ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 07/07/13
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
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Ano CXIII Edição 27 Domingo, 07.07.2013 R$ 3,20
Pés nas estradas do Ceará
Com grande alegria, os voluntários da Primeira Igreja Batista em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, realizaram um impacto evangelístico nas cidades de Araçás e Pindoretama, no Ceará. Apesar dos voluntários realizarem diversas atividades, como por exemplo, aconselhamentos, aplicação de flúor, visitações e estudos bíblicos, o que mais impactou esses missionários foi a demonstração de amor das crianças e adolescentes com que conviveram (pág. 08).
A importância da participação social
121 anos dos Batistas Letos no Brasil
Diante das últimas manifestações populares que ocorrem por todo o país, a Coordenadora do Departamento de Ação Social da CBB, Luciene Fraga, apresenta as maneiras como a sociedade civil pode participar de forma direta na construção da sociedade e de políticas públicas (pág. 10).
A Associação Batista Leta no Brasil, formada por filhos e descendentes de imigrantes da Letônia, agradeceu a Deus por significativas experiências de suas famílias e das igrejas Letas. Foi um momento histórico de muitas recordações para os descendentes e de novos desafios para todos (pág. 13).
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
Começa o mês de missões estaduais
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stá aberto o mês de missões estaduais. É o momento de agir, orar, servir, se dedicar ao chamado de Deus. Atravesse a rua, ou a cidade, ou o estado e invista na vontade de Deus. Missionário é aquele que pensa em abençoar o próximo, independente de fazer um curso de missiologia, independente de sair de casa. Para o missionário todo o terreno é fértil, em casa, no vizinho, até mesmo na internet. O missionário abençoa até no meio virtual, porque o texto de Mateus 28.19-20 não é um mandamento para ele, mas atitude natural do servo de Deus. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. Missões não começa com um projeto, mas com o desejo de servir o próximo e a sociedade. É assim para orar, é assim para ir ao campo, o desejo no coração de fazer, de tomar um passo diante da sociedade. Tem sido assim também com os cristãos que tem participado das manifestações sobre diversos assuntos em todo o Brasil. Para o cristão não é uma questão de revolta, mas de conscientização. O desejo de mudar a sociedade não só para si, mas também para o próximo. É por isso que em muitos projetos missionários existem atividades sociais, como por exemplo, aplicação de flúor, palestras sobre saúde, consul-
Como abençoar um pastor jubilado? • Considerei muitíssimo bela e animadora a mensagem dirigida aos “Pastores Jubilados”, o Editorial do OJB de 16 de junho de 2013: “Como abençoar um pastor jubilado?” Que editorial feliz, abençoador e encorajador dirigido a pastores jubilados. Nunca antes li tão lindo testemunho a respeito destes que dera, a sua vida em prol da mais importante de todas as obras neste mundo: Pregar o santo e imutável Evangelho de Cristo, e cooperar decisivamente na expansão do Reino de Deus. Ganhar almas para Cristo, instruí-las a viver a vida digna de sua vocação e estarem firmadas na sã doutrina. Faço parte deste grupo de jubilados, e pela graça de Deus e seu rico amor, estou dentro daquilo que foi escrito no referido Editorial. Além das excelentes sugestões dadas, acrescento mais uma: a da visitação aos idosos, enfermos e solitários. Como se alegram ao receber uma visita, ouvir a leitura da Palavra de Deus e oração. A Palavra de Deus nos estimula a tais atitudes, onde diz: “Na velhice darão ainda frutos” (Salmo 94.14a). Que a graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus,
ta com médicos, e consultas jurídicas com advogados. O próprio Jesus realizava ações sociais, curava, multiplicava o alimento, e eram através dessas ações que a Glória de Deus era vista. O missionário não só fala o que consta na Bíblia, mas age conforme o que está na Bíblia. E existem muitas formas diretas de agir seguindo o exemplo de Jesus dentro da sociedade, não precisando ser um político, nem fazer milagres. Como orientado nesta edição na página 10, pela Coordenadora de Ação Social da Convenção Batista Brasileira, Luciene Fraga: “A Constituição de 1988 consagrou o princípio da participação social como forma de afirmação da democracia. A participação social é o envolvimento dos cidadãos nos processos decisórios em
Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m
esteja com todos os meus amados colegas de Ministério, cuja vida foi gasta em servir a Deus em diversas igrejas e instituições e que ainda são úteis no santo ministério de expansão do Reino de Deus, sob a poderosa atuação do Espírito Santo. Gustavo Neumann Pastor Emérito da PIB em Marechal Cândido Rondon, Paraná Descontentamento • Srs. Ministros do STF. É o meu desejo que Jesus Cristo o nosso Salvador, Filho do Deus vivo, os acompanhem em seus julgamentos e decisões. Que as suas decisões tenham respaldo e base em nossas leis. Que os Srs. Ministros com a
inteligência e o conhecimento que Deus lhes deu, não deixem que a jactância tenha influência em seus julgamentos. Eu fui criado em um lar cristão. Meu pai (o melhor pai, o maior, o mais honesto e educado homem que conheci) foi um pastor evangélico, batista tradicional. Pastor Manoel Lopes Cardoso Filho. Grande admirador e defensor, da primeira instituição criada por Deus, a família. Somos um total de cinco irmãos, todos criados com uma educação rígida, e com os princípios morais que a sociedade requer. Mas, criados também, nos conhecimentos bíblicos, com amor ao nosso Criador, o nosso Deus. E também posteriormente, amor aos nossos
As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
uma sociedade e isso implica em entender as variadas ações que diversas forças sociais desenvolvem com o intuito de influenciar a formação, execução, fiscalização e avaliação de políticas públicas na área social como: saúde, educação, habitação, transporte, etc. Uma das formas de participação social é o envolvimento nos conselhos de direitos”. Deste mês de julho de 2013, até o começo de 2014, estão programadas diversas Conferências Nacionais. Com etapas municipais, estaduais e nacionais as Conferências abrangem assuntos como: assistência social, meio ambiente, educação (ver página 10). É hora dos cristãos marcarem presença nas decisões sociais, afinal de contas, isso também é fazer missões. (AP) irmãos. “Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4.20). O meu pai dizia que uma sociedade forte é constituída por famílias fortes. O respeito ao próximo, a educação, o cumprimento com os deveres social e cívico se aprende em família. Nossa constituição foi elaborada para todos os brasileiros, quer seja: rico ou pobre, de cor clara ou escura, gordo ou magro, bonito ou feio, e alto ou baixo. O nosso STF é composto por brasileiros, inseridos nesses exemplos citados. E sendo brasileiros, devem respeitar a constituição. A Instituição família começa com um relacionamento entre homem e mulher. Deus criou a família, com a família, damos continuidade a nossa prole. Como daremos continuidade a nossa existência, se esses relacionamentos, homem com homem e mulher com mulher, continuarem sendo aprovados pelo nosso Supremo Tribunal Federal? Fica registrado o meu protesto: Primeiro como homem de Deus, temente a Deus, e segundo como brasileiro, pertencente a uma nação que sempre teve como princípio a dignidade, e o auto padrão de prioridade com relação a família. Orlandino L. Cardoso PIB Parque Real, Realengo, RJ
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MÚSICA Rolando de Nassau
(Dedicado ao leitor Samuel Rodrigues de Souza, do Rio de Janeiro, RJ) “A liberdade não consiste em fazer o que queremos, mas em ter o direito de fazer o que devemos” (João Paulo II).
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uma fase de plena popularidade, sob o comando do jovial cardeal Karol Josef Wojtyla, o Vaticano realizou, em 1984 e 1985, encontros internacionais, em âmbito diocesano, a fim de aproximar jovens católicos de todas as partes do mundo. Esses eventos faziam parte da estratégia papal de renovar a música dedicada à juventude católica. No Brasil, tiveram como resultados o hinário da Renovação Carismática Católica (1994) e a coletânea “Louvemos o Senhor” (1995), e, como efeito duradouro, a adoção de cânticos ecumenistas, isto é, de uso comum a católicos e evangélicos (OJB, 21 abr 96 e 19 mai 96). Jovens que foram em 1995 ao Congresso da Aliança Batista Mundial, em Buenos Aires, voltaram cantando alguns desses cânticos. Em 1985, João Paulo II tinha instituído a Jornada Mundial da Juventude, que sempre teve crescente participação de jovens; na 26ª, em Madrí, em 2011, mais de dois milhões. Tendo em vista a influência da música profana popular, durante duas décadas prevaleceu o gosto musical da juventude. Para os teóricos da Renovação Carismática Católica (RCC) eram importantes os textos procedentes de fonte católica ou que exaltavam a doutrina católica; quanto às músicas, aos estilos e aos instrumentos musicais, não faziam restrições. Ao assumir o papado, o cardeal Joseph Ratzinger (papa Bento XVI), deu sua orientação musical. Para nossa surpresa, em 29 de julho de 2005, na catedral de Köln (Colônia, Alemanha), ao abrir o 20º Dia Mundial da Juventude (XX Weltjugendtag), mandou executar a “Missa Solene”, de Ludwig van Beethoven. Não sabe-
mos se os jovens católicos gostaram da dieta musical de Colônia ... Tínhamos aprendido no estudo da música sacra que a adoção da sonata e o predomínio do instrumento musical sobre a voz humana prejudicara a música do culto cristão. Além disso, a linguagem romântica, a execução orquestral, a inobservância das normas litúrgicas, o estilo concertante, a comunicação emocional, a partitura grandiosa, a ênfase em certas palavras, a estrutura sinfônica e a supervalorização da expressão, tudo isso encontrávamos naquela obra-prima de Beethoven. Concordamos que ele não é compositor completamente mundano ou profano. Paul Dukas, compositor e crítico, escreveu a respeito: “Obra isolada, fora da liturgia e mesmo de toda a interpretação religiosa tradicional, a Missa é uma concepção de dramaturgo e de visionário”. Foi contestado por Warren Kirkendale, para quem “essa Missa saiu do vácuo histórico: está profundamente ancorada nas tradições antigas”. Até mesmo Beethoven pode desagradar a certos ouvintes. Ratzinger, erudito na teologia e na música, não analisou os aspectos técnicos da obra;
preferiu apreciá-la como oração: “A ‘Missa Solene’ é mais do que música litúrgica. As palavras da oração tornam-se meios de levantar-se com esforço para chegar a Deus, de sofrer com Deus, e consigo mesmo; assim fazendo, tornam-se degraus de uma escada que o homem sobe, para subir até Deus, aproximar-se dEle, e assim experimentar novamente a alegria com Deus. A ‘Missa Solene’ é um testemunho de uma incessante busca pela crença, que se recusa a dar suas costas a Deus”. Ratzinger foi sábio: os jovens foram à Jornada num esforço para encontrar-se com Deus. Em 24 de agosto de 2011, o papa Bento XVI anunciou a próxima Jornada; logo em seguida, fez questão de traçar o perfil do repertório musical, numa audiência no Vaticano, com as seguintes palavras: “Quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. Vem-me à memória um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das cantatas, senti, não racionalizando, mas no profundo do coração, que
o que eu havia escutado havia me transmitido verdade, verdade do sumo compositor que me conduzia a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e espontaneamente lhe comentei: “Ouvindo isso se entende: é verdadeira, é verdadeira a fé tão forte e a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus”. A 27ª Jornada será realizada no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho de 2013, agora liderada pelo papa Francisco (cardeal Jorge Maria Bergoglio). O repertório musical da Jornada foi organizado entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013, quando Bento XVI renunciou ao pontificado. Considerando a antecedência que mereceu sua elaboração, é possível que ainda se faça sentir a orientação papal anterior. Pelas informações que obtivemos, as músicas obedecerão a critérios de homenagens a Jesus, Maria, São Francisco e ao papa, e de celebração dos atos litúrgicos (“Kyrie Eleison”, “Gloria”, “Aleluia”, “Ofertório”, “Sanctus”, “Cordeiro de Deus”, “Tantum Ergo”). Para certas composições, foram convidados os pa-
dres Marcelo Rossi, Fábio de Melo e José Cândido; os padres Jorjão e Sérgio Muniz fizeram a análise teológica dos cânticos, que vale como certificado de sua qualidade. Gostaríamos que as editoras e gravadoras evangélicas contratassem revisores, não somente literários, mas também teológicos. Da execução musical participarão instrumentos da música popular (bateria, baixo, violão, guitarra, percussão, cítara), além de pianos, teclados, sopros, cordas, e algumas vozes. Destacamos a presença dos nossos conhecidos trompista Philip Doyle, pianista Wagner Tiso e violoncelista Jaques Morelenbaum. Cremos que os organizadores da Jornada, tendo em vista o tamanho e a importância do evento, são dotados de discernimento para oferecer à sua juventude música de boa qualidade. Como a juventude católica, de várias partes do mundo, receberá a música executada na Jornada? Sugerimos que os nossos pastores e dirigentes musicais ouçam os cânticos da Jornada. Como os jovens evangélicos receberiam esse tipo de música?
