ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 22/09/13
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
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Ano CXIII Edição 38 Domingo, 22.09.2013 R$ 3,20
Batistas da Grande Curitiba realizam um dos maiores workshops de música da sua história
A Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba (BGC) realizou seu 1º Workshop de Música. Foram realizados no total 8 oficinas instrumentais, de sonorização e de vocal e
ministração, visando o aperfeiçoamento dos ministros de louvor e membros das equipes de louvor das diversas Igrejas Batistas da Associação (pág. 13).
JBB com a mão na massa! A Juventude Batista Brasileita está se preparando para dois importantes eventos. O projeto “Pés no Arado” que é destinado a jovens batistas a partir de 18 anos, e tem como objetivo a evangelização. Cada ano o projeto acontece em um lugar diferente, e em 2014 o lugar escolhido foi Santa Catarina. O outro é o Teen Brasil, um congresso destinado para adolescentes, com o intuito de proporcionar dias de amizade e comunhão (pág. 08).
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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oje fazer missões não é mais coisa apenas para loucos e para aqueles com um chamado especial para ir à outras regiões ou nações. Missões pode ser para todos, respondendo e entendendo o chamado de Deus no livro de Mateus 28.19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações...”. Agora fazer missões também não tem idade, antes na infância só se aprendia o que era evangelizar, e como era o trabalho do missionário, hoje as crianças já são pequenos, “grandes”,
missionários. Os idosos também estão contribuindo de forma significativa, não apenas com ofertas retiradas da venda dos doces e salgados na igreja, mas também indo. Missões Nacionais tem investido cada vez mais em seus missionários, bem como em projetos de curto período, onde qualquer pessoa pode aceitar o desafio de ir. São donas de casa, estudantes, profissionais, que aproveitam 10 a 15 dias de suas férias para falar da salvação em Jesus Cristo à pessoas de sua Nação. Cada vez mais igrejas também
Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m
As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
tem investido no trabalho evangelístico não só no seu bairro, mas realizando projetos missionários em outras regiões. São idosos, adultos, crianças, que aproveitam até um final de semana para espalhar o amor de Deus no Brasil. Dessa forma o número de missionários existentes no Brasil é bem maior do que os 656 (diretamente ligados à JMN) informados por Missões Nacionais. A conclusão é um contingente enorme de servos de Deus alcançando vidas, e por isso, uma Nação que se rende cada
vez mais ao Senhor. Entendendo que o ide é para todos, o povo cristão tem se preparado cada vez mais para falar de Deus, cada um de sua maneira, tem alcançado tribos indígenas e urbanas, ricos e pobres, crianças e adultos. A leitura da Bíblia, combinada com oração e, assim a orientação do Espírito Santo, tem levado os servos do Pai Celeste a alcançarem voos cada vez mais altos na evangelização do Brasil. Viva você também para a glória de Deus de forma completa e real. (AP)
Pastor presidente da igreja
tão fácil de se acontecer no meio de muitos pensamentos variados em nossas igrejas. O que precisamos é estar juntos e nos preocuparmos com assuntos mais relevantes aproveitando tempo e espaço para discutirmos temas que irão levar as igrejas batistas a um crecimento dinâmico no que tange à pregação da Palvra de Deus. Que Deus possa nos ajudar e nos iluminar nesta árdua tarefa de pregar, escrever e ensinar a todas as pessoas necessitadas a ouvirem a voz de Deus por intermédio da pregação bíblica.
• Gostaria de parabenizar o Pr. Ney Ladeia pela bela reflexão e exposição do respectivo tema descrito na matéria do jornal no dia 01/09 em que ressalta a importância de mantermos nossa maneira de trabalhar no meio batista sem fazer uso de modismos tão comuns em nossos dias. Sua opinião reflete o que a maioria das igrejas batistas pensam e seguem na prática, demonstrando uma visão bíblica e teológica sem ferir nenhum dos princípios batistas denominacionais. Creio que o pastor pode e deve continuar a ser o presidente de uma organização até para evitar conflitos internos em sua liderança,
Elias Gomes de Oliveira Pr. PIB Missionária em Parque das Missões, Duque de Caxias
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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches
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Colégio Batista em Santarém
o dia 22 de agosto, Deus concedeu-nos (a mim e esposa) o privilégio de assistir e participar das comemorações do centenário de nascimento do Pastor Sóstenes Pereira de Barros, em Santarém, PA. Vida consagrada ao evangelismo do baixo Amazonas. Cumpre-se na vida e obra do Pastor Sóstenes a expressão de Hebreus 11.4: “Por meio da sua fé (Pastor Sóstenes) mesmo depois de sua morte ainda fala”. Deus honra aos seus servos fiéis. As celebrações ocorreram em três momentos solenes. Na parte da manhã a Câmara de Santarém, em sessão solene, prestou homenagem belíssima ao homem que deu boa parte de sua vida à Cidade. A composição da mesa deu destaque às filhas, neto, ex-aluno da primeira turma do Colégio e outros amigos da família. Os discursos eivados de emoções trouxeram à memória o excelente ministério realizado pelo homenageado. A apresentação dos alunos do Colégio a todos emocionou. As marcas deixadas pelo Pastor Sóstenes e sua esposa Dalva, se revelam indeléveis na vida dos que tiveram o privilégio de tê-lo como Pastor, amigo e conselheiro. Vidas foram marcadas pelo amor e influência desse pioneiro. Um das histórias comoventes que ouvi relaciona-se com a visita que o Pastor Sóstenes fez a localidade denominada Belterra. O Pastor estava à procura de um endereço para suas costumeiras visitas pastorais. Encontrou um menino brincando sob a sombra de frondosa mangueira. Perguntou pela pessoa e o menino prontamente se propôs conduzi-lo ao local. Perguntou ao garoto qual era o seu maior desejo. “Estudar”, respondeu o guri. Ouviu do Pastor que ele poderia estudar no Colégio Batista em Santarém. Feito os acertos com os pais, o sonhador foi levado ao internato do Colégio. O menino estudou, cresceu e hoje é assessor jurídico da Câmara em Santarém. A história revela a capacidade do Pastor em vislumbrar no olhar de uma criança descalça, sem camisa, sem Cristo, um líder futuro. Quantas pessoas passaram pelos internatos dos nossos Colégios! Receberam carinho, amor, ouviram de Cristo como Salvador e Senhor e hoje servem com gratidão em diferentes áreas da sociedade.
Graças a homens e mulheres que criam que o saber pode revelar pedras preciosas, especialmente quando envolto com a mensagem do evangelho de Cristo. Os resultados adentram a eternidade. À tarde realizou-se reunião especial no Colégio. Tarde inesquecível onde foi possível notar a dedicação da atual direção. Vidas que ministram o saber com a beleza do amor de Cristo. Com o saber vem o conhecer Aquele que é fonte e razão da vida. A propriedade e localização estratégica do Colégio confirmam que o fundador pensava grande. O Colégio nasceu como resposta à necessidade de se dar aos filhos dos salvos proteção contra a perseguição religiosa.
Intolerantes, alguns padres da Cidade não admitiam que os alunos evangélicos pudessem exercer a liberdade de não se inclinar, beijar e se ajoelhar diante dos seus ídolos. Os que se recusavam a fazê-lo eram descriminados. Preocupado com suas ovelhinhas, o Pastor fundou o Colégio há sessenta e cinco anos. O Colégio cresceu, conquistou pelo exemplo, seriedade e dedicação dos seus abnegados professores, a admiração da Cidade. Quando a crise que atingiu todos os Colégios Batistas no país, levando alguns a fechar suas portas, ela, a crise, também passou por Santarém. A reação positiva da liderança não permitiu que o Colégio fechasse as portas. A semente
plantada com lágrimas não poderia deixar de frutificar. As verdades do Salmo 126.6, continuam a se repetir ainda hoje. A terceira homenagem foi realizada no lindo templo da Primeira Igreja Batista de Santarém. Culto simples, mas repleto de gratidão. A Igreja foi organizada no dia 24.01.1904. Completa no próximo ano 114 anos de frutífera existência. Fruto do trabalho missionário do apóstolo da Amazônia, Eurico Alfredo Nelson. Impressionante como pequenas sementes tem o poder de germinar grandes árvores. Mais uma vez a realidade da parábola do grão de mostarda (Lc 13.18-19) contada por Jesus, torna-se
visível aos nossos olhos nos dias atuais. Há seis meses, após período sem liderança pastoral, Deus levou de São Paulo, um baiano para alavancar a obra de evangelização no baixo Amazonas. A Igreja revela alegria com o seu novo pastor e este entusiasmado com o desafio que tem pela frente. Não é fácil trocar o frio e a garoa de São Paulo pelo calor úmido de Santarém. Pastor Almir Manoel da Luz compreendeu que esta é a vontade do Senhor para sua vida e de sua meiga esposa. Deixou os filhos, jovens, em São Paulo. Trocou a pizza por tambaqui, e passou a sonhar os sonhos de Deus para a região. Ora para que Deus supra a região com mais pastores. Há templos fechados por falta de obreiros e uma extensa região a ser alcançada. Persiste na mente de quem visita a região o desejo de cumprir o pedido de Jesus “Rogai, pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para sua seara” (Mt 9.36). Convicto de que ao atender ao pedido do Mestre, temos como resultado a convicção de Paulo: “Eu planei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (I Co 3.6). Eurico Nelson plantou, Sóstenes regou, Almir e muitos outros continuam semeando, regando, convictos que Deus continua dando o crescimento. Igreja e Colégio cumprindo o projeto do Senhor. www.pastorjuliosanches.org
