermelho”, mas o lobo
Desta forma, damos-lhe uma
não era mau, era um lobo que
outra vida, ao fazermos novos
gostava de reciclar!
produtos com a reciclagem do
Ele ensinava a avó e a Capuchinho a separar o lixo:
lixo, por exemplo: roupa, sacos, sapatilhas…
- Ó avó, não deves deitar os
Foi uma aula muito engraça-
pacotes de leite e do sumo no
da, que nos ensinou que deve-
lixo normal, deves colocá-los
mos sempre reciclar o nosso
no ecoponto amarelo.
lixo, para pouparmos o ambien-
O lobo só queria ensinar a
te!
separar o lixo e, para assustar
“As Janeiras” ou “cantar as Janeiras” é uma tradição em Portugal que consiste na reunião de grupos que se passeiam pelas ruas no início do ano, cantando de porta em porta para anunciar o nascimento de Jesus e desejar às pessoas um feliz ano novo. Esta tradição, ao ter lugar em janeiro, poder-se-á justificar por ser um mês consagrado a Jano, o Deus das Portas e das Passagens. Era o Porteiro dos Céus e, por isso, muito importante para os romanos que esperavam a sua proteção. Eralhe pedido que afastasse das casas os espíritos maus, sendo especialmente invocado no seu mês, o primeiro do ano. Era também tradição que os romanos se saudassem em sua honra no começar de um novo ano, pelo que haverá grandes probabilidades de daí derivarem “As Janeiras”. “As Janeiras” vão-se transmitindo de geração em geração, fazem, por isso, parte da nossa
A minha bicicleta André Pina (6ºA)
rumo à Santa Casa da Misericórdia e, por fim, à Biblioteca/ Casa de Artes. Os alunos foram contemplados com doces, presentes e, sobretudo, com a simpatia de todos. Por isso, aproveitamos para dizer que ficámos muito gratos pela grande receção aos cantares e aos votos que fomos deixando. Desejaríamos ir a mais locais; certamente, seríamos bem recebidos. Só que os alunos são ainda muito novos e o percurso já foi longo para as suas forças. Fica a promessa de voltarmos para o próximo ano. Até lá, referindo de novo uma das quadras cantadas, renovamos para todos:
cultura, da nossa identidade. É por isso que a nossa escola prima para que as tradições não caiam no esquecimento. Assim, os alunos do 1º Ciclo, em conjunto com as crianças do préescolar, após exibição na sede do Agrupamento, saíram à rua para cantar “As Janeiras”. Do grupo faziam ainda parte, para além das professoras e educadoras, alguns funcionários da escola e o Sr. Jorge, que sempre nos acompanhou com o som do seu acordeão; todos ajudaram a dar música e cor ao momento! Dirigimo-nos em 1º lugar à Câmara Municipal, depois ao Largo da G.N.R. e do Centro de Saúde. Seguimos
Melhorados na saúde E na bolsa do dinheiro E muitos anos de vida Muito pão no tabuleiro.
Ação de sensibilização sobre reciclagem Professora Terezinha Louro Sensibilizar para a limpeza do ambiente
refletindo sobre a atividade desenvolvida,
Tem duas rodas a minha bicicleta
e do espaço escolar e para a reciclagem do
concluíram que é necessário chamar a aten-
Se fosse mais pequena
lixo é, sem dúvida, um tema presente na vida
ção da família e da restante comunidade para
de cada um de nós. A escola, querendo for-
este tema.
Era uma trotinete. Melhor que ela só uma mota Tem um grande motor Com uma cambota.
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Professora Terezinha Louro
Mais forte do que todas É a empilhadora Carrega toneladas Com dentes de tesoura.
mar cidadãos livres, com espírito interventivo na sociedade, terá também que apostar em
Conclusões:
ações, que apelem para a preservação do
- É necessário e urgente reduzir a produ-
meio ambiente, pois a nossa qualidade de
ção de lixo; reutilizar sempre que possível;
vida e a dos restantes seres vivos depende
reciclar…
dele. Neste sentido e aproveitando o projeto vigente na nossa escola, denominado PRO-
- No fabrico de uma tonelada de papel reciclado, são poupadas entre 15 a 20 árvores.
