ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 04/08/13
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXIII Edição 31 Domingo, 04.08.2013 R$ 3,20
Batistas baianos valorizam a nova geração
90ª Assembleia da Convenção Batista Baiana destaca tema do ano da CBB, “Valorizando a nova geração”. Sob essa temática, os batistas baianos se reuniram em Juazeiro, e pela primeira vez houve a participação de todos os missionários da CBBA. Quatro ênfases foram exploradas: Acolhimento, Juventude, Responsabilidade Social e Expansão Missionária (págs. 08 e 09).
Seminário Teológico Batista Fluminense completa 50 anos Foi com alegria e recordações que diretoria, professores, alunos e ex-alunos comemoram os 50 anos de existência do Seminário Teológico Batista Fluminense. Conforme cita o Pr. Ebenézer Soares Ferreira: Dentre as principais razões para implantação do Seminário estavam: suprir a falta de obreiros, intensificar a obra e dar oportunidade aos irmãos que se sentiam vocacionados (pág. 10).
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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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o dia do adolescente batista a reflexão é para os líderes e pais. Abençoá-los, orientá-los, amá-los, capacitá-los, apoiá-los, são atitudes que os adolescentes batistas precisam receber. Esta é a fase de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada pela variação de comportamentos típicos da infância e aquisição de capacidades de adulto. Com esta radical mudança a adolescência é assinalada como uma fase heterogênea. Olhando de uma perspectiva diferente, imagine uma criança que tem como maior preocupação saber com qual boneca vai brincar hoje, e aos poucos se vê crescendo demais, tendo que comprar roupas cada vez maiores, só que as roupas que cabem nela, nenhuma é tão colorida como ela gosta, nem tem o
desenho da sua boneca preferida. De repente seu corpo se modifica, não tão em forma como de uma mulher, mas também diferente de uma criança. Assim é a perspectiva de uma criança em fase de amadurecimento. E agora, como conviver com tantas mudanças? Uma mudança de níveis físicos, mentais e sociais, só poderiam resultar em crises. Além do corpo mudar, o adolescente começa a pensar de maneira diferente, seus gostos mudam e sua relação com a sociedade também. Agora não é tratado mais como uma criança, mas alguém com certas responsabilidades. Como cuidar dos adolescentes nessa fase? Essa deve ser a pergunta de muitos pais. Com tantas mudanças é normal o adolescente ter momentos de rebeldia, na verdade são conflitos in-
teriores, pensamentos de adulto encontrando ações de criança, ou vice-versa. Momento exato de muita orientação. Os adolescentes precisam urgentemente de amor e apoio, de dedicação dos pais e líderes, que precisam de uma dose de paciência extra. É a fase que precisa de mais conversas, entretanto, em algumas famílias acontece o contrário. Um bom diálogo é o passo inicial de uma boa relação entre adolescentes e pais, assim como adolescentes e líderes. As conversas estreitaram laços e o impedem de se aproximar de coisas que o afastem de Deus, e até mesmo da sociedade, como é o caso das drogas. Nunca ache que só porque o adolescente frequenta a igreja, está longe deste tipo de abordagem. Converse com ele, mesmo que o adolescente esteja achando a
conversa chata, nesta fase eles ainda não tem noção do que é realmente importante para sua vida. Tais conversas também devem ser regadas de apoio aos seus sonhos. Uma característica importante do adolescente é sonhar alto e muito, o que é saudável. Dentro das possibilidades agarre os sonhos do adolescente como seus próprio sonhos. Lute com ele, planeje com ele, isso fará ele se sentir amado também. Mas não faça por ele, entretanto, participe e capacite-o. Todas essas orientações e até as pesquisas científicas sobre a mudança hormonal são na verdade orientações e constatações bíblicas. Veja: Provérbios 22.6; I Coríntios 13.11; Gênesis 21.18; I Samuel 2.26; Lucas 2.40. “O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer” (Isaías 28.26). (AP)
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MÚSICA Rolando de Nassau
(Dedicado ao leitor Tibério Conte, de Brasília, DF) “O tempo tem uma adversária poderosa: a memória” (Lya Luft)
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urante mais de meio século, demonstrou-se inconformado com as deficiências culturais de sua Denominação. Sempre quis a mudança de mentalidade em sua igreja, pela qual “ler jornais, livros e revistas não religiosas, ir ao cinema e ao teatro, visitar igreja de outra Denominação etc. tudo constituía pecado ... defendemos a criação de institutos bíblicos e de congressos de mocidade, a militância em sindicatos, em entidades estudantis e políticas; abrimos espaços para os jovens
vocacionados; acolhemos colaboração de articulistas batistas. ... Nas Assembleias de Deus hoje, predomina outra mentalidade” (“Memorial do Sobrevivente”, pp. 28-31, Academia de Letras de Brasília, 2008). Em setembro de 1956, fundou a revista “A SEARA”, causando um impacto na cultura das Assembleias de Deus no Brasil (“As Assembleias de Deus no Brasil”, pp.155-157, Rio de Janeiro: CPAD, 1997). Tendo em mãos o hinário, disse-nos que suspeitava que a falta de preocupação com a hinologia permitia que fossem mínimas as informações sobre os autores e tradutores dos hinos. Ele mesmo, o jornalista, poeta e escritor Joanyr de Oliveira (1933-2009), convidou-nos
a escrever sobre música e hinologia. Para a revista “A SEARA”, escrevemos três artigos sobre música religiosa. Entre outubro de 1978 e dezembro de 1980, comentamos discos elepês evangélicos na revista “Jovem Cristão”. Quando ele assumiu a direção da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), escrevemos cinco artigos sobre hinologia para o “Mensageiro da Paz”, desde 1930 periódico oficial da Denominação Pentecostal. Em julho de 1986, a CPAD lançou um livro que Alcebíades Pereira Vasconcelos, pastor da AD de Manaus, considerou ser “o indispensável brado de alerta”. Escrevemos o prefácio (pp. 11-24), para, com os funcionários da Divisão de Jornalismo e autores de “A Mensagem Oculta do Rock”, advertir o povo evangélico sobre as investidas satânicas por meio da música. Em 2003, esse livro sofreu na internet uma crítica rancorosa, justamente de um anônimo membro da AD de Manaus. Nossa contribuição mais extensa aconteceu com a série “Hinos que Cantamos”; de novembro de 1977 a junho de 1983, na revista “A SEARA”, foram 48 artigos sobre hinos da “Harpa Cristã”, e dois sobre hinologia. Talvez Joanyr de Oliveira tenha ficado satisfeito, em 2009, ao saber que o “Mensageiro da Paz” tinha feito uma pesquisa hinológica a respeito de um suposto colaborador da “Harpa Cristã”. Quanto a mim, fiquei surpreso, em 2012, ao ser questionada a veracidade histó-
rica das afirmações de José Rodrigues, conhecido como “Pastor Jotinha”, de que são de sua autoria as letras dos hinos números 1, 8 e 84 da antiga “Harpa Cristã” (edição de 1975). Na época da elaboração dos artigos (1977-1983), não tive acesso à coleção das edições da “Harpa Cristã” anteriores a 1975. Pesquisei, inclusive no livro de Henriqueta Rosa Fernandes Braga, mas nada encontrei sobre José Rodrigues. Em 1992, verifiquei que a nova “Harpa Cristã” confirmava José Rodrigues como autor dos três hinos por mim comentados na revista “A SEARA”. Fui citado, como fonte consultada, nos “blogs” de Israel Batista e Isael de Araújo, nas edições de janeiro e fevereiro de 2012, respectivamente. Os blogueiros, que investigam as “estórias” contadas por José Rodrigues, já esclareceram que nenhum dos três hinos constou do “Cantor Pentecostal” (1921), mas podiam ser encontrados na “Harpa Cristã” (2ª edição, 1923), tendo José Rodrigues como o autor das letras. O hino “Chuvas de bênçãos” (CC-168, HCC-337, HCA-1) foi traduzido em 1890 pelo missionário Salomão Luiz Ginsburg, mas o “Pastor Jotinha” afirma que ele escreveu este hino ao ser inspirado em oração; passou o texto ao evangelista Adriano Nobre, que editou a primeira “Harpa Cristã” (1922). Antes do “Pastor Jotinha” ter nascido já existia um hino usando a palavra “chuva” (“showers”, “rain”).
Jotinha afirma que Gunnar Vingren foi a Santa Maria (RS), onde era pastor na igreja batista local; todos aceitaram a doutrina pentecostal; teria sido em 1925. Não há registro documental da visita de Vingren ao Rio Grande do Sul; na história pentecostal de Santa Maria não consta toda uma membresia batista ter-se tornado pentecostal; Jotinha, na ocasião, teria 15 anos de idade. O hino “Cristo, o fiel amigo” (CC-81, HCA-8) foi traduzido pelo missionário batista Albert Lafayette Dunstan, enquanto “O grande Eu Sou” (CC-481, HCA-84) foi traduzido em 1891 pelo missionário metodista Justus Henry Nelson. Os blogueiros que investigam a história desses hinos atribuídos a Jotinha, citam o periódico pentecostal de Belém (PA),“Boa Semente” (27 de julho de 1919) que deu a notícia do falecimento de um auxiliar do missionário Gunnar Vingren. Segundo descobriram Eliezer Cohen e Isael de Araújo, esse auxiliar falecera em 02 de junho desse ano; seu nome: José Rodrigues. O impostor que há tempos (há relatos em CDs e vídeos no “You Tube”) se faz passar por “José Rodrigues”, é judeu, nascido em Israel, em 1910, com o nome “Josefus Rerullu”; em 1911, seus pais vieram refugiados para o Brasil. O verdadeiro, faleceu em 1919. Parece que, no meio assembleiano, a bem da verdade, a hinologia experimenta uma crise benfazeja.
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GOTAS BÍBLICAS Pastor Carlos Alberto Pereira PIB em Três Marias, MG “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (II Coríntios 4.18).
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omos influenciados em nosso modo de pensar e agir pelo que veem os nossos olhos, pelo que ouvimos, pelo o que apalpamos. Paulo, apóstolo de nosso Senhor Jesus, faz um alerta à Igreja de Corinto para que os irmãos priorizassem o reino espiritual. Em outra carta de Paulo, à Igreja de Colossos, e na mesma temática, acrescenta: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Colossenses 3.1). Para se buscar e priorizar o reino espiritual fica claro aqui que tenho que estar ressuscitado com Cristo.
