VIDA, NEGÓCIOS E COAHING

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Ed.10 Série Especial A Força do Conhecimento: Conhecimento é Poder - semana 01 - Novembro 2019 - ISSN 2525-801X

REVISTA

NOVEMBRO 2019

ADMINIS TRAÇÃO E CIÊNCIAS

Ano 2 Série Especial A Força do Conhecimento Edição 10

VIDA , NEGÓCIOS

& COAC HING

ISSN 2525-801X

Revista Administração e Ciências

Curitiba, 2a Edição Série Especial A Força do Conhecimento: Conhecimento é Poder.Semana 01 - Junho de 2019

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Proibida a reprodução total ou parcial, sem a autorização por escrito.

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METAS


Ed.10 Série Especial A Força do Conhecimento: Conhecimento é Poder - semana 01 - Novembro 2019 - ISSN 2525-801X

Revista de Administração e Ciências ISSN: 2525-801X ORCIDE: 0000-0001-8789-7698 Publicação da área de Ciências Humanas

As opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. All articles are full responsability of their authors. Solicita-se permute

Catalogação Periodicidade Semanal ISSN 2525-801X

CDD 100

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Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Correspondência e Assinatura / Letters and subscription Revista de Administração e Ciências Rua Nicolau Vorobi 244 CIC – Curitiba – Paraná CEP.: 81250-210 E-mail: kozoski@gmail.com

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Editorial Esta é a décima edição da série especial sobre a força do conhecimento. A série especial está publicando artigos científicos produzidos por profissionais e estudiosos das ciências da Administração e da metodologia Coaching. Prof. Morôni Kozoski

Está edição tem como título: Vida, Negócios & Coaching O processo de estudo e aprendizado é completo quando o resultados da pesquisa realizada podem ser compartilhados publicamente.

Sua opinião é muito importante para nós. Se desejar fazer elogios, comentários, críticas ou saber mais sobre os trabalhos realizados por cada autor, poderá fazê-lo no nosso WhatsApp 41 99986-8566.

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PÁGINA 7 REGULAMENTAÇÃO DO COACHING Edma Catarina da Coasta

PÁGINA 19 ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA RELACIONADA AO COACHING PARA MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL Regiane Conceição Alves Vida

PÁGINA 32 O COACHING NO TRATAMENTO DE PESSOAS COM DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E DROGA Wilson Alves Siqueira

PÁGINA 46 Mudança de Mindset Rosália Maria Moreira

PÁGINA 55 METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM ACELERATIVA Cristiane Araujo Peres

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PÁGINA 72 COMO REALIZAR MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PARA QUE AS MESMAS SE DESTAQUEM EM SEUS SEGMENTOS Judith Maria Gomes

PÁGINA 86 Coaching uma ferramenta colaborativa para uso no conflito da separação ou resgate da relação Patrícia Henriques de Medeiros

PÁGINA 98 PROJETO DE VIDA NA ESCOLA: FERRAMENTAS DE COACHING APLICADAS À EDUCAÇÃO Tamar Rabelo de Castro

PÁGINA 115 O PODER DO COACHING ALIADO AS ESTRATÉGIAS VENDAS Maycon Rodrigo Jacomini

PÁGINA 128 COACHING E ESPIRITUALIDADE

Camila de Freitas Sant

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REGULAMENTAÇÃO DO COACHING Edma Catarina da Coasta

"É de bom alvitre pontuar que, no Brasil desde 2009 a regulamentação do Coaching vem sendo discutida."

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REGULAMENTAÇÃO DO COACHING Edma Catarina da Coasta Morôni Kozoski RESUMO O objetivo do presente artigo é abordar um assunto, que tem sido motivo de inúmeros debates e controvérsias relacionados ao Coaching. Intitulados de criminalização, banalização, exercício ilegal, charlatanismo, entre outros. A intenção deste trabalho repousa no sentimento de desmistificar determinadas posturas discriminatórias, trazendo à tona a verdadeira identidade do Coaching, haja vista que, alguns posicionamentos não condizem com a realidade do exercício profissional do Coaching. O desenvolvimento do artigo, foi baseado em pesquisas realizadas pela internet, devido ao fato de ser um assunto até certo ponto novo, não foram encontradas obras literárias. No entanto, muitos profissionais conceituados levantam as suas bandeiras em defesa desta modalidade profissional, que não é tão nova parece é uma profissão de origem bem antiga, como será demonstrado no corpo deste humilde ensaio. Palavras chave: Coaching. Aspectos legais. Regulamentação. 1. INTRODUÇÃO Este artigo tem como objetivo abordar as inúmeras reações relacionadas ao Coaching e as suas implicações no âmbito de restringir o seu desenvolvimento e exercício da profissão. Não há aqui a pretensão de esgotar um assunto tão vasto e até certo ponto um tanto complexo, que implica muita paciência, esclarecimentos e perseverança, no sentido de banir a forma deturpada ao exercício do Coaching. O intuito é trazer à baila o momento atual vivenciado pelos profissionais do Coaching, no tocante à discriminação, que se espalham de forma pejorativa. Uma das razões pelo qual vem sendo atacado, deve-se ao fato de que do Coaching ainda não é uma profissão regulamentada, aliado à falta de informações, propagandas enganosas por pessoas que se intitulam Coaches, sem capacitação, sendo este, o “prato cheio”, para profissionais de outras áreas que se sentem incomodados com o crescimento vertiginoso do Coaching, passam ao ataque com a intenção nítida de minar o seu exercício. Por outro lado, é sabido que em todas as áreas existem profissionais sérios e competentes, bem com existem também, os antiprofissionais. Estes !8


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últimos são aqueles que participam de cursos de um final de semana e saem por aí se intitulando Coaches. Haja vista que, jamais um curso ministrado em um fim de semana terá o condão de capacitar o profissional para o exercício do Coaching. São vítimas gerando vítimas, uma vez que, são captados por pessoas despreparadas com promessas que enchem os olhos, propagando um discurso de que ser Coach é sinônimo de se dar bem. Contudo cabe destacar também, que em meio a tudo isso, temos instituições sérias e responsáveis reconhecidas mundialmente, escolas que formam grandes Coaches, profissionais que estão fazendo a diferença no mercado e na vida das pessoas. Nesse contexto vamos atentar para a insegurança causada aos profissionais, que estão iniciando suas carreiras em meio à tanta turbulência, críticas e julgamentos errôneos. Este estudo tem a pretensão de mostrar, o amparo legal que assegura a todos direitos e garantias fundamentais para o exercício de uma profissão. O exercício do Coaching, é ilegal ou ilegal? O que é licito e o que é ilícito? É de todo sabido que exercício ilegal de uma profissão é tudo que atenta contra a dignidade humana. A pesquisa se faz necessária para que os verdadeiros profissionais possam enfim dar continuidade ao seu trabalho, com respeito, responsabilidade, ética, confidencialidade, que são alguns dos princípios basilares do Coaching.A metodologia utilizada, foi a pesquisas na internet, leis, câmara dos deputados, posicionamento de profissionais em destaque no mundo do Coaching. Assim sendo importa saber o que é Coaching? Qual é sua história? 2 . CONCEITO DE COACHING Coaching é um treinamento que produz mudanças positivas e duradouras em um curto espaço de tempo. Consiste em tirar o indivíduo do seu estado atual e levá-lo ao estado desejado de forma rápida, consciente e satisfatória. Este processo tem como objetivo: atingir metas, solucionar problemas, desenvolver habilidades. O Coaching é um treinamento que tem como premissa trabalhar a essência do SER, ou seja o indivíduo irá se tornar

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quem precisa ser para alcançar seus objetivos. Desenvolver competências e habilidades necessárias para realizar suas metas e alcançar os resultados esperados. Esta conceituação é uma das mais conhecidas e no cenário do Coaching. O conceito mais próximo aos atuais é atribuído a Timothy Gallwey, conhecido como o fundador do conceito do Coaching, e como o “Pai do coaching”. Educador e técnico, no livro “The Inner Game of Tennis – O Jogo Interior do Tênis”,(1974). Segundo, Gallwey (1974), “Coaching é uma relação de parceria que revela/ liberta o potencial das pessoas de maximizar o desempenho delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas”. Entretanto existem inúmeras formas conceituais, mas que em resumo definem o Coaching sempre com o mesmo objetivo e finalidade, vejamos: Coaching é uma forma de desenvolvimento na qual alguém denominado coach, ajuda um aprendiz ou cliente a adquirir um objetivo pessoal ou profissional específico através de treinamento e orientação. O aprendiz é por vezes denominado coachee. Ocasionalmente coaching pode significar uma relação informal entre duas pessoas, uma das quais mais experiente que a outra, que a ajuda e orienta, enquanto a outra aprende. Como o Coaching é específico para o desenvolvimento de algo, todo o seu processo tem começo, meio e fim — e não corre o risco de se tornar uma assessoria indefinida. As orientações apresentadas pelo coach serão aplicadas de maneira rápida e efetiva, e todas as sessões são absolutamente confidenciais. Os benefícios obtidos com o coaching incluem resiliência, planos mais bem detalhados, maior adaptabilidade às mudanças, e melhora no ambiente de trabalho. Passmore, Jonathan, ed. (2016) [2006].

