Jornal Batista - 32

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 11/08/13

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIII Edição 32 Domingo, 11.08.2013 R$ 3,20

O avanço da missão pelo mundo

Há 106 anos o compromisso de Missões Mundiais tem sido levar o amor de Deus aos povos que ainda não foram alcançados. A cada ano, este objetivo se torna mais forte e ganha mais espaço geograficamente. Novos campos estão sendo

abertos e mais missionários estão atendendo ao chamado de Deus na obra de evangelização mundial. O Haiti, país mais pobre das Américas, vive a expectativa da chegada da primeira turma do projeto Radical Haiti (pág. 11).

Feliz Dia dos Pais!

Em homenagem ao Dia dos Pais esta edição de O Jornal Batista traz textos que agradecem aos pais por sua dedicação ao cuidado com seus filhos. Bem como uma reflexão de um pai, pastor Manoel de Jesus The: “Tenho duas filhas e um filho, mas o olhar inocente do filho autista é o maior presente que recebo diariamente, como pai, pois eu mesmo gostaria de ter esse olhar. Esse olhar só é possível quando tudo que fizermos, fizermos no Senhor”.


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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ão me lembro o nosso primeiro olhar, nem o meu primeiro passo que ele me ajudou a dar, mas o tempo todo me lembro de suas palavras, o seu cheiro reconheço de longe e sempre sei quando chega em casa, afinal de contas ninguém tem passos fortes como ele. Sei que tenho muito do meu pai, isso não só porque tenho seu DNA, mas porque suas palavras ficaram tão marcadas na minha alma que é impossível não recordar de suas recomendações em cada atitude e decisão.

Não me lembro das noites que acordou ao me ouvir chorando, nem das vezes que me levou ao médico aflito quando eu ainda era um bebê, mas não me esqueço dos presentes que me deu. Isso não porque sou materialista, mas porque sei do seu desejo de realizar meus sonhos e me fazer feliz, isso é o melhor presente. Ouvir o seu parabéns quando tiro boas notas, ou quando você acha que o que eu fiz é espetacular, me traz ânimo e uma alegria verdadeira. Não me lembro da primeira vez que ficou acordado

Opinião • Em O Jornal Batista edição 30, a irmã Lêda Mainhard afirmou que minhas considerações sobre o Pastorado Feminino “destoaram” das demais páginas do jornal que é sem dúvida, um importante veículo de comunicação batista e como tal, democrático. Ao apresentar minhas opiniões acerca de minha recusa em aceitar a ordenação feminina, o fiz totalmente embasado nas escrituras, e não em opiniões emocionais ou partidárias. O 1º Artigo de nossa Declaração Doutrinária reza o seguinte: “A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens”. Ou seja, nossas decisões e opiniões deveriam ser elaboradas à luz das escrituras e não à luz de modismos totalmente

à noite toda me esperando chegar em casa, mas me lembro de todas as vezes que me fez ouvir um grande sermão, hoje sei que estava muito preocupado comigo. Não esqueço da veia que salta na sua testa toda vez que apronto alguma confusa, hoje sei que estava muito preocupado comigo. Não me esqueço da sua voz forte esbravejando comigo, sei que estava preocupado comigo. Também nunca me esquecerei da sua voz suave quando veio até o pé da minha cama me dar um

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

discutíveis. Isso é ser Batista. Como me alegro ainda, por ser ministro em uma denominação que nunca precisou copiar outras para ser o que é. Pelo contrário, o evangeli-

calismo brasileiro deve muito a nós batistas. Fomos nós os apedrejados, perseguidos, difamados e até mortos por causa do evangelho. Muitos de nossos templos foram

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

bom conselho, justamente o que achei que iria esbravejar contra. Nunca me esquecerei do dia do meu casamento. Seus olhos marejados e sua voz embargada diziam tudo o que eu precisava saber. Com seus bons exemplos decidi construir uma família, assim como o senhor construiu a sua. Também será impossível esquecer o seu abraço, o quão forte batia o seu coração, no dia em que eu me tornei pai também. Obrigado pai por toda uma vida! (AP) depredados e nossos cultos, realizados debaixo de árvores. As denominações pentecostais que me perdoem, mas já encontraram tudo pronto. Somos desbravadores num Brasil católico e idólatra e não poucos de nossos irmãos do passado, muito sofreram para que nossos preciosos princípios sobrevivessem. Não me importo de ser chamado de retrógrado por uns ou de destoante por outros. O meu compromisso assumido diante do concílio de pastores e depois, diante da Igreja de Cristo, foi o de defender nossas doutrinas, custe-me o que custar. Respeito totalmente as opiniões contrárias, mas opiniões pessoais desprovidas de argumentação bíblica é por demais subjetivo. Alex Oliveira Pastor Auxiliar na PIB em Divinópolis


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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

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pecado inoculou no coração humano toda sorte de mazelas. Além das enfermidades, aumento da dor, violência, ódio, ingratidão; trouxe a injustiça. De todos os males a que maior desgraça gera na sociedade. Não há quem consiga escapar dos seus tentáculos arrasadores. Atinge a sociedade, tornando-a cruel em seu proceder. Os profetas no passado gastaram boa parte de seus ministérios pregando contra as injustiças sociais. Especialmente as praticadas pelos governantes. Aqueles que deveriam combatê-la, ou pelo menos aplacar os seus efeitos, eram os que mais injustiças praticavam. Usavam o poder e a força coercitiva para explorar e afligir os carentes. Alguns exemplos fornecem a condição social lamentável do povo de Deus, subjugado por governantes injustos. Isaias diz: “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para prejudicar os pobres em juízo, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e para roubarem os

órfãos” (Is 10.1-2). As vítimas eram os mais fracos. As Leis elaboradas pelos mais fortes objetivavam prejudicar os menos favorecidos. O profeta Miqueias prega contra os juízes injustos: “Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas advinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá” (Mq 3.11). A certeza da impunidade, a confiança de que Deus não está interessado no agir humano, fornecem a coragem para continuar praticando o mal. Tudo semelhante aos nossos dias. Habacuque em sua angústia ministerial confronta a Deus com perguntas incisivas: “Até quando, Senhor, clamarei, e Tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a iniquidade, e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o

justo e sai o juízo pervertido.” (Hc 1.2-4). A corrupção, o uso do poder para se locupletar, a convicção de que a Lei jamais alcança os que praticam delitos geram no coração do salvo a revolta, o asco e o desejo de apressar a punição divina. Em o NT encontramos Jesus pregando contra as autoridades corruptas do seu tempo. Em Mateus 23.2 e seguintes, Jesus condena com veemência os juízes e legisladores do seu tempo. Diz o Mestre: “Atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porem, nem com o dedo querem movê-los” (v. 4). Além das imposições religiosas eram acrescidas obrigações que tornavam a vida do cidadão insuportável. Na parábola do juiz iníquo, que é convencido a fazer justiça, pela insistência da viúva que apelava por respeito aos seus direitos, Jesus deixa claro que Deus faz justiça aos seus. Tais textos e muitos outros afloram à mente ao vermos as multidões saindo à rua a clamar por melhores condições de vida. Desnorteada e sem liderança, a multidão que sempre é instável, tenta

fazer ouvir a sua voz. É a voz do oprimido, comprado por misera bolsa família, ou empréstimo irrisório para adquirir alguns móveis de terceira categoria, mas, que vê os filhos sem escolas dignas e ensino de última qualidade. Saúde depreciável, insensível que não se comove com a morte prematura de suas crianças. O triste abandono dos seus idosos. A zombaria dos que foram condenados, após excessivo esforço, mas, que recursos protelatórios impedem a aplicação da pena. É a realidade do profeta: “Sentença nunca sai, não é executada”. Revolta ver homens, mulheres, jovens e crianças sob frio, chuva com faixas mal redigidas, clamando por melhores condições de vida. Exigindo o direito de sobreviver com dignidade. Mas ao final de cada passeata a multidão se dispersa ou é dispersa, sem conseguir vislumbrar êxito para seu clamor. Faltam lideres. Homens de Deus que empunhem a bandeira da justiça em favor do pobre, das viúvas e dos órfãos. As Igrejas com suas mensagens de autoajuda nada dizem, porque não sabem o que pregar.

