"Gente em Ação" n.º 66 - junho 2014

Page 1

66 | junho 2014

Distribuição gratuita

Diário de Bordo Cada novo dia de escola é um dia novo de descoberta e dedicação! Todos contam, porque todos são necessários e todos colaboram na construção do nome deste agrupamento. Aqui nunca se esquece a riqueza do percurso académico dos alunos, mas também é de todo impossível esquecer o valor individual de cada um como pessoa e membro de uma comunidade. Esta é uma escola de partilha e de criação de novos rumos e percursos. A procura, fora das portas da escola, de novos colaboradores que se envolvam com séria vontade de crescer e dinamizar este concelho é também uma preocupação permanente. Assim, pedimos apoios, divulgamos atividades, solicitamos a presença de todos na escola, idealizamos novas etapas onde todos possam contribuir e construímos todos os dias pequenos sonhos para que um dia estes jovens que agora aqui estão possam ser aqueles que, com grande orgulho, trabalho e empenho façam crescer o nosso concelho. São esses os desafios que lhes são propostos para engrandecer o nome da sua escola e da sua terra! E cada vez sentimos que somos mais neste desafio. O privilégio de pertencer a este grupo é bem evidente: aqui existe um ambiente familiar onde todos se unem por objetivos comuns e onde pequenas divergências são úteis na construção de grandes consensos.

Pág. 4-6

Entrevista

Eng. Carlos Coelho (Celtejo)

Pág. 12

Boas férias! A Direção

Pequenos artistas no lagar de varas

SUPLEMENTO “Livros Livres”

APOIOS:

www.aevvr.pt


2

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Entrevista (1)

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (12)

Pedro Pires Redação do Gente em Ação O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta edição, entrevistamos Pedro Pires, que desenvolve a atividade de cozinheiro num restaurante brasileiro em Colónia (Alemanha).

Bilhete de Identidade Nome: Pedro Miguel Ferreira Pires Data de nascimento:08 de setembro de 1985 Frequentou a escola de VVR: De 1995 a 2003 Média de conclusão do 9º Ano: 3,1 Profissão: Cozinheiro

Quando é que frequentou a escola em Vila Velha de Ródão? De 1995 a 2003. Era bom aluno? Tinha os meus momentos, mas estava dentro do medíocre. O que é que achava da escola? Acima de tudo, sempre gostei da escola desde o primeiro dia, tinha todas as condições para ensinar bem, tínhamos é que saber aproveitá-las.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Qual ou quais eram as suas disciplinas preferidas? Educação física e Físicoquímica. Lembra-se de algum professor ou professora que o tenham marcado especialmente? Sim, desde o começo tive vários professores que me marcaram. Por exemplo, o professor Sena, a professora Luisinha, o professor Batista, o professor Jorge Gouveia, o diretor de turma Luís Costa, entre outros. Para além das atividades letivas, que outras iniciativas a escola lhe oferecia e nas quais participava? O desporto escolar, as visitas de estudo… Mantém o contato com

os antigos colegas de turma / escola? Quanto aos colegas de turma, cada um seguiu o seu caminho e não tenho muito contato com eles. No entanto, mantenho contato com alguns colegas da escola. Acha que esta escola contribuiu para o seu sucesso pessoal e profissional? De que forma? Claro que sim, abriu-me portas e despertou-me a atenção para as duas coisas que eu gostava mais de fazer na vida, isto através do que os professores na atura falavam connosco. Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guarde uma especial recordação? Tenho boas e más recordações. Uma boa recordação diz respeito à publicação de um livro, atividade proporcionada pela professora Helena. Foi ela que me despertou o gosto pela leitura. Após o ensino básico, qual a via que seguiu no prosseguimento de estudos? Porquê? Após o 9º ano, inscrevi-me no 10º ano para frequentar o ensino secundário, mas desisti antes do Natal, porque não era aquilo que procurava. Depois, estive um ano parado e fui para o ensino

técnico-profissional, através do Turismo de Portugal. Que diferenças sentiu ao mudar desta escola para aquela onde tirou o seu curso técnico-profissional? Não senti muitas diferenças, apesar de estar a ficar mais maduro e a querer saber realmente o que queria. Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional. Comecei numa pequena escola primária em Gavião de Ródão. Em seguida, frequentei o ensino básico em Vila Velha de Ródão, estive depois três meses inscrito no ensino secundário na escola Amato Lusitano, em Castelo Branco e, por último, estive três anos na Escola Profissional do Fundão. Profissionalmente, comecei com dois estágios de cozinha: um na Pousada Convento de Belmonte e o segundo no Hotel São Rafael Suite Hotel5*, em Albufeira. Quando acabei o curso, fui trabalhar, como cozinheiro, para o Hotel Fonte Santa/Hotel Astória, nas termas de Monfortinho. De seguida, “dei o salto” e fui para Viseu, como chefe de cozinha, para o restaurante “Caprichos e sabores”. Passado uns tempos, fizeram-me um convite e fui abrir o H2otel Congress and Spa 4*, em Unhais da Serra,

também como chefe de cozinha. Posteriormente, senti necessidade de ir conhecer novas formas de cozinha e então fui chefiar uma fábrica de produção alimentar, em Lisboa, durante 5 anos e, no ano passado, decidi sair para o estrangeiro. Por que razão decidiu emigrar para a Alemanha? Já era um sonho desde que tirei o meu curso. Um dia queria emigrar e aprender mais coisas sobre outros países, desde a cozinha à língua. Então deu-se esta oportunidade. Decidi arriscar ir para a Alemanha, apesar de já estar como efetivo no anterior trabalho. O que mais o motiva na atividade profissional que hoje desenvolve? Neste momento, aprender a usar novos produtos e novas técnicas. Como a Alemanha está no centro da europa, no fundo aprendo vários gostos: russos, italianos, franceses, ingleses,

Uma das turmas do Pedro

nórdicos e até árabes. Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem hoje da escola? Sinceramente, não tenho tido muito tempo para acompanhar o quer que seja, mas já dei uma vista de olhos à página do Facebook. Costuma ler o nosso jornal e conhece a nossa página no Facebook? Não, mas vou ser um leitor mais assíduo, quanto à página, sim já conheço. Que mensagens ou sugestões gostaria de deixar aos nossos jovens leitores? Sejam curiosos, atentos à realidade do mundo, críticos construtivos e com muita vontade de fazer aquilo que mais gostam, seja o que for, a nível profissional. E, quando sentirem dificuldades, e estiverem a pensar desistir, não o façam! Muito obrigado!


66 | junho | 2014

3

Atividades

Teresa Gouveia e Ricardo Pereira (8ºA) No dia 16 de maio, os alunos do 7.º, 8.º e 9.º anos do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão fizeram uma visita a Espanha, à cidade de Salamanca, no âmbito da disciplina de Moral. À hora prevista, acompanhados de alguns pais e professores, Luís Costa, Filomena Conceição, Paulo Martins, Isabel Mateus e Olga Almeida, demos inicio à viagem. Chegados a Tordesilhas, fomos visitar o museu das Casas do Tratado de Tordesilhas, onde tivemos o privilégio de observar documentos com mais de meio século. De seguida, rumámos a Salamanca para visitar o Museu do Automóvel, onde pudemos apreciar vários carros de séculos anteriores e também do presente (coleção particular de Gómez Planche).

Depois de nos instalarmos numa albergaria para estudantes, saímos para uma noite de divertimento. Fomos até à Praça Maior (monumento com uma vida social e cultural bastante ativa), onde vimos um concerto e percorremos algumas ruas visitando as lojas daquele local maravilhoso! No dia seguinte, fomos visitar as catedrais, com traços de arquitetura gótica e a Universidade de Salamanca, cuja biblioteca é fascinante. Depois, visitámos mais alguns lugares daquela bela cidade. Por fim, regressámos a Portugal com o desejo de repetir uma próxima viagem. Foram dois dias muito divertidos, com boa disposição de todos e aquisição de novos conhecimentos.

Gente em Ação

Viagem a Salamanca e Tordesillas

Prof. Luís Costa Dando continuidade a uma tradição que remonta a 1991 realizou-se, nos dias 16 e 17 de maio, a visita de estudo dos alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (3.º ciclo). Como também vai sendo habitual, esta contou com a participação de elementos da comunidade educativa, pelo que o grupo de 41 pessoas incluía alunos, professores, funcionários e encarregados de educação. Desta feita, a opção de visita recaiu sobre Tordesillas, onde se visitaram as “Casas do Tratado”, que assinalam o local onde foi assinado o tratado com o mesmo nome, em 7 de junho de 1494, celebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha para dividir as terras “descobertas e por descobrir” por ambas as Coroas fora da Europa. O tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que um ano e meio antes chegara ao chamado

“Novo Mundo”, reclamandoo oficialmente para Isabel, a Católica. A viagem continuou para Salamanca, a intitulada “Cidade do Conhecimento”, onde se visitou o “Museo de Historia de la Automoción”, único museu público espanhol dedicado ao automóvel. Os visitantes tiveram a oportunidade de ficar a conhecer cerca de 100 exemplares (muitos deles únicos) que contam a história deste meio de locomoção, bem como inúmeros acessórios relacionados com o mesmo. Depois de jantar, foi tempo de conhecer o centro da cidade de Salamanca, à noite. Um primeiro passeio desde a zona da Plaza Mayor, passando pela zona pedonal e pelas duas catedrais, permitiu ficar com uma primeira panorâmica da visita que iríamos efetuar com mais tempo na manhã seguinte. O passeio a pé de volta ao albergue permitiu, ainda, atravessar a histórica Ponte Romana sobre o Rio Tormes.

A manhã de sábado foi, então, passada no centro da cidade, onde foram visitadas a Universidade e as duas catedrais. Os visitantes ficaram a conhecer o edifício histórico da Universidade mais antiga de Espanha (e a quarta mais antiga da Europa), tendo ficado impressionados, sobretudo, com a biblioteca antiga. Da visita às Catedrais destacou-se, sobretudo, a originalidade do facto das duas coexistirem lado a lado, tendo a antiga sido preservada (ao contrário do que estava inicialmente previsto) após a conclusão da nova, no século XVIII, constituindo assim um conjunto arquitetónico singular. Depois de algum tempo livre para mais um passeio pelo centro e para comprar os indispensáveis “recuerdos”, era tempo de regressar a Portugal onde, decerto, todo o grupo chegou muito mais rico e já fazendo planos para a viagem de 2015!

ÚLTIMA HORA!!!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Jovens Repórteres para o Ambiente de VVR distinguidos com a “Reportagem do mês” de abril.

(“Portas de Ródão, uma maravilha natural à nossa porta”) http://jra.abae.pt/portal/

aevvr.pt /

Reportagem fotográfica completa.


4

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Entrevista (2)

Diretor da Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A.

Eng. Carlos Coelho Jovens Repórteres para o Ambiente

O “Gente em Ação” foi entrevistar o engenheiro Carlos Coelho, diretor fabril da Celtejo desde 2011 e membro da comissão executiva do grupo Altri. Possui Mestrado em Produção de Pasta para Papel e formação diversa na área da gestão, tendo frequentado recentemente o Programa Avançado para Executivos na Universidade Católica e o Senior Executive Programme London Business School.

entranhas através de um vulcão, no caso da Celtejo é a forma como cozemos a madeira que o torna necessário. O nosso olfato é sensível a concentrações de enxofre tão pequenas que os nossos equipamentos mais sofisticados quase não as conseguem medir. Apesar de tudo, estamos sempre atentos a novas tecnologias que não deixaremos de aplicar se forem eficientes. Normalmente, esta fábrica envia amostras dos resíduos que emite para análise química? Sim, todos os anos são enviadas para análise amostras dos resíduos mais importantes produzidos pela Celtejo.

Ser diretor de uma fábrica deste tamanho é fácil ou difícil? No início não é fácil, porque existem muitas matérias que é preciso aprender. É como começar um novo ano na escola. Com o tempo torna-se mais fácil.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Qual é o volume diário e anual da produção de pasta de papel? Neste momento e com a otimização que temos vindo a fazer, a fábrica consegue fazer mais de 650 tons/dia o que significa que poderemos fazer por ano entre 220 000 a 230 000 tons de pasta. A produção da fábrica é vendida para o mercado interno ou para o mercado externo? Quais são os principais países importadores? A Celtejo tem um cliente muito importante no mercado interno que é a AMS. Tirando essa exceção, toda a pasta é vendida para o mercado externo, sobretudo para os países europeus como a Espanha, a Itália, a Áustria, a Alemanha, a França e alguns outros. Esta

empresa

produz

toda a energia que consome? A Celtejo tem vindo a equilibrar a relação entre a energia (elétrica) que compra e a que vende. Neste momento, depois do investimento que fizemos nesta área, somos autossuficientes em termos energéticos. Mais importante ainda é perceber que se trata de uma energia renovável. No ano passado, a população de VVR manifestouse contra a poluição que esta fábrica produz. Um pó preto era visível em todo o lado. Como é que resolveram isso, visto que as pessoas deixaram de reclamar? Por vezes, nas fábricas, surgem situações novas que temos de estudar, porque nem tudo vem nos livros. Logo que percebemos o que se passava, resolvemos depressa a situação. É também assim que trabalham os cientistas que descobrem novas coisas. Por que razão são vistas diariamente massas de fumo branco a serem emitidas pelas chaminés? Estas têm algum impacto na atmosfera?

