Jornal Batista - 46

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 17/11/13

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIII Edição 46 Domingo, 17.11.2013 R$ 3,20

A colheita continua no Piauí

Os batistas se mobilizaram para impactar vidas durante a Trans Piauí, em julho, e muitos frutos foram colhidos. Uma das provas do avanço do evangelho é a cidade de Simplício Mendes. Recentemente, houve o batismo de 19 pessoas, frutos da Operação Jesus Transforma (pág. 07).

Detran realiza Encontro de Líderes em Prol da Vida Na tentativa de sensibilizar as pessoas por um trânsito mais seguro, cerca de 150 líderes religiosos de diferentes denominações se reuniram dia 18 de setembro no IV Encontro de Líderes em Prol da Vida, uma iniciativa do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS). O presidente da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense (CBSM), professor Ivan Araújo Brandão, esteve presente (pág. 9).


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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calendário batista é repleto de datas festivas. Datas estas que servem para comemorar e para reflexão, como é o caso do Dia da Educação Teológica. Hoje se pode comemorar o quanto o Brasil batista cresceu em número os seus pastores, com passagem em seminários de grande conceito e valor. Pessoas que se dedicaram à educação teológica e hoje usam tal conhecimento para abençoar vidas. Dos poucos missionários americanos da

denominação batista aqui no Brasil, hoje são inúmeros que se dedicam ao ensino. Mas também é momento de refletir sobre a educação teológica, afinal de contas, tudo precisa evoluir, principalmente a educação, e com toda certeza, a educação teológica. Os grandes estudiosos do passado deixaram um grande legado, o que é impossível de ser negado, mas até eles trariam ideias diferentes hoje. Esta é a ideia primordial para o crescimento da educação

teológica batista. Se o mundo em que vive não evoluísse, não haveria problema em manter como está, mas esta não é a realidade. Atentando para a educação teológica, será alcançado todo o povo batista. Dentro desta ideia alguns pontos precisam ser modificados, outros pontos mantidos. Aos pensadores de tal educação o respeito merecido, a confiança de que a evolução necessária será realizada com sabedoria, e a oração pedindo a Deus a bênção para as

decisões e passos corretos. Que a educação teológica não seja um equívoco de pensamentos, mas sim uma ideologia bíblica. Que seu ensino veja do próprio Criador, Deus. Que possa servir para abençoar, e não amaldiçoar. Que seja para unir, e não dividir. “Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho”. (II João 1.9). (AP)


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A dádiva do melhor

D Walter Membro PIB Campo Grande/MS Seminarista da Escola Charles Spurgeon

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stou escrevendo isso, pelo pesar do meu próprio coração, e talvez o seu entre no mesmo coro que o meu. Ultimamente tenho me dedicado muito no estudo da Teologia, simplesmente porque ela fala de Deus, estuda e tenta entender a pessoa maravilhosa do Senhor, apesar de que isso não seja 100% possível. Mas o fato é que aos que se debruçam sobre os profundos mistérios de Deus são dados os maiores prazeres daquele que revela as coisas com prazer. A Teologia, propriamente dita, é uma ferramenta indispensável para aqueles que desejam se tornar bons obreiros, que pretendem dar suas vidas para conduzir em segurança o rebanho de Cristo, e, principalmente, para aqueles que desejam conhecer como é o Deus que servem. Isto porque entendem a seriedade da advertência contida em Oséias 6.4, isto é, que o povo perece por que lhe falta conhecimento, e o conhecimento do Deus que vive eternamente. Desse modo, aos que passam noites inteiras, dias inteiros, minuto após minuto refletindo sobre a Grandeza de Deus, sobre os pensamentos de Deus, sobre as coisas nobres e ocultas de Deus, recebem pouco a pouco suas revelações, pois Ele prometeu revelá-las aos pequeninos (Mt 11.25). Aqueles que passam grande parte de suas vidas respirando e sentido prazer nos momentos de aprendizado das coisas do alto começam a encontrar o caminho mais seguro para descansar suas almas, para alcançarem promessas e para andarem em júbilo constante. A Teologia, uma vez aberta aos pequenos servos, é capaz de tornar-

-lhes mais apaixonados, mais amantes, mais zelosos, mais sóbrios, mais sérios e fazem meninos se tornarem homens valentes. É isso que a Teologia faz com as pessoas. Não apenas as tornam seguras e convictas do amor daquele que é o Amor, mas as fazem desejarem profundamente que aqueles que estão ao seu redor sintam o mesmo prazer, faz com que olhem para seus estudos com maior zelo, pois sabem que por ele, como instrumento da Graça, muitos podem vir a conhecer aquele que realmente vive, Cristo, e sejam salvos (I Tm 4.16). Sim, é isso que a paixão por Deus e por sua pessoa fazem com os homens que dedicam tempo para descobri-lo. Eles vivem felizes. Este é um lado da espada, o lado que gera vida! Entretanto, há um lado mais obscuro, tenebroso e dolorido, da qual a igreja de Cristo tem enfrentado desde que surgiu. Este lado tende a gerar divisões, acusações, inimizades e todo tipo de pecado de desunião, exatamente o contrário do que Cristo nos ensina. Este é um lado pontiagudo, que deixa marcas profundas, que gera convencidos e não convertidos, que trai com um beijo amargo, estilo Judas. Esse é o lado feio da doce teologia. Entram por este caminho todos aqueles que não mantêm os olhos em Cristo, e que passam a admirar suas mentes brilhantes. Estes são aqueles que acham que foram instruídos sem a graça de Deus (eles o negam, é claro), acham que são mais santos ou espertos que aqueles que estão na igreja por décadas, acham que todos são meninos na fé e ele mestre de cegos. Eles desenvolvem um orgulho pessoal rasteiro, que nem mesmo percebem, e negam qualquer exortação de frieza, arrogância ou qualquer coisa nesse sentido. São bons

exegetas, tem sempre bons argumentos, são doutores em línguas originais, sabem sobre Deus mais do que os “ignorantes” crentes atuais, não bastasse, sabem mais do que muitas cabeças brilhantes do passado. Alguns chegam ao cúmulo de afirmar que Deus os revelou, como se isso nunca tivesse sido feito em mais de dois mil anos de histórias. Esses são aqueles que coam mosquitos mais engolem camelos (Mt 23.24). Eles se preocupam com a cor da cortina do templo, com o estilo de pregação, se há ou não holofotes e para que servem no templo. Eles engolem mandamentos importantes que requerem auto-avaliação sincera, em contrapartida, engasgam na liturgia do culto. Esses, geralmente, nem sabem que são assim, e se alguém lhes disser, eles negam com falsa humildade. Como diz Paulo, eles têm um zelo, porém, sem entendimento (Rm 10.2). É justificável sua preocupação com as coisas santas, mas invariavelmente eles pecam pelo exagero. É como tenho dito, é como chegar na praia e questionar se a areia é branca ou rosada. Eles se tornam intolerantes até mesmo com o fluir do Espírito Santo, que não é manipulado por nada. Neste grupo, o extremismo é evidente, e eles acham isso louvável. Jesus foi um revolucionário, diz a maioria deles, mas se esquecem que Cristo é o mestre desse trapézio, equilíbrio é com Ele mesmo. Tudo, absolutamente tudo tem de estar conforme eles acham que deve ser, não há nenhuma abertura, não há espaço para improviso. Este grupo de teólogos poderiam ser os “mestres” de I Coríntios 12.28, mas na maioria das vezes se tornam as pedras de tropeços que fazem os pequeninos tropeçarem. O mais incrível disso é ver quanta divisão existe entre teólogos do mesmo time,

entre as verdades que Jesus ensinou a Nicodemus, houve uma que tem sido abundantemente citada pelos cristãos: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). As verdades reveladas por Jesus sempre são revolucionárias e inesperadas. Na resposta a Nicodemus, Jesus colocou interligadas coisas que nenhum religioso pensaria. Quem jamais imaginaria que o mundo é amado por Deus? Ou que Seu amor é tão intenso que doou o Cristo? Ou que ter fé em tal revelação restaura pessoas decaídas? Ou, até, que a vida eterna seja uma consequência de tudo isso?

