Jornal Batista nº 25 - 2014

ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 22/06/14

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 25 Domingo, 22.06.2014 R$ 3,20

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o jornal batista – domingo, 22/06/14

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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados.

Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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sta é uma expressão que já nos acostumamos a ouvir e falar a cada dois anos no Brasil. Isto é bom, pois significa que vivemos em um país onde os mandatários têm que submeter a voto popular seus projetos políticos eleitorais.

Se é bom ou não, se funciona ou não, é outra história. Talvez possa parecer estranho tratar neste espaço editorial deste assunto, mas creio firmemente que como crentes temos sim de tratarmos deste tema em nosso dia a dia, pois faz parte de nossa vida.

Graças a Deus, nosso país vive uma democracia. Portanto, podemos e devemos tratar dos aspectos sociopolíticos aos quais estamos submetidos. Somos responsáveis por aqueles que nos governam, responsáveis espiritualmente, pois a Bíblia nos recomenda orar por aqueles que nos

governam: “Antes de tudo, exorto que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade. Isso é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador” (I Tm 2.1-3).

Mas também somos responsáveis pelos mandatos dos que nos governam. Sim, somos nós que os elegemos e para tal é importante que estejamos atentos às propostas daqueles que se apresentam para concorrerem aos cargos governamentais e parlamentares. Alguns aspectos precisam ser alvos de nossa reflexão. Este é um tempo que muitos nos procuram tanto pessoalmente como nas atividades das igrejas.

Alguns nunca nos deram

qualquer atenção ou mesmo um cumprimento, mas agora aparecem de um modo afável e cortês, como se fôssemos amigos de longa data.

Precisamos estar atentos a todos candidatos, bem como aos seus partidos. Precisamos não permitir que os púlpitos e pátios das igrejas, dos congressos, dos acampamentos sejam transformados em palanque eleitoral para este ou aquele candidato. Precisamos participar sem anular nosso voto dos pleitos eleitorais como resposta à nossa posição. Precisamos conhecer o passado e o presente de cada nome que se apresenta, observarmos a vida pública e moral de cada nome, precisamos conhecer se a filosofia dos partidos e princípios contém valores que ferem nossa fé e nossos valores.

Sim, pode não parecer, mas conhecer a filosofia dos parti-

dos é importante, pois o filiado tem que se submeter a esta filosofia sem questionar. Como votar em um concorrente filiado a partido cuja filosofia contém princípios que contradizem a nossa fé? Como votar a favor de um candidato que professa valores discordantes de nossos valores morais e cristãos? Devemos esclarecer aos que estão ao nosso redor, aos mais jovens que estão iniciando a participar dos pleitos eleitorais.

Devemos cobrar dos candidatos suas propostas e realizações, seus posicionamentos quanto a temas fundamentais como a vida e família. Este é um tempo de sermos proféticos, denunciando o pecado, a corrupção, e não nos calarmos e aliarmos àqueles que usam seus mandatos não para representar nossa vontade, mas para que a vontade deles se faça. (SOS)

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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

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uitas são as pessoas que desconhecem o porquê viver .

Vivem por viver, sem objetivos e sem ideais a serem alcançados. Nunca chegam a lugar algum. Passam pela vida sem deixar marcas positivas. O salvo por Jesus sabe porque vive. No dizer do apóstolo Paulo a vida tem um objetivo a ser atingido.

“Para mim o viver é Cristo” (Fp 1.21ª). Com este alvo em mente, é possível realizar grandes projetos e empreendimentos. Deixar marcas que serão bênçãos na vida de outros. Ser lembrado no futuro.

Foi o que vi em Cape Town, África do Sul. O coração do pastor Julius ardia com o desejo de penetrar uma das muitas comunidades da cidade. A violência dominava o local. Para adentrar o local só com a permissão do líder. Mas quem era o líder local? Impossível determinar e descobrir. Em tais locais, ninguém fala, ninguém sabe e ninguém vê nada. É a lei da sobrevivência. O ardor evangelístico e o amor àquelas pessoas tão carentes de tudo, especialmente da graça de Cristo, continuava a impelir o pastor de alcançá-las.

O amor de Cristo fala mais alto do que qualquer violência humana. Na entrada da comunidade uma placa

alertava: “Não garantimos sua segurança, caso entre sem permissão.” Por várias vezes o pastor tentou ir além da placa. As pernas tremiam e a preservação de sua própria vida não permitia ir mais além. Orava e retornava.

Os anos se passaram e as portas não se abriam. Num domingo à tarde, a esposa do pastor, irmã Irene, sugeriu que fossem ao local. Foram, mas não passaram da placa.

Oraram e retornaram.

Deus, que sempre ouve as orações dos seus servos, abriu as portas usando inusitado processo. Numa noite chuvosa o pastor viu um homem com o carro parado e o pneu furado. Não havia como trocar o pneu, pois o dono do carro não tinha estepe. Local perigoso. Deus falou ao coração do pastor que auxiliasse aquele homem molhado. O pastor ofereceu ajuda e emprestou o seu estepe ao desconhecido. Trocaram telefones.

Anotaram os nomes e cada um seguiu o seu caminho.

Três dias depois, o pastor recebeu um telefonema do desconhecido. Marcaram um encontro. Para surpresa do pastor Julius, o desconhecido era o chefe da comunidade, e que lhe perguntou o que poderia fazer para compensar o seu ato de bondade.

O pastor expôs o seu sonho de levar a mensagem de Cris-

to àquelas pessoas. Permissão dada, o pastor conseguiu uma tenda emprestada por três dias. Armou a tenda no centro da comunidade e convidou o povo para ouvi-lo.

No primeiro e segundo dias, nenhuma decisão. “Caso não ocorram decisões amanhã é por que Deus não deseja que o evangelho seja pregado aqui”, concluiu o Pastor, com seus botões. Na terceira reunião trinta pessoas foram à frente rendendo-se a Cristo.

O que fazer agora com aqueles decididos?

Ele tentou convencer a igreja que lhe emprestara a tenda a cedê-la por mais algum tempo. Pedido negado. Igrejas nem sempre têm a visão de Deus para o trabalho.

Agora a aflição não era para entrar na comunidade, mas conservar os frutos. Saiu em busca de auxilio. Conseguiu a doação de três containers.

Pagou o transporte até à entrada da comunidade. Como levá-los ao local das reuniões? Contratou os bêbados locais para arrastar os containers. Trabalhavam até o meio-dia e durante a tarde se embriagavam. Levou uma semana para arrastar os containers até o local. Montou o templo e continuou a dar assistência aos novos decididos. Mudou-se com a família para o local. Agora ele era um deles.

Ocorre que os caminhos de Deus não são os caminhos do homem(Is 55.8). O pastor não sabia que Deus tinha um projeto maior para o local. O Senhor sempre faz mais do que lhe pedimos. Um pai embriagado violentou a filha de quatro anos. Quando a mãe chegou do trabalho e viu a filha chorando ensanguentada, questionou o marido sobre o ocorrido. Enfurecido, matou a esposa a facadas. A menina foi entregue ao pastor.

Dias depois, uma parturiente da comunidade deu à luz a uma linda menina. Morreu logo após o parto. O bebê foi levado ao pastor, que a acolheu. Assim foram chegando as crianças. Cada uma com história semelhante e triste.

Hoje são vinte e três.

Das que chegaram primeiro, uma está na universidade.