Quando se queima um produto natural como a casca ou o que na fábrica chamamos o licor, produz-se dióxido de carbono e água. É esta água (fumo branco) que se vê na saída das chaminés, tal com se vê lá em casa quando se aquece a comida no fogão. Quais são os constituintes do fumo? Esses constituintes são nocivos para a saúde? Mais de 99% do “fumo” que se vê sair das chaminés é constituído por água, dióxido de carbono e azoto. Não esquecer que 4/5 ou seja 80% do ar é constituído por azoto e o ar é necessário para a caldeira funcionar. Depois existe também uma pequeníssima quantidade de gases com enxofre. Há dias em que se nota um cheiro nauseabundo. A que se deve? O que pensam fazer para o eliminar? Se forem aos Açores e fizerem a mesma pergunta a um habitante local duma zona vulcânica, ele vai achar engraçada a questão. Lá como cá é o enxofre que provoca o cheiro caraterístico que sentimos. Nos Açores, é a natureza que o tira das suas

Como são controladas as descargas dos resíduos para o rio Tejo para que não tenham um impacto negativo no ecossistema? Na Celtejo, não descarregamos resíduos para o rio Tejo, pelo que certamente estaremos a falar do efluente líquido. A fábrica tem uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) onde todas as águas do processo são tratadas. O primeiro tratamento chama-se gradagem e serve para tirar coisas grandes (ex. pedras, pequenos ramos, etc). Depois temos 2 decantadores ou sedimentadores onde o material mais pesado vai ao fundo (ex. fibras de madeira e areias). Este material passa por uma prensa onde é espremido para retirar a água e volta para a fábrica para ser usado na produção de energia. As águas que saem do decantador vão depois para os reatores biológicos onde as batérias “limpam” a água, consumindo a matéria orgânica. Só depois destes tratamentos todos é que mandamos a água para o rio. Que estratégias têm para diminuir os efeitos da poluição? Temos muitas, mas as mais importantes passam

por usar cada vez menos água e menos energia para fabricar a pasta. Chama-se a isto otimizar o processo de fabrico. Tentamos também valorizar todos os materiais, como por exemplo a casca do eucalipto que serve para fazer energia. Deste modo, não usamos tantos combustíveis fósseis e reduzimos a poluição. A matéria-prima usada para a produção de papel é o eucalipto. Quantas toneladas são “moídas” por dia? Para vos dar uma imagem que seja mais fácil de entender, podemos dizer que, em cada dia que passa, a fábrica consome cerca de 80 camiões de madeira. Qual é a política da empresa no que concerne às questões relativas à floresta e à replantação de árvores? A Celtejo é uma empresa certificada pelo FSC e PEFC. O que querem dizer estas siglas é que existem organizações a nível mundial que vocês podem pesquisar na Internet e que dizem que a Celtejo, que pertence ao grupo Altri, gere bem a sua floresta. Gerir bem significa, por exemplo, que procuramos plantar mais árvores que aquelas que cortamos. Significa que, nas zonas florestais, protegemos a biodiversidade. As alterações climáticas, cujas causas resultam em grande medida das atividades humanas, constituem um problema prioritário que o mundo tem de resolver. Em que medida a sua empresa, e o grupo ao qual pertence, estão sensibilizados para esta realidade ambiental? Para a existência da Celtejo, que utiliza uma matériaprima natural, é fundamental que o clima seja estável, com estações do ano bem definidas para que as nosContinua na pág. seguinte


5

66 | junho | 2014 Entrevista (2)

Gente em Ação

«A generosidade e humildade das pessoas, a beleza natural da região e o trabalho concertado que tem sido feito por todos para criar um melhor futuro para os habitantes de VVR.» Continuação da pág. anterior sas árvores cresçam fortes e saudáveis. Por isso, estamos muito sensibilizados para este problema do nosso planeta. Qual a ligação da Celtejo com a fábrica vizinha – a AMS Goma Camps? A Celtejo sente-se muito feliz com a existência da AMS com quem sempre tivemos excelentes relações de cooperação que vão muito além da simples relação cliente-fornecedor. Cada empresa aprende com a outra e, em conjunto, melhoramos a nossa competitividade.

A vossa política de emprego dá prioridade às pessoas que residem em Vila Velha de Ródão? A Celtejo é uma empresa em que o domínio da tecnologia é muito importante e, como tal, tentamos contratar os mais competentes. Se forem nossos vizinhos, mais fácil será virem trabalhar

Sabemos que, ao contrário de muitos dos trabalhadores desta empresa, decidiu residir em Vila Velha de Ródão. Porquê? A gestão duma empresa com a Celtejo é uma atividade exigente pelo que a proximidade com a fábrica permite-me estar rapidamente presente quando é necessário apoiar o pessoal no terreno e tomar decisões urgentes. É muito importante fazer parte da população que vive na envolvente da fábrica. Para além disso, sinto-me cada vez mais apaixonado por esta vila. Sinto-me um verdadeiro rodense. Para além de tudo, sou muito bem tratado pela população de VVR. É com muita satisfação que vejo a população de VVR falar agora da Celtejo com um carinho especial. Quais os aspetos que mais aprecia nesta região? A generosidade e humildade das pessoas, a beleza natural da região e o trabalho concertado que tem sido feito por todos para criar um melhor futuro para os habitantes de VVR. Que contributo está a Celtejo a dar para o desenvolvimento futuro do concelho? Quais os projetos em desenvolvimento? A Celtejo é indiscutivelmente, pela sua dimensão, um dos motores da economia local. Além dos empregos diretos, ascendem a mi-

lhões os euros que ficam na região através da aquisição de madeiras, da contratação de serviços e da aquisição e promoção internacional de produtos regionais. Neste momento, a Celtejo está a trabalhar na versão final da sua estratégia de médio e longo prazo que será revelada logo que possível. O que espera a sua empresa da nossa escola em especial e do sistema educativo em geral? Esta é realmente uma pergunta difícil, mas não vou deixar de responder. A Celtejo precisa de jovens bem preparados que possam, num futuro próximo, dar continuidade ao trabalho que a empresa está a desenvolver. Mas, mais do que pedir à escola o que ela tem para nos dar, os alunos devem perguntar-se o que podem dar eles à sua escola, para que ela se torne uma referência para as outras escolas. Perguntem a vocês próprios: “Eu tenho orgulho em andar na minha escola?”, “De que forma eu contribuí para tornar a minha escola uma referência?” Quando a resposta for positiva a ambas as perguntas, também a vossa escola poderá ganhar prémios e estar entre as melhores do país, porque o tamanho não importa. E lembrem-se que, por estranho que pareça, trabalhar pode ser divertido quando “fazemos o que gostamos e somos bons no que fazemos.”

DO ARQUIVO

Jornal da Escola Preparatória de Vila Velha de Ródão Ano I, Número 1, Maio de 1984

Visita de estudo à Celtejo No passado dia 2 de maio,

tal como a energia elétrica,

o Ciclo Preparatório de Vila

é produzida na própria em-

Velha de Ródão realizou

presa. Como sabemos, a

uma visita de estudo ao

madeira tem nós e acontece

centro fabril de Ródão. Esta

que a lixivia branca não os

visita foi realizada com a

consegue cozer. Por isso,

preocupação de informar os

existe no fundo do diges-

alunos como funciona a ce-

tor um género de crivo que

lulose. Como sabemos, esta

separa os nós das fibras

fábrica produz pasta para

de madeira que, neste mo-

papel. São cerca de 500 os

mento, já se chamam pasta.

operários que ali trabalham.

Os nós são moídos e fazem

Vamos, então, dar um pe-

uma pasta de menos valor

queno esclarecimento sobre

(pasta de nós). Entretanto,

este centro fabril.

a pasta sem nós é levada

Entram ali, diariamente,

para uma secção onde é

muitos camiões carregados

transformada numa folha

de madeira. Essa madeira

de 4 metros de largura. De

é descarregada no chama-

seguida, essa folha passa

do “parque de madeiras”.

para a secção de secagem,

Depois, é posta numa mesa

onde é seca. Ao sair da se-

de descarga, onde lhe são

cagem, essa folha de pas-

tiradas algumas areias. De

ta é cortada aos pedaços

seguida,

transportada

que depois são atados em

para um destroçador, onde

fardos de 200 quilos. São

é cortada em estilhas que,

cerca de 1300 os fardos

por sua vez, são lançadas

de pasta produzidos diaria-

no “parque de estilhas”. A

mente.

é

estilha é levada para um di-

Essa pasta é vendida para

gestor que é um grande tubo

o comércio interno e exter-

com 40 metros de altura,

no. Segundo dados esta-

tipo foguetão. Aí, a estilha é

tísticos, o mercado interno

cozida em água de lixívia ou

absorve 35% da produção,

soda cáustica. A lixivia bran-

enquanto o mercado exter-

ca é um produto muito cor-

no absorve os outros 65%.

rosivo que, se cair na nossa

Um dos principais países

pele, faz queimaduras do

importadores é a China.

3º grau. Esta lixivia branca,

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

A Celtejo foi recentemente eleita, pela revista Exame, a 26º melhor empresa para trabalhar em Portugal e a 2º melhor no setor “Indústria”. A que se deve, na sua opinião, este reconhecimento? Nos últimos 3 anos, a Celtejo tem feito nascer uma cultura que se pode traduzir com o lema “ small size but great ideas”, ou, em português “as nossas ideias são do tamanho do mundo, a fábrica ainda não”. Os resultados obtidos na lista da revista Exame também significam que, duma maneira geral, todos estão envolvidos nas decisões que a empresa toma e, deste modo, sentem-nas como suas e lutam por elas. Tenho orgulho em sentir que os trabalhadores da Celtejo sentem paixão no que fazem. Enfim, sentem a empresa como sendo deles e isso é o segredo para o sucesso.

connosco. A Celtejo incentiva a fixação em VVR.


6

66 | junho | 2014

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Gente em Ação

Atividades | Projetos

JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE

O papel da Celtejo Bianca Almeida (redatora principal) / JRA

Os Jovens Repórteres para o Ambiente foram convidados pelo diretor da Celtejo, engenheiro Carlos Coelho, para visitar as instalações desta fábrica de papel situada em Vila Velha de Ródão. Quando chegámos, à entrada da fábrica, tínhamos à nossa espera uma “comissão de boas vindas”, constituída pelo próprio diretor e dois engenheiros. Logo de seguida, dirigimo-nos para o refeitório, onde nos esperava um almoço que todos apreciámos. Após o almoço, fomos visitar as instalações da fábrica para ficarmos a conhecer todo o processo do fabrico do papel. Todos os Jovens Repórteres estavam bastante entusiasmados e revelavam bastante interesse em saber como funciona aquela fábrica que conhecem apenas por fora, pois os seus edifícios destacam-se na paisagem da vila, sobretudo por causa das altas chaminés que estão permanentemente a deitar um fumo branco. Além disso, estavam curiosos para saber como é que se fabrica o papel que serve para fazer os livros e os cadernos que usam no seu dia-a-dia enquanto estudantes. Assim, munidos de blocos de notas, de gravador e de máquina fotográfica, sempre acompanhados pelo diretor da empresa, que nos serviu de guia, iniciámos a visita. Dirigimo-nos para a área onde se faz a receção da madeira, o descasque e o destroçamento e onde estão armazenadas muitas toneladas de troncos de eucaliptos que são a matéria-prima desta unidade fabril. Mal chegámos, fomos inundados por uma onda de barulho repentina, pois assistimos ao destroçamento da madeira “ao vivo e a cores”. Os eucaliptos chegam em camiões enormes que são descarregados no parque de madeiras. Máquinas com gruas elevam os troncos ainda com casca que entram na linha e são descascados dentro dum tubo fechado e isolado para podermos dormir durante a noite na vila. A casca é triturada e depois é queimada para produzir energia elétrica. A madeira entra descascada no tapete que depois segue para o destroçador que, segundo nos disse o nosso guia, é o maior do mundo. Este desfaz a madeira em aparas pequenas que são depois transportadas para o silo. As aparas são separadas: as que têm o tamanho ideal serão transformadas em pasta de papel e as outras serão usadas na queima para a obtenção de energia que será utilizada na