Só que agora, olhando para mais de vinte séculos, percebemos que a revelação feita por Jesus tem sido confirmado em cada detalhe. A mensagem cristã continua a mesma. Ela transcende todos os bonitos movimentos humanitários, que têm erradicado pobreza, lutado pela justiça às minorias, ou dado oportunidades aos mais fracos. A mensagem cristã nos manda dar o nosso melhor, à semelhança do amor de Deus, que doa Jesus Cristo. Dar Jesus Cristo ao mundo é levar a sério o tamanho cósmico do amor do Senhor, que revoluciona todos os valores das pessoas. Doar Cristo para alguém é doar-se a si mesmo. É uma fé que mistura cruz e ressurreição. Que não é lógica, mas teológica. Que não é dogma, mas amor. É a dádiva do nosso melhor.

não por discordarem aqui e acolá, mas por pura cegueira. Normalmente se espera divisão entre times diferentes, tal qual corintianos e palmeirenses, mas nunca se espera que corintianos se dividam entre si. Isso é incrível, quem dirá quando estamos falando de pessoas regeneradas? Não se espera que elas se dividam entre si, mas sim do mundo e dos hereges. É o que a Igreja de Cristo tem suportado ao longo dos séculos. E nessa altura do campeonato, quem vence? Vence aqueles que não jogam. Não estamos em um jogo! Estudamos Teologia para frutos eternos, não para nos afirmarmos. “Eu sou de Paulo”, “Eu de Apolo”, no fim, se ninguém tiver sido de Cristo, nem mesmo Paulo e Apolo teriam entrado no Reino de Deus. Amigos, infelizmente essa é a realidade que vivemos. O grande desafio que temos enquanto amantes das santas doutrinas, enquanto teólogos de um Deus que vive, é fazer com que nossa Teologia gere vida. Eu nunca poderia sequer ter pregado com autoridade e convicção há alguns anos atrás como eu o faço hoje, visto que não tinha conhecimento do

Santo, e dou graças a Ele que me levou a compreender coisas profundas, ainda que parcialmente, mas já suficiente. Isso é Teologia! As pessoas que convivem comigo diariamente sabem o quanto sou apaixonado por assuntos sobre aquele que eu amo, mas eles também têm visto o quanto desejo que meu zelo gere vida naqueles que ainda estão mortos ou amordaçados em pecados. Se esse não é o fruto correto da Teologia, isto é, de usá-la para a Glória de Deus e gerar salvos, eu não quero saber de Teologia. Mas eu estou bem certo de que a boa Teologia gera vida, gera salvos para a eternidade. Para concluir, deixo minhas sinceras palavras, de alguém que sabe que ainda não sabe nada, e que entende que ainda precisa saber mais. Meu desejo é que nossos irmãos, teólogos e amantes de Santa Doutrina, passem a viver Teologia, e não apenas estudá-la, pois é desejo de Deus que os homens cheguem ao conhecimento da verdade (I Tm 2.4). Se vão chegar ou não, é outros quinhentos (como falamos aqui em Mato Grosso do Sul). Anunciemos O Santo...


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reflexão

PARÁBOLAS VIVAS João Falcão Sobrinho

Eusvaldo Gonçalves dos Santos Membro da IB Ebenézer de Americana Bacharel e Mestrado em Teologia Professor de Filosofia Cristã Do Seminário Teológico de São Paulo

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stamos atualmente mais interessados nas questões governamentais, do que nos fundamentos cristológicos e eclesiásticos, a tendência pós-moderna é mais para organização do que para o organismo vivo, estamos diante de uma eclesiologia pós-moderna que apresenta um caráter diferente do povo de Deus. Toda questão fica restrita à uma Igreja oligárquica nas relações práticas, que pode promover dúvidas nas questões ministeriais e missionárias, a preocupação é que podemos esquecer o senso de missionário e que este sistema não o recupere. Supondo que a luta pela integridade teológica, tenha forçado à um interdenominacionalismo, não deixando espaço e nem tempo para um pensamento teológico, a eclesiologia, assim como a liturgia, a propagação do evangelho, torna-se confusa, sendo ignorada e mal entendida em relação a respeito do ministério pastoral. A eclesiologia ortodoxia está sendo marginalizada e destituída do aspecto cristológico e teológico, essa mostragem tende apagar o brilho da Igreja, vamos substituindo os pastores por intelectuais, nossos esforços são mais materiais do que espirituais, é necessário uma reciclagem teológica, eclesiológica para um ministério funcional. Está faltando vida no ministério, na congregação local e uma reflexão bíblica e teológica, no sentido pastoral. Peterson detectou que, a igreja local é onde reside a fé, e a teologia cristológica, que é a mentalidade cristã, é que produz esse sistema de consumismo evangélico, forçando uma mudança no recebimento de pessoas cujo propósito são os serviços oferecidos por uma organização, onde há preferência de uma filiação, motivada pelos melhores serviços sociais, do que por uma espiritualidade de um organismo vivo e eficaz, que vai produzir uma mudança no comportamento. O evangelismo moderno negligencia as ordenanças, vivemos em meio a uma grande massa de cristãos semi convertidos e uma gran-

de quantidade de professos que não assumem um compromisso sério de um relacionamento com Cristo e com a igreja local. Para um teólogo profissional a perda da eclesiologia não significa fatalidade, pelo fato dele ser eclético no seu pensamento não doutrinário é apenas informativo. Ele tem uma teologia bíblica afastada da eclesiologia local, suas palestras teológicas são descritivas, não havendo reflexão a respeito de uma postura bíblica na sociedade. O sentido real da igreja local é onde reside a teologia da vida cristã, essa separação do corpo com a teologia acadêmica, cria um pensamento eclesiológico de acordo com as linhas organizacionais humanas, e o ministério cristão sofre as críticas. A atividade ministerial agora é a teologia dos ministérios, nossos obreiros vivem com uma filosofia de si mesmo como ministros e não pastores, querem ministrar e não pastorear, essa visão diminui a cosmovisão da teologia ministerial de uma igreja local. O ministério da igreja local começa com uma eclesiologia dentro de uma teologia continuada na vida cristã de um pastor. Milard destaca que, a verdadeira eclesiologia é mais profunda quando direciona as demais discussões. Nossa cultura pós-moderna cada vez mais pragmática e impaciente a respeito da essência onde se inicia uma teologia da vida cristã local, essa visão popularizada da igreja local e universal, inclina-se para uma visão secundária para manter afastada a eclesiologia funcional de um cristianismo

vivenciado. No pensamento pós-moderno, essa visão afastada encobre a transparência de uma Igreja de Cristo local, tornando-se cada dia mais fantasiosa e de entretimento material e passageiro, nessa eclesiologia deficiente surge uma pergunta: Onde está a doutrina da Igreja? A Igreja é uma essência que assume uma forma histórica, se essa essência não for o ponto de partida para uma vida ministerial teológica, essa Igreja ficará presa a teorias humanas, não sujeitas ao Senhor, o que está ficando para trás, é que o pensamento eclesiológico fundamental cristológico, começa com uma visão cristocêntrica de uma igreja local com raízes profundas na doutrina de Cristo, em uma teologia cristã fundamental. Quando a eclesiologia é separada da cristologia, fica separada do poder do Cristo vivo, não passando de um ajuntamento social. Thielicke diz que o fundamento de uma igreja é Cristo, com sua presença, não uma pressuposição sobre a qual se edifica uma prática eclesiológica, não é uma teologia mesclada. O fundamento é o centro de uma doutrina transformadora, é a presença real do Senhor, não pode ser uma reflexão de ideias e discussões de conceitos de uma teologia interessante. A Igreja primitiva elevava-se em um contacto com a realidade de um Cristo vivo, glorificado, e que sua presença era a essência da igreja local e universal. Mateus 1.23 apresenta o Emanuel, o Deus conosco, e conclui com o resumo desta essência eclesiologica fundamental (Mt 28.18). “Me é dado todo poder no céu e na terra”.

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m julho passado, eu tive um sonho. Sonhei, acredite, sonhei que eu tinha morrido. Eu via meu corpo coberto de flores no caixão, no templo da Primeira Igreja de Irajá. Dirigia o culto o pastor João Emílio. Pregava o Pastor Carlos Novaes. Ao piano, a Ministra Jussara tocava suavemente os mais lindos hinos. Havia muitos pastores presentes. De repente, a irmã Albertina Haubrics, que está na glória há muitos anos, mas cuja figura meiga não me sai da lembrança, tocou delicadamente o braço do Pastor João Emílio, apontou para o caixão e disse sorrindo: “Olhe, Pastor, ele está se mexendo”. Imediatamente chegaram dois diáconos, tiraram-me do caixão e me colocaram de pé. Recebi o microfone da mão do Pastor Novaes e disse: Queridos irmãos, preciso contar o que se passou comigo. Não se espantem. Eu vi o Paraíso. Irmãos, o céu é lindo! Não há coisa tão bela na terra que se possa comparar às belezas do céu. Não é uma beleza física, como uma praia ou um jardim, mas é uma beleza espiritual, que não dá para descrever. Eu estava extasiado, sem palavras. No auge do meu deslumbramento, vi Jesus vindo para perto de mim com um olhar amoroso e uma voz de tanta autoridade e ternura como nunca ouvi na terra. Ele me falou: “Falcão, volta! Volta ao Rio de Janeiro para dizer aos pastores que eles precisam abençoar suas igrejas com a visão missionária do Plano Cooperativo”. Irmãos, estou aqui de volta para cumprir a missão que o Senhor Jesus me delegou: Pastores, abençoem suas igrejas ministrando sobre a alegria da Igreja na generosidade de contribuir. Nesse ponto eu acordei, pasmado mas não surpreso porque a participação de todas as igrejas no Plano Cooperativo para bênção na vida dos crentes e das igrejas é um sonho antigo que pulsa no meu coração. Durante os 17 anos em que servi na Junta Executiva, trabalhei pela mordomia dos crentes nas igrejas e pela participação fiel das igrejas no sustento da Causa. Considero o Plano

