Contact - Agosto e Setembro 2016

A g o s t o e S e t e m b r o 2016

Santa Teresa de Calcutรก

rogai por nรณs! w w w. r e d e n t o r i s t a s . o r g . b r

ÍNDICE

Editorial

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Ata do Secretariado de Finanças

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Juventude Missionária Redentorista

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Presença Redentorista no Suriname

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Ata da Comissão Provisória

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A Missão, as Estruturas Eclesiais e a Economia

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No Seguimento das Primeiras Comunidades Cristãs

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Ano sa Misericórdia

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Missionários Redentoristas no Paraná em Missão no Amazonas

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Festa do Divino Espírito Santo e Santíssima Trindade

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Paróquia Saint James

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Ano Mariano

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PALAVRA DO PROVINCIAL

Editorial Caro confrade, Estamos chegando até você com mais uma edição do CONTACT, com os registros oficiais de nossa vida provincial. Aproveito essa oportunidade para agradecer também aqueles confrades e formandos que sempre mandam contribuições para nosso informativo: textos, reflexões, notícias.

Convido todos os confrades para rezarmos pelo Capítulo Geral da Congregação que logo chegará.

Antes dele, ainda, teremos nossa Assembleia Provincial: tempo muito especial de encontro e fraternidade. Vamos nos preparar e nos empenhar para esse momento importante.

Por fim, desejo uma caminhada de perseverança e paz a todos. Que Santo Afonso e a Mãe do Perpétuo Socorro continuem intercedendo por nós e nosso apostolado. Fraternalmente, Pe. Edilei Rosa Silva, CSsR Superior Provincial

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PROVÍNCIA

ATA DO SECRETARIADO DE FINANÇAS REUNIÃO DE 11 DE AGOSTO DE 2016

Presentes: Pe. Edilei, Ir. Helio, Pe. Celso Cruz, Pe. Parron, Dr. Edilson Brito (advogado) e Fernando Mazur (contabilidade).

Depois da oração, foi refletido sobre a importância do trabalho deste secretariado, em vista de sempre melhorar a administração dos bens da nossa Unidade. A partir desta motivação foi montada a agenda.

1. Avaliando o trabalho: Na primeira parte da reunião, com ajuda da assessoria, foi avaliado o trabalho administrativo do economato. A assessoria percebe que o trabalho está sendo bem executado e a abordagem tem sido bem profissional. Claro que este trabalho não é realizado só por nós, mas por uma equipe toda. Também o economato tem procurado enviar mensalmente aos confrades o relatório financeiro para que todos se sintam participantes desta administração e ao mesmo tempo buscamos mostrar transparência das coisas da Província.

2. Recuperação dos depósitos judiciais. A assessoria (o advogado e o contador) relataram que a Congregação havia ingressado em 2004 uma ação pedindo a imunidade de INSS nos colégios e ao mesmo tempo foi feito os depósitos judiciais a cada mês. Caso perdêssemos a ação o depósito já estava garantido. Em 2013 a assessoria da época, Arns de Oliveira, propôs ingressar no REFIS e solicitar ao juiz que estes depósitos judiciais fossem revertidos para a Congregação. No Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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CONGREGAÇÃO

entanto o judiciário entende que apenas uma parte destes depósitos poderá ser revertido para a Congregação. Neste sentido o processo continuará.

Sabemos que o judiciário é lento e teremos que esperar.

3. Estacionamento na Rua Ubaldino do Amaral. O proprietário deste estacionamento insistiu que ficasse mais tempo neste terreno e abriu um processo contra a Província em 2014. Nós recorremos e o Juiz já determinou a nosso favor e desde o ano passado o mesmo é obrigado a pagar 12 mil reais por mês. O mesmo tem pago mensalmente este valor. A decisão final deverá sair em poucos meses.

4. Edificação na R. Ubaldino do Amaral. Há um projeto aprovado no quadriênio anterior para construir uma nova sede (escritório central) e um estacionamento no terreno que está vazio nesta rua. O Secretariado avaliou várias propostas que serão encaminhadas aos Conselhos.

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5. Aluguéis: a assessoria avaliou que embora tenhamos uma crise econômica, quase todos os imóveis estão alugados. No entanto os valores destes aluguéis não têm sido reajustados devido à crise. Discutiuse algumas propostas para melhorar a nossa arrecadação.

A assessoria trará para a próxima reunião do secretariado estudos de como melhorar esta dimensão.

6. Família do Devoto: refletiuse sobre a importância da campanha Família do Devoto, que além de evangelizar com a Revista, também traz um retorno econômico. É importante que os confrades saibam da importância desta campanha e que todos nós somos responsáveis pela mesma.

O encontro se encerrou às 11h30.

Obrigado a todos!

Ir. Helio Nunes, CSsR (ecônomo) e Pe. Edilei Silva, CSsR (provincial).

Curitiba/PR

URB

JUVENTUDE MISSIONÁRIA REDENTORISTA ENCONTRO DA COMISSÃO NACIONAL

PROGRAMAÇÃO: 06/09: chegada em Belo Horizonte; 07/09: passeio e visita a Igreja São José. Unidades presentes: Goiás, São Paulo, Campo Grande, Rio de Janeiro, Bahia, Recife e Fortaleza.

08/09: Atividades e trocas de experiências. Destaco aqui o trabalho sistemático (formação), com duração de 3 anos, da juventude da Província de Goiás, envolvendo a maioria das paróquias de GO, TO, MT e DF. O encontro começou com a Missa presidida pelo Pe. Américo (Provincial-RJ), acolhendo oficialmente a todos. Pe. Bruno foi o pregador. Na parte da tarde, contamos com a assessoria do Pe. Vicente (ex-provincial do RJ), que destacou alguns pontos considerados urgentes, alguns dos quais já foram contemplados no Encontro de Porto Alegre. Salienta Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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que a Comissão não deve se reunir somente uma vez por ano. Algumas propostas: 1. plataforma da CN, acompanhamento virtual, curso on line, biblioteca virtual. A Província do Rio se propõe a criar e manter este site até o fim do quadriênio. Também será criado um CD, cuja comissão já se reuniu e formulou alguns elementos para apreciação.

