Gestão e Empreendedorismo

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REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS – Gestão e Empreendedorismo

Ano 3 – Volume X Maio de 2019

ISSN 2525-801X

Gestão e Empreendedorismo – Ano 3 – Volume X – ISSN 2525-801X


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Revista de Administração e Ciências – Gestão e Empreendedorismo

Curitiba – Maio 2019

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Proibida a reprodução total ou parcial, sem a autorização por escrito.

Revista de Administração e Ciências – Gestão e Empreendedorismo Curitiba, 1a Edição

Gestão e Empreendedorismo – Ano 3 – Volume X – ISSN 2525-801X


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Revista de Administração e Ciências – Gestão e Empreendedorismo ISSN: 2525-801X ORCIDE 0000­0001­8789­7698 Publicação da área de Ciências Humanas

As opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. All articles are full responsability of their authors. Solicita-se permute

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Semestral ISSN 2525-801X CDD 100

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Gestão e Empreendedorismo – Ano 3 – Volume X – ISSN 2525-801X


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Correspondência e Assinatura / Letters and subscription Revista de Administração e Ciências Rua Nicolau Vorobi 244 CIC – Curitiba – Paraná CEP.: 81250-210

"DADOS DO AUTOR CORPORATIVO (INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA PUBLICAÇÃO)" Collt Editora - ENDEREÇO: Rua Nicolau Vorobi 244 - BAIRRO: Cidade Industrial de Curitiba – CIC - CIDADE / UF: Curitiba - PR - CEP: 81.250-210 E-MAIL: gasparcp@hotmail.com

Gestão e Empreendedorismo – Ano 3 – Volume X – ISSN 2525-801X


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SUMÁRIO 1 - PROJETO DE UNIDADE DE PROdUÇÃO DE CERVEJA ARTESANAL.........................................5 2 Esteira Massageadora......................................20 3 Estudo de Avaliação de Estampagem em Canecas..................................................................28 4 Projeto de Viabilidade de Negócio – Indústria de Telhas de Fibrocimento..................................37 5 - GESTÃO DA TÉCNOLOGIA REDUÇÃO DE TRÊS OPERADORES NA LINHA DE PRODUÇÃO DE AR CONDICIONADOS.............46

1.0.


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1 - PROJETO DE UNIDADE DE PROdUÇÃO DE CERVEJA ARTESANAL Bruno Krainski, Carlos José Diniz, Cleverson Zanquetta, Gaspar Collet Pereira Rafael Soares, Rodrigo Coelho

1.0 Resumo O objetivo deste artigo é apresentar assuntos relacionados com as pesquisas desenvolvidas em sala de aula da matéria de Gestão da Tecnologia colocando em pratica atividades de gestão sobre o planejamento de custo de uma empresa de pequeno porte.

No presente trabalho, realizamos pesquisas de cálculos para analisar e realizar uma gestão na produção de cervejas artesanais para aplicar na pratica o estudo desenvolvido em sala de aula. De uma forma geral, a engenharia de produção é uma atividade orientada para a produção ou prestação de um serviço, neste caso, a gestão desenvolvida nesta atividade abrange ambas sendo que o sucesso ou fracasso de um novo produto ou um serviço está condicionado com o sistema de produção e suas reações com demandas possíveis ou impossíveis de serem previstas. 2.0.

TEMA Disciplina de Gestão da tecnologia aplicada à fabrica de cervejas artesanais

desde o planejamento dos custos até a avaliação dos indicadores. Esta atividade abrange o desmembramento dos custos com despesas fixas e variáveis, indicadores avaliativos e de equilíbrio, gráficos para tomada de decisões e imagem do produto. 3.0.

JUSTIFICATIVA DO TEMA As fabricas de cervejas artesanais surgiram recentemente para incrementar

esse mercado criando opções especiais que trazem aroma, sabores e texturas diferentes e incentivam o consumo em menor quantidade, mas com muito mais qualidade.


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A cerveja artesanal é, hoje, um dos maiores desejos de consumo do brasileiro, que se depara com cada vez mais variedade em rótulos nos pontos de venda. Na mesma proporção, cresce por aqui a venda de equipamentos e insumos que possibilitam aos cervejeiros passarem de consumidores passivos a “mestres” das suas próprias produções. 4.0.

COMERCIALIZAÇÃO Divulgação e vendas por aplicativo e redes sociais, apresenta um rótulo

moderno e diferenciado, sabores exclusivo e entrega em menor prazo. 5.0.

GESTÃO O sistema de gestão tem foco em qualidade com procedimentos controlados

e padronizados, com objetivo superar as expectativas de nossos clientes. 6.0.

RECURSOS HUMANOS Mão de obra por contratação e administração direta, treinamentos

programados conforme procedimentos. 7.0.

RECURSOS FINANCEIROS Empréstimo bancário amortizado em 60 parcelas.

8.0.

RECURSOS MATERIAIS Equipamentos para fabricação de cervejas artesanais completo constituído de

panelas, bombas, tubulações, agitadores e processadores de matéria prima; Material de apoio como bancadas, acessórios, ferramentas, computadores, etc. Mobiliários para setores administrativos. 9.0.

DEFINIÇÃO DO PRODUTO

Produto: Cerveja Artesanal

Marca: Cerveja Universitária


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Embalagem: Garrafas de vidro de 1 litro.

Diferencial: Vendas pela internet.

Logomarca:

Figura 01 – Logomarca (fonte os autores)

9.1. 

INGREDIENTES

Água, maltes, lúpulo e levedura.

10.0. EMBALAGEM 

Garrafas para cerveja padrão 1 litro;

Rotulagem padrão em 3 posições no corpo da garrafa;

Caixas de papelão tipo engradado para 12 unidades, com logomarca da cerveja, endereço e especificação do produto embalado;

11.0. RESUMO DO PLANEJAMENTO DE CUSTO. 

Estimativa de venda: 5000 unidades (litros);

Preço estimado para venda: R$ 7,00;

Lucro previsto: R$ 4.355,21 (12%);


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Tabela 01 – Planejamento de Custo (fonte os autores)

Gráfico 01 – Planejamento de custos (fonte os autores)

12.0. CUSTOS FIXOS 12.1. MÃO DE OBRA 

Quantidade prevista de funcionários: 3 funcionários;

Custo estimado de Mao de obra: R$ 4.878,00;


10

Tabela 02 – Estimativa Mão de Obra (fonte os autores)

12.2. DESPESAS FIXAS

Tabela 03 – Despesas (fonte os autores)

12.3. AMORTIZAÇÃO

Tabela 04 – Amortização (fonte os autores)

13.0. CUSTOS VARIÁVEIS 13.1. MATÉRIA PRIMA E EMBALAGEM


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Tabela 05 – Matéria Prima (fonte os autores)

14.0. INDICADORES Números extraídos do projeto com o objetivo de detalhamento, viabilidade, projeção e documentação para auxiliar na tomada de decisão e análise de viabilidade econômica do projeto. 14.1. TRI – TEMPO DE RETORNO DO INVESTIMENTO

Investimento / resultado = número de meses 44.950 / 4.355,21 = 10,32 meses Análise para padrão inferior a 1 ano. Viável, capital retorna em um período inferior a 01 ano.

14.2. IA - ÍNDICE DE ATRATIVIDADE

Resultado / investimento= IA

4.355,21 / 44.950 = 0,096 ou 9,6%

Análise de padrão quanto maior, melhor. - Viável, índice aceitável.


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14.3. FLUXO DE CAIXA

Receita – impostos – MP – MO – CF – amortização =

35.000,00 – 7.000,00 – 12.767,62 – 4.878,00 – 5.250,00 – 749,17 = 4.355,21 (+)

Padrão saldo positivo;

- Viável – saldo positivo 14.4. VPL – VALOR PRESENTE LÍQUIDO ( 3 ANOS)

(Resultado mês X período amortização) + amortização período – investimento = Resultado em 5 anos

(4.355,21 X 60) + 26.970,12 – 44.950,00 = 243.332,72 em 3 anos

14.5. OCIOSIDADE ACEITÁVEL

Quantidade projetada – quantidade de equilíbrio = ociosidade produtos Padrão 20%;

5000 – 3570 = 1430 (28%) ociosidade

- Viável – resultado maior que o padrão estabelecido. 14.6. AVALIAÇÃO DOS INDICADORES

Tabela 06 – Avaliação dos Indicadores (fonte os autores)

15.0. INDICADORES DE EQUILIBRIO


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Tabela 07 – Indicadores de Equilíbrio (fonte os autores)

15.1. EQUILÍBRIO – QUANTIDADE Para resultado zero em quantidade, a quantidade mínima de produtos a ser vendido deverá ser de 3570 unidades; 15.2. EQUILÍBRIO – CUSTO FIXO Para resultado zero em custos fixos, o valor máximo do total do custo fixo deverá ser de 15.232,38, sendo respectivamente 6.831,15 para mão de obra, 7.352,10 para as despesas e 1.049,13 para a amortização;

15.3. EQUILÍBRIO – PREÇO Para resultado zero em preço de venda, o preço mínimo para venda deverá ser de 5,91 por unidade;

15.4. EQUILÍBRIO – VARIÁVEIS Para resultado zero em custos variáveis, o valor máximo do total do custo fixo deverá ser de 24.122,83, sendo respectivamente 8.542,24 para os impostos, e 15.580,59 para a matéria prima;

15.5. EQUILÍBRIO – MATÉRIA PRIMA Para resultado zero em matéria prima, o valor máximo do total do custo com a matéria prima deverá ser de 17.122,83;


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15.6. RESUMO DOS INDICADORES DE EQUILÍBRIO

Tabela 08 – Resumo dos indicadores (fonte os autores)

16. IMAGEM

Tabela 09 – Imagem (fonte os autores)


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17. GESTÃO DA TECNOLOGIA Conforme BATALHA (2008): “a tecnologia, como conhecimento aplicado, permeia todas as áreas de atividade das organizações. Não se trata mais de um instrumento de competitividade, mas de um pré-requisito para a sobrevivência das empresas. Sendo originado nos processos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), o grande desafio é transformar esse conhecimento - ou tecnologia- em inovações, capazes de impulsionar o desenvolvimento econômico do ambiente em que se inserem (quer seja do empreendimento, do setor ou da região e, por consequência, da nação) ”. 17.1.

TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E DIFUSÃO TECNOLÓGICA

Comumente tecnologia é entendida como o conjunto ordenado de todos os conhecimentos utilizados na produção, distribuição e uso de bens e serviços (SÁBATO, 1978). Também podemos observar o comportamento da tecnologia como um bem econômico, uma mercadoria sujeita a todos os tipos de transações legais e ilegais: compra, venda troca, cópia e roubo. Comportando-se como um bem econômico, a tecnologia tem preço. Seu valor no mercado mundial é geralmente bastante elevado devido, principalmente, a dois fatores: os altos custos para sua produção e a valorização devido à grande demanda. Sob o ponto de vista macroeconômico, todos os países necessitam de tecnologias eficientes para manter e ampliar as taxas de crescimento de sua produção. Sob o ponto de vista microeconômico, as empresas necessitam continuamente de tecnologias novas e melhores para se manterem competitivas no mercado e, consequentemente, sobreviverem. Isso explica a elevada e crescente


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demanda tecnológica, a qual propicia aos detentores de tecnologia uma posição altamente vantajosa nas negociações (LONGO, 1987).

17.2.

MÉTODO DE CUSTEIO

Os métodos de custeio, tratam da operacionalização das informações dos sistemas de custos. De forma mais específica, tratam do cálculo dos custos dos produtos. Como os custos diretos, por definição, não apresentam dificuldades para serem identificados com os produtos, podemos entender o princípio do método como sendo a distribuição dos custos indiretos aos produtos. Os três principais métodos de custeio: o método dos centros de custos, o custeio baseado em atividades e o método da unidade de esforço de produção. 17.3.

TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE

Nas análises de investimentos, a primeira questão que surge é a definição da taxa de juros a ser considerada. Essa taxa depende do investidor. Por exemplo, se uma pessoa dispõe de dinheiro aplicado a 1% ao mês, ela provavelmente definirá sua taxa de juros mínima desejável como sendo 1% ao mês. Se outro investidor precisa tomar dinheiro emprestado a 3% ao mês, ele não aceitará menos do que isso quando analisar alternativas de investimento. A taxa mínima de atratividade (TMA) pode ser definida como sendo a menor taxa de juros aceitável pelo investidor. Ela é a taxa de juros que iremos utilizar quando aplicarmos os métodos descritos a seguir. 17.4.

MÉTODO DO VALOR PRESENTE

O método do valor presente consiste em transformar todo o fluxo de caixa no valor presente equivalente. Se considerarmos sinal positivo como entrada de caixa e sinal negativo como saída de caixa, um valor presente positivo indica que a alternativa é interessante sob o ponto de vista econômico. Se duas ou mais alternativas estão sendo confrontada, o maior valor presente indica a melhor


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alternativa. O método do valor presente é o método mais apropriado para comparar alternativas de investimento.

17.5.

GASTOS

Os gastos, sob a ótica do orçamento, são sacrifícios financeiros com os quais umas organizações empresariais têm que arcar a fim de atingir seus objetivos, quais sejam, a obtenção direta de um produto ou serviço qualquer, como a obtenção de matéria-prima, por exemplo. Carlos Alexandre Sá (2014) usa o termo “gastos” para referir-se tanto a custos quanto as despesas, definindo como custo os gastos que sejam, direta ou indiretamente, relacionados à atividade-fim da empresa, e despesa os gastos que sejam, direta ou indiretamente, relacionados à sua atividade-meio. Os gastos são classificados em três categorias: gastos fixos, gastos variáveis e gastos semivariáveis. Quando falamos em efeitos orçamentários, consideramos gastos fixos aqueles gastos que não variam a cada unidade que a empresa produza ou deixe de produzir, venda ou deixe de vender. Os gastos variáveis são aqueles que variam a cada unidade que a empresa produza ou deixe de produzir, venda ou deixe de vender. Os gastos semivariáveis possuem um componente fixo e outra variável. Quando haver dúvidas se um determinado gasto é fixo ou variável, verifique quanto a empresa gasta naquela rubrica1. Se a resposta vier associada a qualquer unidade de tempo – o ano, o mês, o dia ou a hora -, então este gasto é fixo. Já se a resposta vier associada a uma unidade produzida ou vendida, então o gasto é variável. Como exemplo: para saber se o gasto com luz de uma fábrica é fixo ou variável, é necessário verificar quanto a empresa gasta com luz, se a resposta foi “R$ X por mês”, então este gasto é fixo, já que está referido a uma unidade de tempo. Já o gasto com energia elétrica de uma fábrica é composto de uma demanda contratada que não varia e que, portanto, é fixa, e de um consumo que varia em função das quantidades produzidas e, neste caso, é variável.


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Como exemplo de custos fixos: a mão de obra direta, depreciação de uma máquina e, em alguns casos, os investimentos. A variável considerou os impostos, consumo de energia elétrica e insumos de produção, dentre outros.

17.6.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A margem de contribuição serve para apurar a contribuição de um produto ou linha de produtos na formação do resultado da empresa. Para isto começamos pela margem de contribuição unitária, que é a diferença entre o preço unitário de venda e o custo unitário das vendas calculado pelo método de custeio variável. MCU= PU- CU MCU – margem de contr. unitária PU – preço unit. de venda CU – custo unit. de venda Por exemplo, um produto que custo R$ 2,50 por unidade. Suponhamos ainda que o custo unitário deste produto calculado pelo método de custeio variável monte a R$ 2,00 por unidade. A margem de contribuição unitária deste produto será R$ 0,50. Isto significa que cada unidade vendida desse produto contribui inicialmente com R$ 0,50 para pagar os gastos fixos da empresa. Uma vez pagos os gastos fixos, cada unidade vendida contribuirá com R$ 0,50 para a formação do lucro da empresa. 1.Rubrica Orçamentária é uma verba prevista como despesa em orçamentos, destinadas a fins específicos. 2. Existem diferenças entre a luz que ilumina uma fábrica e o gasto com a energia que movimenta as máquinas, a conta de luz é cobrada separadamente da conta de energia.


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16.0. CONCLUSÃO Este artigo teve como objetivo demonstrar uma possível atividade da profissão de Engenharia de Produção na gestão de uma fábrica. Nesta atividade foi colocado em prática simulada uma gestão de uma cervejaria artesanal, desde a definição do produto até a avaliação da viabilidade do negócio através de cálculos e planilhas apresentados na matéria de Gestão de Tecnologia da Unifacear. Após cálculos e análises, concluímos a viabilidade do negócio de cervejaria artesanal, Todos os fatores avaliados apresentaram pareceres viáveis, com lucro previsto atingido. Sendo assim, observa-se que o sucesso ou fracasso de um novo produto ou um serviço está condicionado com a gestão de produção e suas reações com demandas possíveis ou impossíveis de serem previstas. Concluindo, a Engenharia de Produção é, hoje, um fator estratégico dentro das empresas, e os desafios passarão a ser cada vez mais comum na execução da profissão.