SEPE (Projeto de Sensibilização e Educação
- As nossas camisolas e calças, podem
Florestal da População Escolar), decidiu-se
ser feitas a partir de garrafas plásticas de
desenvolver uma atividade bastante dinâmi-
sumo e água.
ca com todos os alunos do 1ºciclo. Assim, partindo do visionamento de um PowerPoint que sensibilizava para os problemas do lixo, relativamente às quantidades produzidas e pelos malefícios que acarreta para a natureza, os alunos decidiram, em grupos, recolher todo o lixo existente
Mas a minha grande amiga é a bicicleta
no espaço escolar do 1ºciclo. Depois
Anda por caminhos
com os seus próprios olhos, o quan-
Mais rápida do que uma seta.
foi separado e colocado no seu local
da recolha, o lixo foi pesado e viram, to ele pesava! Seguidamente, o lixo próprio. Já nas suas salas, analisando e
- O fabrico de vidro reciclado permite poupar água e energia. - A partir das nossas latas, é possível fazer panelas e fabricar automóveis.
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62 | MARÇO | 2013 Desporto | Projetos | Sugestões
Gente em Ação
CLUBE DA FLORESTA “OS GRIFOS”
Torneio Mega
Professor Fernando Ferreira
Henrique Barreto e Sara Rei (5ºA) e João Barateiro (6ºA)
O Clube da Floresta “Os Grifos” é um dos vários projetos existentes no
No dia 8 de março, dezasseis alunos do Agrupamento deslocaram-se até ao complexo desportivo da Covilhã para participar na final distrital do torneio Mega. Quando chegaram ao sítio onde se ia realizar a prova, constataram que havia muitos participantes vindos de várias escolas. Alguns concorrentes ainda tiveram de esperar algum tempo, porque a sua prova só se iria realizar depois do almoço. Enquanto esperaram, viram os seus colegas a participar na modalidade desportiva que praticavam melhor Havia várias modalidades, tais como: Megasprinter (velocidade), Megassalto (salto em comprimento), Megavoo (salto em altura) e Megalançamento (lançamento do peso). Alguns atletas ficaram em bons lugares e bateram mesmo o seu recorde pessoal. As classificações foram as seguintes:
nosso Agrupamento. As suas atividades vão tendo maior ou menor visibilidade e a adesão, pelos alunos, é voluntária. Funciona quartas e sextasfeiras de tarde e a nossa principal base de trabalho é o espaço envolvente da escola. É nesse espaço que podamos e desramamos árvores, plantamos outras, aparamos sebes ou, simplesmente, recolhemos lixo. Também procuramos conhecer melhor esse espaço identificando espécies vegetais aí presentes, bem como um pouco da sua história e caraterísticas. Contudo, lidar com plantas é um pouco difícil. O mundo vegetal tem o
Megassalto Bruna Martins - 5º lugar Henrique Barreto em 6º lugar Rodrigo Barradas - 7º lugar João Gouveia - 9º lugar Tânia Pinguelo - 12º lugar
seu próprio ciclo ao longo do ano. Assim, temos de direcionar as nossas atividades de acordo com o ciclo de vida desses seres vivos. Por exemplo, só podemos podar as árvores durante o seu repouso vegetativo. Quanto aos resíduos, além de limpar, procuramos que o Agrupamento seja eficiente na gestão e encaminhamento dos mesmos, começando pela sua separação correta. É o caso dos papelões e embalões que estão colocados em vários locais da escola.
Megaquilómetro Fernando Mendes - 12º lugar André Pina - 12º lugar Ana Carolina – 14º lugar Sara Rei - 17º lugar
Megalançamento Beatriz Cardoso - 7º lugar João Diogo - 9º lugar Foi uma grande vitória para todos os alunos pois, apesar de ninguém ter ganho nenhuma medalha, ficaram com uma experiência de vida que irão recordar para sempre.
SUGESTÃO MULTIMÉDIA
Minecraft
SUGESTÃO MULTIMÉDIA
FIFA 2013 Paulo Rodrigues e Rui Tavares (7ºA)
O FIFA 13 é um jogo de futebol desenvolvido pela EA (Eletronic Arts) e existe para as seguintes plataformas: Xbox 360, PlayStation3, Microsoft Windows, Wii U, Wii, PlayStation 2, PlayStation Portable, 3DS, Xperia Play,
Minecraft é um jogo de construção e aventura, que consiste em construir uma casa e sobreviver às adversidades, tudo num mundo aos cubos. Existem monstros que aparecem à noite, por exemplo: zombies, endermen, creepers, esqueletos, aranhas … Neste jogo, há três modos que são: survival, creative e hardcore. Também tem 4 graus de dificuldade que são: pacífico (no qual não aparecem
Neste jogo, há vários modos como: um jogador (modo carreira, exibição, torneio) e multijogador (modo exibição, ultimate team, online). Nós achamos que este jogo é interessante, porque podemos desempenhar um papel diferente do nosso dia-a-dia e levar a nossa equipa a um sucesso que, na vida real, seria difícil.
monstros), fácil, normal e difícil. Este jogo pode ser jogado no Facebook ou instalado no computador mas, antes de se jogar, é preciso instalar um plug-in chamado java.