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Anjos, não: Somos filhos
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Eusvaldo Gonçalves dos Santos Membro da IB Ebenézer de Americana
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stamos sendo identificados como igrejas mundanas, frias e apostatas, porem a Palavra de Deus é viva e eficaz, pode operar milagres e fazer mudanças em muitas igrejas e inesperadamente sofreremos um reavivamento radical. Há realmente um contraste com a Igreja do nosso tempo, a Igreja hoje se assemelha a um doente cujos membros recebem ordem do cérebro, mas tristemente despedaçada se comporta timidamente. Perdeu a muito a sua autoridade e vive dos lauréis do passado, desiludida face ao seu escasso impacto e impotência perante aos complexos problemas de um mundo desintegrado. A comunidade que Jesus deixou na terra para continuação da sua obra, tem tentado várias soluções, a miúde se afasta do mundo, dedicando a maior parte do seu tempo, gastando suas energias e recursos na defesa de seus próprios interesses e instituições. Desorientada, a Igreja ora recorre aos novos métodos, ora lança uma procura de soluções externas, outras vezes é triunfalista, orgulhosa do seu ativismo e de seu crescimento numérico. Muitas vezes vive um gueto, ignorando as angústias do mundo e não percebe que falta a pertinência de sua mensagem que tem fechado
o coração de muitos para a verdade do evangelho. A nível de igreja local, muitos líderes não se atreve a comunicar o seu desânimo, aos seus colegas ou superiores na mesma denominação, e nem a outros de outros grupos com quem tem pouca comunhão, muito menos confessam a desilusão aos membros de suas próprias congregações locais. Quando no meio desse ativismo um se detém a pensar e preocupado, procura interrogar se esta situação estática é normal, perguntando o porque da discrepância tão evidente entre a Igreja dinâmica da Bíblia e a triste realidade que vivem as igrejas do século XXI. Qual a razão de tanta apatia dos membros, principalmente dos departamentos masculinos de cada igreja, de cada Associação, quando os líderes são impelidos por programas denominacionais em cujos planejamentos não participam, nem os incitam a participarem dos trabalhos de evangelização. Quanto aos pastores que falam de um novo programa, ou método recém elaborados, importando-os com promessas de um êxito garantido, que nenhum método ou programa desse tipo, até agora não trouxe uma mudança permanente em nossas igrejas. Como membro dessa igreja sentimos que algo está errado, não podemos explicar, só sabemos que devemos continuar comunicando a nossa fé, e muitos fazem com entusiasmo e dedicação, entretanto a maioria que sentem-se
insatisfeitos com a realidade, perguntam se sua vida cristã consiste apenas em assistir o comodismo, ou por costumes os cultos que as mensagens dos seus pastores nada os inspiram. Outros perguntam se a única razão é pagar seus proventos como taxa mensal de um club, ainda há aqueles que perguntam porque tanta insistência no dever de compartilhar sua fé, acaso não é responsabilidade de quem é pago para fazer isso? E que Deus tenha piedade do pastor que se levanta para cuidar da vida espiritual dos seus colegas, tentando sacudi-los dessa passividade ou alertar que o pecado é mortal, que vai envenenando lentamente. Nossa juventude, entusiástica, visionária, procura desviar-se da Igreja e da santidade, adaptando-se as soluções materialistas, desiludida da austeridade dos adultos, vão cada dia mais perdendo a sensibilidade e aprofundando-se nos costumes do mundo, ou tomando a forma do mundo. Entretanto nos centros eclesiásticos geralmente aliados ao mundo como igreja local, planifica-se em programas atrás de programas, que ao ser comunicados às igrejas através de redes hierárquicas internacionais e nacionais, a miúde não dão a mínima porque não parte da realidade local e não se motivam. Então a evangelização aparece como atividade esporádica e desligada da vida normal da igreja como também da realidade do mundo.
Bíblia revela que o Senhor criou “legiões” de anjos. Cada anjo foi criado para servir ao Senhor, desempenhando funções específicas na administração do universo criado. Quanto aos seres humanos, a Bíblia revela: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade” (Efésios 1.5). Apesar da fragilidade humana, nós fomos criados com objetivos tão espiritualmente altos e sofisticados que a estrutura de anjo não foi suficiente. Por isso, diz Paulo em Efésios, desde “antes da fundação do mundo” o Senhor Se propôs a adotar
como filhos todos aqueles que, pela fé, se submetessem a Ele. Anjo caído não pode ser reabilitado. Homem caído encontra restauração através do Filho Unigênito. Ser filho adotivo de Deus, mais do que um privilégio, significa uma enorme missão: a de ser “o sal da terra e a luz do mundo”. Quando recebemos “o poder de nos tornarmos filhos adotivos”, passamos a ser parte ativa do longo processo da criação, até chegar ao “novo céu e à nova Terra”. Como filhos adotados pelo Senhor, cooperamos para a libertação cósmica que está à espera da “manifestação dos filhos de Deus”. Mais do que anjos, somos filhos!
As vezes a evangelização aparece como mais uma das coisas boas que a igreja deve fazer, centraliza-se em alguém especialista, como apaixonado pelas almas e alguns pastores e missionário. Estas igrejas se parecem com as nuvens a que se refere Tiago, tem volume mas não tem água. As margens das estruturas da igreja aparece um pequeno grupo, chora em desespe-
ro diante da indiferença da igreja em face à angustiante situação do mundo dividido pelo pecado e por preconceitos religiosos. Estão convencidos que o mundo precisa de um Cristo vivo, redentor e libertador, e que a Igreja foi chamada ao mundo para ser o signo desta dupla missão, mas sabemos que se abrirmos os olhos e os ouvidos, a mente e o coração, ouviremos as pedras clamando.
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50 anos do Manifesto dos Ministros Batistas do Brasil
Nilo Tavares Silva Pastor e cientista social da religião
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hegamos ao mês de setembro, e como batista não posso deixar de pensar num importante manifesto
que foi elaborado no ano de 1963, por ilustres representantes de nossa história batista no Brasil. O Manifesto dos Ministros foi um importante documento elaborado pela Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, entidade que congregava os pastores
que serviam às igrejas da Convenção Batista Brasileira. Em 14 de setembro de 1963, esse Manifesto foi publicado pelo Jornal Batista, e apresentou de forma concreta como os protestantes liam, pensavam, e tentavam se posicionar a respeito de importantes temáticas
que faziam parte da realidade brasileira. Vale a pena comemorar, e refletir sobre como poderia ter sido o futuro de nossa denominação se tivéssemos seguido o posicionamento do Manifesto, e pensar como ele pode servir de fonte inspiradora e animadora não
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apenas para o atual momento de manifestações populares cidadãs que acontecem em nosso Brasil de 2013, mas também para um caminhar batista mais engajado na realidade sociopolítica, reestruturando a sociedade com os valores do Reino de Deus.
Manifesto dos Ministros Batistas do Brasil de 1963 Ordem dos Ministros Batistas do Brasil da Convenção Batista Brasileira
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Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, entidade que congrega os pastores que servem às Igrejas da Convenção Batista Brasileira, em sua última Assembleia Geral, realizada na cidade de Vitória, Estado do Espírito Santo, resolveu apresentar à Nação Brasileira e à Denominação Batista em particular, o seguinte:
Manifesto Reconhecemos ser um privilégio dos batistas brasileiros a iniludível responsabilidade de contribuir não somente para a solução dos problemas que no momento assoberbam o nosso povo, como também para a determinação do seu destino histórico. Não o afirmamos apenas porque sejamos uma parcela apreciável desse mesmo povo, mas porque entendemos ser essa participação inerente à missão de “sal da terra e luz do mundo”, que o Senhor mesmo nos outorgou. Nossas preocupações estão em consonância não só com as dos profetas bíblicos, que se constituíram nos intérpretes da vontade de Deus para os seus povos nos momentos de maior gravidade de sua história, como também do próprio Cristo, que além de partilhar, quando da encarnação, na sua inteireza a condição humana, afirmou ser o seu Evangelho uma resposta satisfatória a todos os anseios da criatura, e uma solução cabal para todos os problemas da humanidade (Lucas 4.16-21). Entenderam-no assim também Guilherme Carey, o pai das missões modernas, e corajoso batalhador contra o sistema das castas na Índia; Roger Williams, o pioneiro da liberdade religiosa em nosso continente; Walter Rauschenbusch, o arauto das implicações sociais do Evangelho; Martin Luther King Jr., o campeão da luta pelos direitos da minoria negra oprimida, e tantos outros batistas através dos tempos.