Pr. Araúna dos Santos Vitória, ES
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função do presidente institucional em regimes de governo democrático não é a de um líder de ações e determinações a serem simplesmente obedecidas, mas a de um gestor que indica normas a serem seguidas, de acordo com os princípios democráticos de direito. O presidente não é um autocrata. Essa a razão por que nas constituições democráticas são alinhadas as responsabilidades do presidente da diretoria, entre as quais se destaca, com prioridade, cumprir e fazer cumprir a Constituição, os estatutos aceitos pela organização social que representa. A presidência, assim exercida, democraticamente, é a garantia primeira
NA ATUALIDADE
Mas o que é estar ressuscitado com Cristo? Paulo nos informa de maneira piramidal quando nos diz: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2.5,6). Todo aquele que não tem um pacto com Jesus está irremediavelmente morto, espiritualmente falando. Jesus veio a este mundo para nos dar vida espiritual a todo aquele que o confessa e o recebe como Senhor e Salvador de sua vida. No evangelho de João lemos: “Veio (Jesus) para o que era Seu (o povo judeu), e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: Aos que creem no seu nome” (João 1.11,12). Então, meu prezado leitor, Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo, nos concede que nos estabeleçamos ou
nos assentemos com Cristo nos lugares espirituais e tenhamos uma visão melhor tanto da vida física como a da espiritual. Quer queiramos ou não, uma coisa é certa: o reino espiritual abarca o reino físico, o reino da matéria. Veja, você terá uma visão a partir do alto, onde a visão é amplificada, pormenorizada e extensiva à eternidade. Não perca tempo, faça um pacto com a pessoa de Jesus hoje ainda! Jesus mesmo nos exorta dizendo: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). E, concluindo, aceite e se posicione no que Paulo nos incita, dizendo: “A saber: Se, com a tua boca, confessares o Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Romanos 10.9,10). Deus te abençoe! Amém!
problema de ser idoso sempre existiu. Por isso, a Bíblia tem uma mensagem para os idosos: os que cultivam a comunhão com o Senhor, “na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Salmos 92.14). Envelhecer não é nada fácil. Depender dos outros. Fraquejar no caminhar. Catar as memórias e vê-las fugindo. Não se sentir mais útil. Mesmo sabendo das estatísticas, que dizem que o mundo está
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tendo mais idosos do que jovens, esses números não consolam muito no dia a dia. Por que será que comungar com o Senhor nos ajuda na velhice? Porque a Bíblia nos relembra que há um tempo para todas as coisas – inclusive para a velhice. O Senhor tem uma abordagem para os adolescentes e uma abordagem para os idosos. Em todas as idades, o Senhor sabe quais portas abrir para nos ajudar. O negócio é manter plantada no Senhor a árvore de nossa vida. É fruto na certa.
de um ambiente saudável de entendimento e realizações corporativas que resultam frutos positivos de cooperação funcional e voluntária, de seus auxiliares, acrescidos ainda de maximização e eficácia de esforços, de seus congregados, para atingir o propósito, ou propósitos, da instituição. Com tristeza, já presenciei comportamentos impróprios à presidência de igrejas. As palavras e os conceitos acima expressos representam a afirmação do óbvio. Se o regime é democrático, torna-se tautologia – repetição desnecessária – discorrer sobre a necessidade de uma presidência, igualmente, democrática. Mas a realidade experimentada, aqui e ali, vezes tantas, tem sido o esquecimento ou a não observância de normas e princípios democráticos nos trâmites de
questões a serem decididas em algumas organizações – entre elas, igrejas, associações, convenções e que tais. O âmbito e os limites funcionais da diretoria em uma organização democrática, suas prerrogativas, precisam estar claramente definidos em sua Constituição, e serem respeitados por seus integrantes, a fim de que não seja impedida a liberdade de expressão do plenário significativo da entidade em evidência. A autocracia é, sem dúvidas, o regime mais rápido em suas decisões e, também, o que mais restringe e desconsidera a participação popular, desrespeitando-lhe a liberdade de opinião e expressão. Uma vez Leonardo Boff já escreveu, em artigo na imprensa, que “o que interessa a todos deve poder ser pensado por todos e decidido por todos” (jornal
O Estado de São Paulo). Por isso, as decisões democráticas são mais difíceis de serem alcançadas em consenso, porque se estabelecem a posteriori de muitos diálogos e discussões, quando ideias são aclaradas, entendimentos são aprofundados e alianças são estabelecidas, para o bem comum da organização social. O presidente conduz o diálogo, administra as diferenças. Não é a voz de um – indivíduo – que é ouvida, é a voz do povo – a entidade – a voz da decisão unânime, assim desejável, ou da maioria expressa, e assim realizada. Jesus Cristo alertou seus discípulos sobre a tendência humana de domínio de uns sobre os outros no ambiente social de seu tempo. “Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem
poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.25-29). Se lido cuidadosamente o contexto (20.17-24), percebe-se que enquanto Jesus discorria sobre sua futura humilhação e morte, seus ‘discípulos’ pensavam e falavam da exaltação deles em posições no Reino de Deus. É triste, quando se esquece o exemplo do Mestre dos mestres para seguir exemplos de dominadores deste século no trato com as pessoas a seu redor e suas organizações. O reino de Deus é uma coisa e o reino de homens é coisa diferente! O domínio pertence ao Senhor.
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Frutos na velhice
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Sâmia Missionária da JMM no Oriente Médio
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tualmente não vemos muitos mestres para ensinarem o Evangelho de forma profunda e limpa no meio da grande multidão que se diz “evangélica” no Brasil. Muitos preferem as pregações superficiais, pois atrai mais as pessoas. Falam do que as satisfaz, sem compromisso com as Escrituras. Um Deus dominado pela ambição egoísta dos homens ansiosos por terem seus egos massageados! A interpretação Escriturística muitas vezes é uma verdadeira aberração. Recentemente ouvi uma pessoa declarar com orgulho: “O nosso Semi-
Cleverson Pereira do Valle Pastor da PIB Artur Nogueira
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família é um projeto de Deus. Quando o homem foi criado no Jardim do Éden ele estava só, Deus faz uma companhia para ele e diz: “Não é bom que o homem viva só.” O primeiro casal criado por Deus deveria ser exemplo para a humanidade, infelizmente eles falharam,
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nário é a vida!”. Sua próxima fala foi uma interpretação exegética totalmente disforme, a fim de justificar suas práticas. Fico estarrecida ao ver quantos cristãos estão vazios por falta de verdadeiros ensinamentos. O que quero dizer é que é imprescindível conhecermos a Palavra para termos mais firmeza de vida. Não é uma extraordinária performance no púlpito que faz o povo renunciar o pecado no dia a dia, mas o poder do Evangelho. Por tudo isso, perdemos a dimensão do cristianismo autêntico. Passamos a ditar as regras no lugar de Deus. O lema da vida passa a ser: “O Deus que nos serve!” Esquecemos que fomos chamados e criados para o louvor de
Sua glória e não para nossa satisfação pessoal. Somos reducionistas quando falamos do senhorio de Cristo, ou da cruz. Gosto muito do livro do D. A. Carson “A Cruz e o Ministério do Cristão”, da Ed. Fiel. Carson fala da forma como o povo da época de Jesus pedia sinais. Ele vai dizer: “Não estou me chegando a Ele de acordo com as suas determinações; estou estipulando os termos que Jesus tem de aceitar, se deseja ter o privilégio de minha companhia” (pág 25). Quando deixamos o senhorio de Cristo, paramos de querer satisfazer a Deus para buscarmos nossos próprios anseios. Essa é uma relação idólatra para com Deus. O texto de Tiago diz que os
demônios creem e tremem (Tg 2.19). Nós, porém, cremos, tememos e amamos! Nossa alegria é ver a glória do Seu Santíssimo Nome manifesta através nós. E isso nos difere em muito dos demônios. Deus não tem que se encaixar nos nossos padrões para satisfazer nossas necessidades. Ele é quem é o Senhor. A forma insolente como fazemos exigências a Deus revela nosso egocentrismo, rebeldia, ingratidão e pecado. Lembro-me da oração de Maria: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38). Estamos dispostos a deixá-lO fazer toda Sua vontade em nossas vidas? Ou queremos estar no controle?
A falta de centralidade na cruz é que traz estes desvios de entendimento sobre a soberania de Deus. Quando olhamos para a cruz vemos a figura de Cristo como o Servo Sofredor, mas também do Messias prometido. A morte de Jesus na cruz e sua ressurreição é o ápice do amor de Deus por nós. Tomemos cuidado para não diluirmos o Evangelho de seu conteúdo. Para não fazermos de Deus um ídolo. De não sermos achados sentados no trono como senhores em Seu lugar. Deus não nos deve nada, ainda assim nos deu tudo. Deus não precisa de nós, ainda assim nos chama para sermos participantes de sua obra. A nós cabe a gratidão e submissão ao Seu senhorio em amor.
e toda a raça humana paga pelo pecado deles. Deus dá uma ordem clara no Jardim do Éden e a falta de diálogo, a falta de comunicação do casal trouxe a tragédia na terra. Adão poderia muito bem argumentar com Eva sobre a ordem de Deus, deveria recusar e explicar o motivo de não querer comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mau. Não houve diálogo, não houve comuni-
cação e por isso o caos se fez presente. Hoje não podemos abrir mão da comunicação no lar, precisamos dialogar sempre com nossos cônjuges e filhos. Quando os pais não conversam com os filhos e entre si, corre um sério perigo. Quando o apóstolo Paulo escreveu à igreja de Éfeso em Efésios 4.25 ele disse: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com seu próximo,
porque somos membros uns dos outros”. Não há como caminhar junto sem: honestidade, receptividade e verdade. Dentro do lar não pode faltar comunicação honesta, a mentira deve passar bem longe do lar. A falta de honestidade, de um diálogo franco e aberto é a causa de muitos fracassos no lar. Todo lar cristão precisa saber que a comunicação é fundamental para um lar centralizado em Cristo.
Não há comunicação quando duas pessoas se isolam e se atacam mutuamente. Não podemos discutir dentro de casa, o casal deve dialogar, ou seja, comunicar-se. O falar do cristão envolve palavras que edificam a outra pessoa. Nossas palavras devem ser dirigidas ao problema que surgiu. Devemos atacar os problemas, e não as pessoas. Que a nossa comunicação no lar seja de acordo com os padrões de Deus sempre.