Creio que este é o momento da bancada evangélica, se é que existe, assumir a liderança dos reclamos populares. Estabelecer metas a serem alcançadas. Dar um basta à corrupção, a desonestidade dos governantes, adequar as leis à realidade atual. Oferecer ao povo, que paga elevados impostos, atendimento à saúde e educação com dignidade. Colocar na cadeia os que surrupiam o erário, punir o administrador infiel, adequar a maioridade penal à realidade contemporânea, oferecer ao cidadão condições de vida com dignidade. Oferecer esperança ao povo. Ninguém melhor do que aqueles que foram eleitos, para administrar os bens públicos com seriedade e com o temor de Deus, empunhar a bandeira da libertação popular. Pelo voto livre foram escolhidos para testemunhar de Cristo e como tais devem ouvir a ordem de Jesus: “Que é isso que ouço de ti? Dá conta da tua mordomia...” (Lc 16.2). As pessoas sem o temor de Deus e a Deus não tem como levantar tal bandeira. www.pastorjuliosanches.org


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Os pais e os dentes dos filhos Cleverson Pereira do Valle Pastor da PIB em Artur Nogueira

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ncontramos esta ordem na Bíblia. Em Gênesis 1.22, 28, 9.1,7 e 35.11. Sendo uma ordem divina, não podemos questioná-la e sim cumpri-la. Quantos filhos o casal deve ter? A Bíblia não limita o número de filhos, creio que este assunto deve ser resolvido entre o casal. Agora, não consigo entender casais que fazem a opção de não terem filhos, mesmo sendo saudáveis. Outro dia encontrei um blog em que especialistas apontavam 10 motivos que os casais alegam para não terem filhos. Entre os motivos absurdos estão: “Filhos custam caro”,

Izaquiel Moraes Pastor da PIB Engenho Pequeno – SG/RJ

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história de pai e filho, em alguns casos se torna muito delicada e em outros mal sucedida. Não há regras definidas para isso porque vai depender de muitos fatores. O primeiro casal da história sofreu com isso; um filho se levantando contra o outro ferindo o coração dos pais. Os pais da fé passaram por experiências que não foram as melhores nesta área,

“Tiram a privacidade do casal”, “Não estão preparados para ser pai ou mãe”. Nada justifica, diz o Salmista no Salmo 127, filhos são bênçãos de Deus, herança do Senhor. Enquanto casais que não podem ter filhos, lutam para tê-los, investindo altos recursos, lamentamos a atitude de casais saudáveis. Quando Deus criou o homem ele ordenou para encher a terra, lá no Éden esta ordem foi dada. “Sede fecundos, multiplicai-vos.” Louvo a Deus pelo privilégio que Ele me deu de ser pai. Como aprendemos, crescemos no convívio dos filhos. Tenho uma única filha, que este ano completou 12 anos, já é uma adolescente e, como pai tenho acompanhado cada

fase de sua vida. Os casais devem obedecer à ordem de Deus e pedir sabedoria para criar os filhos no caminho e admoestação do Senhor. Gosto da preocupação que Manoá teve ao saber que seria pai. Ele desejou que o anjo de Deus informasse qual seria a criação da criança. Sabe quem foi Manoá? O pai de Sansão. Homem preocupado na educação do seu futuro filho, é assim que devemos nos portar. Então, se você e sua esposa são saudáveis, não fiquem sem filhos por muito tempo. Peça sabedoria a Deus e planejem a chegada do futuro bebê. Que Deus te dê sabedoria nas suas escolhas, e que a sua escolha glorifique a Deus.

se acentuando em Jacó que de forma inconsciente gerou ciúmes entre seus filhos, ao destacar José, o mais novo e sofreu muito por isso. Mas o fato que se tornou mais bizarro, foi o de Davi com sua família, quando se instalou uma profunda crise entre ele e Absalão; que matou seu irmão por parte de pai, pelo fato de haver violentado sexualmente sua irmã legítima. Frente a este episódio, Absalão fugiu e mais tarde voltou e desejou muito se apresentar a seu pai e este o protelou por muito

tempo, até que o filho começasse lhe chamar atenção com comportamentos estranhos para o que o pai, Davi, não atentou e quando resolveu receber o filho o tratou friamente. O filho talvez estivesse arrependido e desejoso em falar com o pai, lhes prestar algumas explicações, desabafar, abrir o coração e por um fim no impasse; muito embora o problema fosse gravíssimo, existiam sentimentos de perda por parte do pai; não era fácil para ele mas o filho foi corajoso em querer confrontar o

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ra uma crendice popular, ainda nos tempos de Jeremias, que os filhos pagavam pelas transgressões dos pais. O profeta prega uma mensagem revolucionaria, quando prevê: “Naqueles dias não se dirá mais: os pais comeram ovas verdes e os dentes dos filhos se embotaram” (Jeremias 31.29). Ainda hoje, de um certo modo, a mesma crendice continua: “Filho de peixe, peixinho é”. Esta declaração, que se afirma como científica é, na realidade, uma expressão de preconceito. Todo preconceito sempre começa com uma experiência singular, mas bastante negativa: daí, até chegar ao exagero injusto da generalização, sem

base em estatística, é apenas um pequeno passo. Nossa comunidade cristã também é vítima dessa genética fantasiosa. Já vi moça ser hostilizada por membros da igreja, pelo fato de ter uma prostituta como mãe. Como já vi esposa cair no ostracismo, porque seu marido se apropriou do dinheiro da igreja. A mensagem do Senhor, pela boca de Jeremias, é de responsabilidade pessoal: cada um só deve pagar pelas próprias transgressões. E somente pelas próprias. Mesmo assim, o arrependimento e a mudança de conduta são honrados pelo Senhor, levando-o a nos restaurar. Os dentes dos filhos são problema dos filhos.

problema. Vejo Davi um pai rancoroso, frente a um filho inconsequente. Mas cada filho tem por traz de si, pais. Ele sabia da história familiar do seu pai; muito embora da história positiva como líder político, crente, mas que não conseguiu mostrar isso na relação familiar; onde fracassou! Bom seria que os filhos procurassem se mirar nos acertos dos pais; mas há os que não agem assim.

Por fim essa história não teve um final feliz. O filho resolveu medir forças com o pai. E quando isso ocorre, o prejuízo maior é do filho; principalmente ao se tratar de servos de Deus e quem sempre perde é o filho e ao pai resta-lhe uma crise maior, seguida das lágrimas e lamentos. Neste dia dos pais, é um bom momento para que pensemos seriamente sobre isso.


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PARÁBOLAS VIVAS

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João Falcão Sobrinho

Samuel Rodrigues de Souza Gerontólogo pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Ministro da 3ª e 4ª Idades da Igreja Batista Carioca, Méier, RJ

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ilhares de jovens e adolescentes decidiram ir ás ruas clamando por mudanças. David Kinnaman e Aly Hawkins são os autores do livro “Fui - Por que jovens cristãos estão abandonando a igreja e repensando a fé”. Segundo eles, metade dos jovens cristãos deixam de frequentar suas igrejas quando chega na adolescência. Baseiam-se em pesquisas ao longo de cinco anos, citam como uma das soluções, “equipes com fiéis de todas as idades, cultivando relacionamentos entre gerações, e toda a comunidade de fé, ao longo da vida inteira, trabalhando juntos para cumprir os propósitos de Deus”. Em “A Geração Incerteza”, reportagem da revista Veja (julho, 2013), do correspondente em Paris, Mario Sabino, é esclarecido que grande parte da juventude na Europa encontra-se desempregada. Já no Brasil, segundo informações do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) os jovens brasileiros da atualidade são e serão a maior força de trabalho da história do país. Nos próximos dez anos, os jovens - de 15 a 29 anos - chegarão a cerca de 50 milhões de pessoas, representando 26% da população. Somente a partir de 2025, esse número começará a declinar, diz o estudo. O estudo também ouviu mais de dez mil jovens em diferentes partes do país para saber quais são suas prioridades em uma lista que inclui 16 temas. Para a maioria dos entrevistados (85,2%), educação de qualidade é o principal anseio, seguido por serviços de saúde (82,7%) e alimentação de qualidade (70,1%). Ter um governo honesto e atuante é a quarta prioridade do jovem brasileiros (63,5%). Mas, as gerações encontram-se distanciadas. Nos espaços públicos não há interações entre jovens e velhos. Ao contrário, predominam espaços exclusivos, nos quais gerações diferentes não são bem-vindas. Mesmo na família a convivência não é muito

fácil. Distanciamento e conflito, muitas vezes, marcam tais relações. As famílias precisam aprender a conviver com mais de duas gerações presentes. A convivência entre as gerações ensina os mais jovens a conviver com os mais velhos. Algumas empresas começam a se preocupar e os trabalhadores estão querendo ficar mais tempo nas empresas ou voltam para contribuir como consultores ou assessores, trabalhando com as novas gerações. Uma sociedade vital requer justiça na alocação de recursos. Antes de falecer, no Congresso Mundial de Geriatria no Rio, Paul Baltes, talvez o maior cientista da gerontologia mundial, afirmou que “idosos a favor dos jovens deve ser um dos nossos objetivos. A otimização das condições futuras da população que envelhece requer grupos de jovens que funcionem bem e que sejam produtivos, de forma a aumentar a probabilidade de que os recursos sociais necessários ao amparo da velhice estejam disponíveis”. Podem os idosos dar uma parcela de colaboração à juventude, mesmo nas condições mais difíceis pelos quais passam? Eduard Spranger (1882-1963), criador da Psicologia da Compreensão, determina que só é possível compreender o comportamento do adolescente se tentarmos compreender o adolescente em si e não tanto a situação, pois a situação passa, mas a pessoa permanece. Sabemos que o apóstolo Pedro passou por situações difíceis, mas por não se afastar da presença de Deus, conseguiu alcançar a sabedoria em sua velhice. Seria normal que os pais educassem seus filhos para que viessem a vencer na vida, tendo oportunidade até de ultrapassar os pais e, se possível, terem condições de auxiliá-los na velhice. Encontramos adultos já feitos, com barba na cara, com mais de 20 ou 30 anos, que se recusam a abandonar os lares paternos, onde vivem confortavelmente instalados. Sergio Sinay, autor de “A Sociedade dos Filhos Órfãos” (Best Seller, 2012), argumenta que os adultos de hoje têm horror a responsabilidade de educar e essa fuga cria uma massa de “órfãos funcionais”.