Resulta daí não só a legitimidade, mas também a necessidade de os membros das nossas igrejas assumirem as suas responsabilidades como cidadãos, participando efetivamente na vida política do país e integrando-se nas organizações de classe, a fim de influírem nas decisões de que resulta a configuração do nosso destino como nação. Os Direitos da Pessoa Humana Ainda que reconheçamos a importância e a significação das instituições, acreditamos ser o homem o fulcro das nossas preocupações, porquanto “criado à imagem e semelhança de Deus”. Por isso, entendemos estar a legitimidade de qualquer regime, sistema ou instituição condicionada à medida que possibilite à criatura a plena realização da sua humanidade. Esta convicção nos fez, desde sempre, intransigentes defensores da liberdade em todas as suas formas de expressão – liberdade de consciência, de religião, de imprensa, de associação, de locomoção, etc., bem como de autodeterminação dos povos livremente manifesta como condição imprescindível à vida humana. Por corresponderem à nossa concepção dos direitos e deveres da pessoa humana, insistindo em que os princípios a esse respeito consagrados na Constituição Federal de 1946, na Carta das Nações Unidas e da Declaração dos Direitos dos Homens, sejam universalmente aplicados, de sorte a serem banidos da face da Terra a exploração do homem pelo homem ou pelo Estado, em qualquer das suas formas, e os totalitarismos de toda espécie, assegurando-se a prática da verdadeira democracia. Igreja e Estado Inspirados no preceito bíblico “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21), temos propugnado pela existência de
igrejas livres num Estado livre, preconizando a delimitação inteligente e respeitosa das esferas de responsabilidade e ação da Igreja e do Estado, sem interferências abusivas ou relações aviltantes de dependência, embora permitindo a cooperação construtiva entre ambos. Por isso, temos repugnado a concessão de privilégios ou de favores financeiros destinados ao sustento e promoção do culto de quaisquer grupos religiosos. Assim é que, entendendo ser o ensino religioso uma atribuição específica dos lares e da Igreja, consideramos imperiosa a reforma do dispositivo constitucional que estabelece o ensino religioso nas escolas mantidas pelo governo, que deverão continuar leigas, assim como é leigo o Estado que as mantém, para que não se propicie a criação de um clima de intolerância e de preconceito religioso em nossas instituições de ensino público. Justiça Social Embora nos regozijemos pelas conquistas sociais do povo brasileiro, reconhecemos a inadequação da presente estrutura social, política e econômica para a realização plena da justiça social, pelo que insistimos na necessidade de um reexame corajoso, objetivo e despreconcebido da presente realidade brasileira, com vistas à sua estruturação em moldes que possibilitem o atendimento das justas aspirações e necessidades do povo. Essa necessidade ressalta da constatação da ineficiência dos institutos assistenciais do Estado, que transformam num favor concedido a custo, direitos líquidos dos trabalhadores; da irracional aplicação dos recursos públicos, que deveriam antes de se destinar, mais liberalmente, aos ministérios da Saúde, Educação e Agricultura, para a solução de problemas sociais angustiantes; da sobrevivência de regimes feudais de propriedade e exploração da
terra; da generalizada pobreza das populações carentes mesmo do alimento indispensável à sobrevivência; da injustiça na distribuição das riquezas, e da utilização destas para o cerceamento das liberdades essenciais; da inadequada exploração das nossas riquezas naturais, cujo aproveitamento não só deveríamos intensificar, como fazer revestir-se de significação social; do crescente empobrecimento do patrimônio nacional pela remessa para o exterior dos lucros, extraordinários auferidas em nosso país; da corrupção que tem campeado nos pleitos eleitorais, na prática policial (quer preventiva, quer corretiva), na previdência social, no preenchimento de cargos públicos, na aplicação dos recursos sindicais, etc. São ainda evidências daquela afirmação o tratamento meramente policial dado aos movimentos populares da cidade e do campo, que mereciam ser antes objetiva e carinhosamente estudados, para que viessem a ser orientados construtivamente para o bem geral, através do atendimento das suas justas reivindicações; como também aos movimentos de greve, que, se muitas vezes desvirtuados, se constituem, entretanto, num instrumento legítimo de reivindicação social e de preservação dos direitos dos trabalhadores, e que deveriam, por isso mesmo, ser objeto de uma cuidadosa regulamentação. Embora afirmemos ser a renovação do homem, mediante a transformação da personalidade, operada por Jesus. Visto, o fundamento básico sobre que terá de se alicerçar uma sociedade realmente nova, propugnamos também pela realização de reformas de base na vida nacional, de sorte a possibilitar à criatura a concretização de seus legítimos anseios terrenos. Por isso, preconizamos a promoção urgente de reformas tais como: a) reforma agrária, que venha atender às
reivindicações do homem do campo explorado; b) reforma eleitoral, que venha liquidar as circunstâncias que possibilitam e estimulamos nossos maus costumes políticos; c) reforma administrativa, que ponha termo ao nepotismo, ao filhotismo e à ineficiência tão generalizada quanto onerosa dos serviços públicos; d) reforma da previdência social, que venha pôr em funcionamento as nossas leis sociais com o pleno reconhecimento e o efetivo atendimento dos direitos dos que trabalham. Recomendação Final No cumprimento, pois, da missão profética que recebemos do Senhor, concitamos o Povo Batista Brasileiro a integrar-se cada vez mais no processo histórico da nossa nacionalidade, contribuindo para que o futuro corresponda aos desígnios de Deus para a nossa Pátria. Debrucemo-nos, portanto, sobre a realidade brasileira, procurando compreender-lhe os problemas, sentir-lhe as angústias, partilhando as suas dores. Busquemos nas Escrituras as soluções divinas para os problemas do homem. E, corajosamente, desfraldemos, em nome do Cristo, a bandeira da redenção total da criatura. Da redenção temporal e eterna do povo brasileiro! Pela Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, A Diretoria: Presidente – José dos Reis Pereira 1° Vice-Presidente – José Lins de Albuquerque 2° Vice-Presidente – Hélcio da Silva Lessa Secretário Geral – Tiago Nunes Lima 1° Secretário – Irland Pereira de Azevedo 2° Secretário – José dos Santos Filho Tesoureiro – Otávio Felipe Rosa Procurador – David Malta Nascimento Bibliotecário – Tércio Gomes Cunha Vitória, em 1963
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Caminhos da Mulher de Deus
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Zenilda Reggiani Cintra Pastora e jornalista, Taguatinga, DF
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uem já não sentiu um olhar de desprezo? Como uma água suja que nos atinge na rua assim é o olhar que pousa sobre nós muitas vezes em momentos inesperados. As razões podem ser bem diversificadas e tentam justificar o injustificável. Agar olhou assim para Sara porque ela tinha um filho de Abraão e ela não. Depois, Sara olhou com desprezo para Agar e seu filho Ismael porque ameaçavam a exclusividade da herança de Isaque; Os povos do deserto desprezaram os israelitas porque viam somente um povo em peregrinação desejando chegar a uma terra inconquistável; Hamã desprezou Mardoqueu porque ele recebeu a honra que ele julgava ser dele. Por causa disso achou que não bastava matá-lo, mas sim desejou exterminar todo um povo; Sambalate, Tobias e Gesem olharam com desprezo para Neemias e os demais que reconstruíam a cidade de Jerusalém, achando que eles é que tinham poder para determinar os rumos do povo de Deus;
O sacerdote Eli olhou com desprezo para Ana enquanto ela clamava e orava por um filho que viria a sucedê-lo e seria ainda profeta e juiz; Golias olhou assim. O alvo foi Davi, ainda um aprendiz na corte do rei Saul. Olhou com desprezo porque aos seus olhos era só um menino de boa aparência e não o escolhido de Deus e fez pouco caso dele; Abigail também olhou com desprezo para o rei Davi. Ela jamais poderia compreender uma pessoa que adorava ao Senhor com liberdade e temor diante da importância que era trazer a arca da aliança para o meio do povo de Israel; Os discípulos desprezaram as crianças que foram buscar a bênção de Jesus porque não acharam que elas eram dignas de tempo e atenção; Os mesmos discípulos desprezaram a mulher junto ao poço de Samaria por que quem era aquela mulher aos olhos deles e quem era aquele povo? Jesus “era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53:3); Quem somos nós para querermos ser mais do que Jesus?
ontinuando a considerar os dados levantados pelos pastores que responderam questionário, tanto em 2000, quanto em 2011, que foram publicados neste jornal em 11/08/2013, podemos hoje destacar outra faceta que nos preocupa e que tem a ver com o senso de realização e motivação no ministério. Dos que responderão temos que 65% se sentem incapazes para o exercício do ministério. Em 2000 tivemos o resultado de 61%. Compondo este quadro tivemos 14% que indicaram que o treinamento recebido no seminário pouco tem servido no exercício do ministério. Uma porcentagem não tão grande, considerando o primeiro índice indicado. Mas 30% (tanto em 2011, quanto em 2000) indicaram que se sentem mais inferiorizados hoje do que no passado e se pudessem voltar atrás mudariam muita coisa na vida. Mas uma porcentagem menor (10%) indicou que deixaria o ministério e procuraria outro meio de sobrevivência. E 28% indicaram que não tem desenvolvido perspectiva de vida para daqui cinco anos (em 2000 a porcentagem foi maior: 38%). Em todos estes dados temos em jogo a auto realização, a objetivação do ministério, bem como outros componentes tais como resiliência, estabelecimento de filosofia ou estratégias ministeriais. No campo da liderança, quando estudamos a pirâmide de Maslow que discute os níveis de motivação de um líder, descobrimos que os dois itens que estão no topo da pirâmide são “senso de realização” e “estima”. Isso indica que um líder motivado tem elevado nível de realização no que faz e tem elevado índice de autoestima. Uma das preocupações que temos tido em nossa Faculdade Teológica em São Paulo é
fornecer aos alunos a oportunidade de sua formação pessoal, não apenas acadêmica ou mesmo ministerial, pois entendemos que os níveis de exigência para o exercício do ministério são elevados. Aqui entra a formação afetiva (SENTIR) e do caráter (SER), mas também a formação nos relacionamentos (CONVIVER), de modo que, quando se formar e estiver ativamente envolvido no ministério, tenha condições de lidar com os conflitos naturais que surgem ao longo do tempo em seu trabalho. Os dilemas, desafios e problemas naturais ao exercício do ministério exigem muito mais do que apenas prática ministerial e conhecimento acadêmico. O ministro deve estar preparado para enfrentar estas situações sem que isso possa afetar sua vida pessoal, familiar, seu ânimo e estima própria. Isto é chamado de resiliência que é a capacidade de lidar com conflitos e tensões sem que isso possa minar a capacidade pessoal e de trabalho. Se o líder não age com resiliência, então o que ocorre é que chamamos de “burnout” que é a queima de energias e motivação sem a devida recuperação da capacidade de lidar com conflitos e estado de prontidão. Sem dúvida que a resiliência tem limites e pode acabar levando ao “burnout”. Temos notícias de pastores que tentam levar sozinhos seu ministério e acabam sofrendo. No levantamento de dados notou-se que 13% dos que responderam não têm amigos e 61% têm apenas de 1 a 5 amigos. Sempre me pergunto por que nós pastores temos menos amigos do que o necessário? Tenho incentivado cada turma de seminaristas a desenvolver amizade entre si de modo a continuarem se apoiando mesmo depois de formado. Formar um círculo de amigos (amigos mesmo) para orar juntos, aconselhamento
mútuo, comunhão e relacionamento entre as famílias, poderá ser muito saudável. Há colegas que desenvolvem amizade entre membros de igreja, mas nem sempre isso é possível e há colegas que até entendem isso como algo difícil em se manter, pois quando surgir algum impasse na igreja as confidências ocorridas na amizade podem acabar vindo à tona. Então o que é possível sugerir aos colegas? (1) Faça um levantamento objetivo de situações que lhe desmotivam, busque meios para encontrar respostas a estas situações, lembre-se que nem sempre os problemas são resolvidos numa só assentada; (2) Busque pelo menos um ou dois colegas próximos que possam iniciar periódicos encontros familiares de pastores para compartilharem e orarem juntos; (3) Sempre que possível abrir o coração para seu cônjuge compartilhando as coisas que lhe trazem tristeza e desânimo. Aqui vale o companheirismo; (4) Leia bons livros sobre como lidar com problemas e dificuldades; (5) Faça constante auto avaliação se você não tem sido a causa dos dilemas que você mesmo está enfrentando. Cuidado com seu temperamento, pois ele pode estar destemperando seu ministério; (7) Ao analisar as causas dos dilemas que enfrenta no ministério, procure lições que possa aprender para evitar situações semelhantes no futuro; (6) Fale com Deus aberta e diariamente em oração sobre estes assuntos e peça que ele intervenha em situações que você não pode controlar. “Não devemos orar por tempos fáceis, mas por líderes fortes de caráter. Não devemos orar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por poder igual às nossas tarefas” (Philip Brooks). (Veja a continuação na edição do dia 13/10)
o jornal batista – domingo, 22/09/13
missões nacionais
A agenda do Espírito Santo é a evangelização
E as pessoas que dirigem essas missões, congregações e igrejas. Onde o irmão tem buscado esses líderes?