Estuda com dificuldades, pois não pode comprar um computador para acompanhar as aulas. Outras estão em escolas técnicas ou terminando o segundo grau. Quando comparecem perante o juiz para dizer se desejam voltar a residir com os pais, respondem: “Meu pai e mãe é o pastor Julius”.

O pequeno orfanato precisa de tudo. Cimentar alguns cômodos úmidos. Precisa de camas. Algumas crianças dormem no chão sobre um fino cobertor velho. O frio nesta

época do ano é intenso. Os containers de zinco são frios por natureza.

Levamos do Brasil valores doados por irmãos queridos.

Ao ser indagado sobre as necessidades mais urgentes para aplicação da oferta, a resposta foi: “Precisamos de comida”. Compramos alimentos suficientes para cinco semanas. E depois?

Perguntamos. Com um sorriso que explica fé genuína, ele responde: “Deus proverá” E Deus tem provido durante esses anos comida, agasalhos, amor, carinho acrescido da mensagem do amor que nunca falha, o amor de Cristo.

A Igreja portuguesa do Cabo em Cape Town, com os nossos missionários Cleber e Gleicimara Balaniuc, tem auxiliado o trabalho local, dentro de suas possibilidades, oferecendo suporte.

Ao ouvir a história do pastor Julius, sua esposa Irene e filhos, concluímos que Deus continua usando pessoas para mudar a realidade de comunidades violentas.

Aonde o evangelho chega, há transformação, especialmente quando à frente do empreendimento há salvos com a visão do que significa servir com amor e pelo amor de Cristo. São vidas que inspiram. www.pastorjuliosanches.org

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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Samaria não existe?

esus saiu da Judéia, com o objetivo de pregar na Galiléia. Em Sicar, Seus discípulos se admiraram ao vê-lo evangelizar uma mulher estrangeira. O Mestre aproveitou o evento para evangelizar Seus discípulos: “Vocês não dizem – daqui a quatro meses haverá colheita? – Eu lhes digo: abram os olhos e vejam os campos!

Eles estão maduros para a colheita” (Jo 4.35).

Muitos de nós concordariam com os discípulos. O objetivo da viagem não era pregar na Galiléia? “Se era, então o negócio não deveria ser gastar energia pelo caminho, evangelizando os samaritanos da vida.” Daí o fato de vermos, até hoje, igrejas numericamente grandes gas-

tando dinheiro com missionários no exterior, enquanto seus próprios vizinhos permanecem sem nenhuma visita ou testemunho de Cristo...

O episódio da mulher samaritana nos chama a atenção para o perigo dos extremos. Há o exagero de só trabalhar para os outros lugares e esquecer da própria vizinhança. Como há o extremo de só pensar no aqui e agora, perdendo a visão do que está mais além. Os exemplos são muitos. Como o das pessoas que querem garantir seu futuro e não veem a necessidade de interagir com os amigos do dia de hoje.

Nosso sentimento de amor, para ter futuro, tem que se alimentar de nossa conduta de amor do dia de hoje, com os conhecidos ao redor.

Nosso entorno está sempre maduro, convidando-nos para interagir. É preciso não esquecer que entre a Judéia e a Galiléia existe Samaria.

E que Samaria também faz parte da nossa vida cristã.

tanto, enquanto temos tempo, ou seja, enquanto nossas crianças são pequenas, demonstremos nosso amor a elas, sendo pais presentes, acompanhando pari-passu o desenvolvimento físico,

mental e espiritual de cada uma, praticando o que está no Livro dos Livros: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22.6).

“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4.35).

J Pr. Nilson Dimarzio, Colaborador de OJB

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Senado acaba de aprovar a Lei da Palmada, também conhecida como A Lei do Menino Bernardo, que proíbe castigos físicos em crianças e adolescentes, sendo que o texto segue, agora, para a sanção presidencial. A referida lei, que foi aprovada depois de longos e acalorados debates, reflete a filosofia prevalecente no mundo atual, de que as pessoas devem ter liberdade total para fazerem o que bem entenderem, sem que haja qualquer proibição; e que as crianças devem ser criadas com esse pensamento, sem serem corrigidas pelos pais ou responsáveis, por mais erradas que estejam.

Ora, tal filosofia destoa frontalmente do que preconiza a Palavra de Deus em vários textos, especialmente no livro de Provérbios, o livro da sabedoria, responsabilizando os pais no tangente à educação dos filhos: “Não retires a disciplina da criança” (Pv 23.13). E no capítulo 3.12 lemos que “O Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem”. Portanto, é dever inalienável dos pais disciplinar os filhos menores, com amor, mas com firmeza, ensinando-os como devem se comportar no seio da família e em sociedade, impondo-lhes limites e estabelecendo as regras necessárias para que eles aprendam a viver de modo sábio e equilibrado.

Na verdade, a falta de disciplina gera insegurança e, não raro, ressentimento por parte dos filhos, vez que mais tarde poderão se ressentir da falta de verdadeira educação em seus lares, desde a primeira infância, que é a época de ouro para se iniciar a educação infantil. Como escreve Charles Swindoll, em seu livro Vidas Incríveis, página 222: “Vivemos em uma época em que os filhos têm muito luxo e lazer, com pouca ou nenhuma disciplina para equilibrar as coisas. Claro que suplicam e se lamentam querendo mais liberdade, mas isso na verdade não é o que querem.

Como Absalão, eles anseiam pela segurança de um lar onde o comportamento certo é recompensado e o comportamento errado é reconhecido e tratado com firmeza. Crianças e adultos igualmente precisam desse tipo de estrutura para fazer sentido neste mundo.

Imagine-se participando de um jogo cujas regras mudaram sem aviso prévio, e as jogadas que deram os pontos a você fizeram outra pessoa vencer. No final, sua insegurança e seu ressentimento farão você trapacear ou parar de dar importância ao jogo».

A Bíblia relata o exemplo negativo de alguns pais que não corrigiram o erro dos filhos quando crianças e, mais tarde, choraram diante do sofrimento que enfrentaram como consequência. Um deles foi o sacerdote Eli, um homem dedicado ao minis-

tério sacerdotal, um servo fiel a Deus, mas que fez vista grossa aos desmandos de seus filhos Hofini e Finéias, pela indisciplina e blasfêmia, ocasionando grande sofrimento para aquela família. Por meio do jovem Samuel, o Senhor assim falou: “Porque já lhe fiz saber que hei de julgar a sua casa para sempre, por causa da iniquidade que ele bem sabia, pois os seus filhos blasfemavam contra Deus, e ele não os repreendeu. Portanto jurei à casa de Eli que nunca jamais será expiada a sua iniquidade, nem com sacrifícios, nem com ofertas”(IRs 3.13-14).

Com efeito, o capítulo seguinte relata a morte de Eli e de seus filhos rebeldes, sem dúvida um final infeliz para uma história que poderia ser bem diferente. Outro exemplo é o do rei Davi. Em que pese o fato de ser um homem segundo o coração de Deus, cometeu graves pecados; e a Bíblia, que não esconde o pecado de ninguém, relata que um dos seus grandes pecados foi descuidar da educação de seus filhos, sendo que o mais famoso, Absalão, diante da indiferença do pai, tornou-se seu inimigo, preparando um exército para matá-lo, tal a sua revolta e ressentimento, só não conseguindo tal intento porque Deus tinha outros planos para Davi e não permitiu que aquele plano fosse consumado.