2. Missão jovem evangelizando jovem, inclusive nos meios mais difíceis. Aqui destaca a importância da parceria com outras unidades.

SEGU N DO CONGRESSO DA J UVENTU DE M ISSIONÁRIA REDENTORISTA Enviar 10 jovens, que tenham certa caminhada junto aos redentoristas, alguns líderes ou coordenadores para esse Congresso, em Aparecida-SP, de 27-30 de julho de 2017.

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Para o Jumi poderão enviar mais jovens ou todos os interessados, que irão participar das atividades alusivas aos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Haverá alojamento para todos.

Despesas com alimentação e material que será fornecido.

Será uma romaria com muitas atividades. A juventude da Província de São Paulo, brevemente enviará mais informações. Encerramento com missa presidida pelo Pe. Marcos (BA) e pregador: Pe. Mello, de Campo Grande.

Pe. Antônio Mello, CSsR

URB

PRESENÇA REDENTORISTA NO SURINAME JUBILEU DE 150 ANOS

O encerramento do Ano Jubilar pelos 150 anos de presença Redentorista no Suriname contou com a fraterna presença e apoio do nosso Superior Geral Michael Brehl, C.Ss.R (Roma), Manuel Rodrigues, C.Ss.R (America Latina e Caribe); Henk Erinkveld, C.Ss.R (St. Clemens Province) pregador do Triduo na Igreja Santo Afonso em Paramaribo, Suriname nos dia 28 a 30 de julho, Provinciais e Vice-provinciais da URB – União dos Redentoristas do Brasil e demais amigos como o bispo de Paramaribo Karel Choenie, Religiosas e o Povo de Deus.

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Dia 31 de julho houve uma memorável Celebração de encerramento do Ano Jubilar, na Catedral Basílica São Pedro e São Paulo, onde estão os restos mortais de Pedro Donders em Paramaribo, Suriname. Foi um momento emocionante sentir a presença e força do nosso irmão Pedro Donders pioneiro na Missão no Suriname.

No Dia de Santo Afonso em Celebração presidida pelo nosso Superior Geral Michael Brehl,C.Ss.R na Paróquia Santo Afonso, servida a muitos anos pelos Missionários Redentoristas simbolizam a historia da presença Redentorista em todo Suriname. Foi um momento especial de renovar a Esperança e o ardor Missionário juntos aos mais pobres.

Na peregrinação a Batávia, lugar místico, onde Pedro Donders dedicou a maior parte de sua vida no serviço aos mais vulneráveis, foi também um momento especial para refletir sobre o mistério e força do amor de Deus a seus convocados no serviço aos mais pobres e abandonados.

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Numa Feliz coincidência a Congregação dos Missionários Redentoristas celebra também este ano, os 150 anos do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, presença marcante em todas as Comunidades do Suriname. Atualmente se retomou a continuidade das novenas nas Comunidades surinamesas e também para os imigrantes brasileiros.

Que nosso irmão Pedro Donders abençoe toda a Congregação Redentorista nos mais diversos lugares pluriculturais, para que se renove em todos: a identidade da Vida Religiosa e o caráter Missionário do nosso carisma.

Jorge Tarachuque, C.Ss.R Suriname

PROVÍNCIA

ATA DA COMISSÃO PROVISÓRIA REVISÃO DA LEI ELEITORAL Campo Grande, 08 de agosto de 2016. ATA. Estimados confrades, a comissão para revisão da lei eleitoral, nomeada pelo Capítulo Provincial esteve reunida nesta segunda-feira 08 de agosto na cidade de Campo Grande para analisar as propostas enviadas pelos confrades.

Após apreciar o documento final da última sessão capitular a comissão apresenta como proposta de inclusão na lei eleitoral: Capítulo 2, parágrafo 2.2, sobre o Método de eleição, a inclusão do item g: "antes do 1° escrutínio (na assembleia provincial eletiva) os confrades candidatos ao ministério de superior provincial apresentem os nomes de seus possíveis conselheiros e também suas principais propostas para a província. A dinamização deste momento de partilha será conduzido pela Comissão Eleitoral que fará a seguinte pergunta aos 6 candidatos diante da assembléia reunida: 'Caso o senhor seja eleito provincial, quais são suas propostas para a província dentro de cada área de atuação (Economia, Formação, Pastoral e Missão, Vida Comunitária) e quais seriam os dois confrades que o senhor indicaria para o Conselho Ordinário"? Vale lembrar que isso é apenas uma partilha antes da eleição, e não tira do Capítulo a autoridade de aprovar ou não os nomes indicados pelo provincial eleito.".

Também a comissão sugere um acréscimo no capítulo 1, parágrafo 1.1.3 sobre "Voz ativa e passiva", onde está "Os confrades em votos temporários, tem direito de eleger um representante que terá plena participação no Capítulo."

Alterar para "Nos dias que antecedem a assembleia eletiva os confrades em votos temporários, reunidos em comunidade

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tem direito de eleger um representante que terá plena participação no Capítulo. Eleja-se também um suplente”.

A comissão sugere a alteração no capítulo 2, parágrafo 2.2 sobre o "Método de Eleição", letra d, onde está "Os seis mais votados no segundo escrutínio serão os candidatos para a eleição. No caso de empate, todos os empatados no sexto lugar entrarão na listagem", alterar para "Os três mais votados no segundo escrutínio serão os candidatos para a eleição. No caso de empate, todos os empatados no terceiro lugar entrarão na listagem."

