Jornal Batista nº 28

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 14/07/13

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIII Edição 28 Domingo, 14.07.2013 R$ 3,20

Trans Copa das Confederações

Em meio aos momentos de alegria, e também de conflito, que marcaram a Copa das Confederações, voluntários de várias cidades brasileiras participaram de ações que proclamaram o amor de Cristo para os

A sua igreja é um lugar seguro para às crianças? Nos dias 03 e 04 de julho de 2013, o Departamento de Ação Social da CBB juntamente com a Junta de Missões Mundiais promoveu a 1ª Oficina sobre o tema: “Construindo uma política de proteção infantil para às igrejas”. O encontro reuniu lideranças batistas que atuam com crianças e adolescentes. Veja na página 10 como foi a Oficina e como você pode levar este tipo de capacitação para sua igreja.

torcedores que foram aos estádios. Como resultado, vidas passaram a saber mais sobre Cristo e algumas se renderam a Ele. Veja na página 07 como foi realizada essa Trans.


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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m ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te” (Isaías 41.6). Parece que alguns cristãos esqueceram desse versículo, esqueceram que precisam servir também. O próprio Senhor Jesus declarou que veio ao mundo para servir, e não ser servido, e deixou aos discípulos este ideal, de humildade e compreensão. Entretanto, alguns cristãos acreditam que sua vocação não é servir, ou creem que isso é função de outros, e até doam ofertas para esses outros fazerem o se u tr a ba lho, ou ne m pensam o quanto poderiam colaborar na vida de muitas pessoas.

Não existe tempo para servir, é uma ação para ser desenvolvida em tempo e fora de tempo. O cristão que está sempre em contato com a Palavra de Deus e em oração com o Deus Vivo, consegue identificar o momento de agir. Pode ser em uma conversa pelo Facebook, quando um amigo durante uma conversa privada desabafa algum problema e logo se identifica o momento de servir através de conselho, ou apenas em ouvir os problemas. Servir é abraçar, educar, aconselhar, orientar, dar, receber, … Palavras precisam estar unidas com ações, é o que fazem diversos servos que investem no projeto Amar e Servir, que cuida de pessoas que foram tiradas das ruas,

“Pastorado Feminino, sim ou não?” (OJB 26) • Pela hermenêutica literalista utilizada pelo articulista atentando-se para os artigos utilizados no texto bíblico, gêneros dos substantivos, etc, me dá a certeza que o autor defende a utilização do véu pelas mulheres na igreja (ICo 11.6), proíbe que as mulheres falem nos cultos (ICo 14.34) e defende a escravidão (ITm 6.1). Fica claro que devemos “ler” o mundo dos primeiros cristãos e entender sua sociedade para uma correta interpretação do texto bíblico. Em uma época em que as mulheres eram completamente desprezadas (ITm 2.15) é mais do que óbvio que seria impossível ter uma mulher na liderança da igreja. Mas assim como a rejeição à escravidão, a aceitação à liderança feminina é natural e necessária nos dias atuais. Em tempos em que até mesmo o Brasil é governado por uma mulher, não há porque desprezarmos a coragem, força e ousadia das mulheres no crescimento do Reino de Deus, inclusive nos cargos de

e cuidam em todos os sentidos. Não apenas dão a essas pessoas o amor da Palavra de Deus, mas lutam por sua recuperação, e procuram a ressocialização de cada um. Servir é investir em vidas, sem esperar nada em troca. Entendendo isso diversos missionários, que não precisam levar o título de missionários, compareceram na Copa das Confederações para testemunhar. Assim também fizeram aqueles que se manifestaram durante as passeatas que aconteceram em todo o país. O mesmo fizeram os que aproveitaram suas férias para participar de projetos missionários junto com suas igrejas. E com toda certeza, missões foi o que fizeram os que se pronunciaram pelas

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

viagem de estudo bíblico a Israel e Jordânia, via Dubai. Éramos uma caravana de 34 pessoas, dentre estas, oito pastores da OPBB, a maioria do Rio de Janeiro e da Primeira Igreja Batista de Campos. Entre estes pastores estava eu, o pastor mais idoso do grupo. Pessoalmente só conhecia Viagem a Israel o pastor Lécio Dornas, lí• Nos dias 18 a 30 de der espiritual da caravana. maio de 2013, partimos em Contudo, já ao terceiro dia liderança, pois talvez somente assim poderíamos “oxigenar” nossa liderança arcaica, retrógrada e que a pretexto de manter uma “tradição” está se esquecendo de ouvir os clamores por transformação entre os Batistas. Rafael Duarte

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

redes sociais ao condenar as ações antissociais dos governos. Foi também o que aconteceu com os missionários que entenderam que a vontade de Deus para eles é servir em outra nação. Todas ações pensando em servir, antes de ser servido. A palavra servir foi banalizada e só sobrou o sentido de “ser criado de”, entretanto, ao entender as ações de Jesus na Terra, o sentido enfatizado é especialmente de valor: Ser útil ou prestável a; Cuidar de; Auxiliar; Favorecer; Ajudar; Desempenhar quaisquer funções. “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10.45). (AP) éramos um grupo de irmãos alegres, que se amavam, se consideravam e se ajudavam mutuamente. Percebi, mais uma vez, como é belo o amor genuinamente cristão. Experimentamos literalmente o Salmo 133.1 “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” Como não foi possível despedir-me de todos os amados irmãos, quero externar através deste nosso querido O Jornal Batista, a minha mais profunda, sincera e cordial gratidão a esses queridos irmãos que me disseram: “Pastor Gustavo apoie-se no meu braço”, pois aos 88 anos, em certas caminhadas, tornou-se difícil acompanhar o grupo. Mas com o apoio fraterno dessa preciosa gente, consegui acompanhá-los por todos os lugares visitados. Deus nos concedeu experiências magníficas no roteiro pela “Terra Santa” que nos marcaram profundamente na vida espiritual. A Ele toda honra e glória! Gustavo Neumann Pastor Emérito da PIB em Marechal Cândido Rondon, Paraná


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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

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radicional e renomado colégio em São Paulo enfrentou há poucos dias problema inusitado. Alguns alunos abandonaram o uniforme, peça que oferece segurança ao aluno, aos pais e ao colégio, e compareceram às aulas vestidos de saias. O primeiro foi proibido de assistir às aulas e devolvido ao lar. No dia seguinte, em forma de protesto, outros o imitaram. Quanto à rebeldia adolescente, nada anormal. Adolescente, quando não bem educado, oriundo de lares sem regras definidas, termina por encontrar um meio de aparecer. Seja tirando a blusa, vestindo saia, deixando-se tatuar com desenhos horrorosos, cabelos sem cortar e lavar, em suma sujos; sempre há um meio de chamar a atenção do público. E para orientá-lo e corrigi-lo existem pais e professores. O colégio não transigiu, nem poderia fazê-lo, salvo se desejasse perder a fama de boa instituição de ensino,

conquistada ao longo dos anos. A pressão por novidades que destroem o arcabouço de qualquer instituição precisa ser resistida. O que não vem acontecendo com algumas igrejas e pastores. Desde que chame a atenção e consiga atrair os olhares do público é introduzido nos cultos. Vale a modernidade não o conteúdo sério a ser preservado. Em nome da aprovação popular mata-se a integridade da instituição. O que mais chamou a atenção no embate inovador dos alunos (masculinos) de saias e a direção do colégio foi a postura austera e firme do diretor. Entre perder alguns alunos e manter o nome honrado do colégio, optou pela dignidade da instituição. Algumas frases ditas pelo diretor à repórter merecem reflexão de todos os que labutamos com educandos. Diz ele que a proibição ao aluno de assistir às aulas e devolvê-lo ao lar visava proteger o estudante. “É alta-

mente irresponsável e leviano por parte dos pais exporem o filho a esse laboratório de experiências sociais. Se eles não têm preocupação com a segurança dos filhos, o colégio tem que ter”. Aplausos ao diretor! A triste realidade revela que os pais modernos não se preocupam mais com a segurança dos filhos. Crianças, pré-adolescentes e adolescentes são expostos ao massacre da imoralidade. Não há normas definidas nos lares. O lema que os pais usam na atualidade resume-se em “é proibido proibir”. Tudo é válido. Da experiência precoce da sexualidade, ausência de horários a dirigir o carrão do pai e provocar acidentes, tudo é permitido. Pobres adolescentes! Sentem-se perdidos a buscar um lugar de arrimo e não encontram. “Escola não é galeria de arte”, acrescenta o diretor. A escola existe para ensinar o aluno a se adequar a esse mundo machista e preconceituoso. A ser pessoa nor-

mal, equilibrado, capaz de assumir responsabilidade e responder por seus atos. O cronista ao comentar o assunto agrega “basta pensar na revolução sexual, na luta pelos direitos civis nos EEUU, ou na mudança do papel da mulher durante o século 20 para saber que isso nunca acaba bem.” E conclui “quem disser que esta é uma visão antiquada da educação está redondamente enganado. É uma visão bem de acordo com os dias correntes.” Faltou ao cronista e ao diretor a citação de alguns provérbios bíblicos. Verdades que impõem aos pais a responsabilidade, obrigação e o dever de bem orientar os filhos. À escola cabe ensinar, aos pais educar. Não se pode transferir à escola o dever de casa. É o que o Estado vem tentando fazer na última década. Retirar das famílias o seu dever sagrado: educar os filhos. Alguns dos muitos provérbios do livro de Provérbios devem ser lembrados

pelos pais e educadores: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe” (Pv. 29.15). “A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele” (Pv. 22.15). Muitos outros provérbios poderiam ser acrescentados. Feliz o lar em que as verdades bíblicas são levadas a sério. Nele não haverá adolescente rebelde a gerar problema para a escola e a sociedade. Não haverá meninos de saia a tomar o precioso tempo dos educadores. No caso em epigrafe a família falhou. A escola acertou ao introduzir na experiência do aluno rebelde o que faltava ou faltou na família. Isto é: respeito às instituições. Há ausência de valores nas famílias levando a escola a tentar supri-los, sem grandes resultados. Onde a família falha a escola não consegue consertar e repor o que devia ser aprendido no berço. www.pastorjuliosanches.org