Afinal, Absalão teve morte trágica, o que levou o pai às lágrimas em terrível sofrimento quando nada mais podia fazer em favor do filho. Por-

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João Oliveira Ramos Neto, Membro da SIB em Goiânia

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o dia 4 de junho, o Senado aprovou a chamada “Lei da Palmada”, que pune a aplicação de castigos físicos para as crianças.

Apesar do apelido e do que muitos pensam, a lei não usa o termo “palmada”. O nome verdadeiro é Lei Menino Bernardo, em homenagem a Bernardo Boldrini, que teria sido morto pela madrasta e sua amiga no interior do Rio Grande do Sul. Como a maioria das leis brasileiras, o Projeto de Lei 58/2014 relatado pela deputada Teresa Surita do PMDB-RR é subjetiva. Seu texto proíbe castigo que implique em “sofrimento físico ou lesão”. Mas, então, como definir o que seria esse “sofrimento físico”? Mais uma brecha que, no fim, tornará a lei obsoleta. Sou contra o Senado ter votado e aprovado essa lei e escrevo o motivo.

Não vou argumentar que os pais devem ter liberdade para educar seus filhos como quiserem. Já tem muita gente defendendo isso, inclusive a bancada evangélica. A opinião de grande parte da população é de que as crianças que crescerem sem correção se tornarão um problema para a sociedade. Não é meu objetivo entrar no mérito de tal questão. Minha posição contrária apresentada neste não se dá pelo conteúdo da lei, ou se ela foi aprovada ou não, mas pelo fato de tal assunto ter sido levado em votação pelo Senado. Fico indignado porque quando vejo meus representantes investindo tempo em tal assunto, constato a falência da casa legislativa que deveria nos representar.

Por que digo isso? Porque o Brasil precisa votar assuntos muito mais importantes e relevantes, como a reforma tributária, a reforma previ-

denciária e a reforma político-partidária, e não assuntos secundários como esse e outros que sempre estão em pauta, tanto no congresso como na imprensa. Dessa forma, fico indignado de ver meus representantes adiando assuntos tão urgentes para gastarem tempo em votação de uma lei inútil. Sim, uma lei inútil, porque o que o seu texto prescreve já era em boa parte previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Portanto, a votação e aprovação dessa lei foi, no dizer popular, “chover no molhado”. Uma perda de tempo.

Diante da repercussão que o caso teve, pergunto, por exemplo: Quando que a Câmara dos Deputados e o Senado votarão a reforma político-partidária? Penso que o Brasil precisa diminuir o número de partidos. É praticamente impossível para qualquer presidente da República negociar com 32 grupos que, ao invés de redutos ideológicos, se tornaram tribos de coronéis, e perderam a razão de ser.

Bastaria um partido de centro, um de trabalhadores, um social-democrata, um comunista, um neoliberal, um progressista e um conservador.

Qual a utilidade de termos 9 partidos trabalhistas? Parece piada um país ter um Partido Verde (PV) e um Partido Ecológico Nacional (PEN) ou um Partido Comunista Brasileiro (PCB) e um Partido Comunista do Brasil (PC do B). E, além da diminuição do número de partidos, penso na necessidade da diminuição do número de representantes: Por que 513 deputados federais?

No entanto, é óbvio que quem está no poder e é responsável pela votação das leis ao mesmo tempo em que se beneficia com isso jamais votará pela diminuição de seu poder e benefícios próprios. Assim, ao invés de ficar

apenas indignada e debatendo a “Lei da Palmada”, a população brasileira precisaria exigir de seus representantes tais mudanças substanciais e verdadeiramente relevantes.

Porém, penso que isso não ocorre por dois principais motivos.

Em primeiro lugar, a única fonte de informação política de boa parte dos brasileiros tem sido apenas o Facebook.

Muitos há que adotaram o pressuposto implícito que o que aparece no Facebook é a verdade absoluta. Muitos pensam que compartilhar frases prontas e de efeito contra este ou aquele político é sinal de politização, e não se dão conta que muitas vezes, na verdade, acabam se tornando mera massa de manobra. Em segundo lugar, o brasileiro pensa que falar sobre política é chato, e, por isso, desconhece os processos. Assim, vai às ruas para protestar, mas não tem um projeto político definido pelo qual lutar. Ou atira para todos os lados ou vira marionete de interesses partidários. Ir às ruas com frases ao vento não mudará nada em nossa nação.

Dessa forma, se o brasileiro não aprender a olhar com mais atenção para o legislativo, sabendo exatamente o que exigir, para então fiscalizar, não adianta ficar esperando um presidente do executivo messias prometido para resolver nossos problemas. Por isso, sou contra a “lei da palmada”.

Se foi uma decisão correta ou não, penso que o maior erro é estarmos discutindo tal assunto. Sou contra perdemos tempo com isso quando temos assuntos muito mais urgentes em pauta, e são eles que deveriam ocupar nossas discussões. Precisamos exigir reformas profundas do nosso legislativo e não ficar discutindo a aprovação ou não de uma lei sobre um assunto que já era praticamente previsto na legislação.

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sta história foi contada pelo irmão Enoc, professor da classe de adultos da igreja a que pertenço. Conta que o céu e o inferno estavam separados por um muro. Do lado do inferno, fogo, tormento e gritos de horror. Do lado do céu, paz e lindas melodias cantadas por coros angelicais.

Em cima do muro, indeciso, um homem era chamado pelos anjos para pular para o lado do céu. Percebendo que nenhum esforço era feito pelos demônios para que o vacilante saltasse para a fornalha, o narrador perguntou ao poderoso chefão do inferno por que os demônios não apelavam ao homem para que saltasse para o seu lado.

O Diabo respondeu apenas: “O muro é meu”.

Essa pequena parábola está ensinando que quem está em cima do muro já está sob o domínio de Satanás. O inferno é seu destino certo. O problema da indecisão em matéria de fé e de gente em cima do muro é bem antigo. Em I Reis 18.21 lemos: “E Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o. O povo, porém, não lhe respondeu nada”. Os israelitas estavam em cima do muro. Diziam-se povo de Jeová, mas adoravam a Baal. Em seguida, diante do fogo que desceu do céu sob a invocação de Elias e consumiu o holocausto junto com o altar, o povo a exclamou: “Jeová é Deus, Jeová é Deus”. Logo em seguida, porém, vemos a apostasia baalista grassando de novo entre o povo. O apelo de Elias foi: Saiam de cima do muro; sirvam a Jeová, mas a fidelidade do povo vacilante já estava comprometida.

Hoje, vemos muitos cristãos em cima do muro, va-

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cilantes sem saber de que lado cair. Domingo, cantam louvores a Jesus. Durante a semana, caem no pagode, no rap e no samba. Entregam suas ofertas na igreja no domingo, mas durante a semana, gastam seu dinheiro em baladas, bebidas, loterias e prostituição. O controle remoto da sua televisão passeia entre cultos evangélicos e novelas onde predominam a traição, a vingança e a trapaça. O mouse do seu computador aciona páginas de informação e cultura, e em seguida abre pornografias coloridas na tela do monitor.

