ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 10/11/13
?????
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
1
Ano CXIII Edição 45 Domingo, 10.11.2013 R$ 3,20
Igreja Evangélica Batista de João Pessoa comemora 90 anos servindo ao Senhor
A Igreja Evangélica Batista de João Pessoa (PB), dirigida pelo Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, celebrou o 90º aniversário de organização em cultos de adoração e louvor e pregação do Evangelho, tendo como orador o Pr. Wander Gomes (PIB Recreio dos Bandeirantes, RJ). Foram celebrados cultos em ação de graças, recebendo as igrejas filhas e co-irmãs do Estado e membros das doze congregações (págs. 08 e 09).
15 anos da JMM na Itália
No dia 19 de outubro, aconteceu na cidade de Mântova, norte da Itália, uma programação especial para celebrar os 15 anos do trabalho missionário dos batistas brasileiros no país, realizado através da Junta de Missões Mundiais (pág. 11).
Brasil batista comemora o Dia do Diácono
As igrejas batistas brasileiras celebram hoje, segundo domingo de novembro, o Dia do Diácono, quando prestam homenagens aos servos de Deus, separados e ordenados pelas igrejas, para um serviço especial. Por isso nesta edição O Jornal Batista traz uma palavra do Presidente dos Diáconos Batistas do Brasil (pág. 12).
2
o jornal batista – domingo, 10/11/13
reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br
H
Parabéns Diácono!
oje é o Dia do Diácono Batista, um servo do Senhor, que tem o privilégio de ser usado por Deus para abençoar vidas. Aos membros das igrejas batistas, não deixe de parabenizar os diáconos por seu trabalho relevante. E aos diáconos, sirva com prazer, seguindo a vontade de Deus para sua vida e para a vida de outros. Conheça agora o Código de Ética do Diácono: CÓDIGO DE ÉTICA DO DIÁCONO COMPROMISSO:
I. DIANTE DE DEUS, DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO. Honrar e adorar juntamente com a minha família, meus talentos e meus bens, os nomes do Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, como Criador, Salvador e Intercessor de minha vida, de tudo que sou e de tudo que tenho. II. DIANTE DA IGREJA, DA CONVENÇÃO E DA ASSOCIAÇÃO. Servir com integridade e zelo à minha Convenção, consagrando-lhe meus dons e talentos na ajuda à sua obra de erradicação do pecado e santificação do
homem mediante a pregação melhor exercício profissional do evangelho e à ministração de minha competência, sendo leal a meu patrão ou empredo ensino bíblico. gados, aos meus colegas ou III. DIANTE DO PASTOR subordinados, zelando para E DA LIDERANÇA DA IGRE- que reconheçam o “meu bom JA. Ser fiel ao meu pastor procedimento em Cristo”. zelando por seu ministério VI. DIANTE DOS AMIGOS, na igreja, ajudando-o à sua liderança na administração do DA VIZINHANÇA E DOS rebanho de Deus que somos, COLEGAS. Zelar pelo cultivo considerados, com ele, acer- da boa amizade, na vizinhantos e fracassos do passado e ça, no trabalho, na escola e no planos e programas em mar- lazer, honrando e dignificancha, de forma que nossa igre- do os meus amigos e vizinhos ja seja encontrada “gloriosa, com uma vida irrepreensível sem mácula, nem ruga... Mas diante deles, de serviço ao bem estar comum e de fratersanta e irrepreensível”. na compreensão para cultivo IV. DIANTE DA FAMÍLIA, da boa convivência e do meDO LAR, DO CÔNJUGE lhor testemunho cristão. E DOS FILHOS. Buscar na VII. DIANTE DO ESPÍRITO construção de minha família a preservação dos valores DE SOLIDARIEDADE, DO bíblicos para ela instituídos, SERVIÇO E NO AUXÍLIO. dignificando meu cônjuge e Manter um espírito solidário filhos, pais e demais paren- e participativo sempre, de tes, por uma vida de amor, forma que ao primeiro indício solidariedade e comunhão de carência e necessidade do que nos levem todos a cons- meu próximo, seja na igreja, truir assim, uma família de na comunidade, na escola ou no trabalho, eu seja desperDeus na terra. tado para o melhor serviço, V. DIANTE DA PÁTRIA, auxílio e apoio em amor. DO TRABALHO, DO PAVIII. DIANTE DA NECESSITRÃO E DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL. Honrar e DADE DE SANTIDADE E DE respeitar a minha pátria, suas CONHECIMENTO BÍBLICO. leis e símbolos, a relação es- Cultivar uma vida de santitabelecida de emprego e o dade e pureza em meio ao
INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
IX. DIANTE DE EXIGÊNCIA DE MORDOMIA E DEDICAÇÃO AO TRABALHO NA IGREJA. Santificar em meu viver o uso dos bens e recursos, materiais e pessoais, recebidos pela Graça de Deus, aplicando-os com zelo e discernimento na construção de minha vida familiar e com amor e dedicação à Causa de Deus em minha igreja, minha cidade, meu país. X. DIANTE DA RESPONSABILIDADE DIACONAL. Honrar e dignificar o exercício de minha função diaconal, zelando por minha integridade como servo do Senhor, por minha dedicação ao trabalho eclesiástico, por meu espírito de lealdade ao pastor á igreja e sua liderança, por minha fidelidade a Jesus Cristo e seus ensinos. (Fonte: Site Adiberj – Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro)
Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es
A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)
mundo, tendo momentos de comunhão a sós com Deus, de buscar pela santidade em meu viver, de crescimento no conhecimento da Bíblia e de sua aplicação aos meus dias, buscando ser uma bênção para os que comigo convivem.
.co m
Amigão Isaltino no céu Foi morar nas mansões do Senhor, E deixou este mundo de dores; Foi Jesus seu maior provedor, Nas mensagens aos outros pastores. Defensor de uma vida correta, Nas igrejas por onde passou; E sua pena foi sempre direta, Nas palavras que a Deus confessou. Toda essência da Bíblia Sagrada, Na visão salutar de Isaltino,
E sua vida em Jesus consagrada, Pois foi Deus o seu pleno destino. Isaltino viveu para Deus, No seu lar e no reino em geral; Foi fiel na mensagem entre os seus, E em Jesus seu viver foi leal. Foi pastor, professor, escritor, Conselheiro de grande proeza; Foi marido provado no amor, E paizão no falar da grandeza.
Foi sincero em falar do Senhor, Aos milhões no Brasil e no mundo; Foi Jesus o seu grande mentor, No seu jeito de ser mui profundo. Já nos braços de Cristo Jesus, Pois é seu um tão lindo troféu; E na paz, e na fé, e na luz, Amigão Isaltino no céu! De: Pr. Pedro Madeira e Silva Membro da IB Peniel em Dom Cavati, MG
As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
o jornal batista – domingo, 10/11/13
reflexão
3
bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches
H
á um ditado antigo que diz: “O mal deve ser cortado pela raiz”. Vale dizer: não podemos contemporizar com o erro. Seja ele humano ou praticado e estimulado pela sociedade. A tendência humana, com sua natureza pecaminosa, é tentar encontrar saídas sem encarar a realidade dos fatos. Vemos a comprovação desta realidade no divórcio. O casal em conflitos não busca auxílio para restaurar o casamento. O divórcio é o caminho mais curto, rápido e menos complicado para solucionar as desavenças. Pouco importa se as consequências futuras na experiência familiar, com o desequilíbrio dos filhos, os transtornos sociais, sejam irreparáveis. O mesmo ocorre quando salvos não conseguem viver em harmonia a beleza do amor cristão. A Bíblia recomenda a reconciliação e o perdão como fórmula infalível para solucionar e estancar o mal. Mas sob instigação maligna organiza-se uma nova “igreja”. É mais fácil aos olhos humanos. O caminho mais curto nem sempre é o melhor, mas, é o preferido
pelo homem em seu pecar contra Deus. Na década de setenta ao participar de um curso de prevenção às drogas, na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, o professor dizia que “se a sociedade não tomar providências sérias, objetivas, logo seria vencida pelo inimigo”. A profecia se cumpriu. Aprendi naquele curso a reconhecer a droga e seus usuários. Alguns alucinógenos começavam a entrar no mercado. Mas, o número de vítimas era menor do que as dos usuários da maconha. A sociedade não se preparou para o futuro “mundo das drogas”. O governo não atentou para o perigo que rondava os jovens. O Congresso, como sempre inerte, distante e indiferente aos reclamos da sociedade não elaborou leis que coibissem a disseminação das drogas. As famílias evangélicas com suas igrejas cruzaram os braços, convictas que seus filhos jamais seriam vítimas do mal que progredia sorrateiramente. Os pastores jamais pregaram sermões de alerta aos jovens. Cria-se que o “jovem crente estava blindado contra o mal”. É a dinâ-
mica satânica que impede as necessárias providências contra a derrocada da sociedade, da família e dos valores que devem nortear o ser humano. O mundo das drogas cresceu de modo assustador. Apareceu a figura do traficante. Novas drogas foram lançadas no mercado maligno do vício, que culminaram com a figura triste do dependente químico. Pobres, ricos, filhos de pastores, membros das igrejas passaram a ser vítimas do poder maligno do vício. Os traficantes descobriram que é fácil conseguir riqueza, sem o esforço do trabalho honesto. As igrejas ao sentirem que as drogas também faziam vítimas em seus arraiais, reagiram de modo temeroso, instituindo lugares para recuperação do dependente químico. As Cristolândias foram implantadas com o aplauso de todos. Objetivo: resgatar as vítimas do vício. Louvável a dedicação daqueles que se dispõem a retirar do limbo das drogas o ser humano, criatura descaída. Mas, a consciência diz que estamos tentando cortar o mal pela rama. Quando se corta alguma planta pela rama, surgem
novos brotos, sempre mais viçosos. O governo que nada fez para cortar o mal pela raiz criou o cartão para o dependente químico. Não há lugar nem pessoas suficientes e especializadas para resgatar as vítimas. Não há dinheiro, embora o haja para os monumentais estádios da futura copa. É o lema antiquíssimo: “dá-se ao povo pão e circo,” e os aplausos virão. Os avisos foram muitos. Mas, ninguém deu crédito às atalaias do bem. A inércia venceu e implantou o seu mundo de horror e miséria. Dói, dói muito ver em cada semáforo meninos, meninas, jovens, homens e mulheres maltrapilhos com as mãos estendidas suplicando uma moeda para comprar “pão”. Tradução: uma pedra de craque. No momento chegam ao país milhares de médicos estrangeiros para atender os miseráveis doentes do interior. Sem revalidação de seus diplomas, são recebidos de braços abertos pelo atual governo. Uma pergunta não quer calar: Por que o habitante da periferia, das cidadezinhas do interior, do homem