Cooperativo, por diversos motivos, uma grande bênção para os batistas brasileiros. Fico muito triste quando me deparo com uma igreja que esteja fora dessa bênção. Aconteceu que em julho, eu recebi o meu exemplar do Livro do Mensageiro da Convenção Batista Carioca. Quando abri na página que retrata a participação das igrejas no Plano Cooperativo, senti-me chocado e triste ao ver tão grande número de igrejas sem participar do sustento da obra missionária batista. Minha esposa e eu abrimos o Livro do Mensageiro e começamos a orar pelas igrejas, uma por uma, que nada contribuem e por aquelas que estão dando uma contribuição que não demonstra nem a visão missionária nem a responsabilidade cristã de cumprir a grande comissão, nem a liberalidade que abençoa os crentes e as igrejas. Como podem as lideranças das igrejas esperar que os seus membros tenham visão e sejam liberais em contribuir se as suas igrejas não dão o exemplo? O dízimo é voluntário, mas o crente que não é generoso e fiel em seus dízimos na sua igreja, não pode contar com a generosidade do Senhor no seu crescimento espiritual (Ml 3.10,11). Do mesmo modo, a Igreja que não é fiel em contribuir para o sustento da obra missionária que povoa o céu, não cresce no poder do Espírito, pois a ordem de Jesus é: “Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária e até os confins da terra” (At 1.8). Se não for para ter esta visão, não há o poder do Espírito. Com essas preocupações em mente, fui dormir. Diz Eclesiastes 5.3 que das muitas ocupações brotam os sonhos. Fiquei tão triste em ver tantas igrejas omissas no Plano Cooperativo que sonhei com a minha morte. Mas aqui estou, vivo nos meus 83 anos, para apelar a cada pastor: Não deixe de abençoar sua igreja com a visão missionária que Jesus nos deu. Não deixe sua igreja fora da bênção que é participar liberalmente do Plano Cooperativo para que mais pecadores alcancem o lindo céu.


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vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

“Portanto, tenham cuidado: ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade” (Malaquias 2.5).

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articipando de um congresso internacional chamou-me a atenção o testemunho de um famoso pregador americano. Dizia ele que, em certa ocasião, realizava um trabalho com igrejas evangélicas na cidade de Bancoc, na Tailândia, a capital mundial da prostituição. Calcula-se que a prostituição na Tailândia gera renda de até US$ 27 bilhões por ano. Sentado no saguão do hotel, esperando por alguém que iria pegá-lo para levar até a igreja onde falaria, aproximou-se um senhor muito afeiçoado dizendo ser um agente de entretenimento masculino. Fazendo-se de desentendido, perguntou ao seu interlocutor o que seria “agente de entretenimento masculino”. A resposta, que já sabia, veio de uma maneira muito educada. Estava diante de um homem agenciador de prostitutas. Polidamente o famoso pregador disse: “Meu senhor, estou há milhares de quilômetros de minha casa, de minha família e de minha esposa. O senhor está vendo esta aliança colocada aqui no meu dedo anelar esquerdo? Esta aliança sempre me faz lembrar que eu tenho um compromisso de fidelidade com minha esposa, esteja perto ou distante dela”. Ao ouvir essa afirmação, aquele homem agradeceu pela educada, mas firme resposta e saiu sorrateiramente. Certamente você e eu não precisaremos ir até à capital tailandesa para sermos

tentados sexualmente e quebrarmos o compromisso de fidelidade conjugal. A tentação poderá ser no trabalho, na faculdade, na igreja ou na vizinhança. Se queremos agradar a Deus e mantermos nosso casamento saudável, uma atitude é ter a consciência de que uma relação sexual com uma pessoa que não seja nosso cônjuge é um pecado contra Deus e contra aquele ou aquela que Ele colocou em nossa vida para sermos fiéis até a morte. Jó é exemplo de homem, não somente em relação à paciência, mas também de pureza sexual. O segredo dessa pureza está em Jó 31.1, que diz: “Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças”. Pacto, acordo, aliança são palavras usadas para descreverem a atitude de um homem ou de uma mulher para não cair nas garras do adultério. Jaime Kemp, um ícone do trabalho com famílias e casais no Brasil, disse certa vez, num dos seminários do Ministério OIKOS que, um dia, todos homens e mulheres terão a oportunidade, dada pelo Diabo, de serem infiéis ao seu cônjuge. Na Bíblia existem muitos princípios para não ceder às tentações, dois deles estão registrados aqui: cuidado (Ml 2.5) e pacto pela santidade (Jó 31.1). O adultério tem levado muitos casamentos, famílias, ministérios à falência, mas tendo no coração o temor de Deus e a guarda destes dois princípios, e tantos outros encontrados na Bíblia, certamente teremos homens e mulheres comprometidos com a pureza sexual e fiéis aos seus cônjuges.

Cleverson Pereira do Valle Pastor da PIB Artur Nogueira

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nfelizmente vivemos tempos de analfabetismo bíblico. As pessoas falam de tudo, conhecem quem são os jogadores do seu time, atores e atrizes de novelas e, quando se trata da Bíblia, desconhecem. Muitos não sabem as ordens dos livros da Bíblia, não sabem os nomes dos a póstolos de Jesus, nã o sabem os nomes dos doze patriarcas. O que tem acontecido é um grande descaso

com as Escrituras, outro tipo de literatura tem sido mais apreciado do que a Palavra de Deus. Há livros que se tornam bestseller e não tem conteúdo algum, não acrescentam nada na vida de ninguém, mas são lidos e apreciados. O salmista escrevendo nos Salmos 119.97 diz: “Quanto amo a tua lei! Nela medito o dia todo”. O cristão deve conhecer as Escrituras e amá-la, não podemos ignorar a Santa Palavra de Deus. É através dela que conhecemos a verdade, quando

falamos da verdade estamos referindo a Jesus Cristo, o mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). É através da Bíblia que sei que sou pecador e preciso confessar meus pecados a Jesus. Quando ignoramos essas verdades fundamentais da fé cristã, estamos em maus lençóis. Chega de analfabetismo bíblico, procure conhecer a sua Bíblia e viva uma vida que agrada a Deus. Somente quem ama e estuda as Escrituras conhece os decretos de Deus.

Concílio Para Exame e Consagração Ministério Diaconal

Convite A Primeira Igreja Batista em Jacarepaguá, após ter escolhido e preparado 15 irmãos para o serviço diaconal, convida Pastores e Diáconos para a formação do concílio e todos os irmãos para o expressivo culto em dois momentos: Data: 30 de novembro de 2013 Horário: 19hs –Concílio para exame 20hs –Consagração e Culto

Pr. Elias Werneck

Primeira Igreja em Jacarepaguá Estrada do Pau Ferro, 24 Rio de Janeiro,RJ


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notícias do brasil batista

Pepe Bahia valoriza a nova geração Lidiane Ferreira Convenção Batista Baiana

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á seis anos na Bahia, o Programa de Apoio à Criança na Família em Comunidade, o Pepe, realizou seu IX Treinamento para Novos Missionários Facilitadores e Treinamento Continuado. A capacitação reuniu 26 pessoas entre os dias 14 e 18 de outubro, no Seminário Teológico Batista do Nordeste, em Feira de Santana. O Pepe Bahia é uma parceria entre a Convenção Batista Baiana, a Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem (ABIAH) e igrejas locais, sendo a coordenadora estadual Jacyra Goodgloves. O treinamento contou com a participação da gerente da Coordenadoria de Integração Comunitária, Maria Assis. O projeto visa alcançar crianças carentes na faixa etária de 4 a 6 anos, como também suas famílias e a comunidade. Agora, novos Pepes devem surgir, como na Congregação Castelinho, da PIB em Teixeira de Freitas. A assistente social Thais Vilas Boas cita um texto bíblico para explicar o motivo que a levou a participar do projeto e levá-lo a essa congregação: “Pedro, se tu me amas, apascenta as minhas ovelhas”. No estado, o Pepe já está presente nas seguintes localidades: PIB do Lobato, em

Turma reunida

Momento de comunhão e descontração

Salvador (PEPE Vida Com Cristo); PIB de Formosa do Rio Preto (PEPE Pequenos Heróis); IB Peniel, em Cândido Sales (PEPE A Esperança é Jesus); PIB em Carinhanha

Pr. Paulo Dias, Maria Assis e Jacyra Goodgloves

(PEPE Estrela da Manhã); IB Memorial de Teixeira de Freitas (PEPE Passos Firmes); IB Memorial do Centenário, em Vitória da Conquista (PEPE Bem Querer); SIB de Cama-

çari (PEPE Crescendo com Jesus); e PIB de Itapetinga (PEPE Caminho Feliz). “A importância do Pepe para um igreja local é torná-la mais conhecida dentro

da sua própria comunidade e permitir à igreja uma ação evangelística muito mais eficaz”, destaca o Pr. Paulo Dias, secretário executivo da ABIAH. Foi a primeira vez que ele participou de um treinamento do Pepe no Nordeste. “Foi uma experiência muito gratificante, tivemos a oportunidade de orarmos juntos, conhecer mais de perto os desafios de cada igreja, de cada Pepe”, conta. O treinamento foi marcado pelas oficinas ministradas e também por momentos de comunhão. Os missionários facilitadores aprenderam cantigas e coreografias infantis para ministrar às crianças. Aliás, não se pode deixar de destacar a presença do único representante do sexo masculino, Pr. Sinaldo Dias, que levou e acompanhou as facilitadoras da PIB em Carinhanha. Houve clima de descontração também quando, em grupos, eles apresentaram de forma criativa o tema e divisa do treinamento, respectivamente “Valorizando e padronizando a nova geração através do Pepe” – remetendo à ênfase da Convenção Batista Brasileira para o ano de 2013 – e “Deixai vir a mim os pequeninos porque dos tais é o reino dos céus”. Foi feito um amigo secreto entre os participantes e, para finalizar, a entrega dos certificados.