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Eusvaldo Gonçalves dos Santos Membro da IB Ebenézer de Americana

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uando Israel saiu do Egito, todo o povo acreditava que estavam sendo libertos, e realmente foram da escravidão de Faraó. Mas não se libertaram dos desejos ansiosos do coração, não entenderam a graciosa provisão divina da abundância do verdadeiro Deus. Logo no primeiro conflito, lembram das cebolas e dos alhos do Egito, esqueceram dos tijolos e das palhas, lembram dos melões, esqueceram dos bebês assassinados, lembraram dos pepinos, esqueceram dos açoites, lembraram dos doces e dos pratos feitos com alho poró, mas esqueceram que o peixe que comiam era salgado com as lágrimas sob o peso da escravidão. No livro de Números, podemos ver os desejos dos israelitas, que cegaram os do verdadeiro Deus. O povo ficou cego para a benignidade de Deus, nossas lembranças também podem estar nos cegando e distorcendo a percepção que temos do evangelho. Com os nossos desejos pensamos em um evangelho abusivo, ou esquecemos do que ele representa para cada um de nós. Todos os lapsos da memória provocado por nossos desejos afeta a nossa lembrança das boas novas, e começamos a lembrar os pepinos e as cebolas que tínhamos quando fomos alcançados pela graça do evangelho. Quando a história nos mostra, quase sempre fazemos silêncio, como se Deus não estivesse na história e nem presente nas nossas vidas. Os nossos desejos vão silenciando-nos acerca da Palavra de Deus. Silencia-nos a respeito da atitude graciosa de Cristo, da nossa confissão de pecados, agimos como se Deus estivesse esquecido. Falamos como se nada de bom tivesse acontecido em nossas vidas, esquecemos que Deus é o socorro nas horas de angustia. Nossos desejos podem nos dar uma visão distorcida da percepção da nossa realidade, aumentando algumas coisas e diminuindo outras, esquecemos que Deus está sendo colocado em segundo

plano. Uma das primeiras atitudes que precisamos tomar é observar se nossos desejos não estão nos iludindo. Temos que considerar a mais importante dinâmica, em relação aos nossos desejos, precisamos saber que eles podem nos iludir, mesmo quando são bons. Quem pode nos ajudar nessa dinâmica é o apostolo Tiago no capítulo 4, ele usa a palavra deleite, prazer ou desejo, em várias traduções, notem que ele não fala prazer pecaminoso embora alguns sejam específicos; como ódio, inveja, malícia, luxúria sexual, etc. Entretanto há outras vezes que são desejos bons, que podem tornar-se em idolatria, quando começam a servir a si mesmo, quando começamos a tratar nossos bons desejos como se eles fossem deuses, eles podem assumir o controle e começam a mandar em nós, alguém já disse que boas coisas podem gerar maus deuses. O mal não está no desejo, mas o fato de desejarmos em excesso, transformamos em ultimato, quando a última palavra para o crente é a soberania de Deus. O que há de mal desejar ser mais fiel? O que há de mal desejar ser um líder na igreja? O que há de mal desejar ter um bom descanso ao final de um dia duro na fábrica, no escritório, no volante de um pesado trânsito? O que há de mal passar um final de semana na praia? O que há de mal desejar ser tratado com mais respeito pelos nossos liderados? O que há de mal uma dona de casa em desejar uma casa que as pessoas elogie a limpeza? O que há de mal uma mãe desejar que seu filho seja o mais sábio da classe? O que há de mal em querer um carro novo, uma boa casa, uma chácara com piscina? O que há de errado ser o melhor pregador da região, ter a maior igreja em números de membros, dar a mais alta oferta para missões, dar a maior contribuição para o plano cooperativo do estado, ser o pregador mais convidado para os maiores eventos da denominação? Tiago nos ensina que nada há de errado em desejarmos tudo isso, o erro está na intensidade do nosso desejo, quando ele assume uma

proporção, como se fosse um deus e começa a ter o primeiro lugar na nossa vida. Ele começa a mandar em nossas vidas, iludindo-nos. Ao fazermos essa distinção, podemos perceber que nossos bons desejos estão nos cegando, pelo fato de sermos dominados. Sendo dominados passamos a idolatrar como se fosse deus (Tiago 4.4), fala dos nossos conflitos e nos revela o ponto crucial, a idolatria. Portanto quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus, ou não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade para com Deus? É uma forma chocante de falar, mas quando entramos em conflito, não nos vemos como adúteros, ou como inimigo de Deus. Observe que Tiago não fala do pior tipo de idolatria, ele está ensinado que o conflito revela os nossos verdadeiros desejos. Estes por sua vez revelam que o coração está apaixonado por ídolos, que são os nossos melhores desejos, que passamos a amar mais que o nosso Deus. O ensino de Tiago nos fornece uma radical volta para Deus, e o nosso conflito revela que temos um problema de relacionamento com Deus. Além do conceito de idolatria, lança luz sobre a dinâmica dos nossos desejos que começam a nos dirigir e controlar nossa vida, passamos a adorá-los, reverenciando-os, servindo-os, confiando e obedecendo, como se fosse deus que nos faz promessas e nos ameaçam. Como um falso deus ele cria leis, molda nossos sentimentos, controla nossas decisões, motiva nosso comportamento, tudo em prol de que ele seja obedecido. Passamos a ver o evangelho como se fosse coisa do passado ou a porta que entramos para a Igreja e no reino de Deus, mas a porta que entramos um dia e ficou no tempo. Esse passo que demos deixa de ser aquela realidade do novo nascimento, quando somos abrasados pelo fogo do Espirito Santo, agora o fogo já foi extinto ou está quase apagando, caímos na rotina da religião que nada pode fazer. O evangelho passa a ser uma carga para o crente e para a igreja, perde a expressão do testemunho de

Aos que não conhecem, ensinar

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rtaxerxes, rei da Pérsia, ficou impressionado com as leis de Jeová e ordenou ao escriba Esdras que as ensinasse aos judeus libertos do cativeiro Mesopotâmio: “E aos que não as conhecem você deverá ensiná-las” (Esdras 7.23). O decreto do rei foi inspirado pelo Senhor. Um relance da história de Judá e Israel é suficiente para explicar a causa do grande cativeiro: desobediência às leis do Senhor. Por isso, para que pudesse haver uma reconstrução genuína do povo liberto, seria essencial um retorno obediente à Palavra de Jeová.

Daí a instrução óbvia: “aos que não conhecem você deverá ensiná-las”. Vivemos um período de cativeiro espiritual. Perfeitamente explicável pelo analfabetismo bíblico do nosso povo. Corremos atrás de qualquer “vento de doutrina”, desde que bem apresentado pelo datashow. E que venha antecedido por algum louvorzão bem ritmado e com altos decibéis. A ordem dada a Esdras se aplica perfeitamente a cada um de nós – “aos que não conhecem você deverá ensiná-las”. “Benditos são os pés dos que anunciam as boas novas” a todos que não os conhecem.

ter saído do Egito, só restando o gosto das cebolas. Neste sentido o evangelho passa a ser a porta que saímos com os olhos vendados para o futuro, afinal o que significa o evangelho? Não é a porta que entramos para a casa de Deus? O ar que respiramos na casa de Deus, no reino de Deus, é a conversa do Pai com o filho. O evangelho é o futuro e o presente, é o poder de Deus que transforma as vidas, não podemos esquecer que fomos transformados e

somos sustentados pela palavra de Deus. O evangelho é uma história de boas novas, sobre uma pessoa que ousou morrer em lugar de outrem, o evangelho é a transformação e a justificação, é a promessa de um novo relacionamento, e por isso não podemos idolatrar nossos desejos mesmo que eles sejam bons ou os melhores, não podemos permitir que os nossos desejos possam nos separar das boas novas, que é o próprio Jesus Cristo.


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PARÁBOLAS VIVAS

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João Falcão Sobrinho

Cleverson Pereira do Valle Pastor da PIB em Artur Nogueira Bacharel em Teologia pela FTBSP e EST

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que é depressão? “A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado”. O fato é que a depressão é o mal do século. A depressão atinge todas as faixas etárias, todas as classes sociais. Sei do que se trata por conviver com pessoa da minha família

Sem. André Pires “Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus” (Salmos 53.2).