Ted Thompson, no livro “Pais Discipuladores”, assinala que os pais têm a vida inteira para cultivar a verdade nos corações de seus filhos. Mesmo que sejam adultos e tenham suas próprias famílias, é importante incentivar com amor e orações na caminhada com Jesus. A natureza da responsabilidade dos pais muda com o crescimento dos filhos, mas não sua essência. Fomos chamados para ser administradores fiéis por todos os dias que o Senhor nos confiou. A ação dos idosos em prol dos jovens deve ser ampla, nos campos religiosos, políticos, econômicos e sociais. Temos uma concentração de jovens diante de nós. Alguns têm preconceitos contra eles, achando que ser jovem é ter defeito, que os jovens não prestam, estão perdidos nas drogas, querem tudo e não podem nada. Na condição de mãe e de avó, Lóide, colocou Deus em primeiro lugar em sua vida. Esse seu amor pelo Senhor, certamente, serviu de testemunho a sua filha Eunice e a seu neto Timóteo. Mesmo sendo filho de um pai não crente, o jovem Timóteo teve o privilégio de ser orientado espiritualmente pelo apóstolo Paulo. Ao escrever sua segunda carta a Timóteo, ele era um idoso, e de uma prisão em Roma, insistiu ao seu bom amigo que o viesse visitar. Sabia que seu tempo era curto, sentia-se solitário e diz: “Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida” (II Timóteo 4.6). Quando o jovem rico procurou o Senhor Jesus, nosso Salvador determinou que ele deixasse tudo e o seguisse. Jesus era, é e sempre será a resposta aquilo que a juventude e família precisam para serem bem sucedidos em todas as áreas do viver. A igreja deve propiciar um bom relacionamento entre jovens e idosos, realizando-se como comunidade de Jesus Cristo, procurando seguir critérios e o modelo do próprio Cristo. “E Israel viu os filhos de José, e disse: Quem são estes? E José disse a seu pai: Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze-nos aqui, para que os abençoe” (Gênesis 48.8-9).

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o encerramento da EBF na Igreja Batista da Liberdade, no Rio, uma menina de seis anos, Suzana, muito graciosa e desinibida com sua falha de dentes, ofereceu-se para orar agradecendo a Deus pelo evento. Na sua oração de criança que desde pequena é trazida à Igreja pela irmã Davina, uma vizinha da sua casa, Suzana pediu a Jesus, com muita confiança: “Cura as pernas da minha mãe”. Já vi muitas orações de crianças que tiveram resposta de Deus. Com certeza, Deus vai ouvir a singela oração da Suzana e Jesus vai curar sua mamãe. Prosseguindo na sua oração, a menina foi franca e objetiva ao pedir: “Minha mãe fica nervosa, briga muito com a gente e a gente precisa aturar”. Em outras palavras, ela estava suplicando a Deus que lhe desse paciência para aturar as zangas da mãe. Boa súplica. Oração que nós adultos deveríamos fazer. Sempre! O marido precisa pedir a Deus paciência para aturar as implicâncias de sua esposa, o que se torna mais raro quando ele não suja a pia com pasta de dente, não deixa roupas e sapatos espalhados pela casa e não deixa de ouvir sua esposa falar quando ele está lendo jornal ou vendo televisão. Enquanto pede a Deus que o ajude a aturar as zangas da esposa, o marido vai, ele mesmo, eliminando aqueles hábitos que a deixam aborrecida. Esposas precisam pedir a Deus paciência para aturar seus maridos quando eles se aborrecem porque elas demoram tanto tempo para se aprontar, pintar as unhas e por outros motivos, ou quando eles chegam em casa de mau humor. Pais devem orar pedindo a Deus amor e boa vontade para aturar as respostas, as desobediências e as indiferenças dos filhos. Enquanto os pais oram pedindo essa

paciência, Deus vai trabalhando em seus corações para que possam dar menos motivos para provocar a ira dos filhos (Efésios 6.4). Na igreja, os crentes devem ter paciência para se aturar uns aos outros em amor, como recomenda o apóstolo Paulo: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Efésios 4.2). A palavra suportar aqui usada por Paulo, comporta dois significados: Um é sustentar, dar suporte, o que podemos fazer com nossas orações e ajuda pessoal quando necessário. O outro sentido é o da oração da Suzana: Aturar, tolerar, relevar as fraquezas uns dos outros por causa do amor. O relacionamento saudável na família e na igreja depende da capacidade de tolerância mútua, de paciência no trato na persuasão de que assim como há coisas nos meus irmãos que eu preciso tolerar, com certeza há em mim coisas que os outros precisam aturar com paciência. Geralmente nós exigimos dos outros para conosco a paciência que não temos para com eles. Nossa impaciência, que não nos dá a humildade recomendada por Paulo para podermos suportar uns aos outros em amor, vai nos tornando irascíveis, intolerantes, de difícil convivência. Aprendamos a aturar para sermos aturados em casa, no trabalho e na igreja, fazendo sempre a oração da Suzana. Nós não podemos mudar os outros, mas podemos permitir que Deus faça as necessárias mudanças em nós para que possamos construir um relacionamento franco e feliz. Não posso esperar que os outros aprendam a me aturar até que eu aprenda a aturar os meus irmãos.


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Pastor Manoel de Jesus The Colaborador de OJB

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o livro de Efésios Paulo recomenda o seguinte: “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo, honra teu pai e tua mãe, este é o primeiro mandamento com promessa, para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra” (Efésios 6.1-3). É interessante notarmos que este mandamento nos dá um precioso ensino, que, muitas vezes, passa despercebido. Dificilmente pais e filhos deixam de encontrar-se no fim de suas vidas. O livro Pérolas Esparsas conta uma história de um pai alcoólatra, que andava a beira do rio Mississipi, e o filho de 10 anos choramingava dizendo que estava com fome. Enfurecido o pai o lançou às águas. Por interferência divina, uma longa tábua deslizava pelo rio naquele instante. O garoto agarrou-se à tábua, e, meia hora depois, um ma-

Noélio Duarte Escritor, Educador, Pastor, Membro Titular e Capelão da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB

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m garoto tinha uma cicatriz no rosto e os colegas de seu colégio o descriminavam, o rejeitavam e nem falavam com ele e muito menos sentavam-se ao seu lado. Na realidade quando os colegas o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais as aulas, o professor achou injusta a medida e levou o caso à diretoria do colégio. A diretora ouviu a reclamação e apenas disse que não poderia tirar aquele aluno do colégio, e que conversaria com ele para que fosse o último a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair. Desta forma nenhum aluno veria o seu rosto a não ser que olhassem para trás. O professor achou magnífica a ideia da diretora. Sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento daquele aluno, a decisão foi imediatamente aceita, mas com uma condição: Que ele se dirigiria à

rinheiro o avistou, e ele foi recolhido por um vapor. O capitão do navio resolveu adotá-lo. Foi cuidado como filho, pela esposa do capitão. Vendo a inteligência do garoto encaminhou-o nos estudos. Anos depois, os Estados Unidos foi abalado pela guerra civil. O garoto, agora médico, socorria os feridos da guerra. Um dos feridos clamava por socorro, e, quando o médico se aproximou, o moribundo afirmou: “Doutor, não quero remédio, pois vou morrer. Quero desabafar”. Contou que havia lançado o filho às águas e que agora queria o perdão. “Ore por mim para que Deus me perdoe, pois eu mesmo não consigo me perdoar”. O médico reconhecendo-o respondeu: “Não é preciso que eu ore, pois o senhor já está perdoado há muitos anos. Deus usou sua loucura para dar-me um futuro que eu jamais teria se o senhor não tivesse feito aquela loucura. Eu sou esse filho que o senhor lançou às águas, e contou-lhe o que