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Kinect, iOS e Mac OS X.
Rubén Trindade (5ºA)
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62 | MARÇO | 2013
Gente em Ação
Atividades | Opinião Final do Concurso de Leitura M. Diogo, C. Aparício, M. Faustino (6ºA) e S. Rei (5ºA)
No dia 6 de março realizou-se o Concurso de Leitura na Biblioteca Municipal José Batista Martins. Estiveram presentes os alunos das escolas de Vila Velha de Ródão, de Alcains, de S. Vicente da Beira e de Castelo Branco. Nós, alunas do 2º ciclo, Margarida Diogo, Carolina Aparício, Sara Rei e Maria Faustino participamos na final do Concurso de Leitura, porque ganhamos a primeira prova, que era a prova escolar. Primeiro fizemos a prova escrita que servia para apurar os seis primeiros alunos para a prova oral, que consiste em ler um excerto dos livros que tivemos de ler para a prova escrita. Quando acabamos a prova escrita, apresentamos uma exposição de poesia visual feita pelos alunos dos 5º e do 6ºanos, enquanto esperávamos pelos resultados.
Passaram à prova oral os 6 primeiros classificados e os finalistas foram os seguintes: a Maria Inês Pinto, em 3º lugar, a Mariana Galvão, em 2º lugar e, finalmente, a Mariana Milheiro, em 1º lugar. A Sara Rei foi uma das finalistas. Parabéns à Sara! Não ganhamos nada para a nossa escola, mas participamos, é o que interessa. A nossa opinião: Maria Faustino: -“Gostei de participar neste concurso, pois ler não ocupa lugar! Lemos dois livros muito engraçados. E lá por não ter ganho nada, gostei muito de participar.” Margarida Diogo: -“Eu também gostei muito e concordo com a minha colega Maria, porque também achei os livros muito engraçados. Também vos aconselho a participar neste
Crítica de Cinema
Amanhecer Parte 2 - final da Saga Crepúsculo
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Mariana Santos (7ºA) Na minha opinião, este filme foi bastante bem realizado, pois tentaram seguir o livro, o que é importante para um filme. No filme, Bella (Kristen Stewart) sobrevive ao complicado nascimento de sua filha com Edward (Robert Pattinson), tornando-se uma vampira. Enquanto isso, Jacob (Taylor Lautner)apaixona-se pela pequena Renesmee (Mackenzie Foy), que cresce em um ritmo acelerado. A felicidade é interrompida graças a um mal-entendido, que coloca o clã Cullen a ser preceguido pelos Volturi, liderada pelo ambicioso Aro (Michael Sheen). Reunindo aliados em várias partes do mundo, Bella e a sua nova família, além dos lobos de Jacob, preparam-se para a batalha, que definirá o poder no mun-
do dos imort a i s . Depois de lutarem, o clã dos Cullen vence a batalha. No fim do filme, Bella diz a Renesmee que ficariam juntos para sempre. Apesar de ter sido considerado o pior filme pelos Razzie Awards, eu acho que foi feito um excelente trabalho.
concurso de leitura e quem sabe, até podem ganhar!” Carolina Aparício: -Já não há muito a dizer, mas concordo com as minhas colegas e acrescento: ler é muito divertido!” Sara Rei: - “Gostei muito desta experiencia e, para o ano, espero repeti-la e também espero ficar nos 6 finalistas outra vez.”
A Bruxa Mimi no Inverno Autores: Valerie Thomas, Korky Paul Editora: Gradiva Publicações Edição: 2004 Páginas: 28 Faixa etária: dos 3 aos 5 anos O novo computador da Mimi é mágico. Basta um toque no rato e os seus feitiços realizam-se. A Mimi nunca mais vai ter de pegar na varinha mágica, de ler o livro dos feitiços ou de gritar ABRACADABRA! Ou será que vai?
As redes sociais Mariana Santos (7ºA) Se não tivermos o devido cuidado, as redes sociais podem ser muito perigosas. Temos de ter cuidado com quem falamos e ter sempre a certeza de que estamos a comunicar com pessoas conhecidas. Estas podem ser muito mentirosas e perigosas nas redes sociais: fazem-se passar por pessoas da nossa idade só para depois nos retirarem informações sobre a nossa vida e depois poderem usar essas informações para atingir os seus objetivos, que nem sempre são os melhores.
Desenho de Afonso Carmona - JI Sala 2 Utilizar as redes sociais só é seguro se tivermos bem a certeza do que estamos a fazer. E, se acontecer alguma coisa de estranho, deve-se logo avisar um adulto.