A comissão sugere a alteração no capítulo 2, parágrafo 2.4 sobre "Substituição", onde está: "No caso de afastamento definitivo do Superior Provincial de seu cargo, por qualquer motivo que seja o Vigário Provincial providenciará uma nova eleição dentro de um mês após o seu afastamento. Se tiver passado mais de dois terços do quadriênio, o Vigário Provincial assumirá o oficio e o título de Superior Provincial."

Alterar para "No caso de afastamento definitivo do superior provincial de seu cargo, por qualquer motivo que seja o Vigário Provincial providenciará uma nova eleição dentro de um mês após o seu afastamento. Se tiver passado mais de dois 12

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quartos do quadriênio, o Vigário Provincial assumirá o oficio e o título de Superior Provincial."

A comissão sugere a inclusão no capitulo 1, parágrafo 1.1.3. Voz Ativa e Passiva, "Os confrades em situação irregular, impedidos por direito comum e particular, não tem direito a voz ativa e passiva".

Diante da inquietação de como regulamentar a participação dos confrades que tem voz ativa e passiva, na assembleia eletiva e residem fora da Província, surge à questão: Como salvaguardar o direito dos confrades que tem voz ativa e passiva de participar da Assembleia Eletiva Extraordinária, onde não teriam tempo para se fazerem presentes?

A comissão pede ao governo um momento na assembleia provincial para apresentar os trabalhos e acolher sugestões dos confrades.

Reiteramos que todos os confrades são chamados a participar de maneira ativa e consciente deste processo.

Pe. Dirson Gonçalves, CSsR Pe. Rodrigo Augusto de Souza, CSsR Pe. Thiago Palmeira Machado, CSsR

REFLEXÃO

A MISSÃO, AS ESTRUTURAS ECLESIAIS E A ECONOMIA O PRESENTE E FUTURO DA IGREJA ESTÃO SITUADOS NO EVANGELHO

É consenso entre os teólogos que a Igreja vive atualmente uma crise estrutural. Crise esta gerada pela modernidade, a qual colocou em xeque o papel das grandes instituições e suas estruturas. A CNBB reconhece tal crise ao sugerir a reestruturação da paróquia em pequenas comunidades. A nossa Congregação confirma essa realidade ao pleitear a reestruturação congregacional. Ao observar os sinais dos tempos, o Papa Francisco afirma que a crise eclesial advém da relação do ser humano com o dinheiro. Para ele, a crise se instala quando o ser humano assume uma mentalidade capitalista e, por receio de passar necessidades, dá primazia ao econômico, arrefecendo as relações humanas. A nosso Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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ver, essa crise é também de ordem espiritual, uma vez que o medo é sinal de fechamento à força do Espírito. No Pentecostes, os discípulos sentiam medo de se expressar, enquanto fechados à força do Espírito (cf. At 2, 1-4).

Pode-se conceber, então, que se trata de uma crise antropológicoespiritual. A visão do Papa mostra que a instituição religiosa que busca sua sobrevivência primando pelo dinheiro deixa de lado a ousadia do Espírito e adota para si o ídolo financeiro, proveniente do lucro, relegando as relações humanas a planos inferiores. Por isso, o Papa Francisco considera que a primazia pela economia reduz o ser humano apenas ao consumo (Evangelii Gaudium, 55).

Na mesma visão do Papa, o eclesiólogo Victor Codina entende que, ao colocar o financeiro em primeiro plano, a Igreja tende a desumanizar, assume a ditadura da economia, em detrimento das relações humanas, as quais representam o núcleo do Evangelho. Em si, a intensa preocupação com o dinheiro quase sempre está relacionada à manutenção das estruturas físicas e organizacionais e, às aparências, que, de modo inconsciente, dão segurança.

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A incessante busca pelo econômico é justificada, muitas vezes, pelo discurso da impossibilidade de se realizar a missão sem dinheiro. É verdade que o dinheiro auxilia, mas não deve constituir objetivo ou base da missão. Isolar-se na busca intensa pelo financeiro tende à manutenção de estruturas antigas e caducas e à anulação da ousadia.

Além do mais, a instituição que confia mais no dinheiro do que na ação do Espírito tende a colocar sua confiança somente naqueles que mostram interesse em lucrar para manter a missão. O fato é que estes, quase sempre, acabam ditando ordens ou impondo sua verdade sobre os outros. O discurso ideológico de que a missão acaba se não houver dinheiro serve para manter sempre no poder de mando aqueles que buscam dinheiro.

Para o sociólogo Pierre Bourdieu, a estes é repassado o poder simbólico, que pode ser utilizado como ideologia, sempre querendo impor sua verdade sobre os outros. Para o teólogo Juan Luiz Segundo, o discurso ideológico não é mensagem de fé, pois a fé está relacionada aos valores que dão sentido à vida; por sua vez, a ideologia diz respeito à eficácia ou à dimensão estruturativa da fé. Quando os discursos ideológicos tentam justificar a eficácia

missionária, então corremos o sério risco de viver a ideologia do fetiche financeiro e a ditadura econômica, contradizendo a mensagem cristã da solidariedade e da fraternidade.

Na Encíclica Laudato Si', o Papa Francisco lembra que a experiência do cativeiro na Babilônia gerou uma crise espiritual que levou a um aprofundamento da fé em Deus, recuperando-se a esperança, mesmo diante de uma situação infeliz.