Importa, pontuar que, o Coaching não é algo novo, que surgiu em um insight. Muito pelo contrário, o Coaching tem sua origem datada desde a idade média. 3. HISTÓRIA DO COACHING Não há uma previsão absoluta acerca do surgimento do Coaching. De acordo com inúmeros relatos, o termo vem sendo utilizado desde a idade !10


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média, devido ao uso associado às carruagens de quatro rodas. Essa designação surgiu na Inglaterra por volta do século XVIII. Nesse contexto, vale destacar a orientação de Sílvio Celestino, da aliance Coaching, (2011): Com o passar do tempo, surgiu uma metáfora. Do mesmo modo que a carruagem leva as pessoas aos diversos campos geográficos, o coach era a forma como se chamava o tutor que conduzia outras pessoas pelos diversos campos do conhecimento. Conta-se também que as famílias muito ricas, quando em longas viagens pela Europa, levavam servos no interior da carruagem, que liam em voz alta para as crianças o que elas tinham de aprender. Esse servo passou a ser chamado de coach também. Na segunda década do século XIX, os alunos da Universidade de Oxford adotaram a gíria "coach" para designar os professores que lhes auxiliavam nos exames finais. Em seguida, a própria universidade começou a chamar os técnicos das equipes esportivas desse modo. Portanto, o segundo significado da palavra é "técnico".

4. ASPECTOS LEGAIS Além do que já exposto, outro fato é que, ainda, é uma profissão não regulamentada, que por vezes, gera desconfiança e a insegurança. No entanto, o direito ao exercício não só do Coaching, mas de qualquer profissão, está assegurado na C.F (1988), no artigo 170, senão vejamos: Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] IV - livre concorrência; VIII - busca do pleno emprego;[...] Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Por outro lado, nota se que, devido à falta de conhecimento alguns profissionais confundem e veem o Coaching como concorrente. Ledo engano, uma vez que o coaching, não se presta a tratar a saúde mental de seus coachees. Ao contrário, tem o dever de identificar possíveis transtornos e i n d i c a r o s p r o fi s s i o n a i s c o m p e t e n t e s . E c o m o a s s e g u r a d o constitucionalmente, ainda que ofereça concorrência, tem os Coaches o direito ao exercício da profissão. Ademais, a concorrência sendo para desenvolvimento e crescimento é salutar e, portanto, deve ser bem-vinda. Nesse contexto, aduz o art.

5º da CF/88, que trata das garantias e dos

direitos fundamentais, igualando direitos e obrigação, da seguinte forma:

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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Saliente-se que, não há lei que proíba o exercício da profissão de Coaching, logo, “o que não é proibido é permitido”. IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

O Coaching é desenvolvimento, evolução, tanto cultural, quanto intelectual e muito mais, considerando as técnicas e ferramentas poderosas utilizadas para alcançar resultados e atingir metas. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

De outro norte, qualquer lesão causada pelo Coaching, está passível de reparação no ordenamento jurídico, visto que, existem leis especificas para tanto. Dado a essas colocações torna se fundamental que o profissional do Coaching tenha conhecimento jurídico do amparo legal ao profissional em Coaching, para que possa embasar-se de regras legais no desempenho de seu trabalho e do exercício de sua profissão. O direito é dinâmico e acompanha a evolução social, e, é nesse sentido que a relevância desse reconhecimento repousa no fato de que, quem conhece seus direitos estará mais apto a exercê-lo. Diante do desconhecimento, ainda que de forma involuntária, a violação será inevitável. 5. NECESSIDADE DE CONHECIMENTOS O Coach não está obrigado a dominar todas as áreas de conhecimento, contudo, para atuar em determinada área faz-se necessário buscar conhecimentos, que são obrigatórios, como por exemplo, quando o Coach atua na área empresarial. Nesse caso o Coach terá que ter conhecimento das leis que regem e procedimentos trabalhistas no sentido de orientar

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empresário para uma regulamentação adequada de acordo com as exigências legais, para o bom funcionamento de empresa, Existem diversas modalidades de Coaching: coaching de vida, de carreira, empresarial, esportes, jurídico, de emagrecimento, educacional, entre outros. Não há nenhum óbice em exercer a profissão do Coaching, uma vez que este não infringe nenhuma norma legal, exceto se aplicado de forma ilegal, qual seja por “profissionais sem a devida qualificação e competência”, bem como previsto no art. 47 LCP- Lei das Contravenções Penais, onde claramente estabelece, o que é exercício ilegal da profissão: Art. 47- “Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício”

Cabe ressaltar a importância do Coching para o desenvolvimento em todas as áreas da vida. Por tais razões, muito embora possa ser exercido sem a devida regulamentação, esta se faz necessária para que o profissional possa exercê-la de forma plena, haja vista, o benefício para crescimento, tanto pessoal quanto profissional, que evitará a descriminalização indiscriminada. 6. MOTIVOS DA BANALIZAÇÃO Estas distorções vêm surgindo devido inúmeros movimentos, como: redes sociais, profissionais da área da psicologia, psiquiatria entre outros. Porém, um dos quais, vem causando muitos rumores, foi a bandeira levantada por William Menezes (2019), (Sergipe), um jovem de 17 anos, com uma sugestão legislativa (SUG 26/2019),através da plataforma legislativa eCidadania, que alcançou número suficiente para tramitar por uma Comissão no Senado federal. Na descrição da proposta, Menezes escreveu que “se tornada lei, não permitirá o charlatanismo de muitos autointitulados formados sem diploma válido. Ele ainda escreveu que a proposta contra o coaching quer proibir “propagandas enganosas como ‘reprogramação de DNA’ e ‘cura quântica’, que desrespeitam o trabalho científico e metódico de terapeutas e outros profissionais das mais variadas áreas. Nesse discurso de criminalização do Coaching. Qual a conclusão que podemos tirar? !13


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De que foi promovido por pessoas com total desconhecimento do que é o Coaching, estão tentando generalizar sem qualquer investigação quanto aos profissionais capacitados e competentes, que exercem a profissão dentro dos princípios basilares obrigatórios em todo o processo de Coaching, quais sejam: a ética, o respeito e a responsabilidade. O Coaching é um processo de resultados, com início, meio e fim, “se não há resultado não é Coaching”. Por tais razões, faz parte da ética e da responsabilidade do Coach, na sessão de avaliação, identificar as seguintes características: - Irresponsabilidade pelo resultado de seus atos; Problemas psicológicos; Depressão; Síndrome do pânico. Diante da constatação de alguma dessas características, é dever do Coach interromper o treinamento e encaminhar o Coachee, ao profissional competente. Enfatizando que o Coaching não é terapia ou psicoterapia, que geralmente é aplicada por um profissional da psicologia, como tratamento, e visa tratar distúrbios de ordem psicológica, psiquiátrica, compulsões, traumas, desvios de comportamento, entre outros problemas que causam limitações ou impactam a vida do paciente de forma negativa. O coaching não tem caráter clínico e trabalha com clientes e não pacientes. O foco é ajudar pessoas alcançar suas metas e objetivos, visando um futuro melhor. 7. A REGULAMENTAÇÃO DO COACHING Em contrapartida temos que pontuar inúmeros posicionamentos que reconhecem a qualidade e excelentes resultados dessa atividade como destaca, artigo da Jus Brasil “No sentido oposto, também há quem reconheça a qualidade e os bons resultados dessa atividade. Do Rio Grande do Sul, veio a ideia de regulamentação da profissão apresentada por Ronald Dennis Pantin Filho II. Na justificativa da proposta, o autor destaca que coaches e mentores atuam desde que o ser humano existe, mas que somente nos últimos 40 anos essas profissões ganharam destaque no Brasil ajudando milhares de pessoas a se desenvolverem”.

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Segundo o site Saúde Plena(2014), o posicionamento de

Vilela da Mata,

Fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), com mais de dez anos de tradição, esclarece: A profissão de coach não é regulamentada ainda nem no Brasil nem no mundo. E, segundo Villela da Matta, nem deve ser tão cedo. “Ela não é uma abordagem única, é multidisciplinar, por isso você não consegue dar a patente ou o direito a uma área específica. Envolve conceitos da administração, da psique humana, da filosofia… Se um administrador falar ‘quero puxar essa bandeira’, a psicologia pode reivindicar também. E vice-versa”, explica Villela da Matta. A parte triste disso é que, sem regulamentação, fica fácil para oportunistas encontrarem espaço em um mercado crescente. Em tese, qualquer um pode-se dizer coach. “Como qualquer mercado que está iniciando, existem os aventureiros que se aproveitam da boa-fé das pessoas que não conhecem o assunto. Eles lançam qualquer coisa e chamam isso de coaching. Com 15 anos de mercado, a gente se assusta com a criatividade das pessoas”, constata Villela.

É de bom alvitre pontuar que, no Brasil desde 2009 a regulamentação do Coaching vem sendo discutida. Em julho de 2009 foi apresentado ao Plenário da Câmara dos Deputados um Projeto de Lei (PL) nº 5554/2009, pelo Deputado Capitão Assunção (PSB-ES), dispondo: “sobre a profissão do profissional de coaching (coach), e dá outras providências”. No entanto, o PL foi arquivado no dia 05/03/2012. Por ser de grande relevância, ao presente e futuro do Coaching, destaca-se o Artigo 1º e parágrafo único: Art. 1º – É livre o exercício da profissão de coach, observadas as condições estabelecidas nesta lei. Parágrafo único. Coaching é um método de assessoramento, direcionado a indivíduos ou grupos, distinto de terapia ou aconselhamento, caracterizado por uma abordagem pragmática voltada para a realização de um ou mais objetivos específicos, em áreas como negócios, saúde, finanças ou desenvolvimento pessoal e profissional (grifo).