Igreja Batista da Pedreira comemora 43 anos e empossa seu novo pastor de 5 anos tomaram posse no culto de aniversário da Igreja. A cerimônia de posse teve o último dia 28 de como orador o pastor Rosetembro a Igreja berto Pereira da Silva (IB Batista da Pedrei- Engenheiro Goulart, capital). ra, na cidade de Registro, no Vale do Ribeira comemorou 43 anos de ministério, dedicados na obra do Senhor. A Igreja que é conhecida por levar também o nome popular do bairro “pedreira” tem aproximadamente 150 membros. Nesta mesma data recebeu seu novo obreiro, o pastor Darcy Garcia Júnior. Com 16 anos de ministério, pastor Garcia Júnior que residia em Cubatão, no Litoral Paulista e atuava como pastor auxiliar da PIEB Cubatão, abraçou o desafio de servir ao Senhor junto com os irmãos da Pedreira. Ele, a esposa Elane Rodrigues Garcia e o filho Juan Carlos Dione Aguiar TV Tribuna

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Contou também com a presença dos pastores do Vale do Ibeira, incluindo pastor Eduardo Santos - Igreja Batista de Eldorado e presidente da AIBAVAR (Associação das

Igrejas Batistas do Vale do Ribeira) e também de pastores do litoral, entre estes o pastor Alípio Coutinho Júnior - presidente da OPBB/sub-secção do Litoral Paulista.

A família do pastor Garcia Júnior foi recebida com muito carinho pelos irmãos da Igreja Batista da Pedreira. O amor pela comunidade e também a necessidade de cumprir o chamado de Cristo tem feito a Igreja Batista da Pedreira se unir e trabalhar muito nos últimos meses. No início do mês de setembro os membros realizaram a I Feira Gourmet, os pratos variados foram vendidos e revertidos para o projeto de missões do Haiti. O sucesso da Feira mostrou a união, e como Deus tem movido o coração dos irmãos para missões. A Igreja Batista da Pedreira, junto com o seu novo pastor, caminha agora para novos desafios. Confiando que com Deus podemos fazer obras maravilhosas e alcançar corações no bairro da Pedreira, na cidade de Registro e por todo o mundo.


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missões nacionais

Vida Transformada

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Redação de Missões Nacionais

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a capital do estado do Paiuí, Teresina, o motivo de gratidão ao Senhor é a recuperação de uma jovem, chamada Deuseline Alves, que era usuária de crack e foi encontrada em um lixão no início do ano. Na época, ela estava grávida de três meses, muito magra e corria risco de perder o bebê. Foi encontrada pelo missionário Marcos Azevedo e pelo pastor Diego Machado, que conseguiram apoio da Primeira Igreja Batista do Recreio (RJ) para que ela tivesse sua passagem comprada para ir para o Rio e em seguida fosse levada para o Projeto Sonho de Mãe, que acolhe e ajuda mães dependentes químicas em Italva (RJ). Durante o período de tratamento, Deuseline entregou sua vida a Cristo, e teve seu filho. Recuperada e transformada, ela retornou para Teresina e foi recebida pelos missionários Antônio José e Rute Silva, que atuam no bairro Redenção na capital do estado. Os obreiros promoveram o encontro de Deuseline com sua mãe e irmã e durante um culto de domingo, toda a família dela compareceu na Primeira Igreja Batista da Vermelha para louvar ao Senhor.

Deuseline quando ainda estava no Sonho de Mãe

Dirigindo-se ao pastor e aos membros da igreja, a irmã dela não apenas agradeceu a ajuda, mas também relevou seu desejo de conhecer o mesmo Deus que transformou sua irmã. A seguir, Deuseline conta como foi sua trajetória: “Eu fiquei nas ruas durante três anos. Quando eu ainda estava em casa, eu sempre ia para festas e baladas, e tinha uma vizinha que cheirava cocaína. Ela me ofereceu, eu aceitei e passei a ser usuária. Em uma festa, ela estava fumando crack e como a minha cocaína acabou, me ofereceu o crack. De imediato, eu não aceitei, mas depois ainda naquela festa, vendo todo mundo fumar, eu pedi para experimentar e ali começou o tempo de destruição. Antes,

eu estudava e era o braço direito da minha mãe, pois ela fazia comida para vender e eu ajudava. Mas com as drogas, fui perdendo a confiança da família, pois como já não trabalhava mais (ajudando minha mãe), eu tinha que pegar coisas de casa para conseguir comprar drogas – e eu me arrependo muito. Mas apesar de tudo, eles nunca fecharam a porta de casa para mim e sempre tentaram me ajudar. Eu vivia uma vida de trevas, mas pedia a Deus uma luz e que me ajudasse. Eu sabia que Deus existia e que um dia ele abriria as portas para mim. E em uma vez em que me escondi para usar drogas, encontrei quatro pastores. Um deles estava filmando o local para ver a possibilidade

A colheita continua no Piauí

19 pessoas foram batizadas em Simplício Mendes

Redação de Missões Nacionais

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s batistas se mobilizaram para impactar vidas durante a Trans Piauí, em julho, e muitos frutos foram colhidos ainda durante a operação evangelística. Deus continua agindo e os obreiros da terra têm testemunhado bênçãos como vidas transformadas e cada vez mais comprometidas

com o Reino. Uma das provas do avanço do evangelho é a cidade de Simplício Mendes. Recentemente, houve o batismo de 19 pessoas, frutos da Operação Jesus Transforma. Outro motivo de gratidão se deve porque a igreja plantada na cidade já conta com a presença de mais de 50 pessoas por culto. O pastor Marcílio Barros, da Primeira Igreja Batista em Oeiras (PI), igreja mãe

da obra em Simplício Mendes, esteve presente no dia dos batismos. Emocionado, ele afirmou que “Deus está fazendo milagres no Piauí”. Glorifique ao Senhor pelas vidas que já foram alcançadas e pelo amor e visão que Deus tem concedido aos obreiros locais. Interceda para que o evangelho continue avançando no Piauí. E interceda para que esses trabalhos se consolidem no Estado.

Já recuperada, e com seu filho, no dia em que deixou o projeto

de instalar uma Cristolândia ali. Várias outras pessoas que também estavam naquela área usando drogas saíram porque pensaram que eles eram da polícia, mas eu fiquei e ele chegou perto de mim e perguntou se poderia continuar filmando e eu falei que eu só poderia ser filmada de costas. Ele sentou perto de mim e eu comecei a falar um pouco da minha vida e como eu entrei para o mundo das drogas. Eu não consegui falar muito porque comecei a chorar e ele se sensibilizou com a minha história. De repente, ele percebeu que eu estava grávida e me perguntou se eu queria mudar de vida. Eu disse que sim, e ele me perguntou se eu acreditava em Jesus. Mais uma vez, eu respondi que sim

e que aceitava ajuda. Então, fui levada para uma igreja batista e ganhei uma passagem para ir para o Rio de Janeiro para me tratar. Estou muito feliz, fui muito bem tratada e sou outra pessoa. Deus, a cada dia, tem me transformado mais ainda. Tudo na minha vida é diferente. Antes, eu até acreditava em Deus, mas não o conhecia. Me sinto livre e me sinto ‘gente’, porque na vida das drogas eu não me sentia ‘gente’; me sentia desprezada porque as pessoas não me olhavam, antes viravam o rosto. E o povo da igreja batista, do Sonho de Mãe não me tratou assim. Eu me sinto amada e cuidada, e que a minha vida tem valor diante deles e diante de Deus também”.

Participe desta campanha de natal que levantará fundos para a melhoria das unidades do Projeto Cristolândia. Acesse www.panetonecristolandia.com e saiba como.


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o jornal batista – domingo, 17/11/13

Gilciane Abreu gilciane@juventudebatista.com.br “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” (I Coríntios 13.11).

