"Gente em Ação" n.º 67 - janeiro 2015

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Distribuição gratuita

Diário de Bordo Neste início do ano de 2015, o nosso Agrupamento vai ser sujeito à Avaliação Externa das Escolas, a exemplo do que aconteceu em 2009 e na qual obteve excelentes resultados. Apesar disso e porque nenhuma organização é perfeita, a comunidade escolar procurou melhorar a qualidade do serviço prestado à comunidade, nomeadamente através da implementação de um plano de ações de melhoria. Para além do enfoque naturalmente dado às atividades letivas, a Direção, Coordenação de Projetos e outras estruturas intermédias têm continuado a proporcionar aos alunos inúmeras oportunidades de contacto com outras realidades e experiências e a participação em projetos a nível regional e nacional, tendo os alunos sido distinguidos com prémios em número considerável. São exemplos a atribuição do título “Escola do Ano” aos Jovens Repórteres para o Ambiente; a atribuição da “bandeira verde” pelo 4.º ano consecutivo e vários prémios no concurso de ideias de empreendedorismo instituído pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, entre muitos outros. Por outro lado, têm sido realizadas sessões de sensibilização e esclarecimento sobre os mais diversos temas, desde a prevenção rodoviária, reciclagem, condições de trabalho, saúde, bem como visitas à escola de escritores, cientistas, arqueólogos, entre muitos outros. Outra vertente importantíssima da ação do Agrupamento é a relação com a comunidade educativa. Os pais e encarregados de educação são convidados a vir à escola no intuito de participar em diversas atividades: a Feira do Livro, a festa de Natal, o Dia da Árvore e da Família e o encerramento do ano escolar contam com a presença de um número considerável de pais. Estes têm sido também convidados a participar na tradicional visita de estudo de Educação Moral e Religiosa Católica. Desde o ano passado que se começaram a promover ações de formação / sensibilização para pais. O Diretor do Agrupamento participa nas reuniões do Conselho Municipal de Educação, partilhando com os elementos do referido órgão o balanço da atividade educativa. Para que o Agrupamento consiga prestar este serviço à comunidade, tem contado com o apoio inestimável de diversas instituições locais e regionais: Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão; Juntas de Freguesia; Biblioteca Municipal José Baptista Martins; Associação de Pais e Encarregados de Educação do AEVVR; Centro de Saúde; Santa Casa da Misericórdia; Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento; ADRACES; Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Ródão; Associação de Estudos do Alto Tejo; Guarda Nacional Republicana; Proteção Civil; Comissão de Projeção de Crianças e Jovens; Instituto Politécnico de Castelo Branco; CELTEJO; AMS – BR Star Paper; Rodrigues e Filhos e outras empresas sediadas no Concelho. É, assim, que pensamos que todos os elementos da comunidade educativa do AEVVR devem ter orgulho de pertencer à mesma, vestindo com devoção a sua camisola. A todos, desejamos um 2015 repleto de sucessos pessoais e profissionais. O Diretor, Luís Costa

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Entrevista

David Fonseca

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Dia da alimentação

Halloween

APOIOS:

www.aevvr.pt


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Gente em Ação

Entrevista (1)

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (13)

Sérgio Pires Redação do Gente em Ação O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta edição, entrevistamos Sérgio Pires, que desenvolve a atividade de operador industrial na CELTEJO, em Vila Velha de Ródão.

Bilhete de Identidade Nome: Sérgio Filipe Ribeiro Alves Pires Data de nascimento: 29 de julho de 1987 Frequentou a escola de VVR: De 1995 a 2003 Média de conclusão do 9º Ano: 3,1 Profissão: Operador industrial

A oportunidade surgiu por intermédio da professora Helena que apresentou à turma o projeto de publicação do livro, sugeriu que o ilustrássemos e assim foi! Foi uma grande experiência. Quando me lembro que o fiz, sinto orgulho!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Mantém o contato com os antigos colegas de turma / escola? Colegas de turma já são poucos aqueles com que mantenho contacto, mas com o Facebook, hoje em dia sempre se mantém algum contacto. Da escola, tenho dois colegas que trabalham comigo.

Quando é que frequentou a escola em Vila Velha de Ródão? Desde 1998 até 2003.

Luís [Costa], professora Helena [Marques], professora Carla [Nunes], professora Isabel [Ribeiro].

Era bom aluno? Era aluno “do desenrascar”, nem bom, nem muito mau...

Para além das atividades letivas, que outras iniciativas a escola lhe oferecia e nas quais participava? A escola oferecia muitas atividades, eu é que não participava...

O que é que achava da escola? Quando se anda na escola, achamos sempre que é mau... Mas, hoje em dia, recordo com saudades. Qual ou quais eram as suas disciplinas preferidas? História, principalmente. Lembra-se de algum professor ou professora que o tenham marcado especialmente? Sim. Já não sei o nome de todos os que me marcaram desde o 5.º até ao 9.º ano, mas foram alguns... Os que mais recordo são os do 9.º ano: o professor

Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guarde uma especial recordação? Sim, vários episódios... em especial o lançamento do livro Eu curto, eu gosto dos Lusíadas... Entre muitos outros entre colegas... A obra de Alexandre Honrado, que referiu na pergunta anterior, foi publicada no último ano em que frequentou o AEVVR foi ilustrada pelo Sérgio. Pode contar-nos como surgiu esta oportunidade e o que sentiu?

Acha que esta escola contribuiu para o seu sucesso pessoal e profissional? De que forma? Sim, claro. Contribui sempre, faz parte da aprendizagem pessoal. Ao longo da vida, por onde quer que passemos, alguma coisa contribui sempre para a nossa formação pessoal. Após o ensino básico, qual a via que seguiu no prosseguimento de estudos? Porquê? Tirei um curso profissional de Técnico de Construção Civil, na área de Topografia. Era algo de que eu gostava: desenho técnico, alguma física... Que diferenças sentiu ao mudar desta escola para outra? A única diferença foi só por estar longe de casa. Só vinha a casa aos fins de semana. Mas o ambiente da escola era o mesmo. Não foi difícil habituar-me. Fale-nos um pouco do

Capa do livro Eu Curto, eu Gosto dos Lusíadas, com capa da autoria de Sérgio Pires seu percurso escolar e profissional. Estive aqui desde os 5 anos até ao 9.º ano. Depois, fui para Pedrógão Grande tirar o curso profissional, que demorou 3 anos. Depois, voltei para Vila Velha e, desde 2007 até à data, trabalho na Celtejo como operador industrial. O que mais o motiva na atividade profissional que hoje desenvolve? O que motiva toda a gente profissionalmente é o salário, penso eu... Mas gosto do que faço,

não é uma profissão rotineira... Não é sempre a mesma coisa todos os dias. Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem hoje da escola? Infelizmente, não acompanho muito. Costuma ler o nosso jornal e conhece a nossa página no Facebook? Costumo ver alguns artigos no Facebook, sobre as atividades que se realizam na escola. Continua na pág. seguinte


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Do Arquivo

Texto da Prof.ª Maria Helena Marques publicado no Gente em Ação n.º 32 - dezembro 2002 adas de Luís de Camões, fascinou-os e levou-os a encarar a nossa obra maior de forma diferente. Crioulhes expetativas e interesse, simplificou-lhes a compreensão daquilo que, afinal de contas, não é assim tão complicado. Como poderia uma obra com estas capacidades ficar na gaveta? Não podia e não ficou. Já está nas bancas e promete ser um sucesso de vendas, por esse país fora. Como se tudo isto não fosse já um privilégio único, acresce ainda o facto de a capa e as ilustrações interiores terem como autor um aluno da nossa escola: Sérgio Pires. A obra é dedicada pelo Alex, assim o tratam carinhosamente os nossos alunos, a todos os leitores de Vila Velha de Ródão, à sua escola e a “a todos os portugueses de todas as gerações”. Para além do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, abraçaram de alma e coração este projeto a Câmara Municipal desta localidade a Junta de Freguesia de Sarnadas de Ródão. A estas três Instituições se deve o patrocínio deste sonho concretizado [...]

Entrevista | Sérgio Pires Continuação da pág. anterior Sabemos que tem uma grande paixão pelas viagens... quer falar um pouco sobre isso? Sim, é verdade, já fiz várias viagens pelo mundo. Já fiz dois inter-rail pela Europa, já fui a Nova Iorque, ao Japão. Esta paixão começou não sei muito bem como. A primeira foi um inter-rail de

um mês pela Europa. Fiz a maioria das viagens sozinho. Nas viagens, procuro sempre conhecer a cultura dos sítios que visito. Qual foi o local que mais gostou de visitar? Boa pergunta! Digo-vos dois: Nova Iorque e Japão. São dois locais com culturas

Entrevista a Alexandre Honrado Publicada no Gente em Ação n.º 32 - dezembro 2002

Alexandre Honrado é um escritor de referência da juventude portuguesa, com dezenas de títulos publicados, em livros de ficção e também em manuais escolares. [...] Olá, Dr. Alexandre Honrado [...] Sabemos que nasceu no Dia de Todos os Santos de 1960. Onde? Na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, pouco depois das 13 horas da tarde [...]. É a sua cidade de eleição? O que é que o fascina na cidade de Lisboa? A minha cidade de eleição é… Londres. Estou ligado à velha capital britânica por muitos laços e mistérios. O que mais me fascina em Lisboa… os lisboetas e aqueles que os visitam todos os dias. É verdade que a Ericeira lhe é também muito querida? Porquê? Vou para a Ericeira desde os meus três meses de idade. Foi ali que aprendi a amar. É ali que ando a aprender a amar até hoje. É casado? Tem filhos? Sou casado; tenho uma filha. O Alexandre é um lutador, “um guerreiro”, é inquestionavelmente, um vencedor. De que forma a completamente diferentes. Uma das coisas que mais me choca nas viagens é a diferença de culturas. Quanto mais diferente, mais me agrada! E quais os locais que gostaria de visitar? Ui! Tanto sítio! Já ando há muitos anos a pensar no Egito, mas entretanto rebentou a guerra e, por causa disso, nunca fui. Também gostava de ir à Índia, ando a pensar em ir à Indonésia e

sua esposa e a sua filha encaram e vivem esse sucesso? Com a certeza de que são elas uma das razões desse sucesso. Quantos livros tem publicados neste momento? Até hoje, já foram publicados 42 livros meus. Qual deles o marcou mais? Porquê? Todos. Um deles porque me fez chorar, outro porque me fez rir, outro porque tem mais ação, outro ainda porque é mais fantástico ou aventureiro. São todos meus filhos… Como caracteriza o seu modo de escrever? Verdadeiro. Dou-me inteiramente naquilo que escrevo. Para além da prosa, escreve também poesia. Quais as suas fontes de inspiração? As pessoas; os sentimentos das pessoas; o meu desejo de felicidade e uma estranha conceção do mundo que é a minha. Porque se dedicou, principalmente, à escrita para crianças e jovens? Primeiro, quase por acaso; agora, porque tenho compromissos lindos com os meus leitores. Várias curiosidades… um escritor? conhecer melhor a América. Houve alguma viagem que o surpreendeu pela positiva ou negativa? Pela negativa, a Polónia. As pessoas são muito fechadas, não são abertas ao turismo. Pela positiva, acho que todas as outras. Numa viagem, nunca podemos ir com muitas expetativas, senão não desfrutamos inteiramente de tudo. Continua a desenhar?

Pois lá vão dois: José Gomes Ferreira; Luís Sttau Monteiro. Um livro? Um que ando a magicar escrever … Um país? O nosso… mais feliz do que anda agora. Um desejo? Sentir que o nosso país reencontrou a felicidade. Um sonho? Ajudar a reencontrar a felicidade para todos nós.