Cristãos que vivem em cima do muro não imaginam que a sua indecisão favorece o inimigo. Deus espera de nós a mais completa fidelidade. Na verdade, quem está em cima do muro deseja servir a dois senhores ao mesmo tempo, o que Jesus disse ser uma total impossibilidade. Definitivamente, não podemos servir a dois senhores, ou seja, não podemos ficar em cima do muro porque a indefinição espiritual já indica infidelidade para com Deus.

Até pastores temos visto em cima do muro. Fazem uma profissão de fé bíblica batista, mas querem também tirar proveito de doutrinas e práticas eclesiológicas não bíblicas nem batistas. Esses pastores em cima do muro em matéria de doutrina não favorecem o fortalecimento espiritual das igrejas nem o avanço do evangelho no mundo. Esse muro onde tentam se equilibrar não pertence a Deus. Deus requer de nós fidelidade à sua Palavra, sem conluio com as heresias, sem vacilações.

Sejamos fiéis, de coração, à Palavra da verdade, para permanecermos do lado do céu, sob a soberania única e total do nosso Deus. O muro das indecisões é propriedade de Satanás.

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Caminhos da Mulher de Deus

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ste texto é um tributo às instituições da União Feminina Missionária Batista do Brasil que têm se dedicado há mais de 90 anos a formar mulheres chamadas por Deus para o ministério.

O que faz uma jovem do Amazonas viajar para Recife, PE, em 1917, quando os transportes eram tão difíceis, para estudar a Bíblia?

O chamado de Deus! Josefa Silva queria habilitar-se para o ministério com crianças.

Mas quando chegou à cidade, o Seminário Batista do Norte do Brasil não recebia mulheres. Foi o casal Taylor, missionários pioneiros batistas, quem a acolheu e, juntamente com ela, gradativamente, outras jovens, nascendo assim o Seminário de Educação Cristã, SEC. No Rio de Janeiro, cinco anos depois, em 1922, nascia o Centro Integrado de Educação e Missões, Ciem, como

anexo do Colégio Batista Brasileiro porque o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil também não recebia mulheres.

Já são mais de 90 anos de história de cada uma dessas instituições, mais de 60 deles sob a direção da União Feminina Missionária Batista do Brasil, UFMBB, que as assumiu na década de 1940.

Quando os hoje Ciem e SEC surgiram, nossa República se firmava e o Brasil ainda era rural. Nossas igrejas batistas começavam a usufruir uma certa liberdade para crescimento e os pastores eram poucos. Ao lado dos Seminários no Norte, Sul e Equatorial que formavam os homens, o Ciem e o SEC, formavam mulheres em um ambiente cultural e religioso extremamente machista quando ainda nem se falava em feminismo, como querem alguns interpretar que seja o motivo de mulheres

se apresentarem hoje para o ministério.

Acredito que esse “ardor missionário” tão valorizado, com razão, por nossa Denominação, deve-se em grande parte à ênfase em Missões no preparo de centenas de mulheres ao longo dessas décadas e ao trabalho de divulgação missionária e incentivo às vocações e sustento como base do ministério da UFMBB. Em um dos dias da Assembleia da Convenção Batista Brasileira em Foz do Iguaçu, PR, em janeiro de 2012, almocei com a diretora do SEC, Profa. Ábia Saldanha Figueirêdo. Emocionei-me ao ouvir suas histórias de luta pela sobrevivência institucional e financeira do SEC nos últimos anos, que também foi atingido pelas crises pelas quais passaram as instituições batistas de preparo teológico e ministerial. Falou-me dos embates ideológicos nos

ZENILDA REGGIANI CINTRA, pastora e jornalista, Taguatinga, DF.

plenários da convenção e do seu empenho de fé e trabalho para a conservação do patrimônio e o preparo daqueles que lá estudam. Diante dela, fui pensando nas dezenas de mulheres que passaram pela UFMBB, SEC e IBER ao longo dessas décadas, cada uma trilhando o seu caminho de fé, coragem e obediência para que chegássemos até aqui e deixando marcas na sua geração.

Hoje, o Ciem e o SEC preparam homens e mulheres, como também todas as demais instituições da denominação, demonstrando que os tempos são outros e que não é possível mais haver barreiras, tanto para o preparo quanto para o ministério.

Pessoas preparadas por estas instituições são pastores(as), “ministros(as) de educação cristã, ação social, música, crianças e missões; são secretários(as),

professores(as) de colégios e universidades. São dirigentes de centros sociais, de creches ou estão liderando os Centros Missionários de nosso país. São missionários(as) da JMN, JMM e nos estados.

Muitos(as) estão em outros países pregando o evangelho a toda criatura, enquanto outros(as) estão aqui segurando as cordas e promovendo missões” (site do SEC).

Como aquela menina do Amazonas, lembro-me do dia em que, atendendo ao chamado de Deus, fui de São Paulo para o Rio de Janeiro, uma caminhada longa para mim, a fim de preparar-me para o que Deus tinha para a minha vida e de como essa atitude mudou a minha vida.

Que outras pessoas, especialmente mulheres desta geração, também tenham a coragem de empreender a sua caminhada de fé, coragem e obediência, atendendo ao chamado de Deus.

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missões nacionais

As drogas no Brasil Por Pr. Fernando Arêde, coordenador do projeto Radical Cristolândia, e Nalva Arêde, missionária da JMN

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ão há estatísticas precisas e atualizadas sobre o uso de drogas no Brasil oriundas de organismos internacionais. É importante ressaltar, contudo, que o tema vem ganhando importância e espaço na mídia diariamente. Popularmente, há a impressão de que o consumo e a violência relacionados às drogas vêm aumentando. A Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SENAD tem buscado suprir essa lacuna de informações, provendo um diagnóstico situacional sobre o consumo de drogas no país, por meio da realização de grandes estudos entre a população geral e em grupos específicos de maior vulnerabilidade.

A Política Nacional sobre drogas foca tanto ações de repressão quanto ações de tratamento e prevenção. Atualmente, não é possível fazer nenhuma dissociação entre essas áreas. Entende-se que cada país possui uma cultura e identidade próprias, ou seja, o que funciona bem em um outro país pode não funcionar na realidade brasileira.

Nosso país possui características únicas, como a existência de mais de 16 mil quilômetros de fronteiras com países sul-americanos, sendo seca a maior parte dessa fronteira. Além disso, o Brasil faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína do mundo, Colômbia, Peru e Bolívia, e também com o segundo maior produtor mundial de maconha, o Paraguai.

Em relação à produção mundial de drogas, o relatório da ONU de 2009 indica que, em 2008, a área de cultivo de cocaína na Bolívia aumentou 6%, no Peru aumentou 8%, mas na Colômbia diminuiu em 18%. Contudo, a Colômbia continua sendo o maior produtor mundial dessa droga.

Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, o maior mercado de cocaína do mundo é a América do Norte, seguido pela Europa e pela América do Sul, sendo os Estados Unidos o principal mercado dessa droga. Na América do Sul o uso de cocaína parece estar aumentando, inclusive no Brasil, que é o maior mercado dessa droga na região.

Em 2007, a maior parte da cocaína apreendida no mundo foi interceptada na

América do Sul, que responde por 45% do total mundial de apreensões, sendo a maior parte delas efetuada na Colômbia (66%). O Brasil, em 2007, foi o 10º colocado em número de apreensões de cocaína e entrou na lista dos 22 países com maiores apreensões de substâncias do grupo de ecstasy. Em relação ao consumo de substâncias do tipo anfetamina, o país possui a maior taxa de prevalência da América do Sul (representa a proporção de pessoas usuárias em um dado período de tempo). Em 2007, o Brasil teve o terceiro maior índice estimado de uso de estimulantes do tipo anfetamina no mundo.