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ovembro com barba, um mês especial que a JBB escolheu para conversar com os adolescentes e jovens homens sobre o universo masculino. Queremos encorajá-los e inspirá-los a tornar-se o homem que Deus criou para ser. Estamos diante de uma cultura pró-feminista. Reconhecemos os direitos que foram arduamente conquistados durante muitos anos por mulheres corajosas, queremos equilibrá-las com o desejo simultâneo de proteger a venerada definição da feminilidade, como nos é apresentada na Palavra de Deus. Ainda assim, uma inversão de papéis se perpetua em nossa cultura, e os efeitos tem sido surpreendentes. Mulheres têm usurpado a autoridade dos ho-

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notícias do brasil batista

mens e eles têm passivamente negado seus papéis como líderes. O resultado tem sido famílias destruídas, lares desestabilizados, dinâmicas insalubres e legados arruinados. Essa mudança do papel feminino, inegavelmente, teve repercussão no papel masculino. A partir daí, nas últimas décadas, os estereótipo da masculinidade sofreu graves alterações. Infelizmente muitos homens estão desperdiçando a oportunidade de suas vidas, não conhecem o Deus a quem eles adoram e não sabem para que vieram. Tímidos e indecisos e sem a mínima ideia de seus propósitos de vida. Quando um homem finalmente compreende seu papel e entrega-se de imediato ao plano de Deus, sua vida muda completamente. Suas prioridades e sua visão tornam-se claras, e sua vida ganha propósito novo e ousado. Ele aprende a dizer “não” às coisas pecaminosas e secundárias que o impedem de seguir seu caminho com Deus e guarda os seus valores e compromissos sem se importar com as circunstâncias, por mais fortes que elas sejam. Ao invés de crescerem, se casarem e corajosamente elevarem o nível da próxima geração, milhões de jovens estão permanecendo

emocionalmente e diretamente dependente de suas mães, de entretenimento, pornografia e vídeo games. Eles querem os privilégios e recompensas da masculinidade, mas não querem a responsabilidade e exigências morais. Assim, quando se tornam pais, eles não sabem o que fazer e se sentem extremamente despreparados. Estamos trabalhando em cada atividade e eventos que realizamos, e nesse mês de forma específica com o “Novembro com Barba”, influenciar uma geração de adolescentes e jovens para se tornarem homens de honra, íntegros e piedosos, pois acreditamos que há um movimento crescente de homens que estão revoltados com a sua própria mediocridade e insatisfeitos com os padrões fracos de nossa cultura obscura. Homens que desejam unir-se a outros homens fortes e corajosos e tementes a Deus para posicionarem na defesa dos padrões bíblicos da masculinidade. Queremos uma virada de jogo. Nos acompanhe através das redes sociais, Facebook e Instagram, e no canal do youtube gafs e vídeos desse movimento que já estão mexendo com a vida de muita gente!!!

Juventude e Instituição

esse ano que se falou muito em nova geração, colocamos em nossa pauta, nossa agenda como Juventude Batista Brasileira (JBB) uma reflexão sobre Juventude e Instituição. Ao contrário do que muitos de nós pensamos, religião e espiritualidade são palavras que estão na pauta da moçada e que ocupam espaço de muita relevância em suas agendas. Gastam tempo com leituras nessa área, consultam horóscopo, possuem programas de TV e uma linha editorial específica sobre essa temática, preocupam-se com o transcendente, com o invisível. A pergunta é, nós/ evangélicos, tradicionais históricos, consideramos isso algo importante e estratégico para nossa

pastoral contemporânea? A juventude que procura pelo transcendente encontra resposta nas pregações, nos modus operandi ou, no mínimo, acolhimento para suas questões? Existem muitos exemplos que a resposta seria sim, outros cuja resposta seria não. Juventude cristã sem apoio institucional, colocará seu potencial à serviço de algum ideal, mesmo que tal seja marginal ou egoísta. Juventude cristã, capitalizada pela instituição, será massa crítica e potencial de crescimento, expansão, inserção e capitalização social, transformação de estruturas e aculturação, no melhor sentido da palavra. Por incrível que pareça, mesmo quando não acolhida, a juventude ainda acredita nas

instituições, luta por elas e tenta construir à partir de suas bases novas possibilidades de atuação. Acreditamos na instituição por ser parte fundamental do processo social, por ser nosso instrumento de carregar de forma menos transitória e personalista a temática do que cremos e pregamos. Cremos que a instituição precisa sempre continuar vivendo além de si, incluindo toda gente, e se renovando à luz da palavra de Deus e valorizando o contexto dos tempos, e principalmente se mantendo fiel à nossa bandeira de que todo ser deve ser como Cristo, toda relação como da trindade e toda sociedade como o Reino de Deus.

Juventude Batista Brasileira @JuventudeBB


o jornal batista – domingo, 17/11/13

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Detran realiza Encontro de Líderes em Prol da Vida

Luciana Bomfim Secom da CBSM

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a tentativa de sensibilizar as pessoas por um trânsito mais seguro, cerca de 150 líderes religiosos de diferentes denominações se reuniram dia 18 de setembro no IV Encontro de Líderes em Prol da Vida, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS).

segundo o governador André Puccinelli. “Os acidentes estão se multiplicando e presentes nas estatísticas de morte. São pessoas que estão ficando paraplégicas ou tetraplégicas que enfrentam uma vida de sofrimento. Não queremos isso para ninguém, pois sofre a pessoa e sofre a família nesses casos”, disse o governador, ao enfatizar que a reunião de líderes Mensagem de amor A iniciativa de reunir os vai atuar diretamente nas líderes já se tornou tradição, famílias. O presidente da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense (CBSM), professor Ivan Araújo Brandão, esteve presente representando as igrejas batistas de Mato Grosso do Sul. O pastor Ronaldo Batista Leite (PIB Campo Grande), presidente do Conselho de Pastores, também participou do evento.

Com o tema: “Ide! Suas ações definem a sua colheita”, a liderança presente poderá levar conscientização sobre o trânsito para a comunidade em que atua. “O nosso grande desafio é continuar trazendo a mensagem de amor e respeito que todos devem ter no trânsito”, afirmou Carlos Henrique Santos

Pereira, diretor-presidente do Detran-MS. Coração O presidente da CBSM recebeu das mãos do governador André Puccinelli o símbolo da campanha – um coração – que se encontra na mesa da recepção da Convenção.

Congregação Batista Multiplicadora em Tabatinga inaugura seu novo templo Pr. Cleber Souza SIB Manaus

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á dois anos iniciava-se uma nova Congregação no município de Tabatinga, no Amazonas. O casal de missionários da Junta de Missões Nacionais, Antônio Claudomiro e Márcia Nascimento, trabalha na plantação de uma nova igreja naquele município. São dedicados, sinceros e piedosos. Com dois anos possuem 37 membros batizados e 80 pessoas frequentando o projeto, além de apoiarem o projeto na Comunidade de São Francisco, onde há uma Congregação Batista da etnia Tikuna. Entre os dias 4, 5 e 6 de outubro foi realizada uma série de conferências evangelísticas, marcando a inauguração do novo Templo. A

Congregação é filha da SIB Manaus e o pastor Cleber Souza e Claudia Souza estiveram presentes naquela data. Foram noites de grandes celebrações e de muitas decisões. Irmãos de Igreja Batista em Atalaia do Norte, Primeira Igreja Batista em Benjamim Constant, Primeira Igreja Batista em Tabatinga, Congregação Batista da Comunidade de São Francisco sob a liderança de Oseias e Margarida – índios Tikunas – estiveram presentes além de outros irmãos de diversas denominações. No domingo pela manhã foram realizados seis batismos no Rio Solimões. Queremos agradecer a Missão Ide, na pessoa do irmão Josias Lira, que construiu o novo templo, bem como agradecer aos batistas brasileiros que têm sustentado aquela obra.

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IB Nova Jerusalém de Dourados inaugura novo templo

Anderson Solano Comunicação Social Convenção Batista SulMato-Grossense

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culto de louvor a Deus pela inauguração do templo da Igreja Batista Nova Jerusalém, em Dourados, ocorreu no dia 21 de setembro. Sob a presidência do pastor Mario Antonio da Silva desde 18 de fevereiro de 2000, a Igreja tem experimentado um bom crescimento numérico e espiritual, passando a necessitar de melhorias nas suas instalações físicas. Com um templo construído na segunda metade da década de 80, com capacidade para 150 pessoas, a Igreja realizava seus cultos com mais de

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O novo templo comporta 450 pessoas. O culto de consagração foi uma grande benção

200 pessoas, ficando ainda algumas do lado de fora. Em 2009, sentido a necessidade de um novo templo, a Igreja Batista Nova Jerusalém começou a guardar mês a mês recursos para a construção, começando então uma longa e cansativa jornada em

O templo moderno e confortável foi construído apenas com recursos de dízimos e ofertas

direção aos órgãos públicos, a fim de alcançar os requisitos necessários para o início das obras. Devido a uma série de questões burocráticas, a autorização só saiu depois de três longos anos. No dia 4 de maio de 2012, começaram as obras de fun-

dação do novo templo, que andaram a todo vapor, não faltando em nenhum momento os recursos financeiros necessários, senão a falta de mão de obra, que é notória em todas as obras de construção civil em nosso país.