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uitas coisas são importantes na vida. Umas conseguimos outras não, umas são tomadas de nós e outras interrompidas pelo inesperado, sejam filhos, casamento, bens, amigos, sonhos, etc. Enfrentamos uma incógnita a cada dia, pensamos que tudo vai dar certo e funcionará a nosso favor, mas as vezes não acontecem assim. Devemos nos preparar a cada manhã para enfrentar o inesperado, devemos ter esperança de que tudo vai dar certo, mas estar alertas para reagir diante de alguma coisa contrária aos nossos planos. A manifestação popular que temos assistido faz parte de um conjunto de ações propostas para a conquista de mais respeito a sociedade da parte dos políticos, mas alguns aproveitam para levantar bandeiras que simbolizam ideais perdidos por uma filosofia de vida promiscua e chula, pessoas que corrom-

Quais os sintomas comuns da depressão? Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia; Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas; Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis; Desinteresse, falta de motivação e apatia; Falta de vontade e indecisão;

Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio; Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. Há uma saída sim para este problema, sabe qual é? Deus é a resposta. Deus conhece o ser humano e sabe o que se passa com cada um, sabe por quê? Foi Ele quem nos fez. Ele sabe o que você pensa, planeja e deseja. Então, busque em Deus a resposta para os seus problemas psicológicos. A Bíblia diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor confia Nele e o mais Ele fará” (Salmo 37.5). Creia que a sua história vai mudar, creia em Jesus Cristo, só Ele pode mudar a sua história.

pem a política para conquistarem direitos tortos. O homem que não busca a Deus se vê perdido numa confusão de ideais, pessoas inteligentes cometendo tolices profundas, onde opiniões sem fundamento tomam conta de cabeças formadas por um castelo de mentiras sobre a vida e sobre a família. Buscar a Deus é uma questão de sobreviver, estamos a cada dia mais vislumbrando dias difíceis, sejam nos relacionamentos, na fé, no emprego, na saúde, na moradia, enfim, tudo o que nos envolve pode melhorar ou piorar, depende do que queremos construir hoje. Deus olha dos céus e procura os verdadeiros entendidos, pois assim ele considera quem o busca, e é isto que eu gostaria de frisar nesta mensagem. Seja qual for o estado de sua vida hoje, busque a Deus, seja qual for a sua condição financeira, sentimental, de saúde e de fé, busque a Deus hoje. Nenhuma criatura sobrevive sem a ação de Deus, Ele rege o universo, o ar que respiramos, Ele sabe de nossos pensamentos que são vãos. Ele diz em Salmos 78.39: “Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta”.

Muitas pessoas estão tomando decisões erradas por terem sido construídas sem o respeito ao que é sagrado, aliás a palavra sagrado está mais para um palavrão do que algo que se deva respeitar. Buscar a Deus é uma forma de buscar o entendimento que Ele espera ver na vida do homem, Deus quer ver o homem feliz, mas a falta de entendimento o leva a viver a vida em vão. O entendimento do que é fé, amor, família, fidelidade, respeito, honra, felicidade e integridade, está longe do entendimento de muitos, que por desencontros buscam estas coisas na fé em pessoas, conhecimento de pessoas, comportamento de pessoas, ideais de pessoas, vontade de pessoas e regra de pessoas, enfim, não buscam a Deus porque não tem entendimento, sabedoria, prudência e fé. Busque a Deus e Ele te apresentará o seu filho que Ele enviou para resgatar a sua vida. Busque a Deus, não solicite Deus! Muitos pecam por ter Deus como alguém que deve ser solicitado para atender a pedidos, mas quem o busca de verdade, se relaciona com Ele, o ama, o obedece, o serve, o adora.

que vivenciou isso. A família sofre junto. As reações são diferentes, há pessoa que não quer comer, não quer levantar-se da cama, não quer ver ninguém. Muitos pensam até em tirar a sua própria vida. O suicídio é a única solução para uma pessoa deprimida, eles não vêm outra saída.

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ra uma vigília de oração que durava a noite toda, como periodicamente a igreja que eu pastoreava gostava de realizar. Estavam presentes umas 120 pessoas. Lá pelas duas horas, percorrendo o auditório com o olhar, dei por falta de um casal de jovens. Desci para o pátio e fui procurando por todos os cantos onde alguém pudesse se ocultar. Os portões, como de hábito, estavam trancados. Ao voltar para o templo, passei pelo carro do rapaz. Era difícil perceber o que se passava no interior do veículo devido ao filme escuro nos vidros. Olhando através do para-brisa dianteiro, porém, vi que o casal estava no banco traseiro trocando carícias. Abri a porta do carro e disse: “Ei, amados, o culto de vigília é lá em cima, não aqui em baixo”. O rapaz saiu de dentro do carro e enquanto a moça se recompunha, ele vibrou o dedo a um palmo do meu rosto e vociferou: “O pastor não tem o direito de invadir a minha privacidade”. Respondi com toda serenidade: Meu jovem, primeiro, este pátio não é da sua privacidade; é propriedade da igreja; segundo: A Bíblia diz: “Obedecei a vossos pastores e sejam submissos a eles porque velam por vossas almas como aqueles que hão de prestar contas delas”. Muito contrariados, cada um pegou sua Bíblia e subiram para o templo. Posteriormente, tive outros encontros com o casal para lhes mostrar que todos os crentes devem ser solidários no amor de Cristo e cada um deve sentir-se responsável pelo seu irmão. Nós “somos um pelos laços do amor”, não apenas para usufruir da graça, mas também para zelar uns pelos outros para fazermos jus ao nosso viver em Cristo. Tentar ajudar um irmão a crescer em Cristo não significa invadir a sua privacidade. A resposta daquele rapaz reflete a filosofia do individualismo dominante na cultura pós-moderna. Cada um faz as suas próprias leis e ninguém pode invadir os limites da privacidade de ninguém. Em matéria de religião, cada um dá sua própria interpretação à Palavra de Deus, cada um

formula sua própria confissão doutrinária, escolhe a igreja que mais lhe convém e ninguém pode se intrometer. O mesmo acontece em relação às igrejas. Não existe mais um Pacto das Igrejas Batistas. A identidade bíblica não tem mais compromisso com uma declaração doutrinária. Os crentes vão às livrarias e compram para sua instrução e devoção as mais diferentes versões da Bíblia, sem, nem de longe, cogitarem se aquela é uma tradução fidedigna. Hoje circulam versões bíblicas enxertadas de heresias nos seus comentários, mas se você escolheu aquela que tem uma capa bonitinha, ainda que contenha absurdos exegéticos nos entremeios dos textos, ninguém pode invadir o seu direito de escolha. Em português, circulam mais de 40 bíblias de estudo nas mais diferentes versões e algumas delas com comentários totalmente antibíblicos. Geralmente, os comentários de textos e de rodapés tendem a torcer os textos conforme as doutrinas das respectivas instituições editorias. Como é que ninguém tem o direito de interferir na sua privacidade? Quando o soldado faz o seu juramento para ingressar no exército, ele se compromete a obedecer a um regimento e acatar a disciplina militar. Da mesma forma o crente, no momento da sua profissão de fé, assume o compromisso de viver segundo os ensinos da Bíblia e acatar a disciplina da igreja em amor. Se for uma igreja séria, fará valer esse compromisso e não estará invadindo a privacidade de ninguém. Jesus não nos libertou da escravidão do pecado para sermos escravos do nosso próprio Eu. Somos servos de Cristo e devemos, sim, fidelidade à sua Palavra como doutrina e regra de conduta. O Diabo está querendo usar a filosofia do “individualismo” e do hedonismo, junto com a visão materialista e imediatista, para afastar os crentes do amor ao próximo, da alegria no Espírito e da esperança do céu. Para resistir aos seus ataques, precisamos conhecer cada vez mais a santa Palavra de Deus, vigiar e orar. Sempre!


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Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani Cintra Pastora e jornalista, Taguatinga, DF

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omo batista “de berço”, como alguns se referem hoje às pessoas que nasceram em lares cujos pais já eram batistas, participei de todas as organizações tradicionais de uma igreja, inclusive coros e conjuntos musicais. Acho que consigo ainda cantar muitos hinos dos Coros Sacros, do talentoso Artur Lakschevitz, e de outros autores que fizeram nossa hinódia.

Pr. Araúna dos Santos Vitória, ES

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firma-se com palavras e nega-se com ações. Ou para dizer de modo diferente: na prática, a teoria é outra. Essa constatação relaciona-se à verdade vivenciada em grupos sociais em que o discurso da doutrina não tem seguimento em atos compatíveis e coerentes. Bradar o slogan – Valorizando a nova geração – e não conceder espaço, representatividade e aceitação ao pensamento jovem e sua dinâmica energética é expediente contraditório que não resulta benefício. Pelo contrário, agir assim traz mais frustrações e desapontamentos a quem, de modo geral, se nega voz e votos nas decisões sociais. É querer “tapar o sol com a peneira”.

Ainda no início da adolescência, já cantava em coros de adultos porque “tinha voz boa”, e nossa igreja era pequena e todos precisavam participar. Dentre as lembranças mais antigas, uma dessas músicas, de autoria de Mina Roch, sempre me vem à memória: “Pelo vale escuro seguirei Jesus / Mas por ti seguro vendo a tua luz / O meu passo incerto Tu dirigirás / Ao sentir-te perto, nunca perco a paz”. Ao longo da vida atravessei muitos vales e tenho acompanhado os vales escuros de muitas pessoas

amadas. Quando passamos pelos vales das doenças, das perdas irreparáveis, das sombras infernais, das traições inimagináveis, das esperanças frustradas e tantos outros, não conseguimos compreender o porquê, o que realmente está acontecendo e nem as consequências para o futuro. Estar em vales escuros nos traz sentimentos de medo, de fragilidade, de impotência e de insegurança. Quando todas as esperanças foram embora, dois discípulos, muito provavelmente Cleopas e Maria, sua

esposa, estavam à caminho de casa em Emaús. Certamente havia uma tristeza profunda em seus corações para a qual talvez faltassem palavras, como acontece conosco, porque atravessavam um vale escuro com a morte de Jesus. Como seriam suas vidas a partir dali? O que fazer com os projetos, os sonhos e as esperanças? Como continuar a viver depois de tudo? E então Jesus veio para estar com eles no vale. Nem sempre reconhecemos quando isso acontece; não conseguimos, por causa da

dor, percebê-lo ali. Mas ele estava lá, andando junto, dialogando, esclarecendo, entrando na casa e sentando ao redor da mesa. Bendita presença! Os discípulos ainda teriam que caminhar muito e passar por muitos outros vales, mas a consolação da presença de Jesus, daquele “se importar”, estaria sempre com eles. E o hino termina assim: “Breve a noite desce, noite de Emaús, / E meu ser carece de te ver, Jesus! / Companheiro amigo que ao meu lado vens, / Fica ó Deus comigo, infinito bem”.