Contudo, pode-se afirmar que o Brasil, no cenário mundial, é classificado como um país de trânsito das drogas, bem como de consumo. No país não existem plantações de coca, e as plantações de maconha estão, em sua maioria, restritas a uma área no interior do Nordeste, popularmente conhecida como polígono da maconha.

O país é o maior mercado de cocaína na América do Sul, com 900 mil usuários.

Os estudos revelam ainda que grande quantidade de maconha é traficada do Paraguai para o Brasil, cujo consumo atinge cerca de 2,6% da população. O Brasil é também o maior mercado de opiáceos – substâncias derivadas do ópio (que possuem efeito analgésico e levam a estados hipnóticos) – na América do Sul, com 640 mil usuários, o equivalente

a 0,5% da população entre 15 e 64 anos. Segundo as pesquisas, o Brasil aparece entre os países mais citados na rota da cocaína que sai da América do Sul para a Europa, passando pela África.

Os estudos também revelam que a área de fronteira é uma zona de conflito transnacional, na qual a alta lucratividade proporcionada pelo tráfico de drogas associada ao tráfico de armas contribui para o aumento da violência na região. Diante dessa realidade, a Polícia Federal (PF) decidiu priorizar a região de fronteira do Brasil.

No entanto, para patrulhar os 16.886 km de fronteiras terrestres e os 7.408 km de costa marítima, o efetivo da PF é de apenas 982 policiais. Para se ter uma ideia, a fronteira dos Estados Unidos com o México, intensamente vigiada e ainda assim permeável às drogas, tem apenas 3.141 km. Para tornar mais efetivas as ações de combate ao tráfico de drogas, a PF tem como estratégia desenvolver ações de inteligência e investigação, buscando identificar as organizações criminosas que atuam na área, além de estudar as metodologias que utilizam, a fim de obstruir o ingresso e o trânsito de entorpecentes no país.

Apesar do esforço empreendido pela PF nas ações de combate ao tráfico de drogas, os Relatórios Anuais do Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC), de 2009 e de 2010, sugerem que o consumo de drogas

no Brasil vem crescendo nos últimos anos.

Outros projetos da PF em andamento são a integração, inclusive com acesso às informações, com outras forças de segurança, brasileiras e dos países vizinhos; a criação de cinco bases de fronteira dotadas de um avião de patrulhamento não tripulado; o projeto Perfil Químico das Drogas, para identificar a fonte produtora de cada lote de droga apreendido; e a identificação, por meio de impressão digital, de todos os que forem pegos transportando. Ainda assim, os esforços estão longe de ser suficientes, afirmam os participantes do ciclo de debates sobre drogas, muitos deles assombrados com a falta de repressão policial e a tolerância às cracolândias e ao tráfico.

O Escritório da UNODC e a Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde concluíram a primeira etapa de capacitação para lançar no Brasil uma nova metodologia de prevenção do uso de drogas no contexto escolar. Chamada Unplugged, esta metodologia desenvolvida por pesquisadores europeus é inédita no país e já foi aplicada com sucesso pela UNODC em países do norte da África e do Oriente Médio. Ela consiste em promover discussões entre alunos de 10 a 14 anos de idade, em uma linguagem descontraída e acessível, abordando diversos assuntos e situações de estresse que podem levar adolescentes a usar drogas.

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As discussões também promovem o fortalecimento de fatores de proteção, como bem-estar psicológico e emocional, habilidades sociais e bom relacionamento com os pais, que tornam os alunos menos vulneráveis ao uso de drogas e a outros comportamentos negativos. Ainda em fase pré-piloto, o projeto irá atingir até o fim do ano aproximadamente 5.000 educandos da rede pública (municipal e estadual) nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo e Florianópolis.

Seis psicólogos e educadores dos estados de São Paulo e de Santa Catarina foram a Brasília, para participar da primeira parte da capacitação, que os habilitou como multiplicadores para treinar os professores de ensino fundamental que implementarão a metodologia dentro das salas de aula. Além dos multiplicadores, cerca de 25 gestores públicos das áreas de saúde e educação dessas cidades também participaram da capacitação.

Essa ação de prevenção do uso de drogas nas escolas também responde a demandas do eixo de prevenção do programa “Crack, é possível vencer”, do governo federal. O programa prevê um conjunto de ações de combate ao crack e a outras drogas, organizado em três eixos: atenção, prevenção e cuidado. Assim, as ações de prevenção passam a ser prioritárias nas políticas públicas sobre drogas e amplia-se a possibilidade de intervenção no contexto social.

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missões mundiais

O impacto do templo em uma aldeia de Burkina Fasso Cristiane Oliveira – Missionária da JMM em Uagadugu

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eu coração ficou cheio de alegria ao ouvir o testemunho do Pr. Koné, nosso líder local, sobre o impacto do novo tempo na aldeia de Nana. O inimigo se levantou com força para tentar destruir tudo o que foi feito, e tivemos uma batalha digna de Elias e os profetas de Baal.

Dois grupos se levantaram dentro da aldeia para reclamar o terreno onde foi construído o templo, cada um dizendo ser dono do mesmo.

Então os feiticeiros decidiram se reunir no terreno da nossa igreja para fazer seus encantamentos e deixar os “deuses” decidirem. Cada um trouxe uma galinha para ser sacrificada, e de acordo com a posição em que a galinha morresse, seria mostrado a quem pertenceria o terreno.

A igreja tomou a decisão de não estar no local no momento dos sacrifícios, mas orou

durante toda a noite e passou o dia em oração para que Deus manifestasse sua glória.

No dia marcado, animistas e muçulmanos estavam no terreno da nossa igreja.

O primeiro grupo fez seu sacrifício, e a resposta foi negativa. Então o outro grupo se animou e estava certo da vitória, mas ao fazer o sacrifício, a resposta também foi negativa. Todos entenderam e falaram que o terreno era do Deus dos cristãos. Alguns tentaram fazer o sacrifício de novo, mas a maioria disse que os sacrifícios feitos eram mais do que suficiente.

O nome de Deus foi glorificado, e todos viram que Deus é mais poderoso do que qualquer sacrifício ou feitiçaria. E no meio disso tudo, dois casais da aldeia se converteram. Glórias a Deus!

Como é bom sentir a fidelidade e o cuidado do Senhor em nossas vidas. No dia 25 de maio tivemos um culto muito especial de apresentação dos irmãos Jacques e Jean, que estiveram durante

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Seminaristas falam à igreja em Nana

três anos no seminário em Koudougou, aqui mesmo em Burkina Fasso. Foi um momento muito emocionante, quando eles puderam contar sobre a fidelidade e cuidado do Senhor durante todo esse período.

No final do culto, oramos mais uma vez pelo Abdias, que também estudou no seminário, mas está com um

grave problema de saúde.

Temos fé que ele brevemente poderá dar seu testemunho, para a glória do nome de Deus.

Durante este período em que estive em Nana com o povo marka, aproveitei para visitar os jovens da nona turma do projeto Radical África, que estão nas aldeias de Safané e Mana. Tive a opor-

tunidade de orar com eles e encorajá-los nesta obra tão desafiadora. Ore por esses dez jovens, pois há muitos embates emocionais e espirituais.