Redação de Missões Nacionais
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os últimos anos temos visto muitos líderes abraçando a visão de multiplicação de igrejas como estratégia para o alcance de cidades inteiras para Cristo. O Espírito Santo tem soprado nestes corações, mostrando que a missão é urgente e, ao mesmo tempo, simples. O maior desafio parece ser começar, romper com antigos paradigmas para que a agenda da igreja passe a ser a agenda de Deus. O pastor Assis Xavier Borges, da Primeira Igreja Batista de Araruama, estado do Rio de Janeiro, fala sobre o importante momento de semeadura vivido em sua comunidade. Uma igreja em que antes havia pouco mais de 400 membros, após a implantação de uma cultura de plantação de igreja, passou a registrar em seu rol de membros mais de 900 pessoas, além de cinco outras igrejas organizadas, duas congregações e dois pontos de pregação. Tal feito vem da estratégia Uma Igreja em cada Bairro, projeto que dá vasão ao desejo de alcançar todo município de Araruama e, por que não, além.
Na verdade são pessoas que se identificam com os bairros. Podem ser leigos, diáconos, pastores auxiliares... Temos, graças a Deus, uma turma que realiza um excelente trabalho, que facilita o meu ministério. Quando a igreja se envolve, Deus levanta líderes também. Certa vez, sentimos a necessidade de músicos e tínhamos apenas dois que colocavam o teclado numa moto e percorriam todas as missões. Hoje temos uma escola de música com mais de 150 alunos sendo preparados. O aluno que manifesta o desejo de estudar para atuar na congregação, recebe um desconto de 50% na mensalidade, ou seja, a Igreja investe nele. Hoje temos bandas tocando em todas as congregações, músicos preparados na sede. Inevitavelmente, ser líder de uma igreja que deseja plantar igreja dá mais trabalho e precisa orar mais. Enfim, como tem sido o seu ministério como pastor líder de uma comunidade plantadora de igrejas?
Como surgiu essa visão do projeto Uma Igreja em cada Bairro? Vinha orando muito sobre como conquistar a cidade e, portanto, eu entendo que fica muito difícil uma igreja esperar que todos venham ao centro da cidade para participar do culto. Se a igreja quiser realmente alcançar a cidade, ela precisa ir à cidade. Por isso começamos a orar e Deus nos orientou. Por outro lado, fica difícil pastorear igrejas muito grandes, todo mundo centralizado num lugar só. Entendo que fica mais fácil se multiplicarmos o número de portas abertas e enviar os pastores para os bairros, permitindo que os membros da igreja que estão nos bairros fiquem lá. A igreja aceitou o desafio e deu total liberdade para que preparássemos essa estratégia. Então escrevemos o projeto e começamos a trabalhar.
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Quantas igrejas vocês já conseguiram plantar em Araruama? Quando começamos o projeto e conversei com a liderança, alguém disse: “Pastor, você vai dividir a igreja porque uma igreja no Centro é composta basicamente de crentes que moram nos bairros periféricos e se deslocam para o centro”. Mas eu disse para eles que Deus não trabalh a va c o m d ivisã o, m as com multiplicação. Então, quando começamos, pensamos em seis bairros de maior densidade demográfica. Porém, atualmente estamos pensando em doze
bairros. Desses doze, já organizamos cinco igrejas prósperas, que estão crescendo. No bairro Vila Capri, uma igreja que começou com 97 membros, já está com mais de 400 e é uma igreja que tem apenas quatro anos. Além das cinco igrejas, estamos com duas congregações e duas missões. Duas já têm condições de serem organizadas. Que reflexos essa cultura de plantação de igrejas trouxe à PIBA? Houve redução do número de membros ou queda financeira por conta dos investimentos?
Mesmo que a igreja tenha investido, comprado terrenos e construído templos, a experiência com missões diz que quanto mais nos envolvemos, mais crescemos. Quando começamos o projeto, tínhamos 408 membros, hoje temos cinco igrejas organizadas e chegamos a mais de 900 membros na sede. Jesus comparou a evangelização à pescaria. Então, se vamos pescar e, no nosso caso, criar peixes, precisamos de aquários. Por isso, vamos construir templos e preparar os aquários porque quem promove o crescimento da igreja é Ele.
Quando nos voltamos para a agenda de Deus fica mais fácil pastorear. Às vezes eu, com 34 anos de ministério, me senti preso numa agenda eclesiástica de comemoração de datas, eventos e programas que tomam todo o tempo. Só que aos poucos fui descobrindo que a agenda da igreja é a agenda do Espírito Santo e a agenda do Espírito Santo é a evangelização do mundo. Então, desde quando comecei a desenvolver discipulado e evangelização, está sendo mais fácil. Quando nos envolvemos e deixamos Deus realizar a vontade d’Ele, fica mais fácil. Confesso que eu ainda não me sinto realizado porque há muito a fazer. Para se ter uma ideia, as igrejas estão se unindo agora para que juntas possamos sair da cidade, levando o evangelho a outros municípios. Esperamos que a JMN nos oriente quanto a essas outras cidades.
Veja a entrevista na íntegra na edição missionária da revista Pregação & Pregadores que compõem o material da campanha de Missões Nacionais. No site www.missoesnacionais.org.br/campanha você também pode fazer download da revista e de todos os materiais da campanha.
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o jornal batista – domingo, 22/09/13
JBB com a mão na massa!
Redação da Juventude Batista Brasileira
T
notícias do brasil batista
wittar, postar, comentar, trabalhar, melhorar, comer, ligações, estudar, conversar, lembrar, ás vezes esquece, pequeno grupo, sorrir, dia tenso, dia leve. Já é sexta-feira... Cinema, boliche, rachar uma pizza, atividade da juventude, perguntas, dúvidas, resposta, ficar em casa, sair com os amigos e... domingo: culto, música, reflexão, mensagens de desafio, almoço em família, alguns tiram soneca a tarde e... segunda-feira. Essa juventude e sua vida corrida, cheia de compromissos e responsabilidades, o desafio de fazer alguma coisa diferente e vida que segue, não dá tempo para parar e pensar. Quase sempre a gente se pega assim, fazendo e pensando muitas coisas ao mesmo tempo e em alguns momentos um sentimento de dever não cumprido. Servir e cuidar do próximo, é isso que importa, pois é fruto do amor de Deus sobre todas as coisas. Como JBB, estamos em busca de se tornar cada vez mais a presença de Jesus na história, inspirando, motivando e encorajando nossos adolescentes e jovens a desfrutarem de uma fé comprometida e solidária. Em todos os projetos que desenvolvemos, nosso maior objetivo é sempre mexer com essa galera para que eles possam viver o Reino e anunciar o Rei do Reino. Queremos sempre mostrar que o Reino já está entre nós e nos leva para uma caminhada mais intensa com Deus e com o próximo.
Há muita coisa boa acontecendo, muitos jovens e adolescentes trabalhando e há lugar pra quem quiser se envolver. Tope o desafio e coloque a mão na massa. Em janeiro, você poderá se envolver em algum projeto que vamos apresentar:
Pés no Arado 2014 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). Assim tudo começou, no final do evangelho. Após os discípulos terem inúmeras experiências com Jesus, após Ele ter morrido e ressuscitado, eles são convocados a sair de onde estavam, a se mover e pregar o evangelho a toda criatura. A Juventude Batista Brasileira acredita que esta grande convocação ainda é feita nos dias de hoje, e que cada jovem é chamado a se mover em favor daqueles que não conhecem a notícia da nova aliança de Deus com o mundo, feito através de Jesus. Para que esta boa notícia seja espalhada por todo o Brasil, a JBB realiza todo ano o projeto “Pés no Arado” que é destinado a jovens batistas a partir de 18 anos. Cada ano o projeto acontece em um lugar diferente, e em 2014 o lugar escolhido foi Santa Catarina! Serão 10 dias (de 3 a 13 de janeiro) onde os jovens voluntários terão oportunidade de aprender, falar, ouvir, viver, demonstrar e experimentar o amor de Deus aos catarinenses. Nos primeiros dias, todos os voluntários ficarão juntos reunidos em um treinamento onde aprenderão sobre evangelismo pessoal, conceitos bíblicos de missão e terão momentos de oração e comunhão. Após
estes dias, os voluntários serão divididos em grupos menores que serão enviados para o local específico da missão. Neste local os voluntários terão oportunidade de botar em prática tudo o que aprenderam nos dias de treinamento. Junto com os voluntários será trabalhado o novo paradigma da missão da igreja, que deixa para trás o conceito de que o cristão é chamado somente para ganhar almas. Hoje, entendemos como juventude que o dever cristão além de cuidar do espiritual, também é cuidar da vida em todos os outros aspectos. Cremos que Deus pode nos usar como pescadores de homens, mas que Ele também pode nos usar para prover o “maná no deserto” ou mesmo a roupa para se vestir (do mesmo modo que Deus através da natureza provê para os lírios do campo). A criatividade que Deus dá é um grande meio que nossos voluntários usam para chegar ao coração das pessoas. Por isso, sempre temos um grande grupo de palhaços, bonecas, e malabaristas que usam todo seu talento e alegria para contagiar as crianças que encontramos. As atividades com essas crianças fazem dos dias no campo missionário mais alegres e divertidos, pois é impossível não aprender com a simplicidade das crianças e não ser tocado pelo sorriso sincero. O Pés no Arado é um projeto que tem como objetivo cumprir o grande chamado e aproveitar a disposição dos jovens para isso. O tema do projeto esse ano é “Pra você sorrir” e nós sabemos e queremos contar para todos, que Jesus é o motivo do melhor sorriso.