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REFERÊNCIAS BATALHA. M.O. Introdução á engenharia de produção. Elsevier. Rio de Janeiro. 2008. LONGO W. P. Tecnologia e transferência de tecnologia. In: Seminário sobre Propriedade Industrial e Transferência de Tecnologia. Instituto de Estudos Espaciais. Anais... São Jose dos Campos: p 82-96, 1987. SÁBATO, J. Sobre la autonomia tecnológica. In: GOMES, S.F; LEITE, R.C.C (ed.0. Ciência, tecnologia e independência. São Paulo: Livraria Duas Cidade, p 5974, 1978. SÁ. C. A. Orçamento

Empresarial novas técnicas de elaboração

acompanhamento. Atlas. São Paulo. 2014.

e de


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2 Esteira Massageadora Gaspar Collet Pereira, Grasiela C. Schwengber Luz1; Marisa C. da Silva2; Monique Paião3; Thais Machado4

RESUMO O trabalho a seguir irá apresentar análises de viabilidade econômica e financeira realizadas em uma empresa para a produção de Esteiras Massageadoras. Trata-se de um estudo que visa a medição ou análise dos dados do projetos da empresa a fim de definir se o negócio é ou não viável. Para isso, foram seguidas algumas etapas, como: projeção de receitas e custos do projeto, despesas e um valor planejado de investimento necessário. O estudo mostrou através de cálculos e gráficos que a implantação do projeto é viável. Palavras chave: Análise financeira, custos, investimento, viabilidade ABSTRACT The following work will present economic and financial feasibility analyzes performed at a company for the production of Massager Treadmills. It is a study that aims at measuring or analyzing the data of the company's project in order to determine whether the business is feasible or not. To do this, some steps were followed, such as projecting revenues and project costs, expenses and a planned investment amount required. The study showed through calculations and graphs that the implementation of the project is feasible. Key Words: Financial Analysis, costs, investment, feasibility 1. INTRODUÇÃO

A complexidade do contexto empresarial demanda que empreendedores, empresários e executivos, ao iniciarem um negócio ou projeto, tenham objetivos claros, estratégias bem definidas, competências, estruturas compatíveis e recursos. Este trabalho apresentará o estudo de viabilidade de uma empresa de pequeno porte fabricante de Esteiras Massageadoras, aplicando os conceitos da disciplina de Gestão da Tecnologia.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA A ciência, a tecnologia e a inovação (CT&I) “são, no cenário mundial contemporâneo, instrumentos fundamentais para o desenvolvimento, o crescimento econômico, a geração de emprego e renda e a democratização de oportunidades” (PACTI, 2007, p. 29). Segundo Mattos (2005, p. 15), “tecnologia é o conjunto ordenado de conhecimentos científicos, técnicos, empíricos e intuitivos empregados no desenvolvimento, na produção comercialização e na utilização de bens e serviços”. Complementando o conceito de tecnologia descrito por Mattos, para Dusek (2009, p. 47-50), “tecnologia pode ser definida como um conjunto de


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instrumentos (ferramentas e máquinas), como um conjunto de regras (padrões de relações de meios e fins), ou como um sistema (que tende a conjugar o instrumental disponível e as habilidades e a organização humanas necessárias para operá-lo e mantê-lo)”. Desse modo, então, conceitua-se tecnologia como sendo: “a aplicação de conhecimento científico ou de outro tipo a tarefas práticas por sistemas ordenados que envolvem pessoas e organizações, habilidades produtivas, coisas vivas e máquinas” (DUSEK, 2009, p. 53). A inovação tecnológica compreende a introdução de produtos ou processos tecnologicamente novos e melhorias significativas que tenham sido implementadas em produtos e processos existentes. Considera-se uma inovação tecnológica de produto ou processo aquela que tenha sido implementada e introduzida no mercado – inovação de produto – ou utilizada no processo de produção – inovação de processo (OCDE, 2001, p. 35). Para Mattos (2005, p. 15) “tecnologia de produto traduz ideias em novos produtos e serviços para os clientes da empresa. Desenvolvida principalmente por engenheiros e pesquisadores que desenvolvem novos conhecimentos e a maneira de produzi-los”. “Tecnologia de Processo são os métodos pelos quais uma organização realiza suas atividades. [...] usadas por uma empresa é específica a sua área de atuação, enquanto outras são de uso universal como aquelas empregadas na cadeia de suprimentos”. (MATTOS, 2005, p. 16). A produção de conhecimento tecnológico, bem como a sua conversão em riqueza, depende substancialmente do importantíssimo apoio direto ou indireto do Estado, sendo fundamental uma política agressiva de incentivos fiscais para que as empresas invistam nesta direção. Assim, tecnologia não deve referir-se apenas a bens tangíveis, mas também a elementos intangíveis, como conhecimento aplicado e know-how, e a práticas gerenciais relacionadas à produção e à gestão de negócios. Além disso, o conceito de tecnologia abrange os conhecimentos tácitos presentes nos procedimentos e acumulados pelos recursos humanos das empresas (GARCIA, 2008, p. 112), Segundo Mattos (2005, p.17) “tecnologia da informação e comunicações permeia, portanto, todas as áreas funcionais da empresa”. “Gestão da Tecnologia é um campo relativamente novo de estudo, e, como tal, seu conceito ainda é bastante fluido e sujeito a mudanças” (MATTOS, 2005, p. 18). Mattos (2005 p. 18) afirma que “Inovação Tecnológica é o processo pelo qual uma idéia ou invenção é transposta para a economia, ou seja, ela percorre o trajeto que vai desde essa idéia, fazendo uso de tecnologias existentes ou buscadas para tanto, até criar o novo produto, processo ou serviço e colocá-lo em disponibilidade para o consumo ou uso”. Para Mattos (2005, p.228), “plano de marketing é simplesmente um plano de ação para a introdução ou lançamento de um novo produto. Eles especificam três coisas: objetivos de marketing, estratégias de marketing e programas de marketing”. Mattos (2005, p.174) defende que “benchmarking é um processo de pesquisa por meio do qual uma empresa compara seus processos e práticas com as organizações que são reconhecidas como detentoras de desempenho superior, usualmente no âmbito de empresas de um mesmo setor”.


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Mattos (2005, p. 208) alega que “brainstorming é uma das técnicas de solução de problemas baseada no processo de criatividade, sendo uma das mais conhecidas e usadas no mundo dos negócios coorporativos”. Análise de mercado é o “estudo dos desejos e das necessidades dos clientes combinados com a análise competitiva para projetar um produto superior, um retrato detalhado do mercado”. Mattos (2005, p.226)

3. EMPRESA É uma empresa de pequeno porte, do ramo da saúde e bem estar especializada em fabricação de Esteiras Massageadoras. 4. TEMA Gestão de tecnologia aplicada na viabilidade da produção de Esteira Massageadora. 5. JUSTIFICATIVA DO TEMA Houve um crescimento muito grande na procura por soluções em saúde e bem estar. Tendo em vista isso, é necessário uma análise crítica quanto a viabilidade de negócio. Se há um nicho de mercado capaz de absorver essa produção. Se os preços executados serão aceitáveis pela clientela e rentáveis para os investidores. 6. COMERCIALIZAÇÃO Primeiro foi eleito um público alvo. E assim foi iniciada a divulgação por meios de canais de comunicação ( Facebook, Instagram, Whatsapp, e sites de propaganda) visando o público em questão. Alinhando-se com clínicas de estética, salões de beleza, academias, consultórios terapêuticos, a permuta para divulgação do produto. 7. PRODUÇÃO A produção é feita utilizando materiais que não agridem o meio ambiente, e que aumentam o tempo de vida do produto. A produção é composta das seguintes etapas:


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montagem da estrutura ( madeira – marcenaria), instalação elétrica, fixação da espuma (estofamento), montagem, acabamento e embalagem. 8. GESTÃO A gestão será realizada pelos próprios sócios, formados em Engenharia de Automação e Elétrica, que resolveram trazer uma nova tendência para o Brasil que já é muito difundida no Japão. 9. RECURSOS HUMANOS Os funcionários foram contratados através de requisitos específicos para tal função, visando sempre a melhoria do processo e agilidade na produção ( focando em treinamentos, garantindo a excelência no resultado final do produto). Funcionários que fazem parte da equipe: Marceneiro: profissional especialista em trabalhos com madeira; Estofador: profissional capacitado em forrar com tecido ou couro, dedica-se a restaurar e melhoria da comodidade do equipamento; Marketing: Contratação de consultoria, afim de evitar vínculo empregatício; Financeiro: Suporte de um contador (por contrato). Os sócios que tomam as ações necessárias. Elétrica: Sócios Engenheiros de Automação e Elétrica, assumem a atividade. 10. RECURSOS FINANCEIROS Os recursos monetários necessários para execução do projeto, foram oriundos dos próprios sócios, os quais viram na empresa potencial de crescimento. E vislumbrando a médio e longo prazo investimentos externos e expansão do negócio.