do campo, não tem direito a ser atendido pelos médicos que trabalham nos hospitais de referência na cidade de São Paulo; que atendem os atuais políticos e governantes desta nação? São diferentes? Em que aspecto? O ser humano não é o mesmo? Não merece a mesma atenção e respeito? O governo atual que se vangloria em trabalhar pelo social, dá provas de sua inércia, desrespeito e promoção da desigualdade social entre os brasileiros. Injusto em todos os aspectos há que ser denunciado, não aos tribunais humanos, mas ao tribunal divino. De certa feita Jesus chamou Herodes de raposa (Lc 13.3132). Creio que se Jesus estivesse presente fisicamente hoje no Brasil, diria o mesmo aos atuais governantes. O púlpito batista carece de mensageiros, na atualidade, que sejam como João Batista (Mt 14.1-2); com menos louvorzão e mais pregação que atenda ao desafio de confrontar as injustiças sociais que nos afligem. Cortar o mal pela raiz continua necessário. www.pastorjuliosanches.org
4
o jornal batista – domingo, 10/11/13
reflexão
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
A importância do servo fiel
D
Tarcísio Farias Guimarães Pastor da PIB em Divinópolis, MG
O
cristianismo moderno tem sido grandemente influenciado pela Reforma Protestante do século XVI. Esse complexo movimento congregou cristãos de diferentes origens, identificados por diferentes nomenclaturas, mas ligados por uma fé comum. Num período de exaustação da Idade Média, influenciado pelo Renascimento e marcado pela crise do Catolicismo medieval, várias vozes em defesa do cristianismo bíblico levantaram-se na Igreja Cristã. Logo perceberam que o retorno às Escrituras faria da tentativa de reforma uma ruptura com a Igreja Católica. “Na Baixa Idade Média a igreja começou a enfrentar crises que prepararam o caminho para a Reforma. A primeira foi uma crise de autoridade: papas, cardeais e bispos viviam em pecados grosseiros. Por isso, a autoridade da igreja, nas pessoas do papa e do clero, foi desafiada. A segunda foi uma crise de salvação: as pessoas, na Idade Média, tinham pavor da morte e a doutrina sacramental não proporcionava nenhuma segurança
para o cristão. E a terceira era uma crise de espiritualidade: a divisão medieval entre clero e laicato dominava toda a teologia prática nessa época. No entendimento da igreja, a única maneira de viver uma vida consagrada era se tornando um membro do clero” (FERREIRA, Franklin. Gigantes da Fé: espiritualidade e teologia na igreja cristã. São Paulo. Vida. 2006). A ruptura com Roma foi iniciada pelos pré-reformadores, vidas identificadas com a agenda da Reforma Protestante, que gastaram-se pela pregação bíblica antes mesmo da efetivação da Reforma. Não podemos esquecer de John Wycliffe, Jan Huss, Tomás de Kempis e tantos outros que surgiram antes de Lutero, Calvino e Zuínglio. Assim também não devemos desconsiderar outros nomes valiosos da história evangélica que surgiram após a morte destes primeiros reformadores. Na verdade, comemora-se ilustrativamente a Reforma Protestante em 31 de outubro, numa alusão às 95 teses de Martinho Lutero publicadas nesta data em 1517, mas a Reforma não deve ser entendida como um ato isolado em Wittenberg, na Alemanha, e Lutero não deve ser entendido como o criador da Reforma, até
mesmo porque ele recebeu influência decisiva dos pré-reformadores. O moto “Igreja reformada sempre se reformando”, utilizado pelo pregador holandês Gisbertus Voetius no século XVI, é um chamado para a Igreja de Cristo permanecer em reforma. Não uma mudança da fé, mas uma revisão constante da vida da Igreja, comparando-a com as Escrituras. Assim fizeram os batistas, liderados por John Smyth e Thomas Helwys nos primeiros anos do século XVI. Mantiveram-se em reforma e por isso mesmo romperam com a Igreja da Inglaterra, uma expressão do cristianismo evangélico que rejeitou a continuidade da reforma na vida da Igreja, sendo ainda hoje liderada pelo poder temporal. Os batistas aceitaram as grandes verdades da Reforma e insistiram que o retorno às Escrituras deveria ser uma tarefa contínua para os cristãos. Por isso, levaram às últimas consequências o reconhecimento da Bíblia como única autoridade espiritual, acima de hierarquias e documentos eclesiásticos. Organizaram-se em torno do sacerdócio universal dos crentes, rejeitando qualquer clericalismo. Estabeleceram congregações autônomas, governadas pelos crentes regenerados em Cris-
ois dias antes da Sua última Páscoa, Jesus contou várias parábolas. Em uma delas, enfatizou outra vez a necessidade de o líder cristão ter a atitude de servo. “Jesus disse ainda – Sabemos que é o empregado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros empregados, para dar a eles os mantimentos no tempo certo” (Mateus 24.45). Para Jesus, os discípulos não devem apenas ser servos. Devem ser fiéis e inteligentes. Nosso “patrão”, que é o Senhor, convoca
para Seu melhor serviço os fiéis e inteligentes. A infidelidade não tem lugar nas dimensões espirituais do servo cristão. Para ser fiel, o servo deve comportar-se com inteligência. Isto é, com conhecimento, com observação, com a melhor reflexão. Inteligência sem fidelidade, porém, só pode produzir problemas e prejuízos aos interesses do Reino. Quando suplicamos em oração, o Senhor nos concede inteligência e fidelidade. É esta oração que devemos fazer, se quisermos ser servos fiéis e inteligentes.
to, completamente separadas do Estado. Rejeitaram qualquer ideia sacramental, ensinando que a salvação é pela graça somente. Decidiram batizar apenas aqueles que dessem sinais de arrependimento e conversão, após pública profissão de fé, o que se tornou uma rejeição ao batismo infantil. Os batistas precisam viver em reforma. Os cristãos evangélicos genuínos precisam afastar-se de todo e
qualquer modelo de igreja que representa um retorno a Roma. É tempo de voltar a dizer que a salvação é pela graça mediante a fé somente, sem qualquer participação dos bens deste mundo. É tempo de voltar às Escrituras, tornando-a em verdadeira norma do culto cristocêntrico. É tempo de ganharmos o mundo para Cristo por meio do bom testemunho cristão. É tempo de vivermos para a glória de Deus!
o jornal batista – domingo, 10/11/13
reflexão
PARÁBOLAS VIVAS
5
João Falcão Sobrinho
Alcides Neto Pastor em Maceió, Alagoas
E
m meio a momentos difíceis, de extrema ansiedade e quando a esperança desaparece temos a sensação de total insegurança. Gostamos de andar em lugares seguros que nos ofereçam tranquilidade, por isso pagamos seguros de automóveis, de saúde, compramos viagens com seguro, usamos cinto de segurança e uma infinidade de outras precauções para nos sentirmos em segurança. Na passagem bíblica em que Jesus anda por sobre o mar, descrita em Mateus 14.22-33, os discípulos se sentiram inseguros em meio a uma tempestade. O barco em que estavam ficou agitado e envolvido nas turbulências. Assim é na nossa vida. Existem momentos em que tudo parece bem, em plena tranquilidade e de repente, a calmaria se transforma em tempestade. O curioso é que os problemas nunca acontecem isoladamente. Várias coisas acontecem ao mesmo tempo. Tão logo nos livramos de um problema, vários outros surgem à nossa frente. Os discípulos viveram esta experiência. No entanto devemos lembrar que tais experiências podem ser um estímulo em alguns momentos e a partir daí retiramos algumas certezas: A primeira delas é que estamos dentro da vontade de Deus. Ele nos trouxe até aqui. Se os discípulos não tivessem
entrado no barco, não teriam vivido aquela experiência. Certamente eles estavam mais seguros no barco do que em terra firme, porque estavam dentro da vontade de Deus. Não podemos julgar a nossa segurança com base no que vivemos, a partir da ideia que fazemos de segurança. Hoje estamos bem, amanhã talvez não. Cometemos equívocos ao pensar que por andar com Deus teremos sempre calmaria. Contudo, não devemos nos influenciar pelo mal desse mundo. A palavra de Deus nos alerta: “No mundo tereis aflições”, mas a certeza que temos é que não estamos sozinhos. Ele nos trouxe até aqui e cuidará de nós. Mesmo em meio à tempestade, quando em obediência a Deus devemos lembrar que Ele cuida de nós em cada momento da nossa vida. Vivemos experiências cruéis de guerra, somos alvo de inúmeras investidas do maligno contra nossos filhos, nossas famílias e relacionamentos. Em meio a tudo isso Jesus intercede por nós. Ele sabe tudo a nosso respeito. Conhece nossas lutas, angústias e medos, pois nos conhece desde o ventre materno. Isso é suficiente para nós. Ele olha por cada um de nós e precisamos cada vez mais alimentar esta certeza. Outra certeza é a de que Jesus vem até nós, pois Ele é o nosso socorro. Sempre nos momentos de maiores
Ordenação ao Ministério Pastoral PIB EM ENGENHO PEQUENO Rua Mantiqueira nº 68 - São Gonçalo. Pr. Presidente - Izaquiel Rosa de Moraes
Comunicamos a Denominação Batista da CBB, que no dia 30 de novembro de 2013, às 18h, serão examinados os seguintes irmãos: Antônio Campos- José Inácio Gonçalves Neto e Jorge Cabral dos Santos. Ambos bacharéis em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Gonçalense, turma 2010. Com ordenação prevista para 07 de dezembro de 2013, às 19h30.
tribulações, quando temos a sensação de estarmos só, precisamos compreender que Jesus vem até nós. Talvez não chegue no momento exato em que desejamos, porque Jesus age no momento em que não há condição humana. Ele quer que toda condição humana deixe de existir para começar a agir. É assim que faz em nossas vidas. Quando pensamos que já vivemos tudo de pior, Ele age para a sua glória. Assim como fez na vida de Lázaro, quando tudo parecia perdido, pois já estava morto e sepultado. Quando passamos por momentos difíceis, o desejo do Senhor é que os problemas, lutas e aflições sejam um caminho para se aproximar de nós. O medo sempre nos impede de ver o agir de Deus. Ele é uma barreira. O Senhor Jesus em meio à tempestade nos ajuda a crescer. Os momentos de crises são necessários para aprofundar a nossa fé. Vejamos o exemplo de Pedro: Ele atendeu ao chamado de Jesus. Eles andaram juntos e chegaram até o barco. O fato dele ter atendido ao chamado foi uma demonstração de fé. Por isso, mesmo que não enxerguemos a Jesus, Ele sabe exatamente onde nos encontramos. Quando tiramos nossos olhos de Jesus deixamos nos influenciar pelo mal. Conta a história que o barco onde estava Pedro chegou ao seu destino porque ele confiou em Jesus. Infelizmente ainda hoje existem muitas pessoas que vivem na ilusão. Pessoas que não tiveram experiências profundas por confiar em Deus. Ainda existem muitos suicidas porque não depositam sua fé em Jesus, pois Ele ainda não é real para muitos. A Bíblia diz que após a ressurreição Jesus apareceu para seus discípulos, provando que é real. Ele hoje também é real e será eternamente. Ele nos toma em suas mãos e nos segura quando estamos afundando. Ainda que andemos pelo vale da sombra da morte, como está escrito no salmo 23. Mas o salmo 37 nos instrui: “entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele tudo fará”. O Senhor quer que tão somente entreguemos nossas vidas em suas mãos para que possa começar a agir.