Pela graça de Deus, depois de pouco mais de um ano e quatro meses, um lindo templo para cultuarmos ao nosso Deus foi completamente concluído. Na festa de inauguração, foram destaques aos olhos do público no novo templo a moderna iluminação, a sonorização e a inauguração com todos os itens novos, incluindo mobília e ar condicionado. Quem diria que um templo para 450 pessoas sentadas seria começado e concluído em um ano e quatro meses, sem nenhum recurso de promoção ou venda de qualquer coisa, somente com os dízimos e ofertas! Isso é para a glória de Deus e, por isso, Deus seja louvado!

Juventude Piauiense realiza treinamento de líderes

Juventude Batista Piauiense – JUBAPI – realizou nos dias 12 e 13 de outubro o treinamento de líderes de jovens e adolescentes, dentro do tema Liderados por Deus, com o objetivo de revitalizar e capacitar a Juventude de cada Associação. Esse treinamento foi realizado simultaneamente com as lideranças de três, das quatro, associações da Convenção Batista Piauiense (JUBA Litorânea, JUBA Norte, JUBA Teresina e arredores) e já podemos ver como foi importante esse passo dado pela JUBAPI, em virtude das respostas que já temos recebido de cada Juba. Neste treinamento, que teve mais de 40 inscritos, nós discutimos a realidade das UNIJOVENS e depois de apresentar os problemas nos concentramos em encontrar soluções, montando através disso o calendário para 2014, foi momento também de descontração e de fazer novas amizades além de nos alimen-

tarmos da Palavra de Deus através de seus servos, nossos parceiros Douglas Oliveira, Valdir Alcântara e Orestes Sousa. Sabendo que a JUBAPI está numa fase de reestruturação e consolidação iniciada na gestão passada, mas do que revitalizar e capacitar as JUBA’S, esse treinamento realizado de tal forma e com tanto êxito, veio também para nova motivação à equipe da JUBAPI. E para lembrar que no Senhor nosso esforço não é vão e Ele faz muito mais do que pedimos, pensamos e esperamos, a final, a obra é dEle. “O treinamento foi uma experiência nova para mim. Eu nunca havia participado de uma programação assim, sentimos que tudo foi feito de acordo com a vontade de Deus... Lá aprendi a ter uma nova visão de como lidar com minha própria vida, com a escola e principalmente como cuidar dos nossos liderados de uma forma especial, que

cada pessoa tem que ser tratada de um jeito diferente, e o líder deve saber como tratar cada um. Sei que cada um dos que estiveram ali cresceram espiritualmente e também aprenderam coisas novas que com certeza aplicarão em suas vidas e repassarão para os irmãos que não foram.” Danielle Filgueiras – JUBA Teresina e Arredores “Este treinamento representou para os seus participantes, mais do que troca de experiências, ou levantamento das problemáticas enfrentadas pelos jovens nas igrejas, representou mais do que elaboração de projetos para solucionar os problemas. Saímos renovados, com novo ânimo, com vontade de gritar aos quatro ventos o amor que sentimos por esse Deus maravilhoso a quem servimos. O objetivo foi alcançado. O Espírito Santo inspirou cada preletor para “sacudir” os jovens, as diretorias foram eleitas e a emoção ficou es-

tampada nos olhos marejados e brilhantes dos jovens que aceitaram o desafio de serem: Líderes liderados por Deus.” Raquel Maria de Araujo – JUBA Litorânea “Desde que soube do treinamento fiquei ansiosa para participar e Deus nos surpreendeu, falou profundamente aos nossos corações além de ser um momento histórico para nossa juventude, um despertar que a muito era esperado. Essa descentralização da JUBAPI só tem a contribuir para todas as jubas. Eu, particularmente, estou muito feliz, muito empolgada com esse momento tão lindo da nossa história”. Francisca Almeida – JUBA Litorânea “Encerramos o treinamento com uma avaliação e ouvimos dos jovens seus elogios e críticas, todas construtivas, percebemos o quanto aquele momento foi importante para cada líder, ao se sentirem

parte da juventude estadual e enxergando a preocupação da JUBAPI em acolher todo o estado. Os pastores presentes e representantes da associação Norte avaliaram em uníssono, como positiva, a decisão da JUBAPI em realizar o treinamento de forma regional, e se mostraram felizes e firmes em apoiar a juventude que lá ficou e acolhe-los com orientação e direcionamento na realização de suas atividades. Voltamos para Teresina com o coração cheio de gratidão ao nosso Deus pela bênção que foram os dias de treinamento com a JUBANORTE, pois também fomos treinados e tocados a sermos cada vez mais atuantes na nossa querida JUBAPI”. Rebeca Guerra – JUBA Norte “E todos os homens capazes, a quem o Senhor concedeu inteligência e habilidade para fazer toda a obra... realizaram a obra como o Senhor ordenou” (Êx 36.1).


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missões mundiais

Evangelho avança em São Tomé e Príncipe

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Pr. Thales Montes Missionário da JMM

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m outubro, nossa pequena congregação da Igreja Batista Central de São Tomé e Príncipe começou a dar passos mais largos em direção ao crescimento. Com apenas oito meses de trabalho, temos tido boa frequência de pessoas nos cultos, a maioria jovens e adultos. Pelas manhãs, fazemos um culto mais devocional, com pregações baseadas em narrativas bíblicas, e as crianças tem um culto voltado para elas, com uma linguagem própria. À noite, temos feito diferente, preparando o culto com estruturas mais leves, mais canções, filmes e uma breve reflexão evangelística. O resultado tem sido maravilhoso. Um desses resultados é o jovem Steven. Ele foi à igreja pela primeira vez em culto da manhã. Naquele dia, eu tinha preparado uma mensagem sobre transformação de vida e usei a passagem da porta estreita como caminho da salvação. Quando acabou o culto, Steven veio até mim e disse: “Pastor, você quase me convenceu”. Eu dei risada e

Thales Montes está em São Tomé e Príncipe desde 2012

Pr. Thales Montes, missionário da JMM, fala à igreja em São Tomé

respondi: “Mas não sou eu que tenho que convencer, mas sim o Espírito Santo”. Conversamos, e ele retornou à noite. No domingo seguinte, Steven participou do culto, viu o filme “O Peregrino” e depois, mais uma vez, ouviu a reflexão. Após o fim do culto, ele foi até a minha esposa, a missionária Luciana Montes, e preecheu a ficha de contatos da igreja. Nos motivos de oração, Steven escreveu: “Quero conhecer a Deus”. Resumindo a história, hoje ele não falta a um culto e aceitou fazer um discipulado junto com o grupo que quer se batizar. Glória a Deus! Foi em outubro que retornamos do período de férias, tiradas no mês anterior. Afinal,

Antes de sairmos de férias, Luciana atendia duas vezes por semana a senhora Ana, que teve um acidente vascular cerebral, limitando muito seus movimentos. Ana até ia à igreja em uma cadeira de rodas e não conseguia andar. Depois de muitas consultas e para poder sair de férias, Luciana ensinou ao marido dela alguns exercícios para não interromper o tratamento. Ao retomar as consultas, Luciana ligou para Ana perguntando se ela estava fazendo os exercícios, e ela respondeu que sim. Na retomada do tratamento, reencontramos a senhora dando pequenos passos com apoio e sem usar a cadeira de rodas. Um verdadeiro milagre. Cla-

um ano de África é muito intenso. Precisávamos realmente descansar e fizemos isso. Ao retornarmos a São Tomé, mesmo com as muitas batalhas, vimos que a equipe que temos treinado para a liderança conseguiu segurar firme o planejamento que tínhamos deixado. As experiências vividas por eles foram de todos os tipos: engraçadas, difíceis, felizes, tristes, mas o testemunho deles era incrível e fácil de ver que Deus esteve à frente de tudo. No entanto, é claro que não é só de domingos que a igreja vive. A missionária Luciana reativou o consultório de fisioterapia que temos em nosso espaço e compartilha um testemunho.

ro que o tratamento ainda é necessário e ainda há muito o que fazer, mas Deus faz o impossível acontecer. Além disso, vivemos em outubro um grande marco para as igrejas evangélicas do país, pois foi inaugurado o Instituto Bíblico de São Tomé e Príncipe. A primeira turma tem 18 alunos que começaram a estudar no dia 15 em uma grande festa no salão de culto da Igreja Batista Central. Eu tenho o privilégio de estar à frente desse projeto junto com outros pastores e sou professor na área de História da Igreja. Damos glórias a Deus pelas conquistas alcançadas e pedimos que você continue a orar pelos desafios que viveremos.