A história política brasileira tem exemplos de mobilizações da juventude em tempos recentes que demonstram seu anseio de dizer as coisas e requerer mudanças que beneficiem as gentes nacionais. A sociedade não pode prescindir da participação jovem. Ela pode ser sinônimo de sonhos e idealismos realizáveis, e também de revoltas e correções necessárias a serem feitas no tecido social – nos grupos a que pertence. Jovens veem as coisas e as sentem profundamente. Calam-se incomodados ou se manifestam calorosamente, quando a oportunidade lhes é concedida ou provocada. É o que vemos nesses dias de passeatas e reivindicações. Naturalmente que lhes pode faltar experiências, mas sobram-lhes energia, ânimo, coragem, desprendimento e

paixão – atributos que impulsionam projetos de vida. Não podemos continuar valorizando a nova geração apenas teoricamente, como temas para discursos e palestras e congressos e projetos, que não deixam os papéis em que são escritos. Precisamos tornar prática a confiança, a esperança e a disposição de transmitir à nova geração a continuidade da obra que se realiza. Nos diversos grupos sociais em que se inserem os jovens – entre eles as igrejas – é importante chamá-los a participarem, através da sua inclusão no pensar, decidir e concretizar programas e projetos. Jovens precisam ser convocados a opinar e compartilhar suas perspectivas. Precisamos ajudá-los, dia após dia, no amadurecimento, com exemplos de vidas e por meio das

tentativas – erros e acertos – para as reconstruções que se fazem necessárias ou ajustamentos. Infelizmente, hoje, no Brasil da política e das igrejas há certa escassez de bons modelos humanos a serem seguidos. A coragem de dizer aos jovens: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo”(I Co. 11.1) se alicerça na experiência espiritual do novo nascimento: “Não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20). O apóstolo Paulo, o mesmo que afirmou essas verdades, chegou a recomendar aos cristãos de Filipos: “Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim. E o Deus de paz estará com vocês” (Fl. 4.9). Quem se dispõe a mostrar a cara aos jovens, hoje, como fez Paulo aos homens de seu tempo?

Lideranças não se perpetuam, mas se transmitem de pais para filhos, de diretores para funcionários, de conselheiros para associados, de líderes para liderados. É preciso, apenas, que haja companheirismo, treinamento de novas lideranças e desprendimento dos que detêm posições por longos anos ininterruptos. Há de haver a mentalidade que reconheça: ‘Convém que eles – os jovens – cresçam e eu – o sênior – diminua’. Uma juventude pujante e esclarecida, se bem treinada e acreditada, pode fazer diferença em qualquer grupo social que deseje atuar “para o bem de todos e a felicidade geral da nação”. É só conciliar Palavras e Ações, Discursos e Práticas. E o resultado será uma ponte, não um abismo entre gerações. Que Deus faça isso em nós e através de nós – A velha geração!


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missões nacionais

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Igreja relevante no campo mineiro Redação de Missões Nacionais

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uando chegaram a Monte Sião (MG), há pouco mais de 1 ano, os missionários João Batista e Miriam Soares tinham o desafio de plantar a primeira igreja da Convenção Batista Brasileira na cidade. Segundo eles, os desafios eram muitos porque o município abriga o santuário da medalha milagrosa e por isso é um local de romaria. Eles começaram a clamar a Deus e igrejas de várias cidades passaram a abençoá-los com visitas que causavam impacto na cidade por meio de ações sociais e evangelísticas. A obra foi avançando e os missionários passaram a interceder por um templo onde pudessem realizar as reuniões da igreja e também por uma igreja-mãe para o trabalho.

Fachada do templo da igreja

O poder de Deus foi evidenciado quando, pela fé, eles assumiram o compromisso de alugar um local e depois conseguiram também uma igreja-mãe, a Primeira Igreja Batista em Itatiba (SP), do Pr. Antonio Martinez da Cruz, que os apoiou com tudo o que pre-

cisaram para a reforma do imóvel e nas áreas espiritual e jurídica. “A inauguração do templo foi uma benção. Estávamos em, pelo menos, 180 irmãos de igrejas como PIB de Itatiba, IB da Promessa, PIB Águas de Lindóia, PIB de Santo André, IB de Ouro

Fino, PIB de Jacutinga, e outras da zona leste e norte de São Paulo”, relataram os missionários. Os missionários Pr. João Batista e Miriam têm investido em ações que tornam a igreja relevante para sua comunidade, um dos conceitos da visão multiplicadora. Entre as atividades estão alfabetização de adultos, musicalização para crianças e aulas de flauta, trabalho voluntário nas escolas por meio de reforço escolar e atendimento social para as famílias carentes. “Temos levado o amor de Deus por intermédio da ação social, diversão para as crianças, histórias, apresentação de jiu-jitsu, curso de maquiagem, artesanato e bijuteria, aferição de pressão e esmaltação”, contaram os obreiros, afirmando também que as pessoas atendidas ficaram impressionadas pela maneira diferente pela qual

viram a expressão do amor de Deus. Mostrando sua relevância espiritual e social na cidade de Monte Sião, a igreja que os missionários estão plantando tem se tornado cada vez mais conhecida na cidade e o trabalho é bem aceito pela população. Eles têm recebido apoio de vereadores, da presidência da Câmara Municipal e também das secretarias municipais para utilização das praças para os eventos da igreja, entre outras autorizações que os missionários precisam solicitar na cidade. “Estamos felizes em presenciar o que Deus tem feito pelo povo de Monte Sião, pois vemos famílias sendo transformadas, vemos pessoas sendo libertas dos vícios e da vida de pecado. Deus fará muito mais, pois aonde a luz chega, as trevas se dissipam”, concluíram os obreiros.

Trans Copa das Confederações Redação de Missões Nacionais

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m meio aos momentos de alegria, e também de conflito, que marcaram a Copa das Confederações, voluntários de várias cidades brasileiras participaram de ações que proclamaram o amor de Cristo para os torcedores que foram aos estádios. Como resultado, vidas passaram a saber mais sobre Cristo e algumas se renderam a Ele. A forma como os voluntários foram usados pelo Senhor, com estratégias criativas e também a ousadia com que compartilharam o plano de salvação, ultrapassando barreiras, comprovam o compromisso com a visão de aproveitar todas as situações para alcançar cada vez mais vidas para o Reino de Deus. A irmã Sandra Santos relatou que, apesar dos desafios, grandes coisas o Senhor ope-

rou: “O Senhor Jesus esteve conosco o tempo todo, abrindo os caminhos para o seu exército passar. Assumo que não foi tarefa fácil, tivemos vários impedimentos inclusive no dia 30 de junho”. Em função da manifestação que ocorreu nas ruas próximas ao templo da Igreja Batista Missionária do Maracanã, do Pr. Alexandre Aló, na cidade do Rio de Janeiro, ao final do culto da vitória. Jorge Sarmento, funcionário de Missões Nacionais, também foi voluntário e destacou entre as experiências marcantes que viveu, o fato de sua equipe ter sido filmada pela TV Al Jazeera (principal veículo de comunicação do Oriente Médio) durante o momento da abordagem para evangelismo. “De alguma forma, nós vamos levar o nome de Jesus Cristo até os muçulmanos, por meio da Al Jazeera”. Jorge declarou que o evangelismo no estádio do Maracanã foi uma

Momento de oração pelas pessoas abordadas

experiência totalmente nova, uma vez que já tinha bastante experiência no trabalho com a Cristolândia. Mas ali também esta experiência foi útil, pois ele pôde evangelizar uma pessoa que estava aproveitando o tumulto para vender drogas. “Percebi o que ele estava fazendo e conversei sobre o que Deus pode fazer na vida dele. Naquele momento, Deus proporcionou que eu passasse para ele o evangelho de salvação, que é o que podia mudar e salvar a vida dele”, disse. Brasília, onde foi realizado o jogo de abertura, também contou com a ação de voluntários nos arredores do estádio Mané Garrincha, acompanhados pelo Pr. Fabrício Feitas, gerente executivo de evangelismo em Missões Nacionais. Eles também enfrentaram momentos de tensão em função das manifestações. Apesar da confusão, os voluntários continuaram animados e contentes por

estarem nas ruas anunciando a Palavra de Jesus. “A maneira de evangelizar nesses dias, chamamos de ‘Golden Goal’, que é conhecida como a abordagem direta que implementamos na MEGATRANS do ano passado, só que com um nome diferente – ligado ao futebol. Para essa evangelização, fornecemos no kit do voluntário, além da sacola da Trans, um apito, cartões amarelos (baseados em João 3.16) e ventarolas com um mini dicionário e o plano da salvação apresentado em esquema tático”, relatou o Pr. Maurício Martins, gerente operacional de evangelismo através do ministério esportivo e grandes eventos. Ainda de acordo com ele, a resposta de todos os voluntários, e das pessoas abordadas, foi bastante positiva. Vidas se renderam ao Senhor Jesus e os voluntários tiveram a oportunidade de mais uma experiência importante para o crescimento

espiritual. “Foi lindo ver voluntários tão empolgados e entusiasmados para pregar a Palavra de Deus”, declarou o Pr. Diogo Carvalho, gerente operacional de evangelismo. Ainda dentro da Trans Copa das Confederações, houve a ação intitulada Esse Jogo é Nosso – na qual um grande número de voluntários compareceu ao jogo Espanha x Taiti, no Maracanã, com uma blusa criada especialmente para o evento e também com uma chamada para João 3.16 em inglês. A mobilização mostrou aos torcedores brasileiros e estrangeiros que o Brasil não é apenas o país do futebol, mas também de um povo que serve ao Senhor Jesus. A Trans Copa foi parte do programa Avança, Brasil – que visa despertar e envolver as igrejas batistas em ações evangelísticas por meio do esporte, aproveitando também os principais eventos esportivos marcados para o Brasil nos próximos anos.