Séculos mais tarde, a perseguição pelo Império Romano fez os cristãos voltaram a encontrar consolação e esperança em Deus (Laudato Si', 74). Quando fala da família, na Exortação Amoris Laetitia, nosso Papa diz que pela crise “tem-se a coragem de buscar as raízes profundas do que está a suceder, de voltar a negociar os acordos fundamentais, de encontrar um novo equilíbrio, de percorrer juntos uma nova etapa. Com esta atitude de constante abertura, podem-se enfrentar muitas situações difíceis” (Amoris Laetitia, 238). Em si, a escassez de dinheiro pode auxilianos a reencontrar o nosso verdadeiro espírito missionário.

Desta forma, aprendemos que anunciar o Evangelho não depende unicamente das estruturas solida-

mente instaladas ou do dinheiro, mas sim da ousadia do anúncio, que exige utilizar os instrumentos disponíveis naquele momento.

Ousar é agir na força do Espírito Santo, pois consiste em ir além das estruturas. Quem menos ousa, menos se deixa tocar por essa força. Ousar o anúncio do Evangelho remete a ir além da falta de dinheiro ou da falta de pessoas. Por outro lado, apegar-se às estruturas é sempre falta de ousadia, que sempre é justificada pela falta de dinheiro. A razão de ser da Igreja não é a quantidade de dinheiro que ela possui, mas sim a ousadia do serviço que ela presta à humanidade, valendo-se do que ela possui de melhor naquele momento. O principal é a motivação para anunciar o Evangelho.

O presente e futuro da Igreja estão situados no Evangelho e, por isso, ela não pode voltar-se para si própria. Deve ser móvel, de estruturas flexíveis e assumir a missão de modo criativo e sempre novo.

Flexível em suas estruturas, motiva seus membros a reinventarem e a inovarem seu modo de proclamar a Boa Nova na força do Espírito.

Quanto mais flexível, menos estruturas, mais liberdade, mais diálogo e mais relações humanas.

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Aceitar o risco de morrer na institucionalidade para ressuscitar na humanidade promove melhor a simbiose com o meio sóciocultural, de vez que a flexibilidade das estruturas proporcionará mais abertura à ação do Espírito. A Igreja é comunidade onde se encontram os que querem agir no mundo pelo Evangelho, e não de refúgio para quem quer se esconder do mundo.

Sem uma dose de ousadia, ficamos limitados às estruturas, crendo que isso nos mantém vivos. Por outro lado, quando ousamos, deixamos o

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Espírito agir em nós. Para alguns teólogos, a Igreja da Europa deixou de ousar, fechou-se nas estruturas e sobreviverá até que não possua mais dinheiro. Pobre e sem estruturas, ela voltará certamente a recompor-se de forma totalmente nova, aprendendo que o principal não é o dinheiro e nem as estruturas, mas sim as relações humanas que ela cria desde o Evangelho.

Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R Londrina/PR

REFLEXÃO

NO SEGUIMENTO DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS QUATRO ELEMENTOS DISTINTIVOS DA IGREJA PRIMITIVA

Iluminando a nossa reflexão, trago, neste artigo, um breve texto do pensamento perene da Igreja no Brasil sobre a necessidade de uma paróquia em estado permanente de missão, como comunidade de comunidades, à luz das primeiras comunidades cristãs.

Nós, como redentoristas, sendo Memórias Vivas do Redentor, portadores e anunciadores da Copiosa Redenção (cf. Sl 129,7), estamos profundamente inseridos nesse contexto.

Há de nos indagarmos: o que escolhemos, o que estamos buscando e onde queremos chegar? Seguindo a mesma linha de raciocínio, Santo Antônio de Pádua, complementa: “A palavra é viva quando são as obras que falam. Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. [...] Em vão pregará a doutrina Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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da lei quem destrói a doutrina por suas obras” (cf. Liturgia das Horas, Ofícios das Leituras). É preciso que a nossa vida seja viva, serviçal e aberta a todas as pessoas. “Impõese uma conversão radical da mentalidade para nos tornarmos missionários – e isto vale tanto para os indivíduos como para as comu1 nidades” .

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1. Na manhã de Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a experiência do encontro com Jesus ressuscitado (cf. Lc 24,18). Os discípulos reconheceram que o crucificado havia ressuscitado dos mortos e sido glorificado como Filho de Deus, com dignidade divina (cf. Jo 20,28).

O Ressuscitado transmitiu aos apóstolos o Espírito Santo, para que se tornassem testemunhas do Evangelho. O poder do Espírito Santo, recebido no dia de Pentecostes (cf. At 2), concedeu diversos carismas que acompanhavam o anúncio evangélico. O mesmo Espírito guiou as decisões fundamentais da Igreja para ser uma comu-

nidade evangelizadora: admitir os pagãos (cf. At 8, 29-39); superar obstáculos da Lei Mosaica (cf. At 5,28); e fazer missão no mundo pagão (cf. At 13,2-3).

2. Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina.

Essa se dá no Espírito Santo pela relação entre fé e Batismo.

Assim, os seguidores de Jesus começaram a se reunir para expressar sua fé em Jesus e mostrar o caminho que ele propunha. Convocada por Deus, a comunidade primitiva era a reunião dos fiéis que sentiram o mesmo chamado.

3. Nos Atos dos Apóstolos, Lucas apresenta a inspiração para toda a comunidade cristã: “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

Merece destaque o verbo perseverar, indicando que a vida cristã é um comportamento

1 Carta Encíclica Redemptoris Missio do venerável São João Paulo II sobre a Validade Permanente do Mandato Missionário, n. 49.

2 Documento 100 da CNBB: Comunidade de Comunidades: Uma Nova Paróquia - a conversão pastoral da paróquia, n. 77-82.

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constante em vista do crescimento. Os primeiros cristãos trilhavam um caminho visando a se manterem fiéis à proposta do Evangelho.