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62 | MARÇO | 2013 Atividades
Gente em Ação
VISITA DE ESTUDO A LISBOA
A arte da descoberta! Professor Jorge Gouveia Que elemento mágico é capaz de estabelecer um elo de ligação entre as disciplinas de História, Matemática e Português? A resposta é a arte. Para levar os alunos a encontrar a resposta para esta questão, alguns docentes do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão organizaram uma visita de estudo interdisciplinar, no dia 15 de fevereiro, que envolveu as turmas do 3º ciclo. O primeiro local visitado foi o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, onde os alunos exploraram obras de pintores portugueses, com a ajuda de guias que os orientaram de acordo com os objetivos previamente estabelecidos. Aos alunos do 7º e 8ºanos foi lançado o desafio de procurar compreender que, por detrás da beleza das cores e das formas, existe um outro universo, racionalizado pela Matemática, que os autores das obras expostas expressaram de uma forma ora disfarçada, ora bastante explícita. Foram abordados diversos temas do universo da disciplina, como por exemplo: as noções de dimensão e de forma, os sistemas de numeração, formas geométricas, números notáveis – número de ouro, entre outros; fazendo-se também referência a alguns matemáticos famosos, como por exemplo Arquimedes e Fibonacci. Os alunos tiveram a oportunidade de constatar que a Matemática nem sempre é algo de abstrato, estando presente em muitos aspetos do diaa-dia e também em momentos de expressão da sensibilidade artística. Entretanto, os alunos do 9º ano, no mesmo espaço, procuravam compreender o modernismo português e o seu impacto nas artes e na literatura, as influências recebidas das correntes europeias e as ruturas que os modernistas pretenderam estabelecer com uma outra visão estética, mais clássica e naturalista. Esta alteração de conceitos artísticos foi desenvolvida a partir da análise das obras expostas de importantes autores como Amadeo de Souza Cardoso, Eduardo Viana, Almada Negreiros e do casal Sónia e Robert Delaunay. Foi gratificante acompanhar a postura responsável e o interesse dos alunos pelas obras expostas e pelas explicações dadas pela guia, com a qual interagiram, demonstrando um bom domínio dos temas abordados. Durante a tarde, os diferentes grupos continuaram a visita, mas em locais diferentes.
9ºAno invade Lisboa
Turma do 9ºA No dia 15 de fevereiro, a turma do 9ºano foi a
Lisboa visitar o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian e o Mosteiro dos Jerónimos. Quando chegaram a Lisboa, por volta das10:00 horas, os alunos deslocaram-se ao Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian onde viram uma exposição sobre o modernismo português, em que se destacavam os pintores Amadeo de Souza Cardoso e Almada Negreiros. Estes artistas retratavam a realidade Os alunos do 7º e 8º anos visitaram o Pavilhão do Conhecimento para explorar as exposições: “T Rex – Quando as galinhas tinham dentes”, “Ciência que muda o mundo” e “Explora”. A visita à exposição T-Rex – quando as galinhas tinham dentes” permitiu aos alunos do 7º e 8º anos fazer uma viagem no tempo e aterrar no habitat do Tyranosaurus rex, conhecer as espécies vegetais e animais que conviveram com esta espécie extinta no Mesozóico e fósseis de dinossauros carnívoros encontrados em Portugal. Compreender como é que a ciência “lê” a informação contida nos fósseis reconstituindo o passado e como é que a ciência encontra argumentos para ir respondendo ao questionamento permanente sobre a realidade sem se desviar do trilho do método científico foram as principais mais-valias desta exposição. Os alunos tiveram ainda oportunidade de observar os rudistas, moluscos contemporâneos dos grandes répteis. Estes invertebrados povoavam o mar pouco profundo que existiu na zona de Lisboa na mesma época em que o T-Rex respirava na América do Norte. Estes fósseis abundam no lioz, um calcário muito usado como pedra ornamental no nosso país. Para surpresa de todos, descobrimos que afinal nem todos os dinossauros se extinguiram há 66 milhões de anos e, afinal, observam-nos diariamente sob a forma emplumada das aves. Na exposição “Ciência que muda o mundo”, foram propostas diferentes atividades no âmbito das disciplinas de Físico-Química, Matemática e Ciências Naturais, nomeadamente: “Antibióticos naturais”, “Olhe por si”,
“Explorar o corpo humano”, “Imunidade”, “Beleza interior”, “Planeamento familiar”, “Ventos de mudança”, “Movendo montanhas”, entre muitas outras. Todos tiveram oportunidade de experimentar/ observar, em grupo ou individualmente, as atividades disponíveis, com o apoio de vários monitores. Na exposição “Explora”, os alunos experienciaram outros desafios, como a “Corrente de Lariat”, “Sinos”, “Sombras coloridas”, “Pelicula de sabão”, “Anéis de ressonância”, “Ecrã de alfinetes”, “Pendulo caótico”, entre muitas outras. A turma do 9º ano tinha reserva marcada em Belém para assistir, no espaço privilegiado dos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, à representação da peça Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. O espaço onde a peça foi representada é, sem dúvida, o cenário ideal para melhor ajudar os alunos a contextualizar a obra de mestre Gil, por eles estudada na disciplina de Português. Os tipos sociais descritos por Gil Vicente mostraram que os vícios da sociedade quinhentista ainda hoje se podem observar bem vivos na sociedade atual, sinal de que a humanidade pouco tem feito para corrigir os seus defeitos. Parecenos que, num cenário de boa disposição, a mensagem passou. Em suma, esta visita, cujo modelo temos vindo a consolidar com o propósito de valorizar a componente extracurricular e a interação interdisciplinar, foi um sucesso sendo que para tal contribuiu a postura cívica manifestada pela maioria dos alunos, que corresponderam aos desafios propostos pelos professores organizadores.