Torcedores mostraram interesse em aprender sobre Cristo


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Fotos: Ana Ribeiro

Fotos: Simone Trap

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Fotos: Sélio Morais

Foto: Sélio Morais

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Departamento de Ação Social da CBB

A sua igreja é um lugar seguro para às crianças? eção t o r p é O qu e ? infantil

A opini ão da c riança import é ante pa ra você ?

m-se e t n e s ças n a i r c reja? g i As a u s s na a r u g e s

Você sabe como proceder se acontecer algum tipo de violência contra a criança dentro da igreja?

Luciene Fraga Coordenadora de Ação Social da CBB

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os dias 03 e 04 de julho de 2013 o Departamento de Ação Social da CBB juntamente com a Junta de Missões Mundiais promoveu a 1ª Oficina sobre o tema: “Construindo uma política de proteção infantil para as igrejas”. Reuniu-se lideranças batistas que atuam com crianças e adolescentes, dos quais participaram, representantes da JMM, JMN, UFMBB, UHBB, Convenção Batista Carioca, PIB de Niterói, IB Central do RJ e Casa Batista da Amizade. O objetivo foi sensibilizar lideranças cristãs sobre a temática de maus tratos e violência contra a criança e fomentar uma discussão sobre a relevância da Igreja ser um lugar seguro para as mesmas. Os participantes comentaram sobre o que aprenderam durante a Oficina e sua visão sobre o tema central, a proteção infantil nas igrejas: “Que grande privilégio tivemos, como Igreja de Cristo, de conhecer mais sobre a situação da violência à criança. Precisamos nos envolver e implementar as ações necessárias e urgentes na construção da Política de Proteção em nossas igrejas”. Cidélia Mendonça, Ministra Infantil da PIB de Niterói. “A Igreja deve através de seu pastor e líderes, despertar para o cuidado de suas pequenas ovelhas. A proteção à criança começa em casa e, depois na Igreja. A expressão: - deixai vir a mim os pequeninos porque deles é o reino do céu, é um chamado para que a sua igreja seja despertada para a proteção da criança nos dias de hoje.” Pr. Miguel Kopanyshyn, Capelão Hospitalar da Convenção Batista Carioca.

“Como discípulos de Jesus precisamos estar atentos às necessidades das crianças e garantir a proteção delas contra qualquer tipo de violência: física, emocional, sexual e negligência, cumprindo, assim a ordem que o nosso Mestre deixou, que é a de amá-las.” Lidia Moreira, Coordenadora de Amigos de Missões da UFMBB. “Jesus resgatou a política de proteção à criança e adolescente, ao recebê-las e abençoá-las, e delegou à igreja a responsabilidade de sua implementação.” Márcia Fernandes, Administradora da Casa Batista da Amizade – RJ “O treinamento foi muito esclarecedor. Mostrou-me a urgência de se construir para a UFMBB, enquanto instituição missionária, uma política de proteção à criança”. Celina Veronese – Coordenadora Nacional da Organização Mensageiras do Rei. “O treinamento foi uma oportunidade de reflexão, despertamento e surgimento de novas possibilidades de proteção à criança que nos ajudarão a agir como Cristo agiu e agiria nos dias de hoje.” Vladia Macri, Ação Social da JMN. Neste mundo, as nossas crianças estão sujeitas a qualquer tipo de violência em diversos lugares que ela está inserida. E o que nós como Igreja temos feito? Alertamos? Cuidamos? Prevenimos? Ou simplesmente nem tocamos no assunto? Devemos, como Igreja de Cristo, proporcionar à criança um lugar acolhedor e seguro a fim de ajudá-la no seu desenvolvimento integral. O Departamento de Ação Social da CBB coloca-se à disposição para viabilizar materiais e capacitações para a igreja, organizações, convenções estaduais e regionais.


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missões mundiais

Uma nova força missionária Marcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais

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issões Mundiais está cada vez mais perto de atingir a meta de 900 missionários em 80 campos transculturais até o fim deste ano. No dia 29 de junho, mais 26 missionários foram comissionados durante culto realizado na Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro. Nosso quadro missionário atual conta com 808 missionários, que anunciam Cristo em 71 campos. Novos e futuros missionários dependem do sustento de suas igrejas para seguirem aos campos. Precisamos avançar! Você e a sua igreja são nossos parceiros nesta missão de testemunhar Jesus às nações. O mundo ainda tem 3.800 povos que não foram alcançados pelo Evangelho de Cristo. Diariamente, convenções batistas de diversas nações solicitam missionários da JMM. Para atendermos atuais e novos pedidos, precisamos que as igrejas brasileiras se mobilizem em favor da evangelização mundial. Ofertar. Este é o quarto pilar de Missões Mundiais.

Pr. Alexandre Peixoto, gerente de missões da JMM, ora pelos novos missionários

Ele representa mais do que contribuir e sustentar a obra missionária. É um convite para que cada crente ame, doe, oferte e viva a missão. Para cumprir a Grande Comissão, é necessário amar a Deus, ao próximo e entender a urgência de testemunhar o Evangelho a toda criatura. O Dia Especial de Ofertas para Missões Mundiais é uma das muitas oportunidades que os crentes têm de partici-

par desta missão. A data deve ser escolhida pelas igrejas para o levantamento da oferta missionária anual. A oferta recebida pela JMM contribui para o avanço e sustento das ações para evangelização dos povos. Cerca de 150 projetos missionários, verdadeiras ferramentas para anunciarmos Cristo até os confins da Terra, dependem da participação efetiva de sua igreja. O prazo

limite para ofertar é 30 de setembro, encerramento do ano convencional da JMM. Todos os valores contabilizados até esta data integrarão o relatório da Revista Gratidão 2014. Serão mais pessoas alcançadas por nossos projetos e, simultaneamente, pela Palavra de Deus. Como enviar a oferta missionária: Use os boletos bancários que Missões Mundiais en-

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viou à sua igreja. A data de vencimento é 30 de setembro. Os boletos podem ser usados em qualquer agência bancária do país, via internet ou nas agências dos Correios, através do Banco Postal. A área do boleto denominada recibo do sacado, devidamente autenticada pelo banco, vale como recibo para a contabilidade da igreja. Caso necessite de mais boletos, entre em contato com a JMM pelo telefone (21) 2122-1901 ou pelo e-mail pam@jmm. org.br. Outras opções de envio da oferta: Depósito - neste caso, é necessário enviar uma cópia do depósito para a JMM. Cheque nominal - para as igrejas que não puderem optar pelo boleto bancário ou depósito, existe a opção de envio através de cheque nominal cruzado à Junta de Missões Mundiais por carta registrada. Os boletos destinam-se apenas à oferta do Dia Especial; não devem ser utilizados para contribuir com o Programa de Adoção Missionária (PAM). Vamos, juntos, testemunhar Cristo pelo poder do Espírito.

Uruguai: Semeando o amor de Cristo em uma nação secularizada Sabrina Souza Redação de Missões Mundiais

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onsiderado um dos países mais secularizados das Américas, o Uruguai tem fortes características humanistas e agnósticas. Apesar disso, o catolicismo é a religião predominante e com maior número de adeptos. Os movimentos pós-modernistas, aliado ao humanismo, colaboraram para enfraquecer qualquer tipo de ligação do homem com Deus e a desvalorização de conceitos sociais e cristãos. Contudo, há um forte trabalho do casal missionário Daniel e Clélia de Oliveira para resgatar nos uruguaios valores que foram perdidos e mostrar a esse povo que existe um Deus verdadeiro que salva, liberta e transforma vidas. O casal atua em Montevidéu há quase 20 anos – inclusive os filhos nasceram neste país vizinho ao Brasil.