Ressalte-se ainda que em sua justificativa legal, o mencionado Deputado enfatiza a importância da regulamentação para a efetivação e a consequente fiscalização, “com a aprovação do presente projeto estaremos promovendo uma maior eficácia e melhor fiscalização desta atividade que vem crescendo a cada dia”. Sustentando ainda a necessidade de uma audiência pública para possibilitar a participação da sociedade e interessados para discutir medidas

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no sentido de estimular um desenvolvimento com qualidade da profissão do Coaching, diante do crescimento desta área profissional que tem sido notório, o Deputado Federal Lincon Portela (PR-MG) (2016), recentemente entrou como o requerimento – REQ 60/2016 CLP, que foi aprovado, entretanto, segue sem trâmite desde o dia 11/05/2016. Vários projetos de lei estão em trâmite pela regulamentação, dentre eles e mais recente é o PL 3.550/2019, de autoria do deputado federal Nereu Crispim, cujo debate ocorreu em setembro de 2019, e contou com presenças ilustres do mundo Coaching. O que se observa nesse contexto, é o crescimento gradual e constante, diante inclusive da junção do Coaching com outras profissões, como por exemplo: Psicologia, nutrição, esportes entre outros, que aliam o Coaching para estimular, desenvolver e solucionar problemas, antes considerados obstáculos. Por oportuno, importante verificar a inserção do Coaching área jurídica.

Atualmente vem sendo inserido de várias formas como por

exemplo: os cursos de Pós-graduação EAD em Coaching Jurídico. Segundo o posicionamento do Centro de Estudos Jurídicos - CEJUR. O objetivo de desenvolver e potencializar competências e habilidades a serem aplicadas ao universo jurídico, como empreendedorismo, marketing, gestão pessoal e profissional, técnicas de estudo para carreiras públicas, inteligência emocional e autocontrole, bem como promover a autoconsciência para uma qualidade de vida melhor através de atitudes propositivas e de satisfação. Destinado a todo graduado que deseja potencializar suas competências, evoluir como pessoa e como profissional, especialmente, bacharéis, advogados, professores, operadores do Direito, concurseiros, servidores públicos, gestores, executivos e demais profissionais liberais. A presente especialização não exige conhecimento jurídico prévio.

Diante desse cenário, faz todo sentido ao profissional como obrigatoriedade se qualificar cada vez mais, para se destacar nesse universo tão competitivo.

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8. POS GRADUAÇÃO EM COACHING O MBA em Coaching é reconhecido pelo MEC e tem o condão de qualificar melhor os Coaches para o mercado e gerando autoridade aos profissionais desta área. Diante disso, inúmeras faculdades e escolas conceituadas estão oferecendo Cursos de Pós-graduação, para maior capacitação profissional. Destacamos aqui, a Line Coaching que é uma das maiores autoridades na formação de Coaching no Brasil, em conjunto a Faculdade FAPRO - Faculdade Profissional de Curitiba/SC, oferece o MBA em Coaching. A notícia foi matéria da revista Exame (2018). Cumpre salientar que, o Coaching em outros países, como por exemplo nos EUA, surgiu a algumas décadas e movimenta mais de 2 bilhões de dólares ao ano. De acordo com o Portal Juristas (2017), o “Coaching Jurídico já é a nova tendência do mercado”. Importa destacar, que esse é um posicionamento de peso, uma vez que, o direito é dinâmico, e tem consciência de que a evolução é necessária seja em que área for. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em razão disso, não há que se falar em criminalização ou descriminalização do coaching, uma vez que, o Coaching não é ameaça para nada, e menos ainda para ninguém. Não se pode admitir que uma profissão que possibilita, o desenvolvimento, o autoconhecimento, crescimento e a libertação, seja atacada e rotulada de charlatanismo e/ou prática criminal. A regulamentação torna-se necessária para uma melhor fiscalização, ferramenta essencial para a separação o joio do trigo. Além do fato de que, qualquer profissional de outras áreas, poderão se beneficiar com a incorporação do Coaching à sua vida pessoal e profissional, visto que, o Coaching é um grande benefício, para superação e resultados. Como se deflui, entre prós e contra teremos ainda, um caminho longo a percorrer, desconfortável, e burocrático, de qualquer modo, em vista da crescente necessidade de mudanças comportamentais, o Coaching é e será a solução,

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por conseguinte, vai sobreviver e se destacar, como uma das maiores profissões do mercado.

REFERÊNCIAS CEJUR - Disponível em: <https://cejur.unyleya.edu.br/pos-graduacao-ead/coaching-juridico>. Acesso em 08/10/19. Celestino, Silvio - autor do livro "Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira" ano 2007, edit. Sedna - é sóciofundador da Alliance Coaching <Disponível em:<https://administradores.com.br/noticias/origem-da-palavra-e-da-profissao-decoach> Acesso em 07/10/2019 Conceito de Coaching Projeto de Lei (PL) nº 5554/2009, Deputado Capitão Assunção (PSB-ES) Disponível em:<https:// www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=440915> Acesso em 07/10/19. JusBrasil – DR. ADEvogado Disponivel em<https://doutoradevogado.jusbrasil.com.br/noticias/713428388/criminalizacao-ouregulamentacao-do-coaching-esta-em-discussao-no-senado> Acesso em 18/10/2019. Mata, Vilela da, Fundador e presidente da SBC- Sociedade Brasileira de Coaching, disponível em: https: //administradores.com.br/ u/villeladamatta Passmore, Jonathan, ed. (2016) [2006]. Excellence in Coaching: The Industry Guide 3rd ed. London; Philadelphia: Kogan Page. ISBN 9780749474461. OCLC 927192333 – Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Coaching> - acesso em 07/10/19 PORTAL JURISTAS. Disponível em https://juristas.com.br/2017/03/16/processo-de-coaching-para-advogados-e-tendencia-nomercado/ Acesso em 08/10/19. PLANALTO- CONSTITUIÇÃO FEDERAL CF/88. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm> Acesso em 08/10/2019 PLANALTO - LCP- Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm> Acesso em 08/10/9019 PL 3.550/2019 Disponível em <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/09/04/debatedores-defendemregulamentacao-profissional-do-2018coaching2019>acesso em 18/10/2019 PROJETO DE LEI - PL 5554/2009 Disponível em<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao? idProposicao=440915 Acesso em 07/10/2019 REQ 60/2016 CLP – Disponível em <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2083555> acesso em 18/10/2019. Revista Exame. Disponível em <https://exame.abril.com.br/negocios/dino/mba-em-coaching-reconhecido-pelo-mec-qualifica-omercado-e-gera-autoridade-aos-profissionais-da-area/> acesso em 08/10/19 Site Saúde Plena. Disponível em: <https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/04/02/noticias-saude,192671/profissao-decoach-nao-e-regulamentada-nem-no-brasil-nem-no-mundo.shtml> Acesso em 16/10/2019. William Menezes, https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2019/05/coaching-pode-virar-crime-no-brasil.html> Acesso em 16/10/2019

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ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA RELACIONADA AO COACHING PARA MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL Regiane Conceição Alves Vidal

"O coach é alguém que conduz o coachee para a independência…"

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ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA RELACIONADA AO COACHING PARA MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL Regiane Conceição Alves Vidal Morôni Kozoski RESUMO O coaching consiste em uma área de atuação diversificada, emergente e amplamente difundida. Ainda apresenta-se de forma recente no Brasil, consistindo em uma perspectiva de treinamento e desenvolvimento de competências e habilidades que popularizou-se atingindo uma amplitude de serviços. O objetivo principal da realização deste trabalho é analisar a importância da psicologia relacionada ao coaching para melhoria do desenvolvimento pessoal e o objetivo específico é destacar estudos relacionados ao coaching. Ao se refletir a respeito da relação entre a psicologia e o coaching para a melhoria do desenvolvimento pessoal, pode-se considerar que um excelente coach com conhecimentos e práticas da psicologia, trará melhores resultados para a organização que o contratou por estar em busca de forma intensa e verdadeira pelo sucesso do seu cliente. O coaching, sem dúvidas, tem ainda um longo caminho a percorrer, sendo que é um mercado em expansão que veio para ficar devido ao fato de se agregar valor aos profissionais que a ele se submetem. É um processo que contribui para que o sucesso seja uma realidade, sendo que, quando aliado à psicologia, proporciona melhorias relacionadas ao desenvolvimento pessoal. Palavras-chave: Coaching, psicologia, desenvolvimento pessoal. INTRODUÇÃO Nos dia atuais, muito se ouve falar sobre coaching, porém às vezes pouco se conhece a respeito do que isso pode verdadeiramente significar. O coaching consiste em uma área de atuação diversificada, emergente e amplamente difundida. Ainda apresenta-se de forma recente no Brasil, consistindo em uma perspectiva de treinamento e desenvolvimento de competências e habilidades que popularizou-se atingindo uma amplitude de serviços (KARAWEJCZYK & CARDOSO, 2012). Karawejczyk e Cardoso (2012) afirmam não ser necessária a formação acadêmica de forma específica para se exercer a aplicação das técnicas do coaching devido a não haver uma regulamentação profissional, possivelmente indicando que coaching não é uma profissão. Estes autores ainda relatam que !20


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uma das primeiras hipóteses a respeito do advento do coaching é que seu surgimento ocorreu em uma cidade da Hungria chamada Kocs, em meados dos séculos XV e XVI. Na sociedade atual, tem-se um cenário em que as pessoas passaram a ser um diferencial competitivo das organizações, entretanto, lidar com problemas relacionados ao âmbito pessoal é muito complexo. Esses autores citam como principais dificuldades dos colaboradores para melhoria do desenvolvimento pessoal: . Saber lidar com possíveis mudanças que possam ocorrer no ambiente de trabalho; . Falta de tempo destinado ao desempenho de suas atividades profissionais diárias; . Conseguir alcançar o equilíbrio necessário para suas demandas pessoais. Com isso há a atuação do coaching que se trata de todo o processo que possibilita ao profissional expandir ou seja, dar profundidade à sua capacidade de aprender, ter um desempenho com maior aperfeiçoamento e uma melhor qualidade de vida. Desta forma, pode ser uma possível solução frente aos problemas de pessoal das organizações para melhoria do desenvolvimento pessoal sendo que há ferramentas de coaching, que quando utilizadas pelos gestores, nas organizações, pode gerar otimização dos resultados individuais e ainda dos resultados em equipes (KRAUSZ, 2007). Quando se reflete a respeito da relação entre psicologia e coaching, fazse importante destacar que, de acordo com Milaré e Yoshida (2009, p.43) os fundamentos cognitivos e comportamentais tem se apresentado de forma útil para o desenvolvimento pessoal de todos envolvidos em um determinado sistema e é adaptável ao ambiente para que se possa alcançar bons resultados. O objetivo principal da realização deste trabalho é analisar a importância da psicologia relacionada ao coaching para melhoria do desenvolvimento pessoal e o objetivo específico é destacar estudos relacionados ao coaching.