Eu curto… eu gosto dos Lusíadas, a obra do coração de todos nós, já se encontra na sua rota com destino ao sucesso. Porquê a partir da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Vila Velha de Ródão? O que é que viu em nós, que noutros não viu? As pessoas vistas de perto são mais bonitas. Eu tive oportunidade de olhar para vós… e para uma grande amiga, a professora Maria Helena Marques. Agradecemos-lhe muito este momento fabuloso que nos dispensou e o privilégio da sua amizade, pedimos-lhe, finalmente, uma mensagem para todos os alunos da nossa escola. “Bute”. Vamos lá ser felizes, que vale a pena! Não, infelizmente não. Faço ums “rabiscos” de vez em quando, mas desde que fui para Pedrógão que quase só faço desenho técnico. Que mensagens ou sugestões gostaria de deixar aos nossos jovens leitores? Desfrutem da escola, aproveitem o que ela tem para vos dar porque o tempo passa a voar... Muito obrigado!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

[...] Eu Curto…Eu Gosto dos Lusíadas é um sonho que se tornou realidade para o escritor e para os alunos e professores de uma escola pequena em tamanho mas grande nas ambições, que se situa em plena serra e diz “olá” ao Tejo no nascer de cada dia: a Escola Básica do 2º e 3º Ciclos de Vila Velha de Ródão. Tudo começou há sensivelmente dois anos. Organizou-se um debate sobre toxicodependências com a participação de professores, médicos, enfermeiros e um escritor que aborda em algumas das suas obras, de forma ímpar, este tipo de problemas: Alexandre Honrado. Veio, gostou do que viu e ouviu e ficou amigo. Disse a uma amiga que por aqui fez, ter escrito um texto que gostaria que se transformasse em mais um dos seus títulos, mas que aqueles a quem o apresentara se tinham mostrado inquietos, quase amedrontados pela forma como estava escrito e pela temática que abordava. “Pode dar uma opinião? Ver se vale a pena tentar publicar?” E aquele projeto de livro foi lido e encantou. Apresentou-se aos alunos como motivação a Os Lusí-

Gente em Ação

A Jóia da nossa Coroa


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67 | janeiro | 2015 Cantor e compositor

Gente em Ação

Entrevista (2)

David Fonseca Bianca Almeida (9ºA)

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Por ocasião da Feira dos Sabores do Tejo, o Gente em Ação teve a oportunidade de entrevistar o cantor e compositor David Fonseca em exclusivo. Apesar do adiantado da hora (a entrevista foi conduzida após o concerto, pelo que acabou cerca das duas horas), David recebeu-nos com uma extraordinária simpatia na sua “sala de entrevistas” improvisada no backstage.

Sei que iniciou a sua vida profissional como fotógrafo. O que é que despertou o seu interesse pela música? Comecei de facto na fotografia, muito novo, devia ter uns 15/16 anos. Eu gostava muito de música e tinha uma guitarra em casa, não sabia fazer música. Sabia tocar algumas coisas, mas não era propriamente música. Um dia, tinha lá a dita guitarra em casa, comprei um livro de acordes e estávamos nas férias grandes. Eu fui passar férias em casa da minha avó, em Peniche, passei lá três meses. E não havia mais nada para fazer em Peniche sem ser ir à praia. Então, eu passava metade do dia a treinar na guitarra e a outra metade andava por lá a brincar. E foi assim que eu comecei com a música, comecei a empolgar-me e a fazer canções minhas. Só muito mais tarde, com 21/22 anos é que eu formei os “Silence 4” com canções que tinha feito ao longo desses anos. Começou como uma brincadeira, mas acabou por se tornar

uma coisa gigantesca na minha vida e ainda aqui estou. É indiscutivelmente uma das vozes mais conhecidas da música portuguesa. O que é que o leva a cantar em inglês? Há muita gente que gosta imenso das 5 ou 6 canções que canta em português. Foi um bocado por acaso porque, quando eu comecei a fazer as minhas canções, eu não escrevia letras e as primeiras canções que eu compus tinham as letras de um amigo meu que gostava muito de escrever em inglês. Visto que as primeiras canções que eu fiz foram com essas letras, continuei. Não houve nenhuma razão específica para escrever em inglês. Só que depois, quando fizemos o primeiro disco, aquilo tornou-se um sucesso gigantesco e eu continuei a fazer o mesmo. Mas gosto muito de cantar em português. Fazendo parte da banda “Silence 4” durante aproximadamente 5 anos, o que é que o levou a perse-

guir uma carreira a solo? Os “Silence 4” viviam dentro duma ideia musical que era muito limitada, ou seja, nós éramos quatro elementos, dois dos quais eram cantores e tocávamos guitarras acústicas. Não dava para fazer coisas muito diferentes. A dada altura, apeteceu-me fazer coisas que não tinham a ver com esse universo musical. E tentei. Fiz o primeiro disco a solo com a ideia, na altura, de fazer o disco e depois voltar aos “Silence 4”. Só que gostei muito de fazer aquilo, foi muito divertido. Depois, quis fazer mais e mais. Foram passando os anos e assim foi, os “Silence 4” nunca mais foram uma realidade. Geralmente, a maioria dos cantores, no que diz respeito aos seus álbuns, limita-se apenas a graválos e quiçá a dar opiniões para os videoclips. Mas o David não. O David é responsável pelo design gráfico das capas dos seus álbuns e direção de arte dos seus videoclips. O que é que o move para ser tão

empenhado no que faz? Porque gosto muito. Eu sou muito apaixonado por isto tudo. Eu costumo dizer que tenho a maior sorte do mundo, porque o meu hobby, tenho-o como profissão. A sensação que eu tenho é esta, imagina fazeres a coisa que mais gostas na vida e ela ser uma profissão. Portanto, eu quero fazer parte de todas essas pequenas coisas. Eu quero estar junto dos discos, dos instrumentos, dos videoclips, das fotos, eu quero fazer parte de tudo isso. E não quero delegar isso noutras pessoas, porque eu divirto-me muito a fazê-lo. Essencialmente, é por isso, porque gosto muito de fazer. É um divertimento. Qual foi, na sua opinião, o projeto mais importante da sua carreira? É muito difícil escolher, eu tive muitos. Obviamente que os “Silence 4” foram muito importantes, porque se não fosse essa banda, eu nunca estaria a fazer música. Mas depois, eu acho que o meu primeiro disco a solo é muito importante na minha vida, porque é uma porta que eu não esperava que estivesse aberta tanto tempo, já lá vão 10/11 anos. Os “Humanos” foram uma coisa que eu adorei fazer, porque aconteceu do nada e tornou-se um sucesso brutal. Visto que a maioria das suas canções são cantadas num idioma estrangeiro, diga-me, quando é que começou a dar os primeiros “toques” no inglês? No inglês? Muito novo. Quando eu tinha uns doze anos, eu já gostava muito de música e, na altura, a única forma que havia de ouvir música, pois não havia Internet, era ouvirmos o que vinha da rádio e não tínhamos informação nenhuma

sobre as bandas. Eu não sabia quem eram aquelas bandas, eu não sabia como é que eram as caras deles, eu não fazia ideia! Em Portugal, só havia três revistas de música no mercado: o “Blitz” que era em português, a “Bravo” que era em alemão e a “Smash Hits” que era inglesa e era semanal. Eu comecei a comprar a revista “Smash Hits” todas as semanas, e comprei-a durante seis anos. E eu lia-a toda duma ponta à outra, mas literalmente. A revista trazia reportagens sobre bandas novas do momemto e entrevistas com os cantores. Aquela revista permitiu-me o acesso a um mundo que eu desconhecia. Além disso, tinha que ler os artigos em inglês. Interessei-me pela língua inglesa desde muito cedo. É uma paixão gigantesca que eu tenho! Via imensos filmes, quase tudo em inglês e aprendia muito. É uma língua de que eu gosto muito. Após 12 anos de separação, o que é que levou os “Silence 4” a reunir e voltar à atividade? Uma coisa muito bonita. A nossa vocalista, a Sofia, passou por um momento horrível na vida dela. Aqui há uns três anos, ela foi diagnosticada com uma leucemia das mais terríveis que podem existir e lutou muito contra a doença. Fez um transplante que foi extremamente bem-sucedido e curou-se da leucemia, quando tudo indicava que não iria sobreviver. A Sofia é novíssima, quando tudo aconteceu tinha apenas trinta e três anos. Quando ela se curou, ligou-me e, com o seu humor muito negro, disse-me: “Posso morrer atropelada por um carro, mas de leuceContinua na pág. seguinte


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67 | janeiro | 2015 Entrevista (2)

Gente em Ação

«Eu costumo dizer que tenho a maior sorte do mundo, porque o meu hobby, tenho-o como profissão.

A sensação que eu tenho é esta: imagina fazeres a coisa que mais gostas na vida e ela ser uma profissão! » Continuação da pág. anterior mia já não morro!” E, de seguida, perguntou-me o que é que eu achava de reunirmos a banda para fazermos uma festa, no fundo para celebrar a ideia de que ela tinha ultrapassado aquilo e que estava viva. Achei uma ideia espetacular. Os outros elementos da banda também acharam que era a altura ideal, não para fazer voltar a banda, mas para celebrar aquele momento especial.

à nossa “Feira de Sabores do Tejo”? Não tem a ver só com este sítio que é Vila Velha de Ródão. Eu sou de Leiria e, como te disse, quando eu tinha 15/16 anos não se passava nada. E eu não tinha oportunidade nenhuma de ver as bandas de que eu gostava, muitas vezes fui a Lisboa ver bandas portuguesas e sempre achei que um dos maiores desafios, quando se faz música, é sair das grandes cidades. Em Lisboa, está certo que uma pessoa faz um Coliseu, vai fazer uma sala maior, mas a grande parte do público em Portugal está fora das grandes cidades. Em Lisboa, estão 2 milhões, no Porto está mais 1 milhão, o que quer dizer que há 7 milhões de pessoas ao longo de Portugal que são o verdadeiro público e é onde eu toco mais. Por isso, eu toco em muitos sítios parecidos com Vila Velha de Ródão.

De todas as suas músicas, se pudesse escolher uma como hino pessoal da sua vida e carreira, qual escolheria? Isso é muito difícil, porque eu já escrevi muitas músicas. Com certeza mais de 100. Vou escolher uma. Uma das que mais me é querida e um marco muito forte na minha carreira é “Someone that Cannot Love”, porque foi a primeira vez que eu me lancei “a solo” e ainda hoje é uma canção muito forte. A canção é de 2003, já tem 11 anos, mas continua a ser tão forte como era no início e continua com tanto significado como tinha no início.

Alguma mensagem que queira deixar aos nossos jovens estudantes? Que apoiem a música portuguesa. Porque eu acho que é aquela que está mesmo ao nosso lado e fala mais sobre nós. Eu vivo neste país, sou um reflexo daquilo que o país também é. Ao darmos mais atenção à música portuguesa, desde a mais tradicional à mais alternativa, estamos a dar mais atenção àquilo que o nosso país é, estamos um pouco mais juntos nessa ideia de cultura. A mensagem que eu deixo é: apoiem a música portuguesa!

Hoje em dia, o interior é muito renegado pelas pessoas mais citadinas. O que é que o levou a aceitar a proposta de vir tocar aqui

Foi um prazer entrevistálo, dado que cresci a ouvir a sua música e tenho lá em minha casa grandes fãs. Obrigada! O prazer foi meu!

Ida ao teatro Bianca Almeida (9ºAno)

No passado dia 20 de novembro, o 9.º ano foi assistir a uma dramatização da peça “Auto da Barca do Inferno”, no IPDJ, em Castelo Branco. Escusado será dizer quem é o autor desta peça pois, por ser tão importante, os alunos estudam uma obra do mestre do teatro português, Gil Vicente. Representado pela companhia de teatro “ContraPalco”, assistimos a uma peça que nos trouxe alegria e muito riso. No final, foi-nos dado um espaço de tempo para fazermos as nossas perguntas ao excelente elenco que dispensou o seu tempo a ensaiar para nos maravilhar. Como não poderia deixar de ser, a vossa jovem repórter em ação, tinha que meter o nariz ao afirmar que nunca tinha visto um diabo tão bonito! Deixando a plateia em risos, foi a chave de ouro para terminar uma excelente tarde. Aproveitando o nosso tempo livre, fomos passear acompanhados pelos nossos professores até ao Parque das Violetas. Deixo-vos com a minha frase favorita desta peça: “À barca, à barca houlá!/ que temos gentil maré!/ Ora venha o caro a ré!”

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Dado que faz da língua inglesa um instrumento de trabalho, onde é que teve os primeiros contactos com o inglês? Só na escola ou noutros sítios? Não, foi como disse, com a música. Primeiro, foi com a música, porque eu queria saber o que é que eles estavam a dizer nas canções. Depois, com o cinema. O cinema foi fundamental. Eu sou de Leiria e, em Leiria, não havia muita oferta cultural na altura, e havia um cinema que só passava cinema alternativo. Cinema que ganhava prémios. E eu passei grande parte da minha juventude nesse cinema. Eu lembro-me de sair do cinema, em Leiria, e ir direitinho à loja comprar a banda sonora do filme que tinha acabado de ver. Eu tinha 15/16 anos na altura e todo o dinheiro que ganhava gastava-o em discos. Eu fazia fotografia para ganhar dinheiro, fotografava na altura as vernissages, as aberturas de exposições, fazia isso de 15 em 15 dias. Todo o dinheiro que eu ganhava a fazer isso, depois gastava em cinema e discos. Era uma espécie de volta viva cultural que eu próprio tinha. E esse contacto sistemático com a língua levou-me à música.