4. Toda comunidade cristã se inspira nos quatro elementos distintivos da Igreja primitiva: a) o ensinamento dos apóstolos: a palavra dos apóstolos é a nova interpretação da vida e da lei a partir da experiência da ressurreição. Os cristãos tiveram a coragem de romper com o ensinamento dos escribas, os doutores da época, e passaram a seguir o testemunho dos apóstolos. Eles consideravam a palavra dos apóstolos como Palavra de Deus (cf. 1Ts 2,13); b) a comunhão: indica a atitude de partilha de bens. Os primeiros cristãos colocavam tudo em comum a ponto de não haver mais necessitados entre eles (cf. At 2,44-45; 4,32; 34-35). O ideal era chegar a uma partilha não só dos bens materiais, mas também dos bens espirituais, dos sentimentos e da experiência de vida, almejando uma convivência que superasse as

barreiras provenientes das tradições religiosas, classes sociais, sexo e etnias (cf. Gl 3,28; Cl 3,11; 1Cor 12,13); c) a fração do pão (Eucaristia): herança das refeições judaicas, principalmente a ceia pascal, nas quais o pai partilhava o pão com os filhos e com aqueles que não tinham nada. Para os primeiros cristãos, a expressão lembrava as muitas vezes em que Jesus tinha partilhado o pão com os discípulos (cf. Jo 6,11).

Lembrava o gesto que abriu os olhos dos discípulos para a presença viva de Jesus no meio da comunidade (cf. Lc 24,3035). A fração do pão era feita nas casas (cf. At 2,46; 20,7); d) as orações: por meio delas os cristãos permaneciam unidos a Deus e entre si (cf. At 5,12b), e se fortaleciam na hora das perseguições (cf. At 4,23-31). Os apóstolos atestavam que não poderiam anunciar bem o Evangelho se não se dedicassem à oração assídua (cf. At 6,4).

Pe. Francisco Santos Lima, CSsR Curitiba/PR Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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REFLEXÃO

ANO DA MISERICÓRDIA MISERICORDIAE VULTUS

O papa Francisco, aquecendo-nos com a reflexão sobre a misericórdia de Deus, convoca-nos oficialmente para vivermos o Ano da Misericórdia, a iniciar-se no dia 8 de dezembro, na Solenidade da Imaculada Conceição. Na bula Misericordiae Vultus (Rosto da Misericórdia), Francisco explica por que decidiu proclamar este Ano Santo. “O Ano Santo abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história... Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão“, enfatiza. E ainda: “Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da Igreja.

Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário (50 anos) da conclusão do Concílio Ecuménico Vaticano II. Já o encerramento será no dia 20 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei do Universo.

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A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento”.

Evidenciou que foi contemplando a misericórdia que proclamou “um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes”.

O Santo Padre estabeleceu como lema do Ano Santo a exortação de Jesus: "Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso" (Lc 6, 36), sublinhando que " a misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo das suas vísceras".

"Somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conos-o", ensinou.

Esta chave, segundo o papa, permite-nos gravitar nossa vida sobre a órbita de uma das mais profundas características da onipotência de Deus, isto é, seu poder: a misericórdia. Nela está o centro da nossa existência, a profunda comunhão com Ele e a realização de um mundo mais feliz. “Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré” – afirma o papa. “Com a sua palavra os seus gestos e toda a sua pessoa – acrescenta Francisco –

Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus”.

De acordo com o papa, na referida bula, “a arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos fiéis; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia”.

Francisco também citou o pensamento perene de Santo Tomás de Aquino, para quem "é próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência". Reportando-se a São Beda, o Venerável, ao fazer referência à vocação do apóstolo São Mateus, afirma o papa: "Ao passar diante do posto de cobrança dos impostos, os olhos de Jesus fixaram-se nos de Mateus. Ao mesmo tempo em que penetrou o coração do discípulo com aquele olhar cheio de misericórdia, o Senhor escolheu-o, a ele pecador e publicano, para se tornar um dos Doze". Por isso – sublinha Francisco – conclamando toda a Igreja: "Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz”.

Pe. Francisco Santos Lima, CSsR Curitiba/PR Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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INTERPROVINCIAL

MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DO PARANÁ EM MISSÃO NO AMAZONAS EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA

Ide por todo o mundo proclamando a boa notícia a toda a humanidade. (Mc 16, 15). Como outrora, o Santíssimo Redentor continua a enviar outros tantos apóstolos em missão. Assim se deu com a equipe de missionários da Província Redentorista de Campo Grande (MS e PR): os Missionários Redentoristas, Pe. Jorge Rocha, Pe. Luiz Pe. Langer, Roberto Claudiano, e o formando Sócrates Pavon que participaram da 3ª fase das Santas Missões Redentoristas (SMR) 2016, no município de São Sebastião do Uatumã – AM, que fica à margem do rio Uatumã, com cerca de 9 mil habitantes, território da paróquia que, naturalmente, é dedicada ao referido mártir.

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A SMR em questão foi coordenada pelo Padre Edson Ulanowicz, CSsR – referência nacional em missões – que tem o coração missionário e faz da sua vida um constante ir ao encontro dos mais simples. Foi justamente nessa espiritualidade que a cidade foi imersa profundamente. Todo o povo acolheu generosamente à proposta missionária e vivenciaram esse momento ímpar para a paróquia, dando um belíssimo testemunho de fé.

Como sabido, a SMR é composta de três fases, todas elas organizadas metodicamente, de forma a envolver a comunidade na espiritualidade da missão. As duas fases iniciais, em síntese, compreendem os seguintes elementos: a preparação, composição dos núcleos, formação dos grupos de fé católica, e visitas às famílias.