própria fábrica. Desde janeiro, esta é a primeira empresa do género, no mundo, que consegue aproveitar a totalidade da árvore, uma vez que até da raiz também se fazem aparas. A este propósito, o engenheiro Carlos Coelho afirmou: “Somos pioneiros a nível mundial e temos um projeto-piloto que consiste em recebemos também as raízes das árvores que depois processamos para fazer aparas. As raízes são partidas em vários bocadinhos que passam por uma piscina para serem limpas, aí a madeira fica a boiar, a parte mais pesada cai e só depois é feito o destroçamento final. Este é um procedimento difícil, mas nós achamos que faz sentido aproveitar toda a árvore por causa das questões ambientais.” As questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental são uma preocupação constante para os responsáveis desta empresa. O engenheiro Carlos Coelho disse-nos ainda que “cortamos muitas árvores, mas também, no país, somos quem também planta mais”. São produzidas, no viveiro da fábrica, cerca de 2 milhões de árvores para plantação. Neste momento, estão a ser plantadas muitas árvores para cobrir o perímetro da fábrica, no sentido de minimizar o impacto visual, pois o comprimento dos edifícios é quase tão grande como o comprimento da vila. Carlos Coelho referiu ainda que “outro dos nossos objetivos é fazer uma corrente de filtro que filtre o mau cheiro que emana das chaminés”. A Quercus visita a fábrica regularmente e, se as normas ambientais não estiverem a ser cumpridas, há uma comunicação imediata ao Ministério do Ambiente. Além disso, as entidades que regulam o ambiente também monitorizam os índices de poluição emanados. “Nunca pagámos uma coima por infração ambiental, contudo já tivemos alguns processos”, disse Carlos Coelho. Continuámos a nossa “viagem”, agora no interior de um enorme edifício, onde observámos que as aparas, depois de saírem do silo, são puxadas para o digestor, que é uma espécie de panela de pressão, que as vai cozer. As aparas que tiverem o tamanho ideal vão diretas para o silo, as que tiverem maiores ou menores dimensões são reprocessadas. Toda a madeira é aproveitada e lavada e a água é reciclada. A água que lava a madeira anda sempre em circulação. O processo de fabrico da pasta de papel inicia-se com o cozimento

das aparas. Estas provêm do silo e são puxadas para o digestor, que é uma espécie de panela de pressão, que as vai cozer com vapor e licor branco. Este licor é à base de soda, é produzido na própria empresa e anda em circuito fechado. Este licor depois sai negro e vai à caldeira para ser regenerado. As aparas, após saírem do digestor, já cozidas, têm uma tonalidade castanha, sendo depois enviadas para a caldeira de recuperação onde terão dois destinos: a queima para a produção de energia - onde é usado o licor negro forte - a caustificação - onde o licor negro fraco chega como licor verde, sendo depois banhado com soda, obtendo-se, como produto final, o licor branco. Quando o licor negro vai para a queima, transforma-se em licor verde. E, com o calor, produz-se vapor e energia elétrica. O licor verde depois vai a uma máquina, leva com cal branca e fica licor branco, que depois é reutilizado. A pouca água suja que é enviada para o rio Tejo é também tratada. Todo o processo é monitorizado e em todas as salas existe um laboratório para se fazerem análises periódicas. Todas estas ações levam a que este processo seja um ciclo fechado em que não existem desperdícios, nem se prejudique o meio ambiente. Assim, a pasta castanha obtida neste processo é lavada e, de seguida, vai ser branqueada. Quando chegámos à zona de branqueamento da pasta, fomos surpreendidos por um mau cheiro quase insuportável e ainda nos sujámos todos, graças ao pó presente nos corrimões. Era muito difícil caminhar naqueles corredores que pareciam andaimes e que se situavam a vários metros de altura. Alguns dos Jovens Repórteres tiveram vertigens! O nosso guia informou-nos que o processo de branqueamento “é o processo mais limpo e sustentá-

vel que há, pois nós branqueamos a pasta e não precisamos de usar lixívia; branqueamos a pasta com oxigénio, ozono que produzimos cá dentro e peróxido que é vulgarmente conhecido como água oxigenada”. Depois de ser branqueada, a pasta sai líquida e depois é espalhada numa mesa onde fica a secar através de um sistema de vácuo que suga a água. Depois de seca, é prensada. Finalmente, entra numa estufa onde há vapor a 140 graus. Fomos informados que 95% da pasta seca que é vendida destina-se à exportação e que os outros 5% vão para a AMS (fábrica de papel situada a pouca distância desta) por meio de um tubo. Para finalizar a visita às instalações da Celtejo, passámos ainda pelo armazém onde milhares de toneladas de folhas de papel prensado estão depositadas, prontas para iniciarem longas viagens. Tivemos ainda tempo para uma conversa informal, no auditório, com o engenheiro Carlos Coelho. Para ele, “a pasta de papel é o petróleo português e esta empresa é um bom exemplo de criação de riqueza para o país”. Para comprovar esta afirmação, referiu que “a Celtejo foi recentemente eleita, pela revista Exame, a 26ª empresa para trabalhar em Portugal e a 2ª melhor no setor Indústria”. É muito interessante saber que esta empresa prima pela inovação e pela sustentabilidade, sendo que toda a sua atividade é supervisionada pelas normas impostas pelo Ministério do Ambiente. A Celtejo, empresa de fabrico de papel, tem certamente um papel importante a desempenhar no desenvolvimento da região onde está inserida e está, neste momento, a empreender um esforço nesse sentido, sobretudo através de parcerias com as entidades locais.


66 | junho | 2014

7

Atividades | Notícias | Talentos Gente em Ação

O 9º Ano foi ao teatro Turma do 9ºA No dia 13 de maio, os alunos do 9º ano foram assistir à peça de teatro “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, representada pelo grupo ContraPalco, nas instalações do IPDJ. Fomos de manhã e, tal como nós, mais turmas do distrito de Castelo Branco foram ver o espetáculo, em que Gil Vicente demonstrou, através da comédia, o que os nossos antepassados faziam no século XVI, de acordo com as suas crenças religiosas. Este auto retrata o tribunal alegórico a que as pessoas são sujeitas quando morrem, tendo em conta todos os pecados que cometeram durante toda a sua vida. Foi uma representação muito divertida, pois os atores interagiram imenso com o público. No final da representação deste magnifico auto, fizemos algumas perguntas aos atores e, de seguida, tivemos direito a um almoço oferecido pelo nosso Agrupamento. Houve razões que levaram o nosso professor de Português a querer levar-nos a ver esta peça: este texto dramático faz parte da matéria do nosso ultimo ano no 3º ciclo e pode perfeitamente sair no nosso exame. Gostámos muito deste dia, pois tivemos direito a um momento lúdico com colegas de outras escolas. Foi a nossa última visita como turma do 9ºano, por isso aproveitámos cada momento.

Eco-Código Alunos do Ninho de Português - Fénix-8ºano

A escola é fixe Mas tu tens que ajudar, Pega no saco do lixo e começa já a limpar.

Se queres ter higiene Tens que contribuir, A escola é fixe P’ra estudar e p’ra curtir.

Carolina Cruz e Tatiana Barata (9ºA) Nos dias 8 e 15 de maio realizouse o ateliê ‘’Pensar a escrita…escrever o pensamento”, na Biblioteca Municipal José Batista Martins, no qual a turma do 9ºano participou, acompanhada pelo professor de Português. Neste ateliê, a bibliotecária, Dr.ª Graça Batista, ajudou-nos, na primeira sessão, a interpretar poemas e, na seguinte, a conhecer técnicas para pensar e escrever um bom texto argumentativo. Na parte da poesia, deu-nos um texto como exemplo e, todos juntos, interpretámo-lo. De seguida, cada um escolheu um poema, entre al-

guns propostos, e ofereceu-o à pessoa que mais se identificava com ele. Depois, cada aluno interpretouo e partilhou a informação com a turma. Na segunda sessão, deram-nos boas técnicas para esquematizar e depois utilizámo-las em grupos de dois, para construirmos um texto cuja o tema era ‘’O desenvolvimento dos espaços urbanos /preservação ambiental ‘’. Esta atividade ajudou-nos muito e simplificou-nos o trabalho de elaborar e interpretar textos. Fomos muito bem recebidos e repetiríamos com gosto a experiência.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Poupa água Desliga a luz, Não deites lixo no chão Põe o papel no papelão, As pilhas no pilhão E o plástico no embalão. Respeita a natureza, Não a queiras destruir, As árvores dão-nos a sombra As flores fazem-nos sorrir.

Pensar a escrita... Escrever o pensamento


8

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Opinião | Atividades Higiene corporal, oral e alimentar

No passado dia 2 de junho, com o objetivo de sensibilizar para a necessidade de criarmos rotinas de higiene, uma equipa de enfermagem do Centro de Saúde local, no âmbito da parceria com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) veio à escola sede do Agrupamento implementar uma ação. Todos os alunos do 1º ciclo foram, com as respetivas professoras, para a Biblioteca Escolar e aí assistiram a uma apresentação de um conjunto de curtas-metragens sobre hábitos de higiene no quotidiano, corporal, oral e alimentar. A atividade foi dinamizada por uma equipa de uma enfermeira e duas enfermeiras estagiárias que deram ainda inúmeras explicações mais pormenorizadas sobre a escovagem dos dentes, a lavagem da língua, o uso do fio dental…e tentaram também responder

CPCJ de Vila Velha de Ródão à curiosidade dos alunos. O interesse foi evidenciado pela participação de muitos dos presentes que questionaram e deram exemplos, ou falaram das suas experiências e hábitos quando tal se justificou. Verificamos ainda que todos conhecem, embora uns melhor que outros, as principais regras de higiene, o que mais nos deve motivar para incentivar ao seu cumprimento, contribuindo para um desenvolvimento integral mais saudável e harmonioso.

Horta pedagógica na Celtejo

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

As enfermeiras vieram à nossa Escola Alunos da turma C (3º ano) No âmbito do Projeto “ Articulação da CPCJ de Vila Velha de Ródão e Centro de Saúde com o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão”, teve lugar, na biblioteca da nossa escola, uma ação de sensibilização subordinada ao tema “ Higiene Oral, Corporal e Alimentar”. Esta ação, dirigida a todos os alunos do 1º ciclo, foi orientada por três enfermeiras. Começaram por nos apresentar um filme muito interessante que nos mostrava como proceder, no dia-a-dia, para termos uma vida saudável. Aprendemos o seguinte: -Devemos ter muito cuidado com os dentes, lavandoos sempre depois das refeições e antes de deitar; -É muito importante usar, cor-

retamente, o fio dentário e uma boa escova; -Devemos mudar de escova de 6 em 6 meses; - Fomos aconselhados a usar o flúor para “ afugentar os micróbios “; -Mostraram-nos a importância de tomarmos banho todos os dias e de termos, sempre, os cabelos bem lavados e bem penteados, assim como as unhas bem cortadas para prevenir o aparecimento de doenças e até dos piolhos; -É muito importante, também, lavar as mãos antes e depois das refeições e sempre que vamos à casa de banho. Como se pode imaginar, gostámos muito desta sensibilização, pois aprendemos e relembrámos conhecimentos que nos ajudam a viver melhor e a ser mais felizes, interagindo uns com os outros, ouvindo, questionando e dando a nossa opinião. Por fim, ouvimos uma linda canção relacionada com o tema, aprendemo-la rapidamente e cantámos todos, muito entusiasmados, até repetimos a canção várias vezes.

Vamos cuidar da horta biológica!

Educadora Fátima Correia

Bruna Matos (9ºA) e Sónia Nunes (8ºA)

No dia 21 de maio, as crianças de

primavera e de alguns colaborado-

cinco anos voltaram à horta peda-

res da fábrica que iriam construir um

gógica na Celtejo

abrigo para ele.