A difícil tarefa de pregar em solo uruguaio tem sido um desafio diário para eles. Porém, Deus tem ensinado o caminho para alcançar esse povo. Foi então que os missionários entenderam que gestos de amor podem falar mais do que apenas palavras. Recentemente, as fortes chuvas vitimaram moradores do bairro de San Isidro, na cidade de Las Piedras. Muitas casas foram invadidas pela água, e famílias inteiras perderam o pouco que tinham. O missionário viu na tragédia uma oportunidade de poder ajudar essas pessoas e também mostrar o amor do nosso Deus através do seu gesto de caridade. O missionário iniciou uma campanha no condomínio onde mora para arrecadação de doações a fim de ajudar as vítimas da enchente. “Para a nossa surpresa, muitos vizinhos aderiram à campanha. Recebemos doações de todo o tipo. Depois desta atividade, muitos vizi-

nhos se aproximaram mais de nós, e pudemos manifestar o que nos motivou a essa iniciativa: o amor de Deus”, contou o missionário. Um dos frutos do amor manifestado através de ações foi dona Reina, uma senhora de 75 anos que encontrou na pequena Missão Batista Povo Novo, pastoreada pelo missionário Daniel, um lugar para ser amada. Durante a visita do missionário à casa dela, dona Reina confessou que foram as atitudes de amor de um grupo de jovens que se aproximaram dela que a fez decidir se reunir na congregação. Hoje, ela pode conhecer e experimentar do verdadeiro amor de Jesus. “Essas são pequenas expressões que fazem Jesus conhecido em uma sociedade tão secularizada como a uruguaia. Gestos que iniciam a partir de cada um de nós, visto que fomos alcançados pela expressão do próprio amor de Deus. É esse amor que nos constrange e nos leva a ação”, conclui o missionário. Missionária Clélia de Oliveira com família atingida por enchente


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Batistas retornam a Cocal

Pastor Manoel de Jesus The Colaborador de OJB

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notícias do brasil batista

o ano passado informamos o trabalho evangelístico e social que a Igreja Batista Nações Unidas, pastoreada pelo pastor Luiz Sayão, realizou em Cocal (PI). Agora, em 2013, retornamos àquela pobre cidade. A caravana foi formada por pessoas, sendo médicos, enfermeiros, psicólogo, evangelistas, profissionais palestrantes, e grande auxílio na área social, dois pastores que atenderam pedidos de oração, e coletaram centenas de pedidos de visita de nossa missionária sediada na cidade. Nossa missionária na cidade é a irmã Hosana, que durante 8 anos foi missionária na Sibéria. Viveu numa região em que suportou 48 graus abaixou de zero, e foi iniciar obra missionária numa cidade que chega a alcançar quase o

mesmo acima de zero. É pessoa experiente, com formação em Teologia e Psicologia, sabe, portanto, lidar com o espiritual e com o psicológico. Nossa ação alcançou o vilarejo chamado Campestre, 40 quilômetros de Cocal, e Santo Hilário, 30 quilômetros de estrada de terra. Nesse local, um médico da prefeitura atende 20 pessoas uma vez por semana. No terceiro dia agimos no hospital da cidade, que atualmente está sem médico, atuando apenas como um centro de enfermagem. A igreja em São Paulo levantou uma campanha de cestas básicas compostas de material de higiene, kits de higiene bucal, e alimentação, e material escolar. Foram distribuídas mais de 1000 cestas básicas. No total foram doados: 1300 kits higiene; 1390 kits escolares; 1000 Bíblias e 600 Novos Testamentos. Nosso relatório registrou que 1.500 pessoas receberam a

mensagem do amor de Deus. Todos os atendimentos passavam pelos médicos, pelos dentistas, e depois pelos pastores que oravam e deixavam com o atendido, uma Bíblia ou um Novo Testamento. Todos recebiam uma explicação do plano de salvação, mas o que mais nos preocupava era deixar a porta aberta para a missionária e seus discipulados visitarem o novo convertido, e continuarem a obra, até incorporá-los nos cultos e na Igreja. O total dos atendimentos atingiu a cifra de 931 atendimentos. Sendo 682 atendimentos médicos, 240 atendimentos odontológicos, 9 atendimentos psicológicos, e 410 crianças participaram de teatro, louvor, histórias, esportes. Houve atendimentos a 200 pais e adolescentes, orientados em palestras por pastores, e nossa psicóloga. A Prefeitura cedeu seus consultórios dentários, o que facili-

tou em muito os dentistas da caravana. O pessoal médico participou de operações com o corpo de médicos da cidade, pois contávamos com um especialista em transplante de rins e um médico intensivista, com passagens por campanhas de socorro em vários países. A caravana transcorreu em absoluta camaradagem cristã, não registrando nenhum desconforto entre os participantes, o que demonstrava claramente que o Espírito Santo agia em nosso meio. A Igreja onde a missionária realiza sua obra missionária abriu as portas para palestras dos pastores da caravana, tendo a participação de um pastor pela manhã do sábado e de outro pastor a tarde. Com lágrimas nos olhos, muitas pessoas atendidas perguntavam: “Quando vocês voltarão novamente?” Não sabíamos responder, mas prometíamos que no ano de 2014 estaremos de

volta. Na quinta-feira iniciamos o primeiro atendimento após levantarmos às 6h30 da manhã, quando havíamos ido repousar às 4 horas da manhã. No sábado saímos de Cocal, num confortável ônibus da Prefeitura às 22 horas, e tomamos o avião de volta para São Paulo, às 4 horas da manhã, partindo da cidade de Teresina, a capital do Estado. Foi muito cansaço, mas, ao mesmo tempo, muito alegres por vermos a mão do Senhor agindo em nós e no povo querido e sofredor daquele Estado. Todos voltaram certos que no próximo ano voltarão, e oxalá, se repita o que aconteceu neste ano, quando alcançamos o dobro do que havíamos conseguido em 2012. Já imaginaram se a cada ano dobrarmos os participantes e atendimentos? Bem, se isso acontecer, transferiremos toda a Glória ao Senhor, pois só a Ele pertence toda Glória. Ora! Vem Senhor Jesus!


13 Culto de posse do pastor João Luiz de Sá Melo o jornal batista – domingo, 14/07/13

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Família Pastoral (Pr. João Luiz, Priscila, Amanda e Natan)

Vanessa Nascimento Moreira e Caroline Costa do Nascimento – jovens da PIBVP Dir. de Comunicação PIB em Vila da Penha

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omo dizem as palavras do salmista: “Bendiga a minh’alma ao Senhor, não se esquecendo de nenhuma de suas bênçãos” (Salmos 103.2). Durante todo o processo de sucessão pastoral, Deus provou da sua benignidade para com a Primeira Igreja Batista em Vila da Penha, promovendo um amadurecimento espiritual e fortalecimento da fé. Neste dia de grande alegria, 22 de junho de 2013, a igreja recebe mais uma dádiva do Pai: a posse do pastor João Luiz de Sá Melo. Esteve presente no culto de posse, familiares e amigos do pastor João Luiz, os quais ele fez questão de lembrar nominalmente. Houve um momento de louvor e adoração à voz do Coro da Primeira Igreja Batista em Cachoeiro de Itapemirim, onde ele pastoreou por 8 anos até 9 de junho de 2013. As falas dos vice-presidentes da PIBCI, irmãos José Joaquim Gonçalves e Eliseu Crisóstomos de Vargas, foram marcadas por declarações de afeto e gratidão pelo seu antigo pastor,

Oração de Posse

mostrando a comunhão entre pastor e ovelhas. A mensagem foi proferida pelo pastor Tércio Ribeiro, ex-membro da PIBVP e atual presidente da Primeira Igreja Batista de Maceió, com a passagem bíblica de João 15.1-7. O servo do Senhor nos trouxe uma palavra exortando como a igreja deve ser igreja, deixando o pastor ser pastor de suas ovelhas, através de uma comparação com a parábola da videira e dos ramos. Foi pregada a unidade cristã, mesmo que haja espinhos que nos firam de vez em quando. Foram abordados quatro pontos do sermão sendo o primeiro relacionando - Permanecer com Produzir, já que o nosso chamado não é para produzir e sim para permanecer. O pastor deve conduzir as suas ovelhas a essa prática. “É o tempo de permanência que determina o que será produzido”. O segundo foi o Princípio da Alegria, pois Deus coloca as nossas lágrimas no odre velho e as transforma em vinho, simbolizando a felicidade de ser servo do Senhor. Em seguida, foi tratada a Dinâmica da Vida, sinalizando que mudanças na vida da igreja são necessárias para o crescimento do Reino. Por último, destacou-se o Propósito da Videira, pois esta não produz

para si mesma, como de igual modo a igreja não existe para a igreja. Portanto, a igreja deve ser bênção para o mundo, através do amor a Deus e ao próximo. A igreja deve ser viva e relevante na obra do Senhor. Com a ajuda d’Ele, quando a igreja aprende a permanecer, obtêm-se o passo a passo de como produzir. Entre as pessoas presentes destacamos o pastor emérito da Primeira Igreja Batista em Vila da Penha, pastor Sebastião Ferreira que pastoreou a igreja durante 42 anos com zelo pela obra de Deus e cuidados com suas ovelhas, e o pastor João Fraga, que como representante da Convenção Batista Carioca e da Ordem dos Pastores Batistas deu a palavra denominacional desejando que o ministério pastoral seja fecundo e frutífero. O culto contou com a presença de pastores de igrejas vizinhas que prestigiaram a posse, dentre eles destacamos o pastor João Emílio, pastor presidente da igreja mãe da PIBVP, a Primeira Igreja Batista de Irajá; o pastor João Reinaldo Purim Jr. da Igreja Batista do Méier; e pastor Reginaldo Gregório, sogro e pastor emérito da PIB em Rocha Miranda. Compareceram também o pastor Dejalmir Waldhelm, presidente da Convenção Batista Carioca; o pastor Nilton Antônio de

Pr. Sebastião Ferreira (Pr. Emérito da PIBVP) e Pr. João Luiz de Sá Melo (Pr. Presidente da PIBVP)