M
uitas vezes, a demora de Deus em responder a uma súplica pode ser um instrumento excedente da sua graça para nos ensinar algo que precisamos aprender e para fortalecer a nossa fé. Quantas vezes já ouvimos esta queixa: “Estou orando já faz tanto tempo e Deus não me ouve”. Minha resposta sempre é: Ore um pouco mais. Ore com mais fervor. Não desista de orar por ainda não ter recebido a resposta de Deus. Nossa irmã Leordina Medeiros, da Igreja Batista de Martinópolis, São Paulo, suplicou a Deus pela conversão do seu esposo, Antônio Medeiros, durante 50 anos. Ele era o que se poderia chamar “Amigo do Evangelho”. Fazendeiro em Martinópolis, mandou construir, por sua conta, na sua propriedade, um templo para abrigar uma congregação batista onde mais de 100 pessoas se converteram a Cristo, embora ele, o fazendeiro, nunca tenha feito sua decisão. Era um homem de bom coração, não tinha vícios, gostava de estar entre os crentes, mas nunca nasceu de novo. Sua esposa, Leordina, crente fiel, orava pela salvação do marido sem esmorecer, todos os dias. Muitas pessoas consideravam que Antônio já era um crente em Jesus, mas a esposa, que convivia com ele em perfeita harmonia, sentia que faltava ao marido uma experiência real de salvação. Muitas pessoas, mesmo crentes, acham que basta a um indivíduo ser honesto e ter bom coração para herdar o Reino de Deus. Dona Leordina conhecia como ninguém a bondade do coração do esposo, mas não se iludia. Como afirmava, sabia que o nome dele ainda não estava escrito no livro da vida. Por isso ela nunca desistia de suplicar pela salvação do marido. Foram 50 anos de oração! Aqui no Rio, seu filho Medeiro, da Igreja Batista da Liberdade, também orava diariamente pela salvação do pai. Não faz muito tempo, Medeiro suplicou a Deus com muita emoção na alma, dizendo: “Senhor, minha mãe é tua serva, ela tem a salvação; se te aprouver levá-
-la para junto de ti, que tu a leves, mas não permitas que meu pai se vá deste mundo sem aceitar o Senhor Jesus Cristo”. Há cerca de dois meses, Antônio foi acometido de grave enfermidade. Enquanto ele estava no hospital, dona Leordina em Martinópolis e seu filho Medeiro, aqui no Rio, redobravam suas súplicas pela salvação daquela alma para eles tão preciosa. Houve um momento em que ele teve uma melhora e foi levado para casa. Ali, conversando com ele, dona Leordina, com unção na alma e lucidez nas palavras, mostrou a Antônio que ele precisava abrir o coração para o Salvador. No final da conversa, Antônio ficou muito pensativo e disse: “Eu aceito Jesus como meu Salvador; eu creio que ele morreu na cruz pelos meus pecados”. Em seguida, Antônio fez uma breve oração entregando seu coração a Jesus. Poucos dias depois, foi chamado para estar com Cristo na glória. “Graças a Deus, diz o filho, meu pai ainda teve tempo de se arrepender e crer em Jesus”. Querido leitor, querida leitora, não se conforme em ver uma pessoa ligada a você por laços de sangue, seu cônjuge, pai, mãe, filho ou filha, deixar de confessar que tem Jesus Cristo como seu Salvador. Insista em clamar, clame com lágrimas, clame com fervor, não pare de suplicar a Deus pela conversão dos que lhe são queridos. Por três motivos: Primeiro, porque seu parente pode ser uma boa pessoa, mas se ele não crer em Cristo, seu destino após a morte será a miséria para sempre, sem volta e sem remédio. A segunda razão é que cada dia que seu parente passar sem Jesus, será mais um dia sem a alegria da salvação, sem a real presença de Deus na alma. Em terceiro lugar, insista com Deus porque você não sabe quanto tempo ainda lhe resta para que a pessoa a quem você tanto ama faça a sua decisão de aceitar a Cristo para que seu nome - um novo nome! seja escrito no livro da vida. Nunca desista de orar pela salvação da pessoa a quem você quer bem porque Deus nunca desiste de amar e desejar salvar essa pessoa.
6
o jornal batista – domingo, 10/11/13
reflexão
Carlos Elias de Souza Santos que ao mesmo tempo exista a ira. Não existe amor sem Pastor da PIB em Campo ao mesmo tempo existir o Grande, RJ mandamento que nos ordeDisse Jesus: “Eu os estou na a amar. O mandamento é enviando como ovelhas en- uma ordem. O amor de Deus e a Sua tre lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes ira frequentemente andam e simples como as pombas” j u n t o s ( N m 1 4 . 1 8 ; R m 11.22; Hb 12.5) e verda(Mateus 10.16). deiramente a ira de Deus é empre me pergun- uma expressão do Seu amor to, como discípulo e (Sl 136.14-21). Repito: uma seguidor do mestre, expressão do seu amor. Se como posso desen- Deus não tivesse ira os Seus volver ao mesmo tempo, atributos seriam falhos. Se duas virtudes tão diferentes? não houvesse a ira de Deus, Só mesmo vivendo debaixo Ele seria indiferente ao pecada ação do Espírito Santo de do, mostraria uma ausência Deus. Doutra forma isso seria de morais e aceitaria tolices e corrupção. Por Deus ser humanamente impossível. É difícil entender esse cha- puro, necessariamente, Ele mado para ser: “prudente precisa odiar o que é impuro como a serpente”. Ser pru- (A. W. Pink). Repito: Ele predente “como”, não é um cisa odiar o que é impuro. chamado para ser uma ví- Esse é o sentido de ser prubora, é um chamado para dente como uma serpente. ser prudente. Grandezas Sentido presente neste texto. Se um discípulo de Jesus distintas e bem diferentes no texto. É ser enérgico, sem não reunir essas qualidades, deixar de ser afetuoso e amo- sua missão será impossível. roso. Não existe amor, sem É por isso que as serpentes
se criam, é de sua “inofensividade” que as serpentes se alimentam. É por causa de sua “inofensividade” que elas crescem e se tornam víboras. A especialidade do filho de Deus é esmagar a cabeça da “víbora”: “...este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3.15). Pais precisam ser discípulos assim nos seus lares, professores precisam ser discípulos assim nas suas escolas e pastores precisam ser pastores assim em suas igrejas. A coragem e a prudência necessárias para enfrentar os problemas de frente, são virtudes um tanto raras nos dias de hoje. Uma “pérola” de grande valor. Vamos considerar agora o outro lado: “simples como as pombas”. É a simplicidade que inspira confiança. É a simplicidade que inspira as pessoas. A capacidade de ser “como” a pomba é a faceta mais difícil a ser alcançada no discipulado. Todo discípulo autêntico, precisa ser
o mais simples possível e também o mais verdadeiro. Na verdade, um discípulo completo e inteiro precisará “acatar” e abraçar esse desafio como sua maior e melhor lição. Que desafio! Terá que ser como Cristo: 100% homem e 100% Deus. Poucos saberão o quanto é difícil conviver com estes dois mundos, gritando dentro de nós. Esse foi o desafio do Cristo entre nós. Este é também o seu desafio. A ideia que o mundo nos dá de equilíbrio, é uma ideia equivocada na ótica do mundo espiritual. Equílibrio não é “dosar” metade disso ou metade daquilo. 50% disso e 50% daquilo. No mundo espiritual um ser assim, será sempre um desequilibrado. Você não poderá ser somente 50% prudente como a serpente. Se decidir ser assim, sempre lhe faltarão a força e a energia necessárias para o cumprimento de sua missão. É viver com somente a metade de sua capacidade
espiritual. É como meio tanque de combustível, meio copo de água, chegar à metade do caminho e não no final. Não dá para ser feliz assim. Você não poderá ser somente: “simples como as pombas”. Considere tudo que já leu acima no parágrafo anterior e acrescente um pouco mais ao final. Você não pode ser a “metade simples de um discípulo”. Além de se perceber um discípulo pela metade, será como ser um discípulo com espaço de 50% vazio para assumir outra ou qualquer identidade. Não é legal isso. Nada, nada espiritual. É assim que surgem os hipócritas. Se a hipocrisia encontrar um espaço vazio em você, ela vai se ocupar. Por que amo você, preciso orar e pedir a Deus que eu seja sempre assim: “como” ovelha entre lobos. Prudente como a serpente e simples como as pombas. Peço a Deus que você também seja assim.
ros previstos em contrato. Segundo o colunista Leo Dias, do jornal carioca ‘O Dia’, Cauã já está envolvido com outra mulher, com quem, especula-se, já está morando, mas oficialmente, o contrato diz que o casal é feliz (www.momentoverdadeiro.com/2013/10). Uma outra notícia do jornal ‘O Globo’ de 22 de outubro diz que Marcos Valério, acusado de operar o Mensalão durante o governo do presidente Lula, fez um ‘contrato de gaveta’ com uma jovem de 21 anos, indicando que possui uma união estável, e assim garantir a sua felicidade no possível presídio em que será preso, em Sete Lagoa, MG, à 80 Km de Belo Horizonte.
Essas notícias mostram como o mundo está tratando a bênção divina do casamento, embora muitas pessoas considerem tudo isso normal, inclusive alguns cristãos. Com isso quero alistar alguns pensamentos para nossa meditação. Primeiro, a imagem do casal feliz ainda vende. Muitas pessoas alimentam em seus corações a possibilidade de um relacionamento feliz na família que resolve pacificamente suas diferenças. Fica bem claro que nenhum contrato garante tal felicidade. Também está claro que os documentos assinados durante o processo do casamento não garantem a felicidade. Segundo, o documento assinado no processo do
casamento, que resulta em uma certidão, afirma publicamente que o homem e a mulher que se unem estão dispostos a construírem um lar e lutarem por sua felicidade. Testemunhas e padrinhos confirmam publicamente o desejo do casal colocados em votos onde a palavra mais repetida é “prometo”. Terceiro, na Bíblia encontramos todos os princípios possíveis para manter o relacionamento feliz e duradouro. Lendo e aplicando os princípios bíblicos fica difícil aceitar que um servo do Senhor diga: “não dá mais”. Quarto, além da Bíblia temos as orientações dadas diretamente por Deus que vão desde a escolha até acender
no coração o amor verdadeiro pela pessoa que você deseja compartilhar a vida. Quinto, Jesus fala do milagre realizado na vida dos seus discípulos que é a capacidade do amor mútuo. O casal que se ama como Jesus ensina não precisa de contrato para ser feliz. Muitas outras razões bíblicas poderiam justificar a felicidade conjugal sem exigências, sem privilégios, sem interesses pessoais, sem direitos, mas que vencem e duram o tempo da existência do casal. É o desejo de amar o seu cônjuge diariamente que transformam lágrimas em felicidade, atritos em ajustes. Ame o seu cônjuge. É tudo o que você precisa para ser feliz.
S
Carlos Henrique Falcão Pastor da IB da Liberdade, RJ
N
ão fiquei surpreso na semana passada com a notícia da possível separação do casal Global, Cauã Reymond e Grazi Massafera. Os artistas se casam e se separam toda hora. Fiquei surpreso com a razão pela qual eles estão com dificuldade em anunciar o fim do relacionamento. O casal mantém um contrato de “casal feliz” até fevereiro com a linha de produtos da Mondelez e Belvita. Fica a expectativa em saber quem vai anunciar oficialmente o fim do casamento e arcar com os prejuízos financei-
o jornal batista – domingo, 10/11/13
missões nacionais
Entrevista - Ação Social
7
Redação de Missões Nacionais
A
tendendo a uma determinação votada durante a 93ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, Missões Nacionais contratou uma gerente que será responsável pelas Cristolândias e também por todos os demais projetos da área de ação social. Nesta entrevista, Anair Bragança Soares Siqueira conta sua origem, experiências e fala sobre a oportunidade de atuar em missões, bem como os desafios dessa nova etapa em sua vida. Conte-nos um pouco sobre sua experiência em questões sociais. Nasci em um lar cristão, sempre envolvida em atividades da Igreja Batista. Profissionalmente já atuei como consultora em projetos educacionais, voluntária em projetos sociais, supervisão pedagógica e prestei serviços por quase doze anos ao Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), atuando na supervisão de cursos, liderança de equipes, desenvolvimento de projetos diversos, inclusive sociais. Sou ainda Pedagoga com especialização em Gestão Estratégica de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Projetos na área de informática aplicada à educação.