Cremos que Deus está realmente no controle de tudo.

Muito obrigado sempre pelas orações e apoio à obra missionária aqui em Burkina Fasso.

Missões Mundiais convoca pastores a entrarem em campo Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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Junta de Missões Mundiais tem visto as bênçãos de Deus nos campos missionários como frutos de igrejas e crentes afirmando que desejam, sim, Entrar em Campo com Cristo pelas Nações.

Além de sustentar o atual quadro missionário, em 2014 a JMM está empenhada em: • Treinar e enviar 100 novos missionários; • Iniciar 30 novos projetos; • Enviar 500 voluntários em viagens missionárias; • Batizar 5.000 pessoas; • Ver nos campos 24.000 pessoas se decidirem por Cristo.

No início de 2014, foram enviados a todas as igrejas cinco boletos para serem utilizados no recolhimento das ofertas durante a campanha do Dia Especial. Por algum motivo alheio a nossa vontade, algumas igrejas não rece-

Pr. João Marcos B. Soares enfatiza compromisso das igrejas com a obra missionária transcultural

beram este boleto. Por conta disso, uma segunda via será enviada para atender a estas amadas igrejas, facilitando o trabalho dos irmãos, a fim de

que todos tenham a oportunidade de fazer Missões, também, através de suas ofertas.

Além do boleto, a igreja também pode entregar a ofer-

ta do Dia Especial através de depósito: Banco Bradesco, agência 1125-8, conta corrente 59000-2. Caso tenha alguma dúvida, basta escre-

ver para pam@jmm.org.br ou ligar para a Central de Atendimento: 2122-1901 ou 2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).

“Considere, em oração, a possibilidade de nos enviar o quanto antes a sua contribuição para que possamos ajustar nossos orçamentos frente às recentes altas das moedas estrangeiras. Quanto mais cedo sua oferta chegar, melhor poderemos aproveitar a cotação cambial”, diz o Pr. João Marcos Barretos Soares, Diretor Executivo da JMM. O executivo é grato a todos os irmãos por tudo o que já têm feito para alcançar o mundo para Cristo.

Ainda há cerca de 3.800 povos não alcançados em todo o mundo. Para chegar até eles, a JMM conta com a participação de todos os batistas brasileiros. Não podemos entrar em campo aos 45 minutos do segundo tempo.

Precisamos decidir este jogo e conquistar as nações para Cristo.

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Aniversário da Primeira Igreja Batista de Niterói 122 anos plantando o amor de Cristo

Karoline Nogueira, Auxiliar de Comunicação da PIBN a quarta-feira, dia 30 de abril de 2014 às 19h30 a Primeira Igreja Batista de Niterói celebrou em seu Santuário localizado na Rua Marquês do Paraná, 225, no centro de Niterói um culto comemorativo, aberto a todos os moradores da cidade. Na ocasião a Igreja agradeceu pelos 122 anos de existência e recebeu como convidado o preletor Pastor Josué Valandro Jr da Igreja Batista Central da Barra (RJ), que ministrou o culto de aniversário.

Organizada em 1º de maio de 1892, a Primeira Igreja Batista de Niterói tem como missão levar a palavra de Deus e a salvação através de Jesus Cristo, para que todos possam caminhar em novidade de vida. “Estamos muito felizes em comemorar 122 anos, para nós é uma alegria plantar o amor de Cristo na nossa cidade, sintam-se todos convidados para este culto de aniversário, tenham certeza que será um momento muito especial”, declara José Laurindo Filho, Pastor Titular da Primeira Igreja Batista de Niterói.

História: A Primeira Igreja Batista de Niterói foi organizada pela PIB do Rio de Janeiro, em 1892, com sete membros, que se reuniam na casa do missionário William Buck. Bagby, que foi o pastor que a organizou, e se situava na Rua São Francisco nº 11 (atual Rua Saldanha Marinho), no centro de Niterói.

Mas organizar uma igreja em tempos de conflitos políticos não foi fácil. O nosso país havia acabado de proclamar a República Brasileira, estabelecendo um regime democrático. Niterói naquela época era a capital do Estado do Rio de Janeiro e sofria com os constantes choques entre republicanos e monarquistas.

Posteriormente a Igreja se mudou para a Rua São Lourenço, número 60, neste local a igreja sofreu um ataque que chocou a sociedade daquela época. Em 1901, a casa que servia de templo foi destruída, móveis foram queimados e os membros agredidos. Um episódio triste, mas que não parou a igreja, a missão de

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levar a palavra de Deus e a salvação através de Jesus Cristo continuou em outro local. Em 1903 a Igreja volta a congregar em outra casa localizada na Rua São Lourenço sem número. No

dia 21 de abril de 1921 foi inaugurado o primeiro templo oficial da nossa Igreja, localizado na Rua Visconde de Sepetiba, número 198, mas o templo ficou pequeno, então homens cheios

de fé e visão vislumbraram a possibilidade de construir um novo templo. O terreno escolhido para a construção fica onde estamos hoje, Rua Marquês do Paraná, número 225. Em 10 de novembro de

1958 foi inaugurado o Salão Térreo e em 1962 o atual templo, a partir desta data os cultos ganharam uma casa nova e definitiva.Atualmente cerca de 1.400 membros congregam no local.

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OBITUÁRIO

Diácono J. J. Riker (1921-2014)

Pr. Dr. D. B. Riker, Ph.D., Reitor e Prof. Teologia Sistemática na Faculdade Teológica Batista Equatorial, Belém, PA.

J

osé Jorge Riker, mais conhecido como “Joe”, é f i l ho do i m igr a n te americano David Bowman Riker e da paraense Raymunda Ferreira Riker.

Nasceu no dia 22 de junho de 1921, em Santarém (PA), e passou às mansões eternas no dia 07 de março de 2014, em Belém (PA).

Nosso protagonista passou os primeiros 20 anos de sua vida no Baixo Amazonas, fato que o fez um inveterado amante da natureza.

O grande missionário Eurico Nelson, “Apóstolo da Amazônia”, era presença frequente na residência da família, inclusive delegando ao amigo americano, David Bowman, a responsabilidade de supervisão da construção do templo da Primeira Igreja Batista em Santarém. O pri-

meiro emprego de Joe foi em Fordlândia, em um empreendimento arrojado e colossal do magnata Henry Ford.

Ainda durante a II Guerra, trabalhou em Belterra de 1940 a 1942, no cognominado “esforço da borracha”.