6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
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e quando em quando somos informados pela imprensa que centenas e centenas de pessoas ficaram nuas para serem fotografas pelo fotógrafo norte-americano Spencer Tunick. Tunick tem estado em vários países clicando multidões nuas. No Brasil, em 2002, cerca de 1.100 pessoas posaram nuas no ensaio fotográfico “Nude Adrift”, realizado no Parque Ibirapuera como parte da programação da Bienal de Arte de São Paulo. Nas artes, o nu artístico é a designação dada à exposição do corpo de uma pessoa nua em diversos meios artísticos, especialmente através da pintura e escultura. Existem no mundo inteiro, muitas no Brasil, praias destinadas especialmente para os nudistas. Há inclusive os nudistas cristãos. Podem acreditar! Como ministros de família, somos também inquiridos pelos pais sobre se eles devem ou não andar nus diante dos filhos ou vice-versa. Existem muitos que argumentam que não há nenhum problema em se andar nu pela casa, seja na intimidade do casal ou na presença dos filhos. Mas o que a Bíblia diz sobre o tema? Quando lemos a Bíblia encontramos algumas referências sobre a prática da nudez. O mais conhecido texto está em Gênesis 2.25. Fala da nudez do homem e da mulher no ato da criação. A ênfase no texto é que, homem e mulher, estavam nus e não se envergonhavam. Em Gênesis 9.18-29 há o relato da nudez de Noé e a maldição de Cam. O problema de Cam consistiu em zombar de seu pai. Poderia discretamente cobrir a nudez do pai, mas preferiu zombar e espalhar para fora da tenda o que tinha visto. Um sinal claro de imaturidade e irresponsabilidade. Em vez de sentir tristeza pela condição do pai, preferiu zombar. Em Levítico 18.6-18 aparece, várias vezes, a expressão “não descobrirás a nudez”. A ideia desta expressão é a proibição dada por Deus para as relações sexuais. A NVI traduziu esta expressão como “não
se envolver sexualmente”. Eugene Perterson, na sua paráfrase A Mensagem, foi mais contundente e direto. Traduziu a expressão como “não tenham relações sexuais”. À luz dos textos citados quais os ensinamentos que podemos extrair? O ensinamento básico de Gênesis 2.25 é que no contexto do casamento não há nenhum problema com a nudez entre os cônjuges. Cônjuges que tem dificuldade de se despirem um perante outro pode representar até um problema para uma boa vida sexual. Muitas esposas, por exemplo, tem dificuldade em se apresentar nua para o marido devido aquelas gordurinhas depositadas pelo tempo que teimam em sumir. Esposas, saibam de uma vez por todas que seus maridos não dão a mesma importância que vocês dão para estas dobrinhas. No caso da nudez entre pais e filhos é preciso fazer duas reflexões. A primeira é que, em certas circunstâncias ver a nudez dos pais ou dos filhos se torna uma necessidade. Nos casos de enfermidades, por exemplo, uma mãe se verá obrigada dar banho num filho ou um filho dar banho num pai já idoso. Não há maiores problemas neste sentido, embora possa ser constrangedor para ambos. Por outro lado, oriento enfaticamente aos casais que restrinjam a nudez somente para o contexto conjugal. Pais, na minha opinião, não devem andar nus perante os filhos. Famílias saudáveis estipulam fronteiras entre seus membros. Fronteira é o mesmo que limites. Em família temos que estipular limites, inclusive em relação aos corpos. Podemos viver em família com liberdade, mas sabendo que liberdade não significa, como advogam, os naturistas cristãos, o andar nu. Essa prerrogativa pertence somente aos casais e mais ninguém. O impacto, nos filhos, na construção da sexualidade, especialmente entre sexos opostos (pai e filha, ou mãe e filho) pode ser muito prejudicial. Mas isto pode ser tema de um outro artigo.
Jénerson Alves Jornalista e 2º vicepresidente da IB Emanuel em Caruaru, Pernambuco
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título desse artigo é o tema abordado em 2013 pelas igrejas ligadas à Convenção Batista Brasileira (CBB). A entidade reúne mais de 1 milhão de pessoas, espalhadas em quase 8 mil igrejas pelo país. O desafio de valorizar a nova geração imbrica-se ao objetivo de estimular os cristãos batistas de todo o país a valorizar as crianças, adolescentes e jovens, com ações educacionais e sociais que possibilitem o desenvolvimento espiritual, físico e mental da nova geração, como também promover o combate à violência, pedofilia, prostituição e trabalho infantil. Para isso, portanto, é necessário investir em diversos tipos de atividades, cujo intento seja a transformação da sociedade através da inserção do Evangelho na cultura. De modo que essa ‘nova geração’ integra tanto os membros da comunidade religiosa, como também – e talvez principalmente –os chamados não-cristãos. Vive-se um momento em que a juventude passa por grandes dilemas. Muitas vezes desassistida do Estado, essa parcela da população carece de esclarecimentos e de um norte na existência. Para se ter uma ideia, dados do Censo Escolar da Educação Básica do ano de 2011 mostram que a população brasileira na faixa de 15 a 17 anos é de 10,4 milhões de jovens, embora apenas 8,4 milhões frequentam o Ensino Médio. Os outros, ou estão em uma etapa escolar anterior, ou estão fora da escola. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) também de 2011 mostra que 1,7 milhão de adolescentes não estão nas instituições de ensino. A violência é uma realidade preocupante. A despeito dessas discussões sobre a redução da maioridade penal, trazidas à baila recen-
temente, o que se percebe é que a juventude morre mais do que mata no País. Dados do Ministério da Saúde expõem que 53,3% dos 49.932 assassinatos no Brasil em 2010 eram de jovens. Destes, 76,6% eram negros e 91,3% do sexo masculino. O envolvimento com drogas, prostituição, ausência de políticas públicas coerentes, a educação fragmentada e a precarização do mercado de trabalho formam um mosaico de fatores que incidem na desigualdade social e nos desafios para a consolidação de uma juventude capaz de lidar com as demandas do mundo hodierno. Nesse cenário, faz-se necessário, realmente, a igreja adotar uma posição de protagonismo social, cumprindo o que está expresso em Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Vale lembrar que a denominação religiosa tem um destacado trabalho social com o foco na juventude, a exemplo do projeto Missão Batista Cristolândia, que atende a viciados em drogas, reabilitando-os à sociedade. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco e o Distrito Federal também contam com unidades da Cristolândia. Não se pode, também, deixar de citar que as atividades eclesiásticas resultam em bons frutos na vida dos membros. Escolas bíblicas, estudos doutrinários, musicais, teatro, são ferramentas educacionais que cada igreja local dispõe e que fortalecem a juventude. Infelizmente, paralelamente a esse cenário, há um clima de alienação e de manipulação nas igrejas, no qual a valorização da nova geração passa a ser uma mera falácia. Os órgãos representativos das igrejas batistas necessitam ser mais atuantes na sociedade, traçando uma agenda conectada com as demandas
sociais. Temas como Meio Ambiente, Violência, Mercado de Trabalho, Família, Cultura, Políticas Públicas devem ser abordados no meio religioso, traduzindo um novo olhar para essas questões, baseado nos princípios da Palavra do Senhor. A autonomia eclesiástica das comunidades – igrejas e congregações – deve estar em consonância com propósitos maiores recomendados pelos órgãos (Convenções, Juntas, Associações), no intuito de promover uma unidade de visão, ou seja, de fé. Para isso, as reuniões nesse tipo de associação não podem ficar restritas a picuinhas ou a meros assuntos internos. As igrejas locais devem adotar calendários que assumam um protagonismo social. Entretanto, atividades como festivais de sorvetes ou massas, ‘louvorzões’, campeonatos esportivos e cultos jovens de ‘oba-oba’ têm sido a marca registrada da maior parte das igrejas. Com isso, prova-se um anseio em aumentar a quantidade de membros na igreja – o que, aparentemente, apenas traduz-se em mais valor nas entradas pecuniárias – desvencilhado da preocupação pela formação cristã, crítica e cidadã desses membros, o que resulta na qualidade da atuação do cristão enquanto no mundo. Simpósios, seminários, estudos e orações devem ser enfatizados, para que haja um fortalecimento da escola bíblica e consequentemente uma mudança na conduta dos batistas com relação aos mais diversos assuntos. Evangelismo, ações sociais, plenárias sobre políticas públicas, emissão de documentos com o posicionamento denominacional acerca de temas controversos, entre outras medidas, devem fazer parte da ação dos cristãos no mundo. Para isso, é necessário que as comunidades locais deixem de lado os interesses menores e abracem uma causa maior. Porém, isso só vai acontecer quando as instâncias superiores também desprenderem-se de pensamentos inferiores.
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missões nacionais
Vivendo o desafio da fé no campo missionário
normais da guerra, mas o que Deus colocou no seu coração, em vez de lança e espada, ele usou um estilingue e pedras. Parecia que não iria funcionar, mas creu na estratégia que veio de Deus. Com Gideão foi semelhante: 30 mil soldados, depois 10 mil, mas Deus queria contar apenas com 300 homens. O que Deus nos ensina com esses fatos e tantos outros é que precisamos estar atentos para considerar com muito cuidado a orientação do Espírito Santo. A vitória não é nossa, é do Senhor, a vitória não é fruto apenas da nossa inteligência e sim do Senhor. A obra é d’Ele e o que nos manda fazer pode parecer inviável mas, se for orientado por Ele, vai dar certo, vai funcionar, os frutos virão.