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Antes de comer, minha missão
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Pastor Manoel de Jesus The Colaborador de OJB
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ausou muita curiosidade quando publicamos no Facebook, que nossa experiência com um pequeno abalo sísmico, na madrugada do dia 17 de dezembro, em Montes Claros, tinha sido emocionante. Um dos jovens, de uma de nossas ex-igrejas, perguntou-nos se estávamos à procura de esportes radicais, oferecendo-nos um salto de paraquedas. Aproveitamos para mostrar a importância de estarmos munidos de informações. Antes de nos dirigirmos a Montes Claros nos informamos a respeito, através de pesquisas já feitas, e nos certificamos que se trata de pequena falha geológica. O povo de nossos dias é alvo de constantes informações bombásticas. Tanto estão atrás de conhecer, como de vinculá-las, mas as emoções sempre carecem de um exagero maior para chamarmos a atenção. O falar sem ter informações precisas é um hábito (mau hábito por sinal), encontrado no meio evangélico, principalmente. A experiência que vivemos com nosso primeiro pastorado é uma prova dos abalos provocados por pronunciamentos precipitados. Como o autismo na década de 60 era pouco conhecido,
surgiu, em nosso primeiro ministério os maiores disparates e maus julgamentos. Eis uns exemplos: “Incrível! O pastor e esposa não sabem dar educação e bons modos para o filho!” “Ele não fala por que a mãe trabalha fora (meio período), e não fala com o César”. O pior foi de uma psicóloga: “Ele foi rejeitado, ainda quando estava no útero”. Isso estava na moda, para a maioria das “doutoras” da época. “Usa fralda ainda aos 5 anos por que a mãe não coloca no troninho”. Mal sabiam que ele já nascera no troninho, pois mandava em nós dois e nos parentes também. Essa é de doer! “Ele, se doente, não é curado, pois o pastor é contra o avivamento, e, se for curado, fortalecerá a doutrina dos dons, que o pastor, como batista, rejeita”. O filho autista foi o melhor Seminário que estudei na minha vida. Ensinou-me, através de situações humilhantes, um pouquinho de humildade. Os julgamentos foram tão ferinos que, não aguentando, pedimos demissão do pastorado. Agora é oportuno refletirmos: O que leva os crentes a opinarem tanto sobre a desgraça alheia? Por que nossas reuniões de oração transformam-se em tribunais de juízo do próximo? Por que temos que nos pronunciarmos sobre fatos que ainda não estamos bem informados? Aí vão algumas
sugestões: Antipatia gratuita. Antagonismo inerente na personalidade, principalmente contra pessoas que ocupam posições de liderança. Mágoas antigas não superadas. Pronunciamentos precipitados em busca de visibilidade. Cobrança de retorno para qualquer coisa que faça na igreja (teria, no caso, sido feita para a glória do Senhor?), e, por último, fracasso espiritual no viver, exigindo uma compensação para anestesiar a consciência. O fracasso espiritual no viver fora da igreja, cria um vazio na alma, que precisa ser compensado com muito ativismo e visibilidade no seio da igreja. Não havendo alegria por vitórias no mundo, precisamos tê-las doutra forma. Nada que fizermos dentro de um templo, cobrirá a alegria que o ganhar uma alma para Cristo nos traz. No culto promovido pela PIB de São Paulo, numa praça pública, tivemos muitos conjuntos musicais se apresentando. Houve técnica e boa qualidade por parte de todos os participantes, mas, quando o maestro Roberto Mintzuk regeu o coro dos ex-viciados da Cracolândia, parece que vimos o céu abrir-se e descer sobre nós. Eles provocavam o maestro, manifestando que buscavam uma apoteose maior, e o maestro demonstrava que estava aceitando o
braão mandou seu mordomo, homem religioso e de confiança, até a casa dos seus parentes, para escolher uma esposa digna do filho Isaque. Em lá chegando foi bem recebido por Betuel, o patriarca, e por Labão, o filho mais velho. Ao saber da missão do mordomo, revelou o caráter do servo de Abraão: “Não posso comer, enquanto não disser porque estou aqui”. “Está certo”, respondeu Labão, “conte o motivo da sua viagem” (Gênesis 24.3). As prioridades pessoais revelam muito sobre o caráter de alguém. Porque saibamos ou não, naturalmente colocamos no primeiro lugar da nossa lis-
ta das coisas importantes aqueles assuntos que, para nós, têm mais peso, maiores consequências, exijam mais esforço e cuidado. Para o mordomo de Abraão, cumprir sua missão estava absolutamente no alto de suas prioridades: descansar após uma longa viagem e comer uma boa refeição eram importantes, mas não eram essenciais. Primeiro, as primeiras coisas. A Bíblia nos conta este episódio porque, até nos dias de hoje, nosso caráter cristão é revelado pela lista das nossas prioridades. Pessoas espiritualmente saudáveis dão a maior importância às coisas espiritualmente saudáveis. E, não ao contrário. Antes de comer, nossa missão!
desafio, pareciam-nos que, de repente, veríamos o céu abrir-se e descer sobre nós. Isso sensibilizou outros, agora já libertos e vivendo em sociedade, que estavam fora do coral, a fazer o mesmo. Pensei: Se isso já acontece aqui na terra, que se dirá de quando Cristo voltar. Foi a contagiante alegria sobre o pecado e a morte. Vitórias no inferno que nos
rodeia, tem tornado nossa comunhão e nossos louvores, secos, formais, e artificiais, sem vida. Às vezes, vemos que as facilidades de sermos crentes na igreja, são tão grandes, que até o não crente é um bom crente na igreja. Vamos clamar ao Senhor que nossos abalos espirituais produzam abalos fora da igreja, pois é isso que encherá nossas igrejas.
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estão trazendo para o meio do povo, contudo, no verso 13 deste mesmo capítulo 3 ele ressalta a responsabilidade individual de cada crente. O que quero dizer é que apesar dos pastores serem servos usados para edificação de nossa fé, isso não exclui nossa responsabilidade pessoal para com Deus. Gostaria de lembrá-los da história de Jenny Geddes. Ela era rude, humilde, não pertencia à aristocracia da sua época, não tinha boa aparência e não era dotada de nenhum brilhantismo intelectual. Mas quando em 1637, Carlos I tentou forçar Igreja da Escócia, já reformada, a retornar ao antigo ritual religioso, essa mulher simples levantou-se no meio da reunião e com muita determinação gritou ao arcebispo: “... você ousa a dizer a missa na minha orelha?”. Em outras palavras: “Sou uma pessoa simples, mas conheço bem a Palavra de Deus! Sou uma pessoa pobre, mas não sou
ignorante quanto às doutrinas bíblicas! Sou do ‘povão’, mas não me deixarei enganar! Não retrocederei na fé!” Ainda parafraseando eu diria que ela pensou: “Devolvam o meu culto!”. Ela queria uma pregação bíblica. Bem, vocês conhecem o final da história. Ela jogou o banquinho que levava pra sentar no culto em cima do novo arcebispo e depois os demais fizeram o mesmo com o que tinham em mãos. O tumulto foi geral na congregação. A revolta tomou as ruas. Naquele mesmo ano, bispos e arcebispos foram expulsos sendo restaurado o culto nos moldes bíblicos. Vejam que apesar da força do temperamento de Jenny Geddes, ela não admitiu fundamento alheio. Ela reagiu ao falso ensinamento da Palavra lutando por sua fé. Essa é nossa responsabilidade como cristãos. Agradecemos ao Pai pelos zelosos ministros que servem entre nós. Contudo, cabe a cada cristão
verificar se o fundamento recebido é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, como Paulo diz no versículo 12. Perder o foco da cruz e do Cristo ressurreto pode levar a heresias e destruir a Igreja. Assuntos periféricos e ativismos podem conduzir o rebanho à superficialidade e falta de firmeza espiritual. A grande tentação do Diabo na Igreja é levá-la a ficar mais afastada possível das doutrinas bíblicas. A ficarem longe de pregações sobre a centralidade do senhorio de Jesus. Não terem paixão pelas Escrituras tratando teologia bíblica e história da igreja como temas irrelevantes. Nossas comunidades cristãs estão deixando de ouvir sobre como o Reino de Deus traz transformações aplicáveis para nossos dias, e de como podemos influenciar e impactar nossa sociedade. A ausência desta mensagem faz com que tenhamos uma geração de cristãos ecléticos,
que não se firmam em base alguma. Infelizmente, muitas Igrejas especializaram-se em entretenimento. Pessoas que buscam a autopromoção e autossatisfação, pois estão vazias de Cristo e longe do amor sacrificial. Não precisamos jogar o banco em ninguém, mas devemos estar atentos ao conteúdo do Evangelho ministrado. Temos que ouvir a advertência de Paulo quanto a nossa responsabilidade pessoal, sem nos impressionarmos com as formas, retóricas, sofisticações, em detrimento da essência Escriturística. A irmã Jenny Geddes era uma mulher sem posses e sem nível intelectual abrangente, porém conhecia a fé que professava! Não admitiu que outro Cristo fosse introduzido à sua goela abaixo. Que sejamos achados aprovados por Deus, e não como os cristãos de Corinto, que vergonhosamente foram chamados por Paulo de imaturos e espiritualmente carnais.