TABELA 1 – DADOS DADOS Produção Mensal:

40 unidades

Imposto: %

20%

Margem Lucro %

50%

Mão de Obra $ M. Prima unitária $

FONTE: Autores

500 50

Despesas Gerais $ Depreciação $

1000


25

TABELA 2 – CÁLCULO DO PREÇO DESCRIÇÃO

PROJETO

QUANTIDADE

OTIMIZAÇÃO 40

PREÇO DE VENDA

R$

250,00

RECEITA

R$

10.000,00

IMPOSTO 20%

R$

M. PRIMA $ MARGEM $

EQUILIBRIO 40

10

275

275,00

R$

275,00

0

R$

11.000,00

R$

2.750

0

2.000,00

R$

2.200,00

R$

550

0

R$

2.000,00

R$

2.000,00

R$

500

R$

6.000,00

R$

6.800,00

R$

1.700

MARGEM %

R$

ZERO

60%

61,81

62%

MÃO DE OBRA

R$

500,00

R$

400,00

R$

400,00

R$

400,00

CUSTOS FIXOS

R$

1.000,00

R$

800,00

R$

800,00

R$

800,00

AMORTIZAÇÃO

R$

500,00

R$

500,00

R$

500,00

R$

500,00

RESULTADOS $

R$

4.000,00

R$

5.100,00

-R$

1.700,00

RESULTADOS %

40%

R$

46%

0%

FONTE: Autores Fórmula do Preço

Custo fico + Despesas + Outros 1-(Impostos + margem + outros) Fórmula Equilíbrio Fixos Margem de Contribuição

11. TEMPO DE RETORNO DO INVESTIMENTO Investimento: R$ 30.000,00 Resultado: R$ 5.100,00 TRI: R$ 5,88 Padrão para um ano – Viável, pois o capital retorna num período inferior a um ano. 12. ÍNDICE DE ATRATIVIDADE Resultado: R$ 5.100,00 Investimento: R$ 30.000,00 IA: R$ 0,17 Padrão Oportunidade mínima de 5% Viável


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13. FLUXO DE CAIXA Saldo representa dinheiro em caixa Padrão: Saldo Positivo R$ 30.000,00 / 12 = R$ 2.500,00 Gráfico

14. VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL Resultado / Mês R$ 5.100,00 Período (meses) 60

resultado R$ 306,00

Amortização 60x500 = R$ 30.000,00 Investimento R$ 30.000,00 Resultado 5 anos R$ 306.000,00 15. OCIOSIDADE ACEITÁVEL + Quantidade projetada 40 - Quantidade equilíbrio 10 = Ociosidade produto 30 = Ociosidade % 30/40 = 0,75 = Padrão 40 % Viável

75%

16. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA Avaliação (Quantitativa) Descrição

Padrão

Resultado

Parecer

<= 1

0,5

Viável

>= 5%

17%

Viável

III - Fluxo de Caixa

>= 0

3.100

Viável

IV – VPL

>= 0

306.000

Viável

>= 40%

75%

Viável

I - Tempo de Retorno II - Atratividade

V - Ociosidade Aceitável

FONTE: Autores GRÁFICO 1: Análise de Viabilidade


27

FONTE: Autores 17. ALTERAÇÃO DE ORÇAMENTO

Cálculos de alteração de orçamento com o aumento no valor dos impostos de 20 para 22%. Descrição Preço Impostos Margem cont $ Margem cont % MP Custo fixo Despesas MO

Base 274,48 60,39 214,10 78% 50 40 29,2 40

Resultado $ Resultado %

54,90 20%

Zero 0

-50 -40 -29,2 -40 -159,2

Equilíbri o 204,10 44,90 159,20 78% 50 40 29,2 40 0,00 0%


28

Alteração de Orçamento 300 250 200 150 100 50 0

1

2 Preço

Fi xos

Vari ávei s

Tota l

18. PARECER QUALITATIVO Aprovado sem restrições

19. CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento deste trabalho pode-se perceber a importância da aplicação da Gestão da Tecnologia como parte do planejamento de viabilidade de projetos. Através do levantamento de informações e realização dos cálculos, é possível concluir que o produto Esteira Massageadora é financeiramente viável para a empresa. REFERENCIAS

DUSEK, V. (2009). Filosofia da Tecnologia. São Paulo: Edições Loyola, 310 p. GARCIA, B.V. Direito e tecnologia: regime jurídico da ciência, tecnologia e inovação. São Paulo: LTr, 2008. MATTOS, João Roberto Loureiro de; Guimarães, Leonam dos Santos Gestão da tecnologia e inovação: uma abordagem prática. São Paulo: Saraiva, 2005 ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO ECONÔMICA E O DESENVOLVIMENTO – OCDE. Brazil: Manual Oslo. OECD, 2001. PACTI – Plano de Ação 2007-2010: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).


29

3 Estudo de Avaliação de Estampagem em Canecas Andreza Fernanda do Prado Carvalho Christopher Fonseca Gustavo Krupa Gaspar Collet Pereira Gustavo Farias João Vitor Bomfim Zayon Marcelo

UNIFACEAR – Centro Universitário

RESUMO Este trabalho tem por objetivo demostrar detalhes qualitativos e quantitativos da nossa empresa de estampagem de canecas que nos permite realizar a gestão da tecnologia. Mostraremos nossos indicadores e abordaremos questões relacionadas à qualidade do nosso produto que é voltado para variados perfis de clientes, já que temos uma variedade imensa de estampas permitindo a personalização do nosso produto de acordo com o desejo do cliente. Palavras chave: estampagem, qualidade e personalização. 1. INTRODUÇÃO

As canecas são utensílios que tem tomado o gosto de pessoas de diversas idades e perfis, tem sido uma ótima opção para presentear outra pessoa em diversos momentos. A personalização da caneca à torna muito mais atrativa ao público, pois, à da um valor sentimental muito maior a tornando muito mais do que um simples recipiente. Por conta disso a estampagem de canecas tem sido um mercado de boa lucratividade já que não demanda de altos investimentos, comparado a outros ramos de atuação, e tem despertado cada vez mais o público. Essa alta procura também ajuda a reduzir o tempo de amortização.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 GESTÃO DA TECNOLOGIA Desenvolver produtos consiste em um conjunto de atividades por meio das quais se busca, a partir das necessidades do mercado e das possibilidades e restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, às especificações de projeto


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de um produto e de seu processo de produção, para que essa manufatura seja capaz de produzi-lo. O desenvolvimento de produto também envolve as atividades de acompanhamento do produto após o lançamento para, assim, serem realizadas as eventuais mudanças necessárias nas especificações.

O desenvolvimento de produtos é considerado um processo de negócio cada vez mais crítico para a competitividade das organizações, principalmente com a crescente internacionalização dos mercados, aumento das diversidade e variedade de produtos e redução do ciclo de vida do produto no mercado. O processo de desenvolvimento de produtos situa-se na interface entre a empresa e o mercado, cabendo a ele identificar e até mesmo antecipar as necessidades do mercado consumidor e por soluções inovadoras para tais necessidades. Entretanto visando ao atendimento das necessidades do mercado, a empresa deve satisfazer-se de menor tempo de produção, custo competitivo de produção. A empresa deve diminuir custos diretos e despesas fixas para oferecer um preço competitivo no mercado. A definição do preço adequado de venda de um produto/serviço junto ao mercado depende do equilíbrio entre o preço de mercado e o valor calculado, em função dos seus custos e despesas. O valor deve cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, somado as despesas variáveis e fixas proporcionais. Além disso, deve gerar lucro líquido. Para definir o preço de venda de um produto e/ou serviço, o empresário deve considerar dois aspectos: o mercadológico (externo) e o financeiro (interno). Pelo aspecto mercadológico, o preço de venda deverá estar próximo do praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e qualidade. Fatores como conhecimento da marca, tempo de mercado, volume de vendas já conquistado e agressividade da concorrência também exercem influência direta sobre o valor do produto. No caso do aspecto financeiro, o preço de venda deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço vendido, as despesas variáveis (por exemplo, comissões de vendedores), as despesas fixas (como aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore). O saldo restante será o lucro líquido. Se o preço ditado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos internos da empresa, o empresário deve refazer os cálculos financeiros para avaliar a viabilidade da sua prática. Em outras palavras, para equilibrar o preço de venda, a empresa deve diminuir custos diretos, despesas fixas ou ainda aceitar um lucro líquido menor. Para calcular a previsão de vendas de produtos/serviços, a empresa deve seguir algumas alternativas: Com base nas informações internas, analisar o comportamento das vendas realizadas em um determinado período e projetá-la para o mesmo período seguinte. Alguns aspectos podem interferir nessa projeção, como concorrentes, novos produtos, novos hábitos dos consumidores e eventos especiais, tais como festas, Olimpíadas, eleições, Copa do Mundo etc.; por meio de pesquisas de


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mercado, realizar um estudo da demanda de mercadorias/produtos/serviços que poderia ser atendida pela empresa. Variáveis externas, como população, atividade econômica, situação política, nível de renda e emprego, concorrência, novos produtos etc., devem ser consideradas. Itens de grande relevância para verificar a viabilidade do produto.

2.2 SERVIÇO Estampa em canecas – nossa empresa oferece diferenciais que valem destacar como a agilidade no serviço, a ampla experiência no ramo e contamos com a excelência. FIGURA 1: MODELO DE SERVIÇO (ESTAMPA)

FONTE: GOOGLE, 2019.

a) TEMA: gestão da tecnologia aplicada à estampagem de canecas; b) JUSTIFICATIVA DO TEMA: almejar a melhor organização do produto, ter mais controle dos dados para poder agir mais rápido nas tomadas de decisão, entregar os produtos com a melhor qualidade e para pode otimizar as vendas e obter maior lucro; c) COMERCIALIZAÇÃO: investimentos em publicação que atinge nosso público-alvo, com anúncios em redes sociais, propagandas, cartazes e folders; d) PRODUÇÃO: buscamos satisfazer as necessidades de nossos clientes e assim obtendo resultados satisfatórios; e) GESTÃO: a empresa conta com a gestão da qualidade dos produtos e a inovação; f) RECURSOS HUMANOS: a busca cessante da melhor potencialização do capital humano; g) RECURSOS FINANCEIROS: capital de giro (investimentos); h) RECURSOS MATERIAIS: trabalhamos com o controle de qualidade e inovação da matéria prima. Abaixo apresenta a TABELA 1, que mostra dados da produção mensal do serviço de estampas em canecas:


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TABELA 1: DADOS Produção Mensal 200 Unidades Impostos 0% (Somos uma MEI) Margem lucro 60% Mão de obra $ 998,00 Matéria Prima $ 10 Unidade Despesas Gerais $ 480,00 Depreciação $ 45,82 FONTE: OS AUTORES, 2019. A TABELA 2, conforme mostra abaixo, informa dados reais do projeto, projeto otimizado e o ponto de equilíbrio da produção: TABELA 2: PROJETO

FON TE: OS AUTORES, 2019.