Já a terceira fase, ao passo que encerra, também anima e envia os missionários da própria região a continuar as atividades missionárias que experimentaram durante a SMR. Na alvorada, a canção “o silêncio” convidava o povo à casa de Deus para rezar e participar da caminhada penitencial. Para todos os grupos da comunidade houve um momento especial, sempre preparado com muito carinho e atenção pelos missionários: para as crianças as “missãozinhas”, onde os missionários rezaram, contaram histórias, brincaram e cantaram com elas. Também foram realizadas encontros para as mulheres, os homens, os casais, os jovens, as famílias, os idosos e enfermos... sem falar nos eventos mais expressivos como a carreata, procissão fluvial, procissão luminosa e Consagração à Mãe do Perpétuo Socorro.

Sócrates Emmanuel Pereira Pavon Formando Propedeuta

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PROVINCIAL

FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO E SANTÍSSIMA TRINDADE EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA COM O POVO DE DEUS

O que dizer deste período que vivemos de trabalho intenso na paroquia Nossa Senhora do Bom Sucesso em Guaratuba/PR, na festa em louvor ao Divino Espírito Santo e Santíssima Trindade. Não foram somente alegrias, mas também não foram só de dores, foram momentos fortes que também pudemos nos preencher espiritualmente com a força do Divino Espirito Santo.

Fomos designados em números de três seminaristas, Alison da cidade de Guaratuba, Azizi de Astorga ambos do Paraná e Flávio da cidade de Corumbá estado de Mato Grosso do Sul, para colaborar com os missionários redentoristas locais.

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E com muita alegria fomos acolhidos pelos padres da comunidade local no dia 05 (cinco) de julho, com uma ótima boas vindas, e ai então já começou os trabalhos missionários.

graça concedida para cada ser humano: “A Eucaristia não é só garantia do amor de Jesus Cristo, mas é também garantia do paraíso que Ele nos quer dar…”(Santo Afonso).

Foram dias de trabalho cansativo, não obstante o que nos fortalecia era participar da Santa Missa no final de cada dia e comungar do alimento espiritual que é força para nosso indigno ser, e que nos dá sustância para continuar cada dia, assim como o próprio Cristo se dá para nós como alimento, e é este alimento principal que não só é prova de amor, mas também uma

Sem falar dos foliões, “ah! grandes e verdadeiros heróis” (Padre Roque), que com suas forças e também com suas fragilidades, não mediram esforços para passar de casa em casa levando a bandeira do Divino Espirito Santo e dá Santíssima Trindade com o maravilhoso canto do Divino que era de emocionar, isso sim também é um grande exemplo de evangelização

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para todos. Com uma linda procissão realizada nas vésperas da festa reuniu devotos na gruta de Nossa Senhora de Lourdes, próximo a Igreja Matriz. Ali se via uma verdadeira devoção ao Divino Espirito Santo e Santíssima Trindade, o povo se emocionando ao iniciar o canto com os foliões, essa é uma verdadeira piedade popular, onde o povo de Deus é o grande participante desta devoção e evangeliza outros para serem também devotos.

Enfim, esse período foi de grande experiência missionaria da vida de cada de um de nós, ter contato com povo é uma das maiores alegrias que como filhos de Santo Afonso poderíamos ter, é esta alegria que fortalece nosso ardor missionário cada dia mais, e é com muita certeza estamos voltando para casa revestidos do poder e animo do Espirito Santo e da Santíssima Trindade e que mesmo poder abençoe a todos! “Que o divino abençoe, abençoe os seus devotos!” (Canto dos Foliões) Flávio Henrique Lopes Juvenal Postulante Redentorista

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PARÓQUIA DESTAQUE

PARÓQUIA SAINT JAMES NEWARK – EUA

A HISTÓRIA DA PARÓQUIA Abraham Lincoln era advogado apenas por alguns anos ainda, recém envolvido em políticas quando no ano de 1854 o Bispo Dom James Roosevelt Bayley oficializava em uma cerimônia solene a criação da Paróquia de São Tiago Menor, (Saint James), em Newark, no Estado de New Jersey. Era um simples prédio de tijolos, pequeno, um começo humilde para um edifício que depois ocupou uma quadra toda entre as ruas Lafayette e Jefferson, Elm e Madison no coração da cidade de Newark. Se tornou uma igreja gótica de pedras pretas, com escola e hospital próprios, e uma bonita torre com sinos. A igreja de Saint James foi fundada em uma terra comprada pelo padre Louis Senez, que era o pároco da 28

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paróquia São Patrício. O papa do ano era Pio IX, o mesmo que pediu que os redentoristas tornassem o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro conhecida no mundo inteiro, e o mesmo que em 8 de dezembro daquele mesmo ano de 1854 proclamou o dogma da Imaculada Conceição.

O PRIMEIRO PÁROCO E OS QUE MAIS MARCARAM Padre Benjamim Allaire era secretário do Bispo Bayley e foi apontado como o primeiro pároco em 16 de

Março de 1854. Padre Allaire imediatamente se preocupou em construir um prédio para o templo e uma escola. Não passou muito tempo e a saúde do Padre Allaire se fragilizou e o Padre James Callan foi recrutado para completar a obra da Igreja, da Escola e da casa dos padres. Padre Callan deixou a diocese de Newark e foi em um trabalho missionário na Califórnia, onde lá, morreu heróicamente na tentativa de salvar operários vítimas de uma explosão em um navio a vapor.