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ORIGEM E ATUAÇÃO DO COACHING Tem-se que a origem da palavra coaching inicialmente esteve relacionada ao transporte, era mais precisamente um tipo de carruagem coberta húngara, sendo que posteriormente foi associada ao esporte. É interessante refletir a respeito de que tanto o transporte como o treinador conduziam as pessoas a um lugar ou objetivo, assim como o coaching o faz na atualidade. Tem-se que o coach é quem treina, o agente que exerce a realização do processo ao qual é submetido o coachee, que consiste em quem recebe o treinamento (OLIVEIRA et al, 2018). De acordo com Oliveira et al. (2018), em 2010, eram aproximadamente 40 mil coaches ao redor do mundo recebendo cerca de 1 a 2 bilhões de dólares de rendimento anual. O coaching pode ser uma forma de competir no mercado, ajudando a atrair e a reter talentos. Ajuda a corrigir problemas de desempenho, a acelerar o desenvolvimento de carreiras e a gerenciar transições de liderança. Conforme Percia (2012), o coaching foi concebido como uma espécie de instrução e orientação. Busca facilitar e gerenciar pessoas tem adotado elementos terapêuticos e de desenvolvimento pessoal. Este autor ainda cita que além das variadas teorias que envolvem a origem do coaching, a literatura também apresenta conceitos diferentes a respeito do que o coaching de fato representa. Ao encontro dessa informação está Oliveira et al. (2018) que ressaltou que apenas após o ano de 2010, houve um crescimento significativo de publicações de artigos científicos que abordem o tema de coaching, de forma específica ou relacionado à variadas áreas. Estes dados encontram-se representados na figura 1:

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Figura 1: Publicações científicas a respeito do assunto Coaching

Fonte: Oliveira et al, 2018.

Há muitas pessoas que nos dias atuais associam a palavra coaching ao esporte, isso devido à Tim Gallwey, tenista profissional, considerado por alguns o precursor da metodologia do coaching que iniciou a popularidade deste termo no meio esportista. Com o decorrer dos anos, esta terminologia vem sendo aplicada em diversas áreas (PERCIA, 2012). Faz-se importante ressaltar que coach é aquele que conduz o processo de coaching e coachee é o aprendiz que é conduzido. Ainda com relação à origem do que é o coaching. Marques (2012) cita que é relevante enfatizar as diferenças entre coaching, mentoring e treinamento. A tabela 1 apresenta estas diferenças com o intuito de esclarecê-las:

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Tabela 1: Características de terminologias Terminologia

Características principais

Coaching

Representa um processo no qual o coach facilitaria o aprendizado do coachee. Desta forma, o coach não necessariamente precisa ser um expert na

Mentoring

área de aprendizado do coachee. Envolve a transmissão de conhecimentos por parte de um indivíduo com expertise em um domínio específico para um indivíduo com menos

Treinamento

experiência. É, em geral, organizado e executado conforme as necessidades da organização.

Fonte: Marques (2012)

ESTUDOS RELACIONADOS AO COACHING Marques e Carli (2012, p.90) explicam que o coach pode realizar o desenvolvimento de crenças positivas e comportamentos específicos, gerando maior clareza dos fatos e estruturando um plano de ação de carreira com seu coachee.

Na figura 2, há a representação esquemática dos estudos

relacionados ao estudo de coaching sendo importante analisar as características do coaching assim como analisar as características do cliente.

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Figura 2: Estudos relacionados ao coaching

Fonte: Stober, & Parry (2005)

Segundo Marques (2012), o ambiente organizacional tem valorizado um tipo de liderança que se associa ao coaching para potencializar o desenvolvimento dos funcionários e os resultados dentro da empresa, esse tipo de líder é conhecido como leader coach. Para esse autor, um líder com eficaz atuação deve conhecer bem todos os seus colaboradores, confiar em suas capacidades, saber delegar e dar feedbacks que realizarão auxílio na evolução, aperfeiçoamento e crescimento do grupo que está inserido, além disso, deve apresentar olhar visionário e saber realizar planejamento de ações e montar boas estratégias para atingir os resultados com qualidade. Outra característica a ser ressaltada como importante é que o líder coach busca sempre ouvir as sugestões e opiniões de seus subordinados auxiliando-os a crescer dividindo experiências e conhecimentos e não tem medo que estes se transformem em ameaças para si no futuro. O feedback é essencial devido ao fato de ser nesse momento que o subordinado vai pedir apoio e orientação. Mesmo que a opinião do subordinado se diferencie da opinião do líder, este deve ouvir e permitir que ele se expresse. Faz-se

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interessante destacar que, as equipes geridas por um líder coach alcançam destaque em autoconhecimento e autoconfiança, gerando consequentemente um maior engajamento no trabalho, à medida em que a satisfação cresce. Para isso, cada membro da equipe precisa desempenhar o desejo pela melhoria e evolução continua, sendo que é nisso que o líder coach precisa focalizar seu trabalho (MARQUES, 2012). Percebe-se assim que o coaching é uma das ferramentas que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento pessoal de forma que assim haja mais comprometido com a instituição, se tornando mais satisfeito com suas tarefas diárias, aumentando sua motivação e autoestima e, em decorrência, elevando o potencial de atitudes de iniciativas e trabalho em prol da organização para qual atua. Dentre os desafios dos gestores, destacaram-se a dificuldade de realizar treinamento das pessoas e ainda de mantê-las motivadas e alinhadas à empresa. Perante estes desafios, os coordenadores usam a avaliação de desempenho de cada membro da equipe e de coaching. 4. A PSICOLOGIA RELACIONADA AO COACHING Ao se analisar a respeito da psicologia relacionada ao coaching, percebese claramente que, quando gerenciados de forma eficaz, contribuem para o crescimento do todo, de forma que a realização pessoal torna-se realidade. O processo da psicologia relacionada ao coaching, ajuda o coachee a avaliar onde está sua carreira e para onde ela vai. Enquanto as empresas querem usar coaching para desenvolver líderes, os líderes também veem o coaching como uma ferramenta para ressaltar suas carreiras individuais Acredita-se que esta seja uma via de mão dupla que retroalimenta todo o sistema. No processo, tanto ganham as empresas quanto os executivos. Não é terapia, embora auxilie na busca de se atingir um objetivo pessoal, como, por exemplo, vencer um desafio físico, correr uma maratona; mudanças de relacionamento; ou até, gerenciamento do tempo. A psicologia aliada ao coaching deve seguir ferramentas eficientes que são aprendidas e aplicadas a fim de chegar a um objetivo. Por exemplo: – O que fazer?

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– Até quando? – Onde? – Por quê? – Como? – O que ou quanto custará? Com a resposta dessas perguntas, que devem ser respondidas por cada um envolvido no processo, para desenhar e visualizar as metas que precisam alcançar, faz-se possível o alcance de resultados positivos. De acordo com Dummond e Boucinhas (2012, p 31), a psicologia pode se relacionar ao coaching nas seguintes áreas: .Psicanalítica: O coach psicanalítico realiza a aplicabilidade de instrumentos, indagações, investigação, análise e auxílio das pessoas a pensarem a respeito de si mesmas, para que possam encontrar ideias e soluções para os problemas do cotidiano. . Psicodrama: A busca do coaching relacionado ao Psicodrama é o encontro do coachee consigo e com os que se relaciona. Nas etapas de aquecimento e dramatização há a liberação da espontaneidade. Já na etapa do compartilhamento é o momento em que “as fichas caem” e o coachee leva para a vida real o que foi refletido. Ao final há o alinhamento dos desejos e realizações, são revistos os pontos que houveram melhoria, a reflexão das novas perspectivas e pontos que ainda precisam apresentar transformações. . Programação Neuro Linguística (PNL): o coaching tem sido considerado uma das mais importantes ferramentas no exercício de liderança em organizações, visto que conduz ao alto desempenho por meio da criação de relacionamentos saudáveis. 5. O COACHING E O DESENVOLVIMENTO PESSOAL De acordo com Melo, Machado e Matos (2014, p. 6) a abordagem acadêmica do coaching é ainda recente e se encontra em construção. No entanto, é fato que o coaching está crescendo muito nos últimos anos e que tem se mostrado uma ferramenta eficiente nos processos de aprendizagem, liderança e desenvolvimento pessoal e organizacional.

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O coaching tem o papel de desenvolver a capacidade de melhoria pessoal, do trabalho em equipe além de alinhar metas do profissional e da organização, de modo a elevar a produtividade e a qualidade de vida de quem se submete ao processo (FABOSSI, 2009). Marques (2012) afirma que o coaching auxilia o coachee a desenvolver as seguintes habilidades para o desenvolvimento pessoal, sendo que estas habilidades podem ser divididas entre principais e secundárias como apresenta a tabela 2:

Tipo de habilidade Principais

Características a serem desenvolvidas Apresentar abertura para inovações Ter conhecimento de toda organização Motivar pessoas Pensar positivamente Ser criativo, talentoso, ético; bem-humorado e comprometido Ter coragem; tomar decisões e ter visão

Secundárias

preocupada com o futuro Ajudar os funcionários a liderar o seu trabalho Dar feedback Fortalecer a missão e os valores da organização Reconhecer os próprios erros Saber ouvir as pessoas

Ao encontro desta questão, está Marques (2012), que cita que o mercado está exigindo cada vez mais competitividade das empresas, gerando por consequência, o fato de que elas exigem mais de seus funcionários, principalmente seus líderes. Assim, os líderes que buscam se destacar nas organizações estão utilizando ferramentas de coaching no trabalho. Tem-se que o coaching ajuda o coachee a entender quais as atitudes certas ele precisa realizar para chegar no patamar dos bem-sucedidos em relação do desenvolvimento pessoal e organizacional.