Como é que se sentiu quando recebeu a distinção de “Artista do Ano” pelos leitores da revista “Blitz”? Fiquei muito contente. Eu não ligo muito a prémios, porque estes não nos dão nada a mais do que alegria. Um prémio não substitui a ideia de tocar ao vivo para as pessoas, eu não acho que não me sinto melhor artista por receber um prémio. Os prémios são bons porque, no fundo, são uma ideia que transmite que a pessoa está a fazer algo bem e que as pessoas gostam. Mas não são importantes. Uma pessoa recebe um prémio e, no dia seguinte, a vida continua e não há assim nada de especial que os prémios tragam. Por isso, eu receboos e fico muito contente se receber um prémio e, no dia seguinte, continua tudo igual. Não me sinto melhor ou pior por receber um prémio.


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Gente em Ação

Entrevista (3)

É apenas escritor / poeta ou tem

outra profissão?

Vergílio Alberto Vieira Alunos do 6º A tumava atirar pedras aos gatos e coisas assim. A minha vida também

Durante muitos anos (até finais

não foi um mar de rosas, os meus

de 2009), fui professor na Escola

pais sempre foram muito exigentes

Secundária Passos Manuel, em Lis-

comigo. Fui colocado no seminário

boa.

e lá fui castigado muitas vezes por

Quanto a ser escritor ou poeta,

ser muito travesso. Jogava futebol

por vezes, penso que sou ambas

e até não jogava nada mal. A vida

as coisas. Outras vezes penso que

no seminário era muito rigorosa, não

não sou nada disso. Não há um fos-

podia ler jornais, nem ver televisão.

so que separe a narrativa da poesia,

Só lia nas férias. No seminário, era

do teatro… por isso, passo de um

obrigado a estar calado vários dias

texto aos outros com a mesma na-

inteiros. Só se podia falar no refei-

turalidade como há 50 anos os bar-

tório às quintas e aos domingos. No

comecei a escrever para miúdos e o

agarrar a qualquer coisa, senão

queiros passavam de uma margem

recreio, depois de tocar a campai-

primeiro livro foi publicado em 1988.

não funciona. Rodeio-me do que é

para a outra do Tejo.

nha, já não se podia falar. Os qua-

Nesta altura, já tinha muitos livros

preciso, seja o silêncio ou um café

tro anos no seminário deixaram-me

publicados para adultos. Já tinha

agitado da Baixa… ponho asas nos

sem saber como me comportar em

outra maturidade, já tinha três filhas.

objetos e tudo se modifica.

público, falar com raparigas…saí de

A dedicatória que deixei no livro foi

Eu não percebi que queria ser es-

lá muito molestado. Os meus pais

“às minhas três princesas”.

critor. Quando tinha a vossa idade,

pensavam que era a melhor educa-

Sou como um pássaro… depen-

seus livros / histórias, pede a

nem gostava de ler, gostava mais

ção, no entanto foi uma educação

de muito da “pancada” da hora, da

opinião de alguém em especial?

de andar de bicicleta e de jogar fu-

desastrada. Mas também aprendi

luz…para escrever. Eu fujo de reler

Quem e porquê?

tebol. O meu pai estudou num semi-

a ser disciplinado, o que foi bom. O

as coisas, porque depois vejo defei-

Costumo pedir a amigos especiais

nário, mas depois desistiu e tornou-

saber o que é o silêncio também foi

tos em tudo ou então envaideço-me

e não tenho tantas pessoas a quem

se funcionário público. Eu fiz uma

uma recompensa e ajudou-me a es-

e penso que já não era capaz de es-

dar a ler.

4ª classe muito mal feita e então o

crever livros.

crever aquilo. Tudo tem o seu mo-

Quando percebeu que queria ser escritor?

mento.

meu pai decidiu que tinha que me-

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

ESCRITOR

Quando acaba de escrever os

Gostou de nos visitar em Vila Velha de Ródão?

lhorar a minha formação, por isso

Qual o livro que mais o marcou?

Estive na guerra do Ultramar, em

preparou-me dando-me livros para

Marcaram-me muitos livros. Aos

Angola, escrevia para jornais senta-

Tenho que falar da gastronomia.

ler. Eu lia livros da biblioteca andan-

sete anos, ofereceram-me um livro,

do debaixo das árvores. (Diário de

Quando fizer análises, o nível de co-

te da Gulbenkian, mas nem eram

o Pinóquio de Carlo Collodi. Lá em

Angola, em 1975).

lesterol deve ter subido. É uma terra

leituras apaixonadas. Primeiro, fiz-

casa só havia livros de Teologia e,

me leitor e, por gostar de ler textos

como eu era filho de um funcioná-

Tem algum sítio especial para

me um pouco. Montanha, rio, aquilo

avançados para a minha idade, fui-

rio público, não havia dinheiro para

escrever ou algum momento em

de que eu gosto, as pessoas falam

me aperfeiçoando. Um dos meus

comprar livros, era tudo à tangen-

que se sinta mais inspirado?

connosco como se fossemos da

companheiros era o dicionário, “foi

te. Como era obrigado a deitar-me

sempre a minha amazónia”. Quem

cedo e não havia televisão em casa,

se apaixona pela leitura acaba sem-

li o Pinóquio da frente para trás e de

pre por tentar escrever, por tentar

trás para a frente. Gosta mais de escrever para crianças e jovens ou para adul-

Na sua infância e adolescência, lia muito? Eu era um miúdo hiperativo, cos-

Se não dou com o sítio certo para o “gato”, não consigo escrever. Escrevo a lápis e, quando parto o

família. Andar na vila e dizer “Bom dia”, “Boa tarde” é uma coisa que já não me acontecia há muitos anos.

lápis e não tenho aguçadeira, já não escrevo mais. Sem o lugar certo…

escolher o seu autor e tentar fazer à maneira daquele autor.

muito bonita. O despovoamento doí-

nada!

Terminou a entrevista com uma frase de Sebastião da Gama “O que

A imaginação só funciona se en-

eu quero é que sejam felizes” e um

contrar o lugar certo para escrever

excerto do seu livro sobre “Os Direi-

Publiquei o primeiro livro há 43

e se tiver lápis, pois é com ele que

tos da Criança”.

anos (ia fazer 21 anos). Em 1986,

gosto de escrever. Tenho que me

tos?


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Notícias | Desafios Receção aos pais e encarregados de educação

Prof. Luís Costa

A sessão de receção aos pais e encarregados de educação foi encerrada com a entrega dos “Prémios de Mérito Académico” aos alunos, como reconhecimento pelo seu desempenho escolar durante o ano letivo 2013/2014. O Diretor do Agrupamento destacou o empenho destes alunos durante todo o seu percurso escolar, desejando que a atribuição deste prémio seja mais um incentivo para que todos se esforcem no seu dia-a-dia. 1º Ciclo Dinis Pinto Gonçalves (3.º ano); Tomás Carrilho Vicente (4.º Ano); Patrícia Alexandra dos Santos Afonso (4.º ano); Carolina Filipa Rei Santos (4.º ano – Melhor aluno do 1.º Ciclo)

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Prémios de Mérito Académico

Prof. Luís Costa O dia 15 de setembro assinalou o começo de mais um ano letivo no nosso Agrupamento. Direção, professores do Agrupamento e Câmara Municipal receberam os pais, encarregados de educação e os alunos no pavilhão gimnodesportivo, tendo os alunos e pais sido posteriormente recebidos, na sala de cada turma, pelo professora titular de turma ou diretor de turma. A sessão de apresentação teve início com umas breves palavras do Diretor do Agrupamento, professor Luís Costa, que destacou o grande esforço que o Agrupamento e a autarquia têm feito para criar as melhores condições para que todas as crianças e jovens do concelho concluam com aproveitamento o 3.º Ciclo do Ensino Básico e estejam preparados para enfrentar novos desafios, quer nas situações de prosseguimento de estudos, quer na

inserção no mercado de trabalho. Destacou, ainda, os antigos alunos do Agrupamento que concluíram formação académica superior nas várias áreas do conhecimento e ainda aqueles que acabaram de ser colocados no ensino superior. O sr. Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Miguel Pereira, realçou, mais uma vez, o grande destaque que o executivo em funções tem dado à educação, consubstanciado numa estreita relação com o Agrupamento e num importante investimento no parque escolar do concelho e na oferta de um kit (composto por manuais e material escolar) a todos os alunos do 1.º Ciclo. Assim, foram simbolicamente entregues, durante a cerimónia, os kits a todos os alunos do 1.º ano, sendo os restantes entregues nas salas de aulas.

2º Ciclo Leonor Filipa Valente Araújo (5.º ano); Sara Filipa Mendes Rei (6.º ano); Henrique Manuel Belo Alves Barreto (6.º ano); Bruno José Coelho Canelas (6.º ano – Melhor aluno do 2.º Ciclo)

Desafios matemáticos Divide a figura em quatro partes iguais.

Coloca em cada “casa” os algarismos 1,2,3,4,5,6,7 e 8 de forma a que os números consecutivos não fiquem “encostados”.

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

Triângulo mágico Um triângulo diz-se mágico quando a soma dos números escritos em cada lado é a mesma (soma mágica). Dispõe convenientemente os números indicados de modo a que a “soma mágica” seja 13. Soluções na página 19

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3º Ciclo João Gonçalo Lopes Barateiro (7.º ano); Maria Gregório Faustino (7.º ano); Bruna Sofia Flores Martins (8.º ano); Rui Pedro Marques Tavares (8.º ano); Iolanda Maria Tavares (9.º ano); Edgar Isaías Belo (9.º ano – Melhor aluno do 3.º Ciclo).


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Notícias | Atividades Ação de sensibilização promovida pela Autoridade para as Condições do Trabalho

No dia 1 de outubro, tivemos, no nosso Agrupamento, a presença de um técnico da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de Castelo Branco, acompanhando o “Regresso às Aulas” com a Campanha de Informação “Crescer em Segurança - Educação para a Prevenção”. Assim, após contacto dos serviços da ACT, a Direção considerou interessante e pertinente o tema proposto para estas ações de sensibilização, sendo que, deste modo, este Agrupamento foi incluído na lista de escolas visitadas por essa entidade. De referir que esta campanha é de âmbito nacional e tem o objetivo de contribuir para a implementação de uma verdadeira cultura de prevenção em cada cidadão e na comunidade civil, de modo a que seja possível integrar, num futuro próximo, os conteúdos de “Segurança e Saúde no Trabalho” nos “curricula” escolares.

Ernesto Marques* De salientar que entre as diversas atribuições, cabe à ACT participar na elaboração das políticas de promoção da segurança e saúde nos locais de trabalho e de prevenção dos riscos profissionais, daí que o Plano de Atividades da ACT identifica a educação e a cultura de prevenção como fatores determinantes. Por conseguinte, o projeto da “Intervenção em Meio Escolar e no Ensino Profissional” - Prevenir para não Remediar”, tem como principal objetivo dar a conhecer a toda a comunidade escolar o mundo do trabalho, procurando a interiorização dos “Princípios Gerais de Prevenção” como valores desde as faixas etárias mais jovens. Estas sessões foram apoiadas com alguns filmes, nomeadamente da série “NAPO”.

SST: Definição de Perigo e Risco – exemplos; Prevenção; Segurança. 2. O papel do Técnico de Segurança: Medidas Organizacionais - exemplos; Equipamentos de Proteção Coleti-

va (EPC’s) - exemplos; Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) - exemplos; Maus exemplos - Imagens de situações do dia-a-dia. 3.

Bullying e Cyberbullying

* Técnico da Autoridade para as Condições do Trabalho de Castelo Branco

Os temas abordados nestas sessões foram os seguintes: 1.