Os alunos de Educação Especial: No dia 21 de maio, fizemos uma viagem até às instalações da Celtejo a Bruna, a Sónia, o Diogo, o Gonçalo para cuidarmos da horta que ajudá- e o André juntaram-se aos alunos do pré-escolar e à professora Mafalda, mos a plantar. à educadora Lucinda e à educadora Emília. Foram todos à Celtejo para tratar da horta biológica: arrancar ervas daninhas, cavar, apanhar morangos e ver o pónei. Os alunos do pré-escolar ficaram muito contentes ao ver o pónei e brincaram com ele. Quando chegámos à escola fomos descansar, pois tivemos uma manhã de muito trabalho, mas que nos deu muito prazer e satisfação ao saber que deixamos um talhão de plantas medicinais e aromáticas muito bonito e muito arranjadinho. Foi uma manhã muito agradável!

Ali puderam aferir o desenvolvimento das plantas que tinham plantado. Para além disso, foi preciso tirar as ervas daninhas que proliferavam e descobrir lindos morangos escondidos no meio das mesmas. Depois, foi só apanhar aqueles pequenos frutos e desfrutar do seu sabor numa pequena prova já no jardim-deinfância. Tiveram a companhia do pequeno pónei, enfeitado com flores da


9

66 | junho | 2014 Notícias | Talentos

Gente em Ação

Concurso “40 anos de abril”

João Barateiro (8ºA) O concurso “40 anos de abril” tinha como objetivo a criação de um livro, por parte dos jovens alunos, fazendo entrevistas, pesquisas e também trabalhos manuais, o qual valorizasse e celebrasse o marco histórico: a Revolução dos Cravos (revolução ocorrida no dia 25 de abril de 1974). O concurso foi promovido pela Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão, com o apoio da Câmara Municipal, do Agrupamento de Escolas, da Associação de Pais e da Biblioteca Municipal. O júri era constituído por elementos representativos das entidades promotoras do concurso. Podiam participar alunos dos 9 aos 15 anos. As inscrições deveriam ser entregues até ao dia 20 de março. A partir do dia 24 de março, o “Livro Livre”, da autoria de Francisco Bairrão Ruivo, Danuta Wojciechowska e Joana Paz foi disponibilizado pela Biblioteca Municipal José Baptista Martins). Depois dessa etapa, a próxima seria a mais árdua… o trabalho, esse que deveria ser entregue até ao dia 16 de abril de 2014. Essa etapa pode ter sido a mais

árdua, mas adorei-a, adquiri mais conhecimento e fiquei a conhecer muitas histórias de vida. Dos trabalhos que foram a concurso, foram seleccionados os dez melhores e, esses dez, foram “discutidos” entre cada participante e o júri, antes da derradeira etapa. No dia 25 de abril de 2014, nas celebrações dos 40 anos da Revolução dos Cravos, foram entregues os prémios, pela seguinte ordem: 1º lugar - João Barateiro (computador

portátil), 2ºlugar - Rita Pereira (tablet), 3º lugar - Diogo Dias e Patrícia Afonso (máquina fotográfica). Pela qualidade dos trabalhos, fo-

ram atribuídas Menções Honrosas, para os lugares do Top 10. Os concorrentes que não passaram à fase seguinte receberam ainda diplomas, mas acho que estão todos de parabéns por terem concluído o trabalho. Penso que teremos também de dar o mérito aos consultores (no meu caso, foi a minha madrinha e tia, Anabela Barateiro), a todos os entrevistados que se disponibilizaram para dar as entrevistas, o meu muito obrigado. Finalmente, aos promotores deste concurso, desejo que realizem novas iniciativas para envolver os jovens na comunidade. Para mim, foi um trabalho árduo, mas bem conseguido!

Neste número: Suplemento especial “Gente Livre em Ação”, com uma seleção de textos incluídos nos “Livros Livres” entregues no âmbito deste concurso.

Ateliê “Ler com ajuda” Prof.ª Mafalda Figueiredo e obtiveram opiniões muito favoráveis de todos os envolvidos. As motivações foram muitas, desde visitas às exposições que a Biblioteca Municipal e a Casa de Artes promoveram, concursos, apresentações do Projeto de Jardinagem à população, maratonas de leitura, rap para apresentações em festas, entre muitas outras atividades que se desenrolaram ao longo do ano e prenderam a atenção de todos os participantes. Concluído o ano letivo, estamos naturalmente satisfeitos com a forma como decorreu o ateliê e fazemos uma avaliação muito positiva à forma como os alunos corresponderam aos inúmeros desafios e propostas que, consecutivamente, ao longo do ano, lhes foram lançados.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

No decorrer deste ano letivo, a parceria estabelecida entre o ateliê “ler com ajuda”, que envolve os alunos de Educação Especial e a Biblioteca Municipal, centrou-se na realização de actividades de estímulo ao desenvolvimento sociocultural e comunicacional que resultou um êxito, levando os alunos a ter uma postura e um olhar diferente para uma área até aqui desconhecida e sem interesse. A experiência obtida com as acções desenvolvidas no decurso do ano anterior e o conhecimento mais aprofundado das preferências dos alunos foi uma mais-valia significativa para o planeamento das múltiplas atividades e diferentes ações que, ao longo das sessões semanais, foram propostas aos alunos e que se revelaram sempre muito apelativas


10

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Desporto Incêndio na sala de informática

Campeonato “Super T-Matik” Bianca Almeida (8ºA)

Sónia Nunes (8ºA); Bruna Fontelas (9ºA)

No dia 22 de maio, pelas 11h15,deflagrou um incêndio na sala de informática da nossa escola. Após terem sido averiguadas as causas do incêndio, conclui-se que ocorreu um curto-circuito. Os bombeiros foram chamados ao local e apagaram rapidamente o fogo. Apesar disso, há duas vítimas a registar: o Gonçalo Correia e o Diogo Oliveira, que estavam a trabalhar na sala de informática. Foram assistidos no local e transportados na ambulância para o hospital de Castelo Branco, tendo-se verificado que a situação não era grave, pois apenas sofre-

ram alguns ferimentos e tinham dificuldade em respirar. PENSARAM QUE ISTO ERA VERDADE? NÃO! TUDO NÃO PASSOU DE UM SIMULACRO! Na verdade, quando os alunos ouviram a campainha, foram cumpridas todas as regras definidas para estas situações. Dirigiramse ordenadamente para o pátio, aguardaram a chegada dos bombeiros e ouviram atentamente as explicações deles.

Como já tem vindo a ser hábito, foi realizado, na dinâmica interna da nossa escola, o campeonato de “SuperT” a Inglês e Matemática. A seleção entre turmas consistiu em fazer vários jogos e determinar um campeão e vice-campeão em cada turma. Depois de feita a seleção, fomos jogar eletronicamente. No meu caso, fui apurada campeã de Inglês na minha turma. Depois de termos saído da aula de Matemática, eu e o Rui Tavares, que foi o vice-campeão, fomos até à sala de TIC para tentar a nossa sorte. Depois de a professora Elsa Flor nos ter dado a nossa senha, jogámos três vezes tentando, em cada vez, fazer o menor tempo possível. O mesmo prcesso aconteceu com a disciplina de Matemática que, sejamos sinceros, é mais complicada

que o Inglês! Nos dias seguintes, aguardámos ansiosamente pelos resultados, pois achámos que tínhamos tempos muito bons. E não achámos mal. Desde já quero dar os meus parabéns ao João Barateiro, que ficou colocado em 4º lugar a nível mundial, na categoria 7, pela sua prestação durante o jogo de “Super T” de Matemática. É de se louvar realmente! Por cá, temos em 2º lugar, a nível nacional, na categoria 8 de Inglês. Eu fiquei em 2º lugar! Não achei que tivesse feito o tempo necessário, mas sinto-me orgulhosa.´ Quando eu e o João soubemos da notícia, sentimo-nos chocados, porém muito contentes por elevar o nome da nossa escola tão alto! Pró ano há mais!

Concurso Nacional de Leitura em Proença-a-Nova

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Professora Luísa Filipe No dia 23 de abril, na Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova, realizou-se a prova distrital de apuramento dos alunos de Castelo Branco, do Concurso Nacional de Leitura, no âmbito do Plano Nacional de Leitura. A nossa escola esteve representada por dois alunos do 8ºA – Mariana Santos e Rui Tavares – e por uma aluna do 9ºA, Iolanda Tavares. Para participarem nesta prova, os alunos tiveram que ler a obra: “A bibliotecária de Auschwitz”, um romance de Antonio G. Iturbe sobre a história corajosa e verdadeira de uma sobrevivente deste campo de extermínio nazi, Dita Dorachova.

Os alunos tiveram uma participação bastante positiva nesta 2ª fase, embora não tenham sido apurados para a fase nacional. De qualquer forma, estiveram entre os melhores. Para além da participação no concurso, puderam visitar o “Bibliomóvel”(um projeto inovador desta Biblioteca Municipal que consiste numa biblioteca itinerante), puderam assistir às provas orais dos concorrentes selecionados, confraternizar com a escritora Dulce Cardoso, autora da obra “O retorno”, que os alunos do secundário tinham que ler para realizar a prova, bem como puderam conviver com os alunos leitores das outras escolas, pois

eram 96 o total dos participantes. De realçar a excelente organização deste evento por parte da Biblioteca Municipal de Proença a Nova que, para além da animação previs-

ta e da visita guiada ao Centro de Ciência Viva da Floresta, ofereceu ainda um lanche a todos os jovens e adultos presentes.


11

66 | junho | 2014 Atividades | Sugestões de Leitura

Bianca Almeida (8ºA) Reza o 9ºdireito que, por outras palavras, todas as crianças devem ser protegidas contra o abandono e a exploração no trabalho. Será que é bem assim? O mundo onde vivemos atualmente é tudo menos justo. Muita dessa injustiça é vista diariamente nas condições de vida precárias de crianças inocentes. Se devem ser protegidas contra o abandono, porque é que há pais que abandonam os filhos, e depois, quando se lembram da existência dos mesmos, é para magoar mais do que já tinham magoado? Quando uma criança é abandonada, para fazer jus à Declaração dos Direitos da Criança, esta deve ver a justiça ser feita. A criança merece ser protegida de quem a abandonou e também tem o direito de ser feliz numa outra família, sem problemas nem preocupações. Quanto à exploração no trabalho, estamos a olhar para algo com dimensões muito maiores e, inclusive, mais problemáticas. Se alguém se desse ao trabalho de analisar a vida de muitos meninos e meninas, ficariam chocados com a quantidade de sofrimento que muitas das vezes até os mais novos carregam. Para fazer respeitar este direito crucial, a minha opinião é que qualquer pessoa, se de algum caso soubesse, o devia denunciar, pois as crianças de hoje serão os líderes de amanhã. Não sou a única que acho que uma criança é uma dádiva da vida e que também há muitos progenitores/as que nunca na vida o deveriam ter sido. Disso, estou certa. Quantas raparigas e rapazes não choraram e choram à espera dum salvador/a que nunca aparece? É por isso que elas necessitam de ser protegidas. Escolhi o 9ºdireito por me identificar com o mesmo, mas todos os 10 são muitíssimo importantes. Todos eles se devem fazer cumprir e, mais importante ainda, entender e respeitar. Pois, como disse António Gedeão, com algumas adaptações minhas, toda a criança merece uma vida comandada por um sonho. Todas elas são corajosas e todas elas necessitam do nosso apoio. Nada é mais “cool” do que um sorriso duma criança! Tenho dito!!

Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância- 2014

CPCJ de Vila Velha de Ródão Ao longo de todo o mês de abril, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Velha de Ródão assinalou a “Campanha do Laço Azul”, uma iniciativa em desenvolvimento por todo o país, através das diversas Comissões, Autarquias e outras entidades. Para além da distribuição de pequenos laços azuis por toda a comunidade mais próxima do Agrupamento, a serem usados como sinal de consciência dos maus tratos e predisposição para os denunciar, foram desenvolvidas atividades diversas, adequando-se a cada nível de ensino. Assim, para os alunos dos 2º e 3º ciclos, foi proporcionado o visionamento de curtas-metragens, bem como um powerpoint informativo acerca da Campanha “Laço Azul”, um debate e reflexão sobre o tema. Os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo assistiram à projeção e narração do conto “Quando a mãe grita…”, de Jutta Bauer, ouviram a “his-

tória do Laço Azul” adaptada para a descoberta do seu significado. De tudo o que ouviram, produziram alguns trabalhos que ilustram a leitura que cada um fez do que lhes foi apresentado. Para a comunidade educativa, foi apresentada pelo psicólogo Dr. Alfredo Leite, a palestra “Temos sido bons pais?” que obteve da assistência uma atenção entusiasmada e interessada pelo modo brilhante como decorreu! Ainda, partindo de um convite feito nas redes sociais, imprevisto, foi conseguida a mobilização suficiente da comunidade, que permitiu registar o “nosso” laço azul com a resposta dada ao desafio “Vamos vestir de Azul”- 24 de abril. O empenho de toda a população envolvida, mais jovem ou menos, permitiu realizar, com sucesso, todas as atividades… um sinal evidente de que as boas causas conseguem mover-nos …

Eu respeito os meus direitos…e tu? CPCJ de Vila Velha de Ródão Integrados na comemoração do Dia da Criança, foram divulgados, após o almoço convívio desse dia, os resultados do concurso “Eu respeito os meus direitos…e tu?”, que visava reconhecer o trabalho, por ciclo de ensino, que melhor ilustrasse, dentro das modalidades previstas, os Direitos da Criança. A Comissão de Proteção recebeu inúmeros trabalhos e não foi tarefa fácil para o júri destacar os vencedores. Para além da muita criatividade presente em alguns, pelos matérias utilizados ou pela forma dada ao trabalho, todos evidenciaram o conhecimento de algum dos direitos ou de vários…o que constituía o objetivo máximo deste concurso! Todas as produções foram divul-

gadas, no seu conjunto, na página Web do Agrupamento. A todos os participantes, damos os parabéns pelo empenho e, sobretudo, por não terem ficado indiferentes, pois praticaram assim um dos principais direitos de qualquer cidadão: dar a sua opinião, com conhecimento! Por níveis de ensino, foi atribuído o primeiro prémio, no Pré-escolar, a Beatriz Martins; no 1º/2º ano, a Afonso Carmona; no 3º/4º ano, a Carolina Santos; no 3º Ciclo, a Bianca Almeida. Aos vencedores presentes, para além do reconhecimento sob a forma de aplausos, foi simbolicamente oferecida uma camisola alusiva ao concurso.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Acima: Texto vencedor da categoria do 3º Ciclo. À Direita: Momento da entrega de prémios aos vencedores das três categorias (1º e 2º ano; 3º e 4º ano; 3º Ciclo)

Gente em Ação

Será que, enquanto criança, os meus direitos são respeitados?


12

66 | junho | 2014

Gente em Ação

A Página dos Mais Pequenos

“Desenha um mamífero“ (Iris São PedroJI Sala 2)

bril“ “25 de A Sala 2) JI s e n (João Nu

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

as“ s das cavern “Os homen ala 2) S JI artinsM a ri a M iz (Beatr

ota” “A Ovelha Carl la 1) fin a Ru o- JI Sa (Maria Eduard

Resolução de pr oblemas (Pedro Prates - JI Sala 1)

“As três galinha s“ (Adriana Faia - JI Sala 1)


13

66 | junho | 2014 A Página dos Mais Pequenos | Noticias

I Concurso Internacional “Vamos Ilustrar um Livro”

Gente em Ação

Pré-Escolar

Educadora Fátima Correia O Jardim de Infância de Porto do Tejo foi a escola vencedora do concurso “Vamos ilustrar um livro”. Os desenhos realizados pelos alunos Inês Filipa do Carmo Ribeiro e Miguel Correia Dias irão ilustrar os trechos 14 e 21 da obra de literatura infantil “Nos Braços da Amizade”. Os desenhos serão incluídos na obra que será publicada pela EUDACTICA, em Setembro.

Ilustração de Miguel Dias - JI Sala 1

Ilustração de Inês Ribeiro - JI Sala 2

Ateliê de pintura – Lagar de Varas Turma B - 2º ano dialogando e mostrando quadros maravilhosos deste artista.

A seguir, passou-se para a parte prática, onde os pequenos artistas, com materiais diversos, deram asas à sua imaginação e desenvolveram o sentido estético.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Decorreu, no dia 3 de junho, durante todo o dia, uma atividade de pintura, no Lagar de Varas de Vila Velha de Ródão, dinamizada pelo departamento do 1º ciclo. Foram convidados a professora de belas-artes, Dr.ª Maria Helena Fernandes e o pintor de arte mole, José Maria Subtil. Estes artistas sensibilizaram os alunos para a arte,


14

66 | junho | 2014

Gente em Ação

A Página dos Mais Pequenos Visita ao Museu do Pão - Seia Educadora Fátima Correia

No dia 23 de maio, os alunos do

Jardim de Infância de Porto do Tejo fizeram uma visita de estudo ao Museu do Pão, em Seia. Tratou-se de uma oportunidade

para proporcionar às nossas crianças a possibilidade de contatar com ambientes socioculturais diferentes daqueles em que se movimenta quotidianamente e melhorarem e aprofundarem as relações interpessoais. Através desta atividade, as crianças contataram com a magia dos gnomos da tribo dos Lusitanos, que os transportaram ao passado. Para além de ficarem a conhecer o ciclo

dos pais e da Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão que ofereceu o transporte, a quem muito agradecemos. Foi uma viagem muito divertida e cheia de novas experiências.

do pão, de trabalharem a massa e fazerem um quadro de massa de pão, as crianças viajaram de comboio e visitaram uma mercearia com produtos regionais A realização desta visita só foi pos-

“Os animais andam loucos!”

sível com o apoio

Homenagem à minha mãe

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

David Tavares (4ºAno) A minha mãe

Se está comigo, está com Deus

Nunca foi a Belém.

E espero nunca lhe dizer adeus!

Com o meu pai Luis Nunca partiu o nariz!

Mãe, nunca te irei desiludir! Quando estiveres a chorar

Ela casou aos 16 anos E nunca gostou de limpar com panos.

[ponho-te a rir Já que o pai não faz isso Eu terei esse compromisso!

Ela usa lindos óculos Aos quais chamo binóculos!

Nesta última quadra que faço Digo: pela vida irei passo a passo

Ela é muito nova mãe

Com a minha mãe a meu lado

Com a família sente-se bem,

Não cairei, irei bem amparado.

Educadora Fátima Correia A sessão de filminhos “Os animais andam loucos!” permitiu e proporcionou às crianças do Jardim de Infância de Porto do Tejo, uma excelente oportunidade para desenvolver a imaginação, a inteligência emocional, o reconhecimento de diferentes animais, sua cadeia alimentar e a

identificação e a forma de superação de algumas emoções, (positivas e negativas) das suas personagens. Consideramos que esta atividade contribuiu para ajudar a um desenvolvimento mais equilibrado das nossas crianças.


15

66 | junho | 2014 Opinião / Atividades Peddy paper das histórias

Profª. Luísa Morgado O Dia da Espiga comemora-se no dia da Ascensão de Jesus ao Céu, sempre numa quinta-feira e quarenta dias depois da Páscoa. É uma das principais festas do calendário cristão e remonta, pelo menos, aos finais do século IV. Pensa-se que vem das antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa romana Flora que aconteciam por esta altura, na primavera, em que a natureza está exuberante, pois esta era a deusa da fecundidade da natureza. A Igreja, à semelhança do que fez com outras festas ancestrais pagãs, cristianizou-a. Assim, tem atravessado os tempos com dupla aceção: como Quintafeira da Ascensão para os cristãos, e como Dia da Espiga, traduzindo aspectos e crenças não religiosos, mas exclusivos da esfera agrícola e familiar. Quando eu era criança, neste dia, grupos de pessoas iam pelo campo, levavam uma merenda, comiam-na e colhiam o viçoso ramo, não só de espigas, mas também de papoilas, de malmequeres e outras flores silvestres. Também não podia faltar o raminho da oliveira. A composição do ramo varia de zona para zona, mas a sua simbologia é idêntica: a espiga representa o pão; a papoila,

o amor e a vida; a oliveira, o azeite e a paz ; o malmequer, o ouro e prata; a videira, o vinho e a alegria; e o alecrim a saúde e a força. Este ramo é guardado até ao ano seguinte pendurado em qualquer lugar da casa e é um poderoso amuleto que traz a abundância, a alegria, a saúde e a sorte. Presentemente, na maioria das aldeias do nosso país, a tradição mantém-se. Mas, nas grandes cidades, o que é feito da tradição? Evidentemente que, nas cidades, é difícil encontrar o simbólico Ramo da Espiga. Mas têm surgido pessoas que vão ao campo colher os ramos para os vender aos nostálgicos de um passado ainda não distante. É caso para dizer que fazem negócio com a tradição... mas ajudam a mantê-la!... o que já não é nada mau nos nossos dias, nesta época de globalização.

Comemoração da centésima lição de Português

Educadora Fátima Correia Mais uma vez, o Jardim de Infância de Porto do Tejo realizou o “Peddy Paper das histórias”. É de salientar o prazer, a alegria e o desfrute com que as crianças e os encarregados de educação participaram nesta atividade. De uma forma lúdica, foram testados os conhecimentos acerca das histórias

Professora Elsa Flor No passado dia 11 de junho, os

entre alunos e professores da tur-

alunos do 6ºA participaram num al-

ma onde não faltaram as deliciosas

moço convívio à beira Tejo, junto do

pizas confecionadas pela padaria

cais de Vila Velha de Ródão.

Canelas, em Amarelos.

A ideia deste convívio partiu dos

O cais de Ródão é um local bas-

alunos para assinalar o final do ano

tante aprazível, com sombras e me-

letivo e, ao mesmo tempo, gastar o

sas para um excelente piquenique o

montante proveniente da venda dos

que contribuiu, em muito, para uns

produtos na “Feira do Empreendedor

bons momentos de descontração.

Júnior e Expo Empresas”, em Castelo Branco, no dia 23 de maio. Foi um almoço muito agradável

Este local é recomendado a todos os que nos quiserem visitar.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

para um lado e outros para o outro. Comemos muito, é verdade, mas foi uma tarde muito divertida. Tendo como paisagem de fundo o rio Tejo, tivemos uma refeição agradável e divertimo-nos na companhia de professores e colegas. A meio da tarde, recebemos duas visitas surpresa - o professor Luís Costa e a educadora Lucinda - que ainda ajudaram a tarde a ser mais divertida! Mas, como o que é bom acaba depressa, voltámos para a nossa escolinha com um único pensamento: “Pró ano vamos repetir!”.

tradicionais contadas ao longo do ano, desenvolveu-se a capacidade de resolução de enigmas, bem como a destreza e a rapidez de raciocínio. Esta atividade contribuiu para a promoção do bom relacionamento e cooperação entre todos os intervenientes no processo educativo.

O piquenique do 6º Ano

Bianca Almeida (8ºA) Como gostamos muito da disciplina de Português, decidimos fazer um piquenique para comemorar a 100ª lição a esta disciplina, apesar de já termos ultrapassado a lição número 160! Combinámos, entre todos, levar comida, sumos, etc. Passavam cerca de 20 minutos das 13 horas do passado dia 11 de junho, quando chegámos ao cais, destino da nossa “minifesta”. Como os nossos colegas do 6ºano já haviam terminado as aulas e também eles queriam fazer a sua comemoração, foram connosco no autocarro. Quando lá chegámos, fomos uns

Gente em Ação

O Dia da Espiga


16

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Biblioteca | Sugestões de Leitura

“QUEM QUER SER SABICHÃO?”

No último dia de aulas, dia 13 de junho, a partir das 9h30, realizouse, na biblioteca da escola, o jogo interdisciplinar “Quem quer ser sabichão?” da responsabilidade dos professores de História e H.G.P., Português e Inglês e da equipa da Biblioteca Escolar. As regras do jogo eram simples: as equipas seriam constituídas por dois a três jogadores que deveriam responder a doze questões, sendo que cada questão certa valia dois pontos. A equipa vencedora seria a que obtivesse melhor pontuação. Das dezasseis equipas participantes, num total de 47 alunos, duas obtiveram a mesma pontuação – 24 pontos, pelo que tiveram que defrontar-se novamente. As duas

Prof.ª Luísa Filipe equipas finalistas eram constituídas por dois elementos cada: Iolanda Tavares e Ana Rita Pereira e Bianca Almeida e Rui Tavares. Após uma renhida disputa no desempate, em que ambas as equipas deram imensa luta, a vencedora foi a dupla do 8ºA, Bianca Almeida e Rui Tavares. A todos os que participaram neste jogo queremos agradecer e desde já motivar para outras oportunidades, uma vez que o principal objetivo do mesmo era enriquecer a cultura geral dos participantes e, ao mesmo tempo, de forma lúdica, aprender mais. Acreditamos que todos passaram um momento agradável testando, desta forma, os seus conhecimentos.