foi preciso milhares de pessoCarlos Henrique Falcão Pastor da IB da Liberdade, RJ as se unirem para preocupar os administradores em todas hi st óri a d iz q ue as esferas do poder. Esta expressão popular de houve outros movimentos de iniciativa força não se aplica no seu popular que impac- relacionamento com Deus. taram as autoridades brasi- Você não precisa se unir a leiras. Eu, pessoalmente, não muitos outros crentes para me lembro. Os “Caras Pin- Deus ouvir a sua oração. tadas” foi diferente. O povo Caso isso fosse verdade, as queria, o sistema Globo de igrejas maiores, teriam mais Jornalismo queria, os políti- poder de reivindicação diancos aproveitaram para querer te de Deus. Se assim fosse, também e, principalmente, o imagine se você estivesse sistema financeiro também sozinho! Como seria? O seu relacionamento com queria tirar o Presidente do Brasil. Foi fácil! Nos últimos Deus é pessoal e individualidias temos assistido uma ex- zado. Jesus disse que o crente pressão popular legítima em pode estar sozinho no aconque milhares de pessoas saí- chego do quarto e falar com ram às ruas de todo o Brasil Deus que Ele ouve (Mt 6.6). para mostrar insatisfação. É Jesus também diz que Deus já claro que diante de tamanha sabe o que você precisa antes concentração de vozes, os mesmo de pedir. Ele já comepolíticos já começaram a çou a trabalhar antes para lhe ceder, ou pelo menos, a faze- atender no tempo certo. Deus rem o que mais sabem fazer não toma decisões de última - dizer que vão resolver. Mas hora como se fosse pego de
surpreso com a sua oração. Ele sabe cuidar de você porque sabe o que você precisa. Então ore sempre. No meio da multidão que apertava Jesus, ele parou para atender uma pobre senhora, mesmo sabendo da urgência da viagem, pois a filha do dirigente da sinagoga acabara de morrer. Jesus pergunta: Quem foi que me tocou? (Mc 5.30). Os discípulos ficaram espantados, pois uma grande multidão apertava Jesus. Sem dar resposta, Jesus continuou olhando para a multidão, porque ali estava a pessoa que creu nele e foi curada. Entre todas aquelas pessoas que esperavam alguma coisa, Jesus parou e abençoou somente aquela mulher. Entrando em Jericó, no final do seu ministério, novamente Jesus era acompanhado por uma grande multidão. Um cego de nascença que soube da sua presença começou a
gritar: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim” (Lc 18.38). As pessoas repreenderam aquele morador de rua para que se calasse. Todos ficaram espantados quando Jesus parou e perguntou ao homem: “O que você quer que eu faça?” Prontamente o homem respondeu: “que eu possa ver!” Jesus é assim. Entre tantas pessoas ao seu redor, com causas “nobres”, parou para socorrer alguém que tinha o coração cheio de fé e também creu em Jesus. Mais na frente, escondido entre as folhas de uma árvore, estava um homem que era rejeitado pela multidão. Não somente Jesus pediu para Zaqueu descer da árvore como também disse que iria entrar em sua casa para uma refeição (Lc 19.1-9). Aquele homem desceu e recebeu Jesus com muita alegria. Creio que pessoas da multidão insistiram para Jesus entrar em
suas casas, mas o convite foi rejeitado. Jesus não atendeu a voz da multidão mas atendeu a voz do coração. Jesus também contou a história do pastor que voltou para buscar a ovelha perdida, e depois de encontrá-la chamou seus amigos para se alegrarem com ele (Lc 15.4-7). Disse Também que no céu há muita alegria por um só pecador que se arrepende e é salvo. Foi Jesus, que vindo ao mundo, abriu um novo caminho para nos aproximarmos do “trono da graça” (Hb 4.16). Não é preciso do clamor de muitos. O trono da graça já está disponível a todo o que crê. Cada pessoa, crendo em Jesus, que busca o Deus do céu, será atendido em seu clamor. Jesus proporciona a você um relacionamento pessoal com Deus. Aproveite. Ele está pronto para atendê-lo de forma personalizada e pessoal.
Sâmia Missionária da JMM
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crente é obra inacabada!” dizia certo pastor amigo meu! De fato, dependemos da graça de Deus para nosso crescimento e sustentação. Em I Coríntios 3, Paulo “batendo” nos ditos “cristãos carnais” vai dizer: “... edifício de Deus sois vós” (vers. 9c). Seguindo ele vai tratar da questão do fundamento que é posto na vida de cada um. Finalmente no verso 13, ele vai fazer a seguinte afirmativa: “a obra de cada um se manifestará, o Dia a declarará...”. É interessante que quando ele fala em colocar os fundamentos faz menção ao tipo “alicerce” que os “construtores” (os líderes) estão edificando. Ele os conclama a não lançarem outro fundamento senão Cristo. Somos chamados à atenção para os ensinamentos que os líderes
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6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
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isciplinar uma criança por algum erro é um tremendo desafio para os
pais. James Dobson no seu livro “Como lidar com a teimosia do seu filho” (Editora United Press) afirma que um dos requisitos básicos para moldar a vontade de uma criança é deixar que o amor seja seu guia. Afirma Dr. Dobson: “Um relacionamento caracterizado por amor e afeto verdadeiro tem tudo para ser saudável”. Dr. Ross Campbell, no seu livro “Filhos felizes”, (Editora Mundo Cristão), também faz uma afirmação interessante. Diz ele: “Vejo muitos filhos de pais cristãos, bem disciplinados, mas que não se sentem amados”. Disciplinar requer o equilíbrio entre firmeza e graça. Disciplinar não significa, necessariamente, usar a vara, embora seja uma faceta da disciplina. Disciplina é muito mais do que usar a vara. Significa também educar, admoestar, restringir, limitar, impor sanções (castigo). Quando, como pais, embutimos no ato da disciplina, a graça, o amor, estamos também transmitindo aos nossos filhos como Deus é em relação a nossos, enquanto seus filhos. Dutch Sheets no seu livro “Oração intercessória” (Editora Atos) conta uma história que pode ilustrar como podemos aprender com Deus aplicar a dose certa de disciplina e graça. Diz a história que a despeito de repetidas advertências um garotinho
continuava chegando tarde em casa ao sair da escola. Certa manhã, seus pais lhe disseram que aquilo não tinha mais graça e que ele deveria chegar na hora certa naquela tarde. Mas ele chegou tarde de novo. No jantar, naquela noite, o menino recebeu seu castigo. Em seu prato havia apenas um pedaço de pão. O menino ficou surpreso e abatido. Após esperar alguns momentos até que o impacto fizesse pleno efeito, o pai pegou o prato do menino e lhe deu bastante carne e batatas. Quando o menino cresceu e se tornou adulto, ele disse: “por toda a minha vida eu soube como Deus é, por causa do que meu pai fez aquela noite”. Aquele pai, além de ser sábio na disciplina para com seu filho, ensinou silenciosamente, como Deus age conosco. A Bíblia nos mostra que Deus sabe como equilibrar essas duas palavras (firmeza e graça) no relacionamento conosco. Quando buscamos em Deus o modelo para disciplinar nossos filhos, além de contribuir para uma boa formação emocional e espiritual estamos também mostrando como Deus nos trata. Quando fizermos isso de maneira sábia, estamos passando para nossos filhos, além do valor da disciplina, uma imagem de Deus como Pai justo e gracioso. Um Deus Pai que sabe a medida de ser justo, mas também, na medida e na hora certa, liberar a sua graça e sua grande misericórdia para conosco, seus filhos queridos.
Araúna dos Santos Vitória, ES
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país vive a expectativa do que ainda virá, depois de três semanas de mobilização de milhares e milhares de jovens pelas ruas das cidades, e dos adultos que os acompanharam nos protestos e reivindicações. Brasileiros estão em revolta, desencadeada pelos anunciados aumentos de preço nas passagens de ônibus urbanos. Mas, na esteira do sentimento revoltoso, outras exigências se fazem presentes: mais verbas e ações positivas para saúde, segurança e educação e menos cobrança de impostos e desvios do dinheiro público, via corrupção. O povo não aguenta mais a desfaçatez e desmandos de políticos e administradores públicos, que assim fazem sofrer aqueles que lhes garantem voz e votos e posições de governo pelo processo eleitoral. A voz do povo nas ruas é: BASTA! Queremos um NOVO BRASIL! É inadmissível que se gastem bilhões de reais nas construções de campos de futebol, segundo critérios da FIFA, para sediar uma competição momentânea entre países, e deixar a população sem a devida, e requerida, assistência médica-hospitalar, ensino de boa qualidade, com respeito a professores e pedagogos, além de seguran-
ça social estendida a todos os cidadãos, não só em termos de força policial mas também em políticas públicas que atendam necessidades regionais. É inadmissível os gastos excessivos do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, quando a quase totalidade da população brasileira vive em condições de apertos financeiros para bancar essas regalias, através de uma carga tributária escorchante em impostos e taxas e contribuições obrigatórias. É o sacrifício de muitos em favor do lucro de uns poucos privilegiados. Parece-me que a população chegou a seu limite para suportar, com resignação e paciência, os descalabros de políticos que, em verdade, só pensam nas urnas, na próxima eleição, no próximo cargo e na posição política de poder e desgoverno. “Nas democracias de massa não há como ser diferente: a urna é a servidão dos políticos, e a racionalidade das planilhas é levada de roldão quando o sentimento popular se exprime com a súbita contundência destes dias de som e fúria”. Foi o que afirmou o jornal ‘O Estado de S.Paulo’, em editorial deste 21 de junho. Sendo assim, a classe política precisa ser despertada pelo barulho das ruas. Pode-se enganar alguns por algum tempo. Mas não se pode enganar todos por
todo o tempo. E Deus não se deixa enganar por tempo algum. Não é o Brasil - a população – que precisa acordar. São os políticos corruptos e oportunistas e de mau caráter que precisam reconhecer que seu tempo de vida já terminou. O povo brasileiro – que eles dizem ‘representar’ – já não suporta mais tal estado de coisas. BASTA! BASTA! Chega de demagogias! Se formos cuidadosos em examinar, nas páginas do Antigo Testamento, a história de Israel dos tempos bíblicos e das nações vizinhas, será fácil compreender as consequências da injustiça social, da cobrança elevada de impostos, da utilização de cargos políticos para benefício próprio, da família e de amigos, em detrimento da atenção ao povo e suas necessidades. Será fácil também perceber que Deus Jeová – o único Senhor – é Justo e exige justiça e equidade do povo e de seus governantes. Amor – Justiça – e Santidade são as palavras que sintetizam o caráter de Deus e que devem caracterizar também aqueles que proferem seu nome e se dizem ‘filhos’ seus. O Brasil precisa de novos políticos, não simplesmente “evangélicos”, mas, verdadeiramente, comprometidos com “o bem de todos e a felicidade geral da nação” – Políticos plenos da ciência e sabedoria de Deus.
o jornal batista – domingo, 07/07/13
missões nacionais
Trans Radical Urbano
Equipe que impactou o Complexo do Alemão
Redação de Missões Nacionais
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uas áreas de risco da cidade do Rio de Janeiro receberam voluntários da Trans Radical Urbano. O Complexo do Alemão, onde em 2010 houve uma grande operação policial para que fosse implantada a Unidade de Polícia Pacificadora, e o Complexo do Chapadão, apontado como detentor do penúltimo índice de desenvolvimento humano do Rio de Janeiro, foram impactados pelo Evangelho. Igrejas como Igreja Batista Bom Samaritano, do bairro Bonsucesso, e a Igreja Batista Memorial em Costa Barros
serviram como bases para as equipes de voluntários. Com incursões diárias, o grupo que esteve no Complexo do Alemão pregou a Palavra e iniciou uma nova frente missionária no morro Caixa d’Água, que pertence ao Complexo. No morro do Chapadão, os voluntários também passaram por becos e viram armas de fogo, em meio a um intenso movimento de tráfico de drogas em uma área que ainda não foi pacificada. “Porém, não houve intimidação e os valentes missionários voluntários seguiram adiante numa incursão incansável”, relatou o Pr. Celso Godoy, gerente de missões para grupos específicos.
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Voluntários no morro do Chapadão
Segundo ele, até os traficantes foram impactados pelo evangelho da graça de Cristo, uma vez que receberam bíblias e livros escritos por ele, contando a história de sua própria transformação. “Demonstrou mais uma vez o que Deus quer fazer nas comunidades de nosso país. O chefe do tráfico, de repente, entregou seu fuzil para o homem que o acompanhava e pegou a Bíblia que trazia no bolso e acompanhou a leitura de Efésios 2. Minha esperança é que eles possam entender, como eu mesmo entendi através da leitura desse livro, que Jesus pode mudar suas vidas”, concluiu Pr. Celso. Quem também teve sua vida transformada por Cristo,
e agora vive para compartilhar a palavra que liberta, é o irmão Ivan Regis Barbosa, da Igreja Batista da Capunga, de Recife (PE). “Já fui menino de rua, pois meu pai me deixou aos 12 anos de idade, e já estive preso, mas houve uma transformação na minha vida e por isso faço este trabalho”, contou. Irmão Ivan já participou oito vezes da operação Jesus Transforma e contou que sua participação é uma retribuição pelo que Deus fez em sua vida. “A Trans no Complexo do Alemão deu bons resultados e frutos. Subimos o morro e passamos por muitos becos onde encontramos pessoas com necessidades, mães tristes por causa dos
filhos que estão presos, e passamos pelos traficantes sem medo. É preciso mais trabalhos, mais pessoas nos campos. As quatro paredes das igrejas ainda estão muito cheias, pois muita gente com conhecimento não quer ir, então Deus chama leigos. Já vi muitos milagres durante as Trans, com pessoas que nos procuravam sedentas da Palavra. O Espírito Santo usa o semeador que sai a semear”, disse ele, convidando mais voluntários para esta tão urgente obra. Porque vidas se disponibilizaram a pregar o evangelho nessas duas comunidades, cerca de 2 mil pessoas foram alcançadas e 40 vidas se entregaram a Cristo.