Neste momento bem novo da história desta paróquia um jovem padre francês, John Gervais, foi apontado como pároco. Foi ele, que com muito entusiasmo e dedicação completou a construção da magnífica Igreja e 12 anos depois a conduziu para a sua dedicação pelo bispo Bayley. A saúde do padre Gervais também enfraqueceu e ele morreu aos 42 anos, de um ataque cardíaco. Padre Patrick Cody foi apontado como pastor em 1873 e foi ele que sonhou o hospital e com imenso zelo pastoral angariou fundos para a construção de um refinado prédio para o cuidado dos doentes. Até hoje é conhecido como “o bom pastor”, que levava os feridos nos seus ombros. Em 1913, no seu jubileu de ouro, foi elevado ao título de Monsenhor. Foi pároco Informativo Oficial da Província de Campo Grande

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por 47 anos desta Igreja e morreu em 1920 deixando um exemplo de amor e doação. Padre Matthew Toohey era vigário e foi apontado como pastor. Famoso nas histórias de Newark por ajudar os pobres, especialmente no tempo da depressão americana, nunca deixou de assitir materialmente e espiritualmente aqueles que buscavam socorro. Dizem que nunca negou uma ajuda a ninguém. Ele serviu como capelão na Primeira Guerra mundial e foi fundamental para organizar uma organização católica para os veteranos da guerra, conhecida em todo Estados Unidos.

Ele faleceu em 13 de Abril de 1948.

Em 1929 a paróquia arrecadou na coleta de páscoa mais de vinte mil dólares, um carro ford neste mesmo ano custava seiscentos dólares, ou seja, por aí vemos o poder aquisitivo que a paróquia tinha na época. Monsenhor Martin Stanton foi nomeado pastor então e era muito influente na secretaria de propagação da fé na diocese.

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Alguns anos como pároco e foi nomeado bispo auxiliar de Newark.

Padre Francis Grady foi então nomeado pároco. Ele começou a construir um hospítal maior e mais equipado, o grande “Saint James Hospital”. Ele era muito gentil e cuidadoso, e no seu túmulo o povo fez questão que estivesse escrito: “Nele foi encontrado tudo o que a Mãe Igreja espera de um padre”.

Após padre Francis quem assumiu a paróquia foi o Monsenhor Thomas Reardon. Ele terminou a construção do hospital, refez a escola e reformou a casa dos padres. Quando a Igreja completou cem anos o pároco era o padre Joseph Jaremczuk, um austríaco que veio para os Estados Unidos com dois anos de idade, junto com os pais. Se formou no Seton Hall em 1927 em Artes e foi ordenado padre em 1935, após os estudos teológicos. Após sua ordenação foi apontado como professor nesta mesma faculdade e fez mestrado em Química. Amante

da arte foi instrutor de música no “Men´s GLEE Club” de 1958 até o apontamento como pároco da Saint James. Pelas mãos do Padre Joseph milhares de estudantes conseguiram seus diplomas na escola Saint James. Ele contratou as irmãs da Caridade de Santa Elizabeth para conduzirem a escola e as irmãs de São José para o hospital.

século a escola foi um bonito prédio na rua Elm, mas era necessário algo maior, e então com a ajuda do Arcebispo foi construído um imponente prédio no lugar do velho hospital, que já tinha seu mais novo prédio. Era equipada com tudo de mais moderno que uma escola pudesse desejar. Por esta escola e paróquia passaram inúmeras vocações religiosas e sacerdotais, e ao menos dois bispos quando eram crianças eram membros da paróquia e estudantes da “Saint James School”. A escola foi fechada mas o prédio continua alugado para uma escola, agora estadual.

O HOSPITAL:

A ESCOLA SAINT JAMES: A escola paróquia foi fundada em 1854, junto com a Igreja. O primeiro prédio foi pequeno, construído entre a rua Lafayette e a rua Madison. Durante os primeiros anos os professores eram leigos, até que na posse administrativa das irmãs da caridade elas assumiram as aulas junto com os irmãos Xaverianos. As irmãs ensinavam as meninas e os irmãos os meninos. A escola era parte central da educação católica, e mais de 22 paróquias estavam representadas nos registros da escola. Por mais de meio

Em 24 de Maio de 1900 as portas do hospital foram abertas. O hospital serviu a comunidade por mais de cem anos. E Quase um milhão de atendimentos aconteceram. Em 1958 um novo hospital começou a ser construído e foi

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inaugurado em 1962. O hospital era administrado pelas irmãs de São José de Newark. Infelizmente em 2009 o hospital foi vendido pela diocese e fechado, pois atendia os imigrantes e estes muitas vezes não tinham condições de pagar as despesas, a dívida chegou em mais de cinco milhões de dólares. O Hospital agora está sendo reaberto por empresas privadas.

Aos poucos estamos vendo ele voltar a funcionar.

A IGREJA HOJE: Em 2001 a Igreja foi entregue nas mãos dos Padres Redentoristas da província de Campo Grande. Foi feito um pedido pelo então arcebispo Theodore Mc'carrick para a província de Baltimore que enviasse padres que falassem português, pois Newark era o centro da comunidade brasileira no Estado de New Jersey. O provincial de Baltimore então pediu ao provincial de Campo Grande, na época, padre 32

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Wilton Lopes, que aceitou o pedido.

Foram párocos desde então Pe. Clemente Krug, Pe. Pedro Hélio e Pe. Celso Junior, o atual pároco. A Igreja hoje trabalha com os imigrantes brasileiros, portugueses e Hispanos, com uma pequena comunidade americana ainda. No final de semana são 5 Missas em Português e 2 em Inglês. Na comunidade atual vivem Pe. Clemente, Pe. Karl Esker, Pe. Geraldo Oberle e Pe. Celso Junior.