As Bibliotecas ajudam-nos a crescer…

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Na Biblioteca Municipal: Este ano, uma vez mais, fomos frequentadores da Biblioteca Municipal. Aqui, desenvolvemos várias atividades: visitámos exposições, assistimos a teatros, no âmbito das comemorações da semana do teatro, vimos filmes, consultámos livros, revistas e jornais, fizemos pinturas e escrevemos… Fica-nos na memória, também, o concurso da soletração “ De Letra a Letra”. Foi uma experiência interessantíssima que começou no ano passado. Eram-nos dadas listas de palavras de três categorias: fáceis, de média dificuldade e difíceis. Tínhamos um determinado tempo para as memorizar. Depois, entrávamos em ação no concurso: individualmente, frente a um júri formado por três professores, íamos soletrando, letra a letra, uma palavra de cada categoria. Como é óbvio, ganhou quem obteve mais pontos. Este concurso teve uma sessão por cada período e, no mês de maio, tivemos a grande final. Os vencedores foram: 1º lugar para a Carolina Santos, o 2º lugar para a Patrícia Afonso e, em terceiro lugar, ficaram o Tomás Vicente e o Tomás Esteves. Houve prémios para todos: ven-

Último Clube de Leitura do 8.º ano

Alunos da turma C (3º e 4º anos)

Bianca Almeida (8º A)

cedores e restantes participantes. Todos ficámos felizes! Aprendemos e, ao mesmo tempo, divertimo-nos imenso.

No decorrer deste 8.º ano que agora acaba, a disciplina de Português tem vindo a desenvolver uma iniciativa pioneira relacionada com livros e expressão oral. Vou passar a explicar. Esta consistia no seguinte: numa quinta­-feira (na minha turma) apresentarmos aos nossos colegas uma obra que tivéssemos lido e gostado. Entre os meninos do 8.º ano, esta atividade foi muito bem aceite, havendo muitas surpresas ao longo do ano. Meninos que antes não ligavam a livros, leram, apresentaram e até disseram de sua justiça na apreciação de apresentações feitas por outros colegas. Para fechar o ano com chave de ouro, o último clube de leitura foi feito na biblioteca da nossa escola. Acabando como começou, apenas houve duas apresentações: “A rapariga que roubava livros” e “Nómada”. Como temos, na minha turma, leitores ávidos, no final entregaram­se prémios aos que mais leram:

Na Biblioteca da Escola: Este espaço foi, durante todo o ano escolar, um ótimo recurso que tivemos ao nosso dispor. Aqui, pudemos requisitar livros para ler (em casa e na escola); vimos filmes, jogámos no computador, fizemos pesquisas nas enciclopédias e na Internet. Com periodicidade semanal, tivemos a hora do conto, sob a orientação da professora bibliotecária. Com os contos apresentados pela professora, participámos no concurso “ O Melhor Ouvinte”. Em cada sessão íamos acumulando pontos. No final, certamente, todos desejaríamos ter ganho mas, só teve direito aos primeiros prémios quem mais se empenhou e melhor fez. Assim, ficaram, no 3º ano: 1º lugar - Beatriz, 2º lugar- Rui Pedro, 3º lugar - Dinis; no 4º ano: 1º lugar - Tomás Vicente, 2º lugar - Tomás Esteves e 3º lugar - Carolina. Para o próximo ano, gostaríamos de dar continuidade a este trabalho, pois aprendermos e divertimo-nos simultaneamente.

1.º lugar­: Ricardo Pereira (25 apresentações); 2.º lugar­: Bianca Almeida (24 apresentações); 3.º lugar:­Bruna Martins, Diogo Dias e Mariana Santos (7 apresentações.) Parabéns a todos, inclusive àqueles que demonstraram uma evolução positiva ao longo do ano. Ficou provado que “Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê­-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo.”


17

66 | junho | 2014

GNR na escola

A GNR veio à escola

Rui Tavares e Diogo Dias (8ºA)

Gente em Ação

Biblioteca | Centro de Recursos

Bianca Almeida (8ºA)

No passado dia 3 de junho, a GNR

Dizem que “é de pequenino que

veio à escola para mostrar aos alu-

se torce o pepino”. Logo, desde

nos alguns dos materiais e técnicas

muito novos, devemos ter noções

que utiliza no dia-a-dia para ajudar

básicas acerca das regras de se-

os cidadãos.

gurança.

Os agentes começaram por ensinar as regras de trânsito aos meni-

A primeira atividade que os agen-

nos do 1º ciclo. Para isso, até trou-

tes da GNR proporcionaram aos

xeram bicicletas.

mais novos foi uma mini aula de

Um pouco mais tarde, mostraram

condução destinada aos meninos

os materiais que usam, como armas

do 1º ciclo.

e munições, coletes à prova de bala, gás pimenta, algemas, entre outros.

A atividade seguinte consistiu

À medida que iam mostrando tudo

na mostra de material usado pelos

isto, iam explicando as suas utilida-

agentes no seu dia-a-dia.

des.

Antes da visita ter terminado,

Também mostraram as suas po-

toda a escola vibrou com a atuação

tentes motas e alguns alunos tive-

de dois cães treinados para reco-

ram até a oportunidade de se sentar

nhecer odores e droga. Foi bastan-

nelas. No final da manhã, fomos para o

te interessante ver os cães a brin-

campo de futebol, onde os treina-

car e, ao mesmo tempo, a trabalhar

dores fizeram truques com os cães,

para evoluir e quem sabe, um dia,

como procurar vítimas ou detetar

estar ao nosso serviço.

drogas. Foi uma manhã interessante, onde

Foi, com certeza, uma manhã

aprendemos muitas coisas novas de

interessante que gostaríamos de

maneira diferente.

repetir!

Alunos da turma C (3º e 4º anos) À escola veio um polícia Para nos trazer boa notícia Quando os vimos a chegar Ficámos a delirar.

A GNR veio à escola Fazer uma demonstração de [pistola. Eles estiveram a ensinar Que não é fácil disparar. Se viesse o comandante Com a carrinha do almirante Por certo, quais os seus [pensamentos:

Andámos de bicicleta O Ruben foi o primeiro a chegar. Foi muito divertido, Pois encontrou um sinal proibido. Vieram dois cães da polícia Que até assustaram a Patrícia, Um deles saltava de alegria Que até nos divertia. Vieram à nossa escola A correr e a saltar Mas quando íamos ao pé deles Não paravam de ladrar. Descarregaram uma pistola E uma caçadeira também, Deixaram-nos pegar nelas. Meu Deus, como nos soube bem!

Puseram as motas a trabalhar E colocaram-nos lá em cima, Não pudemos acelerar Porque não tinham gasolina Com tudo isto na escola Sem dúvida, foi um dia diferente.

Diferente para os cães E também para toda a gente E, para terminar, Uma coisa vou dizer: Quando for crescido Agente quero ser.

A GNR esteve connosco! Patrícia Afonso (4º Ano) De novo a GNR Veio à nossa querida escola Para termos cuidado com os sinais E também com a pistola. Muitas coisas nos ensinaram Sobre conduta e bem-estar Soubemos que as drogas não [podemos usar Porque nos irão prejudicar.

Levaram gás pimenta e dois [cães de guarda O Pastor Belga e o Labrador Estavam bem ensinados Para suportar tanto calor. Foi muito divertido Espero que se repita Espero torná-los a ver Pois gostei de os conhecer.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

A GNR veio à escola Com a sua pistola, Também com o cassetete. Pois bem! Com eles ninguém [se mete.

“Onde estarão meus sargentos?”


18

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Atividades

A comida, a perceção e o tempo das coisas

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Quando nos detemos a pensar sobre comida percebemos que estamos perante uma temática central da sociedade de hoje. Porquê? A comida alimenta o corpo e, simultaneamente, a alma – os afectos vão-se tecendo através da alimentação. Depois da amamentação, as refeições-mãe seguem-se as refeições-família pontuadas pelas refeições-festa, as refeições-namoro, as refeições amizade. A comida é sempre o chão onde fazemos o caminho dos encontros que vão determinando a nossa vida. Os ingredientes utilizados e o modo de os confeccionar são um nunca acabar de possibilidades com um forte cunho cultural que resulta da complexa relação do homem com o meio e da forma como interpreta e produz conhecimento a partir dessa relação. A produção dos alimentos faz-se na interacção do homem com a natureza e, portanto, é determinada pela sua concepção da realidade. Nesse aspecto, talvez a humanidade esteja dividida em dois grupos – os que acreditam que a natureza pertence ao homem e existe apenas para satisfazer as suas necessidades e a sua avidez e os que acreditam que o homem pertence à natureza que é uma permanente fonte de bem-estar. Os primeiros fazem o caminho da agricultura industrial, dos o.g.m.s e da mercadização das sementes, produzindo muito e barato a curto prazo, mas esquecendo e omitindo que a médio e longo prazo os

Prof.ª Graça Passos custos são, afinal, exorbitantes, pois são pagos com a saúde dos consumidores, a perda da biodiversidade, a contaminação da água e a desertificação dos solos. Os segundos fazem o caminho do respeito pela natureza através da agricultura biológica, da biodinâmica, da permacultura, do decrescimento, da convivialidade e do bem-estar de cada pessoa no respeito pela sua singularidade. O primeiro grupo está fascinado pela velocidade e pelos lucros e é alimentado pela mercadorização do conhecimento, em particular o científico e tecnológico. O segundo está fascinado pela complexidade, pela diversidade da natureza e pelos seus ritmos próprios e sabe que a realidade associada ao primeiro grupo aparentemente inescapável não passa de uma ficção enraizada no sim da maioria. Sabe que a realidade não é dada à partida, é tecida pela nossa percepção, que é uma qualidade do corpo. Sabe que o corpo está constantemente a recriar-se a partir dos nutrientes que os alimentos fornecem às células e, simultaneamente, a partir da complexa rede de interacções que estabelece de si para consigo e entre si e o mundo. O nosso almoço slow-food, a conversa entre pais e filhos e a visita ao lagar tradicional certificado para modo de biológico da Tapada da Tojeira enquadra-se inequivocamente na perspectiva do segundo grupo. Por iss, a biodiversidade também nos acompanhou. Cozinhámos bel-

droegas, fizemos um bolo de urtigas com farinha de bolota e regalámonos com todas as outras iguarias confeccionadas em casa com produtos caseiros que todos trouxeram. Apesar de não estar programado, acabámos por nos reencontrar com a arte contemporânea que o CENTA operou no seio desta unidade agrícola durante 20 anos. Vimos o vídeo do Projecto Tojeira em que a mãe da Iolanda dançou em 1989, saboreamos as fotografias tiradas em 1999 pela Luísa Ferreira à população do Salgueiral e falou-se do PFAC- a formação artística continua que os alunos frequentaram no 1º ciclo. O contacto com esta outra forma de conhecimento relembra-nos novamente a importância da percepção e do corpo - as imagens da arte “contribuem para desenhar configurações novas do visível, do dizível e do pensável e, por essa via, uma nova paisagem do possível”, como diz J. Rancière. Esta iniciativa, realizada no dia 10 de Junho, foi organizada pelo P.E.S. (programa de educação para a saúde) em colaboração com a disciplina de Ciências Naturais no âmbito das rubricas “Ciência e Tecnologia e qualidade de vida” e “Opções que interferem no equilíbrio do organismo”. À semelhança do ano passado, a conversa abordou as dificuldades surgidas na adolescência, pois tanto os pais como os filhos se sentem incompreendidos e injustiçados. A necessidade de autonomia e de pri-

vacidade é um novo desafio e a dificuldade em se reflectir em conjunto e expressar emoções e sentimentos gera roturas e conflitos que é necessário superar para nos mantermos na zona do bem-estar que é o território da saúde. É preciso não esquecer que, de acordo com a O.M.S., saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Opinião dos alunos Carolina Cruz- Achei o almoço interessante, pois demonstrou que não é só a fast- food que é boa. Aprendemos que a slow-food e a comida biológica são boas e saudáveis. Fico mais satisfeita com a comida saudável do que com a fastfood. Iolanda Tavares - Achei divertido e diferente. Aprendemos novas receitas mais saudáveis confecionadas com os nossos produtos regionais. Prendemos também como se faz o azeite ao visitarmos o lagar da Tapada da Tojeira. Foi um bom momento de convívio. Sandro Sousa - Eu penso que o almoço foi engraçado, porque pudemos preparar os ingredientes para o nosso almoço todos juntos, o que ajudou a passarmos um bom bocado e a divertirmo-nos. Também gostei da visita ao lagar e de ver como tudo é preparado. O almoço estava bom e passámos um bom bocado.


66 | junho | 2014

19

Opinião / Atividades Gente em Ação

Londres é outro Mundo!