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acontecera”. Ambos choraram, mas, agora, de alegria. Aquele pai teve a chance de morrer em paz. Quantos filhos dão ao pai a felicidade de morrer em paz? Ao lermos as Escrituras sempre lemos que Deus leva filhos rebeldes de encontro ao pai, e concede a ambos, a oportunidade do perdão. A parábola do filho pródigo era acontecimento muito comum nos dias de Cristo. Um alerta também pode ser dado. Nem sempre a misericórdia divina concede essa oportunidade. O pai do grande defensor da libertação dos escravos no Brasil, Luiz Gama, que fora vendido como escravo, pelo próprio pai, não teve oportunidade de resgatar sua dívida. O melhor que um filho faz, enquanto filho, é jamais deixar que haja rutura entre si e seu pai. A promessa de longa vida pode ser espiritualizada. Moisés honrou sua mãe, seguindo os ensinos que a mãe lhe passou até os sete anos, e Deus o recolheu, prolongan-

do seus dias eternamente. Dificilmente um filho que aprendeu a obedecer seus pais, não tem sucesso em suas funções aqui na terra, seja espiritual ou material, pois aquele que desempenha bem suas funções familiares, certamente aprenderá a desempenhar suas funções em outras áreas. A melhor escolha para o homem é a escolha que Cristo fez. Ele viveu em si mesmo a oração que nos ensinou. Pai nosso. Deus não é meu pai somente. Deus distribuiu seu Filho entre nós, e nós devemos nos distribuir não somente entre nossos filhos, mas também entre nossos semelhantes. Ele jamais nos pede que façamos pelos outros o que ele fez por nós, mas, pelo menos o mínimo podemos fazer, ou seja, mostrar-lhes o amor que o Pai demonstrou por eles. Gostaria de terminar lembrando o que o grande missionário John Paton respondeu, quando lhe perguntaram como era seu pai. Ele respon-

Marcas de amor

frente daquela turma, para dizer o porquê daquela cicatriz. Todos concordaram e no dia marcado o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente e começou a relatar sua história, com riqueza de detalhes. “Amigos, eu entendo vocês e também acho esta cicatriz muito feia, mas ela tem uma história que quero contar a vocês. A minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa ela lavava e passava roupa para algumas pessoas. Naquela época eu tinha 8 anos de idade... Na minha casa, havia mais três irmãozinhos, um de quatro anos, outro de dois e minha irmãzinha com apenas alguns dias de vida”. Silêncio na sala era total. A turma estava em silêncio e atenta a tudo. “Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo! A minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de dois anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Havia muita fumaça e as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e tudo estava muito quente. Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até

ela voltar. A minha mãe saiu correndo para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que quando ela tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não a deixaram entrar! A minha mãe gritava desesperada: “A minha filhinha está lá dentro! A minha filha está lá dentro!” Vi no rosto dela o desespero, o intenso sofrimento enquanto gritava, mas aquelas pessoas não deixaram a minha mãe buscar minha irmãzinha que estava morrendo... Foi aí que tomei a decisão de pegar meu irmão de dois anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de quatro anos recomendando que eles não saíssem dali até eu voltar. Saí e passei por aquele monte de gente sem ser notado e quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha! Eu sabia o quarto em que ela estava. E quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento vi caindo alguma coisa de cima e eu acho que era o telhado que estava desabando... E então eu me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente era uma parte

da madeira do teto, em brasas que se encostou em meu rosto ferindo-me e causando essa cicatriz enorme...” A turma estava silenciosa, atenta e muito reflexiva com a narrativa daquele gesto do garoto... Então, ele continuou: “Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando volto para casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de grande amor”. O silêncio da sala foi quebrado com o som daqueles que choravam, sem saberem o que iriam dizer ou fazer. Então, humildemente, o garoto foi para o fundo da sala e sentou-se. Alguns alunos se levantaram, foram em sua direção e o abraçaram sem conter o soluço que vinha daqueles corações envergonhados. Ao longo da vida vamos adquirindo algumas cicatrizes que são originadas de feridas. Nem sempre essas cicatrizes são visíveis. A maioria delas não se vê. No dia a dia, às vezes até mesmo sem percebermos, estamos abrindo feridas e gerando cicatrizes em pessoas que até mesmo nós amamos, seja com palavras ou nossas ações. Há mais de dois mil anos Jesus Cristo, adquiriu muitas

deu: “Papai teve oito filhos. De vez em quando pegava na vara, jamais o fez irado, mas, o que mais doía em nós, não era a vara, mas suas lágrimas em oração em favor de algum de nós que praticava uma traquinagem infantil, que ele julgara pecaminosa. O momento mais doloroso da minha vida foi quando parti para Missões. Ele estava feliz, mas quando fiz a curva na estrada, e desapareci de sua vista, ele caiu em prantos”. Paton, depois de Paulo, foi o cristão que mais sofreu neste mundo. Paton foi o que foi, em virtude do pai que teve. Tenho duas filhas e um filho, mas o olhar inocente do filho autista é o maior presente que recebo diariamente, como pai, pois eu mesmo gostaria de ter esse olhar. Esse olhar só é possível quando tudo que fizermos, fizermos no Senhor. Filhos, no dia dos pais, deem como presente, a obediência no Senhor, pois ela lhes trará no rosto, um olhar tão inocente como o olhar de Cristo.

cicatrizes em suas mãos, seus pés, no seu tronco e em sua cabeça. O pecado exercia um peso sobre nós e teria nos esmagado se Jesus, o Filho de Deus não pulasse sobre nós, protegendo-nos dessa fúria. Ele levou sobre si as marcas que eram destinadas a nós e isso gerou muitas cicatrizes nEle. Aquelas cicatrizes eram nossas, mas Ele, protegeu-nos e ficou com todas elas. O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas suas cicatrizes nós fomos curados, afirmou o Profeta Isaías. Essas também são marcas de amor. Numa reflexão muito lúcida, o apóstolo escreveu em II Coríntios 5.14 -17: “O amor de Jesus Cristo nos constrange, e interpretamos assim: Se um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou... Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo!” É maravilhoso saber que para Jesus você é a pessoa mais importante deste mundo. E Ele prova isto mostrando-nos as cicatrizes que adquiriu por nossa causa. Nunca se esqueça disso!


missões nacionais

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Caravana leva alegria ao Piauí Ana Luiza Menezes Redação de Missões Nacionais

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esmo após a operação Jesus Transforma, o Piauí continuou sendo impactado pela Palavra de Cristo por meio da Caravana da Alegria. Formada por 46 irmãos da Igreja Batista Memorial em Duque de Caxias (RJ), do Pr. Paulo Albuquerque, a caravana alcançou muitas vidas em diversos bairros de Teresina, capital do estado, entre os dias 12 e 26 de julho. Logo no primeiro dia, 98 crianças manifestaram o desejo de receber a Jesus. No terceiro dia de atividades, a caravana alcançou 700 pessoas, das quais 153 Por onde passava, a Caravana reunia multidões (entre crianças, adultos e adolescentes) se converteram. No quarto dia, numa programação que reuniu 400 pessoas, 126 vidas se renderam ao Senhor. A cada dia, o Senhor ia acrescentando almas e no final do trabalho, após 12 apresentações realizadas, os voluntários da caravana contabilizaram o total de 1.326 decisões por Jesus. “Milagres ocorreram o tempo todo. Em Morada Nova, possivelmente o maior público, com mais de 1000 pessoas, não havia luz na praça, mas ela voltou e permaneceu exatamente até o fim do registro das decisões. Mesmo quando passamos por ameaças de chuva, nos trabalhos ao ar livre, só chovia quando Momento de consagração da equipe o trabalho encerrava. Em tudo fomos guardados e protegidos pelo Senhor”, contou Luciana Albuquerque, esposa do Pr. Paulo. A Igreja Batista Memorial em Duque de Caxias mantém há cerca de 15 anos essa estratégia de evangelismo criativo voltada para as crianças, adolescentes e toda a família. Por meio de músicas, brincadeiras, bonecos e voluntários vestidos de palhaços, a Caravana da Alegria tem pregado a Palavra de Cristo em diversos estados brasileiros. As viagens acontecem durante 15 dias no mês de julho, porém a igreja também promove pequenas viagens ao longo do ano em lugares mais próximos à sua localização. De 2008 a 2011, eles levaram a Caravana da Ale- Muitas vidas se renderam a Cristo

gria ao Rio Grande do Sul, ajudando a alcançar vidas no estado que durante muitos anos foi apontado como um grande desafio missionário. Em 2012, a caravana esteve em Salvador (BA). “Temos notícias de que pelo menos em uma das igrejas de Salvador, onde trabalhamos em 2012, o número de membros da congregação triplicou após a passagem da Caravana da Alegria, com famílias inteiras sendo integradas a algumas igrejas”, contou ainda a irmã Luciana. O que motivou o grupo a ir para o Piauí foi a compreensão de que era necessário apoiar a estratégia de Missões Nacionais, ajudando a mudar as estatísticas que apontavam o Piauí como o menor percentual de evangélicos do país, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “somando nosso trabalho às ações da Trans realizada antes de nossa chegada”, acrescentou Luciana. “Após quatro anos de trabalho no RS, os membros da Caravana da Alegria entenderam e sentiram no coração o desejo de cooperar com outra região: o nordeste do nosso país. Sentimos que Deus foi conduzindo o nosso trabalho em parceria com a Junta, assim como o nosso encontro com o Pr. Eber Mesquita, gerente regional de missões no Nordeste”, relatou Pr. Paulo. Ele também afirmou que o ministério da Caravana da Alegria tem mesmo a intenção de ir além da IB Memorial porque o ideal é continuar parceria com as convenções para promover o fortalecimento de outras igrejas. A parceria com a Junta visa auxiliar na abertura e ampliação de frentes de trabalho. “Temos a convicção de que precisamos pensar numa estratégia de consolidação dos resultados alcançados que, ao mesmo tempo, sejam feitos pela Caravana e pelas entidades denominacionais”. O pastor também frisou que um dos alvos da Caravana é treinar os voluntários de forma teológica e missiológica. Rute Teixeira, integrante da Caravana é um dos muitos exemplos de que as bênçãos estendem-se àqueles que participam.