Teen Brasil 2014 Todo adolescente gosta de andar em “bando” e nós sabemos que é muito melhor para os adolescentes e para os pais, que esse “bando” seja cristão. É esse o objetivo do congresso de adolescentes da Juventude Batista Brasileira, o Teen Brasil: Proporcionar dias de amizade e comunhão junto com a galera. Esse ano, o tema trabalhado será “E quando juntos dá sempre certo”. O foco, previsível pelo tema, será a união e os relacionamentos, tanto com Deus, quanto com quem está a nossa volta. Sabemos que Deus, em sua multiforme graça, é um Deus que se manifesta através dos nossos relacionamentos. Assim sendo, podemos e devemos perceber a presença Divina em uma conversa, em uma brincadeira, em um abraço, e não só nos momentos de culto e oração. Deus é
um Deus que investe tanto em relacionamento, a ponto de se fazer homem para se relacionar melhor com a criação Dele mesmo! É esse Deus a quem vamos cultuar, nos aproximar e nos render nos dias do Teen. Percebemos que o amor que nos une vem de Deus. O amor é a junção daquilo que antes estava separado. O amor de Deus é a junção do homem e da cruz de Cristo que essencialmente conduz ao amor: à Deus e ao próximo. E todo relacionamento saudável vem desse amor. Nos dias 15 a 18 de janeiro, vamos contar com a presença do pastor Walter Júnior trazendo mais sobre a Palavra de Deus e nos ensinando sobre a comunhão. Também estarão conosco a Bruna e o Erik da PIB de Curitiba, que fazem esquetes no canal “Caia na Real” no YouTube. Não poderia faltar o pessoal que vai animar o Teen e promete não deixar ninguém parado: Os Locomotions! Em 2014, o Teen Brasil vai rolar em Serra Negra – São Paulo. O sítio, carinhosamente escolhido, foi a Pousada Estância Turística Rafaela, que conta com chalés para acomodação, piscina, campo de futebol e salão de jogos, além de uma grande área verde! Cremos que lá foi o lugar que Deus separou para tratar conosco mais intimamente sobre nosso relacionamento com Ele. No Teen Brasil não vai faltar risada, abraço, brincadeira, oração, diversão, comunhão, alegria, paz... Mas principalmente, não vai faltar a presença de Deus. Ele já está na frente dos preparos e planejamentos, porque juntos com Deus, sempre dá certo!
o jornal batista – domingo, 22/09/13
notícias do brasil batista
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Mais de 500 conversões atestam a qualidade da Trans no Mato Grosso do Sul Convenção Batista Sul-MatoGrossense
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eguindo os moldes da Junta de Missões Nacionais, a Coordenadoria de Missões Estaduais da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense (CBSM) realizou no mês de julho aTrans 2013 nas igrejas e missões do nosso estado. Muitos pastores aproveitaram para realizar a chamada Trans local, onde apenas voluntários da própria igreja se unem para evangelizar de forma sistematizada às ruas e nos bairros próximos aos templos batistas. Os trabalhos foram realizados pela Coordenadoria de Missões nas seguintes localidades: PIB do Cristo Redentor em Corumbá, Missão Batista Monte Sinai (missão da Terceira Igreja Batista em Corumbá) e Missão Batista na Vila Toscana (missão da Primeira Igreja Batista em Dourados). A Coordenadoria de Missões Estaduais auxiliou ainda o projeto na Quarta Igreja Batista em Corumbá. A Associação das Igrejas Batistas do Leste de MS realizou TRANS na Pri-
Fotos: Divulgação CBSM
meira Igreja Batista em Santa Rita do Pardo. Além destas, as seguintes igrejas realizaram a Trans local: Igreja Batista do Centenário em Corumbá, Primeira Igreja Batista em Nioaque e possivelmente outras que não chegaram ao nosso conhecimento. União e comunhão “As igrejas batistas do estado de Mato Grosso do Sul já perceberam alguns benefícios claros às nossas ovelhas e por consequência aos ministérios de nosso estado”, afirma o pastor Paulo José da Silva, coordenador do Pólo 2 de Missões Estaduais. Ele destaca ainda que “as pessoas que participam da Trans se tornam pessoas capacitadas para a evangelização, diminuem ou perdem totalmente a timidez, aprendem a fazer eventos evangelísticos como EBF, KidsGames entre outras capacitações que acontecem durante o projeto”. Ainda conforme pastor Paulo, outro benefício claramente observado pelos pastores e líderes que já envolveram seus membros na Trans é a união, comunhão e coragem que
Todos os inscritos na TRANS em Corumbá
são realçados nos “amarelinhos”, as pessoas envolvidas fortalecem e alicerçam sua fé de forma surpreendente. “A semente tem sido plantada, em outros tempos regada, e aguardamos que Deus dê o crescimento às nossas igrejas e missões” completa pastor Paulo. O Projeto JESUS TRANSforma tem levado todos os anos o precioso nome de Jesus a
Alcançados em 2012 fazendo a obra em 2013
Foto: Coordenadoria de Missões
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m 2012, sob a coordenação do pastor Marcelo Oliveira da Silva, hoje pastor da PIB em Mundo Novo, foi realizada a Trans em Corumbá e uma das frentes foi a Terceira Igreja Batista. Vem de lá a linda história da família Cândido. A família Cândido foi visitada pelos irmãos da TIB em Corumbá durante a realização da Trans 2012 em seu lar e aceitou fazer o estudo da Palavra de Deus. Logo começaram a ir à igreja e durante os estudos entregaram suas vidas a Jesus. Pai, mãe, filho e filha começaram imediatamente a participar dos trabalhos na igreja em Corumbá. Em março deste ano, Jean Ramos Cândido, pai; Eledir Silva de Oliveira Cândido, mãe; Talia Silva de Oliveira Cândido, filha; Thierry de Oliveira Cândido, filho; desceram as águas do batismo e se tornaram membros da TIB em Corumbá. A família que desde a última Trans tem buscado ao Senhor para dirigir as suas vidas e tem entregue diante de Deus os seus caminhos decidiu então que, sem demora deveriam também falar de Jesus a outros que estão longe da luz de Cristo. A família toda – pai, mãe e filhos – se inscreveram na
milhares de casas de nosso estado. Alcançamos lugares onde os batistas ainda não tinham se instalado como na Vila Toscana em Dourados. Apresentamos Jesus em casas que nos receberam mau, mas também em muitas casas que abriram prontamente as portas para o estudo da Palavra de Deus. Falamos de Jesus a milhares de crianças através das EBF’s ou Kids Games, onde elas ouviram de um Jesus que pode mudar a história das suas vidas. Estivemos em bairros carentes, classe média e até nos lugares mais nobres de nossas cidades. “O uniforme amarelo já é conhecido no país todo e sempre encontramos pessoas que nos param nas ruas, via-
jando de férias nos encontram e comentam que conhecem o projeto ou já participaram em anos passados, além disso este conhecimento facilita a recepção por parte das pessoas que abrem suas casas. Uma estratégia simples que tomou um corpo talvez inimaginável”, comenta pastor Paulo José da Silva. Por isso nosso convite para que você possa fazer parte deste grupo nos próximos projetos, conclame sua igreja a participar deste evento e faça com que pessoas que você jamais imaginou também caminhem de casa em casa levando a preciosa semente do evangelho de Cristo, fazendo com que o crescimento do Reino seja visto por todos em nosso estado.
TESTEMUNHOS DA TRANS 2013
O filhoThierry, a mãe Eledir, pastor Paulo, o pai Jean e a filhaTalia
Trans 2013 para trabalhar durante 15 dias na Missão Batista Monte Sinai em Corumbá. O pai mesmo tendo que atuar no seu trabalho secular, esteve presente em todos os momentos que o trabalho lhe permitia e os demais membros da família estiveram sempre presentes. Como foi maravilhoso ver e ouvir a irmã Eledir preocupada em ganhar almas, querendo que seus parentes, amigos, vizinhos e moradores da Vila Guarani, bairro onde está localizado a Missão Batista Monte Sinai, onde ela trabalhou, possam se achegar a Deus e mudar os rumos de suas histórias como Deus mudou a história dela e
de sua família. Esta linda história vem se repetindo dezenas e dezenas de vezes e esperamos que ela possa continuar em nossas igrejas seja através da Trans ou de outros projetos evangelísticos. Que Deus nos permita ganhar almas para que estas possam ganhar outras almas e assim sucessivamente até povoarmos os céus com aqueles que hão de se salvar. “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” (João 15.16).