Anair na sede de Missões Nacionais
Como surgiu o convite para vir para a JMN? Recebi um convite do Pr. Renato Ouverney e Pr. Samuel para conhecer e ajudar o Projeto da Cristolândia. Doei vinte dias de férias para Missões, conhecendo as Cristolândias do Rio e São Paulo. O convite partiu depois deste trabalho. Quais as suas expectativas para a Gerência de Ação Social? Espero em Deus poder contribuir para a melhoria, organização e ampliação de todos os Projetos de Missões Nacionais relacionados à Ação Social. Você sempre se envolveu com missões? Tenho o chamado missionário desde os 15 anos. Meu campo de atuação maior nos últimos anos foi a evangelização de alunos no Senac.
Reunião com outras integrantes da gerência de ação social
O que representa para você estar atuando em uma agência missionária? Representa a concretização da vontade de Deus em minha vida.
sionários. Ver vidas saindo literalmente do lixo, sendo totalmente restauradas pelo poder transformador de Jesus não tem preço. Este é um projeto que toda denominação deve contribuir e abraçar, Fale sobre a relevância da pois creio eu, ser um Projeto ação social na obra missio- que alegra profundamente o coração de Deus. nária. Através da Ação Social temos a oportunidade de, Como avalia a atuação dos como cristãos, demonstrar o batistas brasileiros na área amor de Jesus com práticas de ação social? Projetos importantes e reespecíficas que atendem as necessidades básicas das pes- levantes vêm sendo desensoas. Esta é uma linguagem volvidos, mas acredito que de amor que abre portas para podemos avançar mais para apresentarmos Jesus e alcan- a Glória de Deus. çar estes corações. Ainda há muito a fazer. Você também será a respon- De que forma poderíamos sável pelas Cristolândias de avançar mais nas questões todo o Brasil. Como avalia sociais? A participação das Igrejas este trabalho? Este é um trabalho muito locais é fundamental para abençoador que vem sendo avançarmos nesta área. Existe desenvolvido de maneira um desejo muito grande de brilhante pelos nossos mis- ampliação e desenvolvimen-
to dos projetos de ação social, porém faltam “braços”, ou seja, pessoas com o coração disposto a doar seu tempo para ajudar o próximo. E as estratégias para o envolvimento de mais igrejas, já foram traçadas? As estratégias ainda estão sendo traçadas, pois assumimos no dia 15 de outubro. Porém temos grandes sonhos e acredito que eles são o primeiro passo para a concretização destes projetos. Na sua opinião, qual será o maior desafio nesta função? Existem diversos desafios, entre eles: a mobilização das Igrejas, o levantamento de recursos (PAM) para manutenção e melhoria de projetos como o da Cristolândia, Casas Lares e o despertamento de vocacionados dispostos a doarem seu tempo e habilidades para atuarem nestes projetos.
Igrejas relatam resultados da participação na campanha de missões Redação de Missões Nacionais
D
iversas igrejas têm enviado mensagens e fotos que mostram envolvimento com a causa missionária. Elas não apenas contribuem, mas também despertam cada vez mais membros para a necessidade de orar e participar de atividades de mobilização. Recentemente, recebemos o testemunho do Pr. André Ferraz, da PIB em Atafona (RJ). Neste ano, a Igreja ultrapassou o alvo em 60% após encorajamento do pastor. “Vi a Igreja se movendo para isso, fazendo cachorro quente, pastel e bolo para arrecadar mais e foi um movimento fantástico. A Igreja está extasiada pelo empenho e Crianças aprenderam mais sobre a cultura indígena atuação de Deus. Como pastor, vi Deus me abençoando e sustentanTambém a Igreja Batista Jardim Aeroporto, do as palavras de fé dadas à igreja”, afirmou. Ainda em Macaé (RJ), enviou relato e fotos sobre sua durante a campanha, a igreja recebeu missionárias participação na campanha deste ano. Com foco e alunas da Comunidade Terapêutica Élcia Barreto nos indígenas do Brasil, as coordenadoras do Soares que com seus testemunhos e palavras de ministério infantil, Leila Neves e Zorayda Soares, edificação impactaram e incentivaram os membros. despertaram as crianças em programações com
comidas típicas, gincanas, entre outras atividades. “Conheceram um pouco mais sobre a cultura indígena e oramos juntos em favor das crianças indígenas”, relatou irmã Zorayda. O alvo do ministério infantil também foi ultrapassado com um valor que impressionou a todos. Agradecido pelo apoio não apenas destas, mas de todas as igrejas que contribuíram em prol de missões no Brasil, o Pr. Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, afirmou que se depender dos irmãos que se envolvem e se comprometem, certamente a obra continuará avançando. Ele também citou o texto de I Coríntios 15.58: “Portanto meus irmãos, sejam firmes e constantes na obra do Senhor, pois o trabalho dos irmãos não é vão no Senhor”. Fotos e informações de outras igrejas envolvidas com a campanha de Missões Nacionais podem ser vistas em nossa página do Facebook: www.facebook. com/missoesnacionais. Para enviar fotos e relatos de eventos missionários, escreva para redacao@missoesnacionais.org.br .
8
o jornal batista – domingo, 10/11/13
notícias do brasil batista
Igreja Evangélica Batista de João Pessoa comemora 90 anos servindo ao Senhor
Pr. José Alves Feitosa (1923-1924), fundador da IEB João Pessoa
Pr. Pedro Falcão (1928-1931)
Ebenezer Tomaz Medrado Munguba, pastor (*) Francisco Bonato Pereira, pastor (**)
A
Igreja Evangélica Batista de João Pessoa (PB), dirigida pelo Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, celebrou o 90º aniversário de organização em cultos de adoração e louvor e pregação do Evangelho, nos dias 21 a 25 de setembro de 2013, tendo como orador o Pr. Wander Gomes (PIB Recreio dos Bandeirantes, RJ), no templo-sede, na Rua Osvaldo Pessoa, nº 416, Jaguaribe, João Pessoa (PB). Agradecendo as bênçãos recebidas do Senhor celebraram cultos em ação de graças, recebendo as igrejas filhas e co-irmãs do Estado e membros das doze congregações. A IEB de João Pessoa se compõe hoje 3.200 membros, distribuídos entre a sede e as congregações, apesar de ceder 900 membros para organizar onze igrejas nos últimos quinze anos. A IEB João Pessoa (PB) é filiada à Convenção Batista Paraibana (CBPB) e à Convenção Batista Brasileira (CBB). A mensagem pastoral: O Rev. Tomaz José de Aguiar Munguba, pastor titular que dirige o rebanho da Evangélica há trinta anos, trouxe aos celebrantes a mensagem: “Evangélica, 90 com cara de 20. Há pessoas que envelhecem, mas física e mentalmente mantem o vigor da juventude. A IEB é assim, completa 90 anos mantendo o vigor de uma igreja jovem e dinâmica. Nesses 90 anos a IEB passou por muitas transformações ao entender que o mundo passa por transformações e ela não pode se engessar às mesmas estratégias que deram certo há 50 anos atrás. A Igreja de Cristo precisa ser dinâmica no seu crescimento. Todos os anos muitos novos membros são agregados a ela. Quando a Igreja não evangeliza ela morre. Não a igreja no sentido bíblico, isto é, o povo
Pr. Charles Franklin Stapp (1940)
de Deus salvo e remido pelo sangue de Cristo, mas a igreja local, onde seus membros se acomodam, formam uma espécie de clube fechado, mas não evangelizam e nem mesmo trazem seus filhos. A membresia envelhece e morre. Adotamos novas estratégias que foram usadas por outras igrejas com pleno êxito, adaptando-as à nossa realidade local. No ano 2000 quebramos o paradigma de ter uma Escola Dominical seguindo um currículo tradicional e nacional. Declaramos aquele o ano zero da nossa EBD e iniciamos um novo currículo e em 2014 estaremos implantando um novo currículo para os próximos anos”. “Entendemos que o melhor modo de trabalhar a Igreja e desenvolver seus membros é procurar cumprir a missão que Deus nos deu através de ministérios, onde os membros descobrem e põe em prática os seus dons espirituais. Adequamos, assim, duas estratégias novas como Rede Ministerial e Igreja com Propósitos. O crescimento da Igreja nos levou a realizar dois cultos vespertinos, e vendo a dificuldade de uma melhor comunhão entres os irmãos, adotamos as células formadas por pequenos grupos que partilham suas alegrias e dificuldades. Em todo esse tempo nunca perdemos a visão da nossa responsabilidade missionária. Organizamos 11 igrejas e, desde que assumimos o pastorado (1982) foram consagrados 33 pastores, a maioria servindo nas igrejas-filhas, congregações ou em outros campos”. “Um dos grandes desafios que temos é a construção do novo templo, com um belo projeto que visa acomodar toda a Igreja num só culto, permitindo um melhor relacionamento entre os irmãos”. “Somos gratos a Deus pelas vidas dos pastores que aqui passaram, estando vivos apenas dois – o Pr. Ezequias Fragoso Vieira, que esteve à frente da Igreja por 10 anos e, aposentado vive em Brasilia,
Pr. Elias Pereira Ramalho (1941-1950)
Pr. Charles William Dickson (1951-1956)
e o Pr. Natanael Menezes Cruz, que serviu por 9 anos e hoje pastoreia a PIB Jaboatão (PE). Deus tem sido de uma fidelidade ímpar para conosco em todos os momentos e a nós resta sermos gratos e fiéis também a Ele. ‘Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres’ (Salmo 126.3)”, finalizou o Pr. Tomaz Munguba. A visão pastoral de Tomaz Munguba ainda o levou a despertar e treinar uma liderança vigorosa e visionária, implantando um processo dinâmico de trabalho discipulado que levou os membros da Igreja a desenvolver a adoração, a comunhão, o serviço de evangelismo e a maturidade espiritual, cumprindo a missão de Deus através de ministérios, projeto de células, projetos especiais (Encontro de Casais com Cristo, Encontro de Jovens com Cristo e Cursilhos, entre outros) e eventos evangelísticos, uma Escola Bíblica dinâmica e um ministério de música inspirador, resultando num crescimento constante da Igreja em suas várias áreas de trabalho e numericamente, tornando-a hoje a segunda maior igreja do Estado e uma das cinco maiores do Nordeste do Brasil, para a glória de Deus. A IEB celebrou o culto comemorativo de gratidão, em 24 de setembro de 2013, dirigido pelo Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, auxiliado pelos pastores da sede - Pr. Ebenezer Tomaz Medrado Munguba, Pr. Felipe Sotero de Albuquerque, Pr. Haydene Casse da Silva, Pr. Josué Peixoto Flores Neto, Pr. Flávio Bento de Lima, na presença dos pastores e líderes das congregações: Fábio Gerard e Luciana (CEB em Alagoa Grande e Canafistula), Carlos Caitano e Celia (CEB em Arara e CEB em Remigio), Tomaz Munguba Filho e Adriana (CEB em Campina Grande e Nova Floresta), Jean Carlos e Regina (CEB em Casserenge), Josá de Arimatéia e Severina (CEB em Cutegi), Natalício Emmanuel e Indhi-
Pr. Natanael Menezes Cruz (1973-1982)