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Missionários com Alegria realizam Escola Bíblica de Férias

Missionários com Alegria

Marcio Silva Ministério Missionários com Alegria

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o dia 25 de julho de 2013, o ministério Missionários com Alegria deu início a Escola Bíblica de Férias, na Segunda Igreja Batista em Padre Miguel, presidida pelo pastor Ronaldo Lima, que é pastor dos Missionários com Alegria também. Mesmo com chuva, a equipe chegou e arregaçou as mangas, e começou ornamentando a Igreja, que ficou linda, e a chuva caía lá fora. Isso não impediu que o evangelismo fosse feito, os integrantes do Grupo se caracterizaram, e colocaram a equipe na rua. Foi maravilhoso, Deus honrou nossa fé, e chegaram quase 40 crianças na hora da EBF, e continuava a chover. Nosso tema esse ano é “Jesus o amigo incomparável” e o versículo está em João 15.13. Com este tema foi dado início a devocional pela irmã Rosana Fuly, a partir daí começaram os louvores com Ministério de Música dos Missionários com Alegria, tivemos coreografias com o Grupo Happy Kids, da PIB da Vila Kennedy, que compõem nosso Ministério de Dança, que animaram as crianças. Daí passamos para história com o título da Mulher Samaritana. Logo depois a irmã Rosiane fez o apelo e para Glória de nosso Senhor Jesus Cristo, muitas mãozinhas se levantaram deixando-nos felizes por saber que a mensagem foi pregada e fixada em seus corações. Distribuímos o lanchinho, e liberamos as crianças para voltarem para suas casas. Na sexta-feira, dia 26, foi repetido o evangelismo, e caracterizados a equipe saiu às ruas, convidando as crianças, que atenderam o convite mais uma vez, e os que já haviam comparecido no primeiro dia trouxeram seus amigos, que gostaram muito também. Foram cantados corinhos, e nossa música

Bonecões Missionários com Alegria

chave, que muitos conhecem “Quando eu venho andando para EBF venho alegre”. Os Missionários com Alegria interagiram muito com as crianças através dessa música, e eles ficaram radiantes em ver os bonecões dançando e interagindo com eles. Depois da historinha com o título “Jesus acalma a Tempestade” foi feito o apelo com o irmão Josué Araújo, e mais mãozinhas se levantaram recebendo Jesus em suas vidas, e foram para o aconselhamento com o pastor Ronaldo Lima. No sábado, dia 27, foi uma grande festa, toda a equipe chegou com disposição, montamos as tendas, e por volta das 10h30 da manhã foi dado início as atividades da Ação Social, que foi coordenada pelas irmãs Beth Mendes, Marcela Maia, e Rosane Lima, doamos roupas, calçados, fizemos testes de glicose, aferição de pressão arterial, aplicação de flúor e orientação jurídica, onde muitas pessoas foram alcançadas. Foi realizado um grande trabalho evangelístico, com

os integrantes da equipe caracterizados. Foi adaptado pelos irmãos Ulisses Ferreira da Silva e Marcio Silva, uma caixa de som na Kombi da Igreja, e saímos pelas ruas anunciando as boas novas do evangelho a todos os moradores, o locutor foi o irmão Levi Carvalho, que foi anunciando e convidando as crianças a virem à Igreja. As crianças atenderam o convite e vieram, ouviram a história com o título do “Paralítico de Cafarnaum”. Neste dia ainda foram feitas várias atividades, que tiveram premiações por maior número de visitantes que trouxeram, por responder perguntas ligadas as histórias, desenhos e atividades feitas com capricho. O irmão Josué fez o apelo, e mais crianças levantaram suas mãos, e logo após Josué e sua esposa Maria, foram ao aconselhamento com as crianças que se decidiram no apelo. O mais impactante para os Missionários com Alegria, é conhecer a história de vida dessas crianças, é ouvir o que eles têm a nos dizer, e

Crianças celebrando

Pastor Ronaldo Lima a esquerda e Missionários com Alegria indo evangelizar

com isso levamos Jesus até as mesmas, e ver um sorriso surgir com um pequeno gesto de carinho feito pelo Grupo. É fazer as atividades com carinho, dedicação para que cada criança alcançada receba a mensagem da salvação em suas vidas. Sabemos que quando se ganha uma criança para Jesus, ganhamos uma vida inteira, e com isso damos a oportunidade da igreja local manter contato com a criança evangelizada, e trazê-la para congregar, e chegar até sua família. E também evitando com que andem por caminhos tortuosos e acabem

fazendo tudo errado em sua trajetória. Vamos orar por nossas crianças, pois elas serão nossos profissionais, nossos pastores e nossas igrejas num futuro bem próximo. Orem pelo ministério Missionários com Alegria, pois nossa trajetória não tem sido fácil, pois não temos recursos, e mesmo assim seguiremos a pregar a Palavra de Deus. Contatos: alegira.missionários@gmail.com Cel. 8822-2093 falar com Marcio ou Rosana. Curta nossa página no Facebook e veja um pouco de nossas atividades.


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O avanço da missão pelo mundo Sabrina Souza Redação de Missões Mundiais

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á 106 anos o compromisso de Missões Mundiais tem sido levar o amor de Deus aos povos que ainda não foram alcançados. A cada ano, este objetivo se torna mais forte e ganha mais espaço geograficamente. Novos campos estão sendo abertos e mais missionários estão atendendo ao chamado de Deus na obra de evangelização mundial. Nesta longa caminhada de proclamação das boas novas, a JMM já está presente em 71 países e possui um total de 808 missionários espalhados pelos continentes asiático, africano, europeu e americano. Entrando em campo com Cristo O esporte é uma das ferramentas que mais abre porta para o trabalho de evangelização. Para este trabalho, Missões Mundiais desenvolve o PEM – Programa Esportivo Missionário. No primeiro semestre deste ano, o destaque do PEM foi o treinamento de 52 líderes para atividades esportivas missionárias no Haiti. Além do PEM, o país, o mais pobre das Américas, vive a expectativa da chegada da primeira turma do projeto Radical Haiti, prevista para este segundo semestre. O avanço da JMM pelo mundo também chegou à Europa, apesar da forte crise financeira enfrentada pelo continente. Os europeus estão mais abertos, mais sensíveis à Palavra de Deus. De lá, nossos missionários contam que 36 pessoas se batizaram

Jovens do Radical Haiti seguirão em breve para o campo

nos últimos meses, 105 tomaram uma decisão ao lado de Cristo e 72 já estão sendo discipuladas. Mais frutos surgiram na Europa. Houve a inauguração do templo da Igreja Batista no Parque das Nações, em Portugal. O evento lotou o auditório da Escola Vasco da Gama, com capacidade para 220 pessoas. Entretanto, o crescimento da religião islâmica naquela nação tem sido algo preocupante. O que exige de nossos missionários mais esforço, dedicação e sabedoria para ter a melhor forma de apresentar o amor do verdadeiro Deus. O treinamento de novos líderes tem sido uma ótima ferramenta utilizada pelos missionários para atingir áreas onde há dificuldade de acesso ou até mesmo de

aprendizado da língua. Assim como na África, recheada por aldeias em seus diversos dialetos. Por lá, os missionários capacitaram 46 novos líderes. E ainda 115 africanos tomaram a decisão de seguir a Cristo, sendo que 14 já desceram às águas do batismo. Deus tem operado milagres em solo africano. As necessidades deste continente não são apenas materiais, são principalmente espirituais, tendo em vista que a maioria dos africanos está envolvida com obras de feitiçaria e bruxaria. Contudo, o social é peça fundamental para atingi-los. As unidades do PEPE (programa socioeducativo) oferecem atividades educativas pautadas em ensinamentos bíblicos. Só na África são 95 unidades em diferentes países.