de forma distorcida e abstrata, recorrendo ao uso de formas geométricas, misturando cubismo e abstracionismo. Os alunos aprofundaram os conhecimentos que tinham aprendido sobre estes assuntos na aula de História e gostaram de conhecer este museu e os jardins da Fundação. De seguida, dirigiram-se ao jardim em frente ao Mosteiro dos Jerónimos onde almoçaram. Às 14:00 horas, os alunos concentraram-se no interior do mosteiro, à espera dos atores que iam representar a peça de teatro Auto da Barca do Inferno,de Gil Vicente, pai do teatro português. Esta representação foi um momento de pura diversão, não só pela forma como os atores interpretaram a peça, mas também porque os alunos já conheciam o texto, o que ajudou imenso no entendimento de certos arcaísmos que nele existem. Em suma, esta visita ajudou imenso os alunos pois, de uma forma mais apelativa, consolidaram determinados conceitos e matérias. No regresso, pararam no Parque das Nações onde lancharam e partilharam comida com gaivotas e peixes.
Bianca Almeida (7ºA) No passado dia 15 de fevereiro, todo o
Terminada a nossa visita matinal, dividimo-
Findado o tempo de lazer, era hora de ir
mudar o mundo”, onde aprendemos como
nos. O 7º e 8º ano foram para o Pavilhão do
ver mais exposições. À hora de entrada,
deve ser feito um pequeno-almoço equilibra-
De manhã, todos tínhamos o mesmo desti-
Conhecimento e o 9ºano foi ver o Auto da
encontrámo-nos com a nossa professora de
do, como cuidar do nosso corpo, etc.
no: o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.
Barca do Inferno, de Gil Vicente, encenado
Ciências Naturais e fomos a ver a primeira
A nossa última estação era o “Explora”
Vimos a arte de uma perspetiva matemática.
no Mosteiro dos Jerónimos.
estação: “T-Rex – Quando as galinhas tinham
que era constituído por várias experiências relacionadas com a Física e a Química.
3ºciclo fez uma visita de estudo.
É impressionante como é que, se prestarmos
A viagem do 7º e do 8º ano foi bastante
dentes”. Tenho que referir que a nossa visita
atenção aos mais ínfimos detalhes, vemos
cansativa, pois tivemos de percorrer o Par-
estava dividida em três partes. Esta exposi-
coisas impressionantes. É de salientar que
que das Nações duma ponta à outra. Ufa!Que
ção era muito gira e foi muito educativo res-
todas as obras observadas eram de artistas
canseira! Perto do Pavilhão do Conhecimento
ponder aos vários fóruns.
portugueses.
foi a nossa hora de almoço.
Depois, fomos ver a exposição “Ciência a
Concluo dizendo que amei a visita! Obrigada pela oportunidade que me foi dada!