ra (CEB no Ernesto Geisel), Francisco de Assis e Laudicéia (CEB em Paripe), Ismael Machado e Andrea (CEB em Pedro Gondim), José Claudio e Alessandra (CEB em Pilões), Haydene Casse e Leila (CEB em Santa Rita), Betrand Nelson e Aldeci (CEB no Varadouro). Estiveram presentes a Pra. Liana Nepomuceno (1ª Secretária) e o Pr. Linaldo Guerra (2º Secretário), representando a Convenção Batista Paraibana (CBPB) em face da ausência do Presidente Pr. Estevam Fernandes de Oliveira, representando a primeira a PIB João Pessoa (Igreja-mãe) e o segundo a IB Pilar e os pastores Augusto Rodrigues, Djair Rufino, Djalma Sergio, Glaucio Rodrigues, José Rocha, Marcelo Munguba, Risomar Pereira, entre outros. Presentes autoridades do Estado, com destaque para a Vereadora Eliza Virgínia Fernandes (Câmara Municipal de João Pessoa). O Pr. Francisco Bonato Pereira representou os batistas de Pernambuco, trazendo mensagem do Pr. Ney Ladeia (Presidente da Convenção Batista de Pernambuco): “À Igreja Evangelica Batista em João Pessoa. ‘Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor (I Co 15.58)’. A Convenção Batista de Pernambuco se congratula com os membros da Igreja por ocasião da celebração dos seus 90 anos. Louvamos a Deus pela vida e pelo ministério desta Igreja e de toda a sua liderança. Aproveitamos também para saudá-los em nome da Igreja Batista da Capunga, sua co-irmã, 90 anos celebrados no último mês de abril, unida a esta querida Igreja por significativos laços históricos. Que o Senhor continue a dirigir e a abençoar o pastor Tomaz José de Aguiar Munguba e toda a sua equipe na condução desta preciosa agência do Reino de Deus. Pr. Ney Silva Ladeia. Presidente da Convenção Batista de Per-
Pr. Tomaz Munguba (1982-2013)
nambuco. Pastor da Igreja Batista da Capunga.” A celebração conjunta da ceia do Senhor: O pastor Tomaz Mungaba, acompanhado dos pastores da sede, dirigiu a celebração conjunta da Ceia do Senhor, para mais de 1.200 membros da Igreja na sede e congregações presentes, em momento de comunhão ímpar, reunidos num único espaço, na celebração do memorial do sacrifício de Cristo pelo homem. Os momentos do culto foram inspirados por belas músicas executadas pela Athos Band e grupos Karisma e Vida, dirigidos por Racilba Barros e as músicas entoadas pelo Coro de 90 Anos regido pelo ministro Ebenezer Lourenço, preparadas para o culto. O histórico: A Igreja Evangélica Batista em João Pessoa (PB) foi organizada a 24 de setembro de 1923, com o nome de Primeira Igreja Batista Brasileira da Paraíba do Norte, por meio de concílio composto dos pastores José Alves Feitosa e Adrião Bernardes, com 52 membros, sendo 37 com cartas demissórias da PIB Paraíba do Norte e mais 15 membros de outras igrejas batistas, que declararam, de forma pública, desejar integrar a Igreja. A origem da Igreja foi uma congregação da PIB Paraiba do Norte, existente no bairro de Jaguaribe, que desejou pedir se constituir em Igreja, tanto por comodidade física como para expandir a proclamação do Evangelho. Dirigia a Igreja o pastor José Alves Feitosa, consagrado a 23 de janeiro de 1923, o qual, de início, se opôs à organização da Igreja, julgando que a saída do grupo enfraqueceria a Igreja. Visitou o grupo reunido na residência do irmão Manoel Pires, em Jaguaribe, onde havia cultos e Escola Dominical. A PIB Paraíba do Norte (PB) concedeu as cartas aos membros que desejavam integrar a nova Igreja, inclusive o Pr. José Feitosa. Esses membros da Igreja, na maioria, eram partidários
o jornal batista – domingo, 10/11/13
notícias do brasil batista do Movimento Radical, que eclodiu (1923) dividindo a denominação na Paraiba, Bahia e Pernambuco, em dois grupos antagônicos. (FEITOSA, Jose Alves. HISTORIA DOS BATISTAS DO BRASIL- MEMORIAS, p. 74). Todavia, o que seria prejudicial ao Reino de Deus, se tornou em bênção, porque os dois grupos se dedicaram com afinco à propagação do Evangelho nas cidades e cresceram de forma significativa, em particular neste Estado e, decorridos alguns anos, a harmonia e a fraternidade foi restabelecida para a glória de Deus e progresso do Reino de Deus (PEREIRA DA SILVA, Francisco Bonato. IBCOR 100 ANOS DE HISTORIA, p. 53-55). Os nomes: A PIB Brasileira da Paraiba do Norte (1923-1927) mudou o nome para: Segunda Igreja Batista da Paraíba do Norte (1927-1930); Segunda Igreja Batista de João Pessoa (1930-1958); e Igreja Evangélica Batista em João Pessoa (1958-2013). O Pr. José Alves Feitosa era, além de apaixonado por missões, dedicado professor, e no período (1923-1924), organizou a Escola Batista da Paraíba, na Rua da Areia, para educar filhos dos crentes e muitos convertidos analfabetos. (FEITOSA, José Alves. HISTORIA DOS BATISTAS DO BRASILMEMORIAS, p. 75). Essa foi uma marca de Feitosa – ‘uma igreja e uma escola’ na Paraíba, Rio Branco (Arcoverde), Rio Largo e Garanhuns. Encerrado o Movimento Radical (1939), a SIB João Pessoa recebeu como pastor, o missionário Charles Stapp (1940) e logo depois, Elias Pereira Ramalho, que fixou residência em João Pessoa e assumiu o pastorado da Igreja e a função de missionário, com a tarefa de pastorear a Igreja e assistir às igrejas sem obreiro. Elias Ramalho relata: “Desde outubro de 1940 vamos experimentando sensível progresso. Naquela ocasião éramos 120 e hoje 170, um aumento de 50 membros, destes 30 entraram por batismo. A EBD está em franco progresso e quase todos os professores possuem o diploma normal. Estamos numa intensa campanha de evangelização, pregando em vários pontos
da cidade. Espiritualidade sempre crescente, harmonia e paz entre os membros. A Igreja contribui para todos os fins denominacionais. Em novembro realizei uma série de conferências evangelísticas havendo várias decisões. Em maio tivemos um Instituto Bíblico e no fim do Instituto conferências pelo Pr. Coriolano Costa Duclerc, cujo resultado foi a conversão de muitas pessoas e a decisão de vários membros se reconciliarem com a Igreja, no total de 76 pessoas. O Pr. Coriolano e o orfeão (coral) da Igreja, à frente o maestro (Tenente) Severino Gomes, em muito contribuíram para o sucesso da série de conferências. Elias Pereira Ramalho”. (O Jornal Batista, de 31.07.1941). O Pr. Elias Ramalho dirigiu a IEB João Pessoa por 10 anos (outubro/1940 a setembro/1950), levando-a se desenvolver, tornando-se uma das três maiores igrejas do Estado, ao lado da PIB João Pessoa e da PIB Campina Grande. A visão dos fundadores, desde os primeiros pastores, permaneceu no DNA da Igreja. Assumindo o pastorado (1982), o Pr. Tomaz Munguba reacendeu na Igreja a consciência da sua missão missionária. Implantou o Conselho Missionário para coordenar esse esforço, onde as Pastorais Ministeriais orientam as atividades evangelísticas e missionárias da Igreja, com o GAM – Grupo de Ação Missionária -, atividade realizada pela Igreja três vezes no ano, quando membros da Igreja, profissionais de várias áreas, realizam um trabalho social em comunidades carentes em cidades do interior, levando o Evangelho. O Projeto Missionário (julho), quando membros da Igreja dedicam o período à evangelização em cidade ou bairro da capital. Fruto dessa visão a IEB de João Pessoa implantou as Igrejas Filhas: PIB Bayeux, João Pessoa (1983); PIB Rangel, João Pessoa (1983); PIEB Jardim Veneza, João Pessoa (1991); IB Bessamar João Pessoa (1993); IEB Bancários, João Pessoa (1997); IEB Funcionários II, João Pessoa (1998); IEB Valentina Figueiredo, João Pessoa (2004); IEB Mangabeira, João Pessoa (2004); IEB Areia (2010); IEB Intermares, João Pessoa (2011); IEB Cajá (2013), to-
Pr. Wander Gomes (pregador), ladeado pelo Pr. Tomaz Munguba e pelo Pr. Linaldo Guerra
das com templos próprios. E, recentemente, abriu um núcleo em Campina Grande, adotando o modelo da sede. As congregações: A IEB João Pessoa, nessa mesma visão mantém hoje 12 congregações: CEB (congregação evangélica batista) em Alagoa Grande e Canafistula, Pr. Fabio Gerard e Luciana; CEB em Arara e CEB em Remigio, Pr. Carlos Caitano e Celia; CEB em Campina Grande e Nova Floresta, Pr. Tomaz Munguba Filho e Adriana; CEB em Casserenge, Pr. Jean Carlos e Regina; CEB em Cutegi, Pr. Jose de Arimateia e Severina; Natalicio Emmanuel e Indhira (CEB no Ernesto Geisel), Francisco de Assis e Laudiceia (CEB em Paripe), Ismael Machado e Andrea (CEB em Pedro Gondim), Jose Claudio e Alessandra (CEB em Pilões), Haydene Casse e Leila (CEB em Santa Rita), Betrand Nelson e Aldeci (CEB no Varadouro). A IEB João Pessoa ainda apóia o trabalho missionário do casal Drault e Valquíria e da jovem Cláudia Morgana, no Rio de Janeiro e os missionários transculturais Josineide Bezerra (Bolívia), Elizângela Aquino (República Dominicana), Pr Mauro e Leonice Laranjeiras (Canadá) e o casal Márcia e Maisél. A igreja conta com 14 seminaristas, membros da Igreja, se preparando para a obra ministerial, todos supervisionados e orientados pelo pastor titular e pastores da sede. Os pastores: A IEB João Pessoa, ao longo dos seus 90 anos foi dirigida pelos pastores: José Alves Feitosa (1923-1924); João Daniel do Nascimento (1925-1927); Nicomedes Goes (06.1927-05.1928); Hostilio Carvalho (1928); Pedro Falcão (08.1928-
08.1931); José Domingues (11.1932-01.1939); Charles Franklin Stapp (03.194008.1940); Elias Pereira Ramalho (10.1940-09.1950); Pr. Charles William Dickson (1951 e 1956); Silas Alves de Melo (1951); Severino Moreira (12.1951-1956); Jeremias Dantas e Silva (1956 - 1962); Ezequias Fragoso Vieira (1963); Natanael Menezes Cruz (1973-1982); Tomaz José Aguiar Munguba (11.1982-2013). Os templos: A IEB João Pessoa teve seus templos nos endereços: Rua São Miguel, 238 (1923-1929); Rua Capitão José Pessoa (1929-1969); e, Rua Osvaldo Pessoa, 416, Jaguaribe, João Pessoa (PB).
9
Pr. Tomaz Munguba, iniciando a celebração da Ceia do Senhor
Lebian Medrado, filha do Pr. Natanael Medrado, com quem teve quatro filhos: Ebenézer Tomaz (pastor), Luiz Sérgio, Izabel Mirtez e Tomaz José de Aguiar Munguba Filho (pastor). Exonerou-se da PIB João Pessoa (novembro de 1979), indo pastorear a IB Ilheus (1979-1982). Assumiu o pastorado da IEB João Pessoa (1982). Viúvo (1990), dois anos depois casou com Sônia Alves (1991), viúva como ele, com os filhos - Lucila e Thiago -, membros da Igreja e servindo ao Senhor. O pastor Tomaz Munguba conta com cinco ministros auxiliares - Pr. Ebenezer Tomaz Medrado Munguba (ação social e integração), Pr. Felipe Sotero de Albuquerque (jovens, adolescentes e crianças), Pr. Haydene Casse da Silva (ensino e treinamento de líderes), Pr. Josué Peixoto Flores Neto (evangelismo e missões), Pr. Flávio Bento de Lima (comunicação e recepção) -, e do Corpo Diaconal, com os quais sempre teve um bom relacionamento. Uma das coisas que costuma destacar é a solidariedade da Igreja com ele nos momentos difíceis passados – na ocasião do falecimento de sua primeira esposa, e o quando necessitou fazer uma delicada cirurgia para extirpar um câncer nas cordas vocais e posteriormente um câncer de próstata, dos quais está curado. A Igreja esteve presente em todos os sentidos. O sucesso e vitória alcançadas no seu ministério e na sua vida atribui exclusivamente à imensa Graça de Deus, dizendo, como o Apóstolo Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou”.