Em 1943, foi enviado aos Estados Unidos com um grupo de estagiários, pelo Programa Interamericano de Nelson Rockfeller. Durante o ano que lá passou, viajou pelo país estagiando em diversos locais, e também visitando seus irmãos que já haviam imigrado de volta aos EUA. No retorno ao Brasil, Riker trabalhou de 1946 a 1948 como: tradutor, promotor de negócios, e relações públicas na All America Cables, empresa de telégrafo americano, em São Paulo. Em uma volta às origens, permaneceu quase três anos em Santarém e região circunvizinha fazendo recenseamento, até as proximidades do Estado do Amazonas. Entre 1951 e 1954,

exerceu o cargo de inspetor de vendas da Sydney Ross, empresa americana que fabricava produtos higiênicos e farmacêuticos. Posteriormente, passou a gerenciar uma filial da Souza Pereira, fabricante de autopeças, em Fortaleza. Em uma viagem de negócios a Belém, encontrou a jovem Florinda Dias, com quem casou em 1960. O casal teve dois rebentos: o primogênito, homônimo do avô, David Bowman Riker (atual reitor do Seminário Teológico Batista Equatorial, em Belém, PA); e a filha, Jane Riker Gomes (advogada); e três netos: Dienny, Joe e Jana. Em 1967, a sede internacional do Gideões o convidou para trabalhar como secretário executivo, coordenando os campos da América do Sul e Caribe. Naquela ocasião, essa região abrangia 32 nações. Como funcionário desse nobre ministério, Riker fundou 28 novos campos no Brasil, bem como elevou nosso país à categoria

de Associação Nacional em 1977. Além das repetidas visitas aos muitos campos espalhados na vasta área sob sua administração, Joe Riker também abriu em novos países o ministério gideônico, como por exemplo, Dominica e Guiana Francesa. Foi justamente em uma visita de retorno ao campo da Guiana Francesa que nosso executivo perdeu o braço direito em um seríssimo desastre automobilístico. Esse trágico acidente não arrefeceu em nada sua confiança no Senhor e em Sua providência, pois cria que até mesmo terríveis vicissitudes “cooperam para o bem dos que amam a Deus”.

Notório ajudador de todos que o procuravam, sempre foi generoso para pastores, missionários e irmãos em geral. Benfeitor de causas grandes e pequenas, construindo o templo da Primeira Igreja Batista de Salinópolis em parceria com o diácono Ronald Andrade; auxiliou o Seminário Equatorial em mo-

mento difícil de sua história; ajudou no sustendo de um sem número de obreiros; etc.

Ao longo de seus 92 anos de vida, esse príncipe foi um esposo fiel, um pai amoroso, e um diácono exemplar.

Verdadeiramente um escravo do Senhor Jesus Cristo!

“Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem de suas lutas e trabalhos, porquanto as suas obras os seguem” (Ap 14.13-14).

Pastor Aldevino Werdan Coelho 03/10/1938 -19/03/2014

Eth da Silva Coelho, esposa

N

uma história de 40 anos de casamento, há rios de águas cristalinas e vales sombrios: as águas cristalinas, bênçãos na família, nos ministérios, trabalho em novos campos, novos conhecimentos, novos relacionamentos... Os vales sombrios, as perdas, as enfermidades e outros.

O pastor Aldevino, apesar de acometido na infância com Poliomielite, sempre foi ativo e presente na família, nos ministérios e em seus trabalhos seculares.

Converteu-se em 1957 com 19 anos, logo após a conversão de seus pais.

Nessa época se muda para Campos dos Goytacazes - RJ, para estudar e trabalhar no Colégio Batista Fluminense e foi ali que sentiu o chamado

para o Ministério. Trabalhando com várias igrejas e congregações durante os anos em que ali permaneceu.

Em 1967, foi para o Seminário Teológico do Sul do Brasil, formando-se em 1970. Trabalhou na Igreja Batista Porto da Madama, desde a época do seminário, durante quatro anos realizando um grande trabalho com os embaixadores do rei e ajudando a Igreja Jardim de Arimatéia a organizar sua embaixada. Foi consagrado em 1971, a pedido da Igreja Batista de Aracruz onde permaneceu até fevereiro de 1974.

Casou-se em dezembro de 1973 com Eth da Silva Coelho. Em fevereiro de 1974, foi para a Igreja Batista Memorial de Campo Grande – MS, ali permaneceu até 1979, quando vieram os filhos: o primeiro em 1975

(Eber Manuel da Silva Coelho), em 1978 o segundo (Eder Jair da Silva Coelho).

Voltou ao estado do Rio de Janeiro, onde lecionou e morou na Portela, quando nasceu o terceiro em 1980 (Ebenézer da Silva Coelho (in memoriam). Com este último, foram 32 anos de muitas lutas: nasceu prematuro, com encefalopatia crônica da infância, foram operações, tratamentos e medicamentos.

Foi atendido por grandes médicos, mas não andou, nem falou durante sua vida e em 27/12/2012 foi ao encontro do Senhor. Deus, ainda, o presenteou com três netos: Isabel Irene Lopes Leite Coelho, Lara Magalhães Coelho e Sávio Magalhães Coelho.

Em 1981 tomou posse da PIB de Pureza e foi seu pastor até 1986. Posteriormente ajudou Igreja Batista Betel de São Fidélis, organizando

a TIB de Pureza. Em 1988, junto ao Pastor Gessy Fructuoso organizou a Igreja Batista Jardim Surubi em Itaperuna, permanecendo ali até 1990.

Em 1994, organizou a Igreja Batista Monte Horebe em Itaocara, ficando ali dois anos e meio. Desde 1990 até a sua partida foi membro ativo da TIB de Itaperuna - RJ. Tudo parou em março de 1999, quando sofreu um AVC. Apesar de não poder andar, não deixava de falar e testemunhar do amor de Deus.

Infelizmente o Mal de Alzheimer chegou e junto com outros problemas de saúde, o levaram para junto do Senhor em 19/03/2014.

Nossa gratidão à nossa família, amigos, denominação, a TIB de Itaperuna e a todos que direta ou indiretamente estiveram conosco em toda esta história.

“E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem” (Ap 14.13).

Servo bom e fiel!

Ao Senhor toda honra e toda a glória!

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J

ponto de vista

esus nos desafia dizendo: Aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração (Mt 11.29).

Que palavra interessante e revestida de lucidez, amor e compaixão! Jesus nos chama à Sua mansidão, à Sua capacidade de submeter-se plenamente ao governo Pai. Ele nos ensina que o homem manso é aquele que coloca todos os seus direitos debaixo do governo soberano de Deus e descansa no Seu poder e na Sua fidelidade.

A pessoa humilde é aquela que reconhece que é pó, que nada merece e que se deixa quebrantar pelo Senhor, pelo Seu Espírito. O prazer do cristão genuíno é estar no centro da vontade de Deus.

Como professores e alunos cristãos, somos desafiados a ter uma vida marcada pela mansidão e pela humildade.

Ensinados a viver uma vida de solidariedade e simplicidade. Uma vida de fé e contentamento. Não devemos fugir da simplicidade de Cristo.

Paulo exortou os irmãos de Filipos a terem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (2.5-8). O Senhor Jesus sempre mostrou a Sua humildade e a Sua mansidão diante dos religiosos. Ele vivia na dependência do Pai. Aqui Ele tinha plena satisfação.

Os discípulos aprenderam com Jesus essas duas qualidades, humildade e mansidão, as usando no cumprimento do seu ministério, especial-

mente na Grande Comissão (Mt 28.18-20). Homens com a docilidade de Cristo Jesus revolucionaram o mundo. A nossa revolução neste mundo deve ser pela mansidão (diálogo e compreensão) e humildade (quebrantamento e consciência de incapacidade). Aprendamos com o Senhor a ser mansos e humildes de coração neste mundo cheio de arrogância e violência.

Na educação cristã vivamos aos pés do Mestre, tendo na Sua Palavra o nosso vade mecum. Ele é o Professor por excelência. Com Ele assimilamos as lições da vida pelo caminho da submissão. Professores e alunos cristãos aprendem com Jesus

a obediência à vontade do Pai revelada nas Escrituras.

Jesus nos ensina a amar, a perdoar, abençoar, encorajar, facilitar e confrontar.