Princípios e conceitos de

Centenário da I Grande Guerra

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Professoras Lurdes Guterres e Luísa Filipe A Grande Guerra atingiu uma escala e uma intensidade até então desconhecidas. Durante esta guerra, morreram cerca de 10 milhões de pessoas, sobretudo na Europa, e ficaram inválidos mais 20 milhões. O armistício de 11 de novembro de 1918 assinala a rendição da Alemanha e o fim da Primeira Guerra Mundial. O dia 11 de novembro tornou-se o dia da lembrança, em homenagem aos soldados que nela participaram. Desde o início deste ano, um pouco por todo o mundo, e especialmente na Europa, que se assinala o centenário da 1ª Grande Guerra com várias atividades. O Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Rodão também se associou com uma pequena exposição dedicada à 1ª Grande Guerra

e à participação portuguesa neste conflito. Coordenada pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas, a exposição esteve patente na “antiga sala de professores” de 17 a 21 de novembro. Esta exposição

Inclui um conjunto de postais ilustrados da 1ª década do século XX e lembra, de forma especial, a presença portuguesa neste conflito com 4 revistas de 1917. Fizeram parte desta pequena

mostra, para além de bibliografia e filmografia referentes à temática, um capacete francês – modelo Adrien, um capacete português, uma bússola inglesa e uma cruz de ferro alemã de 1ª classe. A evocação à 1ª Grande Guerra contou ainda com a visualização do filme “Cavalo de Guerra”, de Steven Spielberg, no dia 19 de novembro, na biblioteca escolar. Decorreram visitas guiadas com todas as turmas dos 2º e 3ºciclos. Após uma breve explicação das docentes de História, os alunos tiveram oportunidade de tocar, ler, experimentar, contactar com fontes do início do século passado. Do conhecimento da História passada devemos retirar as lições que nos dão para que tais acontecimentos não se repitam no futuro, a bem da Humanidade.


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Notícias | Atividades Gente em Ação

“Recolha seletiva de resíduos” e “Lixo no lixo, uma questão de higiene e cidadania”

Professores Anabela Santos e Fernando Ferreira Realizaram-se, no dia 22 de outubro, no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, duas ações de sensibilização da responsabilidade da VALNOR, promovidas no âmbito das atividades do Projeto de Educação para a Saúde (PES) e Prosepe, em articulação com a CPCJ, destinadas aos Técnicos e Assistentes Operacionais e aos alunos do 2º ciclo. Na primeira, durante a manhã, por se destinar a um público adulto com responsabilidades no estabelecimento de ensino, o técnico superior da VALNOR, Dr. Fernando Nunes, salientou, através do visionamento de um PowerPoint sobre o tema, aspetos ambientais, cívicos, económicos e de higiene que se prendem com a recolha de resíduos, nomeadamente com a sua seleção. Foi colocada a ênfase no papel a desempenhar pelos adultos em meio escolar, diariamente, através dos exemplos a dar à população mais jovem.

Na segunda ação, “Lixo no lixo, uma questão de higiene e cidadania”, por se destinar a um público muito jovem, de 2º ciclo, foram salientadas as vantagens que podemos conseguir para o nosso bem-estar, a nível de saúde, económico e ambiental se valorizarmos o encaminhamento dado ao nosso lixo. Foi relembrada a “política dos 3 R’s” - Reduzir, Reutilizar e Reciclar, tendo o Dr. Fernando Nunes chamado a atenção para um “R” mais abrangente que deve estar sempre presente no nosso quotidiano: Respeito… por todos os espaços, como temos pelas nossas casas, pelo espaço da escola, da rua, da vila… Devemos preservar o mundo em que vivemos. Os alunos demonstraram interesse e mostraram-se, alguns, bastante interventivos, tendo revelado alguma consciência da necessidade de protegermos o meio ambiente e o preservarmos com cada um dos nossos gestos diários

Projeto Tejo: Paisagem Cultural em Vila Velha de Ródão Prof. Manuela Cardoso projeto ao apresentar a paisagem deste “nosso” rio nas suas componentes física, humana, estética e ambiental a cerca de 32 professores oriundos, maioritariamente, de Lisboa e respetiva área metropolitana. A componente cultural, resultante de

uma interessada pesquisa junto dos mais velhos, foi apresentada pelos alunos: a origem da devoção a Nossa Senhora da Alagada, a promessa que conduziu à construção da ermida da Nossa Senhora do Castelo, as rivalidades entre Cortelhões e

Plingacheiros e entre Porto do Tejo e Vila Velha de Ródão, juntaram-se à Lenda do Rei Wamba, à arte rupestre, à exploração do ouro e aos romanos, deixando os nossos visitantes maravilhados com tão rica história e com tanto entusiasmo das crianças desta terra. Junto às Portas de Ródão, num dia de verão tardio, uniu-se o tempo e o espaço e viajou-se de montante a jusante deste rio, deixando todos mais ricos e permitindo que a troca de saberes e de vontades estabeleça outras pontes concretizadas em propostas de intercâmbio entre aqueles que melhor espelham este Tejo Cultural – os jovens.

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No passado dia 18 de outubro, Vila Velha de Ródão recebeu os participantes do Projeto Tejo: Paisagem Cultural. Este projeto, que tem como principal objetivo elaborar e apresentar à UNESCO a candidatura a património mundial da humanidade da cultura das gentes que contactam com o Tejo. O grupo de participantes veio visitar o vale deste rio logo após a sua entrada em território nacional. Contando com a disponibilidade e colaboração imediata da Câmara Municipal e do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, sem as quais esta visita não teria sido possível, a professora Manuela Cardoso e os seus alunos puderam contribuir para o enriquecimento deste


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Talentos

Versos de Natal Alunos do 4.º Ano

Chamo-me Cátia! Queria que durante o Natal o tempo corresse muito devagar para os velhinhos poder ir visitar. Sou a Beatriz! Queria que neste Natal se ouvissem os sinos a tocar lá no céu. Queria também o pinheiro [enfeitar e ver o Pai Natal chegar. Chamo-me Mariana queria que o Natal fosse especial com o Pai Natal a chegar! O Pai Natal é bestial traz amor e carinho como é [habitual. Chamo-me Rui e, neste Natal, sei bem o que [fazer, vou partilhar tudo aquilo que [receber! Chamo-me Renato e queria que [o Natal me trouxesse alegria e muita [fantasia; queria que fosse muito especial,

com a chegada do Pai Natal. Sou o Eduardo e queria que o [Natal trouxesse muita alegria para a [minha família. Queria ainda ter um dia bem diferente para poder receber beijinhos de toda a gente. Chamo-me Guilherme e queria que este Natal fosse muito [luminoso para ver o Pai Natal com muito [material! Ficaria cheio de alegria, na sua [companhia! Sou o Tomás e queria que o [Natal tivesse muita paz e alegria! Queria que todas as pessoas ceassem em harmonia e que houvesse muitos [brinquedos para as crianças ficarem felizes. Chamo-me Rafael e queria que [este Natal fosse muito especial,

que tivesse alegria e muita magia e trouxesse amor para as [pessoas! Certamente que passariam o [Natal em boa companhia! Sou a Verónica e queria que este [Natal me trouxesse muitos amigos para [brincar e ainda muitos presentes para [partilhar. Chamo-me Daniela e queria que o meu Natal fosse cheio de alegria e passado com muita magia! Queria, ainda, ver o Pai Natal [chegar com presentes para entregar; à fogueira ir ter para bem me aquecer. Sou o Rodrigo e, para mim, o [Natal é uma festa é um dia especial é dia de presentes porque vem o Pai Natal.

Neste dia diferente come-se um prato especial quase toda a gente come um prato de bacalhau É nesta altura do ano que se acende a fogueira, juntam-se os madeiros é uma grande brincadeira. Sou o Dinis e queria que o Natal fosse todos os dias para comer bolo rei, filhós e [azevias, pois sei que pelo Natal nada faz [mal. É a festa da família eu visto-me de Pai Natal para o meu irmão é uma alegria sem igual. Sou o Francisco e queria que [este Natal fosse celebrado com a família [reunida; tivesse jogos para brincar e muitos livros para estudar.

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O que é, para mim, o Natal? O Natal, para mim, é uma época muito importante e especial. As vilas, cidades e aldeias, quando se aproxima a época do Natal, ficam mais iluminadas e coloridas. Na minha casa, costumamos montar uma enorme árvore de Natal decorada com bolas, fitas, luzes e estrelas. Por baixo da árvore, colocamos um presépio com várias figuras: o menino Jesus, Maria, José, o burro, a vaca, o pastor e os três reis Magos. O Natal é também especial porque é quando se reúne a família e quando nos sentamos à mesa para a Consoada. Na Consoada, é tradição comer-se peru ou bacalhau com couves e filhós. Pelo Natal, faz-se a troca de pren-

Rita Nascimento (5ºA)

Carolina Santos (5ºA)

Inês Príncipe (5ºA)

das. Eu e o meu primo Filipe queremos sempre abrir as prendas antes da meia-noite, mas só o podemos fazer depois. Após abrirmos as prendas, vamos com os nossos pais ver a grande fogueira que ainda se faz na nossa aldeia. As pessoas dizem que o calor dessa fogueira é para celebrar o nascimento de Jesus. O Natal também é representado por uma figura que é o Pai Natal. Ele é um velhinho de grandes barbas brancas, com um gorro e fato vermelho, sapatos pretos, óculos e uma grande barriga. Com o seu trenó puxado por doze renas distribui os presentes pelo mundo inteiro. Uma das renas chama-se Rodolfo, é a que comanda as outras renas

Para mim, o Natal é estarmos em

O Natal, para mim, é uma das melhores épocas do ano. É nesta altura que a minha família se junta para celebrar o Natal. Tudo parece mais bonito, brilhante e em paz. Adoro fazer a árvore de Natal e enfeitar a casa, também gosto muito de ajudar a minha mãe a fazer o bacalhau e, claro, os doces. Mas, para mim, a parte melhor do Natal são os presentes, fico ansiosa que chegue o fim do jantar para poder abri-los. No entanto, só posso fazê-lo depois da meia-noite. Enquanto isso, brinco com os meus primos, fazemos jogos e aborrecemos os nossos pais para abrirmos as prendas antes da meia-noite. Depois de abrirmos as prendas, brincamos com elas e reunimo-nos ao pé da lareira para contarmos histórias de outros natais.

família, fazer a habitual ceia e abrir as prendas. No dia 25 de dezembro, acordo bem cedinho e tomo o pequeno-almoço. Espero pela minha mãe para tratarmos da ceia, da árvore e da decoração da casa. Começamos por tratar do bacalhau e da carne, mais tarde enfeitamos a Árvore de Natal. À hora da ceia, a família reúnese, janta-se e, mais tarde, chega a hora que todos esperávamos, a hora de abrir os presentes. Depois de os abrirmos, vamos à missa do galo. É sempre uma noite muito religiosa.


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Talentos | A Página dos Mais Pequenos O que é o Natal

Prof.ª Terezinha Louro

Turma do 4.ºAno Sou a professora Terezinha

O outono está a chegar Muitas castanhas nos vai dar Muitos magustos vamos ter Para castanhas comer. (Mariana Fernandes) Apanhamos marmelos Bem amarelos A minha avó fez marmelada Fiquei toda lambuzada. (Mariana Fernandes) Os frutos do outono São muito saudáveis Dão-nos energia Deixando-nos imparáveis. (Renato Marques) O outono traz bons frutos A romã e seus amigos Adoro nozes e castanhas E medronhos maduros (Daniela Mesquita) Gosto também de marmelos Para marmelada docinha Gosto muito de a comer Numa torrada quentinha (Daniela Mesquita)

Natal para mim é: A saúde a superar a doença; A alegria a superar a tristeza; O canto a superar o choro; O amor a superar o ódio; A bondade a superar a maldade; A bonança a superar a tempestade; A tolerância a superar a prepotência; A paz a superar a guerra;

A vida a superar a morte. Mas, atenção, meus meninos! Jamais esqueçam isto: Nada supera O amor de Jesus Cristo!

Desfrutem a época natalícia com toda a magia, júbilo e inocência dos vossos coraçõezinhos de meninos! FELIZ NATAL!

Natal Turma do 2.º Ano A melhor

os corações daqueles

mensagem de Natal

que nos acompanham

é aquela que sai em

na nossa caminhada

silêncio dos nossos corações.

pela vida.