Souza. Os pais do pastor João Luiz, o diácono Edimo e a irmã Conceição, membros da Igreja Batista do Méier e o irmão Daniel Melo também estiveram presentes. Um grande coro reunido foi formado por membros da PIBVP para celebrar a festa que o nosso Deus proporcionou, declarando que toda criação dá louvor. Dentro do culto houve um momento de gratidão ao diácono Ricardo Nunes que, durante esses 2 anos de sucessão pastoral ficou como presidente em exercício da PIBVP, desde a aposentadoria do pastor emérito Sebastião Ferreira até a presente data, colaborando com o fortalecimento da Igreja nesse período. No ato de posse, o Termo de Posse teve as assinaturas do pastor João Luiz de Sá Melo e da Diretoria Estatutária da PIBVP, seguido de uma oração de posse feita pelo diácono Ricardo Nunes. O pastor emérito Sebastião Ferreira fez a oração eclesiástica com a imposição de mãos dos pastores presentes e de toda a igreja sob o pastor João Luiz e sua família. O pastor João Luiz de Sá Melo assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista em Vila da Penha, localizada na cidade do Rio de Janeiro a partir dessa data, 22 de junho

de 2013 e como ele mesmo disse em seu discurso, junto com sua família, formada pela sua esposa Priscila e os filhos Amanda e Natan. Após a posse, na sua palavra como novo pastor da Igreja, ele afirma que “a partir daquele momento estaremos vivenciando um novo momento, uma nova página”. Ele entende prontamente o chamado de Deus para sua vida e de sua família, bem como para o corpo de Cristo da PIBVP, afirmando que “não é mais desafio, é oportunidade!” E deixa para as suas novas ovelhas a leitura de II Timóteo 3, fazendo uma alusão à pregação do pastor Tércio. O pastor João Luiz encoraja à igreja dizendo: “Rebanho, vamos permanecer na videira para que os frutos apareçam!” Com a plenária lotada, a nave e a galeria, a Igreja louvou e exaltou a Deus pela graça recebida. Foi um culto ao Senhor pelas bênçãos já alcançadas durante toda a trajetória da PIBVP com auxílio dos pastores que por aqui passaram, mas também pelas vitórias que certamente virão para a Igreja trabalhando em conjunto com o novo pastor. Que Deus esteja à frente deste ministério pastoral na PIB em Vila da Penha e com todo o povo de Deus espalhado na face da Terra. Amém.

Cinquenta anos depois contaram as bênçãos! Profª Alcione Lima Educadora Religiosa da IB em Sítio Novo, Olinda/PE

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o sábado, dia 08 de junho, foi realizado na Igreja Batista em Sítio Novo em Olinda, PE, o culto de gratidão pelos 50 anos de casamento, bodas de ouro, do casal Manoel e Marina Lima. O pregador foi o pastor Natanael Menezes Cruz da Primeira Igreja Batista em Jaboatão, tendo o pastor Edison Parisi feito a oração gratulatória e o pastor Marinaldo Lima impetrado a bênção apostólica. Manoel José de Lima, filho de Amara Maria e Amaro Alves de Lima nasceu em Vitória de Santo Antão em

O casal Manoel e Marina Lima e família

22 de outubro de 1937. Marina Alves de Lima, filha de Anália Timóteo e Manoel Alves de Lima nasceu em Escada em 20 de outubro de 1938. Casaram-se em 09 de junho de 1963 na cidade de Recife e foram morar em

Jaboatão. O casal tem duas filhas, Marcilene Lima Parisi, nascida em 18 de junho de 1964 e Marcivane Alves de Lima, nascida em 02 de dezembro de 1970 e o filho Marinaldo Alves de Lima, nascido em 29 de setembro

de 1965. Em 1979 a família converteu-se ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo na Primeira Igreja Batista em Jaboatão, onde todos foram batizados. Naquela Igreja foram ovelhas do Pr. Manoel Nascimento e a partir de 1982 do pastor Natanael Menezes Cruz. Com muito esforço o casal investiu na educação dos filhos, desde a educação básica até o superior tendo visto a conclusão dos seus cursos: Marcilene em Psicologia, Marinaldo em Administração, Teologia e História e Marcivane em Medicina Veterinária. Em 1985 Marcilene casou-se com o pastor presbiteriano Edison Parisi, tendo em 1989 nascido Ana Raquel, a primeira neta. Em

1991 Marinaldo casou-se com a Educadora Religiosa Alcione Lima e em 1994 assumiu o pastorado da Igreja Batista em Sítio Novo. Em 2004 e 2005 o casal deu a Manoel e Marina suas outras duas netas: Anália Rebeca e Areli Suzana. Em 1998 o casal Manoel e Marina Lima mudou-se para o bairro de Salgadinho em Olinda, onde reside com a filha Marcivane, e desde 1999 são membros da Igreja Batista em Sítio Novo. Com todas as bênçãos recebidas da divina mão, o casal reuniu a família, amigos e irmãos em Cristo para agradecerem e proclamarem como o profeta Samuel (I Samuel 7.12): “Até aqui o Senhor tem nos ajudado!”


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o jornal batista – domingo, 14/07/13

ponto de vista

observatório batista LOURENÇO STELIO REGA

O

mês de junho de 2013 foi marcado por manifestações da população em passeatas por ruas em todas as regiões do Brasil. Lamentavelmente houve aproveitamento de grupos anárquicos com violência e depredações, mas afora isso, que envolveu parcela mínima de todo movimento, não há como ficarmos sem fazer um balanço da situação e buscarmos aprender as tendências que estarão formando os novos cenários em nosso País. Houve surpresa em todo País diante da rapidez com que o movimento se espalhou provocando arrepios nos políticos e grande júbilo em toda população que viu uma chance para manifestar seu descontentamento com a situação da nação indicando que a sociedade está excluída da arena pública apesar do modelo de crescimento e de ascensão social prometido pelos últimos governos que acabou criando desilusões, pois para dar significação à vida não bastou dar alguns reais de Bolsa Família, que acabou se tornando uma armadilha eleitoreira. Embora as manifestações não tivessem líderes claramente assumidos nem organicidade, fez com que a polissêmica voz das ruas se avolumasse dia após dia chegando a alcançar 438 municípios e aproximadamente 1,9 milhões de participantes até o dia 21 de junho, segundo a Confederação Nacional dos Municípios. Essa população insatisfeita e sufocada por um Estado massacrante e omissa estratégia política, quer agora oxigênio para respirar e poder viver mais tranquilamente a vida. Passadas algumas semanas já é possível contabilizar alguns detalhes no balanço do movimento:

1. Expressiva presença de jovens e universitários. Foi notório observar que a massa dos manifestantes eram jovens e da classe média, que na maioria das vezes é quem paga a conta da ideologia do Governo. Pesquisa realizada pelo IBOPE a pedido do Programa Fantástico apurou que 46% nunca tinham participado numa manifestação de rua, 78% se mobilizou pelas redes sociais, 52% eram estudantes, 43% tinham curso superior completo, 43% tinham menos de 24 anos, 49% tinham renda familiar maior de 5 salários mínimos (R$ 3.390,00), 45% com renda familiar menor de 5 salários mínimos. Estes jovens possuem mais acesso às informações, mas também possuem mais energia para protestar contra a inexistência de um futuro mais saudável para o País que está sendo impedido de se concretizar por causa da obsolescência e ineficiência do sistema político e governamental do País. 2. Por que prédios governamentais? Foi inusitada a tentativa da invasão aos prédios públicos governamentais. A pista que podemos lançar é que a perda de credibilidade governamental nos mais variados níveis já vem a um bom tempo sendo germinada no inconsciente da população. A tentativa de tomada destes prédios pode representar que o povo quer assumir o comando da Nação, que os governantes já não podem mais ocupar os postos de gestão da coisa pública da maneira como, em geral, se ocupa e que os anseios e necessidades da população não estão sendo ouvidos. 3. Rejeição dos partidos políticos e representantes sindicais. Ficou patente que o movimento tinha cunho não apenas apartidário, mais

do que isso, antipartidário com relação ao atual modelo político. Manifestantes de partidos políticos (PT, PSOL, PSTU) e sindicatos (CUT) foram expulsos das passeatas e suas bandeiras queimadas no auge do movimento. Na pesquisa do IBOPE detectou-se que 89% não se sentiam representados por nenhum partido político, 83% não se sentiam representados por nenhum político. Era patente ouvir frases como “a única bandeira é a bandeira do Brasil”, “nosso partido é o Brasil”. Entre os pesquisados 61% demonstraram muito interesse por política e 28% interesse médio, enquanto que apenas 6% demonstraram pouco interesse e 5% nenhum interesse. Estes dados demonstram que há interesse pela política, mas também indica claramente que os políticos já não representam mais os anseios e necessidades dos cidadãos configurando uma crise de representatividade que desenha um quadro que demonstra que o sistema político e governamental e seus componentes se distanciaram do chão do País, pois a estrutura e a dinâmica partidária já não dá mais conta de exercer seu papel de atender os anseios da nação se mostrando inoperante para dar com qualidade as garantias constitucionais de segurança, saúde, educação, transporte, etc, apesar dos elevados impostos pagos a duras penas. Estes serviços para serem obtidos necessitam ser contratados da iniciativa privada a custo nem sempre tolerável que novamente arrecada impostos. Então, a população paga duas vezes impostos para obter o mesmo serviço. Sem ainda contar com as notícias de corrupção que campeia a classe política nos seus mais variados níveis e setores. Com o desbravamento das cores verde e amarelo como as cores do movimento e o

desfraldar da bandeira brasileira, os partidos socialistas necessitam aprender a ter respeito com a cultura local de uma nação ao invés de impor a cor vermelha, o que pode muito representar o massacre cultural imposto pelo padroado católico aos países conquistados que tiveram a sua cultura e ideais destruídos. 4. Apagão da classe política. O ex-presidente Lula se ausentou do cenário público, assim também o silêncio dos outros políticos diante do movimento foi constrangedor. Pode ser que não desejaram se arriscar a aparecer para constatar a concretização da sua rejeição diante da massa enfurecida que não aceita mais o despreparo do sistema político que não poderá mais governar como antes. Com a expulsão de qualquer cor política do movimento das ruas os manifestantes estavam dando o recado a todo espectro de rejeição da classe política – de direita, de centro e de esquerda. A fronteira foi rompida e o povo deseja agora outra dimensão e visão na gestão da coisa pública. Isso também pode indicar que o movimento criou uma oposição que atualmente o governo efetivamente não tem.