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Visita de estudo a Lisboa
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62 | MARÇO | 2013
Gente em Ação
Atividades | Talentos Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos - Évora
Professoras de Matemática
Professora Fernanda Pires
No dia 1 de março, realizou-se o 9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, na Arena d´ Évora, organizado pela Associação Ludus, Associação de Professores de Matemática (APM) e Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) que contaram ainda com o apoio do Ciência Viva e da Universidade de Évora, no qual o nosso Agrupamento participou com seis alunos, dois de cada ciclo. Do primeiro ciclo, participaram os alunos Leonor Araújo, no jogo Gatos & Cães e Rúben Esteves no jogo Semáforo. Do segundo ciclo, participaram os alunos Henrique Lopes, no jogo Hex e Beatriz Ribeiro no jogo Gatos & Cães. Do terceiro ciclo, participaram os alunos Iolanda Tavares, no jogo Avanço e Filipe Caetano, no jogo Hex. Estes alunos empenharam-se nas eliminatórias, obtendo resultados muito satisfatórios, que dignificam o Agrupamento, bem como o seu esforço. Esta atividade, para além de proporcionar aos alunos um dia de di-
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Campeonato Escolar de Jogos Matemáticos
versão e convívio, fomentou o gosto pelos jogos de estratégia e pela disciplina de Matemática, promovendo o desenvolvimento do raciocínio lógico e a capacidade de atenção/ concentração. Estiveram presentes, neste evento, mais de 1700 alunos de 350 estabelecimentos de ensino de todo o país, desde o primeiro ciclo até ao secundário. Para se apurarem os melhores entre os melhores, os estudantes disputaram doze torneios simultâneos de diversos jogos matemáticos. As docentes responsáveis consideram que esta atividade decorreu de forma muito satisfatória e agradecem a todos os participantes, bem como a todos os que colaboraram e contribuíram para o seu sucesso, em especial à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão.
Realizou-se, nas tardes de quarta e sextafeira dos dias 6 e 22 de fevereiro, o Campeonato Escolar de Jogos Matemáticos, que tinha por
finalidade
selecionar
os
nas salas nº 1 e 2 do Agrupamento,
mento no Campeonato Nacional
realizou-se a Tarde de Jogos Mate-
destes jogos que se realizaram no dia 1 de março, em Évora. Os cerca de 70 alunos envolvidos, em representação dos 1º, 2º e 3º ciclos, disputaram as eliminatórias e as respetivas finais dos seguintes jogos: Semáforo, Gatos & Cães, Hex As competições foram extrema-
B. Ribeiro e H. Lopes (6ºA)
No dia 1 de março, os alunos selecionados foram representar o agrupamento no 9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, em Évora. Fomos na carrinha da Câmara, na companhia do professor Edgar, da professora Filomena e da professora Fernanda. Assim que chegamos, a professora Filomena foi buscar as t-shirts e o número de identificação para sermos distribuídos pelos jogos. Num grupo de 12 alunos, jogamos 4 jogos, dos quais ganhei 3 mas, mesmo assim, não consegui passar à final. Foi um dia muito divertido e espero que se volte a repetir.
No dia 1 de março, realizou-se o 9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, em Évora. Do nosso agrupamento participaram 6 alunos que tinham sido previamente apurados, por jogo e por ciclo. Na chegada ao local, os alunos foram distribuídos por grupos de acordo com o jogo. De seguida, jogaram 4 jogos num grupo de 12 ou de oito jogadores. Apesar do bom desempenho de todos os alunos, nenhum conseguiu passar à fase final. Foi um dia muito bem passado, todos gostaram muito de participar e esperam repetir.
No passado dia 22 de fevereiro,
alunos representantes do agrupa-
e Avanço.
Leonor Araújo (3º Ano)
João Barateiro (6ºA)
máticos, entre as 14 e as 15 horas. Primeiro, começamos pelo 2º ciclo com os jogos Gatos & Cães e Hex. Depois, chegaram as provas do 3º ciclo com os jogos Hex e Avanço. As finais destes jogos foram muito disputadas. Os melhores seguiram em frente.
mente bem disputadas, sinal que
Havia também uma sala em que
estes jogos, que estimulam o racio-
podíamos jogar outros jogos, como
cínio e promovem o gosto pela ma-
o SuperT e o Ouri. Os melhores de
temática, despertam interesse nos
cada ciclo avançaram para a fase
alunos, o que explica a enorme ade-
seguinte que se realizou no passa-
são a esta atividade.
do 1 de março, e nós, que ficámos
Porque os campeonatos também
na escola, recebemos notícias de
se fazem com vencedores, foram
que o Agrupamento teve uma boa
apurados os seguintes alunos:
prestação.
1º ciclo: Semáforo - Ruben Esteves; Gatos & Cães - Leonor Araújo. 2º ciclo: Gatos & Cães - Beatriz Ribeiro; Hex - Henrique Lopes. 3º ciclo: Hex - Filipe Caetano: Avanço - Iolanda Tavares. Os docentes responsáveis agradecem a todos os participantes, bem como aos que colaboraram e contribuíram para o sucesso desta atividade, considerando que, à semelhança dos anos anteriores, esta decorreu de forma muito positiva.
Adorei esta tarde, porque gostei muito dos jogos e, depois de acabar o campeonato, ainda disputamos jogos na sala ao lado. Foi uma tarde divertida! Bruna Martins (7ºA)
No passado dia 22 de fevereiro, realizou-se o Campeonato Escolar de Jogos Matemáticos. Os jogos correram muito bem, houve jogos muito fáceis e outros muito difíceis. F o i uma tarde muito divertida em que participaram muitos alunos.