Ele é o Mestre que caminha com a gente. Ensina-nos a ser empáticos e simpáticos em nossos ministérios, em nossos relacionamentos. Ele nos passa segurança. Aprendemos com Ele a ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes. A ouvir mais e falar menos. A falar menos e praticar mais. Ouvindo e praticando a Palavra de Deus será semelhante ao homem que construiu a sua casa sobre a Rocha (Mt 7.24-27).

Na Escola de Jesus somos desafiados a viver o evan-

gelho da graça. A caminhar na estrada da santidade. A testemunhar a nossa fé com intrepidez e ousadia. O Mestre nos ensina a fazer as coisas de maneira correta. A vivermos pautados na ética do Reino de Deus. Sermos sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16). A amarmos os nossos inimigos, a bendizermos os que nos maldizem e a abençoarmos os que nos perseguem (Mt 5.43-48). Estas são algumas características dos filhos de Deus. É impressionante a sabedoria de Jesus Cristo, o nosso Mestre sem igual! Devemos viver dEle, nEle, por Ele e para Ele! O Pai é glorificado quando aprendemos com Jesus, Seu Filho amado!

Pr. Jeferson Cristianini, da PIB de Bauru

são motivados e estimulados a manterem uma atuação relevante e impactante.

Paulo, o apóstolo afirma que assim: “[...] aos que predestinou, a esses também chamou [...]” (Rm 8.30).

Deus nos chamou. Paulo usou essa expressão com plena consciência. Paulo escolheu o vocábulo que enfatizasse a ação de Deus e não o desejo humano, por isso, ele escolhe e usa “chamou”.

Deus nos envolveu em Seu plano redentor. Deus conta com seus filhos, os quais foram chamados por Ele, para

irradiar a luz nesse mundo de trevas e para dar sabor a essa sociedade insossa.

As páginas das Sagradas Escrituras estão recheadas de declaração amorosas de Deus.

Deus nos ama e nós só sabemos amar e podemos amar, porque Ele nos amou primeiro.

Deus nos amou com amor eterno e nos atraiu com sua bondade. Ao nos amar ele nos chama para entrarmos em campo. Nos chama para sermos bênçãos na vida das pessoas que nos circundam, para sermos um manancial de água viva em uma sociedade

sedenta da graça de Deus.

Deus nos chama para fazermos a diferença nesse mundo e sermos diferentes através das nossas posturas e de nossos valores, nos chama para sermos luz onde só há escuridão.

Nas palavras de Jesus o mundo são os campos que já estão sendo preparados por Deus, mas faltam trabalhadores que entrem em campo e colham os frutos. A convocação de Jesus é para todos nós. Todos nós somos convocados e chamados por Jesus a nos envolvermos com o que Deus está fazendo nes-

se mundo. Os campos estão prontos, mas muitos servos de Jesus se sentem como jogadores reservas que um dia entrarão no jogo, outros servos motivados pelo amor e graça do Senhor se sentem privilegiados e motivados a entrarem em campo e fazerem a vontade de Deus. No reino de Deus todos somos convocados a vivermos para honra e Glória dEle. Saia da mesmice e deixe de lado o banco de reserva e entre em campo como um (a) servo (a) amado (a) de Deus. Que Deus nos use!

N

o reino de Deus não há titulares e reservas. Todos são importantes no campo. Todos precisam atuar de maneira integral.

Todos precisam estar disponíveis para serem usados por Deus. Todos precisam descobrir seu espaço do reino de Deus e usar seus dons e talentos para alcançar mais e mais pessoas. Todos são amados por Deus na mesma intensidade, e por isso todos

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ponto de vista

N

a Teológica de São Paulo dou aula da disciplina “Realidade Denominacional” no currículo do curso de Bacharel em Teologia reconhecido pelo MEC. Tem sido muito estimulante dialogar com alunos e alunas do último semestre do curso. No início da disciplina eu lhes prometo que qualquer assunto que queiram tratar sobre a denominação e seus bastidores poderá ser tratado. Neste sentido, prometo-lhes “abrir o castelo” e até tenho trazido líderes de nossa convenção estadual para conversar e abrir um diálogo com esses futuros líderes. A experiência, semestre a semestre, tem sido muito agradável e percebo que, ao terminar cada semestre, conseguimos mais e mais aliados para assumir o futuro de nossos ideais denominacionais.

Durante o correr do semestre tenho desafiado cada um, quando estiver atuando no ministério, a assumir uma função “revolucionária”, se valendo pelo menos de quatro fundamentais recursos – amor, diálogo, espírito cooperativo e visão focada no cumprimento da missão que Deus nos tem dado.

Ao final de cada aula relembro-os deste desafio quando estiverem no ministério e assumindo a liderança denominacional daqui alguns anos.

Procuramos demonstrar as conquistas que temos obtido ao longo dos anos, mas também não temos como esconder as falhas que vão surgindo a cada geração. Então o desafio se amplia, pois quando estiverem no comando denominacional devem eles evitar cometer os mesmos erros que temos cometido, buscando aperfeiçoar o atendimento ao espírito cooperativo em benefício do cumprimento de nossa missão.

É interessante notar que eles têm indagado muitos líderes denominacionais que vão falar com eles durante o semestre porque líderes, pastores e até igrejas não levam a sério a cooperatividade. Como jovens idealistas sempre indagam sobre as causas dos fracassos institucionais como os da JUERP, JURATEL, Colégios Batistas.

Não compreendem porque imperícias gerenciais continuam ocorrendo, porque há demonstração de sede de poder em algumas ocasiões, em vez de efetividade e competência.

Indagam ainda mais porque a cada renovação de diretoria as convenções passam a ter novos rumos, em vez de um planejamento estratégico a longo prazo que poderia ser cumprido cronologicamente a cada período de modo que quem aceitasse a candidatura à diretoria das convenções já soubesse de antemão os desafios que teria pela frente.

Este jovens se incomodam muito também com a pobreza que percebem em muitos púlpitos, o destempero que percebem em alguns colegas no trato com as ovelhas e até com os próprios colegas, inclusive em redes sociais na internet. Indagam sobre a legitimidade da crescente preocupação com o pragmatismo e ativismo eclesiástico, mas carente de aprofundamento numa vida espiritual e piedosa comprometida com Deus.

Além disso, sempre indagam o porquê do crescimento de crentes sem igreja que demonstram exaustam com a vida comunitária agitada, mas sem a expressão de espiritualidade crescente.

Ao descobrirem a profundeza do sentido da Palavra de Deus, se preocupam também com a superficialidade de nossa pregação que, em geral, aponta para o futuro

escatológico das ruas de ouro dos céus, focalizando a salvação apenas como bilhete de entrada aos portais celestiais preparando o indivíduo para a eternidade, mas sem o devido preparo para viver significativamente o cristianismo comprometido no dia a dia.

Há muitas outras preocupações que estes jovens seminaristas demonstram, nosso papel acaba sendo de neles estimular a sede pelo estudo da Bíblia, da Teologia, além de incentivar ao aperfeiçoamento de seus dons e vocação à disposição de

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Deus e de seu reino aqui no mundo. Aprender a dialogar, a tratar com amor e carinho as ovelhas e seus colegas, liderar o povo de Deus com segurança neste mundo sem Deus, desenvolver a cooperatividade e uma vida piedosa e dependente de Deus.