A comunidade conta também com o trabalho pastoral da Ir. Luiza Dal Moro, Carlista. Temos mais de 200 crianças na catequese, e muitas pastorais, entre as quais se destacam até hoje o trabalho com os imigrantes indocumentados e a evangelização aos mais necessitados. Na reunião com o superior provincial, Pe. Edilei Rosa, o conselho pastoral fez questão de dizer que a paróquia é uma “família” para os brasileiros que chegam aqui

sozinhos e desorientados em uma nova cultura, e que os padres são pais e testemunhos de uma vida cristã para eles. A Igreja Saint James acabou se tornando uma “catedral” para os brasileiros, e todas as outras paróquias tem como referência o trabalho e a dedicação com o povo.

Pela localização central diante das outras paróquias é sempre a casa mãe para reuniões e formação em português.

OS CONFRADES: Pe. Geraldo é um testemunho de amor e doação, por 60 anos servindo aos brasileiros em sua vida é uma escola de santidade. Ele já está com 87 anos e atende confissões, reza missas e realiza pequenos trabalhos na comunidade e na igreja, por exemplo, sempre é ele que todos os dias guarda as louças nos seus devidos lugares após de serem lavadas. Ele compra os selos que usamos para correspondências na Igreja e na casa, ele deposita no

banco os cheques que recebemos e dinheiro de missas, também faz a tradução de muitos documentos e boletins da paróquia... muitos outros trabalhos que parecem pequenos mas que são sinais de serviço e doação por tanto tempo, sem reclamar. Não me lembro do padre Geraldo dizendo uma só vez: quero celebrar esta missa, neste horário! Todas as vezes que fazemos a distribuição na capela das missas ele fecha os olhos e diz “onde você achar que devo ir”. Pe. Clemente foi pároco muitos anos, e esteve a frente de todo o processo de posse da paróquia pelos padres redentoristas. Fez muita coisa, animou muito a comunidade e deu possibilidades da construção de pastorais, conselho paroquial e financeiro e sempre apoiou diferentes grupos na Igreja. Hoje ele atende na comunidade Santa Catarina, na cidade de Hillside, uma missa que rezamos em português lá e ainda o trabalho pastoral com a

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comunidade brasileira e portuguesa. Seu principal trabalho hoje é o de ajudar nos processos de comprovação de nulidade matrimonial.

Pe. Clemente entrevista as pessoas e elabora todos os documentos que devem ser encaminhados para a diocese. Pe. Karl Esker atuou muitos anos no Brasil também e já à alguns anos está conosco. Ele se dedica ao trabalho com os imigrantes. Ajuda os indocumentados na área do direito, fez curso de introdução Imigratória, lei imigratória por famílias, por emprego e procedimentos na corte com imigrantes. Também ajuda na área social da Igreja, com um programa de cestas básicas para as famílias e outras questões sociais. É o coordenador regional da pastoral brasileira. É bem conhecido pelo curso de formação ministerial, um curso de teologia básica que damos para os leigos na paróquia, com duração de três anos; Pe. Karl é conhecido por elaborar muito bem as aulas com conteúdo e didática.

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Na comunidade redentorista é o responsável pelas compras da casa, e sua presença na comunidade é muito agradável. Pe. Celso Junior, o atual pároco e coordenador da comunidade, e único brasileiro de nascença na comunidade, atende diversas pastorais e movimentos.

Atualmente é o diretor espiritual da Renovação Carismática em sete estados dos Estados Unidos.

Ajudou na elaboração do Estatudo da Renovação Carismática para toda a região Leste Americana ( a RCC aqui é dividida em regiões). Foi coordenador Regional da Pastoral Brasileira por 4 anos. Pe. Celso está envolvido em todos os trabalhos da Igreja, como pároco, e está sempre disposto a participar das reuniões e atender as pessoas. Aos poucos vem incentivando mudanças na Igreja e nas pastorais que estão animando a comunidade..

O FUTURO: Esperamos fazer um bom trabalho com os brasileiros, atender mais e atingir mais pessoas. A paróquia tem bons recursos (humanos e financeiros) que podem nos ajudar neste processo. Pe. Celso sugeriu ao Pe. Edilei na última visita canônica o envio de jovens estudantes ou padres e irmãos redentoristas para aprenderem o Inglês. Poderiam atuar na paróquia enquanto estudam ou depois de estudarem.

Seria importante viver um tempo e servir também os imigrantes, muitos dos quais não podem ir ao Brasil há mais de 20 anos. Há muitos sonhos pela comunidade, e esperamos aos poucos atingirmos cada um deles. Finalmente... Estamos felizes de estarmos aqui e anunciarmos a copiosa redenção, cada um do seu jeito, e esperamos que Jesus seja levado aos corações mais distantes através deste trabalho.

Esperamos que Deus nos coloque sempre para sermos exemplos de bons pastores e redentoristas com todo nosso coração. Deus nos abençoe, Deus abençoe nossa paróquia, Deus abençoe nossa congregação!

Pe. Celso Junior Pe. Clement Krug Pe. Karl Esker Pe. Gerard Oberle

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IGREJA NO BRASIL

ANO MARIANO 300 ANOS DA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA

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COMEMORAÇÃO

ANIVERSÁRIOS Agosto Dia 03 - Agenor Dia 06 - Charles Coury Dia 08 - Ademar Dia 16 - Roque Dia 20 - Hélio Nunes Dia 21 - Lourenço Dia 22 - Marcos Borges Dia 23 - Rodrigo Augusto

Setembro Dia 01 - João Hennessy Dia 08 - Jaime Figueiredo Dia 13 - Mello Dia 13 - Estêvão Vanyo Dia 22 - Karl Esker Dia 24 - Fernando Cordeiro Dia 25 - Óliton Gomes

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Informativo Oficial da Província de Campo Grande Responsável: Pe. Dirson Gonçalves Fone: (41) 3252-5015 - ferreiracssr@hotmail.com