Em alguns lugares, há uma certa dificuldade para manifestações religiosas. Tanto a Ásia quanto o Norte da África, há locais onde é necessário ter muito cuidado para anunciar Cristo devido a restrições políticas e governamentais. Nesse contexto, os chamados pequenos grupos se encaixam perfeitamente para a evangelização local. Para a Ásia, uma novidade: o projeto Radical Ásia, que a partir deste semestre auxiliará nossos missionários nesta missão de testemunhar Cristo aos asiáticos. Pela vontade, com o envolvimento dos batistas brasileiros, budistas, muçulmanos, ateus... Enfim, um grande número de pessoas está conhecendo o plano de salvação, e consequentemente, recebendo Jesus como único e suficiente

Salvador. Apesar de muitas adversidades, três igrejas foram plantadas no continente asiático com o apoio de missionários da JMM no primeiro semestre deste ano. O avanço da obra de evangelização mundial é fruto do envolvimento de cada intercessor, ofertante, mobilizador e missionário que acreditam no comprometimento de Missões Mundiais com o “ide” de Jesus. A meta é contribuir para a evangelização dos 3.800 povos não alcançados. E o aumento da força missionária é uma das principais ferramentas para alcançarmos este objetivo. Seja amigo de Missões Mundiais e ajude-nos a ultrapassar a marca de 900 missionários em campos transculturais até o final de 2013. Não fique de fora do que Deus está fazendo no mundo!

Novos missionários e novos desafios Willy Rangel Redação de Missões Mundiais

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ossos missionários recebem o sustento enviado por Missões Mundiais porque você oferta e contribui para que o Evangelho de Cristo seja testemunhado por eles pelo poder do Espírito Santo. Além dos que já estão no campo, novos missionários se integram à equipe de Missões Mundiais para anunciar a verdade que liberta. Para isso, eles também precisam de ofertas. No primeiro semestre deste ano, Missões Mundiais formou 25 novos missionários, que já estão prontos para seguirem aos campos transcul-

Missionários Américo e Talitha Monje seguirão para a Bolívia

turais, alguns apenas aguardam o sustento necessário para lá viverem e pregarem o Evangelho. O casal Américo e Talitha Monje integrou a turma de

capacitação missionária do primeiro semestre de 2013. Eles estão em período promocional pelo Brasil compartilhando sua experiência com os crentes.

“Realizamos visitas a diferentes igrejas no Estado do Rio de Janeiro, participamos também de dois congressos Conexão Missionária, compartilhando os desafios que Deus tem nos dado”, conta Américo, que é peruano. “Cada irmão que nos recebe é bênção em nossas vidas e está em nossas orações”, acrescenta. Em breve, o casal missionário irá seguir para o campo: a Bolívia, onde pretendem começar uma igreja entre universitários na cidade de Santa Cruz de la Sierra. “A Bolívia tem um crescente número de estudantes de ensino superior estrangeiros, aproximadamente 25 mil, e gostaríamos de compartilhar o Evangelho

de Jesus com eles”, conta Américo. “Também desejamos preparar esses jovens para que possam servir com suas profissões e onde estiverem, para que o Reino de Deus seja expandido em diferentes lugares e situações”, acrescenta Talitha. Para que tudo isso se torne possível, você precisa orar e ofertar pelo casal Américo e Talitha Monje, assim como por outros missionários que vivem a expectativa de anunciar Cristo às nações. Para saber como ajudá-los nesse sentido, entre em contato com a Central de Atendimento de Missões Mundiais: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).


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notícias do brasil batista

Convenção Paulistana realiza a Semana Batista 2013

Pastor Manoel de Jesus The Colaborador de O Jornal Batista

O

s batistas do Estado de São Paulo sempre tiveram sua Convenção Anual com esse nome, mas agora, temos um outro nome. Agora temos a Semana Batista. Algumas boas inserções aconteceram, e, aproveitamos bastante as palestras que ocorreram nos intervalos das Assembleias Deliberativas. Começamos informando o nome do novo presidente eleito e o seu vice. Pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira, pastor da PIB de São Paulo, é o novo presidente. Pastor Carlos Water Marques da Silva, pastor da PIB de Ourinhos foi eleito vice-presidente. Os representantes de nossas Organizações Missionárias da Convenção Brasileira empolgaram os Convencionais com seus relatórios. Pastor

Sócrates, sempre esbanjando sua simpatia e cordialidade, quando fala como Secretário Executivo dos brasileiros. Que Deus reserve a nós, por longos anos a bênção de tê-lo como Executivo Nacional. O local, sabiamente escolhido pela Associação das Igrejas de Sorocaba, foi uma dádiva divina. Amplo, muitos galpões, e amplas salas para reuniões, espaço para muitos carros e ônibus, e espaçoso auditório onde todos os convencionais ficaram bem acomodados. As senhoras, como sempre, tornando as demais organizações como pequenos riachos, enquanto elas se apresentam como um rio caudaloso, numa comparação numérica, no momento das Assembleias Anuais das organizações. Tendo como divisa Colossenses 1.10, e como tema: “Igrejas Frutificando nesta Geração”, tivemos vários palestrantes abordando subte-

mas inerentes ao tema principal. Foram estes os subtemas: “Respostas bíblicas às questões desta geração”; “Capacitando líderes para a nova geração”, e “Recuperando feridos pela religião”. O orador oficial foi o pastor Carlos Water Marques da Silva. Sorocaba é uma progressista cidade. Seus serviços são de primeiro mundo, nada deixando a desejar, às outras grandes cidades do Estado de São Paulo. Todas as demais cidades do Estado têm acesso fácil a Sorocaba, razão pela qual foi grande a frequência, embora muito longe daquela que poderíamos ter. A respeito desse detalhe, gostaríamos de sugerir que nas próprias Convenções, não somente nosso Estado, como também os demais, desafiassem as grandes igrejas a custearem as despesas de obreiros de pequenas, incapazes de custear as despesas dos mesmos. Não podemos falar em amor

cristão sem que o exemplo não seja vivido entre nós. Gostaria de mencionar um momento triste, quando o amado pastor e grande administrador, pastor Manoel Ramirez, pastor da Igreja Batista de São Mateus, bairro da zona leste da capital paulista, rejeitou indicações para todos os cargos. Atualmente está grandemente empenhado em

fazer frente à grande fatalidade ocorrida com sua Igreja. O grande templo, terminado a cerca de cinco anos, pegou fogo, nada sobrando, e, pior de tudo, a Prefeitura negou licença que novo templo seja erguido no mesmo local. Não nos resta outra coisa senão apoiarmos em nossas orações essa hora de grande perplexidade diante do ocorrido.


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DIRETORIAS CBESP 2013-2014: Presidente: Paulo Eduardo Gomes Vieira 1º Vice-presidente: Carlos Water Marques da Silva 2º Vice-presidente: Marco Antônio Peres 3º Vice-presidente: Nelson de Andrade Pacheco 1ª Secretária: Maristela Massacesi Sanches da Silva 2ª Secretária: Eliete Antunes Ferreira 3ª Secretária: Débora Silva Lins e Silva 4ª Secretária: Sandra Regina Aires Gomes dos Santos Souza ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL Seção São Paulo Presidente: Rubens Nazareth dos Santos 1º Vice-presidente: Marcelo Gomes Longo 2º Vice-presidente: José Valdemi Bezerra Lamarque 3º Vice-presidente: João Martins Ferreira 1º Secretário: Valdomiro Júnior 2º Secretário: Joelito Santos 3º Secretário: Adilson Brandão ESPOSAS DE PASTORES: Presidente: Eliete Antunes Ferreira 1ª Vice-presidente: Rita de Cássia Andrade 2ª Vice-presidente: Valda Lenço 1ª Secretária: Silvia Mara 2ª Secretária: Mônica Henrique 1ª Tesoureira: Eunice Romão 2ª Tesoureira: Alcimara Prieto UNIÃO MASCULINA MISSIONÁRIA CBESP Presidente: Cilas Alves 1º Vice-presidente: Gedeão Alves 2º Vice-presidente: Marcos Teodoro Dias 1º Secretário: José Luiz Guerreiro 2º Secretário: Edenir Firmino UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA CBESP Presidente: Sandra Regina Aires Gomes dos Santos Souza 1ª Vice-presidente: Eliete Antunes Ferreira 2ª Vice-presidente: Nívia Farias Ribeiro Ávila Gimenez 3ª Vice-presidente: Rita de Cassia Magalhães Odwer Andrade 1ª Secretária: Débora Silva Lins e Silva 2ª Secretária: Emiliana Leite Rosa 3ª Secretária: Berenice Maria Silva 4ª Secretária: Cristiane Gonçalves Rocha JUVENTUDE CBESP: Presidente: Estevam Júnior 1º Vice-presidente: Thiago Lima 2º Vice-presidente: Fabrício Rabello 1º Secretário: Ilson Júnior 2ª Secretária: Fabrícia Alexandrino DIÁCONOS: Presidente: Valdison Rodrigues Nascimento 1º Vice-presidente: Antônio de Carvalho Nunes 2º Vice-presidente: José Carlos Moura 1º Secretário: Cilas Alves 2º Secretário: Antônio Carlos Ramos 1º Tesoureiro: Maria de Lourdes Serpa Monteiro 2º Tesoureiro: Deusdeth de Jesus Silva