58% Governo Federal, 49% Governos Municipais, 47% Governos Estaduais, 26% igreja, 24% Polícia. Dos que já participaram pelo menos uma vez 100% disseram que desejam continuar participando nos manifestos e dos que foram entrevistados que não participaram 99% apoiam as manifestações. Para não avançar demais no espaço, vamos lembrar do conceito de “sagrado selvagem” (sagrado quente) do sociólogo Roger Bastide, que, embora aplicado à religião, muito bem serve para esclarecer o tema. Uma pessoa tem contato com o sagrado, se encanta e passa a viver esta experiência hierofania. Outros surgem e participam desta mesma experiência, assim surge a identificação entre as pessoas que buscam se organizar para viver a experiência aquecida do relacionamento com o sagrado. É preciso, portanto criar regulações, regras de inclusão, convivência e exclusão. Aí o sagrado é burocratizado e dominado. O sagrado fica frio e rotineiro, a experiência inicial desaparece. Num dado momento surge a apatia e alguém acende a chama (geralmente um profeta) mobilizando o povo em nova busca do perdido sagrado selvagem. Provavelmente esteja havendo isso nesse fenômeno das ruas. Tivemos uma população que foi às ruas conquistando a libertação das “Diretas já”, mas que acabou arrefecendo-se com o passar do tempo e o País não tem mais aquele inicial glamour, tendo sido invadido pela corrupção e perda de credibilidade governamental. Busca-se agora uma espécie de “política quente” que enxergue novamente a população.

5. Demandas do movimento das ruas: o Departamento de Inteligência e Pesquisa de Mercado Abril pesquisou 9.088 pessoas em todo Brasil e detectou que 53% dos pesquisados foram motivados a reclamar contra a corrupção, 49% contra a PEC 37, 45% por melhoras na educação, 38% por melhoras no sistema de saúde, 28% pela prisão para os políticos envolvidos em corrupção, 23% contra gastos com a Copa do Mun(Segunda parte do texto do. Entre as instituições mais enfraquecidas constam 70% continua na edição do dia 28 para o Congresso Nacional, de julho).


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ponto de vista

A

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o considerar este tema que, na verdade, é o do livro em inglês do Brennan Manning, estou pensando no nosso Senhor Jesus Cristo. Quando fazemos uma leitura meditativa dos evangelhos percebemos a sabedoria da ternura na vida do Mestre. Os Seus diálogos com os discípulos e com as pessoas necessitadas sempre foram marcados pelo Seu caráter terno, do Seu coração, a partir da Sua relação íntima com o Pai. O próprio convite de Mateus 11.28-30,“Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”, revela o quanto o Salvador era terno. Como Ele era sensível, empático com as pessoas que O procuravam para expor suas necessidades! O Senhor Jesus gostava das festas e ali encontrava algumas pessoas carentes como a mulher pecadora de Lucas 7.36-50. O Seu propósito era sempre interagir com pesso-

as carentes a partir do Seu amor e manifestar curas. As Suas entranhas fervilhavam de amor pelas pessoas cansadas e oprimidas, escravas do inimigo e reféns de consciências pesadas, quase que insuportáveis. Impressiona-me a solidariedade do Mestre. As pessoas sofredoras percebiam como Jesus era sensível às suas múltiplas necessidades. Mas considerando esse tema, o que seria ternura? Segundo Azevedo, “ter coração terno, sensível, mimoso, ter o coração no pé da boca, queimar-se, emocionar-se até às lágrimas; tocar ao coração; sensível, sensitivo; afetivo, impressionável” (Azevedo 2010: 383, 384). Estas palavras revelam o caráter do nosso Senhor Jesus. Ele olhava para as pessoas perdidas, enfermas e desamparadas com uma profunda compaixão que lhe era peculiar. Era cheio de ternura na missão que recebeu do Pai sempre terno. A sabedoria da Sua ternura estava em falar

sempre a verdade, ser íntegro e profundamente comprometido com a vontade soberana de Javé. A sua ternura era manifestada no leito do amor. A ternura do Mestre se revelava na Sua capacidade de discernimento, de colocar as palavras certas na hora certa e pelos motivos corretos. O Mestre se emocionou ao ver Jerusalém mergulhada no legalismo, secretismo religioso, secularismo e na insubmissão a Javé. Mostrou claramente a Sua ternura quando pegou as crianças nos Seus braços fortes e as abençoou (Mc 10.1316). A ternura de Jesus fazia parte da Sua natureza. Ele era um com o Pai (João 10.30). O Deus que se manifestou em carne, cheio de graça e de verdade (João 1.14). O coração do Mestre era pleno de compaixão pelas almas perdidas. As Suas lágrimas eram fruto de uma sensibilidade inigualável. A Sua ternura era proveniente da Sua graça,

a mesma graça do Pai – que salva, restaura, encoraja e concede visão ao que crê. A Sua afetividade era conhecida entre os párias, que viviam à margem da sociedade espartana – uma sociedade especialista em alijar os doentes, constituída de políticos, aristocracias judaica e romana, religiosos de carteirinha, autossuficientes, comprometidos com a aparência e com uma religiosidade mecânica, sem vida. Jesus, por sua vez, estava comprometido com a sinceridade do coração, a graça do perdão, com o acolhimento dos rejeitados, tendo como base a eficácia da justificação pelo Seu próprio sacrifício na cruz, pelo Seu sangue derramado por nós. Jesus estava impressionado com a insensibilidade dos religiosos judeus e governantes da sua terra e dos romanos. Aprendemos com o Mestre, em Sua sábia ternura herdada do Pai, a ouvir, compreender, encorajar, confrontar e

orar com e pelas pessoas. Que a ternura do Senhor é um traço bem marcante da Sua personalidade e deve ser o nosso também. Que devo me engajar no trabalho árduo, mas desafiador e belíssimo, de ajudar as pessoas nas suas lutas, mazelas e traumas. Aprender a ouvi-las com atenção, com sensibilidade que a ternura propicia. Seguindo a orientação de Tiago, que eu seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar (Tg 1.19). É tempo de semear a ternura do Pai e do Filho, aplicada pelo Espírito Santo em todo o canto e em todo o tempo. Que a ternura de Cristo encha as nossas entranhas. Que seja transformada em atitudes e atos usados e ousados de forma a beneficiar o maior número de pessoas. Onde quer que estejamos sejamos cheios da ternura de Jesus Cristo. Ele é o terno Salvador que nos salvou e nos encheu de ternura para a glória do Deus perfeitamente terno.

Pr. Raul Marques PIB de Várzea Nova, Santa Rita - Paraíba

patrimônio que porventura tenham tentado protagonizar a história encaminhando-a a um despropósito. Ansiamos isto sim, fazer uma paráfrase, livres da conotação teológica, mas bem próximos da questão social. Nos últimos dias assistimos ininterruptamente manifestações crescentes em várias capitais e em inúmeras cidades mais populosas do país, que tiveram sua gênese nos “centavos” a mais que seriam cobrados nas passagens de transportes urbanos. O fato é que, não eram apenas os centavos que estavam em jogo; eram os bilhões e bilhões que construíram suntuosos campos de futebol, que foram lançados na mídia dos “Ali

Babás” e também dos “quarenta ladrões” que há séculos lançam mãos nos cofres da República. Até aqui não tínhamos ainda assumido publicamente a indignação do povo brasileiro que se sente humilhado e ultrajado, além de traído e colocado no “banco de reservas”, sem a menor possibilidade de entrar em campo outra vez. Nunca antes na história deste país os centavos valeram tanto! Foram eles que acordaram a nação para o sucateamento da saúde, a desvalorização dos profissionais da Educação, a manipulação dos poderes, a violação dos direitos, o abafamento da Crise Institucional, a desmoralização da função política, as aberrações religiosas, a

desmoralização da família, o enriquecimento galopante dos “donos do dinheiro”, o desprezo pela fome e a miséria nos sertões, a violência gritante, a imoralidade, enfim, a fantasiosa inclusão do país no primeiro mundo à custa do empobrecimento dos indivíduos, com ações lúdicas de mídias circenses em conluio. Na parábola bíblica, após se dar conta de que havia perdido uma moeda, a mulher toma a decisão de procurá-la “diligentemente” até encontrá-la. O Brasil, afinal, se deu conta de ter perdido a sua moeda... Deste modo, chamou a sua gente, aliás, “brava gente brasileira”, para encontrar com diligência o seu prejuízo. Os Estados e

as Cidades foram sensibilizados a procurarem juntos por uma solução. O Brasil foi às ruas. O povo acordou para o poder que possui. A nação despertou para a valorização dos seus valores mais profundos, que passam além do país do futebol e do carnaval; que rendem muito mais do que todas as transações bilionárias do mundo da “bola” e que não estão nas Ilhas Cayman e nem em nenhum outro paraíso fiscal; está, isto sim, aqui dentro deste gigante pela própria natureza: o seu povo trabalhador! Como na parábola, é hora de chamar os vizinhos para a celebração da moeda que foi achada. O caminho da dignidade foi reencontrado!

A

Bíblia relata um fato ocorrido com certa mulher que havia perdido algumas moedas dentro de sua própria casa e que, logo em seguida, foi diligentemente procurá-las até que as encontrasse, tal era a sua necessidade e o seu senso de responsabilidade no tratamento dos bens familiares. A parábola contada em Lucas 15.8-10 ajuda-nos a compreender que os brasileiros acordaram para um Manifesto Nacional muito além de dez centavos... Tal como na parábola, não queremos nos deter nos vândalos ou depredadores do



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