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62 | MARÇO | 2013
Coleção Sapatilhas Rosa
Gente em Ação
Sugestões de Leitura Especial
Beatriz Ribeiro (6ºA)
Sapatilhas Rosa é uma coleção idealizada para leitores a partir dos 9 anos. A ação gira em torno da Academia - uma escola imaginária, com regras imaginárias, onde aquilo que acontece é fruto da imaginação. A Academia é parecida com muitas escolas de ballet verdadeiras, mas não é nenhuma delas. Porém, é verdadeiro o esforço que cada um dos protagonistas faz para realizar o seu sonho. Leiam estes livros, porque são muito interessantes. Eu gostei muito e espero que vocês também gostem.
A passo de dança Resumo: A Zoe tem dez anos. Desde pequenina frequenta a escola de ballet do Teatro da Academia, a mais importante da cidade e uma das mais famosas do mundo. Estudar dança a sério não é fácil, particularmente com uma diretora severa como a Madame Olenska. Mas há também os amigos: a Leda, que parece crescer precocemente; o Lucas, com a sua grande paixão pela dança contemporânea; e o Jonathan, recém-chegado, tímido, mas tão simpático…
Que feitio!
Novos amigos e velhas amizades
Em pontas
Resumo:
A Madame Olenska anuncia
que
estará
ausente
durante
al-
guns meses. No seu lugar fica uma nova professora, Alicia Gimenez, e as lições de Resumo: A Academia tem um novo professor de dança. Chama-se Kaj e as aulas dele são apaixonantes. Ainda bem, porque a Zoe, fora da aula, tem de lidar com os caprichos e as pequenas traições da Leda. Felizmente, há a Inês que sabe estar perto dela mesmo quando está longe; e o Jonathan, que talvez se esteja a tornar em algo mais do que um simples amigo; e o mestre Fantin, o velho músico; e Demétria, a costureira mágica que sabe criar tutus magníficos…
dança ganham para Zoe um sabor totalmente novo. Entretanto, Lucas encara a sua grande oportunidade: uma audiência para um papel no novo espectáculo dos Momix. Mas nem tudo corre bem na Academia: há os problemas de Aliai, as habituais maldades de Laila…
Resumo: A Madame Olenska anuncia à turma que as raparigas poderão começar a andar em pontas antecipadamente, em relação ao programa. É como crescer demasiado depressa: uma coisa que dá vertigens e assusta ao mesmo tempo. Enquanto o Jonathan inventa a primeira coreografia e experimenta os primeiros ciúmes da sua vida, a Zoe enfrenta uma série de dúvidas importantes. Terá realmente talento para a dança? E se a resposta for não, o que fará da sua vida?
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO Avenida da Achada 6030-221 Vila Velha de Ródão Telefone: +351 272 541 041 Fax: +351 272 541 050 E-Mail: aevvr@net.novis.pt
Grafismo e PAginação Professor Luis Costa Professor Helder Rodrigues Colaboradores Professores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associação de Pais e Encarregados de Educação IMPRESSÃO Jornal Reconquista Castelo Branco
A escola de Londres
Resumo: O início do verão traz para Zoe uma bela surpresa: foi admitida para um estágio de aperfeiçoamento em Londres com os alunos mais velhos. Mas há um problema: também irá a Laila, a aluna número um do seu curso. O que acontecerá? A Zoe e a Laila juntas normalmente fazem faísca: conseguirão chegar a acordo, desta vez? Em Londres, a Zoe revê o Jonathan, com quem teve uma discussão. As coisas entre eles voltarão a ser como dantes?
Um tutu a mais!
Resumo: A Dilecta é uma nova aluna da escola de ballet da Academia. Vem de uma pequena cidade distante e a família da Zoe oferece-se para a hospedar. Assim, a Zoe dá por si a ser observada de perto e sente-se forçada a incluir a Dilecta em todas as coisas que faz, inclusive, quando sai com os seus amigos. Como se não bastasse, a Madame Olenska está desiludida com toda a turma, o que desperta mil e uma dúvidas nas jovens bailarinas…
E-MAIL gente.vvr@gmail.com Na INTERNET Webpage do Agrupamento (EM CONSTRUÇÃO) http://www.aevvr.pt Plataforma Moodle (Inclui a hemeroteca GA) http://vvr.ccbi.com.pt Facebook www.facebook.com/Agrevvr
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
Coordenação Professora Anabela Afonso Professor Jorge Gouveia
Autor: Beatrice Masini Edição: 2007 Páginas: 128 Editor: Edições Nova Gaia
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62 | MARÇO | 2013
Gente em Ação
Última Página
Semana da Leitura 2013
A semana da leitura regressa, na
no papel de valentes marinheiros,
crista da onda, tendo o mar como
mas orientados por remadores, pilo-
tema das leituras e das várias ati-
tos e timoneiros experientes, neste
vidades (concurso de adivinhas e
caso os pais e avós, o pessoal não
Nº de leitores convidados: 55
provérbios; quiz sobre o mar e os
docente e os professores, empe-
Pais e avós - 23
oceanos; leitura orientada de obras
nhados que estão em fazer chegar
Funcionários - 11
e respectivos questionários sobre
esta dura, mas estimulante viagem
Professores - 21
as mesmas…), preparadas pela
rumo à leitura, um porto seguro,
Outras personalidades e institui-
equipa da Biblioteca Escolar e do
aquele que mais garantias de su-
ções se associaram à iniciativa – Bi-
PNL do Agrupamento.