E aquece com ternura

Os frutos do outono Fazem-nos muito bem Ao contrário dos bolos Que nos deixam tolos (Rodrigo Rodrigo)

Olha o marmelo Muito amarelinho Gosto de o meter na cesta Para comer ao lanchinho (Beatriz Ribeiro)

O dia do idoso Turma do 2.º Ano O dia 1 de outubro é o dia Internacional do idoso. Pelas 10:30 h, os alunos do 1.º Ciclo saíram da sua escola alegres e, todos contentes, foram caminhando até à Santa Casa da Misericórdia. Na sala, estavam reunidos os idosos para assistirem à festinha que os alunos prepararam com muito

carinho. Nós dançamos a Macarena. Foi muito divertido e gostamos de ver os outros colegas a cantar e a dançar. No final, trocaram-se presentes e voltamos para a nossa escola, muito felizes.

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Com a chegada do outono Muita fruta vai haver Nozes, castanhas e diospiros Vou-me fartar de comer (Dinis Gonçalves)

No outono as castanhas Tão cheirosas e quentinhas Depois de tiradas do lume Vão diretas para as barriguinhas (Beatriz Ribeiro)

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Boas Vindas ao Outono


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A Página dos Mais Pequenos

e eu“ a, o urso “ Catarin s - JI Sala 2) are (Eva Tav

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Noite“ “O Dia e a a- JI Sala 2) (Lara Pereir

“As Luzes do N atal“ (Maria Eduard a Rufino - JI Sa

la 1)

História de S. M artinho (Tomás Costa JI Sala 2)

“O pinto careca “ (Rânia Apoloni nário - JI Sala o“ orial de audiçã “Exercicio sens - JI Sala 1) (Nádia Ferreira

1)


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Lenda de S. Martinho*

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A Página dos Mais Pequenos | Noticias

Pré-Escolar

“ Estava muito vento e algumas folhas caíram das árvores. As folhas voavam e um homem sem roupa estava na estrada. Tinha frio, porque não

tinha roupa, então apareceu um homem vestido com uma capa e cortou a capa ao meio com uma tesoura. Depois, emprestou um bocadinho da capa ao homem que não tinha roupa. O cavalo apareceu e o homem, que

se chamava S. Martinho, disse para afastar o vento, depois disse para afastar a chuva e apareceu o sol e ficou muito calor. O S. Martinho, o homem sem roupa e o cavalo viveram felizes para sempre! ” * contada, Ipsis verbis, pela Lara Tavares, com 5 anos acabadinhos de cumprir.

Ilustração de Lara Tavares - JI Sala 2

Ilustração dos alunos Renato Marques e Dinis Gonçalves (4º Ano) sobre “A Lenda de São Martinho”, fazendo uso da ferramenta web “Stripgenerator.com - Comic Creating Community”

“Poesia um Dia”* Prof.ª Terezinha Louro Ao iniciarmos mais um novo ano escolar, nada melhor que uma ida à Biblioteca Municipal para comemoração da semana da poesia, participando e assistindo a uma peça apresentada apenas por uma artista. Depois da sensibilização na sala de aula com a escolha de po-

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esias a declamar no local, lá partimos para mais uma “aventura”. Foi emocionante vermos a forma como a poetisa brincava com as palavras, com o seu timbre, com o seu ritmo e entoação que, conjugados com os seus adereços, convidavam a nossa imaginação a deslocar-se para outras paragens onde nos encontrávamos com personagens, umas bem reais, outras do mundo do imaginário, da fantasia. Por vezes, com facilidade, nos desinibíamos e soltávamos; momentos houve, também, em que os nossos medos e receios estiveram à tona, tal a força da poesia! * Professora Terezinha Louro refletindo com os seus alunos

Ilustração de Mariana Fernandes - 4º Ano


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A Página dos Mais Pequenos

O Principezinho Turma do 2.º Ano

No dia 3 de dezembro, todos os alunos do 1.º Ciclo foram ao teatro Politeama ver a peça “O Principezinho”. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta, do tamanho de uma caixa, que tinha três vulcões. Tinha também uma flor, uma linda flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou o sossego do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversas personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida. Nós gostámos muito da visita e de ver a peça de teatro.

Rui Prates (4ºAno) No dia 3 de dezembro, os meninos do 1.º ciclo foram a Lisboa, ao teatro Politeama, ver a peça de teatro “O Principezinho”, de Saint Exupery, encenada por Filipe La Féria. A história fala de um menino que era príncipe e vivia num pequeno planeta com uma rosa, sua amiga. Um dia, fartou-se da rosa e resolveu ir à descoberta de novos amigos. A cena inicia-se no deserto do Sahara, onde um piloto conhece o “Principezinho”. Este fala das suas origens e da sua viagem, através da qual passa por sete planetas diferentes. O primeiro planeta era habita-

Ilustração de Beatriz Ribeiro - 4º Ano

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O Principezinho

do por um rei que só sabia dar ordens aos outros. O segundo planeta era habitado por um vaidoso que só queria receber elogios. O terceiro planeta era habitado por um bêbado que só sabia beber a toda a hora. O quarto planeta era habitado por um empresário que estava sempre ocupado a fazer negócios e a contar as estrelas que tinha. O quinto planeta era o mais pequeno de todos, só tinha espaço para um candeeiro e um acendedor. O sexto planeta, o maior de todos, era ocupado por um geógra-

fo e foi graças às suas indicações que o “Principezinho” chegou ao sétimo planeta que era o planeta Terra. Neste planeta, o “Principezinho” conheceu e conviveu com um aviador, uma serpente e uma raposa. O “Principezinho” começou a ter saudades da sua flor e decidiu voltar para junto dela. Esta história fala da amizade e mostra-nos que devemos dar sempre valor aos amigos. Assim, convido todos os meus amigos a ler o livro, acreditem que vale a pena!

Ilustração de Miguel Dias - 1º Ano

AEVVR vai ao teatro em Lisboa Prof.ª Luísa Morgado

No dia 3 de dezembro, os alunos do 1.º Ciclo acompanhados pelas professoras, pelo professor Luís Costa, educadora Lucinda Gomes e funcionárias, deslocaram-se a Lisboa para irem ao Teatro Politeama assistir à peça “O Principezinho”, adaptada por Filipe la Feria do livro homónimo de Antoine de Saint -Exupéry”. Esta atividade foi patrocinada pelas juntas de freguesia do Fratel, Perais, Sarnadas e Vila Ve-

lha de Ródão. Foi uma viagem que decorreu sem incidentes e com a alegria própria dos pequenos estudantes. As crianças ficaram maravilhadas com os cenários e com a bela peça, tão bem representada! À tarde, quando regressaram a casa, vinham muito mais ricos, felizes e curiosos e com o firme propósito de ler tão encantador livro.


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Opinião | Atividades | Talentos

Prof.ªs Isabel Domingues e Elsa Flor Pretendia-se que a tarde do dia 29 de outubro fosse um pouco “spooky”, mas, principalmente, divertida ao ver umas quantas múmias a tentarem correr por um percurso aos ziguezagues no salão polivalente da escola. Foi este o dia escolhido pelos professores de Inglês para a comemoração do Haloween, festividade anglo-saxónica que se celebra no último dia (ou na última noite) do mês. A atividade que os docentes propuseram aos alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos foi uma corrida de múmias (“Mummy’s Race”) que acabou por contar com o disfarce de apenas nove alunos, a saber: a Matilde, o Afonso, a Eduarda e a Diana Fontelas do 2º ano; o Tiago do 3º ano; o Rodrigo do 4º ano; a Carolina, o Ricardo e o Tomás Esteves do 5º ano. Destes, foi eleita a múmia mais rápida da corrida, o Tiago, que se deve ter alimentado bem ao almoço, na cantina da escola, pois o repasto era mesmo ao gosto destas e de outras criaturas assustadoras do Halloween. Até lhes foi servida uma gelatina de almas penadas como

sobremesa!! Não houve múmia que adormecesse nessa tarde! Porém, houve uma múmia que até se assustou com a rapidez das outras e já não quis ir correr. Confessou, depois, que era, simplesmente, uma múmia envergonhada e ficou só a ver, juntamente com muitos outros alunos. Houve também o prémio para a múmia mais bem vestida! Foi difícil a escolha, tal era a variedade de materiais e modelos apresentados na atividade. Contudo, os professores elegeram a fatiota da Carolina como a mais original e a que se “aguentou” melhor até ao final da festa. A turma do 9º ano também marcou presença com a habitual mesa de iguarias dos finalistas. De “ghostly” tinha pouco, pois, em vez de afugentar os humanos, soube bem atraílos através do pecado da gula. Um pecado que soube mais a um doce prazer! A música é que podia ter sido mais apropriada ao Dia das Bruxas, comentou uma professora de Inglês, pois nem o clássico “Thriller” do já falecido Michael Jackson por lá se ouviu! Uuuuuuuuhhhhhhhh…

Rui Tavares (9ºAno)

The mummy race happened on 29th October, the day Halloween was celebrated in our school, when some students masked of mummy. This race consisted on a short course where mummies had to run as fast as possible.

The fastest mummy was Tiago of 3rd grade and the coolest mummy was Carolina of 5th grade. It was a very nice afternoon where all the mummies had a lot of fun!

Feira dos Santos em Ródão mantém a tradição com inovação

No dia 2 de novembro, teve lugar, no campo de feiras de Vila Velha de Ródão, a tradicional Feira dos Santos. A autarquia, para além da habitual oferta de castanha e de figos, proporcionou ao público presente uma exposição de equipamentos agrícolas e um magusto com animação musical com o grupo de bombos da associação Gentes de Ródão. Este ano, a Câmara Municipal, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, promoveu, uma semana antes da Feira dos Santos, um concurso de trabalhos manuais alusivo ao Dia das Bruxas e aos Santoros. Todos os alunos do Agrupamento de Escolas podiam concorrer, gratuitamente, com a decoração de abóbora e/ou de um saco de pedido dos Santoros. Cerca de 57 crianças, desde o jardim-de-infância ao 3ºciclo, apresentaram os seus trabalhos e no dia da Feira dos Santos, às 15h, procedeuse à entrega dos prémios (Cartão presente Worten) aos vencedores nas duas categorias a concurso.

Abóboras Decoradas: 1º Prémio: Diogo Dias (9ºAno); 2º Prémio: Isaura Vicente (3º Ano); 3º Prémio: Rodrigo Reis (4º ano). Sacos Santoros: 1º Prémio: Guilherme Fernandes (4ºAno); 2º Prémio: Ana Margarida Marques (3º Ano); 3º Prémio: Tiago Mendes (1º ano). Todos os trabalhos alusivos ao Concurso vão estar expostos, de 3 a 7 de novembro, na Casa de Artes e Cultura do Tejo. As associações e produtores locais também marcaram a sua presença aproveitando, assim, a oportunidade para angariar verbas para as suas atividades anuais e divulgar os seus produtos.

in Jornal do Concelho de Vila Velha de Ródão - ANO XXXII - Nº. 385 Mês de Novembro de 2014

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Mummy Race

Gente em Ação

SPOOKY HALLOWEEN!


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Biblioteca

27 de outubro de 2014

Dia Nacional das Bibliotecas Escolares

Outubro é o “Mês Internacional da Biblioteca Escolar”. Em todo o mundo, este período é aproveitado para reforçar a visibilidade das bibliotecas escolares e a consciencialização acerca do seu valor nas aprendizagens. Em Portugal, merece destaque um conjunto de atividades que a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), tendo por mote as orientações da Associação Internacional de Bibliotecas Escolares (IASL), canalizou para o dia 27 de outubro, destinado, a nível nacional, à celebração de um serviço com um papel que se quer cada vez mais central e interventivo na vida das escolas. Sob o lema “A tua Biblioteca Escolar: um mapa de ideias”, pretendemos, na nossa escola, envolver todos os alunos e a comunidade no pequeno mundo que é a biblioteca escolar, uma biblioteca ativa e com vida! Nos dias 27 de outubro, no caso dos alunos do 1.º Ciclo e 28 de outubro, para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, realizou-se, pelo segundo ano, a atividade “Todos a Ler!”. Esta atividade, centrada na leitura de um conjunto diversificado de textos emblemáticos sobre a importância dos livros, da leitura e das bibliotecas envolvia autores como Alice Vieira, José Eduardo Agualusa e Luísa Ducla Soares. Os textos adequavam-se ao público a que se dirigiam e pretendia-se assim promover a leitura, o livro e a biblioteca numa perspetiva de partilha alargada de uma experiência que foi certamente um momento único e diferente na jornada diária da escola. Os alunos puderam dar também a sua opinião sobre os textos lidos e foram realizados trabalhos bastante interessantes que serão certamente publicados neste jornal. Também todas as turmas do 2.º e 3.º Ciclos participaram com empenho e garra no Bibliopaper, nos dias 27 e 28 de outubro, uma atividade lúdica em forma de jogo com a qual se pretende que os alunos conheçam melhor o espaço que diariamente frequentam. Os alunos do 1.º Ciclo puderam realizar também outras atividades na biblioteca que envolviam um concurso - “O melhor ouvinte”- bem como a hora do conto, uma atividade já bem conhecida por eles. Foram também dadas aos alunos informações úteis sobre o horário da biblioteca,

Prof.ª Luísa Filipe a forma como se organiza, os serviços disponíveis, as regras e o funcionamento deste espaço. Pretende-se assim formar os alunos como utilizadores autónomos da biblioteca e motivá-los para a sua utilização diária, quer como espaço lúdico ou de aprendizagem.