2.3 INDICADORES Números extraídos do projeto com o objetivo de detalhamento, viabilidade, projeções e documentação, segue abaixo 05 (cinco) indicadores para do projeto: 1)

Tempo de Retorno do Investimento

Investimento – R$ 2.749,00 Resultado – R$ 1.476,18 TRI = 1,86 meses ou 0,15. Consideramos viável o tempo de retorno do investimento, pois, o capital retornará em um curto período. 2)

Índice De Atratividade

Resultado mês – R$ 1.476,18 Investimento – R$ 2.749,00


33

IA = 0,537 → 53,7% Consideramos viável o índice de atratividade, quanto maior, melhor. 3)

Fluxo de Caixa

Pagar o investimento em 10 vezes. R$ 2.749,00 / 10 = R$ 274,90/mês. Consideramos o fluxo de caixa viável, o saldo é positivo. 4)

Valor Presente Líquido

Resultado – R$ 1.476,18 Período (meses) – 60 Resultado – R$ 88.570,80 Amortização – 60 * 45,82 = R$ 2.749,20 Investimento – R$ 2.749,20 VLP = R$ 85.821,60 Valor presente líquido, considerado viável. 5)

Ociosidade Aceitável

Quantidade de projeto – 200 Quantidade de equilíbrio – 102 Ociosidade de produtos = 98 Ociosidade em %

= 49%

A ociosidade aceitável é viável, número alto de ociosidade de produto sem gerar prejuízo. Como apresenta na TABELA 3, uma avaliação quantitativa geral dos indicadores já obtidos. TABELA 3: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

FONTE: OS AUTORES, 2019. Parecer – Qualitativo


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A partir da análise dos indicadores, constatamos que o nosso projeto é totalmente viável.

2.4 INDICADORES DE EQUILÍBRIO Padrões mínimos para pagamentos de custos e despesas, resultado zero, viabilidade do projeto, segue abaixo 05 (cinco) indicadores de equilíbrio para do projeto: 1)

Ponto de Equilíbrio

Fixos / Margem (%) R$1523,82 / 0.60 = R$ 2540 Multiplicador = 49% Ponto de equilíbrio indica a quantidade mínima de produto a produzir, sem gerar lucro ou prejuízo. 2)

Custo Fixo

Margem atual / Margem equilíbrio R$ 3000,00 / R$ 1524,00 = 1,9685 Multiplicador = 96,85% Indica o valor máximo para o custo fixo. 3)

Preço de Equilíbrio

R$ 17, 62 Multiplicador = 29,5% Indica o preço mínimo do produto para resultado zero e margem zero. 4)

Variáveis de Equilíbrio


35

Receita – Fixos = (x) / Variáveis R$ 5000 – R$ 1523,82 = R$ 3476,18 / R$ 2000 → 1,7381 Multiplicador = 73,81% Indica o valor máximo para os custos variáveis. 5)

Matéria Prima Variável

Receita – Fixos – Imposto = (x) / Matéria prima R$ 5000 – R$ 1523,82 – R$ 0,00 = R$ 3476,18 / R$ 2000 → 1,7381 Multiplicador = 73,81% Indica o valor máximo para a matéria prima. 2.4.1 Resumo – Indicador Equilíbrio Conforme mostra na TABELA 4, um resumo dos indicadores de equilíbrio:

TABELA 4: INDICADOR DE EQUILÍBRIO FATOR Quantidade Custo Fixo Preço Variável Matéria Prima

SENTIDO + + + FONTE: OS AUTORES, 2019.

VALOR 49% 96,85% 29,5% 73,81% 73,81%

Como apresenta a TABELA 5, todos os dados obtidos através dos indicadores de equilíbrio: TABELA 5: INDICADORES DE EQUILÍBRIO

FONTE: OS AUTORES, 2019. 2.5 LANÇAMENTO DE PRODUTO 1) SERVIÇO: destacamos a caneca e o processo de sublimação. As canecas adquiridas para realização da estampa atendem ao mais alto padrão de qualidade do


36

mercado. O processo de sublimação é uma técnica de impressão pode ser utilizada em muitos objetos, abrangendo todas as ocasiões e situações possíveis. 2) PONTO: evidenciamos a localização e a instalação. A loja esta localizada na cidade Metropolitana de Curitiba, onde o cliente pode se deslocar até o estabelecimento. A instalação ideal para o atendimento e ao conforto do cliente, considerada de fácil acesso aos portadores de deficiência física. 3) PROMOÇÃO: relevamos a propaganda e os contatos pessoais. A propaganda é feita através das redes sociais. O contato pessoal é através do “boca à boca”. 4) PREÇO: o valor e a forma de pagamento se sobressaem. O preço de venda considerado bom, para o pagamento pode ser feito através de cartões (crédito e débito), depósitos, transferências e a vista. A TABELA 6 mostra o resumo das avaliações de serviço. TABELA 6: AVALIAÇÃO DE SERVIÇO PRODUTO OU SERVIÇO Caneca Sublimação

1 2 2

2 2 2

3 2 2

4 2 2

Média 100% 100%

PONTO - ACESSO AO SERVIÇO Localização Instalação

1 1

-1 1

1 2

1 1

38% 63%

51%

PROMOÇÃO - DIVULGAÇÃO Divulgação Promoção

1 -1

1 2

2 1

2 -1

75% 38%

57%

1 2

2 1

1 1

1 2

50% 75%

63%

9

10

12

10

100%

PREÇO Valor Forma de pagamento MÉDIA SIMPLES Legenda

-2 Muito fraco

-1 Pouco fraco

1

2

Pouco forte Muito forte FONTE: OS AUTORES, 2019.

Os dados obtidos através da avaliação de serviço é considerável viável, é possível visualizar os resultados a serem aprimorados. Os resultados inferiores serão trabalhados para alcançarmos a excelência.

3. CONCLUSÃO


37

Podemos concluir que o nosso serviço de estampagem em caneca é viável para a fabricação, devido ao seu baixo custo de produção, e com o analise de viabilidade do processo de estampagem, sempre buscamos satisfazer os nossos clientes. Obtendo a qualidade do nosso produto, sempre buscando a melhor potencialização do capital humano, e gerando um capital de giro para a empresa, com um investimento bom podemos trabalhar com um controle de qualidade e inovação da nossa matéria prima. Conforme os resultados obtidos nas tabelas nossos serviços são viáveis, podendo ter um controle ótimo da empresa sem levar prejuízo ou trabalha no vermelho. Nosso serviço sempre busca a realização da estampa para atender o mais alto padrão de qualidade do mercado. 4. REFERÊNCIAS

AMARAL, C. Daniel, GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS. 4ª Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.


38

4 Projeto de Viabilidade de Negócio – Indústria de Telhas de Fibrocimento Caroline Romano¹; Denilson da Silveira²;gaSPAR Collet Pererira, Joelma F. C. da Silveira³; Kaique M. Belizário; Willian K. Suzuki;

RESUMO O presente artigo tem objetivo o estudo de viabilidade de negócio. Este estudo contém todos os dados e valores necessários para implementar uma industria de telhas de fibrocimento na cidade de Curitiba PR, as etapas do estudo inclui valor inicial de investimento como maquinário, despesas com aluguel e funcionários, bem como impostos e outros custos envolvendo o investimento. Palavras chave: Negócio, Viabilidade, Custos, Investimento. ABSTRACT The objective of this article is to study business feasibility. This study contains all the data and values needed to implement a fiber cement roofing industry in the city of Curitiba PR, the study steps include initial investment value such as machinery, rental expenses and employees, as well as taxes and other costs involving investment. Key Words: Business, Feasibility, Costs, Investment.

1. INTRODUÇÃO Este estudo visa demonstrar a viabilidade de se implementar uma indústria de telhas de fibrocimento na cidade de Curitiba PR, o estudo tem como base os conceitos teóricos e práticos adquiridos em sala de aula na matéria de Gestão da Tecnologia ministrada pelo professor Gaspar. Serão utilizados valores estimados de volume de produção, preço de venda, impostos, custos com mão de obra, custos fixos, depreciação e investimento/tempo de amortização para a aplicação dos cálculos e desenvolvimento do negócio.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1. GESTÃO DA TÉCNOLOGIA Um dos grandes vetores das transformações no cenário competitivo é a contínua evolução da tecnologia que, em virtude de sua grande disseminação, afetou de modo significativo todas as atividades humanas, e fez crescer o grau de incerteza e imprevisibilidade do futuro. Dentre as novas tecnologias, destaca-se a Tecnologia da Informação (TI), que passou a ser um importante fator competitivo para as organizações (ALBANO, 2001).