cesso assegura aos jovens marujos
blioteca Municipal; Câmara Munici-
O mar, esse manancial de vida e
que temos à nossa responsabilidade
pal; Grupo Interconcelhio de Castelo
de recursos que nos cerca e, nou-
nesta viagem do conhecimento e da
Branco e Vila Velha de Ródão da
tros tempos, nos mobilizou enquan-
formação, para a qual concorreu a
Rede das Bibliotecas Escolares.
to povo para grandes feitos, surge
transformação de alguns espaços
Para concluir a semana, cujo
agora como proposta de estímulo
da escola que se embelezaram gra-
programa incluiu ainda jogos, con-
para as leituras a realizar na sema-
ças à preciosa ajuda das colegas do
cursos, filmes e outras atividades,
na de 11 a 15 de março, no nosso
Clube de Jardinagem que, com a co-
sempre relacionadas com as leituras
Agrupamento.
laboração dos seus alunos, transfor-
realizadas, as turmas do 1º ciclo re-
maram este espaço num mar bem
alizam a sua visita de estudo anual
azul.
a Peniche, onde foram ver o mar e
Foi uma semana transformada numa verdadeira regata, tal o nú-
E-Mail: gente.vvr@gmail.com
A Equipa da Biblioteca Escolar nos últimos anos: Nº de histórias e outros textos lidos: cerca de 55.
mero de textos que cruzaram as
Abandonando a linguagem figu-
a Óbidos, cujo castelo e seu interior
salas de aula, selecionados crite-
rada que esteve, decerto, na ori-
constitui um especial recurso para
riosamente para corresponder ao
gem da escolha do tema, a equipa
o estudo do nosso país e da nossa
perfil dos diferentes grupos etários,
do PNL gostaria de partilhar com os
identidade como povo. Estes alunos
pois estão envolvidos nesta viagem
leitores deste periódico alguns nú-
aproveitaram para visitar a “Feira do
os alunos desde o pré-escolar ao
meros associados a este plano de
Chocolate”, famosa nesta localidade
9º ano. Este mar de histórias está
promoção da leitura, projetado à se-
e a fazer lembrar a Páscoa.
a ser cruzado por alunos investidos
melhança do que vem acontecendo
O Corpo Profs. Graça Passos; Luís Costa Durante o segundo período letivo realizaram-se, no âmbito do P.E.S. (Projeto Educação para a Saúde) dois workshops dedicados ao tema d’”O Corpo”: um primeiro, para os alunos do 3º ciclo, que já se realiza há quatro anos no nosso Agrupamento. O ponto de partida deste ano foi a autonomia e o suporte. Usando o baloiço como metáfora da vida, a formadora Sofia Neuparth refere sobre esta temática: “De um lado do baloiço parece-me ver aquele orgulho de fazer tudo sozinho, de não precisar de ninguém, de ser “autossuficiente”, de nunca precisar de ajuda; do outro lado do baloiço encontro a vontade de apoiar o outro, de carregar os males daquele, de o deixar apoiar-se em mim… mas também sem me construir a mim próprio, como se o suporte que disponibilizo fizesse de mim um escravo sem poesia, sem capacidade de criar, sem uma vida autónoma. Autonomia e suporte são movimentos do mesmo baloiço, não pode haver autonomia sem relação, sem aceitar o suporte. Sem escutar outros movimentos na sua ligação com os nossos, não pode haver suporte sem uma profunda consideração e respeito por si próprio.”
O segundo workhop, destinado a professores (ver página 20 do número anterior) foi, de facto, “um encontro vivencial de grupo”, em que os participantes tiveram oportunidade de se encontrarem com eles próprios e com o grupo! Como vários participantes tiveram oportunidade de referir, foi uma experiência muito interessante, à qual ninguém ficou indiferente e que todos têm o desejo de repetir!