Missionários compartilham vitórias com Igreja Multiplicadora
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uando chegaram a Parnamirim (RN), os missionários Pr. Carlos Alberto e Amanda de França tinham o desafio de expandir o evangelho e plantar igrejas multiplicadoras na cidade de 218 mil habitantes que tinha apenas oito igrejas batistas. “Suplicamos ao Senhor que nos enviasse líderes para o ministério, contudo o que mais nos surpreendeu foi a resposta negativa de Deus. Ele não ia enviar naquele momento, mas mostrou que os nossos líderes estavam nos bares, nas ruas, nas ‘bocas de fumo’, e que deveríamos resgatar os futuros líderes da igreja. O imperativo do Senhor era e é fazer discípulos e isso exige tempo e treinamento”, contaram os obreiros. O trabalho começou na garagem dos missionários, mas com os evangelismos, visitas, estudos bíblicos e relacionamentos desenvolvidos, almas foram alcançadas. Entre as pessoas que iam aos cultos,
estava Ademir – que mesmo alcoolizado, ia aos cultos e Deus foi quebrantando seu coração. Certo dia, no meio do culto ele perguntou se podia entregar sua vida a Cristo. Os missionários o auxiliaram e Ademir passou então a ser uma nova criatura em Cristo, se envolvendo intensamente na obra de evangelização. “Hoje, Ademir é também um plantador de igrejas, um servo do Deus vivo, um discípulo do Senhor Jesus. Ele é obreiro em uma congregação e outros irmãos estão sendo treinados para novas frentes de trabalho na área de esportes. Deus enviou e continua a enviar líderes; eles estavam nas ruas, longe de Jesus, e agora vivem para a glória de Deus”, contou o casal missionário. Investir em relacionamentos, visando a salvação de vidas que sejam discipuladas e capacitadas para a obra é o que a visão Igreja Multiplicadora defende para que haja crescimento espiritual e
também aumento do número de salvos. No Rio Grande do Sul, campo que também representa um desafio missionário, os obreiros não estão olhando para os gigantes, mas sim aproveitando as oportunidades de treinar os líderes já alcançados por Cristo. O Pr. Delton Pereira, missionário em Passo Fundo (RS), tem disseminado a visão IM para outras cidades. Até o momento, 81 líderes já foram capacitados em cidades gaúchas como Rosário do Sul, Ijuí, Palmeira das Missões, além de Passo Fundo. Outros obreiros do Sul também estão espalhando a visão pelo Estado, a fim de que o Evangelho avance. Pr. Delton louva a Deus pela vida do Pr. Cirino Refosco (gerente de estratégias missionárias), que treinou alguns missionários para que se tornassem multiplicadores da visão. “Tenho procurado, aqui em nossa região, influenciar e encorajar vários colegas e igrejas a entrarem
Após transformação, Ademir agora lidera uma congregação
na visão. Acredito que esses líderes terão resultados abençoadores”, disse ele. Interceda pelos ministérios que plantam igrejas de norte a sul do Brasil, para que
continuem avançando, pois assim alcançaremos a Pátria para Cristo. Se você deseja apoiar estes ministérios escreva para pambrasil@missoesnacionais.org.br .
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o jornal batista – domingo, 07/07/13
notícias do brasil batista
Convenção Batista do Estado do Espírito Santo realiza 97a Assembleia Geral com “celebrações de tirar o fôlego” Redação da CBEES
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97ª Assembleia Geral da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo, na PIB de Vitória, reuniu batistas de todo o estado, principalmente nas noites inspirativas, com a presença de cerca de 700 pessoas. A noite missionária com o lançamento da Campanha de Missões Estaduais 2013; a noite da Juventude Batista Capixaba (Jubac) e as mensagens dos pastores Wander Gomes Ferreira, da PIB do Recreio dos Bandeirantes (RJ) e João Luiz, da PIB de Vila da Penha (RJ) atraíram a atenção de todos os presentes causando grande alegria e quebrantamento. O presidente da CBEES, Pr. Luciano Estevam Gomes, pregou na primeira noite enfatizando o caráter de santidade do crente em Cristo Jesus. A Associação de Músicos Batistas (Ambees) comandou momentos de louvor e adoração e o Coro de Cetebes enriqueceu com seus hinos inspirativos. O presidente da CBEES, Pr. Luciano Estevam Gomes, avaliou positivamente este encontro denominacional. “Louvo a Deus pelas vitórias desta assembleia: excelente participação, celebrações de tirar o fôlego, mensagens impressionantes, equilíbrio e crescimento nas decisões e um fechamento maravilhoso em resposta ao apelo do Pr.
Conselho Missionário PIB São João de Meriti, RJ
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Oliveira de Araújo convocando o povo a reconstruir uma nova denominação. Parabéns a todos”, disse ele. Um painel especial com um Panorama Batista foi apresentado pelos representantes denominacionais, Pr. Sócrates Oliveira de Souza (Diretor Geral CBB); Pr. João Marcos (Diretor Executivo JMM); Pr. Fernando Brandão (Diretor Executivo JMN) e Gilciane Abreu (Diretora Executiva da JBB). Paralelamente aconteceu a Convenção Kids coordenada pela Associação de Educadores Cristãos (Aebees) e Ministério de Educação Cristã (Mecri). As crianças receberam mensagens bíblicas, histórias, participaram de brincadeiras, atividades didáticas, louvor e adoração com a participação especial do grupo de bonecos “Nova Turma”, da Igreja Batista em Nova Brasília, que alegrou a criançada através de teatro e fantoches. A banda Atalaia e G. Hoffmam e banda também abrilhantaram os três dias do evento. As nove sessões deliberativas que aconteceram pela manhã e tarde foram acompanhadas por um total de 245 inscritos. A mesa diretora liderou as discussões acerca de assuntos relativos ao trabalho das organizações, ministérios e associações, além de prestar relatório ao plenário das atividades desenvolvidas em 2012.
Juventude A Juventude Batista Capixaba (JUBAC) prendeu a atenção dos centenas de batistas que estiveram presentes na primeira noite inspirativa da 97ª Assembleia Anual, na PIB de Vitória. Baseados no tema “Valorizando a Nova Geração”, a JUBAC preparou uma programação especial para mostrar a cara desta geração que tem como base de sua mensagem, “A Cruz”. Um total de 180 jovens ocuparam a bancada do coro da igreja e conduziram momentos edificantes de adoração, intercalados entre louvores, hinos, ministrações, encenações sobre as diversas gerações até culminarem na mensagem da cruz. Os próprios jovens testemunharam o poder de Deus sobre esta geração disposta a caminhar compromissados com a mensagem do Evangelho. O coral cantou sob a regência do M.M. Judson Thompson e impressionou com suas vozes harmoniosas e alegria contagiante. Noite Missionária “Fortalecer para Frutificar”. O tema norteou a noite missionária da 97ª Assembleia Anual da CBEES com lançamento da campanha de Missões Estaduais. Comandada pelo Pr. Fábio Daniel e Gessyane Hoffmam, o plenário vibrou enquanto cantava o Hino Oficial de Missões “Fortes pra frutificar”.
Era visível a emoção de quem participou deste momento onde os batistas ressaltaram o principal papel da igreja neste mundo. Testemunhos dos nossos missionários esclareceram o que acontece nos campos capixabas e mostraram a importância das ofertas enviadas e aplicadas em plantação e revitalização de igrejas, e no sustento do trabalho feito por nossos 31 obreiros espalhados no estado. Momento inédito foram os três batismos de índios da Aldeia Três Palmeiras, em Santa Cruz, liderada pelo missionário Pr. Adilson Almeida. Logo após os testemunhos, uma oferta foi levantada durante o culto para compra de três máquinas industriais de costura que serão utilizadas pelos índios que precisam de recursos de sobrevivência. A doação feita por um jovem da JUBAC e a oferta arrecadada em plenário foram
suficientes para a aquisição dos equipamentos. Muitos preencheram o PAM (Plano de Adoção Missionária) designando o valor e destino para os projetos que constam no formulário. Cada doação feita foi retribuída com uma camisa de missões para a promoção da campanha nas igrejas. A mensagem pregada pelo Pr. Fernando Brandão, Executivo de Missões Nacionais, desafiando os batistas a se envolverem mais com a obra de evangelização tocou os corações levando muitos a se consagrarem para a obra missionária. Houve um despertamento promovido pelo Espírito de Deus. Caso você também queira contribuir, preencha a ficha do PAM ou se informe com o Pr. Wallace Oliveira Inácio, do Ministério de Evangelismo e Missões (MEVAM) pelo telefone (27) 3038-2815 / 2816.
Pés nas estradas do Ceará
om grande alegria, os voluntários da Primeira Igreja Batista em São João de Meriti – RJ, realizaram um impacto evangelístico nas cidades de Araçás e Pindoretama, Ceará. Nos dias 30 e 31 de maio e 1 e 2 de junho a missão
de ser um mensageiro das boas novas de Deus para as pessoas foi cumprida pela equipe composta por 25 missionários voluntários. Foi um tempo desafiador para cada irmão! As ações iniciaram na cid ad e d e Ar açás, onde há uma congregação da PIB de Fortaleza, dirigida pelo pastor Moacyr Muller Lago e sua família. Foram
realizadas várias estratégias evangelísticas para alcançar aquela comunidade: trabalho com crianças, cultos evangelísticos, visitações, evangelismo pessoal, palestra, estudos bíblicos, dentre outros. Também foi possível apoiar a Congregação Batista de Pindoretama, liderada pelo casal de missionários Thiago e Lyndiara Martins,
que recebeu com muito carinho nossa equipe. Durante as atividades evangelísticas percebemos a carência espiritual daquele povo. Além disso, a equipe teve o privilégio de hospedar-se no Lar Davis, que tem como objetivo abrigar crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade social. Foi um privilégio podermos oferecer algo para aqueles pequeninos, que nos ensinaram muitas coisas, principalmente a nos contentarmos com o que temos. Ali pudemos desenvolver o nosso amor cristão e realizar também atividades como: aconselhamento, kids game, aplicação de flúor, distribuição de kits de higiene bucal e distribuição de shampoo e creme de pentear. Mas
cremos que a maior experiência foi a demonstração de amor àquelas crianças e adolescentes, principalmente apresentando o plano de salvação e vendo-os recebendo Jesus como Salvador de suas vidas. No domingo, fechamos com chave de ouro na PIB de Fortaleza, quando o nosso querido e amado Pr. Cláudio José Farias de Souza foi o m ens ageir o em 2 cultos consecutivos, havendo várias decisões e reconciliações para o reino de Deus. A comunhão entre os irmãos foi uma das grandes marcas na viagem. Fomos impactados, sobretudo fortalecidos, pelo que vimos e ouvimos. Agradecemos ao Senhor o privilégio de participar da maravilhosa obra missionária.