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Um encargo de coaching envolve informações sigilosas, descobertas comportamentais e relatos profundos que podem expor o coachee e o próprio coach. Por isso são tão importantes os pressupostos de experiência e de credibilidade para o coach. Na verdade, o sucesso de um encargo de coaching tem relação direta com a qualidade do serviço oferecido pelo coach. Embora haja várias ferramentas que possam ser usadas em um processo, não existe uma receita ou roteiro prontos que possam ser seguidos em todos os encargos de coaching. Cada situação é diferente, pois trata de seres humanos singulares. Logo, a inexperiência de um coach ou mesmo a falta de credibilidade dele dentro da empresa podem influenciar negativamente os resultados esperados. A implantação do coaching interno precisa ser precedida por um amplo trabalho de endomarketing que fortaleça a proposta e valorize os ganhos obtidos por meio do uso do coaching (LOPEZ, 2019).

Faz-se interessante refletir que talvez esteja aí o diferencial do coaching em relação a outras ferramentas de desenvolvimento pessoal, por exemplo: um bom coach para um jornalista não tem que ser necessariamente um jornalista bem-sucedido. É necessário que seja um profissional capaz de projetar de forma correta quais competências aquele jornalista precisa desenvolver para se tornar o líder, o executivo que deseja ser, e encaminhá-lo para a viabilização deste desejo. Ou seja, precisa haver a condução do processo de forma correta para que o desenvolvimento pessoal seja realidade, mas a realização e os resultados obtidos serão mérito do coachee. No entanto, entende-se que o fato de provocar mudanças comportamentais nos coachees, por si só, já justifica a escolha da ferramenta: Quando bem-sucedido, os benefícios seguirão pelos meses e anos seguintes ao encargo. Insights e novos comportamentos costumam manter-se bem vivos. O executivo pode fazer algum autocoaching usando as informações e o processo aprendido durante a experiência. (UNDERHILL, MC ANALLY, KORIATH, 2010, p. 197).

6 . A P S I C O L O G I A E O C O A C H I N G PA R A M E L H O R I A D O DESENVOLVIMENTO PESSOAL

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Ao se refletir a respeito da relação entre a psicologia e o coaching para a melhoria do desenvolvimento pessoal, pode-se considerar que um excelente coach com conhecimentos e práticas da psicologia, trará melhores resultados para a organização que o contratou por estar em busca de forma intensa e verdadeira pelo sucesso do seu cliente e não apenas preocupado com a remuneração que receberá pela realização de sua atividade. De acordo com Fabossi (2009, p143), o processo de coaching com conhecimentos de psicologia, influencia de forma positiva o desenvolvimento pessoal devido ao fato de gerar influência no desenvolvimento de competências emocionais além de habilidades gerenciais. Cita as seguintes consequências positivas oriundas dessa relação: . Melhoria de competências particulares; . Autoconfiança; . Autocontrole emocional e pessoal . Melhoria da capacidade do trabalho em equipe; . Aumento da empatia . Maior autoconfiança e otimismo . Aumento da capacidade de adaptação às situações adversas. Com essa colocação, faz-se importante ressaltar também o que Bender (2009) enfatiza ao dizer que com a relação do coaching e a psicologia, torna-se possível o alcance do aumento da autoconfiança e do autocontrole emocional, com melhorias constantes dos sentimentos dos clientes. É o coach que poderá reverter quadros adversos e garantir que o coachee caminhe para seu estado desejado. Uma condição que pode atrapalhar os resultados é o fato de o coachee não atender os pré-requisitos necessários ao encargo. Isso não significa que o processo esteja condenado ao fracasso, mas é importante que o coach dê uma atenção especial aos profissionais que desejarem se submeter ao encargo e que, em um encontro que pode ser chamado de zero, por exemplo, procure detectar se o futuro coachee possui alguma das seguintes características (LOPEZ,

2019).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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O coach é alguém que conduz o coachee para a independência, sendo este, um dos principais desafios de todo processo. Considera-se que os bons resultados estão relacionados de forma direta com o sucesso, que não significa por sua vez, perfeição, mas sim, antes de qualquer coisa, um sucesso. O coaching, sem dúvidas, tem ainda um longo caminho a percorrer, sendo que é um mercado em expansão que veio para ficar devido ao fato de se agregar valor aos profissionais que a ele se submetem. É um processo que contribui para que o sucesso seja uma realidade, sendo que, quando aliado à psicologia, proporciona melhorias relacionadas ao desenvolvimento pessoal. Assim, os objetivos desse trabalho foram alcançados, abrindo-se novas perspectivas para realização de novas pesquisas e abordagens que relacionem esses temas. REFERÊNCIAS BENDER, Artur. Personal branding: construindo sua marca pessoal. São Paulo: Integrare, 2009. DUMMOND, Joceli; BOUCINHAS, Maria de Fátima; BIDART-NOVAES, Marcos. Coaching com Psicodrama: Potencializando Indivíduos e Organizações. Rio de Janeiro: Wak, 2012. FABOSSI, M. A essência do líder Coach: conduzindo pessoas e organizações ao sucesso. São Paulo: Abba, 2009. KARAWEJCZYK, T. C., & CARDOSO, A. P. Atuação profissional em coaching e os desafios presentes e futuros nesta nova carreira. Boletim Técnico do Senac, p47-59, 2012. KRAUSZ, R. R. Coaching executivo: A conquista da liderança. São Paulo, SP: Nobel, 2007. LOPEZ, V. A. Coaching: modismo ou uma ferramenta de gestão de pessoas que veio pra ficar? Disponível em http:// www2.al.rs.gov.br/biblioteca/LinkClick.aspx?fileticket=abmhFsTPojE%3D&tabid=5639 Acesso em 01 out 2019. MARQUES, José R. Leader Coach – coaching como filosofia de liderança. São Paulo: Ser Mais, 2012. MARQUES, José R.; CARLI, Edson. Coaching de carreira – construindo profissionais de sucesso. São Paulo: Ser Mais, 2012. MELO, Leonice Holanda Alves de; MACHADO, Diego de Queiroz; MATOS, Fátima Regina Ney. O Coaching e o Processo de Desenvolvimento de Competências e Habilidades na Aprendizagem Gerencial. In: SEMEAD Seminários em Administração, 17, 2014. São Paulo: Universidade de São Paulo, out. 2014. MILARÉ S. A.; YOSHIDA E. M. P. Intervenção breve em organizações: mudança em coaching de executivos. Psicologia em estudo, v.14, n.4, 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/pe/v14n4/v14n4a12.pdf>, acesso em 01 out. 2019. OLIVEIRA-SILVA, L. C. et al. Desvendando o coaching: uma revisão sob a ótica da Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. v. 38, n. 2, pp.363-377, 2018. PERCIA, André. Coaching, missão e superação – desenvolvendo e despertando pessoas. São Paulo: Ser Mais, 2012. STOBER, D. R.; PARRY, C. Current challenges and future directions in coaching research. In M. Cananagh, A. M. Grant, & T. Kemp (Eds.). Evidence based in coaching. Queensland: Australian Academic Press, 2005. UNDERHILL, Brian O.; MC ANALLY, Kimcee; KORIATH, John J. Coaching executive para resultados: guia definitivo para o desenvolvimento de líderes organizacionais. Osasco: Novo Século, 2010.

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O COACHING NO TRATAMENTO DE PESSOAS COM DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E DROGA

Wilson Alves Siqueira

"Com a ajuda do coach o indivíduo, aos poucos se sente responsável por tomadas próprias de decisão e transformação pessoal…"

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O COACHING NO TRATAMENTO DE PESSOAS COM DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E DROGA Wilson Alves Siqueira Morôni Kozoski RESUMO O presente artigo foi elaborado por conta de uma preocupação fixa que se tem sobre o tipo de tratamento de dependentes de álcool e droga no Brasil. Existem dois (2) extremos: somente a psicologia ou nada. Com o crescimento da busca por tratamento, voluntário ou compulsório e a explosão do coaching com suas poderosas ferramentas para transformar pessoas o artigo mostrará que é possível usar técnicas multidisciplinares para ajudar a Ressignificar vidas. Será apresentado ainda o Método Femah, um método com 5 passos usado para tratamento terapêutico de dependentes de álcool e droga na Associação Cultural e Espiritual Missão Pelicano e em sessões de coaching. Palavras-chave: Dependencia, Drogas; Coaching

INTODUÇÃO Existem muitos conceitos sobre drogas e seus efeitos destruidores na sociedade e o presente artigo foi elaborado para apresentar seus desdobramentos na história, a visão dos especialistas e as técnicas modernas de trabalhar com os dependentes. O objetivo maior é destacar que é possível um trabalho interdisciplinar na recuperação de dependentes. O presente artigo mostrará o significado de droga, os tipos existentes, os modelos de tratamento, ferramentas modernas para terapia e uma estratégia de retomada, visando um novo modelo de mindsete do dependente podem facilitar o processo de resiliência particular de um viciado. Dentro do trabalho de recuperação de dependentes de álcool e droga o quadro de desenvolvimento terapêutico é sempre o mesmo: oração, trabalho, laborterapia, estudo e disciplina, mas com o avanço da psicologia, da neurociência e do Coaching é possível que um passo a passo bem elaborado, para obtenção de resultados ofereça ao internado uma visão de futuro que lhe proporcione uma mudança de pensamentos, hábitos e comportamentos. Neste artigo será apresentado um Método, um passo a passo particular elaborado após anos 10 anos de experiência em atendimentos a dependentes

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de álcool e droga dentro da ACEMP – Associação Cultural e Espiritual Missão Pelicano. FEMAH – trabalhar no dependente a fé, a mente, as ações comportamentais a partir do hoje. Primeiramente descobrir o real motivo que leva para o vício. Segundo eliminar os pensamentos sabotadores. Terceiro reprogramar o modelo mental, Quarto, buscar novas ações estratégicas e quinto multiplicar o que estiver dando certo. Por fim o artigo apresentará algumas ferramentas de coaching que poderão ser usadas para o desenvolvimento pessoal de pessoas viciadas: álcool, droga, jogos, sexo...