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esde 1997 tenho trabalhado para levantar dados mais objetivos sobre as condições de trabalho do ministério pastoral batista. O que me tem levado a isto é a preocupação em darmos mais atenção à vida pessoal, matrimonial e familiar dos pastores. Depois de mais de 35 anos de ministério, envolvido com o trabalho de igrejas, denominação e instituição de ensino teológico, tenho notado que a ênfase recai sobre a produtividade do pastor. Aliás, vejo que quando pastores se encontram, depois do cumprimento inicial, em geral o restante da conversa gira em torno de quantificações: Quantos membros tem a igreja? Qual o orçamento? Quantos batismos no ano? Quanto é o salário? Por outro lado, já vi pastores batendo no peito e se vangloriando ao dizer que não tiram férias há um bom tempo. Penso que nós mesmos pastores precisamos, em geral, promover com urgência um repensar sobre as priori-

E

ponto de vista

dades de nossa vida pessoal, matrimonial e familiar. Há um ditado que diz que trabalho não mata, mas acredito que pode prejudicar e danificar a vida irreparavelmente. Para ajudar neste caminho, criei coragem para

publicar aqui nesta coluna os resultados obtidos em levantamento de dados feitos em dois momentos separados por 11 anos, em reuniões da Ordem de Pastores de diversos Estados e na Ordem nacional. Sem

dúvida é um levantamento quantificativo, mas já dá para se ter uma ideia, é só ver a tabela em seguida e fazer a comparação entre os dois anos. Para não me delongar muito neste momento, em próximo artigo vou

tecer algumas conclusões provisórias que tenho obtido por meio destes dados. Se você quiser me escrever dando suas impressões iniciais faça-o sem hesitação: diretor@teologica.br Até o próximo artigo.

A saúde no ministério pastoral batista no Brasil Dados levantados por Dr. Lourenço Stelio Rega ©

2011

2000

Descrição

472 (7%)

511 (10%)

Quantidade de pastores que responderam Porcentagem representativa aproximada

13% 23% 65% 14%

13% 10% 61% 16%

o exercício do pastorado empobreceu a vida familiar a igreja já foi responsável por desastres família do pastor se sente incapaz para o exercício do ministério o treinamento recebido no seminário pouco tem servido no ministério

30%

30%

se sente mais inferiorizado hoje do que no passado. Se pudesse voltar atrás mudaria muita coisa na vida e ministério

13% 61% 10% 8% 11% 28% 70% 74% 75% 68%

9% 51% 8% 6% 14% 38% 77% 62% 78% 88%

não tem nenhum amigo de verdade tem de 1 a 5 amigos de verdade se pudesse deixaria o ministério e procuraria outro meio de sobrevivência já teve envolvimento sexual com pessoas da igreja quase teve envolvimento sexual não tem desenvolvido uma perspectiva de vida para daqui cinco anos não está contente e satisfeito com o tempo que investe na vida devocional não tem culto doméstico regularmente em seu lar não está satisfeito com a autodisciplina no uso do tempo tem facilidade em perdoar os que ofendem

A verdadeira revolução

stamos vivendo um tempo muito difícil no Brasil, especialmente. Um governo perdido e uma população desejando reformas profundas em várias áreas. Precisamos de uma revolução ética no Brasil, nossa pátria tão amada! Revolução significa mudança de rumo a partir de um conteúdo consistente comum a maioria. Quebrar paradigmas. Aspiramos as reformas na política, no código penal, na educação, na saúde, na tributação e uma reforma social e, por que não dizer, um pacto social sem precedentes. Urge uma participação efetiva e criativa da sociedade civil. Uma contribuição consistente das instituições bem estruturadas. A arregimentação de cidadãos comprometidos com um projeto de Estado. Um projeto para a nação e um

pacto de desenvolvimento sustentável. É mister que anulemos a política de assistencialismo, substituindo-a pela política de dignidade por meio da educação, da assistência profissional continuada, do emprego e da inclusão social pelo trabalho sério e comprometido com o desenvolvimento em vários níveis. O povo brasileiro precisa de saneamento básico, uma política séria de resíduos sólidos, segurança pública constituída de agentes honestos, bem remunerados e prontos para combaterem a corrupção e toda a sorte de violência. A nação brasileira aspira por um combate contundente e tolerância zero ao tráfico de drogas, o tráfico de seres humanos, a pedofilia, os crimes pela internet, a pornografia. Tolerância zero para

os políticos e funcionários públicos corruptos. A nossa revolução deve ser pela conscientização, mobilização e execução de programas eficientes nos vários setores da vida da população. Combater veementemente toda a sorte de desonestidade. O povo precisa, urgentemente, de uma saúde de qualidade, um transporte muito eficiente e barato, bem como um serviço público comprometido com a excelência em servir com funcionários capacitados de forma continuada. A sociedade brasileira está cheia dos políticos enganosos, engambeladores e aproveitadores. Não aguenta mais tanta incoerência, tanta corrupção e tantos desmandos. Sonhamos com um país mais justo, mas solidário e mais igual. Somos chamados à revolução de ideias, de sonhos e ações propositivas.

Que todas as forças democráticas se unam na construção de um Brasil novo. A construção pela revolução na ética e na eficiência em todas as áreas da vida do povo brasileiro. Que sejamos um país de vanguarda. Um país em que a tecnologia não está acima da ética, da moralidade equilibrada. Um governo competente, honesto, íntegro e trabalhador; um povo que fiscaliza e age com dignidade, que responde positivamente às ações corretas dos que os governa. Não o povo do jeitinho, mas a nação que aspira, deseja intensamente que a justiça seja feita doa a quem doer. Não um país de uma minoria privilegiada, mas um país que tenha justiça social, distribuição de renda coerente com a Constituição. Que todos tenham acesso aos melhores serviços públicos.

Que tenhamos uma revolução que produza padrão de qualidade, de excelência, tanto nas empresas públicas como nas empresas privadas. Que direitos e deveres sejam assegurados. Que primemos por uma política de desenvolvimento sustentável - que é a união muito bem articulada entre produção com tecnologia de ponta e a preservação do meio ambiente, do ecossistema. Uma política que busque com insistência o trato com o meio ambiente digno de uma nação realmente desenvolvida. Que nesta revolução nossas armas sejam as da educação de qualidade, do trabalho com excelência e da ética, da integridade em todos os níveis, do diálogo sério, responsável. Esta revolução é possível com a participação de todos no esforço de cada um.


o jornal batista – domingo, 11/08/13

ponto de vista

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O valor do estudo de Teologia Bíblica da Missão Sâmia Missionária da JMM no Oriente Médio

A

Teologia Bíblica da Missão objetiva-se em estudar “missões” sob o prisma das Escrituras Sagradas e a partir do Deus Trino, no qual se utiliza dos elementos sagrados ou não para resgatar sua criação. A universalidade da missão está revelada em toda Bíblia através da manifestação dos propósitos retentivos sinalizados de Gênesis a Apocalipse. Portanto, Deus é o articulador da obra missionária. É através de sua Palavra revelada que compreenderemos a base da missão na perspectiva teocêntrica, onde Deus comissiona, promove e envia. Ele é o Senhor da missão e deseja ser adorado em todo lugar. Missão nasce no coração de Deus, opera na história através do poder do Espírito Santo, e aponta para Jesus como Senhor (κύριος) de todo universo. Russell Shedd irá dizer que “o mundo inteiro está debaixo da esfera do interesse de Deus”. Para o cumprimento do seu propósito, Deus escolhe um povo específico que lhe será instrumento, não com a finalidade de abandonar os demais povos, mas com o ímpeto de fazer seu nome conhecido na terra trazendo benção e salvação. Desta forma, tanto Israel na antiga aliança, como a Igreja redimida em Cristo, deveriam ser mediadores entre os homens pecadores e