Havia um homem que um dia Deus procurou para colocar algo em suas mãos. Por ser sua primeira vez, ficou muito temeroso. Entretanto ele se lembrou de Lucas 5, que narra a história de Pedro, um homem que depois de trabalhar muito e não conquistar grandes resultados, decidiu ouvir a voz de Jesus e fez aquilo que Ele lhe ordenara. Esse homem sou eu. Eu achava que devia confiar em minhas ferramentas, mas estava com medo, com frio, cansado, exaurido, mas com a imensa satisfação narrada em Isaías 53, tendo a certeza de que a semente foi plantada. Concluímos estes 15 dias acreditando muito mais naquilo que Deus pode fazer por nós e conosco e mais ainda através de nós. A PIB do Cristo Redentor está preparada para dar continuidade aos estudos, às ministrações e cremos que as almas se achegarão ao aprisco do Senhor. Gerson Cortes – Obreiro da Igreja PIB doCristo Redentor Percebemos o quanto Deus abençoou nossa igreja. Através da TRANS conquistamos união, coragem e força, características que precisam ser vivenciadas diária e intensamente, o que acontece naturalmente nos dias do projeto. Evangelizamos nas feiras, nos semáforos, fizemos senso religioso e estudos bíblicos, mas algo nos surpreendeu. Nossa cidade tem um número gigantesco de pessoas que já foram membros de uma igreja evangélica, mas estão afastadas e não participam mais de nenhuma igreja evangélica, já estiveram na casa do Pai e agora estão distantes. Isso mexeu com nosso coração e nos despertou a trabalharmos para trazê-los de volta aos braços do Pai. Percebemos a necessidade de fazer a TRANS em nossa igreja não apenas 15 dias por ano, mas o tempo todo. A Igreja Batista do Centenário realizou os trabalhos exclusivamente com pessoas da própria igreja o que nos fez entender que podemos sim, fazer esta linda obra. Jovem inscrita na TRANS Igreja Batista do Centenário
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notícias do brasil batista
Congresso com Comunidade de Nilópolis marca 100 anos da Juventude PIB de Aracaju
Foto: Comunicação PIBA
Amanda Neuman Comunicação da Convenção Batista Sergipana
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é. Purificação. Consciência. Corpo. Foi com base nessas quatro palavras que a Juventude PIBA (Primeira Igreja Batista de Aracaju) realizou um Congresso todo especial para comemorar seus 100 anos de existência. O evento, que teve início na sexta, 23, e se estendeu até o domingo, 25, ainda contou com um show de celebração, no Estádio João Hora, na noite do sábado, 24. Na programação constaram cultos de louvor, pregação da palavra e oficinas variadas com temáticas que envolviam as palavras citadas anteriormente. “É uma alegria poder fazer parte disso tudo. Tenho certeza de que Deus falará muito aos nossos corações e renovará a nossa fé durante esses dias”, declarou o jovem Eli Azevedo, líder da juventude da Igreja. Além dele, outros jovens organizaram o evento e fizeram questão
de comparecer nos dias de realização. A juventude da PIB de Aracaju participou em massa e ainda trouxe jovens de fora para se unirem nos dias de festa. Quem veio de fora, portanto, para dar brilho à programação e louvar ao Senhor junto com os sergi-
panos foi a Comunidade de Nilópolis que, animada, embalou com novos e consagrados sucessos os três dias de Congresso. “É sempre uma alegria vir a Sergipe e, por isso, nós voltamos aqui mais uma vez. Espero ver vocês animados até o fim do Congresso, serão três dias
intensos e de muita alegria na presença do Senhor”, disse o pastor Marcus Vinícius, vocalista da Comunidade, ao público jovem que encheu o templo da Igreja no culto de abertura. Sem dúvida, o ponto alto do evento foi o show de celebração realizado na noite
do sábado, 24, no Estádio João Hora. Na ocasião se apresentaram o Ministério Filhos da Promessa, Amanda Neuman e Comunidade de Nilópolis. Uma noite que ficará marcada na história da Juventude PIBA, uma história que, certamente, não para por aqui.
o jornal batista – domingo, 22/09/13
missões mundiais
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Doe Esperança: Natal solidário 2013 ja Galán), África do Sul (uniMarcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais dade Soweto), Senegal (unidade Mbour), Cabo Verde rianças precisam de (unidade Praia), Moçambique proteção, cuidado, (unidades Incais, Messano e saúde e educação, Chamba) e, ainda, para as itens importantes meninas do projeto Jeevan para que tenham um futuro de Sach (Sul da Ásia). Escolha um destes grupos de boa qualidade. Responsável por levar Cristo ao mundo, mo- crianças, elabore sua mensativada pelo maior de todos os gem de esperança e envie até sentimentos, o amor de Cristo, o dia 30 de novembro para o Missões Mundiais mobiliza os e-mail doeesperanca@jmm. brasileiros, pelo segundo Natal org.br, através da página faceconsecutivo, a doarem mensa- book.com/MissoesMundiais gens de esperança às crianças ou pelo Twitter, com a hashtag do PEPE (programa socioedu- #DoeEsperanca. Não esqueça cativo) e, a partir desta edição, de informar seu nome, igreja, também aos pequeninos aten- cidade e estado. Para mais indidos pelo POPE (Programa formações, acesse o site www. de Odontologia Preventiva e doeesperanca.org.br. Além de mensagens, você Educativa) e Jeevan Sach (assistência a meninas vítimas de pode alegrar as crianças desexploração sexual no Sul da tes projetos com ofertas em dinheiro para a compra de Ásia). O sucesso da campanha materiais e, no caso espeDoe Esperança, em 2012, cífico do POPE, enviando com centenas de pessoas en- creme e escova dental, além viando suas mensagens para de toalhinhas. pepitos de São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Paraguai e Saiba mais sobre estes projetos Haiti, beneficiou crianças de PEPE comunidades extremamente O programa socioeducatipobres. Na edição 2013, você pode enviar sua mensa- vo promovido por Missões gem de carinho e esperança Mundiais desde 2001 leva o através de desenhos, textos, Evangelho de Cristo a crianáudio ou vídeo para crianças ças e seus familiares através atendidas pelo PEPE e POPE da educação. Hoje, o PEPE de El Salvador (unidade Para- está presente em mais de 20
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países, em parceria com igrejas locais, atendendo mais de nove mil crianças. Ainda em 2013, Missões Mundiais espera ver o PEPE avançar ainda mais na África, chegando a Botsuana, Guiné Equatorial, Libéria e Gâmbia. Na América Latina, as negociações apontam para a abertura das primeiras unidades do PEPE no México, na Guatemala e na Venezuela. POPE O Programa de Odontologia Preventiva e Educativa manifesta o amor de Deus através da prevenção de cáries em crianças entre 5 e 12 anos de idade. O POPE é desenvolvido em parceria com o PEPE. O atendimento é uma ponte para os dentistas missionários chegarem às famílias destas crianças com a mensagem que leva alegria e propõe transformação de vida através das boas novas. JEEVAN SACH Este programa desenvolvido no Sul da Ásia tem como objetivo abrigar meninas de 5 a 12 anos, recolhidas de áreas de prostituição por autoridades locais. As primeiras meninas chegaram à casa do projeto em julho. No espaço administrado por um casal
missionário da JMM, elas aprendem a viver a realidade de uma família, tendo acesso à escola, hospital, lazer e, principalmente, à Palavra de Deus. O projeto luta para manter essas meninas longe dos riscos da prostituição, da miséria e de doenças. Necessidades Específicas PEPE El Salvador (unidade Paraja Galán): inserida em uma comunidade de pobreza extrema, as salas de aula precisam de mesas e cadeiras. PEPE África do Sul (unidade Soweto): são necessárias melhorias das condições do espaço, livros infantis e materiais escolares. PEPE Senegal (unidade Mbour): precisa de uma biblioteca infantil. Cada livro custa entre 6 e 10 dólares.
PEPE Cabo Verde (unidade Praia): está fechada por falta de mobiliário e materiais. A maior necessidade para a sua reabertura é de 10 mesas e 40 cadeiras escolares. PEPE Moçambique (unidades Incais, Messano e Chamba): as três unidades necessitam da construção de salas de aula. Jeevan Sach: precisa de mantenedores mensais. Como doar: Para doação de material para o POPE, cartas e outros itens para a campanha Doe Esperança, envie para o endereço: Rua Sergipe, 47, Maracanã, Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20.271-310. Para ofertas em dinheiro, ligue para a nossa Central de Atendimento: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800709-1900 (demais localidades).
Leste Europeu desperta para Missões Mundiais
Anatoliy Shmilikhovskyy Missionário da JMM na Ucrânia
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eu período de estudos no Brasil foi de 1998 a 2004, época que passei no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife/PE, com base na Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem. Minha formação teológica e missiológica aconteceu justamente no campo pernambucano. No entanto, o ponto chave em tudo aquilo que Deus fazia comigo no Brasil foi o primeiro Proclamai, congresso missionário realizado em 2001 pela JMM no Rio de Janeiro. Aquele evento, com palavras e testemunhos excepcionais, deixou marcas muito profundas em minha vida como missionário. Eu mantenho até hoje muitas decisões que tomei naquela ocasião. Quando eu estava lá com os também hoje missionários Lyubomyr Matveyev e Nataliya Pyrih, nosso sonho foi ver algo parecido na
Proclamai, da JMM, inspirou Fórum Missionário na Ucrânia
Ucrânia. Sonhávamos que a igreja ucraniana, seguindo o exemplo da igreja brasileira, também teria fervor por Missões. Em março de 2004, voltamos à Ucrânia com um único intuito: ajudar a igreja do país a se tornar missionária. Em outubro daquele ano, realizamos na cidade de Lviv o primeiro Proclamai, com participação de mil crentes. Ali nós apresentamos pela primeira vez às igrejas ucranianas uma visão detalhada de como tornar uma igreja
missionária. Quanta oposição enfrentamos naquele momento! Havia os que diziam: “Temos muitos problemas dentro da igreja, não temos recursos para investir fora”. Ou diziam também: “Você está roubando a melhor juventude de nossa igreja para Missões”. Cheguei inclusive a ouvir: “Você está construindo seu próprio império”, entre tantas outras acusações e ataques. Mas pela graça de Deus, o trabalho cresceu e nós sobrevivemos.
Vários novos projetos foram plantados dentro e fora da cidade. Com o tempo, as igrejas começaram a crescer, e pessoas foram batizadas. Nós conseguimos mostrar que a igreja deve estar focada não em seus problemas, mas na realização da visão que Deus nos deu. Assim, o que esperávamos há mais de três anos aconteceu no final de agosto, o primeiro Fórum Missionário Nacional Ucraniano, que reuniu 3 mil batistas. Pela primeira vez, a igreja aqui começou a pensar séria e sistematicamente sobre seu papel na obra de Missões no mundo. Sim, isso é uma vitória que pode vir somente de Deus. Um grupo de irmãos da convenção batista ucraniana organizou o Fórum Missionário, mas a ideia principal veio do Brasil, e o Proclamai em Lviv serviu de base para o congresso deste ano – até o tema e a divisa foram aproveitados, assim como muitos outros materiais. Não quero falar de mérito, mas quero mostrar que Deus
está soprando seu vento de Missões sobre terras ucranianas, pois no Fórum nós ouvimos que os ucranianos já estão presentes em 20 países, entre eles nações africanas, muçulmanas da Janela 10/40, Oceania, entre outros. Eis o mover que Deus está levantando agora aqui. Não sei o que esperar do futuro, pois atualmente há problemas, desafios, política. Mas sei de uma coisa: a palavra “missionário” não soa mais para um crente ucraniano como “estrangeiro”. Finalmente, a palavra “nós” tem sido incluída em um time chamado Missões Mundiais. Os ucranianos começaram a chorar por Missões também. Como isso nos alegra! Por favor, continue orando para que o fervor por Missões cresça ainda mais aqui, para que muitos outros homens e mulheres ucranianos, seguindo o exemplo dos batistas brasileiros, abracem a obra missionária no mundo, que ainda é tão carente de trabalhadores. Que o Senhor de Missões abençoe todos nós.