Oportunidades para evangelizar através do esporte

Marcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais

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PEM – Programa Esportivo Missionário – bate um bolão em países como África do Sul, Chile e Espanha. No entanto, é em nações consideradas mais fechadas ao evangelho que ele se torna uma ferramenta poderosa para falar da salvação de Cristo. Atualmente, em três delas, há uma grande necessidade por treinadores

e professores de futebol que dediquem sua vocação para entrar em campo. Esses países têm população majoritariamente islâmica, budista ou hinduísta. Neles, quase sempre política e religião se confundem.

o ano que vem. Para lá, são bem-vindos um treinador e também uma treinadora de futebol. A cultura local restringe o contato entre homens e mulheres, mas as meninas também precisam conhecer Jesus!

Oriente Médio Em um país desta região, o PEM desenvolve seu trabalho na Escola de Futebol Brazilian Sports Academy. Com campo de grama sintética, a escola tem hoje 95 alunos. A meta é chegar a 200 até

Tailândia Na Tailândia, apesar da maioria budista, não há sérias restrições para falar de Jesus. Em uma Escola de Futebol em Bangcoc, o missionário Gladimir Fernandes desenvolve seu projeto esportivo

com crianças. O trabalho do esporte precisarão de mais poderá avançar com a parti- um treinador. cipação de um treinador para Se você deseja construir auxiliá-lo. uma cultura de paz e tolerância, transmitindo a vida, o exemplo e a salvação de Sul da Ásia É na capital do segundo Jesus através do esporte em maior país desse continente um desses países, entre em que dois treinadores de Mis- campo com o PEM. Escreva sões Mundiais recebem mais para crh@jmm.org.br. Além de treinadores, as de 120 alunos em uma Escola de Futebol. Eles têm planos escolas de futebol do PEM para ampliar o atendimento também precisam de matee abrir unidades em outras ci- riais esportivos e de literatura dades dessa nação de maioria para discipulado. Faça sua hindu. Com a expansão do doação para este programa trabalho, nossos missionários que é show de bola.


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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Por causa deles, os dias serão abreviados (Mt 24:22)

© Revistas COQUETEL 2013

Mensageiros celestes da segunda ordem A+o

Profeta da aldeia de Elcos (Na 1:1)

Desco- Amazonas nhecida (sigla)

Prejudicado

Função Simbolide Eli por zava o 40 anos pacto (I Sm 4:18) entre Deus e os descendentes de Abraão

Um dos três homens lançados na fornalha (Dn 3:23) Reumá, em relação a Naor (Gn 22:24) Leão, em inglês Bebida à qual era misturada a mirra (Mc 15:23)

Estuda o texto

Abreviatura do livro bíblico do Eclesiastes

Ampère (símbolo)

(?) Motta, cantor brasileiro de soul

Cronista da corte de Salomão (I Rs 4:1-3)

Piedade

Cidade de onde fugiu Ló

(?) Rónai, jornalista

Emanuelle Araújo, cantora e atriz (?)-Edom: em sua casa a Arca da Aliança ficou 3 meses (II Sm 6:10-11)

(?) Croft, heroína de games Perseguia os discípulos, mas no caminho de CrustáDamasco ceo que foi conver- habita tido mangues Deserto a Oeste do rio Nilo Como ela o lugar ermo florescerá (Is 35:1)

Rendei culto a Ligada (a lâmpada) Intenção criminosa Bismuto (símbolo) Objeto direto (abrev.)

Filme de Akira Kurosawa

Aprender, em inglês

O dom gratuito de Deus (Rm 6:23)

Letra com a forma da lua minguante

Ar, em francês

As melhores AventurAs do mAis fAmoso

dos mágicos

1á2gi8nas p

edição de luxo nAs BAncAs e livrAriAs

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Solução A R C A D A A L I A N Ç A

BANCO

Que dura pouco tempo (fem.)

N J A Q U E U B I N M Z L E E A F E O M E R R A I A R A R N

Este ano, queremos dar a oportunidade para a Igreja Batista Brasileira abençoar o trabalho artesanal desses surdos. Por isso, solicitamos que todas as igrejas colaborem com o projeto artesanal adquirindo os cartões de Natal decorativos feitos pela equipe de surdos. Se cada membro comprar pelo menos um cartão alcançaremos a meta de envio mínimo de 50 cartões por igreja. O valor arrecadado será destinado diretamente para os projetos da Casa Cultural de Surdos da Jordânia. Divulgue este Projeto com sua igreja, família e amigos. Os surdos da Casa Cultural da Jordânia agradecem o seu apoio. Contato: rnsalam@gmail. com (Pr. Ibrahim).

O S A O D L O O D O B L E D T E

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esde 1992, a ONU adotou o dia 03 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Para eles esse dia é marcado para promover os Direitos Humanos de todos os deficientes. Mas para nós, batistas brasileiros, consideramos o valor dessas pessoas para além de uma data especial. Por isso, através da Casa Cultural de Surdos da Jordânia nos comprometemos em capacitá-los em suas habilidades pessoais, integrá-los socialmente nos diversos programas culturais e educacionais, além de promover curso em libras, a fim de se relacionarem de forma ativa, eficiente e comunitariamente.

Surdos da Jordânia

E A S A D R C O N C O A L I O N H G J V I N H O D O S C O R A S A U L D A S A A RA C I E R O S A V I D A E

Pr. Ibrahim

notícias do brasil batista

3/air. 4/lion — rosa. 5/learn — obede. 6/josafá. 8/sadraque. 9/concubina.

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Conexão Real Pr. Edimilson

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onectar. Esse é o principal objetivo proposto pelo acampamento Conexão Real, que reuniu mais de 700 Embaixadores e Mensageiras do Rei, com mais de 20 igrejas representadas, no Sítio do Sossego, Casimiro de Abreu, RJ, entre os dias 2 e 4 de agosto. Desenvolvido com foco nas áreas espiritual, missionária e vocacional, o Acampamento nasceu do desejo de fortalecer o trabalho de Embaixadores e Mensageiras, com a finalidade de conectar, literalmente, as duas organizações entre si e Deus. Conexão Real traz para meninos e meninas apoio na hora de desenvolver e descobrir seus dons, com uma grande pitada de jogos, esportes e brincadeiras, ou seja, muita diversão, que

obviamente não pode faltar em um acampamento Real. A programação envolvia cultos que eram realizados diariamente com a participação de pastores e seminaristas, além de ministérios de danças, como a Companhia Aliança, que ministra mensagens unindo o street dance com encenações, e um grupo de evangelismo que utiliza o malabarismo e pirofagia como forma de evangelização, o MalabART. Em especial, o evento contou com a presença de um missionário que, no culto noturno de sábado, compartilhou suas experiências no campo de missões levando os acampantes a refletirem sobre sua responsabilidade em relação à divulgação do evangelho para todas as pessoas. O Conexão Real contou com competições bíblicas que testam conhecimentos e induzem os participantes a

buscarem maior aprendizado da Palavra de Deus. Também atividades físicas e competições esportivas, como futebol, natação e vôlei, que instigam o desenvolvimento físico e o espírito de equipe, despertando o companheirismo e proporcionando a integração do grupo. Visando o desenvolvimento vocacional e despertamento de talentos, os meninos e meninas puderam se inscrever em uma das vinte oficinas oferecidas durante o evento. Cada acampante optou pela oficina de sua preferência, escolhendo entre as seguintes opções: Desenho, Grafite, Música – Violão e guitarra, Street dance, Teatro, Evangelismo criativo, Arte de acampar, Meio ambiente, Conversa sobre vida profissional, Atividades físicas, Pregação, Evangelização através da enfermagem, Integração como

estratégia de evangelização, Manuais da organização Embaixadores do Rei, Sonorização, Liderança, Evangelismo virtual, Dinâmicas e brincadeiras, Vida de Ester e ideais das mensageiras do Rei, Confecção de bijuterias. O trabalho das oficinas foi executado de forma dinâmica e empolgante, para atrair ainda mais a atenção dos acampantes. Dirigidas por pessoas que atuam nos respectivos campos profissionais e ministérios, os participantes puderam adquirir noções práticas com informações relevantes das atividades propostas que os acompanharão para a vida toda, não somente no trabalho da igreja, mas no dia a dia em sociedade. Vale ressaltar o resultado do trabalho da oficina de meio ambiente, onde foram recolhidos dois sacos de lixo de 200 litros no percurso do refeitório até o lo-

cal conhecido pelos embaixadores como “fim do mundo”. A procura pelo Conexão foi tão grande, e a satisfação dos participantes desta primeira edição foi tamanha, que os idealizadores pretendem promover mais eventos e edições do acampamento, visando alcançar mais meninos e meninas, sempre com o pensamento de unir e estimular uma visão missionária nos corações destes que não são a igreja do futuro, mas sim a igreja do presente. Uma plataforma virtual foi criada no Facebook produzindo um conteúdo voltado para as organizações Embaixadores e Mensageiras do Rei, mantendo assim interação e proximidade, e informando sobre próximos eventos do Conexão Real. Esse conteúdo pode ser acessado pelo link: facebook. com/conexreal.