Algumas opiniões dos alunos do 1.º Ciclo “A biblioteca escolar é o sítio onde se guardam os livros que podemos consultar para nos ajudarem no estudo ou simplesmente pelo prazer da leitura. Para mim, é um lugar mágico porque está cheio de histórias, umas verdadeiras, outras imaginadas por poetas e escritores. É só pegar num livro e deixarmo-nos levar pelo mundo da fantasia. E, se quisermos, podemos sempre requisitar os livros de que gostamos.” - Tiago Martins, 3.º ano “Na biblioteca há muitos livros para ler e jogos e computadores para jogar. Nós podemos escolher os livros para levar para casa. Podemos ver filmes de ação e fantasia. Eu gostaria de ir lá todas as semanas para ouvir histórias.” - Mário Ribeiro, 3.º Ano “A biblioteca escolar é um espaço para ler e para estudar. Podemos divertir-nos e também aprender. Podemos jogar, ver filmes e pintar belos desenhos. Podemos viajar com a nossa imaginação e com os livros que requisitamos e levamos para casa.” - Leonor Ribeiro, 3.º Ano “Na biblioteca escolar há livros muito interessantes sobre animais, desporto, banda desenhada, contos tradicionais, ambiente, ciências e outras matérias. Gosto de lá ir para jogar com os meus amigos. E gostava de ir lá ouvir histórias diferentes todas as semanas.” - João Pedro Fernandes, 3º Ano “Eu gosto de ir à biblioteca da escola, porque há lá muitos livros, jogos e filmes para nós podermos aprender coisas novas e também para nos divertirmos. Contam-nos histórias muito giras e podemos levar os livros para casa para ler.” Julieta Silva, 3.º Ano “A biblioteca da escola é um sítio

calmo onde se pode ler em sossego, podemos ver filmes e também jogar jogos na Nintendo ou jogos de tabuleiro. Também podemos estudar ou trabalhar. A biblioteca tem computadores que podemos usar para trabalhar ou para passar o tempo. Há lá uma professora que nos conta histórias. Eu gosto da biblioteca e gostava de ir lá todas as semanas!” - Dinis Carmona, 3.º Ano “A biblioteca escolar é um local da escola onde eu gosto de ir ler livros e ouvir histórias. Também gosto de jogar alguns jogos com os meus colegas. Na biblioteca, podemos requisitar livros para levar para casa. Eu gostava de ir todas as semanas ouvir uma história à biblioteca!” - Isaura Vicente, 3.º Ano

é importante porque aprendemos muito lá. Aprendemos a estudar. Ela tem livros para ler e para nos ajudar a crescer. Leva-nos para sítios extraordinários através das palavras, alimenta-nos a nossa imaginação. Vemos filmes e ouvimos histórias. Gosto muito de ouvir histórias. A biblioteca também serve para descomprimir e acalmar quando estamos mais nervosos e cansados.” Rafael Costa, 4.º Ano “A biblioteca escolar significa muita coisa para mim: alegria, poesia, sonho, imaginação, amizade, leitura, diversão, paixão, aventura, emoção e tantas coisas mais… Tem muitos livros para estudar e para relaxar. Com eles aprendemos mais e a ler melhor!” - Rui Prates, 4.º Ano

“Para mim, a biblioteca escolar é muito fixe! Tem livros extraordinários que nos fazem rir e sonhar. Também nos dá alegria e ânimo para estudar. Os livros ajudam-nos a ser bons alunos e a aprender a ler melhor. Levam-nos para outros mundos pois têm muita fantasia. Eu adoro a biblioteca escolar. Muitas vezes levo de lá um livro para ler em casa.” Verónica Gonçalves, 4.º ano

“Para mim, a biblioteca escolar é um espetáculo, porque há lá todo o tipo de jogos, livros, filmes para vermos, computadores, não esquecendo a professora Luísa que é o máximo! Também porque os livros que há lá fazem-nos ser bons alunos e fazem bem ao nosso crescimento, não esquecendo que nos levam para o mundo da fantasia e da imaginação!” Dinis Gonçalves, 4.º Ano

“A biblioteca, para mim, é um lugar mágico onde se leem muitos livros, onde podemos ver filmes, jogar nos computadores e ouvir contar histórias. O mais importante é ler os livros, porque os livros fazem bem à nossa vida, aprendemos muito com os livros e eles ajudam-nos a crescer cá por dentro. Para mim a biblioteca significa fantasia e conforto!” Guilherme Fernandes, 4.º Ano

“A nossa biblioteca tem muitos livros com histórias giras contadas pela professora Luísa. Tem filmes de que nós gostamos muito, computadores e jogos para jogar e nos divertirmos. Com os livros, aprendemos e, com as histórias, conseguimos depois trabalhar melhor: fazer composições, imaginar histórias, textos e outras coisas mais. Por isso, eu acho a biblioteca fantástica, confortável e cheia de fantasia!” - Renato Marques, 4.º Ano

“Para mim, a biblioteca da escola


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A XXIII Feira do Livro

Gente em Ação

Biblioteca | Notícias | Atividades

Prof.ª Luísa Filipe Decorreu, entre os dias 5 e 12 de

(com destaque para as bolachas

dezembro, a XXIII Feira do Livro, na

caseiras que os nossos alunos fi-

Biblioteca Escolar. O dia de abertura

zeram com muito esmero). Todos

foi concorrido e animado com a pre-

puderam ainda visitar a Feira do

sença de um contador já nosso co-

Livro e conviver e, certamente, sa-

nhecido e muito admirado – António

íram mais confortados e docinhos

Fontinha. Com sessões de contos

com o apetitoso lanche.

que envolveram todas as turmas do

Durante a semana, todos os alu-

1.º, 2.º e 3.º Ciclos, podemos dizer

nos puderam também visitar a fei-

que foi um sucesso visto a atenção

ra, acompanhados pelos seus pro-

e o entusiasmo com que os alunos

fessores, ouvir histórias e assistir a

corresponderam a esta atividade.

alguns filmes adequados à época.

Também tradição durante a Feira

Foi uma semana movimentada na

do Livro e que registou igualmente

Biblioteca Escolar que conta, desta

bastante sucesso foi o “Chá com

forma, atrair cada vez mais leitores

Livros”, outra atividade muito con-

e tornar o livro e a leitura um prazer

corrida por pais, encarregados de

sempre renovado.

educação e outros convidados. Esta atividade foi dinamizada pelo Clube

Opinião:

de Jardinagem e pela Associação de

“Na XXIII Feira do livro, eu gostei

Pais e Encarregados de Educação

muito de ouvir o contador de histó-

que decoraram o espaço e confe-

rias António Fontinha. Ele é muito

cionaram as excelentes iguarias que

divertido e fez-me rir muito.” Simão Diogo 2.º Ano

puderam ser apreciadas com o chá

Visita de estudo a Peniche Sónia Nunes (9ºA), Cátia Rodrigues (8ºA) e Mariana Costa (5ºA) a oportunidade de contactar pela primeira vez com o mar. Todos saltitamos nas ondas e alguns tomaram banho, porque estava um lindo dia de praia. De seguida, fomos aos viveiros MMS localizados no Ramalhal, perto de Torres Vedras. Nos viveiros, pudemos observar vários tipos de flores, todas muito bonitas. Aproveitamos a oportunidade para comprarmos algumas espécies e enriquecermos a nossa estufa. Partimos por volta das 17:00h e chegamos a Vila Velha de Ródão às 19:00h. Foi um dia espetacular! Agradecemos à Camara Municipal

de Vila Velha de Ródão, na pessoa do seu presidente, ter disponibiliza-

do o autocarro que nos transportou.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

No dia 29 de outubro realizou-se uma visita de estudo a Peniche para os alunos do Clube de Jardinagem, acompanhados pelos professores Graça Mafalda, Lucinda Gomes e Joaquim Neto. Participaram também na visita a D. Rosa e o Sr. Acácio. Partimos da escola às 9:15h e chegamos a Peniche por volta das 11:30h. Durante a viagem, observamos o castelo de Óbidos. Antes de irmos para a praia da Consolação, marcamos o almoço no restaurante “O Talher” e, de seguida, fomos à praia. Aí, apanhamos conchas, vimos uma linda paisagem e os surfistas que estavam no mar. Alguns colegas do grupo tiveram


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Gente em Ação

Notícias | Atividades

Dia Internacional da Alimentação Turma do 4º Ano

Turma do 2º Ano

Este ano, comemorámos o dia da alimentação de uma maneira bem diferente daquela a que estávamos habituados. Começámos o dia expondo as esculturas, feitas em vegetais e frutas, para toda a comunidade educativa poder observar. Aproveitamos agora para agradecer aos nossos pais a excelente ajuda que nos deram a fazê-las em casa. Já na sala de aula, tivemos a visita da avó do Guilherme que nos veio falar da alimentação de antigamente. Começou por nos informar que era bem diferente da dos dias de hoje. Partilhamos então, algumas diferenças que achámos mais interessantes: - Os alimentos eram cozinhados ao lume, em panelas de ferro ou de barro e temperadas com banha de porco que os tornava muito saborosos; - Havia comidas especiais para os dias de festa, a galinha e o cabrito assado eram os pratos da altura; aos domingos comia-se, muitas vezes, bacalhau; - Os doentes e as senhoras que tinham bebés, num período de quarenta dias, comiam canja de galinha caseira; - Os pobres comiam broa ou centeio e os ricos pão de trigo. As peixeiras vendiam o peixe pelas ruas; muitas vezes, uma sardinha era dividida por três pessoas: uma comia a parte da cabeça, a outra o meio e a última o rabo; - Por vezes, comia-se caça, pois os homens (na altura da caça) caçavam coelhos, lebres e perdizes; - Os homens levantavam-se muito cedo para o trabalho no campo e comiam “de garfo”, papas de farinha de milho, batatas, ovos e feijões temperados com azeite; - Quando as galinhas punham ovos, estes eram vendidos para fazer dinheiro; - Como havia que fazer render os mantimentos que tinham, então as pessoas trocavam o presunto, obtido pela matança do porco, por toucinho, era o “toucinho da troca”; - Nas refeições, a família sentava-se em círculo, à volta de uma banca onde estava uma bacia de barro redonda e todos comiam dali; - Não havia frigoríficos, por isso, os alimentos conservavam-se apenas através da salga ou do azeite. Houve ainda tempo para ouvirmos uma enfermeira alertar para os benefícios de uma alimentação variada e saudável, ao mesmo tempo que nos mostrava a nova roda dos alimentos. Por fim, na cantina da nossa escola, sob a orientação das funcionárias e algumas encarregadas de educação, confecionámos as tradicionais papas de carolo, típicas de Vila Velha de Ródão, que tão bem nos souberam, como sobremesa, ao almoço. Como se pode concluir, para além do dia divertido e dinâmico que tivemos, ficámos a saber coisas bastante interessantes, que nos ajudam a conhecer um pouco da nossa história, ao saber como os nossos antepassados se alimentavam, razão que justifica a comemoração do Dia da Alimentação.

O dia 16 de outubro é o “Dia da Alimentação”. Na nossa sala, esteve a senhora Maria do Carmo, avó da Susana. Ela contou-nos como era a sua alimentação no tempo em que andava na escola. Às 8 horas comia o almoço: sopa, batatas com carne ou arroz com peixe frito e ia da aldeia das Naves para a sua escola, na Palhota, a pé. Ao meio-dia, comia o jantar que levava numa bolsa de pano: pão com queijo, ou pão com chouriça, ou com peixe frito e uma fruta da época.