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Batistas da Grande Curitiba realizam um dos maiores workshops de música da sua história
Pr. Dorgival Lima Pereira Coordenador Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba
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o último dia 31 de agosto a Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba (BGC) realizou seu 1º Workshop de Música, contando com o total apoio da Igreja Batista Sião, que o sediou, Igreja Batista do Cajurú (cedendo Pr. Maico Sant´Anna), Igreja Batista Resgate (cedendo Pr. João Camargo Júnior), Banda Gospel Recall e do Coral Gospel de Curitiba. Foram 280 inscritos, representando 38 igrejas batistas e 2 igrejas de outras denominações convidadas. Foram realizados no total 8 oficinas instrumentais, de sonorização e de vocal e ministração, visando o aperfeiçoamento dos ministros de louvor e membros das equipes de louvor das diversas Igrejas Batistas de nossa Associação. Contamos com a participação de vários pastores e músicos, dentre eles o Pr. João Camargo Júnior, pastor da IB Resgate, que abriu o evento com uma edificante palestra sobre “A Importância da Música e do Louvor na Adoração, com uma Teologia Saudável dos Cânticos”. Também destacamos a participação do Pr. Maico Sant’Anna, pastor de música na Igreja Batista do Cajuru que ministrou a oficina de
Vocal e Ministração e contou com o maior número de inscritos: 130 participantes. As demais oficinas individualizadas foram ministradas por experientes músicos cristãos e profissionais da música gospel de nossa capital: Teclado: Misael; Guitarra/Violão – conjunto: Rogério Proença; Baixo e contra-baixo: Tulio Couto; Bateria: Netto; Violão: Mauri Toniolo; Guitarra: Rogério Proença e Sonorização: Geodinei – IB Sião. O evento aconteceu durante todo o dia, iniciando às 09 horas e encerrando-se as 17h30 com uma prática coletiva de banda, que premiou o trabalho dos instrutores e a aprendizagem dos participantes. À noite, a partir das 19h, todos participaram do culto de louvor “2º AdoraSião”, que tem sido realizado pela Igreja Batista de Sião como uma oportunidade de interação e comunhão de todos os ministros e membros das equipes de louvor das igrejas batistas convidadas, onde juntos adoram a Deus através da música. Foi uma grande bênção! O culto iniciou com um período de louvor da equipe formada pelos preletores, sob a ministração do pastor João Camargo Júnior, que conduziu aproximadamente 500 pessoas presentes ao louvor e adoração ao Único que é digno de toda honra e todo o louvor: o Senhor Jesus. Finalizando o “2º AdoraSião”, todos foram
muito abençoados com a apresentação perfeita do Coral Gospel de Curitiba que a todos emocionou com hinos e cânticos inspirados que falaram e muito ao coração de todos os presentes. A realização deste evento era um antigo sonho do Coordenador da BGC, Pr. Dorgival Lima, que avaliou o resultado como excelente,
diante da grande e surpreendente adesão e qualidade dos preletores. O pastor Jean Garcia Cesar, presidente em exercício da BGC e o pastor José Soares, do corpo de pastores da Igreja Batista de Sião, foram fundamentais no apoio e organização do evento nas dependências da Igreja que lideram. Devido ao excelente resultado, a
BGC e a Igreja Batista Sião agendaram o 2º Workshop de Música para o dia 20 de setembro de 2014, quando todos nos encontraremos para mais uma oportunidade de crescimento e edificação do corpo de Cristo, através da música que alimenta e nutre a alma dos verdadeiros adoradores. Que assim Deus nos abençoe.
38 anos da MCA da PIB em Mairiporã Foto: Nelson Boni
Cleriston Pereira do Valle Secretário da PIB Mairiporã
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oi com uma grande festa que a MCA (organização: Mulher Cristã em Ação) comemorou na Primeira Igreja Batista em Mairiporã no Estado de São Paulo, seus 38 anos trabalhando, evangelizando e contribuindo com a causa do Senhor. A MCA da Primeira Igreja Batista em Mairiporã é uma organização de mulheres de oração, onde temos irmãs que trabalham no ministério Débora, realizando orações todas as quartas feiras para os filhos. As irmãs também tem
trabalho em confraternização e ensino de tricô, crochê, reciclagem, entre outros todas às terças feiras. Uma das irmãs é missionária nos presídios da região, ganhando almas para Cristo. Esta organização de Mulheres Cristãs é um orgulho para
a PIB Mairiporã, e toda a Igreja participou do culto em comemoração aos 38 anos de trabalho ininterruptos desta brilhante organização. Que Deus abençoe ricamente as mulheres cristãs de todas as igrejas.
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sta é uma afirmação do Dr. John Piper. Concordo plenamente. A obra de missões existe para levar o evangelho onde a adoração não existe. O Deus Missionário é o Deus que deve ser adorado sempre. A tarefa missionária existe enquanto Jesus não volta (Mt 24.14), mas a adoração continua no céu. Adorar a Deus é tributá-lo como Senhor, Soberano, Majestoso, que está num alto e sublime trono. O profeta Isaias, no seu chamado, teve a visão da Majestade de Deus (Is 6.1-8). O interessante aqui é que ele adorou a Deus nos versículos 1 a 7, onde houve a revelação clara do Senhor, uma consciência de pecado do profeta e a sua purificação realizada por Yahweh. No versículo 8, o profeta Isaias tem o seu chamado definido e atende o desafio do Senhor, a missão de anunciar a Sua mensagem ao mundo. A mensagem do Senhor, de que Ele deve ser adorado. A obra de missões é real porque adoração NÃO existe. Jesus ensinou a Seus discípulos a adorar a Deus em espírito
e em verdade (João 4.24). A mensagem central de missões é que o homem deve adorar a Deus por meio de Jesus Cristo. Isto será feito a partir da experiência do novo nascimento. O regenerado que recebeu a mensagem de transformação pela via missionária, tem prazer em adorar o autor da sua salvação. O Salmo 67 ensina que todos os povos devem louvar, agradecer e adorar a Deus e eles o farão por meio de Cristo Jesus, o Salvador. Aqui se encontra a centralidade da obra de missões que é levar a mensagem do evangelho para que o homem, transformado, possa adorar Àquele que o resgatou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Deus promoveu a reconciliação do homem consigo por meio da obra de Cristo na cruz (II Co 5.18-20). A consciência de que somos adoradores deve nos levar à práxis da missio Dei. Temos de Deus a responsabilidade de proclamar todo o evangelho ao mundo todo para que tenhamos mais adoradores (Mc 16.15; At 1.8). Esta responsabilidade surge do nosso com-
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promisso com toda a vontade de Deus revelada na Pessoa de Cristo. O evangelho é a boa notícia de que Deus nos amou de maneira tão forte, tão intensa e inigualável, que deu o Seu Filho por nós na cruz. Uma pessoa transformada pela iniciativa de Deus está comprometida com a adoração. Esta é a gênese de tudo o que fazemos para Deus. Missionar é levar a mensagem que torna o homem um adorador a partir do ensino de Cristo nos evangelhos. A nossa missão fundamental é adorarmos um Deus de amor inigualável e insubstituível. Realizamos missões porque adoramos a Deus e para que outros povos o façam também. Adoração não é efeito, mas causa. Aqui está o princípio fundamental e motivador do nosso compromisso com missões. A verdade de Deus anunciada pela prática missionária deve gerar uma adoração verdadeira, espiritual, motivada por quem Deus é. Nós existimos porque Deus é. A tarefa missionária existe para que a adoração seja a essência do nosso relacionamento
com o Senhor e os povos creiam nesta verdade. Os missionários, os investidores (de oração e recursos) e os administradores de missões devem ter a consciência da adoração fundamentada na Palavra. O Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16). A obra missionária testifica que é fruto de uma vocação para a adoração genuína. A nossa consciência de adoração nos permite ver a nossa incapacidade, a majestade do Senhor, a necessidade dos povos e a disponibilidade de irmos ao encontro deles. Abrão tomou posse da terra que o Senhor lhe havia dado. A primeira coisa que ele fez foi levantar um altar ao Senhor (Gn 12.7). A promessa da conquista tinha um princípio subjacente: a adoração. Todo o substrato da práxis missionária aponta para a necessidade de adoração ao Senhor que é dono dos céus e da terra (Sl 24.1,2). Os servos que adoram realizam a obra do Senhor que deve ser adorado sempre e em todo o lugar.
Então, a obra de missões existe porque a adoração não existe. A nossa motivação e o nosso objetivo de proclamarmos ao mundo a salvação de Deus é a adoração. O Senhor tem prazer naqueles que o buscam de todo o coração. Ele tem prazer naqueles que O honram, que O amam de todo o coração, alma e entendimento e com todas as forças. Vale dizer que o ser para Deus precede o fazer para Ele. Adorar a Deus sinceramente é considera-lo como prioridade. Todo o nosso esforço missionário deve ser precedido pelo nosso prazer em adorar, reconhecer e tributar a Deus a honra, a glória, o louvor, a sabedoria pelos séculos dos séculos e levarmos este princípio aos povos que não sabem o que é adoração. Aprecio muito o hino de adoração que Paulo deixou para nós em Romanos 11.33-36, especialmente o versículo 36: “Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A Ele seja a glória eternamente! Amém”. A nossa visão e a nossa prática missionárias dependerão do nosso tributo ao Senhor.