Manoel Soares Moreira Coordenador regional de missões no Rio Grande do Norte
C
omeço esse texto pensando, procurando não me lembrar da frase dita por pessoas que estão vivendo em momentos de crises: “Estou vivendo pela fé!” E antes, estavam vivendo como? Vivendo de aparência e não pela fé. A Bíblia diz: “o justo viverá pela fé”. Também diz, o que não é por fé é pecado, então penso que a nossa vida é movida pela fé, ou seja, as nossas ações, palavras, atitudes, tudo orquestrado por meio da fé. No campo missionário não é diferente, a fé gera um sentimento de convicção na vida do missionário, a certeza, a segurança, que irá conseguir fazer do improvável uma realidade transformadora através do que só ele crê e Pr. Manoel consegue ver. A fé gera uma visão de futuro Muitos missionários estão em atividades em seus campos de trabalho, mas sem perspectivas para o futuro, sem sonhos. A Bíblia nos mostra como os homens de Deus sonhavam com o que iam realizar, com o futuro baseado na fé. Um bom exemplo é José, tendo sonhos e contando-os a seu pai e seus irmãos. Eles não entenderam no momento, mas José permaneceu crendo mesmo nos momentos mais difíceis ele creu que Deus era fiel. A sua visão de futuro tornou-se realidade. Poderíamos citar outros homens como Abraão, Daniel e o próprio profeta Isaias que falou do nascimento do Messias, e de toda a sua vida. O missionário sem uma visão de futuro correta não conseguirá experimentar sucesso relevante no campo missionário, pois vários inimigos surgirão para fazê-lo desistir da missão, inimigos como: desânimo, doenças, falta de recursos financeiros, crises familiares, solidão, stress, perseguições e outros males que poderão surgir. A fé gera coragem na adversidade Eu sempre digo que o medo atrapalha a fé. A Bíblia nos apresenta Gideão, ele era o tipo medroso, não tinha autoestima, o sentimento de fracasso fazia parte de sua vida, mas o anjo fala com ele usando palavras de encora-
Pr. Manoel batizando
jamento: “Varão valoroso o Senhor é contigo!” Essas palavras despertaram o coração de Gideão. A fé nos desperta para grandes conquistas, mas temos percebido muitos missionários retraídos, sem autoestima, permitindo-se ser engolidos pelas adversidades, pelos ventos contrários que nos atingem na caminhada ministerial. Esquecemos que Jesus está conosco e não permitirá que venhamos a afundar. Salomão disse: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a
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vitorioso. Se temos uma visão de futuro que Deus nos deu, se temos a certeza que ele vai conosco em meio às adversidades, temos que crer que ele nos dará a sensibilidade para descobrirmos as estratégias que deveremos usar em nosso campo missionário, mesmo que aos outros pareça estranho, mas Deus sabe o que precisamos usar. A fé nos ajuda a definir Vejamos algumas pessoas as estratégias que Deus usou de maneira Foi assim com Gideão, fez maravilhosa: Davi, para venteste da fé, mas quando foi cer Golias, não usou as armas para guerra sabia que seria tua força será pequena”. Jesus falou: “Tendes bom ânimo!” O profeta Habacuque disse: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, o produto da oliveira minta e nos currais não haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor e Deus da minha Salvação”. A fé nos ajuda a vencer as adversidades.
A fé nos leva a perceber se estamos no lugar certo Quando lemos a história de missões ficamos maravilhados com a persistência de alguns missionários que levaram muitos anos para ver o primeiro convertido, mas o que manteve esses missionários no campo foi a convicção de que era aquele o lugar onde Deus os queria usar. Fico muito triste quando vejo alguns obreiros incertos, inseguros quanto ao local onde Deus quer usá-los. Quando temos certeza, algumas coisas, atitudes, devem ser presentes em nossas vidas: Passamos a amar o povo. Aquele povo passa a ser o nosso povo. Toda cultura passa a ser entendida, não criticamos o povo e sim nos tornamos um deles; Assimilamos a sua cultura: comida, linguagem, ritmos musicais, enfim a vida deles passa a ser a nossa vida; Passamos a nos importar com suas vitórias e fracassos. Aí chegamos a uma conclusão lúcida: esse é o meu lugar, essa é a minha gente. O ministério missionário é uma decisão de fé Jesus disse: “As raposas têm seus covis, as aves seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. Seguir a Jesus é uma vida de renúncia diária, pois nem sempre teremos as facilidades humanas para o exercício do ministério, mas teremos sempre a certeza de que o Senhor suprirá todas as nossas necessidades. Ser missionário é viver pela fé!
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notícias do brasil batista
Batistas baianos valo
90 Assembleia da CB Baiana a
Momento de oração
Lidiane Ferreira Jornalista – Convenção Batista Baiana
“V
alorizando a nova geração” é o tema da Convenção Batista Brasileira para 2013, tendo como divisa Provérbios 22.6, que diz: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele”. Sob essa temática, os batistas baianos se reuniram em Juazeiro, município baiano a 500 km de Salvador, para a realização da 90ª Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana, entre os dias 25 e 29 de junho de 2013. As atividades foram realizadas no Colégio Municipal Paulo VI. A Bahia batista marcou presença na 90ª Assembleia. Pela primeira vez houve a participação de todos os missionários da CBBA. Foi, sem dúvida, um marco na história dos batistas baianos. A quantidade de pessoas aumentava durante os cultos noturnos, abertos ao público. Foi o novo encontro da velha amizade. Essa é a segunda vez que Juazeiro recebe o evento da CBBA; a primeira foi há 23 anos. Quatro ênfases foram exploradas durante os dias da 90ª Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana: Acolhimento, Juventude, Responsabilidade Social e Expansão Missionária.
uma das quatro ênfases do evento. A reunião de batistas no estado é a oportunidade de reencontrar velhos amigos e também fazer novos, visando a comunhão. A abertura contou com a presença do Prefeito e do Vice-Prefeito de Juazeiro, respectivamente Isaac Cavalcante de Carvalho e Francisco de Assis de Oliveira. Toda a diretoria da CBBA compôs a mesa de honra: Pr. Edvar Gimenes de Oliveira (Presidente), Pr. Genilson Araújo Souto (1º Vice-Presidente), Pr. Edson Carmo da Silveira (2º Vice-Presidente), Pr. Carlos César Januário (3º Vice-Presidente), Margareth Gerbase Gramacho Fadigas (1ª Secretária), Pr. César Santos de Brito (2º Secretário) e Pr. Claudinei da Silva Brito (3ª Secretário). O tema do ano da CBB também foi o tema da mensagem do orador, Pr. José Clovis Ferreira Santana, da Igreja Batista Pampalona, em Feira de Santana, BA. Ele substituiu o orador oficial, Pr. Jess Carlos Monteiro Costa, da Primeira Igreja Batista de Jequié, BA, que se ausentou por motivos de saúde. O Pr. José Clovis destacou que as igrejas e instituições eclesiásticas precisam promover o encontro da nova geração com Jesus, precisam também remover os obstáculos que a impedem de aproximar-se de Cristo e que é necessário, também, acolher a nova geração tal qual o Senhor fez.
A juventude tem valor Uma Assembleia marcada O segundo dia de Assempelo Acolhimento A primeira noite da 90ª As- bleia da CBBA (26 de junho) sembleia Anual da CBBA foi teve como ênfase Juventude marcada pelo Acolhimento, e, logo pela manhã, após
um momento de oração e música, os convencionais foram levados a refletir sobre a valorização da nova geração, desta vez com a mensagem do Pr. Wellington Santos, da Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió, AL. Ele continuou a falar sobre o assunto na noite do dia 26 e também nas manhãs do dia 27 e 28 de junho, destacando a importância dos relacionamentos e da humildade. Outro preletor durante as manhãs foi o Pr. Jonson Tadeu, da Igreja Batista do Trapiche, em Maceió, AL, e presidente da Coalização Brasileira de Esportes. Ele destacou a importância do evangelismo através do esporte, ainda mais diante de eventos como a Copa das Confederações – que estava ocorrendo no país simultaneamente à Assembleia – e a Copa do Mundo de 2014. A ideia foi motivar os presentes a utilizarem a prática esportiva como ferramenta, também, de integração na comunidade e discipulado. Durante duas tardes foram demonstradas algumas atividades esportivas de cunho evangelístico que podem ser feitas com crianças, adolescentes e jovens, com o Pr. Nilton Marcelino, de Salvador, BA, Felipe Pitágoras, professor de Educação Física, e Francisco Carvalho, seminarista e evangelista itinerante, esses dois últimos de Petrolina, PE. Foram realizadas brincadeiras com aplicação bíblica e oração para adolescentes no Ginásio de Juazeiro. Houve participação também de jovens do município de Pilão Arcado, BA. No sábado (29), houve um
Pr. Geremias Bento e missionários
encontro com cinco pastores para apresentar e discutir a estratégia. Entre os dias 22 a 29 de julho, na Igreja Batista da Graça, em Salvador, BA, será realizado o CEFLAL, um treinamento para pastores e líderes que desejam atuar com ministério esportivo numa igreja local. Compromisso com a responsabilidade social Com base em sua experiência como Diretora da Escola Estadual Rural Taylor-Egídio – projeto da Convenção Batista Baiana e parcerias no município de Jaguaquara, BA – a Professora Sonilda Sampaio proferiu sua mensagem na terceira noite da 90ª Assembleia Anual da CBBA. A missão da ERTE é envidar todos os esforços para que a educação de crianças e adolescentes campestres se realize de forma integral, progressista e cristã. A terceira ênfase do evento, Responsabilidade Social, também foi apresentada pela Professora Eliete Morais, que dirige a Associação Recriar, cujo objetivo é reintegrar crianças e adolescentes em situação de risco na capital baiana. Houve ainda a palavra do Pr. Hermenegildo
da Paixão, representante da CBBA no Comitê Estadual de Combate à Dengue na Bahia, alertando para o risco da doença no estado. Além de falar sobre responsabilidade social, a Convenção Batista Baiana também fez a prática: através de sua Coordenadoria de Integração Comunitária, realizou uma campanha de doação de alimentos não perecíveis para o Centro Social Ágape, que abriga pessoas que se encontram em más situações pelo uso de substâncias entorpecentes na região onde estava sendo realizada a Assembleia. CBBA promove a expansão missionária A Noite de Missões é, todos os anos, um dos momentos mais esperados da assembleia convencional. A quarta ênfase, Expansão Missionária, começou com uma surpresa: o Pr. João Félix, Coordenador de Missões da CBBA, apresentou a programação vestindo um uniforme de carteiro. O motivo é que o tema do ano de Missões é “Boas Notícias para a Bahia”. Houve apresentação do Coral de Missionários da Convenção Baiana e também