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ponto de vista

DeScubrA A DAllAS bAptiSt uniVerSity Viva. Aprenda. Sirva.

Desenvolvendo líderes servidores. impactando vidas. transformando o mundo. 5.422 alunos | 68 cursos de graduação | 23 cursos de mestrado programa de inglês intensivo disponível +1 214.333.6905 | globalinfo@dbu.edu | luiz@dbu.edu Skype: Dbu Americas | www.dbu.edu/international


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ponto de vista

João Pedro Gonçalves Araújo Pastor da IB do Lago Sul, Brasília; Doutor em Sociologia; Professor da FTBB

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or esse título quero significar que a “bênção” do MEC não é a coisa mais importante que deve nos ocupar no momento. A questão está muito além do fato de ser ou não importante para o estudo da Teologia ou para a sustentação das Instituições de batistas de ensino teológico. O MEC nem salvará nem danará os destinos de tal saber. A argumentação que faço a partir da nossa história pode nos ajudar a entender a necessidade que temos de mudar o foco da nossa abordagem. Um pouco de história A história da educação batista no Brasil é praticamente coetânea à fundação das primeiras igrejas da denominação. Sem escolas ou proibidos de estudarem nas poucas que existiam, os missionários assumiram a responsabilidade da educação de seus próprios filhos. Como fizeram suíços, alemães e ingleses, religiosos como a maçonaria, metodistas ou presbiterianos, os batistas começaram suas escolas, sendo os missionários e esposas os mestres-escolas. No entanto, tais iniciativas ficavam restritas aos esforços pessoais deste ou daquele casal de missionários. Com a fundação do Colégio Batista do Rio de Janeiro por parte dos missionários a partir da primeira década do século XX, o ensino começou a ser tratado de forma oficial pela denominação. Até o início do século XX, não tínhamos uma política nacional de educação. Cada colégio tinha seus métodos. No início desse século veio a legislação que obrigava aos colégios a terem um selo de qualidade. Ser reconhecido passou a ser obrigação. No Rio de Janeiro, o diretor do Colégio Batista, missionário

Shepard, sabia da importância de tal selo de reconhecimento, porém, enfrentou duas barreiras: uma, financeira, outra, ideológica. Muitos acharam que atender às tais recomendações representaria um retrocesso. A discussão foi grande e duradoura, chegou até aos EUA. A solução definitiva apoiando o reconhecimento segundo o governo veio três décadas depois. As escolas do Rio, Recife e São Paulo foram certificadas. Segundo Mesquita (1940, p.28): “O futuro forçou a mudança de opinião”. Outras, sem recursos ou sendo contra o reconhecimento, sofreram mais tarde. O C. B. de Campos, por exemplo, se recusou a fazer o nivelamento, e, em virtude das reformas do ensino, não pôde “ir além do curso de admissão. […] não tem podido expandir o seu campo de ação”, (Op. cit. p. 257-58). Quem não se equiparou se limitou. Ensino de Teologia Problema da Teologia Analisemos agora o ensino de Teologia. Como frisei, não considero o reconhecimento do MEC na atualidade nem um retrocesso nem a “salvação”; não pode ser exaltado ou demonizado. Espero que a referência às nossas escolas tenha sido esclarecedora. Nossos problemas são outros. Não são governamentais, são denominacionais. Apresento aqui as dificuldades que considero reais. Sou da opinião que não vivemos uma crise generalizada de vocação ministerial. O engajamento de milhares de voluntários em Trans nestes últimos anos servem-nos como provas. Uma observação: a vocação ministerial não está sendo ensinada nem pregada com o senso de urgência que merece. Jesus mandou que rogassem por mais obreiros. Muitos estão se fazendo de rogados com esse rogo. Outro detalhe: a facilidade de acesso ao ensino, a pluralização e quase universalização do ensino universitário

pode ser um impeditivo, mas não é definitivo. Mais que dificuldades externas, temos limitações internas. Além do acesso fácil à educação profissional, lidamos com a dificuldade do ensino correto e urgente quanto à educação vocacional. À proporção que aumenta o número das igrejas na denominação, um número maior de pastores é necessário para o pastoreio das mesmas. Da mesma forma, dado o número dos pastores que deixam o pastorado, se aposentam ou falecem, maior é a demanda por vocações. Se a denominação crescer com percentuais um pouco maiores que os atuais, podemos entrar num ciclo de déficit de pastores, para não ser alarmista e escrever aqui a palavra colapso. Problema na Teologia Num mundo cada vez mais intelectualizado, as igrejas tendem a ser mais e mais seletivas e exigentes quanto à formação do obreiro. Já é possível ver tal fenômeno nas grandes cidades e capitais onde tais exigências são ainda maiores. Igrejas grandes e médias enfrentam dificuldades cada vez maiores na hora de encontrar um pastor que atenda às suas exigências sociais, econômicas e intelectuais. Nos dias atuais, a vocação espiritual terá, necessariamente, que estar vinculada a uma boa preparação intelectual. Nosso tempo é caracterizado pela onipresença do especialista. Hoje, não basta ser formado, é preciso ser ou ter uma especialização. Essa capacitocracia chegou também às salas das instituições de ensino de Teologia. Porém, a superespecialização envolve certos comprometimentos com determinadas visões de mundo do próprio especialista. Isso significa acreditar nesta ou naquela escola ou pensamento. Seria saudável que os especialistas desconfiassem de suas próprias certezas. Alguns acreditam tão mais em teorias que chegam a duvidar da

Bíblia. Desconfiam do texto bíblico sem considerar que suas teorias também tiveram um Sitz in Leben - local de surgimento, e, com o locus, os autores de tais teorias também não ficaram isentos das filosofias e crenças de seu tempo. Não é raro que um professor, comprometido com algum autor ou pensamento, compartilhe informações carcomidas e obsoletas e vomitam tais verdades como atemporais a seus alunos. Considero de maior gravidade, contudo, professores que transformam a sala de aula como seu sacerdócio e finalidade de vida. Vivem em função do ensino, como se a Teologia fizesse a Igreja. O ensino em geral é um ministério, mais ainda o ensino de Teologia. Mas a Igreja precede a Teologia e não o contrário. A Igreja não vive para ou por causa da Teologia, mas esta por causa daquela. É a Teologia que depende da Igreja. Professores que vivem ou querem viver como se tivéssemos chegado a um estágio de uma Teologia pura e fazem dessa Teologia seu ministério e da sala de aula a sua comunidade têm-se equivocado. Se é verdade o ditado que o exemplo arrasta, seria bom que professores de Teologia e diretores de Instituições teológicas lembrassem que há tanto um privilégio quanto um perigo em tal exercício: “não queiram muitos de vós ser mestres”. Os alunos não aprendem apenas com os livros; aprendem das pessoas que lhes ensinam. Não basta comprometer-se com o saber. É necessário estar comprometido com Cristo, seu povo e sua noiva. Professores sem compromissos com o Corpo local têm negado a própria Teologia que dizem ensinar. Não aprenderam ainda a Teologia que ensinam. A pluralidade denominacional de professores já representa um desafio para nossos alunos. Professores desigrejados representam um passo além de um mero desafio. É difícil admitir que

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aqueles que formam os futuros líderes da igreja, estejam à margem da própria igreja. Aqueles que orientarão o povo de Deus no seu dia a dia precisam ver e aprender de mestres que ensinam em todos os sentidos – formal e informalmente. Mesquita escreveu que o missionário Hamilton, quando, dirigia uma classe de Teologia, não tinha dinheiro para o sustento e pagamento das despesas que os alunos demandavam. Começou a dar aulas particulares de inglês para ter como ajudar seus vocacionados a que não desistissem de estudar e servir ao povo de Deus. Nas primeiras três décadas do século passado os batistas cresceram tanto que enfrentaram uma nova situação inusitada quanto à formação dos futuros pregadores. Os seminários eram poucos e longe das igrejas; alguns vocacionados eram casados ou já velhos para se deslocarem aos centros de ensino teológico. O missionário Maddox criou um curso de Teologia por correspondência em 1927 na tentativa de superar tais dificuldades. Outra saída foi criar pequenos seminários antes ou depois das reuniões das Assembleias anuais das Convenções para treinamento daqueles obreiros. Em 2012 um aluno batista falou do interesse de uma igreja de outra denominação que queria contratá-lo como obreiro. Aquela igreja precisava de obreiros e não tinha “mão de obra” suficiente na sua denominação. Tal situação começa a ser nossa também. Já temos pastoras. Já se vive o tempo em que se faz necessário rever a exigência de se ordenar apenas os formados em Teologia. Já se tem pastores formados em outros saberes sem terem estudado Teologia. São os “leigos” da atualidade. Não, o problema da Teologia não é com o MEC. É conosco. Ele existe dentro de nossas igrejas; ele se acentua dentro de nossas salas de aulas.



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