OS TIPOS DE DROGAS Etimologicamente, Droga vem da palavra holandesa droog e significa folha seca, por que antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais. Nos países de língua inglesa, por exemplo, drug é a designação genérica para os medicamentos. Drogas tem significado de coisa ruim por causa das substâncias que alteram o funcionamento psíquico, fisiológico e as ações comportamentais da pessoa. Segundo o CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (2011), as drogas podem ser enquadradas entre três categorias: as drogas depressoras, as drogas estimuladoras e as drogas perturbadoras do Sistema Nervoso Central causando, segundo cada uma, alteração no indivíduo. Um primeiro grupo é aquele em que as drogas diminuem a atividade de nosso cérebro... por isso, essas drogas são chamadas de Depressoras da Atividade do Sistema Nervoso Central... Em um segundo grupo de drogas psicotrópicas estão aquelas que atuam por aumentar a atividade de nosso cérebro... por isso, essas drogas recebem a denominação de Estimulantes da Atividade do Sistema Nervoso Central. Finalmente, há um terceiro grupo, constituído por aquelas drogas que agem modificando qualitativamente a atividade de nosso cérebro... O cérebro passa a funcionar fora de seu normal, e a pessoa fica com a mente perturbada. Por essa razão esse terceiro grupo de drogas recebe o nome de Perturbadores da Atividade do Sistema Nervoso Central. (CEBRIDE, 2011, p 9).

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Segundo Carlini (2001), médico, professor titular do departamento de psicologia da Universidade de São Paulo (UNIFESP), Diretor do CEBRID Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas existem três classificações de drogas psicotrópicas: as depressoras, estimuladoras e as perturbadoras: - Depressoras: álcool, inalantes e benzodiazepínicos. - Estimuladoras: cloridrato, crack, merla, pasta. - Perturbadoras: maconha, medicamentos antocolinérgicos (Ex: triexifenidil = artene). (CARLINI, 2001, 15).

Drogas depressoras As drogas depressoras são drogas que Sistema Nervoso Central. São diversas, porém as mais conhecidas são benzodiazepínicos, inalantes ou solventes e opiáceos. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, (2014) nos orienta sobre os efeitos poderosos deste tipo de droga, e diz que uso regular destas drogas pode produzir: • Sonolência, vertigem e confusão mental; • Dificuldade de concentração e de memorização; • Náusea, dor de cabeça, alteração da marcha; • Problemas de sono; • Ansiedade e depressão; • Tolerância e dependência, após um período relativamente curto de uso; • Sintomas significativos de abstinência, na sua retirada abrupta; • Overdose e morte, se usados com álcool, opiáceos ou outras drogas depressoras. (SENAD, 2014, p, 30).

Essas drogas são tão poderosas que seu uso contínuo, juntamente com o abuso de álcool pode causar efeitos poderosos irreversíveis e até risco de morte. É preciso um alerta maciço à população. Drogas Estimuladoras As drogas estimuladoras são drogas que estimulam o Sistema Nervoso Central causando alterações poderosas. São diversas, porém algumas são mais conhecidas como cocaína, crack, anfetamina, nicotina... apresentam-se normalmente através de um pó branco e cápsulas. Essas drogas normalmente são ingeridas ou snifadas. Segundo Carlini, (1994) esse tipo de droga tem efeitos semelhantes e podem prejudicar o indivíduo:

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Os psicoestimulantes abrangem um grupo de drogas de diversas estruturas e que têm em comum, ações como aumento da atividade motora e redução da necessidade de sono (CARLINI, 1994, p 15).

Os efeitos destas drogas podem ser muito prejudiciais ao indivíduo por que podem estimular de mais suas potencialidades trazendo prejuízos à sua saúde. A Faveni, (2005) em seu livro: Drogas Estimulantes do Sistema Nervoso Central nos detalha os efeitos deste tipo de droga:

•Euforia, principalmente, associada à música e à dança; •Aumento da energia; •Uma agradável sensação de alteração da consciência; •Aumento da sensibilidade sensorial; •Dilatação das pupilas; • Tensão muscular (principalmente, contração dos músculos das mandíbulas); •Aumento do ritmo cardíaco; •Aumento da temperatura corporal; •Desidratação; •Diminuição do apetite; •Vontade de consumir mais… •Diminuição da sensação de cansaço; •Sociabilidade (maior capacidade de comunicação); •Ansiedade[...] (FAVENI, 2016, p 15).

Os efeitos podem ser diferentes entre pessoas, também a qualidade da substância e o tanto de consumo podem variar muito. Se o usuário se alimenta, se dorme ou não. Dependendo do tempo e o tanto a ser ingerido pode levar minutos para fazer efeito e demorar a passar. Drogas perturbadoras As drogas perturbadoras são aquelas que agem no Sistema Nervoso Central perturbando seu funcionamento, trazendo disfunção. Essas drogas também são diversas mas as principais são: maconha, LSD-25, êxtase... A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, (2014) diz que esse tipo de droga pode trazer complicações ao cérebro: São denominadas perturbadoras as plantas e as substâncias que, quando consumidas, produzem uma série de distorções qualitativas no funcionamento do cérebro, como delírios, alucinações e alteração na capacidade de discriminar medidas de tempo e espaço. Esse conjunto de efeitos caracteriza um estado que os usuários conhecem como “viagem”. (SENADE, 2014, p 30).

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Essas drogas perturbam o Sistema Nervoso Central e promove um descontrole cerebral na pessoa, até dentro de pseudo-religiões existem chás que promovem alucinações como o chá do santo daime, quem o ingere fica até dois dias fora da normalidade. O mais importante é perceber que a droga causa dois tipos de dependência: a dependência física e a dependência psíquica. Segundo Francisco Silveira Benfica e Márcia Vaz (2008): Atualmente se aceita que uma pessoa seja “dependente”, sem qualificativo, enfatizando-se que a condição de dependência seja encarada como um quadro clínico. Dependência psíquica é o desejo incontido de obter e administrar a droga para obter prazer ou alívio de desconforto. Atualmente se aceita que uma pessoa seja “dependente”, sem qualificativo, enfatizando-se que a condição de dependência seja encarada como um quadro clínico. Dependência física é o estado caracterizado pelo aparecimento de sintomas físicos ou síndrome de abstinência quando a administração da droga é suspensa. (SILVEIRA, VAZ, 2008, p 118).

QUAIS RAZÕES QUE LEVA ALGUÉM A USAR DROGAS? Muitos são os motivos que podem levar alguém a buscar o uso de drogas, e principalmente por que cada pessoa pode ter uma razão própria, sem uma razão unificada ou universal. Os especialistas em psicologia e psiquiatria dizem que dentre tantos motivos que levam pessoas a usarem drogas existem alguns problemas emocionais que são gerados na mente de alguém, nos momentos de dificuldades gerando janelas killers. O site Seja Feliz na Vida (2018) nos ensina: Correspondem a todas as áreas da memória que têm conteúdo emocional angustiante, fóbico, tenso, depressivo, compulsivo. São as janelas traumáticas ou
 zonas de conflito. Killer, em inglês, significa “assassino”. Assim, como o próprio nome diz, são janelas que assassinam não o corpo, mas o acesso à leitura de
 inúmeras outras janelas da memória, dificultando ou bloqueando respostas inteligentes em situações estressantes. (SEJA FELIZ, 2014. SITE).

Cury (2018), um dos psiquiatras mais lidos no mundo, criador deste

estudo sobre janelas Light e janelas assassinas nos apresenta sua explicação

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sobre essas janelas, diz que os problemas da vida cotidiana abrem em nossa mente: Correspondem a todas as situações traumáticas que vivenciamos ao longo da vida e registram conteúdo emocional angustiante, fóbico, tenso, depressivo, compulsivo. Killer (assassino) são janelas que controlam, amordaçam, asfixiam a liderança do EU. (CURY Augusto , 2017, p 33).

De acordo com Silva e Amaral (1999), quatro são as razões principais que levam as pessoas a usarem drogas: • Para reduzir sentimentos desagradáveis de angústia e depressão; • Para exaltar sensações corporais e provocar gratificações sensoriais de natureza estética e, especialmente, eróticas; • Para aumentar rendimentos psicofísicos, reduzindo sensações corporais desagradáveis, como dor, insônia, cansaço ou superando necessidades fisiológicas como o sono e a fome; • Como meio de transcender as limitações do corpo e o jugo do espaço-temporalidade, unindo-se à realidade por trás de todos os fenômenos ou, mais limitadamente, a alguma entidade espiritual qualquer, capaz de conferir-lhe, pelo menos temporariamente, poderes especiais. (SILVA, AMARAL, 2016. P 7)

Siqueira (2018) escreve que os motivos que levam à dependência química são diversos. Pessoas usam droga para esquecer de fatos desencadeadores de dor ou mesmo como fuga de qualquer outra situação – um trauma do passado, problemas familiares, desilusões... QUAIS TIPOS DE TRATAMENTOS EXISTEM? Existem vários tipos de tratamentos para um viciado, desde um internamento em uma clínica medicamentosa para dependentes de álcool e droga, uma casa terapêutica para um tratamento de nove meses ou até mesmo um atendimento semanal em um Cap’s – Centro de Assistência Psicossocial ou laboratorial.