O pastor titular e os ministros: O Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba, nasceu no Recife (PE) a 4 de agosto de 1943, o décimo segundo filho do casal Amazonila Aguiar (SEC, 1919) e José Munguba Sobrinho (STBNB, 1918). O pai era natural de Alagoas, e mãe do Amazonas. O pastor José Munguba foi aluno do STBNB, pastor na PIB Manaus (AM, 1919-1929), na IB Zumbi (1929-1930) e na IB Capunga (1930-1967), professor do STBNB. Tomaz nasceu e cresceu vendo o exemplo dos pais no lar, na igreja e no serviço do Senhor. Aluno do Colégio Americano Batista (Recife), ingressou no STBNB – recebendo o Grau de Bacharel em Teologia (1966) e na UNICAP, recebendo o Grau de Licenciado em Filosofia (1972). Era aluno do STBNB (1966) quando começou a servir como auxiliar do Pr. Firmino Silva, na PIB João Pessoa. A igreja, a (*) Ministro de Ação Social 5 de novembro 1966, o conda IEB João Pessoa sagrou ao Ministério Pastoral (**) Membro do Conselho e o empossou Pastor Titular. Editorial d’O Jornal Batista Casou (janeiro/1967) com
Coral da IEB - 90 Anos - regido pelo Mt. Ebenezer Pr. Tomaz José de Aguiar Munguba (Titular) e Pastores Culto de Gratidão: Pr. Tomaz Munguba e a esposa Sonia Alves, Pr. Linaldo Guerra, Pr. Wander Gomes, Pr. Lourenço Ebenézer Munguba, Josué Peixoto Neto, Felipe Sotero de Albuquerque, Haydene Casse e Flavio Bento de Lima Josué Peixoto e a esposa Marliete Peixoto, Ebenezer Munguba e a esposa Angelica Munguba
10
o jornal batista – domingo, 10/11/13
Adauto Santos UMM Vila Celeste Itaquaquecetuba, SP
notícias do brasil batista
UMM de Vila Celeste celebra aniversário
E
m 28 de setembro a UMM (União Missionária Masculina) de Vila Celeste, em Itaquaquecetuba, SP, comemorou o seu 2º aniversário. Foi uma noite de louvor e adoração ao nosso Deus com as participações do Quarteto Tertúlia, UMM da Igreja Batista Itaquá e UMM de Vila Celeste.
Foram reunidos cerca de 85 irmãos que apoiaram o trabalho. Com uma reflexão sobre o tema: “Escolhas que contrariam a vontade de Deus” (I Sm 16.7b), esplanada com m uita pr opr iedade pelo pastor Marcos Araújo, professor da FABTEO (Faculdade Batista de Teologia). Estamos ainda nos primeiros passos desta caminhada, porém com a mente voltada para alçar voos ainda maiores.
Embaixadores do Rei de Alagoas realizam o seu 53o acampamento anual Marcos Monte Colaborador de OJB
C
om o tema “Embaixadores do Rei fortalecendo e impactando a nova geração”, foi realizado nos dias 13, 14 e 15 de setembro, o 53º acampamento anual da organização no estado de Alagoas. O Acampamento Batista Pastor Boyd O’Neal, na aprazível cidade de Paripueira, Região Metropolitana de Maceió, recebeu os jovens participantes e seus líderes. Quinze igrejas batistas, da capital e interior do Estado, foram representadas pelos 180 inscritos que, numa programação atraente e dinâmica, envolveu líderes e liderados, levando-os a ter um maior envolvimento com a Causa do Mestre Jesus. Além da taxa de inscrição, também foi solicitado um kilo de alimento não perecível, por participante, destinado ao Desafio Jovem de Alagoas, centro de recuperação de dependentes químicos. Ao despertar, 6h da manhã, os líderes dos grupos conduziam os garotos ao campo de futebol do Acampamento para o tradicional “desenferrujar”, quando eram realizados exercícios físicos e, logo após, era servido o café da manhã. Aliás, as refeições cuidadosamente preparadas pela equipe de Cláudia Lopes e Maria Tenório Ramos, tiveram 100% de aprovação. O seminarista Wellington Balbino Costa, como orador oficial, trouxe aos participantes inspiradoras mensagens, conclamando os
Embaixadores do Rei de Alagoas
presentes a ter uma vida de maior consagração a Deus. O Ministério de Louvor da Igreja Batista Lírios do Vale, do Complexo Residencial Benedito Bentes (Maceió), foi o responsável pelo louvor. A parte recreativa, conduzida pelos monitores, compreendia futebol, vôlei, ping-pong e natação. Não faltou também o tradicional banho no belíssimo mar de Paripueira. A premiação aos que se destacaram nas diferentes modalidades deu-se com a entrega das medalhas no encerramento do encontro, domingo pela manhã. O encontro marcou decisivamente a vida dos garotos, como a de Eduardo Ymamura Soares, 9 anos, da Igreja Batista Betel, em Maceió: “Este acampamento foi muito bom, pois aprendi mais da Palavra de Deus. Também fiz amizades e desfrutei de todo espaço disponível neste paraíso que Deus nos deu.
Confraternizei-me e diverti-me com os novos amigos que aqui encontrei”. A alegria e a satisfação dos garotos eram estampadas de forma clara em seus rostos. “Durante seis anos, Deus tem me dado o privilégio de trabalhar como coordenador estadual dos Embaixadores do Rei em nosso Estado. A organização tem se preocupado muito em inserir os garotos da faixa etária de 9 a 16 anos num ambiente onde tenham o desenvolvimento físico, moral e espiritual, a que mais carece de atenção, visto que as mazelas do mundo, como drogas e outros vícios estão levando os não-assistidos a uma vida deplorável, preocupante. Sem dúvida alguma, este acampamento coroa com êxito os 65 anos da organização no Brasil”, declarou Orlando Galdino Lopes Filho, membro da Igreja Batista de Bebedouro, na capital alagoana.
Que os nossos pastores e líderes batistas, que têm em suas igrejas a organização em pleno funcionamento, procurem apoiar e incentivar ainda mais essa abençoada organização. Àqueles que
insistem em dizer que trata-se de coisa ultrapassada, que não funciona mais, por vivermos uma realidade diferente, procurem se informar dos bons resultados. Os frutos estão sendo colhidos.
Embaixador do Rei Eduardo Ymamura
Orlando Galdino, coordenador estadual dos ER’s
o jornal batista – domingo, 10/11/13
missões mundiais
15 anos da JMM na Itália
11
Pr. Luiz Cláudio Marteletto Missionário da JMM em Treviso, Itália
N
o dia 19 de outubro, aconteceu na cidade de Mântova, norte da Itália, uma programação especial para celebrar os 15 anos do trabalho missionário dos batistas brasileiros no país, realizado através da Junta de Missões Mundiais. O culto de gratidão aconteceu em um teatro na localidade de Goito, e reuniu mais de 300 pessoas de todas as igrejas onde os missionários estão ou ajudaram a organizar. Além dos oito casais de missionários que atuam nesse campo, também estiveram presentes o diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos B. Soares; o presidente da Convenção Batista Brasileira, Pr. Luiz Roberto Silvado (Igreja Batista do Bacacheri, Curitiba/PR); e o Pr. Carmine Bianchi, representando a União Cristã Evangélica Batista da Itália (UCEBI). O Pr. João Marcos destacou o avanço do trabalho missionário em solo italiano, que nesses 15 anos organizou oito igrejas e está em processo de organizar outras quatro. E disse ainda: “Devemos orar para que o avivamento alcance outros países da Europa”. De passagem pela Itália, o Pr. Silvado foi o pregador na ocasião. Ele transcorreu sua mensagem no tema “Quando uma igreja é viva”, baseado no texto de Atos 13.1-12, destacando que a igreja deve estar atenta à voz do Espírito Santo, que é quem conduz a obra missionária.
Resumo dos 15 anos O trabalho missionário dos batistas brasileiros na Itália, através da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira, começou em 1998. Uma história que agora completa 15 anos. Os pioneiros foram os missionários Fabiano e Anne Nicodemo e Manoel e Raquel Florêncio, que chegaram em agosto daquele ano. A família Nicodemo se estabeleceu em Nápoles e a família Florêncio, em Ferrara. Em Nápoles, o casal Fabiano e Anne Nicodemo logo começou a plantação da Igreja Batista em Arzano, em colaboração com a Igreja Batista de Casoria. Ali os missionários permanecem por cinco anos, deixando a igreja, em 2003, com 175 pessoas e liderança italiana. Em Ferrara, os missionários Manoel e Raquel Florêncio serviram na Igreja Batista de
Culto de gratidão pelos 15 anos da JMM na Itália
Ferrara, na época liderada pelo pastor Carmine Bianchi, onde começam a dirigir algumas células de estudos bíblicos. Nessa igreja, Manoel Florêncio pregou o seu primeiro sermão em italiano. A família Florêncio permaneceu em Ferrara até 1999. O objetivo desses missionários é fundar novas igrejas na Itália. Com essa visão, ainda em 1998 eles começaram a se reunir com um grupo formado por quatro brasileiros e quatro italianos em Mântova. Esse grupo é fruto do trabalho que começou em 1992, com o casal de brasileiros Milton e Teresa Bambini, de São Paulo. Em junho de 1999, o grupo, já bem maior, começou a fazer cultos num espaço cedido pela prefeitura. Pela manhã, culto na língua italiana e, à tarde, em português. Nesse período, o trabalho em Mântova contava, também, com as colaborações do missionário Caio Bottega e do então seminarista Fábio Pegas, que dedicava suas férias no Brasil para fazer Missões na Itália. Ao mesmo tempo, os missionários Manoel e Raquel Florêncio já trabalhavam em outra cidade: Treviso. A partir de outubro de 1998, um grupo de 11 brasileiros e três italianos, que já se reuniam havia mais de três anos, os convidou para estar com eles e realizar um culto, uma vez por mês, em português. O
grupo se solidificou e, em 17 de março de 2001, nasceu a Igreja Batista Agape de Treviso, com 19 membros. Em janeiro de 2002 assumiram a liderança da igreja, já com 34 membros, os missionários Caio e Astride Bottega. Enquanto isso, o trabalho em Mântova se solidificava. Assim, no dia 9 de junho de 2002, nasceu a Igreja Cristã Evangélica Batista de Mântova, com 19 membros. Na cerimônia, o missionário Manoel Florêncio passou a Igreja para o agora pastor Fábio Pegas, que teve o privilégio em constar na lista dos membros fundadores da Igreja. Em junho de 2003, mais uma vez a família Florêncio entrou em cena para iniciar uma nova igreja, agora na cidade de Milão. Em novembro daquele ano, nasceu o primeiro grupo de célula, com nove irmãos. No dia 4 de março de 2006, foi organizada a Igreja Bíblica Batista de Milão, com seis membros. Em dezembro de 2007, assumiram a Igreja, agora com 34 membros, os missionários Fernando e Ione Pasi. No mesmo ano, 2003, os missionários Fabiano e Anne Nicodemo deixaram Nápoles e foram para Cesena. Em 21 de setembro realizaram ali o primeiro culto, com um pequeno grupo de irmãos, e assim nasceu a Igreja Batista em Cesena.