Comemoração do Dia Mundial da Criança

Ana Beatriz Encarnação (7ºA) Nas minhas férias da Páscoa, eu tive a grande oportunidade de ir a Londres. Uma das coisas que eu mais gostei foi o facto de os ingleses não repararem em ninguém. A vida deles é simplesmente atarefada. Visitei muitos sítios conhecidos: estive ao pé do Big Ben, estive ao pé do Palácio Real, estive na cidade olímpica, estive na loja dos M&M’s (o paraíso para quem gosta de chocolates), também fui à praça Sony e, claro, fui a Oxford Street, a rua mais famosa de Londres. Só tenho pena de não ter visitado um lugar: o museu de cera! Mas, para a próxima vez que for a Lon-

Bianca Almeida (8ºA)

dres, irei lá certamente! Amei ir a Londres!

Justo ou Injusto? CPCJ de Vila Velha de Ródão No âmbito das atividades do Dia do Agrupamento, que marcaram mais um encerramento de um ano letivo, no passado dia 13 de junho, a CPCJ também esteve presente, tentando promover a reflexão acerca de situações geradoras de conflito do quotidiano, de forma lúdica. Ao longo da manhã, a Comissão apresentou aos participantes, sob a forma de pequenos cartões, um conjunto de situações para as quais, individualmente, apresentavam uma justificação e eventual resolução, pondo em evidência o modo como lidam com a igualdade de género, a partilha de tarefas, o conhecimento dos direitos da criança…Em suma,

os jovens avaliaram os problemas à luz dos seus valores, verbalizandoos. No início, eventualmente por algum receio de “não dar a resposta certa”, a afluência à mesa foi envergonhada, mas não tardou em juntar pequenos grupos ansiosos por responder, tendo passado a mensagem de que há situações para as quais as respostas não são certas, nem erradas! Simbolicamente, cada participação foi premiada de acordo com as preferências de cada participante: um lápis, um caramelo ou uma goma!

O nosso Agrupamento organizou um convívio para comemorar o Dia Mundial da Criança. Este dia iniciou-se pelas 09h30 com atividades de jardinagem. Muitas das mães deixaram o trabalho de jardinar para os pais e foram para a cozinha. Os alunos, como não podiam estar em duas áreas, foram brincando. Antes da hora de almoço, os jovens assistiram a um espetáculo de magia, promovido pela Associação de Pais. O almoço foi espetacular e deli-

cioso e todas as mães ajudaram a confecioná-lo. Durante todo o mês de abril, foi promovido o concurso “Eu respeito os meus direitos… e tu?” pela CPCJ e, neste dia, foram anunciados os vencedores. Este foi um dia “super divertido”, cheio de atividades e em que todos conviveram de uma forma salutar e feliz. Não se esqueçam que, tal como dizia Fernando Pessoa, “o melhor do mundo são as crianças”.

Viva a primavera! No passado dia 1 de junho, ao longo de toda a manhã, a escola recebeu alunos, pais e avós para, mais uma vez, colaborarem no arranjo dos espaços exteriores. Esta foi uma atividade promovida pelo Clube de Jardinagem que, este ano, se associou às comemorações do Dia Mundial da Criança. Esta atividade, que já se vai tornando habitual todos os anos, teve uma larga adesão por parte da comunidade escolar, contando com a presença de muitas crianças, pais e avós que colaboraram ativamente no embelezamento dos canteiros junto ao pavilhão do 1.º ciclo, com

plantas produzidas no viveiro pelos alunos do Clube de Jardinagem. O espaço ficou mais bonito, com este novo arranjo. O objetivo principal desta ação - sensibilizar os mais novos para a preservação dos espaços exteriores da escola – foi cumprido. Finalizados os trabalhos, realizouse uma visita ao viveiro do Clube de Jardinagem, onde puderam ser vistas todas as variedades de espécies de plantas que foram sendo produzidas ao longo destes dois anos de existência deste clube. Os alunos puderam ainda levar para casa uma planta que eles próprios plantaram.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Prof.ª Mafalda Figueiredo


20

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Sugestões de leitura | Talentos A Mimi e os Dinossauros

Título: A Mimi e os Dinossauros Autores: Korky Paul e Valérie Thomas Edição: 2012 Páginas: 28 Editor: Gradiva Publicações

A Mimi e o Rogério, o seu gato preto, adoravam ir ao museu que estava cheio de objectos interessantes, mas o que mais lhes despertava a atenção era a sala dos dinossauros. Gostavam de observar os esqueletos, as pegadas e os ossos. Mas o que Mimi mais desejava era ver um dinossauro a sério. Então, quando o museu organizou “A semana dos Dinossauros” houve um concurso especial, cujo título era: “Faz um desenho ou constrói um modelo de dinossauro”. A bruxa Mimi resolve participar, mas o seu gato Rogério detestava dinossauros. Dizia ele para si:”Ainda bem que nunca vou ver um dinossauro a sério.” Mas enganava-se redondamente, pois a bruxa Mimi, com a ajuda da sua varinha mágica, voou com o Rogério até aos tempos dos dinossauros, isto é quando viviam na Terra. Com a palavra mágica “Abracadabra” conseguiu trazer um belo e ver-

Ínclita Geração

2ºAno – Turma B

Bianca Almeida (8ºA)

dadeiro dinossauro. Como se previa, ganhou o concurso. Evidentemente que Mimi ficou muito, muito contente e levou o dinossauro para o seu jardim. Como era herbívoro, comia todas as plantas do jardim e ela estava muito desgostosa. De repente teve uma ideia e, fazendo uso dos seus poderes mágicos, agitou a varinha e disse em alta voz: “Abracadabra”. O milagre surgiu e o grande dinossauro transformou-se num animal de pequenas dimensões de quem o Rogério muito gostava, tornando-se o seu animal de estimação e companheiro inseparável de brincadeiras.

são na coroa portuguesa. Vítima das traições de Philippe, teve sempre bel de Borgonha, a filha de D. Filipa de Len- um grande jogo de cintura ao manter o grande ducado da Borgonha com castre que levou Portugal ao mundo) um pulso de ferro. Honrando a divisa da ordem que Autora: Isabel Stilwell o seu marido instruiu após o casaEditora: A esfera dos livros mento (ordem do Tosão de Ouro) outra não houve e outra não há. Edição: 1ª Assim termino a história de IsaNº de páginas: 496 bel Lencastre de Avis e Borgonha, uma princesa portuguesa que nunca Género: Romance Histórico esqueceu que era filha de Filipa de Lencastre. A Ínclita geração é a a geração Opinião perfeita, cantada por Camões. Isabel de Lencastre e Avis era a Esta é, sem dúvida, uma das meúnica mulher sobrevivente. Quando a sua mãe, à hora da morte instrui lhores obras escritas por Isabel Stios seus irmãos mais velhos, Duarte lwell. Retrata a vida duma mulher e Henrique, instrui-a a ela também, que nunca renegou as suas origens. mas duma maneira diferente, a ela Para quem gosta de romances, esta deu-lhe o medalhão que pertencera é, sem dúvida, uma leitura necessáà sua avó Blanche de Lancaster. An- ria! tes do seu casamento ser anunciado com Philippe, duque de Borgonha, a Isabel foi lido o seu destino. Tal como Cynosura, também Isabel foi o ponto onde todos convergeram e foi quem iluminou os mercadores. O pintor flamengo Van Eyck entendera perfeitamente a sua essência e pintou 2 quadros para enviar ao seu noivo. Um era feito de luzes e outro de sombras. Mãe de 3 filhos, apenas Carlos, o Temerário sobrevivera. Assistiu impotente aos problemas em Portugal, desde a morte de D.Fernando ao problema de sucesNome da obra: Ínclita Geração (Isa-

A escola e os alunos

Legend

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Ricardo Pereira (8ºA) Título: Legend Autora: Marie Lu Edição: 2014 Páginas: 296 Editor: Edições Asa Este livro retrata a vida de um delinquente juvenil que foge da República, e de uma rapariga, um génio, um prodígio da República. Depois do irmão de June morrer, ela tem como objetivo encontrar o seu assassino e capturá-lo. Day, com a ajuda de Tess, tentam sobreviver nas ruas, quando encontram uma rapariga misteriosa que acaba por travar amizade com eles. June apaixona-se pelo rapaz que a salva, mas esse rapaz é o suposto

assassino do seu irmão. Mas isso é mentira, o assassino está ainda à solta e agora June tem de libertar Day com a ajuda dos Patriotas, os inimigos da República. Este livro foi escrito especialmente para os fãs dos “Jogos da Fome” e é algo a não perder.

Alunos da turma C (3º e 4º anos) A escola já teve alunos

Os exames foram fáceis,

Alunos que cresceram

Fáceis como o vento.

Alguns que já são velhos

Mas, nessa segunda e nessa [quarta,

E que com os exames [aprenderam.

O céu esteve cinzento.

O 4º ano teve exames

Choveu certamente

De Português e de Matemática.

Mas não houve trovoada,

Foi na segunda e na quarta-

O tempo esteve mau

[feira E toda a gente teve prática.

Mas exames não custam nada.


21

66 | junho | 2014 Sugestões de leitura A rapariga que roubava livros Sara Rei (6º A) Título: Silka Autora: Ilse Losa Edição: 2009 Páginas: 46 Editor: Edições Afrontamento Coleção: Tretas e letras Tudo começou quando, certo dia, a narradora andava a passear pela praia e reparou num aglomerado de casas junto de um monte. Ela tentou entrar numa casa mas, quando pôs o pé na soleira da porta, o mar revoltou-se com ondas ruidosas que se quebravam a seus pés. Afastou-se e subiu o tal monte por de trás das casinhas, aí encontrou quatro árvores, todas de espécies diferentes: uma faia, um choupo, um pinheiro e um cipreste. Quando, de repente, à sua frente apareceu um velho que lhe contou o motivo pelo qual estavam ali aquelas casinhas e as quatro árvores. Naquela pequena aldeia habitava Silka, uma menina muito bonita que vivia com os seus pais e irmãos. Certo dia, quando vinha de uma aldeia ali perto, atraída pela frescura do mar, decidiu ir banhar-se nas suas ondas. Quando regressou a casa e já estava no seu quarto, saltou-lhe da blusa um bicho meio cobra meio peixe que lhe fez vários pedidos. E, um desses pedidos, foi para que Silka se casasse com ele; e ela, já cansada de o ouvir, acabou por lhe dizer que sim. No dia seguinte levantou-se cedo, pegou no bicho e levou-o para o mar. Quando os seus pais e irmãos a chamaram, ela não respondia e, por isso, decidiram ir ao quarto dela e,

Gente em Ação

Silka ao abrirem porta, depararam-se com o quarto sem ninguém. Durante anos, Silka foi procurada e esperada e, quando menos esperavam, ela apareceu com os seus filhos. Durante todo aquele tempo, Silka vivera com aquele bicho que, quando entrava na água, se transformava em humano. Quando reapareceu, ela nunca disse nem o nome do seu marido, nem disse que teria de se ir embora. Certo dia, tomou coragem e, finalmente, contou aos seus pais que teria de se ir embora e, quando os seus irmão ouviram isto, ficaram com tanta raiva que a torturaram a si e aos seus filhos, até que o mais pequeno não aguentou e confessou o nome do seu pai. Os irmãos de Silka, como bons mergulhadores que eram, lançaram – se ao mar e mataram o marido dela. Silka, no dia a seguir, vendo o mar tingido de vermelho, resolveu não regressar. E subiu ao monte e deu um grito tao grande que transformou os seus filhos e ela própria em árvore.

Bianca Almeida (8ºA) Liesel Meminger estava destinada a marcar a vida de quem por ela passasse. Após testemunhar a morte do irmão numa viagem, Liesel é mandada para uma família de acolhimento na Alemanha nazi, constituída por Rosa e Hans Hubberman. A morte, narradora omnipresente, conta-nos a história duma menina que viu nos livros a sua força para viver. Desenvolveu uma amizade muito especial com Rudy Steiner, um jovem que partilhava das suas angústias. Liesel conheceu Max Vanderburg, um judeu que temia o Fuhrer e só queria a sua vida de volta. Durante meses, Vanderburg viveu na cave dos Hubberman até que adoeceu e Liesel leu-lhe todos os dias até ele melhorar. A rapariga que roubava livros atacou várias vezes apenas para satisfazer a sua sede de conhecimento. Uma vez, Liesel recusou-se a ir para o abrigo quando houve uma ameaça de bombardeamento da sua rua e ficou em casa a ler. Isso salvou-lhe a vida. Liesel veio a falecer em Sydney e segundo a morte, foi tudo muito pacífico, pois ela nunca esqueceu que tinha uma coragem vinda das palavras.