nhor de todo universo, Deus todo-poderoso e eterno, que governa todas as coisas segundo seu propósito, através do poder e força do Espírito Santo é o Deus da missão. A centralidade da missão não está no homem e nem na igreja, mas no Deus trino. Ele que fez todas as coisas para o louvor de seu santíssimo nome, quem providenciou o plano de redenção, quem enviou seu Filho, quem manifestou sua graça, quem cumpriu a salvação, quem enviou o Espírito, quem preparou seu povo, quem delegou autoridade à igreja, edificou e equipou seu Corpo, quem chamou seus servos para a Missão, trará a glória para seu nome, santificará e preparará a noiva, cumprirá seus propósitos eternos, convergindo todas as coisas Nele mesmo e culminando na adoração de todos os povos diante do Cordeiro, o qual finalmente entregará sua coroa ao Pai. A Missão, portanto, começa e termina em Deus. É através da vontade revelada pela Palavra, que podemos conhecer objetivamente os propósitos de Deus. A Bíblia é inerrante, infalível e inspirada por Deus. Ela deve ser a forma como Deus fala com seu povo através do Espírito Santo. A autoridade das Escrituras, tanto Antigo como Novo Testamento, revelam as promessas e o cumprimento dos propósitos eternos de Deus para a humanidade. Conceituando a missão O Deus único e trino, Cria- Portanto, ela é a mensagem dor dos céus e da terra, Se- divina na qual seu povo deve o Deus santo. Para que este plano de reconciliação cumprisse aos propósitos divinos era necessário que seu povo desempenhasse o papel de sacerdotes, profetas e servos no testemunho da presença do Criador Todo Poderoso entre eles. Numa perspectiva escatológica, a promessa de reconciliação completa da história humana ocorrerá depois da volta de Cristo. No entanto, a “plenitude dos tempos” já veio, porém ainda não de forma absoluta. Isso quer dizer que o plano reconciliatório de Deus em Cristo já começou, mas não em sua totalidade. Este é um tempo muito importante para a história, pois Deus quer que aqui e agora vislumbremos manifestação visível de seu poder dinâmico, por meio de sinais que evidenciem seu Reino em antecipação a consumação final. O conteúdo do Evangelho expressa a compreensão de que, em Jesus Cristo, as profecias do Antigo Testamento se cumpriram, o que torna possível a realidade presente e futura, sendo Ele mesmo as boas novas (Is 61.1-7). A igreja deve evidenciar o Reino de Deus através da proclamação, atos de justiça e diversas outras formas de ação social reconciliando a sociedade humana ao senhorio completo de Jesus.

ter como regra de fé e prática. Nela contém toda verdade e tudo que ela afirma ilumina as mentes e corações dos servos do Senhor. A Palavra de Deus deve ser seguida em sua totalidade e nela conhecemos os planos presentes e futuros de Deus em Cristo para nós, seus eleitos. Só existe um Deus Salvador de todo universo, Jesus Cristo o Senhor. Não há de forma alguma outra maneira do homem ser introduzido à presença de Deus, senão pelo único mediador. Jesus é verdadeiro Deus, e verdadeiro homem, igual a Deus em natureza e essência, fazendo parte da trindade. Jesus é a revelação especial que Deus ofertou aos homens caídos, para redimi-los de seus pecados por meio da graça e mediante a fé. O cristianismo não é uma forma de diálogo entre os homens e Deus, mas um monólogo em que lhes é oferecido salvação para os que crerem no Filho, no qual morreu e ressuscitou da cruz por nossos pecados. Em Cristo, Deus revelou todo seu amor à humanidade perdida dando-lhe esperança. Um dia Jesus retornará a terra como Rei e Senhor absoluto de todas as coisas. Ele será visto e adorado por todos os homens, mesmo os que o rejeitaram, para juízo e condenação eternos. A fundamentação correta do que Deus quer realizar na terra, parte de uma consciência clara da vontade de Deus expressa em sua Palavra. As

implicações estão no plano espiritual, físico, emocional, moral e nas mais diversas dimensões da vida humana. A salvação é temporal – quanto à antecipação dos benefícios retentivos – e é também, para um cumprimento escatológico futuro - de dimensões cósmicas e eternas. Quem comissiona, capacita e envia é o Deus trino, Senhor absoluto da Missão. Os meios de graça que ele usa é para trazer a manifestação do Reino na Igreja, e, sendo parte dela, vocacionada e direcionada ao ministério transcultural, as implicações para o desenvolvimento deste chamado incluem primordialmente: um relacionamento íntimo e permanente com o Senhor da seara; controle irrevogável do Espírito Santo na obra a ser realizada; prática de um Evangelho encarnacional e sacrificial; serviço comunitário (diaconal); promoção da justiça através da shalom - paz de Deus (dikaioma); pregação contextualizada (kerigma); promoção da dignidade humana no cumprimento do mandato cultural (profetismo); e, revelando a verdade absoluta de Deus - Jesus Cristo, que é a própria expressão do Reino (autobasileia). Esse é um ministério particular-humano (temporal), mas também é um chamado divino com dimensões globais, tendo como propósito fazer o nome de Jesus conhecido e glorificado até a eternidade (plano cósmico).

Pastoreio e presidência da igreja – Sim ou Não? Pr. Araúna dos Santos Vitória, ES

D

esejo opinar sobre essa questão, proposta uma vez para debate de ideias e interpretações, tendo por cenário o ambiente eclesiástico batista em sua administração regular. Eis a questão: Como batistas, aceitamos que as designações funcionais de pastor, bispo e presbítero são aplicáveis a uma única pessoa, singular, vocacionada para o ministério de liderança espiritual na igreja e se referem a aspectos distintos desse ministério, quais sejam: o pastoreio, a supervisão e o aconselhamento. Textos bíblicos como Atos 20.13-38 e I Pedro 5.1-4, entre outras ocorrências, confirmam o uso desses vocábulos para designarem um mesmo líder em função: o presbítero é chamado de pastor, o pastor é chamado de bispo e o bispo é chamado presbítero.

Entre nós batistas, a denominação comum é pastor. Ele ministra a Palavra, através da pregação e do ensino, buscando o “aperfeiçoamento” (preparo) dos santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado (a igreja local). Ele também supervisiona o desempenho dos ministérios dessa igreja e é o principal conselheiro de seus membros, mas não o exclusivo. Todavia, é bom lembrar que o Espírito Santo que capacita o pastor para suas tarefas “pastorais” é o mesmo Espírito que capacita, concede dons e “vocaciona” também os membros da igreja para o exercício de seus ministérios cooperativos. E aqui há textos bíblicos igualmente expressivos – Efésios 4.14-16, Romanos 12.1-8 e I Corintios 12 – entre outros. Membros da igreja também são designados para o serviço do Senhor. Esse é o ensino claro do Novo Testamento (I Co 12.4-7). O pastor não é o

único vocacionado na igreja (Atos 6.1-7). Agora, é preciso fazer uma distinção bem clara entre Igreja – Corpo de Cristo – entidade mística e a igreja – organização social, instituição. Feita a distinção, torna-se mais fácil compreender as figuras representativas: pastor e presidente. O pastor é o líder espiritual – separado para isto: – O Ministério da Palavra. O presidente é líder institucional, organizacional, estatutário, de acordo com a legislação pertinente. Não é questão bíblica ser o pastor presidente da igreja. Tem sido, apenas, uma das práticas batistas. Do mesmo modo que vice-presidentes, secretários e tesoureiros – membros da diretoria - são eleitos, periodicamente, em Assembleia Geral – assim, penso eu, deve acontecer com a presidência da igreja, enquanto instituição social, pessoa jurídica, sujeita às normas do Estado de direito. Todo membro da igreja, em

comunhão com a igreja, com capacidade reconhecida e escolhido, democraticamente, pela Assembleia da igreja, tem o direito de ocupar qualquer cargo na diretoria da igreja ou, como queiram, no Conselho de Administração, inclusive o pastor. O que não se deve continuar fazendo, principalmente numa Igreja Batista, de governo democrático congregacional, é restringir a presidência, exclusivamente, ao pastor. Ministério pastoral é uma coisa e presidência institucional é outra coisa. Democraticamente, o pastor pode ser eleito para a presidência, se o desejar, ou algum outro membro, de reconhecida competência para a função. Precisamos redescobrir o governo congregacional batista, a começar pela presidência das igrejas. Pedro aconselhou aos pastores, por ele chamados presbíteros: “Pastoreai o rebanho de Deus que está sob seus cuidados. Olhem por

ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho” (I Pedro 5.1-3 NVI). Infelizmente, a presidência da igreja tem sido o palco onde acontecem conflitos de interesses e de personalidades, e prejuízos para a igreja. Posso dizer que é fácil o pastor envolver-se com a presidência e esquecer o pastoreio. Mas, não se deve esquecer que o pastor há de ser chamado a prestar contas de seu ministério pastoral Àquele que o vocacionou, e não a prestar contas da presidência administrativa, burocrática, jurídica, da igreja enquanto organização social. A IGREJA – Corpo de Cristo – suplanta a igreja – pessoa jurídica. O pastoreio é de maior relevância, significado e valor do que a presidência organizacional.



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