Também em 2003, a Igreja Cristã Evangélica Batista de Mântova começou um novo trabalho na cidade de Bréscia, iniciado na casa dos irmãos Antonio e Aurea. Após três anos, no dia 15 de junho de 2006, foi fundada a Igreja Cristã Evangélica Batista de Bréscia, com 29 membros. Em 1 de dezembro de 2007, a Igreja passou a ter a liderança dos missionários Luiz Carlos e Sandra Moreira, que estavam na Itália desde 2006. Naquele mesmo ano, a Igreja de Mântova iniciou mais um trabalho, desta vez na cidade de Milão na casa dos irmãos Oziel e Angela. Em 8 de maio de 2010, foi organizada a Igreja Crista Evangélica Batista de Milão, com 14 membros. No dia 30 de agosto de 2013, o Pr. Fábio passou o ministério ao Pr. Edilberto Busto. Na ocasião, a Igreja contava com 25 membros. Em 2008, nasceu a Igreja Cristã Evangélica Batista de Florença, na casa do Pr. Davson e da irmã Marineide. Após dois anos de acompanhamento espiritual e doutrinário da parte da Igreja Cristã Evangélica Batista de Mântova, a igreja de Florença foi organizada. Ela está em constante expansão, e tem atualmente 40 membros. Outro local em Milão com a presença de missionários da JMM é Casorate
Primo, com Manoel e Raquel Florêncio, na igreja local desde 2005. A Igreja conta hoje com mais de 120 membros, sendo a maioria de italianos. Seguindo com sua expansão pela Itália, em 2013 a equipe JMM no país cresceu com a chegada dos missionários Luiz Cláudio e Denise Marteletto, que estão em Treviso; e Edilberto Junior e sua esposa, Pricila, que em agosto de 2013, assumiram a liderança da Igreja Cristã Evangélica Batista de Milão. Além deles, desde 2012 a JMM tem em seu quadro os primeiros obreiros da terra na Itália: o pastor Alessandro Sanfelici e o seminarista Paolo Zuccher, que atuam em Mântova. Tributamos ao Senhor toda a honra e toda a glória pelas oito igrejas fundadas e pelas outras quatro em processo de serem organizadas. Somos gratos às igrejas e aos batistas do Brasil que têm tido a visão de investir na evangelização da Itália. Também agradecemos o apoio irrestrito da UCEBI, por toda sua atenção e colaboração nesta parceria. Reconhecemos a graça e a direção de Deus nestes 15 anos de história dos batistas brasileiros na Itália. E por tudo louvamos a Deus por nos permitir fazer parte desta história que está sendo escrita em terras italianas.
12
o jornal batista – domingo, 10/11/13
notícias do brasil batista
Brasil batista comemora o Dia do Diácono
José Octávio dos Santos Presidente dos Diáconos Batistas do Brasil
A
s igrejas batistas brasileiras celebram hoje, segundo domingo de novembro, o Dia do Diácono, quando prestam homenagens aos servos de Deus, separados e ordenados pelas igrejas, para um serviço especial. No texto de I Timóteo 3, aparecem, cuidadosamente esboçadas por Paulo, as qualificações dos que deveriam servir à Igreja como diáconos: “Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não co-
biçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (I Timóteo 3.8-13). Também no início de sua carta aos Filipenses, lemos isso: “Paulo e Timóteo, ser-
vos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos”. No capítulo 6 do livro de Atos temos a instituição dos diáconos, onde são ressaltadas as qualificações dos que haveriam de ser escolhidos. Temos, então, forte base bíblica para afirmar que, começando na Igreja em Jerusalém, o ofício do diaconato desenvolvera com a aprovação e a bênção do Espírito Santo. Reconhecendo ser este um ofício divino e na qualidade de presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil desde janeiro deste ano, tenho incentivado os aproximadamente 40 mil diáconos da nossa Pátria a estabelecerem como meta a busca da Santificação, através de uma comunhão permanente com o Senhor, resultando, assim, numa vida de boa reputação e cheia do Espírito Santo; da Participação de todos no exercício do trabalho diaconal nas igrejas, nas associações regionais, estaduais e na ADBB, pois, sem essa participação o trabalho não avança; e a Oração, como mola mestra desse tripé. Em todos os meus contatos tenho pedido que cada diácono batista brasileiro
seja um cumpridor e um multiplicador deste nosso desejo. Ao longo deste ano norteamos as nossas ações baseados no tema “Diáconos desafiados a ser padrão na valorização da nova geração”, ressaltando o nosso papel neste processo tão importante e urgente, de olharmos e cuidarmos desta nova geração objetivando valorizá-la e prepará-la para ações que a dignifique e nos traga alegrias, em, olhando para trás, vermos que cumprimos o que Deus nos deu como missão. Queridos diáconos e diaconisas, diante de Deus somos responsáveis em transmitir à nova geração valores que perdurem e produzam nela mudanças capazes de torná-la relevante não apenas no Reino de Deus, mas também como cidadãos do mundo. Para tanto, é necessário que cuidemos de nós mesmos, buscando uma vida de santificação exemplar diante de Deus e dos homens, a fim de que sejamos bons testemunhos para a nova geração, deixando-lhe um legado de confiança, obediência constante e fidelidade a Deus. Com muita alegria e gratidão a Deus tenho acompanhado o desenvolvimento
e crescimento dos trabalhos nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão. Tive o privilégio de ser o Orador Oficial nos Congressos Estaduais em MG e PE e participado de outros, vendo de perto, o entusiasmo com que aqueles servos desempenham as suas atividades, sendo fiéis cooperadores de suas igrejas e pastores. Se Deus quiser, estaremos reunidos no dia 22 de janeiro de 2014, na cidade de João Pessoa, por ocasião da Assembleia da ADBB, dentro da programação da Assembleia Anual da CBB. Naquela ocasião estaremos contemplando o trabalho realizado nas diversas Associações espalhadas em nosso país e apresentaremos o planejamento para as nossas atividades em 2014, quando pretendemos realizar cinco grandes Congressos Regionais, no Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, buscando, assim, dinamizar o trabalho das Associações. Estejam orando pela direção da ADBB e pelo alcance dos nossos objetivos para o próximo ano, para o que estamos contando com o envolvimento e participação efetiva de todos os diáconos batistas brasileiros.
Batistas em Artur Nogueira em festa Cleverson Pereira do Valle Pastor Presidente da PIBAN
A
Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira foi organizada no dia 24 de outubro de 1998. Há 15 anos a Igreja tem feito à diferença na cidade de Artur Nogueira. Vidas têm sido transformadas pelo poder do evangelho de Cristo. No dia 13 de outubro aconteceu uma confraternização em uma chácara da cidade, o pastor Cleverson Pereira do Valle falou sobre a importância da Igreja ensinadora e realizou cinco batismos. Os cinco irmãos pertencem à mesma família. Foram batizados os irmãos Claudio da Fé Medeiros, sua esposa Cleudineia Medeiros, Fábio Salata da Silva e esposa Sueli Silva e a irmã Cristiane Rodrigues. Após os batismos os irmãos
saborearam um delicioso churrasco, foi uma festa que se estendeu até o culto vespertino no templo. Os irmãos receberam o certificado de batismo das mãos de seus discipuladores. O pastor desafiou a Igreja no dia 6 de outubro a levar
a Cristo e batizar 15 novos membros até o dia 31 de dezembro deste ano em comemoração aos 15 anos da Igreja, foram cinco batizados no dia 13 e agora só faltam 10. Já temos um casal interessado em descer às aguas e quatro adoles-
centes, para honra e glória de Deus. As festividades de aniversário continuaram, dia 19 com uma mini vigília de oração e dias 26 e 27 de outubro com cultos de gratidão a Deus pelos 15 anos. O nosso desejo é continuar
discipulando vidas e levando outros à Cristo. Crescer nas três direções: para cima (em relação a Deus), para dentro (em relação à comunhão interna) e para fora (alcance de perdidos). A Deus toda a honra e toda à glória.
notĂcias do brasil batista
o jornal batista – domingo, 10/11/13
13
14
o jornal batista – domingo, 10/11/13
ponto de vista
Irmão Manoel Messias, escolheu viver para a glória de Deus José de Arimateia Bezerra de Almeida Pastor da IB do Centenário, em Figueirópolis, TO Pioneirismo
L
er e ouvir sobre pessoas que edificam nossas vidas faz bem, mas a experiência de conviver com pessoas capazes de nos inspirar, é gratificante! Na história da evangelização do Brasil batista, Deus levantou e continua levantando homens e mulheres que formam uma imensa galeria desses “heróis da fé”, que presenteiam a nova geração de crentes com histórias fantásticas, que revelam a saga de uma geração, cujo legado nos incentiva a prosseguir em nossa jornada de fé. Neste universo de heróis anônimos para o mundo, mas visíveis para Deus, sem demérito para qualquer deles, desejo mencionar um, que foi o pioneiro na evangelização do antigo norte goiano, hoje sul do Tocantins. Trata-se do irmão Manoel Messias da Silva, que ao lado de sua esposa, irmã Maria Campos da Silva, e toda a sua família, escreveram uma bela página na história dos batistas, como pioneiros na evangelização do sul do Tocantins. Deus me concedeu o privilégio de, atualmente, pastorear este abençoado casal e, para fazer as anotações do presente depoimento, marcamos um almoço na fazenda do irmão Messias e, enquanto era preparada uma galinha caipira, cujo aroma vindo despertava o nosso apetite, ouvimos por toda uma manhã os “causos” da fé do irmão Messias, que abrange perigos com onças, com índios, cobras peçonhentas, perseguições e grandes e magníficos livramentos da parte de Deus.
novembro do ano de 1920, numa localidade do interior do Maranhão, conhecida como Fortaleza dos Nogueiras, onde ele viveu até os 17 anos, quando, juntamente com o seu pai, sr. Raimundo Joaquim, rumou para o norte Goiano em busca de novos horizontes. Até essa idade não teve nenhum contato com crente, pois lá “pras bandas” de onde nasceu, falar de crente era como falar de “bicho”! Havia muita perseguição e o padre ensinava que todos os crentes eram hereges. O primeiro contato com o evangelho ocorreu no ano de 1938 na cidade de Brejinho de Nazaré já no norte goiano, quando encontrou um missionário chamado João de Deus, vindo das bandas de Corrente do Piauí, que lhe presenteou com um livro do evangelho de Lucas. Ao ler o livro, o ainda jovem Messias ficou fascinado com o relato bíblico, mas como não teve mais contato com outros crentes, guardou a fé, para si.