Segundo Damas, (2013) um jeito comum de recuperar jovens é através

de comunidade terapêutica, por que elas tem seu jeito próprio: No Brasil, as CT são geralmente sítios ou fazendas localizadas em zona rural, com a finalidade de receber indivíduos com problemas relacionados ao uso de drogas. Diferem em relação à metodologia empregada no tratamento da dependência química – em algumas prevalece o modelo religioso-espiritual, noutras a base é a atividade laboral, e ainda outras prevalece o modelo médico, assistencialista,

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ou com abordagem predominantemente psicológica, podendo haver uma mistura de abordagens. (DAMAS, Fernando Balvedi, 2013).

Dentro destes diversos tipos de tratamentos é impossível deixar de

mencionar os internamentos involuntários, quando os dependentes são internados por ordem judicial, por pedidos oficiais da própria família. Todas as formas de internamentos são validas, porém especialistas apontam que é necessário o internamento “voluntário” do dependente. Ele tem que querer!

O QUE É COACHING? O Coaching é um “processo” feito através de sessões de

acompanhamento pessoal que visa sempre o futuro, através de ações estratégicas para obtenção de resultados pessoais ou em grupos. Um dos maiores conhecedores do Coaching no Brasil José Roberto Marques, (2016) fundador do Instituto Brasileiro de Coaching, citado pela Rede Globo na novela “Do outro Lado do Paraíso”, explica o que é o processo de Coaching: O processo de Coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos individuais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo e alcançar suas metas de forma objetiva e, principalmente, assertiva. (MARQUES, José Roberto, 2016.pg 3)

O Coach não é terapeuta e o Coaching é uma nova abordagem, e se d i fe r e n c i a d e o u t r a s fo r m a s o u p r o c e s s o s c o m o : M e n t o r i n g , Aconselhamento, Terapia, Treinamento, Consultoria e Ensino. É um processo poderoso, com metodologia e passos a seguir, segundo Marques (2018) do IBC: Coaching é um processo com início meio e fim, definido em comum acordo entre o Coach (profissional) e o Coachee (cliente), onde o Coach apoia o cliente na busca por realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e desenvolvimento de competências, como também o reconhecimento e superação de adversidades. (MARQUES, 2018. p 5).

O COACHING COMO AJUDA NO TRATAMENTO

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No livro digital, Siqueira (2018) diz que o coaching não é terapia, por

que a terapia é desenvolvida por terapeutas, profissionais capacitados para tal, mas que se

for crenças negativas, complexos ou autossabotagens de

coisas ruins do passado um coach pode ajudar a superar através de ferramentas: O que na verdade essas heranças emocionais geram são problemas que somente serão solucionados com acompanhamento certo, com um profissional adequado entendido no assunto. Somente um tratamento resolve. Se for trauma, um psicólogo, se não for, um coach pode resolver. O importante é saber onde está o problema, arrancá-los, reprogramar crenças, desenvolver ações estratégicas e multiplicar resultados. (SIQUEIRA, 2018, p13).

Na citação a cima, são apresentados 5 passos para uma boa andragogia

junto ao coachee: O importante é saber onde está o problema, arrancá-lo, reprogramar crenças, desenvolver ações estratégicas e multiplicar resultados. Como experiência própria Siqueira apresenta em seu livro digital essa metodologia própria, que contém 5 passos eficazes para obtenção de resultados com seus coachees. Segue sua metodologia: . (SIQUEIRA, 2018, p13).

O Coaching pode ser pessoal ou em grupo, nestas sessões se t r a b a l h a m fe r r a m e n t a s e m e t o d o l o g i a s c o n h e c i d a s p a r a desenvolvimento pessoal ou grupal. O coach é o profissional que traça metas com o dependente, com o pai, com a mãe, ou com qualquer pessoa que precise ajudando na realização de metas, passando pelo processo de autoconhecimento, formação de crenças, valores e ações estratégicas. O Coaching, por ser um “processo” pode ser utilizado para recuperação de dependentes químicos. Roberto Marques (2016) fala sobre o coaching e seus benefícios: Coaching é um processo com início meio e fim, definido em comum acordo entre o Coach (profissional) e o Coachee (cliente), onde o Coach apoia o cliente na busca por realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e desenvolvimento de competências, como também o reconhecimento e superação de adversidades. (MARQUES, 2018. p 5).

O artigo apresenta uma visão pessoal, acadêmica e empresarial para

desenvolvimento de pessoas no Brasil. O artigo também mostrará algumas visões de treinadores onde foi fundamentado este passo a passo

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. 1.– Detectar o problema Encontrar qual é a dificuldade momentânea ou estado atual como popularmente é chamado por coachs é o primeiro passo para uma transformação total. Segundo Gimenes, (2018) cada área da vida precisa ser identificada para poder trazer à tona as dificuldades pessoais. Saber qual o grau exato que uma área da sua vida está no momento presente é olhar para ela com cuidado e trazer todas as verdades à tona. Esse é outro ponto que leva algumas pessoas à dificuldade de identificar o Estado Atual, assumir fraquezas ou falta de habilidades, por exemplo. (GIMENES, Flavia, 2018. Blog).

1.– Eliminar o Problema Ninguém gosta de pensar e sentir coisas ruins, então é natural que pessoas desejem que suas dificuldades sejam eliminadas. Segundo o site Freeside, (2019) existem duas coisas a fazer para não ficar lembrando e remoendo os pensamentos negativos: Mas como tirar pensamentos ruins do subconsciente? O primeiro passo que vai te ajudar a liquidar esses pensamentos negativos repetitivos é evitar informações negativas que possam deixá-lo ainda mais pra baixo. Brigas, tragédias ou qualquer coisa do tipo só vão causar medo e mais sentimento negativo. O segundo passo consiste em não ficar remoendo os problemas. Remoer pensamentos negativos atraem coisas negativas, bloqueia a nossa mente e tira o foco da solução. (FREESIDER, 2019. Blog).

– Reprogramação mental Quando um computador passa a absorver vírus da internet começa a produzir defeitos cada vez maiores, então chega uma hora que é necessário levá-lo a um especialista para que faça um limpeza total, apagando todos os programas e reprogramá-lo novamente. Esta é a visão da Programação Neurolinguística, reprogramar a mentalidade das pessoas. Em seu Blog Cabral (2019) nos dá a visão de quem realmente precisa de reprogramação: Reprogramação Mental é indicada para aquelas pessoas que estão sendo dominadas pelos pensamentos negativos, perdidas sem saber qual caminho seguir, sem foco, sem amor próprio, desmotivadas, sem confiança, estagnadas, sem propósito…(CABRAL, Ivana. 2019. Blog).

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Ações estratégias Para obtenção de resultados pessoais e empresariais todos desejam uma maneira, um passo a passo a seguir para realizar metas, então dentro do coaching existe uma estratégia para organizar pensamentos e ampliar a capacidade para alcançar metas e sonhos. Andriolo (2013) conhecedor profundo sobre a história da PNL comenta sobre a Estratégia Disney muito usada para desenvolvimento pessoal e empresarial: Após estudos, reconheceram que durante o processo, Disney utilizava três tipos de pensamento: sonhador, planejador e crítico. Conforme as palavras de um dos parceiros de Disney: “...havia na realidade três diferentes Walts: o sonhador, o realista e o desmancha-prazeres. Você nunca sabia qual deles viria para a reunião”. (ANDRIOLO, Felipe, 2013. Blog).

1.– Multiplicação de resultados O principal objetivo do coaching é conduzir o indivíduo de um ponto A, de dificuldade, para o ponto B, de alegria, superação e obtenção de metas e resultados. Nas sessões de coaching são trabalhados os pontos positivos, os pontos fortes do coachee (dependentes ou não) multiplicando seus resultados e aperfeiçoando outras habilidades.. Marques (2018) fundador do IBC demonstra o verdadeiro objetivo dos processos: O objetivo de qualquer processo de Coaching é identificar um estado atual - ponto “A” - e chegar até o estado desejado – ponto “B”, durante os encontros, são trabalhados os pontos fortes do cliente, bem como os que precisam de melhoria. Também são identificadas as habilidades que precisam ser desenvolvidas, competências que precisam ser aperfeiçoadas e comportamentos sabotadores que devem ser eliminados. (MARQUES, 2018. p 7).

Com a ajuda do coach o indivíduo, aos poucos se sente responsável por tomadas próprias de decisão e transformação pessoal, para que sua vida seja real e plena, sem vícios físicos e psíquicos que sabotam sua vida. É um processo andragógico para elaborar e obter resultados reais de sucesso. Segundo Marques (2018) o Coach é um profissional extremamente importante: O Coach incentiva a superação de dificuldades e obstáculos, definição de valores e missão de vida, sempre com a finalidade de promover mudanças positivas e permanentes que favoreçam e motivem a

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conquista de tudo aquilo que o Coachee deseja para si, em todos os âmbitos da sua vida. (MARQUES, 2018. p 8).

É certo que estimular a mente de alguém que padece certos medos, angústias ou desânimos em relação à vida, pode oferecer um resultado pertinente, provocando desejo de ações poderosas para uma transformação eficaz. Segundo Carvalho (2018), um Conhecido Coach e doutor em Neurociência é importante a criação de novos aspectos neurais na vida de um indivíduo que precisa atingir objetivos: Fica claro então a importância de criarmos aspectos neurais positivo compensatórios dentro do processo de coaching, o que pode ser potencializado com vídeos, livros e reflexões/exercícios que estimule crescimento positivo e ações proativas na direção do que se deseja alcançar. (CARVALHO, 2018, p 16).