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1.2. CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com sua finalidade. Quanto ao volume de produção os custos são classificados em fixos e variáveis. Esta classificação é muito utilizada para o cálculo do sistema de custos variável.

1.2.1. CUSTOS FIXOS Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura. Exemplos:    

Limpeza e Conservação Aluguéis de Equipamentos e Instalações Salários da Administração Segurança e Vigilância

Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.

1.2.2. CUSTOS VARIÁVEIS Classificamos

como

custos

ou

despesas

variáveis

aqueles

que

variam

proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período. Exemplos:   

Matérias-Primas Comissões de Vendas Insumos produtivos (Água, Energia)

1.3. FLUXO DE CAIXA Fluxo de caixa são todas as entradas e saídas projetadas do investimento analisado. Esse é um ponto muito importante da análise de investimento, pois se deve tomar muito cuidado

para

não

traçar

um

cenário

pessimista

ou

otimista.

Segundo BRIGHAM e HOUSTON (1999), o valor de um bem é determinado pelos seus


40

respectivos fluxos de caixa. O lucro líquido que ele agregará para a empresa é muito importante, mas o fluxo de caixa é mais importante ainda, pois tanto os dividendos quanto os ativos operacionais da empresa só poderão ser adquiridos através de recursos gerados pelo ativo adquirido.

1.4. PONTO DE EQUILIBRIO Segundo Atkinson et al. (2000, p. 193), o ponto de equilíbrio corresponde ao nível em que o volume de vendas cobre os custos fixos dos recursos comprometidos, ou seja, o momento em que a empresa começa a contabilizar lucro quando as vendas superam o Ponto de Equilíbrio. A análise do ponto de equilíbrio é importante por mostrar o empenho necessário para que se comece a obter lucro, influenciando nas decisões gerenciais de viabilidade de um empreendimento. De acordo com Dubois et al. (2006) o seguinte método é utilizado na definição do ponto de equilíbrio contábil. Ele só irá ocorrer quando as receitas se igualam aos custos, assim teremos: Quantidade no ponto de equilíbrio = (Custos fixos + Despesas fixas) / (Preço de venda –Custo variável unitário –Despesas variáveis unitárias) Já, o ponto de equilíbrio financeiro leva em conta a análise inserida no regime de caixa, devendo-se subtrair dos gastos fixos os gastos não desembolsáveis como a depreciação (BRUNI 2006). Assim tem-se: Quantidade no ponto de equilíbrio = (Custos fixos + Despesas fixas –Depreciação) / (Preço de venda –Custo variável unitário –Despesas variáveis unitárias) Além das análises de equilíbrio citadas, tem-se o ponto de equilíbrio econômico que leva em consideração o conceito de remuneração do capital investido, podendo ser representado da seguinte maneira: Quantidade no ponto de equilíbrio =(Custos fixos + Despesas fixas + Remuneração do capital investido) / (Preço de venda –Custo variável unitário –Despesas variáveis unitárias) Bruni (2006) destaca a diferença entre o ponto equilíbrio contábil e o ponto equilíbrio econômico. A primeira expressa um lucro contábil nulo, já o segundo expressa um lucro econômico nulo. Uma das formas de melhor compreender os conceitos de ponto de equilíbrio é utilizando a análise gráfica. Veja o gráfico1:ponto de equilíbrio abaixo onde o ponto de intersecção das retas de receitas totais e despesas totais representam o ponto de equilíbrio, onde receita total se iguala à despesa total. Observe que a área acima do P.E representa o lucro assim como a área abaixo representa o prejuízo.


41

GRAFICO 1: Ponto de Equilíbrio Fonte: Bruni (2006) Bruni (2006) e Dubois et al.(2006) explicam que outros fatores podem ser calculados como as margem de segurança operacional. É plausível que as empresas trabalhem com uma margem de segurança para suprir problemas no mercado. A margem de segurança é uma informação que, pressupondo determinadas relações de custos, possibilita a empresa tomar algumas medidas para minimizar riscos futuros (DUBOIS et al., 2006).

1.5. VALOR PRESENTE LIQUIDO (VPL) Segundo GALESNE, FENSTERSEIFER e LAMB (1999:39), “... O valor presente líquido de um projeto de investimento é igual à diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário, com o desconto dos fluxos de caixa feito a uma taxa k definida pela empresa, ou seja, a TMA “[Taxa Mínima de Atividade]”. Essa ferramenta é um pouco mais sofisticada se comparada ao Payback, pois leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. O VPL desconta todas as entradas e saídas do fluxo de caixa do projeto. Essa taxa também é conhecida como taxa de desconto ou custo de oportunidade. Para efetuar a análise de um projeto através dessa ferramenta o procedimento é o seguinte: Descontam-se todas as entradas e saídas do fluxo de caixa pela taxa previamente estipulada e desse montante subtrai-se o valor do investimento inicial. Caso o VPL seja maior que zero, adota-se o projeto; se o projeto for menor

ou

igual

a

zero,

rejeita-se

o

projeto.


42

O valor presente líquido (VPL), como mostrado abaixo é obtido subtraindo-se o investimento inicial II do valor presente das entradas de caixa (FCt ) , descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa (K ) . VPL = valor presente das entradas de caixa

investimento inicial n VPL = Â FC t=1 (1+k)t t - II Fonte: GITMAN 1997, p. 329.

3. ANÁLISE DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO EM UMA INDÚSTRIA DE TELHAS DE FIBROCIMENTO

3.1. DADOS INICIAIS

Produção e venda mensal: 20.000 unidades Preço de venda: R$ 9,00 Impostos: 20% Mão de obra: R$ 50.000,00 Matéria Prima Unitária: R$ 3,00 Despesas gerais: R$ 20.000,00 Depreciação: R$ 300.000,00 Tempo de Amortização: 60 meses

TABELA 1: OTIMIZAÇÃO E PONTO DE EQUILÍBRIO FONTE: Autores, 2019


43

3.2. OTIMIZAÇÃO Aumentamos em 10% o valor da venda e diminuímos em 20% os custos fixos.

TABELA 2: OTIMIZAÇÃO FONTE: Autores, 2019

3.3. COMERCIALIZAÇÃO

Nossa comercialização é voltada tanto para barracões industriais como para o público de baixa renda, focando assim em marketing, vendedores externos, sites onde o consumidor pode ter acesso a todo nosso portfólio de produtos. Também contamos com um SAC garantindo assim a satisfação dos clientes no pós venda.

3.4. PRODUÇÃO

Embasada na ISO 9000, com o foco no resultado, mas sem agredir pessoas, qualidade e meio ambiente, utilizamos o método Toyotismo, onde realizamos a produção adequada conforme à demanda e nossas linhas de produção são completamente automatizadas. 3.5. GESTÃO

Nossa empresa conta com uma gestão familiar, passando sempre de pais para filhos, contando assim sempre com os mesmos ideais. 3.6. RECURSOS HUMANOS


44

Nossa gestão de pessoas estimula a criatividade, desenvolvendo lideres e novos talentos dentro da empresa, através de treinamentos e dinâmicas em grupo a empresa gera uma melhoria na qualidade de vida no ambiente de trabalho. 3.7. RECURSOS FINANCEIROS Analisar os resultados e planejar ações necessárias para obter melhorias. Efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o fluxo de caixa. Analisar e negociar as captações de recursos financeiros necessários.

3.8. VPL – VALOR PRESENTE LIQUIDO

-46.000,00

TABELA 3: CAIXA ZERO FONTE: Autores, 2019

VPL - Resultado do mês: R$ 27.400,00 - Período: 12 meses - Resultado: R$ 328.000,00 - Amortização: (R$ 5.000,00 x 12) = R$ 60.000,00 = R$ 388.000,00 - Investimento: R$ 300.000,00 - Resultado em 5 anos: R$ 88.000,00≥ 3.9. OCIOSIDADE


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Pesos: R$ 5.568,83 Ociosidade: 27,84 % Padrão: 25 % Quantidade Projetada: R$ 20.000,00 Quantidade de Equilíbrio: 14.431,17 Peças

TABELA 4: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA FONTE: Autores, 2019

3.10.

GRÁFICO DE INDICADORES – PONTO DE EQUILIBRIO

250,000 Ponto de Equilíbrio 200,000

198,000 TELHAS VENDIDAS

150,000

CF- Custo Fixo

145,600

CV- Custo Variável CT- Custo Total = CF+CV Total

100,000

99,600

RT2 - Receita Total

50,000

46,000

0 -

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

GRÁFICO 1: INDICADORES PONTO DE EQUILÍBRIO FONTE: Autores, 2019

4. CONCLUSÃO Com base neste artigo de viabilidade econômica, torna-se evidente a viabilidade deste modelo de negócio, que demonstra alta lucratividade e alto potencial de retorno do


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investimento injetado no início do desenvolvimento, sendo este totalmente desenvolvido sob as orientações ministradas em sala de aula na disciplina de Gestão da Tecnologia.