A semente do Evangelho prospera: Passaram-se oito anos e, em 1946, já morando na região de Figueirópolis, seu pai viajou à Porto Nacional (cerca de 230km), para vender mercadorias e lá ouviu um pregador, por nome Apolônio, que além de buscar pedras preciosas, nos garimpos da região, anunciava o evangelho. Quando terminou a pregação, ele se aproximou do pregador e fez algumas perguntas sobre a “religião dos crentes”. Após ouvir as respostas, disse: “eu tenho um filho que gosta disso”. O jovem missionário perguntou: “onde você mora?” Ele disse: “no município de Peixe (hoje Figueirópolis)”. “Você se importa que eu vá lá?” “Pode ir comigo, sim!” Assim o missionário veio montado em lombo de cavalo, Eis a história: viagem para mais de semanas. O nascimento do irmão O pai do irmão Messias hosMessias, se deu no dia 04 de
Templo da Igreja Batista do Centenário, em Figueirópolis, organizada com o apoio da Igreja Batista Peniel de Gurupi através da missionária Luiza Rocha e do irmão Manoel Messias
Casal Manoel Messias e irmã Maria Campos, em 1962
Família reunida, da esquerda para a direita, Eunice, Alderina, Almerinda, Ir Maria Campos, Ir. Messias, Helcias e Geová, em 2000
lhando na roça e também liderando a obra de Deus, que lhe fora confiada pelo missionário Apolônio, pelo fato de demonstrar zelo, inteligência e possuir o terceiro ano primário, além de genuinamente convertido. Deus abençoou a união do casal dando-lhes cinco filhos, dois homens e três Os primeiros crentes mulheres, Almerinda, Helcias, da região: Na época ficaram cerca de Geová, Alderina e Eunice, forquarenta pessoas converti- mando uma família exemplar das na região, as quais foram e muito querida na região. entregues aos cuidados do irA ação de Deus: mão Messias, que tinha como Sobre os grandes livramenliteratura apenas o Jornal Batista, que vinha através de um tos mencionados pelo irmão conhecido de Brejinho de Messias, ele menciona enfrenNazaré, pois não tinha correio tamento com índios, onças e na região. O missionário pediu outros animais, mas destaca o pastor Francisco Colares que particularmente o que Deus viesse batizar os novos crentes, operou na vida de seu filho que se reuniam alternadamen- Jeová que, aos 3 anos de idade te nas fazendas da região, para desapareceu na mata, tendo ficado perdido das 9 às 15 a celebração de cultos. Posteriormente receberam a horas, numa região infestada visita das missionárias Beatriz de cobras peçonhentas, onças, Silva e Margarida Gonçalves feras, além dos índios que eram que viajaram para mais de hostis à presença de outras pestrezentos quilômetros, mon- soas. Apesar de todo o perigo, tadas em lombos de burros, o menino foi encontrado sem conduzindo uma espécie de nenhum arranhão no corpo, jangada confeccionada de depois de um grande tempotalos de buriti, sobre as costas ral, com muita chuva e queda de outro burro, para poderem de raios. Ao fazer este relato passar pelos rios da região. A o irmão Messias se emociona visita das missionárias animou profundamente, em gratidão a os crentes a prosseguirem com Deus, ao relembrar o momento do encontro com o filho, em o trabalho. meio à chuva torrencial. Uma nova família: Nasce uma igreja: Por essa época o irmão MesNo ano de 1980, quando sias casou com a irmã Maria Campos, e continuou traba- a cidade de Figueirópolis foi pedou o missionário que ficou por seis meses e todas as noites celebrava culto nas casas da região. Ao final dos seis meses, o missionário disse ao irmão Messias: “É hora de ir embora, porque os diamantes que Deus me prometeu, eu já encontrei”.
Pastores José de Arimateia e José Carlos dos Reis, em oração de gratidão pela vida do casal, no culto de comemoração pelos 31 anos de organização da Igreja Batista do Centenário
fundada, apoiado pela Primeira Igreja Batista de Gurupi, o irmão Messias procurou logo adquirir uma área com dois lotes, para construção do templo da igreja, na nova cidade, sendo que metade do valor do terreno foi pago pela PIB de Gurupi, da qual foi membro fundador, e a outra metade ele pagou do próprio bolso. Posteriormente o trabalho foi transferido para a Igreja Batista Peniel, também de Gurupi, e com o apoio da missionária Luzia Rocha, de missões nacionais, foi organizada em 26 de setembro de 1982 a Igreja Batista do Centenário, onde passaram a congregar os crentes batistas, e, que ao longo destes 31 anos tem sido uma referência na região. Dos frutos produzidos pelo trabalho do irmão Messias, antes da organização da igreja, constam os pastores Deuziano Joaquim da Silva, seu irmão, hoje aposentado e residindo em Brasília; e Paulino Ferreira Campos, seu cunhado, também aposentado, residente em Barra do Piraí, RJ e, após a organização, o pastor Paulo dos Santos Araújo, atualmente residente no Tocantins. O irmão Messias tornou-se um grande pregador e excelente professor da Escola Bíblia Dominical, ao ponto do pastor Paulino, que além de cunhado é seu amigo, dizer que “o Messias é o melhor pregador que ele já ouviu até hoje”. O testemunho continua: Em 4 de novembro de 2013, o irmão Messias aniversariou, completando 93 anos de vida. Com uma vitalidade admirável, o casal continua contribuindo na causa de Jesus Cristo, sendo fiel dizimista, generoso e liberal em ofertar, sempre presente nas atividades da igreja e grande incentivador dos novos crentes. Desta maneira, reflete as evidências de vidas que escolheram viver para a glória de Deus.
o jornal batista – domingo, 10/11/13
ponto de vista
E
stamos no mês de educação teológica e cabe agora uma reflexão sobre um dos mais importantes temas neste campo. Em geral ouvimos que nossos seminários e faculdades de teologia devem formar obreiros. O que é um obreiro? É um trabalhador, é quem executa a mão de obra em cumprimento de alguma tarefa. Mas um pastor, por exemplo, seria apenas um obreiro, um executor de obras? Não seria um pastor muito mais do que alguém que executa? Efésios 4.11,12 nos ensina que Deus colocou na igreja apóstolos (missionários de hoje, podemos discutir isso depois), profetas (os que anunciam a verdade de Deus, seriam os pregadores), evangelistas (os que anunciam a salvação de Deus) e os pastores-mestres (no texto grego estes dois substantivos estão juntos) para aperfeiçoar (no original, tornar algo naquilo que deve ser) os santos, que,
S
ervidor alegre. Contente com o seu trabalho. Ele o faz por causa de Cristo, o Servo maior. O seu coração se rejubila em servir. As suas entranhas fervilham de gratidão por trabalhar modestamente. Um homem simples no sentimento, nas palavras e nas ações. Não busca holofotes. Não almeja o pódio, mas o chão ou o húmus. Não está interessado em elogios, mas em engrandecer o Senhor com o que faz. O seu trabalho é excelente. Seus relacionamentos saudáveis. O seu coração é
15
depois de aperfeiçoados, cumprem seu ministério para que se concretize a edificação do corpo de Cristo – a Igreja. Então, estes líderes (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores-mestres) teriam como foco fazer simplesmente a obra ou aperfeiçoar/capacitar os santos para que estejam habilitados para cumprir o serviço (diakonia). Em outras palavras, os líderes têm a função de liderar, os santos de “diakonizar”! Formar obreiros é formar alguém para a execução, necessariamente não necessita ter visão estratégica de futuro, nem ter as ferramentas para avaliar cenários e tendências do mundo e como isso afeta a igreja, a vida dos crentes. Quem “diakoniza” necessita ter a segurança de sobreviver neste mundo caótico e sem Deus, necessita ter a segurança de que sua ação presente tem resultados estratégicos para o futuro e este é o papel do líder.
Formar líderes é promover a sua capacitação para que conheçam a Bíblia, a Teologia como fundamentos. É fornecer ferramentas necessárias para avaliar os cenários em formação e os seus riscos para a vida no Evangelho. É ensinar o líder a dar ao povo de Deus segurança bíblica e teológica para viver sob a óptica do Evangelho diante do caos do mundo. É capacitar para cuidar de vidas de modo a dar-lhes saúde espiritual. Por muito tempo nossos seminários foram mobilizados a formar obreiros em vez de formar líderes. Será que não seria este um dos motivos da fraqueza que sentimos em muitos pastorados ou absenteísmo em nossa influência diante da sociedade e seus dilemas? Fraqueza espiritual de muitas igrejas que acabaram se tornando em orfanatos espirituais? Formar líderes, portanto, exige muito mais do trabalho de um seminário ou faculdade teológica. Exige que sua ação
educacional ultrapasse a formação cognitivo-acadêmica em transmitir conhecimentos (SABER) ou mesmo a formação prático-ministerial (FAZER), deve incluir a construção do conhecimento (REFLETIR), a formação afetivo-mental equilibrada para dar conta dos desafios da vida e ministério (SENTIR), além da formação nos relacionamentos, convivência, gestão de conflitos humanos (CONVIVER) e, mais ainda, na formação do caráter exemplar a ser seguido de pureza de vida (SER). Por isso mesmo, uma escola teológica não pode ter uma GRADE curricular, mas uma MATRIZ curricular. A grade está ligada à uma prisão, uma matriz à construção de vidas. Portanto, um seminário é mais do que escola de profetas, é escola de evangelistas, de apóstolos, de pastores-mestres, de conselheiros, de assistentes sócio-espirituais. Vejam como empobrecemos e limitamos nossos seminários no decorrer da história.
E aqui ainda entra um conceito educacional também muito importante. Falamos em treinar, treinamento. Hoje, em educação, treinar é domesticar, é adestrar. Preferimos o verbo capacitar, formar, que nos leva mais além, pois formar líderes é formar homens e mulheres transformados e transformadores. Mais ainda, quando estivermos promovendo um curso de atualização podemos chamar isso de recapacitação, mas nunca de reciclagem, que é um termo próprio para o reaproveitamento de lixo. Pessoas são pessoas, lixo é lixo. Vamos aprender então a compreender corretamente estas variáveis educacionais. E, querido(a) leitor, ainda nem falamos sobre a função estratégica da formação teológica para garantir a qualidade no futuro de nossas igrejas e denominação. Tudo isso requer uma completa revisão em nosso modo de pensar educação teológica e ministerial. Você aceita esse desafio?
prazeroso em repartir o pão, o espaço e o cuidado. É proativo. Um homem exemplar, admirado pelos mais novos e mais velhos. Sensível às necessidades dos outros. Nutre a hospitalidade em seu coração. Um homem pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar (Tg 1.19). Sábio em suas decisões. Que tem prazer em adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4.24). Ele é manso e humilde de coração (Mt 11.29). Aprecia viver aos pés do Mestre para aprender a ser um cristão melhor, mais útil. A sua fa-
mília é ajustada. Ele é um referencial ético. Responsável em tudo o que faz. Tem o dom da misericórdia. Detentor de um espírito cooperativo e interativo. Respeitado em todos os seguimentos da Igreja. Um facilitador. Amigo sincero do pastor da Igreja e ora por toda a liderança. O seu prazer maior é glorificar a Deus em tudo o que faz. A Bíblia é o seu vade-mecum., manual de vida. Não é um diácono que cria problema, mas é um diácono-solução. Um homem de oração, que tem deleite em entrar no santo
dos santos em Cristo Jesus. Aprecia muito testemunhar de Cristo, sendo exuberante. O evangelismo é o seu estilo de vida. Sincero, procurando sempre ter um olhar introspectivo. Um homem cheio do temor do Senhor. Eis o diácono bíblico chamado para ser oficial da Igreja. Que não pleiteia cargos, mas cargas. Ele deve ter a fé de Abraão; a simplicidade de Isaque; a persistência de Jacó; a capacidade administrativa de José; a liderança de Moisés; a liderança na família à semelhança de Josué; a confiança de Davi; a amizade de Jônatas;
a sinceridade de Jeremias; o amor de João; a coragem de Estevão; o espírito evangelístico de Paulo. Deve ser um imitador de Deus como filho amado, andando em amor como Cristo nos amou e a si mesmo se entregou por nós (Ef 5.1,2). Que privilégio ser um diácono, um servidor de Jesus, um homem amoroso, deleitoso e espirituoso. Íntegro a toda a prova. Que ama a Igreja do Senhor Jesus, sua família e o seu país. Um diácono que dê prazer ao coração do Pai, que o criou e o redimiu em Cristo Jesus, Seu Filho.