Nome da obra: A rapariga que roubava livros Autor: Markus Zusak Género: Romance

Editora: Editorial Presença Nºde Páginas: 236 Opinião De todos os livros que já li, este, sem dúvida, faz parte do meu top favorito. É uma história intemporal que fica na memória de quem a lê. Vejo nele a minha biografia e recomendo-a a toda a gente que goste dum bom romance.

A Bibliotecária de Auschwitz Este livro relata-nos, de uma forma comovedora, a história verdadeira de coragem de uma sobrevivente do campo de concentração nazi – Dita Dorachova. Quando foi deportada para Auschwitz com a sua mãe tinha apenas 14 anos. Foi parar ao Bloco 31 que albergava cerca de 500 crianças, vários prisioneiros adultos que tinham sido nomeados “conselheiros” e que, apesar da vigilância apertada dos Nazis, mantinham neste bloco aulas improvisadas para as crianças e, o que é mais surpreendente, uma biblioteca infantil clandestina. Consistia em apenas oito livros, entre os quais “Uma breve história do mundo” de H.G.Wells, um livro de texto russo e outro de geometria analítica. Ao fim do dia, estes raros livros, tratados como tesouros, eram confiados a Dita, uma das meni-

nas mais velhas e ela estava encarregue de os esconder todas as noites num lugar diferente. O mentor do Bloco 31, o judeu Alfred Hirsch, cuida das crianças o melhor que pode e sabe, com a ajuda de mais alguns adultos (alguns deles livros vivos) e conta com a coragem de Dita, a pequena bibliotecária que, num lugar em que os livros são proibidos, esconde debaixo do vestido os frágeis volumes daquela que foi provavelmente a mais pequena, recôndita e clandestina biblioteca pública que jamais existiu. No meio do horror e do inferno daquele terrível campo de extermínio nazi, Dita dá-nos uma maravilhosa lição de coragem: não se rende nunca e nunca perde a vontade de viver nem de ler porque “abrir um livro é como entrar para um com-

Título: A Bibliotecária de Auschwitz Autor: Antonio G. Iturbe Editora: Planeta boio que nos leva de férias”. Ler este livro é marcante e é uma história que tão facilmente não se esquece e é bom que não a esqueçamos nunca para que não se torne a repetir!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Prof. ª Luísa Filipe


22

66 | junho | 2014

Gente em Ação

Atividades | Talentos

Empreendedorismo

“O Oiro de Ródão” Sara Rei e Bruno Canelas (6ºA)

Prof.ª Elsa Flor

No passado dia 23 de maio realizou-se em Castelo Branco um concurso dinamizado pela CIMBB e o 6º ano teve a oportunidade de participar, com o tema escolhido pelos alunos: “O oiro de Ródão “. Este oiro é o azeite que, em tempos, foi uma das grandes riquezas desta terra. Os alunos saíram da escola por volta das nove horas, e quando chegaram à feira, foram até à sua barraquinha onde expuseram os produtos que tinham preparado antecipadamente. E, quando já estava tudo pronto, começaram as vendas. Os produtos que levaram eram os seguintes: bicas de azeite com azeitonas e ervas aromáticas, biscoitos de azeite, bolos de mel e azeite, garrafinhas de azeite com vários ingredientes, cheiros e sabores, azeite da Rodoliv e azeitonas em conserva. Levaram também cremes para o rosto feitos à base de azeite e argila. Quando lhes foi pedido, os alunos explicaram tudo sobre os seus produtos e responderam às perguntas do júri. Este ficou certamente impressionado quando a turna entoou a cantiga “Ó que lindo chapéu preto “. Quando a feira estava prestes a terminar, os alunos foram receber os diplomas de participação e, nesse momento, ficaram a saber que que tinham ficado em 2º lugar naquele certame.

Os alunos da turma A do 6º ano do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão participaram na Feira do Empreendedor Júnior e Expo Empresas, que se realizou no dia 23 de maio em Castelo Branco (Docas), com o projeto “O Oiro de Ródão”. Este projeto foi orientado e acompanhado pela professora Elsa Flor, nas aulas de Educação para a Cidadania. Nesta feira, participaram outras escolas do distrito de Castelo Branco com os respetivos projetos. O projeto do 6ºA obteve o 2º prémio na categoria de 2º ciclo. A escolha do tema, pela turma, teve em conta o saberem que o azeite foi, outrora uma das riquezas da região. Pelo número de oliveiras que cada família possuía, se mediam os dotes das meninas casadoiras. A ideia foi contribuir para a divulgação do azeite da região utilizando-o na confeção de produtos que pudessem ser apresentados na feira, desenvolvendo nos alunos atitudes, comportamentos e espírito empreendedor. Um bem-haja a todos os que contribuíram (alunos, pais, assistentes operacionais) para o sucesso deste projeto.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

“Coolturismo” Bianca Almeida (8ºA)

Prof.ª Manuela Cardoso

No passado dia 23 de maio, as turmas do 6º e 8º anos concorreram à 2ª edição do concurso de empreendedorismo promovido pela CIMBB com as suas ideias. O 8º ano apresentou a concurso uma empresa denominada “COOLTurismo”, que consistia em desenvolver o turismo rural em Vila Velha de Ródão usando as rotas turísticas definidas pela empresa anteriormente. Durante cerca de um mês, toda a turma se esforçou em desenvolver um logótipo, um nome e parcerias com entidades locais. Em muito pouco tempo e com muitas horas de trabalho, conseguimos levar a concurso um projeto viável. Quando chegámos às Docas, montámos a nossa “barraquinha” com um cartaz anteriormente feito, panfletos e produtos regionais da nossa terra. Durante o evento, fomos vendendo os nossos produtos e correu tudo muito bem. Cerca das 11h00 da manhã, três elementos representantes da nossa turma foram apresentar o nosso projeto ao júri e, apesar de alguns contratempos, a apresentação não podia ter corrido melhor. Após todas as apresentações, almoçámos e convivemos sempre ansiosos pelos resultados. Quando chegou o momento de anunciar os resultados do 3º ciclo, não podíamos ter ficado mais felizes com o 2º lugar alcançado. Damos também os parabéns aos nossos colegas do 2º ciclo, pelo 2º lugar, a recompensar o seu esforço. E viva o COOLTurismo!

No dia 23 de maio, o nosso agrupamento brilhou, uma vez mais, no campo do empreendedorismo! A cidade de Castelo Branco recebeu o evento final do Projeto de Empreendedorismo promovido pela CIMBB/GesEntrepreneur que contou com a participação de várias escolas dos concelhos inseridos na Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. Nesta segunda edição, a turma do 8ºA foi convidada a participar na Feira de Negócios – Expo-Empresas, tendo criado, em pouco tempo, a empresa COOLTurismo que pretendia agregar e promover as ofertas turísticas de Vila Velha de Ródão. Os alunos desta turma, revelando um espírito de união e entreajuda notável, participaram ativa e apaixonadamente neste desafio e o seu esforço e dedicação foram recompensados… a COOLTurismo alcançou o 2º lugar! Vila Velha de Ródão foi representada ao mais alto nível e os nossos jovens alunos revelaram-se grandes empreendedores!


66 | junho | 2014

Comemoração do Dia Mundial do Ambiente

Dia mundial do ambiente

Bianca Almeida e Mariana Santos (8ºA)

Gente em Ação

Atividades

23

Beatriz Cardoso e Rodrigo Barradas (8ºA)

No passado dia 5 de junho, o município

No passado dia 5 de junho, deslocámo-

de Vila Velha de Ródão e o Geopark co-

nos até à Cactejo para assistir à entrega

memoraram o Dia Mundial do Ambiente

dos prémios no âmbito de um projeto escolar denominado “A água que nos une”.

com a atribuição dos prémios do concurso

Começámos por assistir à apresenta-

escolar: “A água que nos une: desertifica-

ção dos trabalhos desenvolvidos pelas

ção”.

escolas participantes e, em seguida, fo-

Na parte da manhã, todas as escolas do

ram entregues os prémios aos melhores

distrito de Castelo Branco que participa-

trabalhos.

ram no concurso deslocaram-se à CacTe-

Aprendemos várias coisas ligadas ao

jo, onde os alunos do 8º ano e alguns do

tema – a desertificação – como por exem-

9º ano da nossa escola também se encon-

plo: quais são as diferenças entre uma zona desertificada e outra não desertifi-

travam.

cada; quais são as causas, as consequ-

Após a apresentação dos trabalhos e en-

ências e as soluções da desertificação; e

trega dos prémios, todos os pupilos e seus

o que fazer para que a nossa zona não

professores dirigiram-se ao cais da nossa

fique desertificada.

vila. Lá, foi-lhes servido um almoço volan-

Quando a palestra terminou, fomos ver

te que culminou num momento de convívio

os troncos fósseis, já no espaço exterior. Oferecido pela Câmara Municipal, o al-

entre discentes e docentes. Depois do almoço, fomos fazer um pas-

moço realizou-se no cais. Após o almoço,

seio de barco pelo rio Tejo, acompanhados

os alunos convidados foram visitar o museu e o lagar de varas, mas antes deram

por uma técnica do Geopark que nos ia ex-

um passeio de barco no rio Tejo que os levou até

plicando tudo acerca das Portas de Ródão e da

à Portas de Ródão.

biodiversidade daquela área.

Nós demos apenas o passeio de barco, que

Damos os parabéns à turma do 9º ano que,

foi muito agradável. Ficámos a perceber como é

apesar de não ter ganho nenhum prémio, é ven-

que se formaram as Portas de Ródão e a conhe-

cedora também.

cer “ao vivo” a biodiversidade existente naquele local.

Neste dia, enriquecemos a nossa fonte de conhecimentos e percebemos que a “água que nos

Depois deste dia, ficámos ainda a perceber

une” é o suporte para a nossa vida. Há que pou-

melhor qual a importância da água para a nossa vida.

par, pois sem água não há vida.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO Avenida da Achada 6030-221 Vila Velha de Ródão Telefone: +351 272 541 041 Fax: +351 272 541 050 E-Mail: direcao@aevvr.pt Serviços Administrativos: sa@aevvr.pt

Grafismo e PAginação Professor Luis Costa Professor Helder Rodrigues Colaboradores Professores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associação de Pais e Encarregados de Educação, Comunidade Educativa IMPRESSÃO Jornal Reconquista - Castelo Branco

E-MAIL gente.vvr@gmail.com Na INTERNET NOVA Webpage do Agrupamento Já disponível em: http://www.aevvr.pt Plataforma Moodle (NOVO SERVIDOR E URL) http://moodle.aevvr.pt Facebook www.facebook.com/Agrevvr

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Coordenação Professora Anabela Afonso E-Mail: anabelaestrela@aevvr.pt


24

66 | junho | 2014

Festa de final do ano letivo Prof. Luís Costa

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Gente em Ação

Última Página

Reportagem fotográfica da festa de encerramento.

O final do ano letivo 2013/2014 foi assinalado no passado dia 13 com um dia pleno de atividades. Durante a parte da manhã, realizou-se um conjunto de ações promovidas pelas várias disciplinas e pelo departamento do 1.º ciclo. Entre estas, destaque para o concurso “Quem quer ser sabichão?”, torneio de pétanque e o já tradicional “peddy-paper” no pré-escolar. O almoço também foi diferente, pois contou com uma ementa internacional, da responsabilidade do Departamento de Línguas. Este ano, os comensais tiveram oportunidade de degustar creamy carrot soup, sunday roast with mashed potatoes and Yorkshire pudding acompanhados por grenadine e ainda o tradicional English pudding como sobremesa. Mas o ponto forte deste dia estava guardado para o final da tarde, altura em que se abriu a escola à comunidade para a festa de encerramento do ano letivo, que este ano contou com um porco-no-espeto, insufláveis para todas as crianças (e até adultos!) e a atuação do grupo “Kompanhia”, que manteve os últimos resistentes a dançar até depois da meia-noite. Durante a festa assistiu-se, ainda, a alguns momentos de representação, música e dança protagonizados pelos alunos do 6.º, 7.º e 8.º anos, por um vídeo de “despedida” dos alunos do 9o ano que a todos emocionou e pela habitual entrega dos diplomas aos alunos do 4º ano. Mais uma vez, o ano letivo terminou em festa, tendo esta constituído mais um excelente momento de convívio e partilha entre todos os elementos da comunidade educativa. A Direção do Agrupamento gostaria de agradecer à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão pelo apoio concedido à preparação e realização da atividade e à CELTEJO pelo patrocínio da mesma, entidades sem as quais não teria sido possível realizar a festa nestes moldes.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.