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orizam a nova geração
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a destaca tema do ano da CBB
Batistas baianos na 90ª Assembleia
tado à Comissão de Assuntos Eventuais, na forma do Regimento Interno da Convenção Baiana, apresentado à Assembleia e aprovado por unanimidade. Confira na íntegra:
Crianças
das crianças que participaram do Congresso Infantil de Missões, alegrando os presentes. Foram apresentados alguns desafios do campo e os batistas baianos também foram desafiados a dizer sim ao chamado do Senhor através da mensagem do Pr. Geremias Bento, diretor do Seminário Teológico Batista do Nordeste, em Feira de Santana, BA. A Noite Missionária contou com mensagens desafiadoras do Pr. Riedson Filho, Missionário Mobilizador da Junta de Missões Mundiais e do Pr. Eber Mesquita, Gerente Regional Nordeste da Junta
de Missões Nacionais. Foi apresentado ainda o trabalho realizado pela Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores, MEAP, projeto apoiado pela CBBA no estado. Batistas baianos posicionam-se sobre manifestações populares Durante a 90ª Assembleia, foi elaborado, por convencionais, um documento da Assembleia Anual da CBBA reunida em Juazeiro, de 25 a 29 de junho de 2013, sobre as manifestações políticas da população brasileira naquela semana. O texto foi apresen-
ção Baiana no Facebook, com postagem de fotos e informações da programação e comentários de quem estava em Juazeiro participando das atividades ou de quem estava
“Considerando as recentes manifestações pacíficas e ordeiras que tem acontecido em todo o território nacional; Considerando que a maioria dos pleitos dessas manifestações são por demais justos e urgentes e dizem respeito a necessidades básicas do nosso povo, como, saúde, educação, segurança pública, mobilidade urbana e justiça social; Considerando que a insatisfação popular com a corrupção e a má utilização de recursos públicos campeia coincide com a nossa mensagem por justiça; Considerando que a reclamação por uma reforma política é um pleito necessário para o bom andamento do país e tem sido um dos gritos das ruas, os Batistas Baianos reunidos em Assembleia na cidade de Juazeiro, Bahia, resolvem: 1. Declarar apoio à mobilização popular pacífica e ordeira; 2. Denunciar que a corrupção é uma prática nefasta que dentre outras agruras impede a maioria da população, especialmente a menos favorecida, de ter acesso a serviços básicos com qualidade, como saúde, educação, segurança, saneamento básico e transporte; 3. Declarar que é dever de todos combater a corrupção com veemência, seja aperfeiçoando as leis para que se tornem mais rigorosas, seja colocando o aparato do Estado em prontidão para efetivar o cumprimento dessas leis; 4. Reforçar o pedido das ruas para uma reforma política com participação popular; 5. Repudiar toda forma de violência nas manifestações; 6. Declarar a nossa alegria em perceber que o “Gigante adormecido Acordou” e que os nossos jovens acordaram, saíram do marasmo, assumindo a sua vocação à esperança e se motivaram para lutar, visando construir um país mais justo.” Assembleia promove o debate entre batistas A 90ª Assembleia foi transmitida ao vivo via internet, durante os cultos das manhãs e das noites. Foram mais de quatro mil acessos, sendo a Noite Missionária o período com maior público online. Houve bastante interação através do perfil da Conven-
distante, mas contou com a ferramenta para acompanhar a programação. Às tardes, foram realizadas as sessões deliberativas, importantes para as decisões administrativas da organização. Os mensageiros tiveram a oportunidade de conhecer o balanço do que aconteceu na adminis-
tração e nas organizações da CBBA através do Livro do Mensageiro. Além disso, após a apresentação dos relatórios das coordenadorias, os presentes puderam tirar dúvidas e se posicionar democraticamente diante dos assuntos apresentados. Três novas igrejas integram o rol cooperativo da CBBA: Primeira Igreja Batista Itajuru (organizada pela Primeira Igreja Batista de Jequié, BA), Igreja Batista Emanuel (organizada pela Igreja Batista Betânia, em Jequié, BA) e IB Getsêmane (organizada pela Igreja Batista Central, em Paulo Afonso, BA). No sábado, dia 29 de junho, as manhãs e tardes foram dedicadas às assembleias dos órgãos da CBBA, como a União Feminina Missionária, Ordem dos Pastores Batistas do Brasil – Seção Bahia e o simpósio da Associação dos Músicos Batistas da Bahia. O encerramento da assembleia contou com a mensagem do Pr. José Luiz Leal, da Primeira Igreja Batista de Casa Nova, que conclamou os presentes a buscar a Deus, sabedoria e coragem para lidar com as novas gerações. A 90ª Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana foi divulgada em veículos de comunicação de Juazeiro e região, como A Notícia do Vale, Folha do São Francisco e Diário da Região. Inclusive, a TV São Francisco, filiada da Rede Bahia (Globo), fez uma matéria sobre o evento, exibida em seu jornal noturno. Em 2014, a 91ª Assembleia Anual da CBBA será na Igreja Batista Teosópolis em Itabuna, BA, entre os dias 1º e 4 de julho.
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Seminário Teológico Batista Fluminense completa 50 anos
Ronaldo Silveira Motta Coordenado de Teologia – FABERJ-STBF Pr. Auxiliar da Terceira Igreja Batista de Campos
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á se passaram 50 anos! Foi exatamente no dia 11 de março de 1963, numa das salas da Segunda Igreja Batista de Campos que se reuniu a primeira turma do Seminário Teológico Batista Fluminense. Embora essa turma tenha chegado ao final com apenas dois formandos, podemos ver que aquela pequena sementinha, gesto de fé dos líderes batistas da época, germinou, cresceu e produziu muitos frutos ao longo deste cinquentenário. Vimos que foi o Senhor que realizou tal obra. As comemorações atuais são fruto de muitas lutas passadas pela implantação do Seminário bem como vicissitudes enfrentadas ao longo das décadas. Desde o início o propósito do Seminário é trazer os jovens chamados para o ministério pastoral e vocacionados à obra missionária e prepará-
-los nesta “Casa de Profetas”. Conforme cita o Pr. Ebenézer Soares Ferreira em seu livro “História do Seminário Teológico Batista Fluminense: 35 anos”, dentre as principais razões para implantação eram: suprir a falta de obreiros; intensificar a obra e dar oportunidade aos irmãos que se sentiam vocacionados, mas não tinham oportunidade de sair para o Seminário do Sul no Rio de Janeiro. O tão sonhado Seminário iniciou-se tendo à frente o destemido e idealista Presidente da Convenção Batista Fluminense, Pr. Dr. Ebenézer Soares Ferreira, que foi escolhido Reitor da nova instituição que iria atender todo o antigo Estado do Rio de Janeiro. Este já era um sonho do inesquecível A. B. Christie desde 1911, vez que o trabalho no campo fluminense crescia a passos largos. Agora comemoramos o Jubileu de Ouro com uma semana Magna. No dia 26 de março de 2013 se reuniu na Terceira Igreja Batista de Campos toda a liderança ba-
tista, bem como ex-alunos, professores, reitores e colaboradores. Foi um culto inspirador dirigido pelo atual Coordenador de Teologia, Pr. Ronaldo Silveira Motta, cujo tema foi “Nossa Vitória está no Nome do Senhor! Que é Digno de Adoração! Que é o Senhor da História! Que nos chamou para Servi-Lo!” Estiveram participando também o Pr. Amilton Ribeiro Vargas, Diretor da JUNEDAS, Junta de Educação e Ação Social da Convenção Batista Fluminense e o Pr. Jadyr Peixoto de Lima, Diretor do Colégio e Faculdade Batista do Estado do Rio de Janeiro – FABERJ. Representantes da Convenção Batista Brasileira, da Convenção Batista Fluminense, da Ordem dos Pastores Batista do Brasil, e demais instituições denominacionais e autoridades locais também se fizeram presentes. Na ocasião foram homenageados os alunos da primeira turma, bem como os reitores, diretores, deães e coordenadores que atuaram durante estes 50 anos.
O Pr. Dr. Ebenézer Soares Ferreira proferiu a mensagem, uma Aula Magna, baseada no texto de Romanos 1.17 que diz: “O justo viverá da fé”. Ele discorreu sobre “A Grande Contribuição de Lutero à Teologia, à Educação, à Música, à Língua Alemã e à Liberdade em Geral”. E o coral de alunos do curso de Música Cristã apresentou a mensagem musical “Não Há Outro Igual”, dentre outros louvores, conduzido pela diretora Claudia Menezes. Já no dia 27 de março a comemoração foi no Salão Nobre do Colégio e Faculdade Batista com a presença do Pr. Dr. Ebenézer Soares Ferreira que iniciou sua palavra desafiando os seminaristas e contanto histórias inspirativas de como foi a construção do Seminário ao longo desse cinquentenário. Ele apresentou o Pr. Elton Rangel, que foi o orador da noite, missionário da Junta de Missões Mundiais há 38 anos e atualmente em Sevilha, na Espanha, que foi ex-aluno do Seminário. Ele contou sua experiência como
aluno da instituição e seu chamado para o ministério, especialmente para missões. Diante dos atuais seminaristas, ele os desafiou a uma vida de oração e busca pela convicção do chamado e dedicação ao Reino de Deus. Foi um culto memorável, onde o Pr. Elton encerrou o segundo dia da semana Magna orando pelo Seminário, alunos, professores e pelo atual coordenador, Pr. Ronaldo S. Motta. Como disse o grande pregador Spurgeon: “Uma fé pequena pode levar uma alma ao céu, mas uma grande fé pode trazer o céu até as almas”. A fé inabalável dos fundadores visionários do Seminário Teológico Batista Fluminense trouxe o céu até as almas. Quantas almas hoje na planície goitacá são pastoreadas pelos formandos no STBF? E também Brasil a fora e ao redor do mundo milhares são alcançadas por líderes que foram ex-alunos do Seminário! Só nos resta dizer: Toda honra e toda a glória seja dada ao Senhor, porque a nossa vitória está no nome do Senhor!
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missões mundiais
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Juventude, Despertar 2013 e Missões Mundiais
Eliana Moura Redação de Missões Mundiais
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ntre os dias 16 e 20 de julho, em Belém/PA, a juventude batista brasileira se encontrou. O momento promovido pela JBB, organização da Convenção Batista Brasileira que cuida dos nossos jovens, viu mais de 2000 pessoas passarem pelo espaço do Hangar, bonita construção na cidade que recebeu o pessoal. Missões Mundiais esteve presente e inovou na comunicação com o público do evento: com a temática de VOCAÇÃO, missionários e colaboradores da JMM receberam no estande “Os Vocacionados” centenas de participantes que receberam o nosso gibi, com projetos e programas de Missões Mundiais.
