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TEMA E DIVISA DA CBB “O aperfeiçoamento dos santos cultivo da "Serno como Cristo praticando a Bíblia! " celebração” Divulgarão a memória de “...Até que Cristo seja tua muita bondade e com f o r m a d o e m júbilo celebrarão a tua vós." (Gálatas 4.19b). . justiça ” (Sl. 145:7)
BOLETIM INFORMATIVO Nº 003
MARÇO DE 2013
“Pela Fé, não pela vista” O filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que viveu até a virada do século passado, exerce um grande fascínio sobre gente que procura pensar. Filosofia ou teologia, o autor de Assim Falou Zaratustra parece encantar pensadores de variadas camadas da Academia. Ele, que chegou a decretar, com doses de sarcasmo, a morte de Deus, curiosamente era filho de clérigo protestante. Aliás, a família tinha uma significativa genealogia clerical – a ponto dele, na infância, consumir horas e horas diárias na leitura da Bíblia. Faço essa preliminar para chegar a um novo livro de poemas, do escritor Affonso Romano de Sant‟Anna, lançado em agosto pela editora Rocco. Affonso, que me honrou com o prefácio de Narcoditadura, foi o vencedor do prêmio Jabuti, em 2005, e enaltece a intelectualidade, a poesia, a filosofia do país. Oriundo da Igreja Metodista, expressivo nome da chamada geração Cruz de Malta, que se agrupava numa revista para a juventude, extraordinariamente bem feita, sabe manejar a palavra como poucos, transformando-a em espetáculo que proporciona o descobrimento da poesia como alma da literatura. No livro lançado em agosto, ele encara Nietszche de frente. É um espetáculo literário, tessitura intelectual, teológica e bíblica. Acompanhe: “Deus não precisa da autorização de Nietszche para existir/nem de fanáticos que declaram guerra aos infiéis… Ele está em todas as partes e acha vã a nossa procura. E quando lê livros de filosofia, ri, soberano – de nossa loucura…/Quando Deus tomou conhecimento das teorias de Nietszche sobre a „morte de Deus‟ estava, como sempre, ocupado em fazer e refazer galáxias/ pelo elementar prazer divino de recriar-se eternamente…” Versos de néctar, suave fragrância do bom perfume (2Co 2.14), essas palavras dimensionam a rigorosa perspectiva da fé, porque scientia inflat – o saber ensoberbece, ou a ciência incha. Mas o amor edifica (1Co 8.1). E néscios, do passado ao presente, são apenas néscios, infelizes néscios, estupidamente ignorantes (Sl 14.1). Confira no dicionário Aurélio: néscio = inepto, incapaz, insensato, absurdo. E que diz o néscio em seu coração? “Não há Deus”.