5. REFERÊNCIAS ALBANO, Cláudio S. Problemas e ações na adoção de novas tecnologias de informação: um estudo em cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado PPGA/EA/UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, 2001, 122 p. BRIGHAM, Eugene F.; HOUSTON, Joel F.. Fundamentos da moderna administração financeira. Tradução: Mo Imilda da Costa e Silva. 5. ed.. Rio de Janeiro: Campus, 1999. GALESNE, Alain; FENSTERSEIFER, Jaime E.; LAMB, Roberto. Decisões de Investimentonas Empresas. São Paulo: Atlas, 1999. ZANLUCA, J. de Souza – Portal da Contabilidade <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htm> 14/05/2019

Disponível Acessado

em: em:

BRUNI, A.L. A administração de custos, preços e lucros.São Paulo: Atlas, 2006. DUBOIS, A., Kulpa L., Souza L. E., Gestão de custos e formação de preços: conceitos, modelos e instrumentos: abordagemdo capital de giro e da margem de competitividade. São Paulo: Atlas, 2006


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Anderson Silva; Marcos Favretto Genilson Padilha, Jean Carlos, Gaspar Collet Pereira.

5 - GESTÃO DA TÉCNOLOGIA REDUÇÃO DE TRÊS OPERADORES NA LINHA DE PRODUÇÃO DE AR CONDICIONADOS RESUMO O trabalho busca evidenciar uma ótica de análise quantitativa para a realização de investimentos, mantendo a saúde da empresa, e verificando as mais variadas modelagens variação dos custos, ou despesa, que possam influenciar o resultado operacional da organização. Demonstrando em forma de números uma aplicação prática em uma empresa de montagem de tubos de ar condicionados automotivos. Palavras chave: Margem de contribuição, Custo fixo, Variável, Rentabilidade ABSTRACT The work seeks to demonstrate a perspective of quantitative analysis for the realization of investments, maintaining the health of the company, and verifying the most varied modeling costs variation, or expense, that may influence the operational result of the organization. Demonstrating in numbers form a practical application in an automotive air conditioner assembly company. Key Words: Contribution margin, Fixed cost, Variable, Profitability 1. INTRODUÇÃO

O trabalho descreve as métricas, para se direcionar a tomada de decisão gerencial de uma organização com base em uma análise quantitativa, e não qualitativa, tornado a função tomada de decisão assertiva, e não indutiva que é direcionada em conhecimentos empíricos, o que não garante a sobrevivência de uma organização em mercados cada vez mais competitivo O trabalho trata-se de uma análise de otimização de redução de mão de obra na área produtiva da fábrica, para maximizar a margem de contribuição da empresa sobre os resultados operacionais.

2. REDUÇÃO DE UM OPERADOR DA EMPRESA DE AR CONDICIONADOS AUTOMOTIVO. O trabalho busca a redução da mão de obra de uma empresa do ramo automotivo buscando melhorar os resultados operacionais da empresa para tanto pode se aplicar uma


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métrica para a melhoria do processo, mantendo volumes de produção, porém mantendo o resultado operacional da empresa. 2.1 justificativa Quando a demanda de volume é reduzida, as organizações aplicam ações como a redução de quadro de funcionários, mas no caso da empresa de fabricação de ar condicionados automotivos. Já quando existe um incremento de vendas considerável, a organização inicia a contratação imediata, sem analisar se o aumento do custo de mão de obra vai afetar ou não a margem em resultado e (%) da empresa. A redução da mão de obra é uma forma ágil, e de resposta rápida para maximizar a margem de contribuição da empresa. 2.2 Características da Gestão da tecnologia A gestão da tecnologia está modelada em 3 pilares, como organizacional, que busca minimizar riscos através de uma gestão através da ótica de custo, que por sua vez define um norte para a organização tomar decisões baseadas em resultados avaliando a estrutura da organização. Comercialização forma pela qual se modela a comercialização de bens e consumo, também estruturando as atividades na busca de resultados operacionais que favoreça a organização. Produção uma modelagem que vem definir os meios, métodos, controles, para se transformar matéria prima, em produtos de consumo, avaliando formas de aquisição de matéria prima, e recursos para atender as demandas do mercado ao qual a empresa está estabelecida. Com a variabilidade da gestão tecnológica as organizações podem inovar, buscando a melhoria continua dos resultados operacionais da empresa, transformando planejamento em realidade. Porém a organização deve entender que a linha de produção como tecnologia. É uma extensão da capacidade humana de realizar a produção dos bens duráveis e de consumos, por isto quando se fala em inovar a consequência, a redução de custos fixos, variáveis, despesas, ou até mesmo o incremento da receita de uma empresa. 2.3 Otimização de projeto Os projetos podem envolver aspectos técnicos, econômicos, e até de cunho social. São, portanto, projetos de dimensionamento, alocação de recursos, localização de


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empreendimentos, determinação de rotas e tantos outros que possam se beneficiar de técnicas, para a busca de uma solução ótima. A solução teórica de um projeto pode ter infinitas soluções e, na prática, várias delas podem ser consideradas aceitáveis. Contudo, devido à grande competitividade de mercado, não é adequado desenvolver um projeto que seja apenas aceitável. Portanto, há uma real necessidade de respostas para perguntas como o uso de recursos escassos está sendo o mais eficiente pode-se obter um projeto mais econômico há riscos dentro dos limites aceitáveis. Para uma definição de parâmetros para definição de resultados pode-se utilizar uma coleta de dados baseado nos seguintes dados expressados na tabela 1 abaixo Dados Investimento Amortização Produção Funcionários Custo/funcionários Custo matéria prima Perda Custo fixo mensal Impostos Preço de venda Tabela 1: Levantamentos de dados para análise de rentabilidade Fonte: Autores, 2019 De posse das informações a serem quantificadas pode-se calcular os indicadores de desempenhos, ou indicadores de equilíbrio que são: A solução teórica de um projeto que pode ter infinitas soluções e, na prática, várias delas podem ser consideradas aceitáveis. Contudo, devido à grande competitividade de mercado, não é adequado desenvolver um projeto que seja apenas aceitável. Portanto, há uma real necessidade de respostas para perguntas como o uso de recursos escassos está sendo o mais eficiente pode-se obter um projeto mais econômico há riscos dentro dos limites aceitáveis. Os indicadores de desempenhos estão vinculados a padrões mínimos para normalmente a custos, despesas, resultado igual a zero, para a determinar uma forma estruturada de avaliar e validar um projeto quanto a fatores críticos, gargalos de processo, incertezas de mercado, e pontos que estejam fora do controle da empresa, como criação de novas taxas de imposto, o que altera os custos fixos, variação do custo de matéria prima, e solicitações dos clientes de redução de preço do produto. A seguir pode-se visualizar as formulas para cálculos dos indicadores. 2.1 Indicadores de desempenho Números extraídos do projeto com o objetivo de alinhamento, viabilidade, projeções e documentação, segue abaixo os cincos indicadores para o projeto


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Figura 1: Indicadores de desempenho Fonte: Autores, 2019

2.2 Formulação do preço do produto A empresa produz tubulações de ar condicionados automotivos, para OEM, como Volkswagen, GM, Nissan, Renault, este segmento possui requisitos específicos referente a qualidade, e baixos preços de produtos, desta forma é de grande necessidade uma grande atenção aos resultados operacionais das empresas. Definir o preço de venda é uma tarefa importante para os gestores, pois é, por meio da formação de preço de venda que a empresa começa, efetivamente, a competir no mercado cada vez mais acirrado. Segundo Wernke (2005, p.147), “a adequada determinação dos preços de venda cada vez mais é questão fundamental para a sobrevivência e crescimento das empresas, independente do porte ou área de atuação”. 2.2 Custo fixos e Variáveis e seu ponto de equilíbrio Conforme Padoveze (2004) custos diretos são aqueles que podem ser identificados de maneira direta em determinado segmento da empresa ou produto como neste caso material utilizados em sua fabricação, mão-de-obra direta entre outros. Custos diretos são, portanto, gastos industriais que podem ser alocados de maneira objetiva aos produtos, sendo custos diretos fixos ou custos diretos variáveis. De acordo com Dal-Ry (2009) uma essencial informação que um administrador deve conhecer é quanto sua empresa precisaria vender para obter resultado positivo, como base para esta informação o ponto de equilíbrio mostra justamente o contrário, quanto seria necessário vender para não obter prejuízo e cobrir todos os custos. A partir do momento que se conhece este valor, pode-se planejar quais ações necessárias para se alcançar o resultado necessário e aumentar então a lucratividade desta empresa.