Profª Maria Luísa Morgado

No dia 16 de outubro, comemorou-se o Dia Internacional da Alimentação, data da fundação da FAO, sigla de “Food and Agriculture Organization”, que é uma organização das Nações Unidas. Os professores e os alunos fizeram várias atividades com o objetivo de adquirir bons hábitos alimentares, manter as tradições e evitar o desperdício. Os avós receberam um convite para vir à escola explicar aos seus netos como era a alimentação no seu tempo. Os alunos, cheios de curiosidade, colocaram-lhes algumas questões que tinham sido previamente preparadas na sala de aula. Depois da conversa, ficaram com a ideia de que a alimentação dos nossos dias usa e abusa dos doces, dos fritos, das gorduras e das bebidas açucaradas. Na juventude dos avós, há mais de cinquenta anos, os produtos alimentares obedeciam ao ritmo das estações do ano, isto é, cozinhava-se o que produzia a terra nas diversas estações, os animais criados nas capoeiras e o desperdício não existia como hoje. Como devemos preservar a nossa cultura, isto é, as tradições ancestrais, as avós fizeram as papas de carolo, que são um doce tradicional desta época e da nossa zona. Não há contradição com a alimentação saudável, porque os doces comiam-se apenas nas festas. Não se abusava. No final, todos comeram uma refeição saudável.


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Opinião | Atividades | Talentos

S.O.S. Bullying

Patrícia Afonso e Carolina Santos (5ºA)

alguns vestígios dos povos Agropastoris, como os vasos de cerâmica, uma mó manual, contas de colar… A professora explicou-nos que estas peças aparecem sobretudo nas antas que era onde estes povos enterravam os seus mortos. Mas também não foram só os povos Recolectores e os povos Agropastoris que vieram ao nosso concelho, pois os Romanos também cá vieram e cá deixaram alguns vestígios da sua presença. No museu, pudemos ver as telhas, as belas cerâmicas que já sabiam fazer e a foto da ponte sobre o Açafal. Umas das coisas mais extraordinárias que vimos foram as trilobites, uns bichinhos que andavam debaixo da terra e que, quando morriam, ficavam fossilizadas. E, por fim, vimos um mapa gigante, em relevo, para saber onde se localizavam os diferentes locais onde foram encontrados estes vestígios.

“Christmas Party Poem” Bianca Almeida (9ºA) Our story was a living wonder But you ruined it And now I walk through the streets of loneliness Asking myself how to mend a broken heart The memories we shared Are the reason why I smile nowadays If I had one wish I would go back to our last Christmas… [“Last Christmas” by Wham!]

A importância da escrita Bianca Almeida (9ºA) Interligando a importância de escrever com a de ler, criamos um léxico enorme se praticarmos estas duas atividades tão importantes. Logo, compreenderemos mais facilmente a atualidade e o mundo que nos rodeia. Sendo assim, é de minha opinião que a escrita é a base fundamental da nossa formação académica e social. Esta contribui também para a nossa cultura. Como? Quando alguém lê por prazer, a sua imaginação ficará deliciada e será extremamente frutífera. Ler e escrever contribuem para um bom viver!

Unfortunately, I saw behind your mask And I have built myself up again You were once my angel And now you’re nothing but the devil Someone special now owns my heart I’m sorry you lost it Now it’s time to move on Despite everything, I wish you joy and happiness And I hope You have a merry Christmas, too!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

A escrita conta-nos como era a vida nos tempos históricos, tempos que fizeram a história que conhecemos hoje. Muito pouca gente no século XXI conhece o prazer de escrever e, infelizmente, a sociedade nada faz para isso combater. Os pedidos de namoro hoje são feitos com um estado no Facebook. A literacia e imaginação para escrever palavras sedutoras não existem mais. Pessoalmente, preferia ser conquistada com um poema, uma das muitas utilidades da escrita. Podemos exprimir o amor que sentimos por alguém e, através de e-mails, a escrita torna-se insípida.

melhor este fenómeno, as formas como o mesmo se manifesta e os sinais aos quais devemos, todos, estar atentos. Durante o mês de janeiro, a educadora social Cátia Vaz (responsável pela dinamização do workshop) deslocar-se-á de novo ao Agrupamento para realizar sessões de trabalho com os alunos sobre o mesmo tema, recorrendo ao jogo “A brincar e a rir o bullying vamos prevenir”, que se encontra já disponível no Agrupamento.

Soluções (Desafios Matemáticos):

No dia 25 de novembro, pelas 12 horas, os alunos do 5º A foram fazer uma visita ao Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Tejo do nosso concelho. Acompanhados pela nossa professora de História e Geografia de Portugal, a professora Luísa Filipe, iniciámos a nossa visita pela parte da cave do museu onde estão expostas as peças mais antigas. Aí, pudemos ver várias peças feitas pelos povos Recolectores, como os bifaces, lascas, pontas de flechas … Com isso, conhecemos os vários locais do nosso concelho que têm importantes estações arqueológicas, como o Monte do Famaco, a Foz do Enxarrique, as Vilas Ruivas, a Charneca de Fratel. Depois, num quadro muito iluminado, vimos os vários desenhos que eles faziam - a Arte Rupestre do Tejo: animais, figuras humanas, o sol e motivos geométricos. Esta arte é mundialmente conhecida e muito importante. A seguir, vimos

O final do 1.º período foi assinalado com a realização de um workshop para pais, encarregados de educação e professores subordinado ao tema “SOS Bullying”, que antecedeu as reuniões de pais com os diretores de turma / professores titulares de turma. Foi uma sessão que pretendeu, acima de tudo, alertar para o fenómeno do bullying, para que todos (na escola e fora dela) possamos atuar aos primeiros sinais. Os presentes tiveram, assim, a oportunidade de ficar a conhecer

Gente em Ação

Visita ao Museu do CIART


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Sugestões de leitura Adeus às Más Notas Professora Anabela Afonso

Título: Adeus às Más Notas Autor: Fernando Alberca Editor: Editorial Planeta

Para estudar, primeiro é preciso aprender a fazê-lo. Este livro apresenta algumas soluções para ensinar os alunos a estudar. Numa linguagem clara e acessível, recorrendo a exemplos concretos que se passam no dia-a-dia, em casa e nas aulas, Fernando Alberca, professor e especialista em educação, traz-nos propostas práticas e soluções para as típicas perguntas dos pais: “Que podemos fazer para melhorar as notas dos nossos filhos?”; “Qual deve ser a atitude e comportamentos para conseguir que os filhos se motivem a estudar?”; “Como se aprende a estudar?”; “Como ultrapassar as dificuldades da aprendizagem?”; “Como aprender a fazer os exames?”… O livro apresenta situações frequentes e soluções práticas, sensatas e fáceis de aplicar. O autor recomenda aos estudantes que en-

frentem o estudo com a atitude adequada, que passa por compreender os textos, para o que, por exemplo, é necessário aprender a «sintetizar e expandir». Sintetizar para estudar (aprender a fazer esquemas) e na hora dos exames o contrário: expandir o que sintetizamos. Qualquer aluno pode ter boas notas se estiver motivado, com autoestima e se lhe ensinarem como o conseguir.

Coleção “Roma Sub Rosa” de Steven Saylor Bianca Almeida (8ºA)

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

D. Maria II (Tudo por um reino) Bianca Almeida (9ºA) Título: D.Maria II (Tudo por um reino) Autora: Isabel Stilwell Nº de páginas:704 Género: Romance Histórico Resumo: Com apenas 7 anos, Maria da Glória torna-se rainha de Portugal. Um país do outro lado do oceano que nunca havia pisado. A sua infância foi vivida no Brasil, entre o calor e os papagaios coloridos que admirava na companhia dos seus irmãos e da sua adorada mãe, D. Leopoldina. A ensombrar esta felicidade, apenas Domitília, a amante do seu pai, imperador do Brasil e D. Pedro IV de Portugal. Em 1828, parte rumo a Viena para ser educada na corte dos avós. Para trás, deixa a mãe sepultada, os seus adorados irmãos e a marquesa de Aguiar, sua amiga e protetora. Traída pelo seu tio D. Miguel, que se declara rei de Portugal, e a quem estava prometida em casamento, D. Maria acaba por desembarcar em Londres onde conhece Vitória, a herdeira da coroa de Inglaterra a quem ficará para sempre ligada por uma estreita relação de amizade. Aos 15 anos, finda a guerra civil, D. Maria pisa pela primeira vez o solo do seu país. Seria uma boa rainha para aquela gente que a acolhia em festa e uma mulher feliz,

Opinião:

“Roma Sub Rosa” é o título da sé-

diano, o Descobridor e ele mistura-

rie de romances históricos com uma

se com os cidadãos não-ficcionais

desperta interesse no

pitada de mistério escritos por Ste-

da República, incluindo Sulla , Cíce-

leitor. Cada mistério traz-

ven Saylor. A ação é toda passada

ro, Marcus Crassus , Catilina , Ca-

na Roma antiga e as personagens

tulo , Pompeu , Júlio César e Marco

são muitas vezes notáveis romanos.

António .

É uma coleção que

nos uma realidade diferente da Roma antiga e da corrupção, jogos de sedução e de poder que nela se passavam. Com

A série é conhecida pela sua au-

Para um romano antigo, Gordiano

tenticidade histórica. A expressão

tem uma família pouco convencio-

“Roma Sub Rosa” significa, em la-

nal, uma vez que alforria a sua es-

deleita-nos com os as-

tim, “Roma sob a rosa”. Se a ques-

crava e faz dela sua mulher, adota

petos da vida romana,

tão era “sub rosa” (sob a rosa), isso

um escravo como seu filho e acolhe

significava que tal assunto era con-

no seu seio um rapazinho mudo que

É um “must read “ para

fidencial.

o ajudou numa das suas investiga-

amantes de História e de

O detetive é conhecido como Gor-

ções.

um

detalhe

histórico

preciso, Steven Saylor

prendendo o leitor da primeira à última folha.

histórias.

mais feliz do que a sua querida mãe. Fracassada a sua união com o tio, agora exilado, casa-se com Augusto de Beauharnais que, um ano depois, morre de difteria. Maria era teimosa, não desistia assim tão facilmente da sua felicidade e encontra-a junto de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, pai dos seus onze filhos, quatro deles mortos à nascença. Opinião: Isabel Stilwell ainda consegue surpreender com uma mestria de escrita que nunca conheci a uma escritora. Mostrando o lado simplista desta nossa rainha, a autora prende-nos a este romance, da qual uma vez começada a leitura, já não há volta a dar.


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67 | janeiro | 2015 Sugestões de Leitura | Atividades

Ricardo Pereira (9ºA) Título: A Prisão do Silêncio Editora: Presença Coleção: Grandes narrativas Todos nós aprendemos a nunca desistir dos nossos objetivos. Torey Hayden, a autora e personagem principal deste livro, é técnica de educação especial e aceitou tratar de um rapaz chamado Kevin, de 15 anos. Encontrou-o pela primeira vez escondido debaixo da mesa com cadeiras a fazer de muro. Kevin tinha pânico do mundo exterior e de tudo o que o rodeava e Torey, de início, achou-o um caso perdido, mas ela sentiu-se incapaz de desistir dele e, aos poucos, foi descobrindo a sua infância e conheceu uma história chocante de violência e de abandono. Mas será que ela é capaz de voltar a despertar o rapaz que antes vivia no corpo deste, agora triste e medroso? Um livro muito bom e uma história

ICNF Sensibiliza para a importância da “Reserva da Biosfera”

Célia Teixeira* Integrada na candidatura a “Reserva da Biosfera” que o ICNF pretende submeter à UNESCO, o Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro/Parque Natural do Tejo Internacional, dinamizou uma ação de sensibilização no agrupamento de escolas de Vila Velha de Rodão, para alunos dos 2º e 3º ciclos. A referida ação teve como objetivo primordial dar a conhecer a importância dos valores naturais integrados no território candidato a “Reserva da Biosfera”, bem como sensibilizar os participantes para a importância desta classificação do

Autora: Torey Hayden

Gente em Ação

A Prisão do Silêncio

território, na promoção de um desenvolvimento sustentável. Os alunos participantes tiveram assim a oportunidade de percecionar a importância do território onde vivem, pelo que se apelou à sua participação na divulgação da mensagem prioritária deste projeto. “Defender os valores naturais passa, não só, mas TAMBÉM pelo empenho de cada um de NÓS. RESERVA DA BIOSFERA: UM TERRITÓRIO PROMISSOR para um FUTURO com QUALIDADE DE VIDA!” *Técnica Superior do ICNF - PNTI

triste mas, ao mesmo tempo, excelente. Todos podem lê-la e tenho a certeza que irão gostar. A autora ensina-nos a não desistir dos nossos sonhos e objetivos e isso é algo que devemos valorizar.