Analzira Nascimento, missionária e coordenadora do Com.Vocação JMM Jovem, foi convidada a falar em uma das oficinas do espaço MULTIPLEX. Como missão e vocação é um assunto para todo dia, Analzira lembrou: “A partir de hoje, não fale mais que você não é chamado, que você não é vocacionado. Todos nós somos”. O Pr. Fabiano Pereira, coordenador do Programa Radical, também levou Missões Mundiais ao MULTIPLEX: “Quando você encara a sua profissão como uma oportunidade, você está colocando em prática a sua vocação”. Tiago da Paz, 26, Juliana Moreira, 28, e Guido Pulice, 24, se divertiram e aprenderam muito no estande. Aproveitando a arara de roupas coloridas e típicas, eles tiraram muitas fotos no painel dos Vocacionados, e disse-
Missionária Analzira Nascimento falou aos jovens do Despertar 2013
ram: “É muito legal saber que Missões Mundiais está preocupada em ajudar a juventude brasileira a encontrar o
sentido da sua vida”. Juliana gostou muito dos personagens e confirma: “É essencial pro jovem se identificar com
o discurso. A linguagem do estande está ótima e leva a gente pra mais perto do conceito de Vocação”.
Ramadã: época de compartilhar o amor de Cristo com os muçulmanos lâmicos que têm se rendido Marcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais ao poder do Evangelho e se transformado em testemunhas m dos pilares de do verdadeiro Deus entre seu Missões Mundiais povo pelo poder da graça de é “interceder”. Cristo, manifestada através Através da oração, daqueles que já foram alcana gente fala com Deus e ouve çados. Os missionários trabao que ele tem a nos dizer. lham diretamente com muPodemos pedir e, principal- çulmanos no Norte da África. O Ramadã é o nono mês mente, agradecer pela vida de outras pessoas; não só do calendário islâmico. Nesse período, os muçulmanos se pela nossa. Mais uma vez, Missões dedicam principalmente à Mundiais desafiou os crentes oração, jejum e caridade. Eles brasileiros a orarem pela sal- consideram este um período vação e libertação dos muçul- sagrado porque creem ter sido manos durante o Ramadã, mês nele que o profeta Maomé resagrado do islamismo, que cebeu de Alá a revelação dos neste ano de 2013 começou primeiros versos do Alcorão, o no dia 9 de julho e termina livro do islamismo. A sua oração também renona próxima quarta-feira (7). Os desafios são ainda maiores va as forças dos nossos misneste domingo (4), quando sionários que anunciam Cristo os muçulmanos celebram a entre o povo islâmico, dandoNoite do Poder, a 27ª noite -lhes a sabedoria necessária do período do jejum em que para manifestar o amor de eles buscam uma revelação Deus com fé e ousadia. A religião islâmica tem Jede Deus. Ore para que os mais de sus Cristo apenas como um 1 bilhão de muçulmanos es- de seus profetas, ao lado de palhados pelo planeta sejam Abraão, Noé, Moisés e Maoalcançados pela graça do ver- mé. Eles precisam entender dadeiro Deus neste dia em que que Jesus Cristo é o Filho de buscam uma revelação de Alá. Deus e que só o seu sangue Vamos nos unir em oração nos purifica do pecado. O islamismo dá maior relea cristãos de todo o mundo para clamar pela salvação dos vância aos ensinamentos de Maomé (que teria vivido entre muçulmanos. Segundo o casal missionário os anos 570 e 632 d.C.), o qual Pr. Caleb e Rebeca Mubarak, acredita ter vindo ao mundo vários são os registros de is- completar a mensagem de
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portância da Lailat al-Qadar, a chamada Noite do Poder, é tão grandiosa porque foi nela que o Alcorão foi enviado à terra por Alá através do profeta Maomé. O próprio profeta do islamismo enfatizou a adoração e devoção dessa noite. Segundo a tradição, o bom muçulmano deve permanecer acordado durante toda esta noite, pois para eles “uma adoração prestada durante ela é recompensada como se fosse uma adoração de mil meses”. “A noite do Poder é melhor do que mil meses. Nela descem os anjos e o Espírito, com a anuência do seu Senhor, para executar todas as Suas ordens. (Ela) é paz, até ao romper da aurora!” (Sura 97.3-5). “Durante a Noite do Poder, os muçulmanos normalmente começam suas orações imediatamente após o pôr do sol e permanecem acordados em oração por toda a madrugada. Eles passam toda a noite em intensa oração, acreditando alcançar uma maior aproximação, maiores bênçãos e misericórdia de Alá. Se o adorador estiver com o coração aberto e puro e em total devoção durante essa noite, ele acredita que Alá irá recompensá-lo de maneira sobrenatural. E são Lailat al-Qadar – em momentos como esses Noite do Poder O missionário explica que, que muitos devotos e sinceros para os muçulmanos, a im- buscadores de Deus têm um Jesus e dos demais profetas. Nossa missão é promover o encontro dos muçulmanos com o Senhor Jesus, o verdadeiro Messias. O islamismo é a segunda religião com maior número de fiéis, atrás apenas do cristianismo, e tem entre 1,5 e 1,8 bilhão de adeptos. Apenas 18% dos muçulmanos vivem no mundo árabe, um quinto encontra-se espalhado pela África Subsaariana, cerca de 30% vivem no Paquistão, Índia e Bangladesh. A maior comunidade islâmica do mundo encontra-se na Indonésia. Há significantes populações muçulmanas também na China, Rússia e países da Ásia Central. Na Europa Ocidental, a França tem a maior população muçulmana (10%). Aqui no Brasil, segundo o censo de 2000, há cerca de 30 mil muçulmanos, a maioria vive no Paraná e no Rio Grande do Sul. “Assuma um compromisso com o verdadeiro Deus nesta Noite do Poder, quando os muçulmanos mais zelosos estarão pedindo por uma revelação do próprio Deus. Interceda para que eles tenham um encontro real com o Pai do Céu”, clama o Pr. Caleb.
encontro pessoal com Jesus Cristo”, revela o missionário. O Servo Generoso Este é o pseudônimo que o Pr. Caleb deu ao seu melhor amigo no Norte da África. Trata-se de um devoto muçulmano, que dá aulas sobre religião a crianças. “Em nossas conversas, ele sempre diz que seu maior desejo é agradar a sua divindade em tudo. E por suas atitudes, posso declarar que esse amigo pensa estar mesmo no ‘melhor caminho’”, declara o pastor. Enquanto a amizade avança, o Pr. Caleb busca uma maneira de poder falar-lhe abertamente sobre “quem” de fato ele deveria encontrar. O pastor lembra que por lá o proselitismo é proibido por lei. “Através das orações das igrejas brasileiras, acredito que a Noite do Poder possa ser o momento em que o verdadeiro Deus se revelará a esse homem”, diz o pastor. O missionário informa que hoje o Servo Generoso passa por maus momentos, pois sua esposa recentemente tentou o suicídio pela terceira vez. “Uma revelação especial nessa noite faria uma grande diferença na vida desse amigo. E o melhor: Rebeca e eu estaríamos aqui por perto para ajudá-lo com os próximos passos de discipulado”, afirma.
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Cleber Souza Pastor da SIB de Manaus
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ntre os dias 01 a 07 de julho a Segunda Igreja Batista de Manaus realizou seu quinto Impacto Evangelístico - DRM
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Impacto evangelístico com artes em Manaus (Desafio Radical MEART). O Meart é um ministério de artes de nossa igreja que tem oito anos. É um ministério dinâmico no qual muitos jovens se envolvem, a fim de usar, como estratégia de evangelização, a arte.
O DRM tem como proposta ajudar as igrejas do interior. Dessa feita, a SIB Manaus com o MEART, foi para o município de Manacapuru e o trabalho apoiou igrejas e congregações daquela cidade. A atividade aconteceu com cerca de 32
voluntários que diariamente realizavam as seguintes atividades: pela manhã mutirão missionário e evangelismo pessoal; a tarde, oficinas (arte, serigrafia, técnicas de vendas e culinária); à noite, cultos. Obtivemos como resultado 179 decisões, e 62
reconciliações ao lado de Cristo. 142 pessoas participaram das oficinas, e 62 pessoas estão fazendo estudos bíblicos. Glorificamos a Deus por esse projeto, pelos jovens da SIB e pela liderança dos irmãos Fábio e sua esposa Íris.
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OBITUÁRIO
Convocado ao Lar Celestial o Diácono Ary Andrade de Souza Nilson Dimarzio Colaborador de OJB
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eus o chamou para o Lar Celestial, no dia 9 de julho do ano em curso, após internação na UTI do Hospital da Unimed, em Volta Redonda, RJ. De uns tempos para cá, sentia que lhe escasseavam as energias físicas, por isso que já não podia realizar as atividades habituais com a mesma destreza, como era o seu desejo, até que a enfermidade se agravou, e apesar dos cuidados médicos, chegou o momento da sua partida para a eternidade. Contava 85 anos de idade. Era casado com Maria Pinheiro de Andrade, de cujo consórcio nasceram os filhos: Helena Pinheiro de Andrade Leite, viúva de Lindor Leite; e Helon Brasil Pinheiro de Andrade, casado com Beatriz Cordeiro Ventura de Andrade. Deixa os netos Josué e Rafael, e a irmã, Dinorah de Andrade Barbosa, além de outros familiares.