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notícias do brasil batista
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Assembleia da CBSM: começou um tempo de avivamento
Fotos: Divulgação CBSM
Comunicação da Convenção Batista SulMato-Grossense
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stá começando um tempo de grande avivamento nas igrejas batistas de Mato Grosso do Sul. Um tempo de agir do Espírito Santo através do discipulado um a um e dos crentes que tenham fé operosa, amor abnegado e que tenham uma firme esperança que Cristo vai voltar. Este foi o sentimento que pairou sobre as reuniões da 67ª Assembleia da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense e 7º Congresso de Despertamento Espiritual, realizados de 29 de maio a 1º de junho em Dourados. Cerca de 250 mensageiros representando 90 igrejas batistas de todas as regiões do Estado participaram do grandioso evento que teve como tema geral “Desafiados a ser padrão na valorização da nova geração”, com presença marcante do orador oficial, pastor Josué Valandro de Oliveira Júnior, titular da IB Central da Barra da Tijuca, RJ. “Foram quatro dias de muito trabalho, debates esclarecedores e interação entre os mensageiros, mas, sobretudo,
dias de muita unção divina e orientações preciosas do Espírito Santo sobre nossas vidas”, disse o presidente da CBSM, professor Ivan Araújo Brandão. Abertura A 67ª Assembleia da CBSM foi aberta na noite de quarta-feira, 29 de maio, no templo da PIB de Dourados, igreja anfitriã que cumpriu fielmente seu importante papel. O culto de abertura foi dividido em duas partes: abertura solene do evento com presença da diretoria da CBSM, do Núcleo Gestor e de autoridades municipais – prefeito Murilo Zauith e vereador Sérgio Nogueira, pastor titular da Igreja Batista Memorial Charles Compton,
representando o presidente da Câmara Municipal. “Fiz questão de vir porque sei que o ser humano não pode viver longe de Deus”, disse o prefeito Murilo Zauith em sua saudação. E prosseguiu: “Como prefeito trabalho diariamente para dar mais qualidade de vida à comunidade; sou um instrumento público para manter a cidade em dia. Da mesma forma são os pastores, trabalham todos os dias como instrumentos de Deus para pregar a Palavra às suas ovelhas”, declarou Zauith, numa analogia simples sobre o trabalho dos dirigentes. A segunda parte do culto solene começou com as boas vindas aos mensageiros dadas pelo presidente Ivan Araújo Brandão, que agrade-
ceu à PIB de Dourados pelo apoio incondicional dessa amada igreja ao recepcionar os convencionais. Pastor Samuel Auro Monteiro de Souza, titular da PIB, relatou como foi a preparação para receber os participantes da assembleia e o desprendimento da igreja que realizou o trabalho com muito amor e dedicação. Avanço Missionário Após um período de louvor com dança e cânticos, o presidente da CBSM anunciou o momento da entrega das ofertas para missões estaduais. Em sua fala, professor Ivan anunciou que 100% das cidades de Mato Grosso do Sul estão cobertas por trabalho batista, sendo que nas
três últimas onde o trabalho foi implantado – Japorã, Caracol e Paraíso das Águas – a Convenção está trabalhando para completar o processo de implantação com a colocação de obreiros fixos. “Esta oferta que estamos levantando será aplicada na colocação de obreiros nessas cidades, para honra e glória do nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”, completou professor Ivan. O culto da primeira noite da 67ª Assembleia da CBSM teve sequência com a palavra pregada pelo pastor Josué Valandro Oliveira Júnior, preletor oficial do evento, que foi considerado também Mensageiro de Honra em homenagem conduzida pelo pastor Orlando Augusto Saab.
Homens, mulheres e igrejas do Litoral Paulista promoveram um Mutirão Missionário
Dr. Reynaldo Corrales Filho Presidente UMHBALP
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m mais uma parceria da UMHBALP (União Missionária de Homens Batistas da Associação do Litoral Paulista), UFMBALP (União Feminina Missionária Batista da Associação do Litoral Paulista), com incondicional apoio da AIBALP (Associação das Igrejas Batistas do Litoral Paulista) e com a permissão de Deus, foi realizado na Igreja Batista do Guarujá, no
bairro Santa Rosa, no sábado 15 de junho o 5º MMASEL Mutirão Missionário de Ação Social e Evangelismo do Litoral (Antigo MUPAM Litoral) deste ano. Foi uma grande bênção! Dezenas de voluntários, homens e mulheres, vindos das Igrejas Batistas Cidade Ocian, Vila Áurea, Getsêmani, Central de São Vicente, Parque Continental, PIB Santos e PIB Itapema – Guarujá. Reuniram-se a partir das 9 horas aos irmãos da igreja local para realizar mais este
abençoado mutirão. Após um delicioso café da manhã oferecido pela igreja, foi feita a abertura pelo Coordenador de Evangelismo e MMASEL da UMHBALP, o incansável irmão Moacir do Espírito Santo. Vários homens e mulheres com o DNA missionário saíram às ruas para propagar as Novas do Evangelho. Enquanto isso, outro grupo ficou na igreja para atendimento social: corte de barba e cabelo, manicure e pedicure, aferição de pressão arterial, teste de glicemia
capilar, aulas de bordado e artesanato. A irmã Cláudia Azevedo da IB Parque Continental, coordenadora regional de Amigos de Missões juntamente com sua auxiliar e mãe Neusa Azevedo, da PIB Santos e sua equipe fizeram um maravilhoso trabalho com as crianças que incluiu músicas, teatro, e atividades diversas. Confira os números deste abençoado e desafiador projeto de Deus: 3 mil folhetos entregues, 49 testes de gli-
cemia capilar e 50 aferição de pressão arterial, 20 cortes de cabelo, 20 manicure e pedicure, 5 cortes de barba, 58 crianças atendidas e evangelizadas, 18 pessoas aprenderam e realizaram trabalhos de artesanato e bordado, 42 fichas de lares solicitando visita e/ou estudo bíblico foram entregues ao Pr. Jayme Perezin, pastor da Igreja. Agradecemos a Deus por tudo o que foi realizado ali e a todos os voluntários que participaram deste grande e abençoado evento.
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notícias do brasil batista
Departamento de Ação Social da CBB
Luciene Fraga Coordenadora do Departamento de Ação Social da CBB “Algum tempo depois, muitas pessoas, tanto homens como mulheres, começaram a reclamar contra os seus patrícios judeus. Quando eu, Neemias, ouvi essas queixas, fiquei zangado e resolvi fazer alguma coisa. Repreendi as autoridades do povo e os oficiais e disse: vocês estão explorando os seus irmãos! Depois de pensar nisso, eu reuni todo o povo a fim de tratar desse problema” (Neemias 5.1,6 e 8).
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texto bíblico trata da exploração dos pobres, onde o contexto social da época era cheio de injustiças, exploração entre os próprios judeus, desigualdades sociais, miséria, humilhação, dentre outras questões sociais que afetavam o povo. Neemias ao saber dessas notícias muito se indignou e “resolveu fazer alguma coisa”. Ele foi um governador que ouviu a voz dos cidadãos que se levantaram. Em levantar as suas vozes, em solidariedade com os irmãos da comunidade judaica, e participar no momento social,
estes levaram o governador a eliminar as injustiças e lutar pelo direito do povo. Sem dúvida as manifestações populares recentes refletem frustrações e indagações semelhantes àquelas levantadas pelos judeus. Elas são uma ferramenta importante de participação na construção de uma sociedade mais justa. Porém, em algum momento, tendo o governo satisfeito ou não as reivindicações da população, a onda de manifestações provavelmente acalmará. Como, então podemos participar para que as indagações e injustiças não sejam esquecidas? No Brasil, diferentemente da época de Neemias, gozamos de processos democráticos que visam a participação direta da sociedade civil, não partidária, na construção da sociedade e de políticas públicas. Mas, como funciona esta participação social e de que maneira podemos contribuir na sociedade? A Constituição de 1988 consagrou o princípio da participação social como forma de afirmação da democracia. A participação social é o envolvimento dos cidadãos nos processos decisórios em uma sociedade e isso implica em entender as variadas ações que diversas forças sociais
desenvolvem com o intuito de influenciar a formação, execução, fiscalização e avaliação de políticas públicas na área social como: saúde, educação, habitação, transporte, etc. Uma das formas de participação social é o envolvimento nos conselhos de direitos. Estes conselhos são órgãos colegiados, permanentes, paritários e deliberativos, com objetivo de formular, supervisionar e avaliar as políticas públicas. Os Conselhos tem se constituído como espaços próprios para incorporar pautas e interesses dos setores sociais que buscam a melhoria da qualidade e a universalização da prestação de serviços, destacando-se como instâncias de construção de direitos, onde a comunidade, através de seus representantes, tem oportunidade de dialogar com o governo. Outro espaço de participação livre da sociedade são as conferências, que abrangem várias áreas setoriais nas esferas municipal, regional, estadual e nacional. Segundo dados da Secretaria Geral do Governo, entre 2003 e 2012 mais de sete milhões de pessoas participaram do debate sobre propostas para as políticas públicas. Ainda este ano e em 2014 estão previstas 19
conferências nacionais, com expectativa de participação de milhões de pessoas, desde as etapas municipais, livres, regionais, estaduais até a etapa nacional. As etapas preparatórias (municipais, territoriais, temáticas) são momentos importantes e ricos no processo de uma Conferência. É nelas que o debate se intensifica, tanto nos temas nacionais como nos locais, proporcionando ao cidadão oportunidade de propor soluções para os problemas da sua cidade, estado e do país. É fundamental que nós estimulemos os membros de nossas igrejas a participarem nestes espaços públicos. Especialmente diante das manifestações que deixam claro que, até então, a voz da sociedade civil não recebeu atenção suficiente na construção das políticas públicas do país. Procure a CAS - Coordenadoria de Assistência Social do seu município e se informe com as datas das conferências. Abaixo segue a relação de algumas Conferências estaduais e nacionais. 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável Etapa estadual: 01/06 e 30/07/2013. Etapa nacional : 09/2013.
2ª Conferência Nacional de Educação Etapa estadual: 01/07 a 30/09/13 Etapa nacional:14 a 21/02/14 4ª Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente Etapa municipal:31/11/2013 Etapa estadual: até 17/08/13 Etapa nacional: 10 a 14/10/13 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente Etapa estadual: de 30/05 a 10/09/13 Etapa nacional: 24 a 27/10/13 9ª Conferência Nacional de Assistência Social Etapa municipal:08/05 a 09/08/2013 Etapa estadual: até 08/10/13 Etapa nacional: 16 a 19/12/13 Prezado pastor e líder, incentive os membros da sua igreja a se engajarem em alguma área de participação social, podemos neste tempo ser como Neemias que não ficou estático e lutou em prol de uma sociedade mais justa. Quer saber mais: www.secretariageral.gov.br .