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ponto de vista
EUA x Síria e seus aliados
Sâmia Missionária da JMM no Oriente Médio
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a edição do OJB nº 22 de 02 de junho de 2013 foi publicado um artigo mostrando as nuances políticas, religiosas e econômicas do conflito sírio. Para uma compreensão mais aprofundada vale a pena reler este material. Nosso objetivo aqui será apenas apresentar uma breve reflexão sobre os desdobramentos do uso de armas química na Síria, em 21 de agosto, e a reação norte-americana na declaração Guerra contra o Governo deste país. Queremos ressaltar que a atual situação da Síria não é de fácil solução, uma vez que o país se encontra dividido entre a liderança do Presidente Bashar Al-Assad e as diversas milícias de oposição. As notícias que correm na internet são desde um possível acordo entre EUA e Rússia mediando o ataque dos americanos na Síria, até uma previsão de estarmos à beira da Terceira Guerra Mundial. Num certo sentido podemos dizer que neste momento tudo é possível! A guerra civil da Síria já ultrapassou suas fronteiras e se mostra como um provável conflito regional entre os países xiitas pró-Assad e os sunitas alinhados com o Ocidente. Mas também poderá tornar-se para um conflito internacional de proporções ainda maiores envolvendo as grandes potências. Caso a Rússia insista em se posicionar contra os Estados Unidos, as consequências são inimagináveis. Além disso, certamente envolverá a China, Irã e possivelmente a “quieta” Coréia do Norte, que finalmente poderá mostrar ao mundo todo poderio de seu arsenal bélico. Por isso é muito importante que haja um rápido acordo conciliatório entre a Rússia e os EUA na crise da Síria. Vamos passo a passo! Em dois anos de conflito interno sírio foram 100 mil vítimas fatais e mais de 2 milhões de refugiados espalhados principalmente entre a Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito. Segundo estatística da ONU uma média de 5 mil sírios fogem da guerra a cada dia. Os Governos que recebem estes refugiados temem uma instabilidade econômica sem precedentes na História. Em países como a Jordânia, segundo a receber o maior número de refugiados, a gravidade está no fato de que não haverá água ou suprimento dos recursos bási-
cos para tanta gente. A ajuda humanitária da Comunidade Internacional precisa ser imediata, pois até agora chegou somente menos de 50% do valor solicitado pela ONU. Além disso, também há o temor de ataques terroristas nestes países visando desestabilizar a segurança interna de todos que apoiam os EUA. A ONU insiste que a situação da Síria deve ser analisada com mais calma, pois um ataque neste país poderá provocar desdobramentos catastróficos para o futuro. O presidente Obama quer um ataque para breve, usando o discurso de ser imoral o uso de armas químicas contra vidas de civis indefesos, contudo nenhuma de suas provas foi apresentada à mídia até este momento. Pelo tempo que a Síria está em crise, já era para ONU ter numa solução rápida, mas a questão diplomática tem esbarrado impasses políticos e quem paga a conta é o sofrido povo sírio. Atacar a Síria causaria uma onda de retaliações em toda região. Analisemos panoramicamente a posição de cada país envolvido:
proteger os interesses dos israelenses. A fala seria mais ou menos de que os EUA não podem se intrometer nos assuntos árabes, ainda que não apoiem totalmente as ações de Bashar. Além disso, outras milícias palestinas como: Jihad Islâmica ou a Frente Popular para a Libertação da Palestina (PLFP) poderiam retaliar bombardeando Israel, uma vez que são simpatizantes do Presidente Assad.
Canadá: Apoiará os Estados Unidos, mesmo se o Conselho de Segurança da ONU der voto contrário a uma intervenção militar na Síria. O país é pró-Israel e está disposto a lutar em favor do povo judeu em caso de ataque iraniano. Israel: Sem sombra de dúvidas é o maior aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio. Porém vem se mantendo em silêncio sobre o ataque ao regime de Bashar neste momento, apesar de criticarem a hesitação de Obama no conflito sírio, não por solidariedade ao ditador Assad, mas por temerem que rebeldes ligados a Al-Qaeda se fortaleçam e iniciem ações terroristas em seu território.
Iraque: O Governo xiita do Iraque é aliado do regime Assad. Seu espaço aéreo está aberto para o Irã levar suprimentos e carregamentos para o Exército sírio. Além de fornecerem diesel, diversos tipos de munições e armamentos bélicos. A Guerra da Síria já ultrapassou a fronteira Turquia: O Primeiro-miiraquiana na luta contra os rebeldes deixando vítimas nistro turco Recep Tayyip Erdogan declarou que a Turfatais neste país. quia está convencida que Rússia: Aliada do Governo o Governo de Assad usou sírio por questões políticas e armas químicas contra seu econômicas. Recentemente próprio povo, e defende uma sediou a reunião dos G20. intervenção militar no país Vem tentando discutir uma ao lado de seu aliado nortesolução diplomática para -americano. Vale lembrar situação da Síria. Mesmo que a Turquia é de maioria assim, já tem navios e subma- sunita, portanto não alinhado rinos militares no Mediterrâ- com o Governo xiita sírio. ALIADOS DA SÍRIA Irã: O aiatolá Ali Khamenei neo caso haja necessidade de Além disso, vem treinando (supremo líder religioso do uma ação defensiva a favor militarmente rebeldes na luta contra Assad. Irã) é um aliado fortíssimo da de Damasco. Síria. Neste caso, o apoio não Jordânia: O Reino HascheChina: Fará de tudo para é só político, mas de fundo religioso, uma vez que am- acalmar os ânimos, mas será mita (da Jordânia) já colocou bos são da linha xiita do Islã. imparcial se tiver que se posi- a sua Força Aérea em estado Embora o novo presidente cionar a favor da Síria! Ainda de alerta máximo para um eleito (Hassan Rohani) seja que não queira esta guerra. possível ataque da Síria no de linha moderada e aberta Neste momento a mídia no- país. A Jordânia tem sido um ao diálogo, quem na verdade ticia que a China já posiciona canal de entrega de armaexerce poder é o aiatolá. A alguns navios na costa da Sí- mentos aos rebeldes sírios e linha política desta liderança ria como observadora, porém uma base para os militares está equipada com mísseis. norte-americanos. Além disé anti-Israel e anti-EUA. Damasco conta com um so- so, as notícias falam de 300 Líbano (Hesbollah): Não fisticado sistema de radar rebeldes sírios já treinados no país para lutarem contra podemos dizer que o país fornecido pela China. o Governo de Bashar, 50 como um todo apoia o PreTalvez até a Coreia do Nor- combatentes da CIA infiltrasidente Bashar, uma vez que os muçulmanos do Líbano es- te: Apesar das sanções inter- dos recentemente na Síria via tão divididos em sua maioria nacionais para este país, conti- Jordânia, 900 soldados ameentre sunitas e xiitas. O grupo nuam vendendo armamentos ricanos posicionados com radical Hesbollah é xiita e para a Síria. Isso quer dizer, caças F-16 e duas baterias de apoia incondicionalmente que possivelmente poderá mísseis Patriot. Ainda assim, Bashar Al-Assad, porém li- se posicionar nesta Guerra, as declarações do primeirobaneses de linha sunita vem com risco até de uso de armas -ministro, Abdullah Ensur, lutando ao lado da oposição nucleares segundo alguns são de que seu país não irá partir para guerra. Segundo analistas internacionais. do Governo sírio. o vice-ministro das relações exteriores da Síria, Faisal ALIADOS DOS EUA Palestina: Os palestinos Reino Unido: Mesmo com Al-Mikdad, se a Turquia e alertam que a Guerra dos EUA contra Síria poderá ser empenho do Primeiro-Minis- a Jordânia participarem das um estopim para um conflito tro David Cameron em aliar- ações militares ao lado dos ainda maior. O Hamas é suni- -se restritamente aos EUA no EUA, também serão alvos dos ta e não alinhado com Bashar ataque contra a Síria, não ataques por Damasco. (xiita), porém são inimigos de conseguiu votos favoráveis Arábia Saudita e Qatar: São Israel. Eles acusam os EUA de do Parlamento inglês. Ainda terem um único interesse na assim, são os principais alia- as principais financiadoras de material bélico para os rebelinvasão da Síria: proteger Is- dos dos americanos. des da Síria. Ao que parece rael de também serem vítimas França: O Presidente Fran- Qatar quer explorar um gade armas químicas. Efe Salah el Bardaweel do alto escalão çois Hollande manifestou soduto natural fora do Golfo do Grupo Hamas declarou que está disposto a apoiar os através da Síria. A Arábia Sauque os americanos silencia- EUA, apesar de dois terços da dita é de linha sunita, assim ram por dois anos de guer- população francesa ser contra estaria se posicionando como uma força contra os muçulra e agora querem somente a intervenção na Síria.
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manos xiitas. Lembremos que para os islamitas essa não é somente uma guerra política (e econômica), mas também religiosa de sunitas contra xiitas. União Europeia: A UE afirma haver indícios de uso de armas químicas por Bashar Al-Assad, porém vão aguardar relatório final dos inspetores da ONU que visitaram Damasco para decidir uma ação internacional contra a este crime. Analistas políticos declaram que esta é uma “guerra por procuração”, uma vez que apesar da Arábia Saudita e Qatar financiarem a oposição síria com armamentos pesados, não vão se envolver militarmente ao lado dos americanos. Eles querem mesmo é ver seus inimigos xiitas: Síria, Líbano (Hesbollah), Irã e Iraque lutando contra os Estados Unidos e Israel. Obama vem declarando que o ataque à Síria não será como foi no Iraque ou no Afeganistão, mas haverá retaliações e isso deve ser levado em consideração. Obama afirma que os soldados americanos não pisarão o território sírio e o ataque será aéreo. Contudo, novamente temos que considerar o que acontecerá com os diversos grupos de rebeldes que lutam pelo poder cada um por si. Seu foco pode ser apenas um ataque direto contra o Poder e não contra os civis, mas como ficará a nação após a queda de Assad? A tensão agora está no fato deste conflito tomar proporções ainda maiores, quem sabe até o Presidente Assad use armas químicas contra seus inimigos regionais (países de linha sunita alinhados com os EUA). Tudo é possível! Oremos para que jamais se concretize! Porém, certamente o Hesbollah, Irã, Rússia e China não vão ficar de braços cruzados vendo a Síria enfrentar sozinha todo arsenal bélico dos norte-americanos e seus aliados. 11 de setembro foi uma oportunidade para o Presidente Barack Obama tentar convencer os americanos da obrigação humanitária em punir o Governo sírio pelo uso de armas químicas. Coincidiu também com aniversário de morte dos diplomatas em Bengazi, na Líbia. Ou seja, a ferida e a moral dos americanos foram tocadas como forma de mobilizar a opinião pública em apoio à decisão em atacar a Síria, mesmo que as consequências desta Guerra sejam ainda maiores e terrivelmente desastrosas!