No dia imediato ao falecimento, aconteceu um culto de gratidão a Deus por sua vida, no templo da IB em Vila Mury, quando falaram, além do signatário desta, os pastores: Oswaldo Luiz Gomes Jacob, Gerson Januário e Wanderley de Almeida, e também o seminarista Josué de Andrade Leite, neto do falecido, enaltecendo as virtudes e o belo exemplo deixado pelo falecido. Natural de Itaperuna, RJ, o irmão Ary Andrade de Souza veio para Volta Redonda com 17 anos de idade, e aqui trabalhou no setor de comércio de alimentos. Convertido ao Evangelho, foi batizado pelo Pr. Walter Mc Nealy em 18 de outubro de 1959, tornando-se membro da IB Central de Volta Redonda, onde exerceu vários cargos, entre os quais, o de 1° Secretário e diácono. E muito colaborou com o Pr. Mc Nealy, tanto no Colégio Batista, onde trabalhou durante muitos anos, quanto na Igreja Central, onde conquistou a amizade e admiração da membresia, pela seriedade
com que sempre encarou os deveres cristãos. A partir de agosto de 2007, transferiu-se para a IB em Vila Mury onde, além do diaconato, foi 1° Secretário, professor da EBD e membro do Departamento de Patrimônio e Obras, com a eficiência que lhe era peculiar. Com a franqueza que o caracterizava, não se omitia, escondido em falsa modéstia, mas expressava sempre a sua opinião, favorável ou contra, ao defender seus pontos de vista. Ardoroso defensor da sã doutrina, batista tradicional, não se conformava com as inovações introduzidas na liturgia de muitas igrejas em nossos dias. Por sua vida cristã exemplar, o irmão Ary granjeou muitos amigos e admiradores, deixando, por isso, muitas saudades entre seus familiares, amigos e irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo, nosso Consolador, console e conforte a todos, com a certeza de nos reencontrarmos no lar celestial. Na verdade, “O justo jamais será abalado; para sempre se lembrarão dele” (Salmo 112.6). Ary Andrade de Souza
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Retalhos de um centenário
Sóstenes Pereira de Barros – 1913-2013 Celso Aloísio Santos Barbosa Engenheiro e escritor, RJ
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óstenes Pereira de Barros, homem simples, recatado, avesso a louvaminhas e a lisonjas, tranquilo em seu agir, desvaidoso por índole, de fala comedida, trato ameno, refratário à ostentação e à publicidade, sem afetação, modelado pela cultura, personalidade marcante, líder nato, comandante esclarecido, de pulso firme, metódico, organizado, com qualidades de gerente, possível descendente das mais vigorosas tribos de brasileiros autênticos do fabuloso rio Tapajós, com a vantagem da regeneração, homem que sempre preferiu a penumbra do fundo de cena às Luzes da Ribalta. Sóstenes Pereira de Barros tem merecido sua vida e obra pesquisadas e divulgadas, agora já registradas nas ricas páginas do livro Sementes da Amazônia – vida, obra e legado de Sóstenes Pereira de Barros (2008, 148 páginas), vindo a público pela pena de sua filha Lídia de Barros Braga. Pastor amigo e permanente, nascido em Santarém do grande Pará em 22 de agosto de 1913, teve como pais o Pastor Ângelo Cézar de Barros e D. Cecília Pereira de Barros, ambos hoje na eternidade com Deus. O Pastor Ângelo foi batizado em 1907 pelo histórico missionário Eurico Nelson, que logo em 1908 consagrou-o ao ministério para assumir o pastorado da Igreja Batista de Santarém, hoje Primeira Igreja Batista, onde posteriormente viria atuar intensamente seu filho Sóstenes. Também D. Cecília foi conduzida a Cristo pela instrumentalidade de Nelson e por ele batizada no rio Tapajós, em noite de luar, uma vez que os batismos não podiam ser feitos publicamente. O casal teve sete filhos, sendo Onésima a filha mais velha e companheira inseparável de Sóstenes nas lides em Santarém. Depois vieram Obal, Sóstenes, Ophir – por muitos anos líder nacional dos homens batistas brasileiros, Eliézer – pastor conhecido por suas apoteoses em convenções e congressos batistas, principalmente no campo paulista, Josué e Benjamim. Aos 16 anos de idade, em 1929, em Belém do Pará, na então Congregação Batista da Pedreira, que pertencia à promoção da Primeira Igreja
Batista do Pará, Sóstenes teve seu encontro com Cristo, tendo sido batizado na Primeira Igreja Batista do Pará pelo Pastor João Daniel Nascimento em 31 de dezembro de 1930. Logo progrediu na atividade cristã, o que o levou a dedicar sua vida ao Ministério da Palavra. Foi o Pastor e Missionário A. E. Hayes que, em visita a Belém, a serviço do Seminário Teológico Batista do Norte, ajudou o jovem Sóstenes e o orientou na sublime decisão que tomara. Em 1936, iniciou seus estudos no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, no Recife. Nos primeiros anos ali, seu preparo se estendeu também ao Ginásio no Colégio Americano Batista, tendo, em seguida, dedicado seu tempo exclusivamente ao curso de Teologia no Seminário, o qual concluiu em 1944. Foi consagrado ao Santo Ministério da Palavra em 26 de outubro de 1941 a pedido da Igreja Batista de Itabaiana, PB. Nesse período, pastoreou também a Primeira Igreja de Campina Grande, na Paraíba, preparando-a para receber seu novo pastor, o Reverendo Silas Alves Falcão, esposo de Elze, irmã carnal de Dalva Barros. No final de 1941, a convite da Igreja Batista de Santarém, visitou a cidade e a Igreja de seu torrão Natal, ocasião em que foi convidado para o seu pastorado, que só assumiu em 1945. Foi um pastorado longo, de vinte anos, que confirmou o que o próprio Sóstenes identificava: pastorados longos deixam marcas de amor profundas no rebanho. Em 16 de dezembro de 1944, Sóstenes casou-se com Dalva Andrade, formada em 1942 pela Escola de Trabalhadoras Cristãs (ITC, hoje SEC), no Recife. O alegre evento aconteceu em Campina Grande, na Paraíba, terra em que residia a família da noiva, natural da localidade de Itaquara, município de Jaguaquara, BA, cidade do conhecido Colégio Taylor-Egídio, onde Dalva estudou antes de ir para o ITC. Com esse casamento, Sóstenes teve em Dalva de Andrade Barros a companheira fiel e dedicada, com encargos altos na Denominação Batista. Em Santarém, o casal foi agraciado com cinco filhos, tendo todos alcançado graduação superior. Dos cinco filhos, três são falecidos: Helena de Andrade Barros, licenciada em
Geografia pela Universidade Federal do Pará; Samuel de Andrade Barros, arquiteto pela Universidade Federal do Pará; e Helba de Barros Beloni, médica formada pela Universidade Federal do Pará. Permanecem vivas as filhas Lídia de Barros Braga, pedagoga e professora, habilitada em Administração Escolar, que dirige sua própria escola em Tucuruí-Pará. Lídia é casada com o Pastor Edilson de Holanda Braga, da Primeira Igreja Batista de Tucuruí; e Rísia de Barros Coelho, professora da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, casada com Edilson da Silveira Coelho, professor da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará. Os filhos de Sóstenes e Dalva lhes deram catorze netos e foram sempre atuantes em igrejas batistas, permanecendo, assim na obra do Senhor. O ministério do Pastor Sóstenes em Santarém se estendeu de 1945 a 1965 e foi um marco na vida batista paraense. Sóstenes ampliou a obra dos antecessores, estendendo o trabalho batista às regiões vizinhas, pois por muito tempo foi o único pastor da denominação na vasta região do Baixo Amazonas. Ele visitava constantemente as igrejas e congregações situadas em Alenquer, Juruti, Curumucuri, Fordlândia, Belterra, Óbidos, Arapiuns, dando assistência pastoral, batizando e oficiando a Ceia do Senhor. Congregações e Pontos de Pregação, então, iam surgindo em localidades próximas, como Mojuí dos Campos, Tapará, Tracuá, Paricatuba, Guajará. Em muitos desses locais, Sóstenes promoveu aquisição de casas e terrenos de significativas dimensões, alargando mais o campo de ação para a Congregação de Monte Sião, no rio Arapiuns, tributário do Tapajós, onde implantou uma Cooperativa Agrícola. Consolidando o trabalho Batista em Santarém, Sóstenes promoveu a construção do lindo templo da Primeira Igreja Batista de Santarém. Esse templo, hoje um monumento de fé dos batistas santarenos, também passou a ser cartão postal da cidade, com sua artística torre lateral, tendo sido há alguns anos reconhecido como patrimônio cultural da cidade. Afirmando-se sempre na cidade, Sóstenes passou a ser considerado Autoridade Eclesiástica local. E da vida da cidade passou a participar. Em problemas éticos e sociais
mais agudos, era convidado a compor grupos de trabalho para estudo e busca de soluções. Também como educador o Pastor Sóstenes Pereira de Barros deixou marcas na vida batista santarena. Em 1948, premiou a cidade com o Educandário denominado Instituto Batista de Santarém, do qual Celso Aloísio Santos Barbosa, redator deste texto, foi aluno da primeira turma de formandos. Além de aluno do Instituto, ovelha do Pastor Sóstenes. Foi por suas mãos batizado nas límpidas águas do Rio Tapajós, acontecimento que, em 24 de abril deste ano, completou 64 anos. O Instituto Batista de Santarém, inaugurado somente com o Curso Primário (séries iniciais do Ensino Fundamental), hoje já possui o ensino médio, para a alegria da cidade. A instituição firmou-se sob a direção de Sóstenes, intensamente coadjuvado por sua irmã carnal, Professora Onésima Pereira de Barros. Também estiveram ao lado de Sóstenes nesse pioneirismo batista as professoras Damaris Silva, Zulmira Gonzáles, Helena Almeida, Maria do Rosário Freitas, Carmem Franklin, sua esposa Dalva de Andrade Barros, Eglantina Brelaz, Rilda Leão, Heloisa Pessoa, Carolina Dias Frazão e Sebastiana Dias Laje. Em 15 de dezembro de 1985, O Jornal Batista, noticiou: “Por ato da Junta Administrativa, o Instituto Batista de Santarém passou a chamar-se Colégio Batista Sóstenes Pereira de Barros”. A homenagem foi inteiramente justa e muito alegrou a todos que o conheciam, por ter sido feita com Sóstenes ainda em vida. No início dos anos 60, o Governo do Estado do Pará, atendendo à sugestão dos irmãos Sóstenes e Onésima e reconhecendo neles conteúdo de competência, convidou-os a organizar o Colégio Estadual Álvaro Adolfo da Silveira – o primeiro ginásio e colégio oficial do Estado em Santarém, que pontificou na região do Baixo Amazonas. Assim, em 1º de maio de 1962, o fato aconteceu. Sóstenes foi nomeado o primeiro Diretor e sua irmã, a primeira Vice-Diretora. Até 1974, esse era o segundo educandário a oferecer Curso Pedagógico na cidade – o outro era particular. Ali também se oferecia o Curso Comercial e os de Ciências Exatas, Biológicas e Humanas. Para exercer essas funções, ao longo dos anos Sóstenes submetera-se a