Oh, que bela e linda história em Caparaó! Florentino Gabriel Ferreira
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aparaó foi uma descoberta fantástica dos desbravadores do Brasil. A fauna, a flora e as cachoeiras que desciam do pico mais alto do país, na época, eram exuberantes, deslumbrantes mesmo. Divulgada a notícia, logo começaram a chegar os primeiros acampantes e os primeiros batistas chegaram juntos, estabelecendo-se em congregação. E, em 31 de julho de 1913, foi organizada a Primeira Igreja Batista da atual Alto
Caparaó. Hoje, com cerca de 600 membros, tem o maior patrimônio urbano da cidade e é mãe de quatro igrejas e uma forte congregação que já se prepara para ser organizada como Igreja, e está entre as maiores do estado. A Primeira Igreja Batista de Alto Caparaó se prepara para as comemorações do seu centenário que ocorrerá durante todo o mês de julho de 2013. Sendo que, no dia 31, haverá o culto da vitória, para o qual todos os ex-membros e amigos estão convidados para participarem desse evento especial. Igreja Alto Caparaó
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missões mundiais
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Conectados com Missões Mundiais Eliana Moura Redação de Missões Mundiais
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uando nos disponibilizamos a abençoar, somos abençoados. Quando nos propomos a compartilhar a palavra de Deus, somos transformados. A palavra tem que falar primeiro ao nosso coração” – é assim que o Pr. David Mattheus, da Missão Batista em Grajaú, Rio de Janeiro/RJ, entende a vida em missão na igreja, e é assim que esta comunidade vive: mobilizando, intercedendo, ofertando e indo aos campos. A igreja abraçou a campanha “Testemunhe às Nações pelo Poder do Espírito” e todo o esforço da igreja está voltado para mover o coração de mais gente para os desafios missionários. A Missão Batista em Grajaú tem realizado eventos missionários com muita frequência. São almoços e cantinas que, além de promoverem um espaço de comunhão, conscientizam os irmãos sobre a importância de mobilizar. Durante todo o primeiro se-
Jantar missionário na Missão Batista em Grajaú
mestre a igreja contou com a presença de missionários de Missões Mundiais e, para o Pr. David, tem sido uma experiência enriquecedora: “Deus tem movido os nossos corações”. Ele diz que “o sentimento é de muita alegria, imaginando, também, a alegria de Deus ao ver esse entendimento da igreja sobre o seu papel no mundo”. A oração de David é para que, entre aqueles da sua comunidade de fé, pelo menos um se desperte para ser missionário de Missões Mundiais. Vamos orar com ele?!
A igreja vive a realidade de que todos nós somos missionários. Uma vez que experimentamos Jesus em nossas vidas, temos de viver a missão, participar do projeto de Deus para salvação da humanidade. Vidas estão sendo salvas por completo, restauradas para glória de Deus. Há algo que marca a vida de Missões Mundiais quando encontra com comunidades como a da Missão Batista em Grajaú. Quando perguntamos sobre o sentimento que está no coração deles ao se empenharem com
todas estas atividades missionárias, o que podemos ouvir é: “Deus tem movido os nossos corações e nos sentimos participantes do trabalho da Junta de Missões Mundiais. Temos orado para que Deus nos motive cada dia mais”. Para a igreja, tem sido um momento marcante de sua caminhada a entrega de tudo o que tem, e tudo o que faz é para a glória de Deus, vivendo diante de Sua face. A irmã Márcia Mendes conta um pouco sobre o sentimento da igreja que, com certeza, tem um coração ligado na missão: “Participamos das campanhas porque entendemos o ide de Deus e, então, onde houver oportunidade de pregação, nos sentimos mobilizados e desejamos engajar a todos nesse mesmo sentimento. A gente compreende a necessidade dos que administram as ofertas como também a daqueles que se disponibilizam e atendem ao chamado. É o máximo ajudar aqueles que dão suas vidas para ir a campos tão longe e difíceis. É um projeto extraordinário de Deus, e
queremos fazer toda a propaganda que pudermos para ajudar! Acredito que precisamos falar e viver Missões para que o povo de Deus saiba que dízimos e ofertas vão muito mais além do que a finalidade de sustentar a igreja local. Vejo a JMM como uma agência séria, dedicada e acreditada. São 106 anos cumprindo a missão e, por todo o país, igrejas se mobilizam para cooperar com as campanhas. Desde que me converti (1983), sempre percebo entusiasmo, contemporaneidade e uma visão alinhada com o reino de Deus nessa instituição. Tudo isso encanta qualquer um que sabe de suas realizações: PAM, PIM, missionários efetivos, voluntários, obreiros da terra, Radicais, uso de habilidades profissionais para servir por inteiro no campo, treinamento de líderes, seriedade dos processos administrativos para gerenciar os recursos, enfim, tudo é muito dinâmico e animador! Sou feliz por ser parceira de Missões Mundiais nessa caminhada”.
Um terreno para a igreja de Dili no Timor-Leste Marcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais
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s missionários de Missões Mundiais no Timor-Leste contam com o apoio das igrejas brasileiras para comprar um terreno de 400 m², onde futuramente será construído o templo da PIB de Dili, a capital timorense. Em junho deste ano, o casal missionário Pr. Evaldo e Vanete Teixeira e a missionária Silvânia da Costa encontraram o local ideal para a construção da igreja. O terreno tem 400 m². Cada metro quadrado custa o equivalente a R$230,00. A compra deste terreno, que é o pontapé inicial para a realização do sonho de construir uma igreja em Dili, só será possível com a participação de igrejas brasileiras. Missões Mundiais viabiliza a participação dos irmãos brasileiros neste projeto que permitirá o fortalecimento da população protestante naquele país, que hoje é de apenas 6% (61 mil fiéis). A presença das igrejas evangélicas no Timor só começou a crescer nos anos de 1960, com a chegada de al-
Timorenses se reúnem para adorar a Deus
gumas denominações. Porém, como muitos não possuíam o preparo pessoal e teológico adequado, várias igrejas foram perdendo seus membros. A ajuda que faltava A República Democrática do Timor-Leste se tornou independente em 1975, mas somente foi reconhecida em 2002. Ela está localizada no Sudeste Asiático e faz fronteira com a Indonésia. Sua posição geográfica a coloca
no chamado “Anel de Fogo”, local de terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas. O Timor-Leste possui mais de 1 milhão de habitantes, sendo que a maior parte está concentrada em Dili. O idioma oficial é o português, mas o tétum, um dialeto comum entre o povo, é muito falado também. Somente nos anos de 1960 Dili começou a dispor de luz elétrica; na década de 1970 foi a vez da água encanada, esgoto, escolas e hospitais.
Com baixo rendimento interno de sua economia, pois cerca de 75% da população vive da agricultura, o Produto Interno Bruto (PIB) do Timor-Leste é um dos menores do mundo. O país sobrevive através de ajudas internacionais. Em 2001, uma nova esperança chegou ao Timor. Foi naquele ano que Missões Mundiais iniciou sua história no país, com o envio do casal Pr. Denison e Patrícia Baptista. Por motivos de saúde, o
casal acabou retornando ao Brasil e somente após quatro anos, em 2005, Missões Mundiais enviou ao Timor a missionária e professora Silvânia Maria da Costa. A ideia era aproveitar a oportunidade que surgiu do convênio firmado entre os Ministérios da Educação do Timor-Leste e do Brasil, chamado Programa de Qualificação de Docentes e Ensino da Língua Portuguesa, para difundir a língua portuguesa entre os timorenses. E em agosto de 2006, o casal missionário Pr. Evaldo e Vanete Teixeira também seguiu para o Timor-Leste para desenvolver um ministério de plantação de igrejas na capital e apoiar o trabalho da missionária Silvânia Costa. Eles contam com a participação dos crentes brasileiros para avançarem mais um passo na missão de anunciar Cristo aos timorenses. Para colaborar com a compra do terreno para a PIB de Dili, ligue para a Central de Atendimento da JMM: (21) 2122-1900 (de cidades com DDD 21) ou 0800 709 1900 (demais localidades). Junte os amigos, a família, os irmãos de sua igreja e participe desta empreitada missionária!
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o jornal batista – domingo, 07/07/13
notícias do brasil batista
Um culto especial: duas celebrações IB no Alto da Lapa celebra seu aniversário e do pr. Humberto Viegas
Ana Paula Scordamaglio de Moraes Presidente da MCA
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modesto, porém confortabilíssimo e muito aconchegante templo da Igreja Batista no Alto da Lapa, na confluência com o Alto de Pinheiros, na capital de São Paulo, esteve repleto para o culto especial de celebração dos 48 anos de vida da Igreja (26/01/65 – 26/01/2013), e também para as celebrações dos 80 anos de nascimento do seu pastor, Dr. Humberto Viegas Fernandes (26/02/33 – 25/02/2013). A Igreja, agraciada por Deus com uma propriedade valiosíssima, num bairro nobre de classe média alta, puramente residencial, vem lutando bravamente para prosseguir servindo à causa do Senhor Jesus. Sua luta não tem sido fácil, ao longo desses 48 anos, desde sua fundação pelo Dr. Djalma Cunha, seu primeiro pastor. Oito outros pastores por aqui passaram durante este tempo. O pastor Humberto é o décimo. Começou seu trabalho em janeiro de 2002, como cooperador voluntário, e depois atendeu ao convite da Igreja para assumir o pastorado, o que ocorreu em abril de 2003. Diz ser este o mais difícil pastorado dos dez, por onde passou, e não culpa esta Igreja por absolutamente nada, a quem agradece o grande amor por ele sempre demonstrado, e a grande cooperação que sempre tem recebido, bem como a sua família. “São fatores desconhecidos, porém bem conhecidos”, diz o pastor Humberto, referindo-se as forças espirituais da maldade, distribuídas em principados e potestades. A Igreja não pode se esquecer de que está no mundo, contra as portas do inferno. Entretanto, o pastor Humberto alegra-se muito por ver uma Igreja que vive o amor fraternal entre os seus membros, “fator preponderante de verdadeira espiritualidade cristã perante Deus”, diz ele. Vale dizer que também ele se alegra por ver a resposta da Igreja nos diversos setores da sua atividade: ação social, distribuindo cestas básicas, contribuições orçamentárias para o Recanto dos Avós (lar para idosos), e para o Lar Batista de Crianças, com 1.040 crianças abrigadas. Outro motivo de grande contentamento do pastor Humberto é ver a resposta da Igreja ao seu entusiasmo missionário. A promoção mis-
sionária na igreja é primorosa, envolve toda a Igreja num contágio santo. Dentro das suas reais possibilidades a Igreja contribui, sistematicamente, para missões locais, estaduais, nacionais e mundiais, além de contribuir para o Plano Cooperativo da Denominação. A Campanha de Missões Mundiais deste ano vai de vento em popa, com muito entusiasmo. Pensando no seu amanhã, vale acrescentar aqui que a Igreja já nomeou a Comissão Especial que vai cuidar das comemorações do seu Jubileu de Ouro, em janeiro de 2015. A comemoração do aniversário do pastor Humberto encheu-lhe o coração de alegria e gratidão. Vários pastores, inclusive dois filhos na fé e no ministério, Jorge Duppong, o pregador da noite; e Nilo Alves dos Santos, que fez a oração de gratidão. Ambos ganhos para Cristo no pastorado da IB em Perdizes, nesta capital. A grande alegria do pastor Humberto completou-se com a presença dos filhos, Ana Cristina, a primogênita vinda do Rio de Janeiro com o marido Fábio e os filhos Marcelo e Guilherme Augusto, e representando Fabiana, casada que reside nos Estados Unidos. Bruno Augusto, vindo de Brasília, representando sua esposa Cláudia e as três filhas Bruna, Fernanda e Isabela (Bruna e Fernanda também residem no Estados Unidos, onde nasceram). E Christiane, a mais nova, representando as filhas Alessandra e Gabriela, residentes em Brasília. A alegria do pastor Humberto
Pastor Humberto e família
o levou às lágrimas. Grandemente influenciado pelos pais, pastor e professor Augusto Carlos Fernandes e Celecina Viegas Fernandes, uma grande incentivadora, o pastor Humberto dedicou-se aos estudos seculares e teológicos, com muito empenho pelo simples prazer de estudar, de adquirir conhecimentos e de honrar seus queridos pais, para servir melhor. É Bacharel em Ciências Jurídicas, pelas FMU, São Paulo; e em Teologia, pela Faculdade Teológica Batista do Estado. Tem Mestrado em Teologia Sacra, Master of Sacred Thology, pelo New York Internacional Seminary, da Universidade de Nova Iorque, e Doutorado em Ministério, Doctor of Ministry, pela Reformed Faith Theological College And Seminary, extensão no Brasil da Cohen University and Theoloogical Seminary, da Califórnia nos Estados Unidos. Conforme afirma o pastor Humberto,
Marcelo Ferreira, neto do Pastor Humberto prestando uma homenagem
cursos feitos para seu exclusivo uso, abuso e gasto no ministério pastoral. Ele também foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa, em Teologia, pela União Internacional de Pastores e Capelães, por iniciativa da Igreja Batista da Floresta, onde também foi pastor e do profícuo ministério exercido lá, inclusive com a IB Central da cidade. Seus diplomas estão expostos em seu gabinete pastoral nesta Igreja.