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Com base nos assuntos abordados os presentes trabalhos propõem-se a utilização dos dados da empresa de montagem de tubos de ar condicionados automotivos, para análise de rentabilidade financeira, utilizando modelagens de flutuação de Custo fixos, redução de preço de venda, Incremento do custo variável, e aumento do custo da M.P (Matéria prima) e seu as alterações, podem causar renda negativa ou positiva para a organização. Para cálculo do ponto de equilíbrio utilizou-se a formula número 1 abaixo:

Rc Pon. equilibrio=

Custo fixo da base MG ()

(1)

Já para identificar o quanto pode variar o custo fixo, calculou-se o indexador para considerando a formula 2 abaixo.

index(CU . F max)=

MG ( $ )−base de cálculo MG ( $ )− ponto de equilibrio

(2)

Também é necessário o cálculo o preço do produto para isto se dá através da formula 3 abaixo.

Preço=

Custo fixo+despesa+Outros 1−(Impostos+margem+outros )

(3)

O cálculo do índice, até quanto pode alterar o custo variável da empresa é representado na equação 4 abaixo. Após apenas se multiplica pelos custos variáveis da base.

CU . Var (max)=

Receita−custototal fixo Custo total variável Index ¿

(4)

O cálculo até quanto pode alterar para mais o cálculo da matéria prima da empresa é representado na equação 4 abaixo.

Index M . P . Var (max)=

Receita−imposto Matéria prima

(5)

Os valores estão expressos na tabela 2 abaixo demonstram a situação de uma empresa de montagem de tubulação de ar condicionado automotivo, estes dados coletados, são informações bases para cálculo dos indicadores de equilíbrio da empresa de ar condicionados automotivos. Para este trabalho o objetivo é reduzir três operadores na linha de produção.


52

Tabela 2: Levantamentos de dados para análise de rentabilidade Fonte: Autores, 2019

Tabela 3: Cálculo de indicadores de equilíbrios, para redução de 3 operadores da linha de montagem Fonte: Autores, 2019 Na tabela acima foram identificadas situações, como ponto de equilíbrio, Para Jiambalvo (2002), o ponto de equilíbrio é uma das principais ferramentas para a análise do custo volume lucro. Define ainda Jiambalvo (2002), o ponto de equilíbrio como sendo o número de unidades que precisam ser vendidas para uma empresa atingir o equilíbrio, ou seja ter um resultado que não implique em lucro ou prejuízo, mas sim um resultado zero. Com a planilha acima pode se calcular indicadores como preço, custo fixo, variável máximo, e o quanto a matéria prima pode aumentar, sem que a empresa tenha prejuízos. Após os cálculos a análise pode ser verificada na tabela 3 abaixo.


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Tabela 4: Comparação para tomada de decisão para redução de 3 operadores Fonte: Autores, 2019

Com esta análise podemos entender que a proposta de redução de um operador de produção para a empresa de fabricação de tubulações de ar condicionados pois a empresa pode reduzir a sua quantidade em 26%, aumentar seu custo fixo em até 36%, e ainda reduzir o preço em 22%, aumentando em 63% os variáveis e 1,89% a matéria prima.

Analise de rentabilidade 2,400,000

1,800,000

1,200,000

600,000

0

0

5000

Custo Vari avel

10000 Recei ta

12579 Custo fixo

20000

25000

Custo total

FIGURA 1: Gráfico de análise de rentabilidade FONTE: Autores, 2019

Conforme análise de rentabilidade apresentada no gráfico 1 acima, podemos observar que a empresa é rentável pois as receitas, retirando os custos totais da receita, a empresa ainda possui uma margem de 17%, porém com a otimização reduzindo três operadores diretos da linha de produção está margem sobe para 19%, o que está acima do pré-estabelecido na definição do projeto que foi uma margem mínima de 15%.

O que

simplifica a tomada de decisão em reduzir e otimizar o recurso mão de obra da empresa de fabricação de ar condicionado automotivos. 3. CONCLUSÃO


54

Após as análises realizadas pode se concluir que a empresa, que utiliza a metodologia de análise financeira para quantificar os resultados, baseada em dados e números é uma ferramenta que funciona como um direcionador para a tomada de decisão. No caso do estudo realizado a redução de três operadores aumenta em 2% a margem de contribuição da empresa de montagem de ar condicionados, e após a análise dos indicadores de equilíbrios, demonstrados na tabela 3 acima que apresenta quem mesmo que exista uma variação dos custos fixos, variáveis, matéria prima, ou caso exista uma solicitação de redução do preço, existem soluções que não deixa a margem de rentabilidade da empresa negativa. Sendo que a empresa ainda possui uma ociosidade de processo de 26%, o que ainda possibilita a empresa aumentar o volume de produção, maximizando os resultados da organização. Desta forma a proposta de redução de três operadores da linha de montagem de ar condicionados automotivos, é uma otimização que maximiza os resultados da empresa em estudo, sendo rentável e sustentável. 4. FUNDAMENTAÇÃO REÓRICA

A tecnologia era entendida como um diferencial para garantia de sucesso de uma organização, porém nos dias de hoje a tecnologia para Batalha, Almeida, Fleury (2008, p.209) A tecnologia é “um pré-requisito para a sobrevivência das empresas. Sendo originado nos processos pesquisa e desenvolvimento (P&D), o grande desafio é transformar esse conhecimento – ou – tecnologia, em inovações capazes de impulsionare o desenvolvimento econômico. ” No

Brasil

o

processo

de

desenvolvimento

tecnológico

tem

uma

peculariedade em relação aos demais países, conforme relata Batalha, Almeida, Fleury (2008, p.209) “vestimento em pesquisa de desnsvolvimento P&D acontecem, em sua maioria (60%) no setor publico, ” o que demonstra que a transformação de conhecimento em um processo de inovação no país ainda necessita de uma fomentação.

Tecnologia, inovação e difusão técnologica Batalha, Almeida, Fleury (2008, p.210) “A tecnologia é a ordenação dos conhecimentos em pró da produção, distribuição e uso de bens e serviço, “ desta forma o desenvolvimento de uma gestão da técnogia, para que possa ser difundida


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em vários setores para a transformação de conhecimento e melhorias das atividades voltadas a produção de bens e serviços de consumo. Batalha, Almeida, Fleury (2008, p.210) menciona que quando a tecnologia se “comporta como bem nômico, a tecnologia tem um preço. Seu vano mercado é geralmente bastante elevado, devido, princnte, a dois fatores: os altos custos para sua produção e a valorização devido a grande demanda. “ Desta forma a tecnologia é um produto requisitado de forma macro e micro economicamente conforme Batalha, Almeida, Fleury (2008, p.210) todos os países necessitam de tecnologia, assim como as empresas, para almentar as taxas de crecimento de sua produção, tornando as empresas competitivas e saudáveis nos mercados, “isso eleva a crescente demanda de tecnológica, a qual propicia aos detentores de tecnologia uma posição altamente vantajosa nas negociações. “

tecnologia e investimento A tecnologia necessita de investimentos disposição de recursos, porém as organizações devem entender qual a melhor aplicação de seus recursos, para isso pode se utilizar de indicadores de desempenhos para análise de investimentos em tipos de produtos, ou até mesmo em novos métodos de fabricação ou produtos, Batalha, Almeida, Fleury (2008, p.103) define que “ao analisar alternativas de investimento, há alguns métodos para verificar qual delas apresenta mais vantagens, em termos econômicos. Os principais métodos utilizados são os do valor presente, da taxa interna de retpornovevdo pay back. “ Definir o preço de venda é uma tarefa importante para os gestores, pois é, por meio da formação de preço de venda que a empresa começa, efetivamente, a competir no mercado cada vez mais acirrado. Segundo Wernke (2005, p.147), “a adequada determinação dos preços de venda cada vez mais é questão fundamental para a sobrevivência e crescimento das empresas, independente do porte ou área de atuação”. Conforme Padoveze (2004) custos diretos são aqueles que podem ser identificados de maneira direta em determinado segmento da empresa ou produto como neste caso material utilizados em sua fabricação, mão-de-obra direta entre outros. Custos diretos são, portanto, gastos industriais que podem ser alocados de maneira objetiva aos produtos, sendo custos diretos fixos ou custos diretos variáveis. De acordo com Dal-Ry (2009) uma essencial informação que um administrador deve conhecer é quanto sua empresa precisaria vender para obter resultado positivo, como base para esta


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informação o ponto de equilíbrio mostra justamente o contrário, quanto seria necessário vender para não obter prejuízo e cobrir todos os custos. A partir do momento que se conhece este valor, pode-se planejar quais ações necessárias para se alcançar o resultado necessário e aumentar então a lucratividade desta empresa.

5. REFERÊNCIAS

BATALHA, Mário, OTÁVIO, vários colaboradres. Introdução à engenharia de produção. 4.ed . Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DAL-RY, Sivaldo. Porque calcular o ponto de equilíbrio. Londrina, [s.n.] 2009. Disponívelem:http://www.administradores.com.br/artigos/_por_que_calcular_o_po nto_de_equilibrio/29899/. Acesso em 4 abril. 2019 JIAMBALAVO, JAMES. Contabilidade Gerencial, 1. ed. LTC, Rio de Janeiro, 2000. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. p.12-123 WERNKE, Rodney. Análise de Custos e preços de venda, (ênfase em aplicações e casos nacionais). São Paulo: Saraiva, 2005. Para FM2S, Disponível: https://www.fm2s.com.br/tipos-indicadores-em-projetos-melhoria. Acesso em 12/04/2019


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