cursos intensivos em Belém, tendo obtido registro do Ministério da Educação e Cultura para as cadeiras de Português, Latim, Geografia, Ciências e Administração Escolar. Em fevereiro de 1965, o Pastor Sóstenes Barros deixou Santarém, seguindo para Belém, onde pluralizou sua atividade. Sua saúde já reclamava cuidados e a filha mais velha precisava fazer a faculdade. Em Belém, por cerca de quatro anos, foi Secretário Executivo da Convenção Batista do Pará e Amapá, função que deixou para assumir em tempo integral o ministério pastoral da Igreja Batista do Telégrafo, onde permaneceu por 17 anos, até janeiro de 1983. Nesse período, a igreja se expandiu não só em sua sede, mas também no crescimento de sua membresia e na aquisição de propriedades, a última das quais abriga hoje o templo da referida Igreja. Em seu pastorado, essa Igreja também alcançou o interior do estado e organizou igrejas e congregações, das quais se destaca a Primeira Igreja Batista de Tucuruí, a Igreja Batista Nova Canaã, em Belém, e a Igreja Batista de Rurópolis-PA, primeira Igreja organizada na Transamazônica, em convênio com a Junta de Missões Nacionais. A essas congregações, algumas das quais organizadas em igrejas no pastorado do Pastor Sóstenes, comparecia regularmente para estudos doutrinários, realização de batismos e ceia, a fim de prepará-las para se transformarem em igrejas. Durante quase todo o tempo vivido em Belém, o Pastor Sóstenes foi também professor no Seminário Teológico Batista Equatorial, onde ministrava Doutrinas Batistas, Evangelismo, Apologética Cristã e Português. Cuidadoso praticante das doutrinas batistas, a partir dos anos 60, quando se expandiram no Brasil Batista práticas pentecostalistas, o Pastor Sóstenes passou a dedicar-se ao estudo específico do dom de línguas. Pesquisou igrejas e religiões diversas cujas práticas, segundo observava, se assemelhavam. Fez gravações de cultos, descrevendo-os e transcrevendo as falas, entrevistou crentes que falavam línguas estranhas durante os cultos, registrou o que via cuidadosamente. À luz da Bíblia, segundo ele mesmo registra no Prefácio de seu livro Análise do Dom de Línguas (1979, 71 pág.), buscava respostas a pergun-
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ponto de vista tas como “Que são as línguas estranhas? Como se processam? Em todas as partes do mundo usam os mesmos sons ou em cada país há uma articulação de sons diferente?”. As respostas, nem sempre explícitas e diretas, desenvolvem-se no detalhado esboço apresentado em forma de estudo bíblico, com as devidas referências dos livros, capítulos e versículos da Bíblia. O primeiro lançamento do livro, publicação independente que contou com a participação de irmãos em Cristo, ex-alunos e familiares,
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ira y López classificou a ira como “o gigante rubro”. Junto com o medo, o amor e o dever, ela forma os Quatro gigantes da alma, título de sua obra clássica. Se o orgulho, que é o culto a si mesmo, encabeça a lista dos pecados, caminhando pari passu à ambição (“Sereis como Deus”), a ira é, cronologicamente, na Bíblia, o segundo pecado: “Caim ficou furioso” (Gn 4.5), e “Então, o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste?” (Gn 4.6). A ira está presente desde os albores da humanidade. E sempre com maus resultados. A ira é o pecado que gera o assassinato (I Jo 3.15). Costuma-se dizer que ela é má conselheira, porque priva a pessoa da razão e a coloca sob o domínio dos instintos. A pessoa perde a noção de valores, de regras de conduta, e assume um comportamento ensandecido. A ordem de Saul para que Doegue matasse 85 sacerdotes e depois homens, mulheres, crianças, bebês e até os animais de Nobe, mostra como a ira enlouquece (II Sm 22.17-19). Este trágico episódio na vida de Saul deixa claro que a ira leva a pessoa a agir como ani-
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aconteceu no Rio de Janeiro. Em seguida, novo lançamento se deu em Belém, onde sua pesquisa já era estudada e conhecida dos membros da Igreja do Telégrafo e de seus alunos do Seminário. Em janeiro de 1983, tendo recebido a aposentadoria, decidiu deixar o pastorado de sua amada Igreja do Telégrafo. Com a saúde agravada pela hipertensão arterial que lhe trouxe de Santarém a Belém, as forças não lhe eram mais suficientes para enfrentar o principal desafio no momento: construir o
novo templo da igreja, cujo terreno encontrava-se adquirido e a planta aprovada. Tendo deixado o pastorado, retornou finalmente à PIB do Pará, igreja que frequentou durante sua adolescência e juventude e que o enviou ao Seminário. Aposentado, o Pastor Sóstenes esperava ainda ter forças para levar a cabo o projeto social em que paralelamente trabalhava desde o final dos anos 60: colocar em atividade um orfanato, o Lar Batista, em Santa Isabel do Pará, para o que organizou uma Coope-
rativa de cristãos que viam na causa social uma extensão de seu testemunho e atuação. Sonhava em ver aquela instituição em pleno funcionamento, mas, com tristeza, não teve mais forças para realizar seu intento. Deixou ampla propriedade registrada em nome da Convenção estadual, prédios construídos e mobiliados, criação de aves e plantações que produziriam o sustento local, algumas crianças entregues aos cuidados da instituição pelo poder público e já prontas a serem abrigadas ali. Mas,
infelizmente, por dificuldades de naturezas diversas, alguns anos após sua morte todas essas atividades foram descontinuadas. Em 1985, com o agravamento de seu problema de saúde, viajou para o Rio de Janeiro com sua esposa, D. Dalva, para receber os cuidados das filhas que ali residiam, particularmente de Helba, a filha médica. Em 6 de agosto de 1986 deixou este mundo, partindo para a eternidade. Seu centenário de nascimento, 1913-2013, é hoje lembrado com gratidão.
mal descontrolado. Ela perde toda a sua racionalidade. Sucedeu a mesma coisa com seu xará, no Novo Testamento. Atos 9.1 registra que Saulo “respirava” ameaças contra os discípulos de Jesus. O grego é empneo, cuja forma verbal pode levá-lo a ser traduzido, sem forçar a situação, como “bufava”, respiração típica do animal selvagem. Curiosamente, Jesus lhe afirmou que ele se comportava como animal, na expressão “recalcitrar contra os aguilhões” (At 26.14), a figura do boi que escoiceava o ferrão que o impelia no serviço. O zelo religioso de Saulo se transmutou em ira descontrolada (“cada vez mais enfurecido contra eles”, disse ele – At 26.11). Muito zelo religioso nada mais é que ódio, ira, fúria contra os discordantes. É “zelo, mas não com entendimento” (Rm 10.2). É uma advertência muito séria porque, em algumas ocasiões, a defesa da fé ou do que a pessoa julga ser a doutrina correta, é feita com ódio. Algumas apologias exsudam ira. Como disse alguém: “Nunca os homens fazem o mal com tanto entusiasmo como quando o fazem em nome de Deus”.
É triste, mas é verdade: temperamentos não controlados pelo Espírito (nada a ver com o livro homônimo – é que a expressão é correta) usam o evangelho como pretexto para dar vazão à sua carnalidade. A violência verbal desancando irmãos que pensam de maneira diferente não é santidade. É pecado. Lembra-me de um personagem de Umberto Eco, ironizando as querelas teológicas dos cristãos: “percebi quanto os cristãos podem se esfolar uns aos outros, por uma simples palavra” (Baudolino, p. 35). Certa vez, preguei em uma igreja e expendi um conceito que o pastor julgou ser arminiano. Tornei-me, aos seus olhos, “cão pirento”, como se diz no Amapá. Ele se recusou a me levar à saída, após o culto, e virou-me as costas quando fui cumprimentá-lo. Foi zeloso com sua doutrina, e iracundo no seu procedimento. Um exemplo da típica espiritualidade deformada, mas chamada, muitas vezes, de “ira santa”. O episódio de Jesus expulsando os vendilhões do templo é o trecho bíblico mais apreciado pelos santos iracundos e o eixo hermenêutico que dá suporte à sua postura. A virtude que se antepõe à ira é a paciência. Que não
deve ser confundida com resignação. O melhor termo para ela é makrothymia, uma extraordinária capacidade de suportar situações adversas. Não é superthymia, grande capacidade, mas makrothymia, enorme capacidade. Como um macro mercado é maior que um supermercado. O termo alude a uma enorme disposição de sofrer o mal sem revidar. Jesus foi macro tímico: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7). Tiago orientou seu público: “Chamamos felizes os que suportaram aflições. Ouvistes sobre a paciência (makrothymia) de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu. Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão” (Tg 5.11). Fala-se da paciência de Jó, mas ele não foi paciente, no sentido de passividade de aguentar calado. Queixou-se por todo o livro. Mas manifestou uma enorme capacidade de suportar tudo. Um bom modelo. Há igrejas que se dividem por causa da ira dos crentes, por absoluta falta de makrothymia. Há dissensões na denominação pelo mesmo
motivo. Suportar o mal está fora de moda. O negócio é “bateu, levou”. Aliás, um bispo televisivo avisou à Globo, certa vez, que com eles não tinha “essa de dar a outra face”. Com eles era “bateu, levou”. A ira é pecado, e não virtude. Sua ausência, sim, é virtude. “A ninguém devolvei mal por mal” (Rm 12.17), e “Abençoai os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis” (Rm 12.14). A troca de ofensas, tão amiúde na liderança evangélica, mormente pela mídia, é uma vergonha para o evangelho. Não parecem santos, mas arruaceiros de bar. Peçamos graça a Deus para vencermos nossos sentimentos agressivos contra as pessoas, e que sejamos cada vez mais parecidos com Jesus. Caim se irou e matou seu irmão, porque era do Maligno (I Jo 3.12). Jesus pediu perdão pelos inimigos, porque era o Filho de Deus (Lc 23.34). Mais tarde, mostrando que se tornou filho de Deus, Estêvão pediu que seus assassinos fossem perdoados (At 7.60). Os filhos de Deus não se regem pela ira, e com a graça do Senhor a superam. Cultivam o perdão, ao invés de acalentar a ira.