O pastor Humberto sente-se em plena forma física e mental, aos 80 anos, e brinca dizendo que se Deus lhe conceder viver o tempo que viveu seu saudoso pai, ele ainda dispõe de 25 anos pela frente. Após a festiva e inspiradora celebração todos os presentes foram convidados a descerem para o salão social da Igreja, para uma festiva e alegre celebração de amor, quando dois grandes e gostosos bolos foram distribuídos por todos.
o jornal batista – domingo, 07/07/13
ponto de vista
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121 anos dos Batistas Letos no Brasil
Pr. Benjamim William Keidann Presidente da Associação Batista Leta do Brasil
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m Congresso abençoador, inspirador e desafiador nos possibilitou retornar lá onde tudo começou em nossa história aqui no Brasil. A Associação Batista Leta no Brasil, ABLB, agradece e louva a Deus pelos dias de alegria e comunhão que compartilhamos em Santa Catarina, 30, 31 de maio e 01,02 de junho. Nossa gratidão ao trabalho de todas as equipes da Terceira Igreja Batista de Criciúma que nos receberam com tanto carinho. O pequeno grupo daquela Igreja se desdobrou e preparou o material necessário e os locais para as reuniões com tanta eficiência que até um suculento sopão estava a esperar o povo após os cultos naquelas noites frias. As reuniões realizadas no Templo e no Teatro Municipal Elias Angeloni e as refeições num restaurante próximo facilitaram para que
Preletores congresso leto 2013 reunidos
os congressistas ficassem mais tempo juntos. (Acessem o site da Igreja www.tibcriciuma. org.br e vejam muitas fotos). O 64º Congresso da Associação Batista Leta do Brasil nos motivou a refletir sobre o tema “A Mão de Deus na nossa história”, conforme a divisa no Salmo 78. 3 e 4, o Hino oficial “As maravilhas divinas”, nº 7 do Cantor Cristão, e o antigo e tradicional “Dievs Milestiba”. Cantamos belos Hinos, oramos e nos emocionamos com as lindas apresentações dos diversos
Corais. Todos os preletores (Prs. Roberto Weidman, Nilton Malves, João Reinaldo Purin, Benjamim Keidann, Williams Balaniuc e Profª Klaudy Garros) filhos e descendentes de imigrantes da Letônia, proferiram mensagens baseadas em experiências de suas famílias e das igrejas Letas. No sábado, dia 01 de junho de 2013, um expressivo número de pessoas se deslocou para a cidade de Orleans. Naquela manhã realizamos um Culto no local onde foi
Letos celebrando culto
organizada a Primeira Igreja Batista Leta do Brasil e um grupo de pessoas subiu o morro para rever o cemitério dos pioneiros. Foi um dia histórico de muitas recordações para os descendentes e de novos desafios para todos. Um fato interessante a observar: naquela mesma data, dia 01 de junho de 1969, a Igreja foi dissolvida, pois os seus membros haviam mudado para outras localidades, e agora a ABLB toma a posição de nomear uma comissão de 7 irmãos da região para res-
gatar a história, construindo no local uma Casa Leta e um monumento aos pioneiros. Para o próximo ano já imaginamos novas emoções, pois o nosso 65º Congresso será realizado na Varpa, Tupã, SP, onde relembraremos a chegada do grande grupo de imigrantes vindos da Letônia em 1922. Aos batistas brasileiros conclamamos que permaneçam orando pelas Igrejas e Grupos Letos, pois como sempre repete o nosso querido obreiro centenário Pr. Osvaldo Ronis “a Obra Continua!”.
Ação Missionária no cinema com A Última Chance através do imposto de renda
Jefferson Agostinho Cineasta
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cineasta Jefferson Agostinho que lançou em 2011 o filme “Que amor é esse?” e hoje já foi visto por mais de dois milhões de pessoas, está produzindo seu primeiro longa-metragem, o filme “A Última Chance”, que será lançado nos cinemas de todo Brasil. O filme “A Última Chance” será gravado em várias cidades de Santa Catarina e é baseado em uma história real, que visa alcançar todas as pessoas, independentemente de idade, etnia, religião ou classe social. Uma vez que retrata a história de perdão entre um pai e um
filho, permitindo que muitas pessoas se identifiquem com os personagens, e acima de tudo o filme vai falar do amor e do perdão de Deus. O projeto do filme “A Última Chance” foi aprovado na lei audiovisual artigo 1º-A da Lei nº. 8.685/93 da ANCINE - Agencia Nacional de Cinema, e toda empresa baseada no lucro real pode patrocinar, e também pessoas físicas que pagam imposto de renda. Nossa ação missionária é através do imposto de renda com a Campanha 70X7, onde todas as pessoas que pagam imposto de renda podem patrocinar o filme com até 6% do imposto devido, e deduzir o valor do patrocínio em seu imposto de renda. Como 70X7 é uma passagem bíblica
onde Jesus fala para Pedro que devemos perdoar as pessoas 70X7, o filme fala sobre perdão. Deus colocou no coração do Jefferson o slogan que está na Bíblia em Mateus 18.22. A campanha é para conseguirmos 70X7 pessoas todos os meses que possam patrocinar o filme através do seu imposto de renda e também pessoas orando por toda equipe que está
Link do filme Que amor é envolvida nesta grande missão de alcançar vidas através do ci- esse? http://www.youtube.com/ nema. Pois “JUNTOS SOMOS watch?v=YOfMy65uMmk MELHORES”. Mais informações nos sites: Links dos vídeos da camwww.aultimachance.com panha e também do teaser ou www.faceboook.com/ do filme: http://www.youtube.com/ aultimachance watch?v=BIxxPMF7AW4 Telefone: (48) 8418-3315 h t t p s : / / v i m e o . ou (48) 3258-4513 com/67835425
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o jornal batista – domingo, 07/07/13
Samuel Rodrigues de Souza Gerontólogo pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Ministro da 3ª e 4ª Idades da Igreja Batista Carioca, Méier, RJ
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uando vejo um idoso, enxergo um museu vivo, de contos, de soluções, de sobrevivência, de saúde e do meu próprio futuro. Mas, muitos ficaram indignados com o ministro japonês Taro Aso, de 72 anos, que causou polêmica ao dizer que idosos devem “se apressar e morrer”, pois a população idosa é dreno desnecessário nas finanças do Japão e deveriam “morrer” para poupar gastos do governo com a saúde pública. “O problema não será resolvido a não ser que você deixe que eles se apressem e morram”. O ministro disse que recusaria qualquer tratamento médico para prolongar a própria vida. “Eu não preciso desse tipo de tratamento”, afirmou Aso, acrescentando que escreveu uma carta aos seus familiares informando-os dessa escolha. No Japão, quase 25% dos 128 milhões de habitantes
Sillas dos Santos Vieira Pastor Batista em Vitória, ES Membro do Conselho Coordenador da Aliança Evangélica Brasileira
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ste último mês marcou um momento histórico para o Brasil. Em todo país milhares de pessoas se mobilizaram e saíram pacificamente às ruas clamando por uma mudança significativa na política brasileira. Ideais como paz e liberdade de manifestação se uniram a pedidos por serviços acessíveis e de qualidade na saúde, educação e no transporte público. Protestos contra os gastos astronômi-
ponto de vista
têm mais de 60 anos. A proporção aumenta para 40% ao considerar a população com mais de 50 anos. As declarações de Aso foram consideradas um problema para o novo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Após muitas críticas, Aso tentou se retratar e reconheceu que seus comentários foram “inapropriados” e que suas declarações somente refletiam uma opinião pessoal e não eram uma sugestão para o governo. Infelizmente essa opinião se alastra pelo mundo, quando muitos querem tomar o lugar de Deus, que é o autor da vida e da morte, e somente Ele pode determinar a hora que devemos chegar ao fim de nossas existências. No entanto, tudo está se encaminhando para que as pessoas já deixem por escrito um documento em poder de seus familiares, para que não permitam que fiquem vegetando sob o controle de aparelhos em tratamentos intermináveis e que deixam as famílias sem ação. Por outro lado, devemos estar atentos, pois a terceira idade nas igrejas, por exemplo, não deve funcionar como gueto, separada dos demais, podendo ter
seus próprios e especializados empreendimentos. E misturando-se também com outras faixas etárias em projetos de apoio espiritual a carentes e problemáticos, intercâmbios, churrascos, jantares, etc. Destacando a trajetória histórica da questão da velhice, Callis (1996) procura demarcar as diferenças culturais nas formas de encarar o envelhecimento e de tratar os idosos. Remete-se às civilizações diferenciadas, como os esquimós, que são incitados aos suicídio, enquanto entre os detentores, na África, só são respeitados os idosos lúcidos e descartam aqueles que perderam a lucidez. Cita, também, o ritual de antigas aldeias japonesas que conduziam os velhos para as “montanhas da morte“. Situação inversa vivem os idosos na cultura dos Yahgans, na Terra do Fogo, que são respeitados como detentores do saber e fazem parte do “Conselho dos Velhos“, instância deliberativa máxima da comunidade. Na China há uma filosofia que valoriza os idosos, respaldada em Confúcio e em Lao-Tsé, segundo o qual “é aos 60 anos que o homem se torna capaz de se libertar de seu
corpo e de se tornar santo” (1996:24). A escritora americana Pearl Buck, que viveu muitos anos na China, afirma em seu livro “Minha Vida”, que uma civilização só tem força se tratar bem de seus desvalidos. Buck presenciou a mudança que melhorou a situação dos idosos norte-americanos após a II Guerra Mundial e cita Hitler, que começou a cair ao iniciar sua perseguição aos velhos. A Bíblia assinala que “Os cabelos brancos são uma coroa de honra”. No caso do Brasil verifica-se que a sociedade brasileira vem apresentando mudanças em sua pirâmide etária, revelando-se nos últimos 30 anos uma participação crescente da população idosa. Mais importante do que acrescentar anos à vida, é ao nosso entender, dar qualidade a esse tempo para que ele realmente valha a pena ser vivido. A exclusão da quase totalidade da população idosa no processo produtivo dinâmico, tende a acirrar a marginalização dos velhos. As instituições de assistência à população idosa oferecem atividades que possam preencher o tempo ocioso de sua clientela.