O Terceiro Gémeo Ricardo Pereira (9ºA)

Título: O Terceiro Gémeo Autor: Ken Follett Editora: Bertrand

Clube de Xadrez Não sabes jogar xadrez? Queres aprender? Então vai até à Biblioteca Escolar nas quartasfeiras, às 16:00h para aprenderes a jogar.

Organização: Rodrigo Tomé e Ruben Trindade

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Este é um dos livros que eu mais gosto, não só pela história, mas também pela forma como o autor escreve. Jeannie Ferrami, uma cientista e especialista em gémeos e componentes genéticos da agressão descobre algo incrível. Através de um banco de dados do FBI, descobre dois homens que parecem ser gémeos verdadeiros: Steve, um estudante de direito e Dennis, o oposto, um assassino condenado. No entanto, nasceram de mães diferentes, em dias diferentes e em hospitais separados por centenas de quilómetros e desconhecem a existência um do outro. Como será isso possível? Mas uma pessoa sua conhecida sabe toda a verdade e tenta de tudo para a por fora de jogo. Jeannie começa a descobrir uma verdade que todo o mundo deveria conhecer e

apaixona-se por Steve. Mas será que ele é de confiança? Leia o livro e descobrirá que Ken Follett é capaz de fazer de uma simples história algo viciante, pois só conseguimos largar os seus livros depois de acabarmos de os ler! Um dos meus autores favoritos e um dos melhores livros que já li. Aconselho todos a lerem, pois tenho a certeza de que irão gostar.


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Atividades | Desafios

O nosso “Dia do Pijama”

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Respondendo ao desafio lançado pela associação “Mundos de Vida”, a C.P.C.J. de Vila Velha de Ródão levou aos meninos do Jardim de Infância e do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão a proposta de participar no “dia Nacional do Pijama”, integrado no projeto mais abrangente “Procuram-se Abraços”. A iniciativa, em curso desde 2012, pretende sensibilizar para “o direito de uma criança crescer numa família”, e uma das formas encontradas para o fazer é a de levar para a escola um pouco do conforto, do bem-estar, do aconchego vividos em casa…mantendo vestido o pijama, que nos envolve durante a noite inteira, protegendo dos medos e afastando dúvidas, companheiro dos e nos sonhos. Assim, no passado dia 20 de novembro, todos os meninos desses níveis de ensino do Agrupamento (e um ou outro mais crescido, com o coraçãozinho de criança), vieram de pijama, de peluche amigo e a almofada aconchegante na mão, mostrar que sabem ser solidários. Os mais pequeninos, no Jardim de Infância, e dando continuidade às atividades em curso desde a adesão à iniciativa, mostraram como sabem contar luas e estrelas, formar conjuntos de peluches rosa, amarelos, azuis, cantaram, dançaram…de pijama! Os mais crescidos, no 1.º Ciclo, mostraram o que significa para eles o pijama ou como seria o pijama ideal… No final, todos entoaram, com a respetiva coreografia, o refrão do Hino do Pijama, da autoria de Pedro Abrunhosa: “Vai começar, Ainda há tanto p’ra dar, Põe os braços no ar, Aqui o dia é de luz.”

História Curiosa

Prof.ª Anabela Santos

E foi com “os braços no ar”, e porque sabem que tanto há para dar, que todos contribuíram com o que de mais precioso poderiam oferecer: a alegria! Entretanto, todos tinham levado, a partir do dia 10 de novembro, um mealheiro “casa dos pijamas” que fizeram circular pelos familiares e amigos para recolha de pequenos donativos que trouxeram no Dia Nacional do Pijama. E, porque também nesta vertente solidária, apesar de estarem de pijama, as crianças não dormem (!), conseguiram demonstrar que “há sonhos a pedir para existir” e que “o melhor está p’ra vir”, pois perfizeram uma quantia que em muito ultrapassou as expetativas criadas. A solidariedade vestiu-se de pijama, de facto, mas não para adormecer; foi antes para melhor se movimentar!

Frases dos alunos do 4.º ano “Para mim, o pijama é bom, porque quando estou a dormir ele aquece-me o corpo e a alma!” Eduardo Moreira Ilustração de Jorge Fernandes - 1º Ano

“O pijama deixa-nos felizes porque é quente e fofo nas noites escuras. Lembra os beijinhos dos pais e mães ou o contar de uma história encantadora que nos lêem para nós dormirmos, bem como o nosso lindo, quente e suave boneco de peluche.” Francisco Faia “O pijama lembra-me histórias de princesas encantadas.” Cátia Oliveira “O pijama é a peça principal da noite porque os desejos ajudam-nos a sonhar.” Tomás Belo

Um Pijama

Era uma vez um pijama que não tinha dono até ao dia em que encontrou um menino que não tinha família, o João. Ele vivia num lar junto com outros meninos da sua idade. O dia 20 de novembro estava marcado para todas as crianças saírem para o convívio que existia na cidade. No caminho que percorreram, encontrou um pijama que alguém tinha abandonado. Ele estava sozinho e o João perguntou-lhe: - “Queres vir comigo? Eu visto-te e ninguém dará pela tua presença.” O pijama, radiante, não pensou duas vezes, respondeu que sim, que queria muito ter alguém que olhasse por ele. E lá foi o João com o seu novo amigo e os restantes meninos, para o convívio marcado. Finalmente, chegaram e todos ficaram encantados, era uma festa com muita diversão e muita gente crescida.

Renato Marques (4.º Ano)

João e o seu lindo pijama brincaram, brincaram e fizeram novos amigos. Um dos novos amigos chamava-se Hugo e não tinha irmãos, vivia triste. Apesar de ter uma família, pedia aos seus pais que lhe dessem um irmão para poder brincar e partilhar os inúmeros brinquedos que tinha em sua casa. Os pais do Hugo há muito que lhe queriam fazer uma surpresa, mas ainda não tinham conseguido. Decidiram então perguntar ao João: - “Queres fazer parte da nossa família?” E o João, que há muito tempo tinha o desejo de deixar o lar para ter uma família e ser feliz, respondeu radiante: - Claro que sim! Este é o dia mais feliz da minha vida, o dia em que encontrei um pijama abandonado!


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Corta-Mato Escolar

I Torneio de Natal Ténis de Mesa

Prof. Marco Martins Decorreu, na manhã do dia 12 de dezembro, o corta-mato escolar. Foi feita a seleção nos escalões petizes, infantis A, infantis B, iniciados e juvenis. A comunidade escolar participou ativamente no evento: os alunos correram e o pessoal docente e não docente prestou todo o apoio necessário. Houve um salutar convívio e fair-play. Os seis primeiros classificados irão participar no corta-mato distrital, que irá decorrer no dia 13 de fevereiro de 2015, em Castelo Branco, em representação do nosso Agrupamento.

Classificações

Gente em Ação

Desporto

23

Prof. Marco Martins

Decorreu, no dia 5 de dezembro, o “I Torneio de Natal de Ténis de Mesa”, com a participação da comunidade escolar: alunos, pessoal docente e pessoal não docente. O primeiro torneio de ténis de mesa não poderia ter corrido melhor, acabando por superar todas as expetativas por parte da organização. Por isso, já se pensa numa nova edição a decorrer no 2.º período. Foi uma tarde animada de convívio onde o fair-play e os valores desportivos e humanos estiveram presentes. Todos os alunos/atletas estiveram de parabéns. Os resultados desta tarde desportiva foram os seguintes:

Petizes

Classificações

Femininos

Femininos

Masculinos

1-

Matilde Teixeira

1-

Jorge Fernandes

2-

Beatriz Ferreira

2-

Tomás Cruz

3-

Eliana Pop

3-

Afonso Carmona

1º Bruna Martins 9ºA 2º Leonor Araújo 6ºA 3º Maria Faustino 8ºA

Masculinos 1º João Diogo 7ºA 2º Rodrigo Barradas 9ºA 3º Duarte Rodrigues 9ºA

Infantis A Femininos

Masculinos

1-

Leonor Ribeiro

1-

Tomás Vicente

2-

Diana Fontelas

2-

Tomás Esteves

3-

Mariana Fernandes 3 -

Ricardo Rodrigues

Infantis B Femininos

Masculinos

1-

Leonor Araújo

1-

Fernando Mendes

2-

Tânia Pinguelo

2-

Gonçalo Santos

3-

Constança Dias

3-

Gonçalo Dias

Iniciados Femininos

Masculinos

1-

Bruna Martins

1-

Rodrigo Barradas

2-

Maria Faustino

2-

Henrique Lopes

3-

Ana Rita Pereira

3-

André Pina

Juvenis Femininos

Masculinos

1-

Beatriz Cardoso

1-

2-

Mariana Tavares 2 3-

Sérgio Silvestre João Diogo Diogo Marques

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO Avenida da Achada, n.º 3 6030-200 Vila Velha de Ródão Telefone: +351 272 541 041 Fax: +351 272 541 050 E-Mail: direcao@aevvr.pt Serviços Administrativos: sa@aevvr.pt

Grafismo e PAginação Professor Luis Costa Professor Helder Rodrigues Colaboradores Professores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associação de Pais e Encarregados de Educação, Comunidade Educativa IMPRESSÃO Jornal Reconquista - Castelo Branco

E-MAIL gente.vvr@gmail.com Na INTERNET Webpage do Agrupamento http://www.aevvr.pt Plataforma Moodle http://moodle.aevvr.pt Facebook www.facebook.com/Agrevvr janeiro 2015

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Coordenação Professora Anabela Afonso anabelaestrela@aevvr.pt


24

67 | janeiro | 2015

Gente em Ação

Última Página

Festa de Natal

Prof. Luís Costa

Bianca Almeida, Beatriz Cardoso, Patrícia Mateus (9ºA) No passado dia 16 de dezembro,

e depois aos do jardim-de-infância,

peça “O filho”, de Luísa Ducla Soa-

pelas 09:15 horas, iniciou-se, como

seguiram-se as atuações dos meni-

res, encenado e dramatizado pelo

é tradição, a festa de Natal do nosso

nos do 1º ciclo, do 2º ciclo e, por fim,

9ºAno e coreografias, da autoria do

Agrupamento.

atuaram os do 3º ciclo.

professor Marco Martins, ao som de

Para festejar o Natal com a co-

Toda a gente se deliciou com as

munidade local, tanto os alunos da

músicas cantadas, as peças repre-

Para encerrar com chave de ouro,

escola sede, como os do jardim-de-

sentadas e as coreografias dança-

a turma do 9ºano, liderada pelos

infância reuniram-se para mostrar

das. Também houve lugar para a

dois apresentadores, encerraram a

aos seus pais e encarregados de

poesia nesta correria de atuações.

nossa festa com votos de agrade-

educação que todos têm uma veia

Porque não só as crianças fazem

cimento e excelentes festividades

artística. Salientando-se, claro, que

a festa, a Associação de Pais deixou

para o público presente, após o qual

nada disto seria possível sem a aju-

o seu contributo com a representa-

entregaram um pequeno miminho

da dos seus professores.

ção da história “A crocodila mando-

ao corpo docente que trabalha com

na”, de Adélia Carvalho.

eles e com outros alunos para ins-

Os apresentadores Bianca Almei-

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

músicas características do Natal.

da e Rodrigo Barradas abriram as

As turmas dos 2º e 3º ciclos trou-

festividades dando ordem de entra-

xeram-nos uma panóplia de motivos

da no palco aos meninos da creche

de entretenimento, entre os quais a

Reportagem fotográfica da Festa de Natal.

truir os líderes de amanhã.

Decorreu, no passado dia 16 de dezembro, na Casa de Artes de Cultura do Tejo, a Festa de Natal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. A manhã foi, como habitualmente, preenchida com as participações das crianças da creche da Santa Casa da Misericórdia e da educação Pré-Escolar e de todos os alunos, do 1.º ao 9.º anos. Contou, ainda, com a dramatização da obra “A Crocodila Mandona”, pela Associação de Pais e Encarregados de Educação. A sala foi pequena para receber todos os elementos da comunidade educativa que assistiram a esta festa sempre muito especial. Depois do tradicional almoço partilhado na escola-sede do Agrupamento, todos os alunos regressaram à Casa de Artes para assistir à peça de teatro “A Filo & Sofia no Bosque da Amizade”, pelo grupo Váatão, de Castelo Branco, espetáculo gentilmente oferecido pela Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão.


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