Tais atividades, com o escopo de fazê-los participantes e integrados à vida social muitas vezes constituem-se elementos de acirramento da marginalização. É o caso de atividades que infantilizam e/ou ridicularizam os idosos. Espaços de convivência compartilhados exclusivamente por idosos, empobrecem o convívio social com outras gerações, tornando os grupos, verdadeiros “guetos” de velhos. A situação da população idosa é duplamente penosa: no aspecto quantitativo, na medida em que o aumento desse segmento não foi acompanhado pelo aumento dos serviços. Já no qualitativo, o acesso à informação, à informatização e aos avanços tecnológicos tende a ser concedido às faixas mais jovens que se inserem na força de trabalho. Idosos, na sociedade, família e igreja, não se devem deixar manipular, mas existir primando-se por ser sujeito de sua história e nunca objeto de outros, devem unir suas forças para lutar por seus direitos, pois a cada dia os salários dos aposentados são mais achatados e não acompanham o aumento das demais classes.
cos de dinheiro público com estádios bilionários para a Copa de Futebol da FIFA; contra a PEC 37 que pretende tirar do Ministério Público o poder de investigação. Gritos há muito tempo engasgados fizeram das reivindicações um só movimento. O Brasil acordou – e não pretende dormir mais. O estado de sonolência em que nos encontrávamos já não nos representa mais. O “deitado eternamente em berço esplêndido” do Hino Nacional já não faz mais sentido. O povo acordou e se levantou, tomando as ruas. Não vai mais aceitar pacificamente a corrupção, os desmandos dos gestores públicos, as decisões
arbitrárias de gabinete que afetam o povo e oprimem. Sem dúvida este é um dos momentos mais bonitos da História recente do país. Os movimentos sociais, longe de partidos políticos, numa bela expressão da democracia direta, agora pretende continuar na rua, junto com os cidadãos, para cobrar dos governantes cidades mais justas para todas as pessoas, com mobilidade urbana de qualidade para todos. A lição que tiramos dessa onda de protestos em âmbito nacional é que a política também se faz com as nossas próprias mãos. Quando nossos representantes institucionais já não mais representam o povo
e seus anseios e perderam a sua credibilidade, o próprio povo sai às ruas para se defender e lutar por os anseios. Um país é feito principalmente por seu povo e todo seu arcabouço institucional deve estar a serviço da sua gente e não o inverso. O povo é que precisa ser primeiro defendido nos seus legítimos interesses e só depois as instituições e o patrimônio, seja público ou privado. Como declarou o Senhor Jesus: “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”. As instituições existem para servir ao ser humano, aos cidadãos e não o inverso. Acima do Congresso Nacio-
nal, do Poder Judiciário e de toda a estrutura de governo está o cidadão. O crescente descrédito das instituições e dos representantes, que já não mais representam o povo é uma das mais fortes marcas dessas manifestações. Que os governantes acordem mesmo, porque o povo brasileiro acordou e não vai mais dormir em berço esplêndido. A voz das ruas precisa ser ouvida e atendida. O povo quer ser protagonista da sua história e não meros coadjuvantes. É um Brasil novo que nasce e o processo eleitoral de 2014 mostrará claramente este novo momento.
o jornal batista – domingo, 07/07/13
ponto de vista
Da mesa da Diretoria da ABIBET
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emanalmente a diretoria da ABIBET tem recebido pedido de informações pelo seu site e também tomado conhecimento de irregularidade graves no meio da educação teológica no Brasil e, infelizmente, envolvendo seminários batistas. O pior é que também temos tomado conhecimento de que esse assunto tem passado ao largo da ação de Convenções Batistas Estaduais e Associações Regionais Batistas e até entendemos que seja por falta de esclarecimento. Como entidade da Convenção Batista Brasileira encarregada em ocupar-se com a educação teológica batista no Brasil, a ABIBET tem se preocupado com a situação desta área e tem publicado anualmente em O Jornal Batista um documento contendo informações importantes sobre os cuidados legais necessários que devem ser tomados pelos seminários teológicos batistas no Brasil, sejam oficializados ou não pelo MEC. O documento deste ano saiu na edição de 13 de janeiro. A história nos tem mostrado que a qualidade do atendimento às igrejas e à denominação passa pela qualidade da educação teológica oferecida. Não há mais como ficarmos omissos diante do volume de seminários batistas que temos espalhados por todo país (cerca de 80 instituições) sem a garantia do aferimento da qualidade oferecida no ensino. Não há mais condições de serem criados seminários como são criadas frentes missionárias e missões evangelísticas, sem querer desprezar este tipo de trabalho. Recentemente tomamos conhecimento de duas associações regionais da capital de um forte Estado de nosso país que distribuiu questionário para saber que tipo de educação poderia ser oferecida por mais um novo seminário que desejam criar. Quantas aulas querem os alunos ter por semana, quanto desejam pagar, etc. Não é assim que deve ser criado um seminário. Já foi a época em que se defendia que precisamos formar pastores e não teólogos, como se fosse possível formar médicos, sem medicina ou mesmo formar engenheiros, sem matemática. Você iria
se consultar em um médico sabendo que ele apenas é vocacionado para a medicina, sem a devida formação? Você pode pensar que o médico cuida de nossa saúde e não pode haver riscos. E o pastor cuida do quê? Não é em nutrir, aconselhar, cuidar de vidas? Não é possível formar um pastor apenas como obreiro prático, que saiba apenas como dirigir uma sessão da igreja ou como fazer uma visita num hospital, preparar e pregar um sermão, como redigir uma ata, como dirigir administrativamente uma igreja, dirigir uma nova construção da igreja. Ser pastor é mais do que isso, é cuidar do rebanho, é saber interpretar as mazelas do mundo contemporâneo para poder orientar suas ovelhas. Como um pastor, apenas obreiro prático que não estudou profundamente a Bíblia, a Teologia e outras áreas de saberes necessários poderia aconselhar com segurança suas ovelhas em assuntos como abortamento, eutanásia, homossexualidade? A criação de novos seminários tem obedecido dois argumentos básicos. Em primeiro lugar vem a questão do acesso do estudante ao seminário. Sem dúvida é um assunto importante e concreto e neste caso as igrejas, as famílias, associações regionais e convenções estaduais necessitam buscar recursos para enviar os vocacionados em seminários mais próximos, mas que dão garantia de formação para o ministério. Outro argumento é o financeiro. Argumenta-se que os seminários com maior estrutura cobram caro. Neste ponto é necessário considerar alguns fatos importantes. Em primeiro lugar, na realidade temos notado que os custos dos cursos teológicos são compatíveis e até menores que cursos seculares equivalentes. Em segundo lugar, temos de levar em conta que qualidade custa dinheiro. Manter professores e professoras com formação e experiência, biblioteca, condições físicas de oferta, pessoal administrativo e da área de educação para gerenciar a qualidade, tudo isso custa caro. Por exemplo, para cada R$ 100,00 de salário, normalmente há um custo adicional exigido pelas leis trabalhistas, sociais e previdenciárias, da ordem de mais R$ 40,00. Manter tudo legalizado exige custo. Manter softwares para
os computadores da escola e para os alunos, inclusive antivírus legalizado exige custo. Manter todo pessoal registrado em carteira exige custo, etc. Será que muitos seminários criados por causa deste motivo estão legalizados pelo menos nestes itens? E não estamos falando aqui de oficialização no MEC, apenas do registro e manutenção da legalidade fiscal e previdenciária da escola. Então, como poderíamos classificar ou entender a manutenção de um curso com custo baixo, mas com ilegalidade? Biblicamente como você poderia nomear isso? A questão aqui é de custo baixo ou de falta de visão em pagar o necessário custo para que o vocacionado receba a adequada formação para o exercício do ministério com qualidade? Em termos internacionais, historicamente a educação teológica têm naturalmente um déficit de 50% se considerarmos as receitas operacionais apenas. No Brasil batista, geralmente, não há subsídios suficientes (sabemos de importante instituição batista no Brasil que recebe de sua Convenção Estadual menos de 0,4% de seu orçamento, enquanto concede cerca de 8% de bolsas de estudos a alunos carentes). Como temos o exemplo do fracasso institucional por imperícia de gestão financeira demonstrada em diversas situações de nossa história batista no Brasil, para que se administre seminários e faculdades teológicas com sensatez é preciso que o custo das mensalidades reflitam o real custo orçamentário da sobrevivência dos seminários. Quando são criados seminários menores com o objetivo de baixar o custo, mas em manter um estado de ilegalidade, não estaríamos cultivando dúvidas éticas? Não estaríamos criando um ambiente sangrento de concorrência desleal contra instituições que têm todo custo de legalidade? Instituições estas que, por isso, acabam não recebendo mais alunos e, não recebendo mais alunos, acabam tendo de aumentar o custo de suas mensalidades e assim por diante. O pior é que a história ensina que estes seminários criados com estes motivos têm tempo de duração não muito longo, cerca de 4 a 5 anos e depois começam a sofrer impasses de sobrevivência. Se deci-
dem continuar, acabam geralmente fornecendo obreiros de qualidade insegura para a região. Muitos líderes regionais, formados em seminários de maior porte acabam testemunhando a queda na qualidade da liderança regional. Mas também já ouvimos também o argumento de que líderes regionais querem formar o seminário da região por puro diletantismo, paixão pessoal ou motivo assemelhado. Aqui nem dá para fazer qualquer comentário. Em geral muitos destes seminários mencionam que possuem grade curricular, mas grade é algo que aprisiona o aluno numa formação massificada e sem a devida formação para que, em vez de obreiros práticos, tenhamos fortes, competentes e criativos líderes. Neste caso é preciso ter não uma grade, mas matriz curricular. E ainda há mais que temos notado nesse campo sangrento que se tornou a educação teológica batista no Brasil. O que dizer que seminários batistas que estão mantendo parcerias ilegais na validação de diplomas de cursos livres a partir do Parecer CNE/CES 63/2004, que até nós batistas, especialmente com a ação da ABIBET, tivemos grande participação junto ao MEC na época para obter. Mas também temos notado a existência de outra situação em que alguma faculdade reconhecida procura um seminário não reconhecido para oferecer em sua sede curso de validação. Só que esta faculdade não tem credenciamento para a oferta de ensino à distância e não poderia oferecer curso fora de sua sede. Então como um seminário pode “ajudar”? Em geral faz a oferta o curso de validação em sua sede, os alunos assinam lista de presença, apresentam seus documentos e tudo é mandado para a faculdade reconhecida para ser “internalizado” num prontuário local, de modo que fique parecendo que o aluno estudou lá na sede daquela faculdade longe de sua cidade. Corre-se o risco de se alguém denunciar tudo ser anulado e o Ministério Público abrir uma ação civil e criminal contra o seminário e a faculdade em questão. Mas para ninguém ser prejudicado, todo mundo fica quieto e até arruma mais “clientes” para o seminário. O MEC já se pronunciou sobre isso por intermédio da Nota Técnica nº 546/2010-CGLNES/GAB/
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SESu/MEC. Caro leitor, qual nome você daria para uma prática deste tipo? Como legitimar essa prática biblicamente? Pois é esta a situação em que vivemos e notamos que Convenções Estaduais e Associações Regionais estão se omitindo em relação a isto tudo. Muito teríamos a apresentar, especialmente em relação ao uso de termos para designar cursos e instituições que hoje só podem ser utilizados por instituições credenciadas, tais como curso supe rior, bacharelado, mestrado, doutorado, especialização, graduação/pós-graduação, faculdade, etc. No site da ABIBET e no documento publicado em janeiro passado neste Jornal tudo isto é explicado, mas seminários batistas que não estão credenciados ainda se valem do uso destas expressões correndo o risco de serem processados civil e criminalmente. Parece-nos que não adianta mais avisar. Entendemos que é hora da denominação, em seus diversos níveis, se pronunciar e reforçar a orientação. Como batistas falamos muito em cooperatividade, em união, em frases lícitas como “juntos somos mais”, mas será que na educação teológica estamos indo de fato neste rumo? Aqui na ABIBET já recebemos a acusação de estarmos estimulando a reserva de mercado apenas para instituições credenciadas pelo MEC, isto não é verdade. O que defendemos é que formar pastores requer cuidados que não podem ser desconsiderados. Entendemos que há lugar para diversos níveis de formação teológica em nosso país, há lugar para cursos reconhecidos e até cursos não reconhecidos, desde que todos sejam legalizados em sua esfera de ação, desde também que todos ofereçam adequada qualidade na formação dos vocacionados de modo que as igrejas e a denominação recebam com segurança os formados por estes seminários. Apelamos para a consciência dos líderes da denominação, dos líderes regionais, dos que dirigem os seminários, dos professores, para que façam acurado exame das condições de oferta de suas escolas, para que busquem a sustentação bíblica, ética e legal de sua instituição, para que busquem motivos lícitos e legítimos se desejarem criar novos seminários.