FERRAMENTAS QUE PODEM SER UTILIZADAS No coaching existe um processo andragógico, coach e coachee chegam juntos às metas estabelecidas diferentemente de processos pedagógicos que mandam o coachee fazer “certas coisas” para que dê certo nas tomadas de decisões e obtenções de resultados. No acompanhamento com dependentes, nessas sessões de coaching existem ferramentas como: O modelo Skilled Helper, Roda da vida, teste de autosabotagem, teste comportamental, psicogeografia, tríade do tempo, Técnica Shazam, Técnica Smart etc... cada uma dessas ferramentas tem suas especificidades. Marques (2018) nos fala ainda sobre a necessidade do uso dessas ferramentas para o desenvolvimento pessoal: Ferramentas de autoconhecimento - Outras ferramentas do Coaching podem ser utilizadas nos momentos de crise, uma vez que fará com que o profissional reflita sobre si mesmo, seus comportamentos e suas atitudes ante os demais. (MARQUES, 2018. p 14).

As ferramentas de Coaching são muito importantes quando trabalhadas com conhecimento detalhado de cada uma. O coach que tem o entendimento de cada uma, por que são diversas, pode conduzir nos coachees resultados desejados. Nesta visão Winning (2017), psicóloga e Master Coach nos orienta: !43


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As ferramentas de coaching facilitam na condução de processos desafiadores que impulsionam para a transformação pessoal e profissional, uma vez mantida a flexibilidade necessária para o envolvimento e desenvolvimento de cada coachee. (WINNING, 2017 BLOG).

CONSIDERAÇÕES FINAIS Após ter lido certos autores conhecedores da dependência química e outras áreas complementares como psicologia, coaching, programação neurolinguística é fácil analisar a necessidade de um tratamento interdisciplinar dentro do tratamento de dependentes de álcool e droga, mas também para ajudar aqueles que não estão internados em uma instituição: ex: pessoas que são acompanhadas nos Cap’s – Centro de Atendimento Psicosocial mantido pelas prefeituras de todo Brasil. O presente artigo faz uma análise da situação e chega a conclusão de que tem muita discussão a ser feita a cerca do tema, mas com a visão e prática interdisciplinar é possível conseguir usar 5 passos para ensinar os dependentes a ressignificar suas vidas: detectar seu problema, eliminar seu problema, reprogramação mental, buscar ações estratégicas e multiplicar os resultados buscados. Por fim, o artigo apresenta a visão de que o coaching não é terapia mas que pode ser usado como complemento na terapia de dependentes de álcool e droga quando se fala em estratégia de pensamento e comportamento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS CARLINI, Elisaldo Araújo, NAPPO SA, Galduróz JC. A cocaína no Brasil ao longo dos últimos anos. Rev ABP-APAL 1993. CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas: Drogas e Prevenção, 2011. SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS - SENAD Efeitos das Substâncias Psicoativas: Ministério da Justiça, 2014. CARVALHO, Dr Gustavo. Neurociência Coach: tudo que um coach precisa saber sobre Neurociência: Artigo, 2018. DAMAS, Fernando Balvedi. Comunidades Terapêuticas no Brasil: expansão, institucionalização e relevância social. Atigo – 2013. FAVENI: Drogas Estimulantes do Sistema Nervoso Central. 2005 – Editora Faveni. Lima MS, Soares BG, Reisser AA, Farrell M. Pharmacological treatment of cocaine dependence: a systematic review. Addiction. 2002; 97:931-49.In Faveni 2016 p7. SIQUEIRA, Wilson Alves. 5 passos para ser extraordinário: Ebook, 2018. SIQUEIRA, Wilson Alves. Drogas: dicas para prevenir e agir dentro da família: 2014. Editora Equitativa. MARQUES, José Roberto. Tudo sobre Coaching, E-book, 2016. CARDOSO, Rodrigo. O Sucesso Está em Suas Mão: SIP Brasil Rio de Janeiro - 7ª Edição: 2007.

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CURY, Augusto. Ansiedade 2. Autocontrole: Como controlar o estresse e manter o equilíbrio – 2017.

SITES http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v18n3/01.pdf - Retirado em 10/07/18. http://sejafeliznavida.blogspot.com/2014/10/tipos-de-janelas-da-memoria.html - Retitado em 18/07/18 as 12:12 horas. https://pt.linkedin.com/pulse/import%C3%A2ncia-das-ferramentas-em-processos-de-coaching-andrea-winning – Retirado em 18/07/18 as 15:12. https://freesider.com.br/produtividade-e-gestao/como-eliminar-pensamentos-negativo/ - Retirado em 9/10/10 as 10:21 hs https://flagimenes1.jusbrasil.com.br/artigos/577358180/qual-o-seu-estado-atual - Retirado em 9/10/10 as 10:40 hs https://ivanacabral.digital/reprogramacaomental/? gclid=Cj0KCQjwivbsBRDsARIsADyISJSdnmlbe0E9Glsxlu1LC0MlGLE20OP2MmwrfiSiuO43vTaFAMEmG4aAnpwEALw_wc B – Retirado em 09/10/19 as 10:55 hs. https://administradores.com.br/artigos/lider-e-a-estrategia-disney-pnl-Fepipe Andriolo - Retirado em 09/10/19 as 18:45

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Mudança de Mindset Rosália Maria Moreira

"Nem sempre é fácil, vencer os embates diários impostos pela rotina do cotidiano, é necessário mudar paradigmas, vencer o medo do novo, do desconhecido e seguir em frente."

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Mudança de Mindset Rosália Maria Moreira Morôni Kozoski RESUMO Este trabalho tem como objetivo, mostrar que todas as pessoas, independentemente de sexo, credo ou religião, podem comandar o cérebro, através do autoconhecimento. Descobrir seu “eu interior” e traçar metas e objetivos, consequentemente o levara a vitória. Mostra que através das mudanças diárias, e a repetição constante no alvo desejado poderá alcançar tudo que deseja. O que te leva ao sucesso, não é seu QI, e sim o que te motiva. Na maioria das vezes, as pessoas acreditam que a inteligência é a chave do sucesso, porém ninguém nasce andando ou falando; com as repetições diárias todos são capazes de consegui-las. Significado de Mindset: É uma palavra inglesa que significa “mentalidade”, atitude mental ou ainda modelo mental, ou seja, a maneira de uma pessoa pensar. É configuração de seus pensamentos. Palavras-chave: foco. Ações. Ferramentas. INTRODUÇÃO Na maior parte das vezes, as pessoas acreditam que o “dom” é a própria aptidão, mas o que nutre o “dom” é aquela curiosidade constante e infinita, além dos desafios impostos diariamente. Será capacidade ou mindset? Segundo Dweck (2017, p.51) Os mindsets são uma parte importante de sua personalidade, mas você pode modificá-los. Simplesmente tomando conhecimento dos dois mindsets, pode-se começar a raciocinar e reagir de novas maneiras. As pessoas me dizem que começam a se ver dominadas pelo mindset fixo — perdendo uma oportunidade de aprender, sentindo-se rotuladas por um fracasso, ou desanimando diante da exigência de um grande esforço. Nessas ocasiões, passam para o mindset de crescimento , garantindo que enfrentarão o desafio, com o fracasso ou prosseguirão com seus esforços.

As pessoas podem ter diferentes temperamentos e aptidões no início de suas vidas; mas evidentemente

a experiência, o treinamento e o

esforço pessoal conduzem-as pelo restante do percurso de suas vidas.

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Quando você começa a compreender o m i n d s e t , p a s s a a v e r exatamente como as coisa se correlacionam. Por exemplo: Crer que suas qualidades são imutáveis, acaba gerando pensamentos e atos diferentes daqueles que cultivam diferentes pensamentos e ações, seguindo

por um

caminho completamente distinto. Realizar um estudo profundo para conhecer o “verdadeiro eu” não é uma tarefa fácil, mas é essencial para alcançar o sucesso pessoal e profissional. Para explorar 100% da potencialidade, faz-se necessário entender o que precisa ser aprimorado nas suas habilidades. Segundo Vieira (2012, p.27) É importante você saber que todas as nossas mudanças e conquistas se iniciam após assimilarmos e passarmos a viver de acordo com este conceito: autoresponsabilidade. Como tudo na vida, acreditar ou não em qualquer coisa é uma questão de opção. Acreditar que você é o único responsável pela vida que tem levado também é uma questão de escolha. Particularmente, prefiro acreditar que criamos nossas experiências, seja por palavras, comportamentos, pensamentos e/ou sentimentos. E que tudo que falamos, agimos, pensamos e sentimos geram resultados objetivos e palpáveis nas nossas vidas.

O objetivo deste trabalho é mostrar que através de ferramentas e práticas diárias, pode-se construir o mindset, ou seja, pode alcançar tudo que se almeja.

FOCO “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha” (Confucio).

Foco é um substantivo masculino que significa a nitidez de uma imagem, a visão de um objeto bem definido, o centro e o ponto de

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convergência. “Ter foco” significa ter um objetivo, estabelecer um planejamento, ser organizado e ter persistência para atingir as metas e alcançar o que se pretende. M u i t o u s a d o n o s p r o c e s s o s d e C o a ch i n g ( m e t o d o l o g i a c i e n t i fi c a m e n t e c o mp r o v a d a , q u e v i s a a u t o c o n h e c i m e n t o e autodesenvolvimento da pessoa), o “foco”, é o objetivo que você quer alcançar em sua vida. Conhecer o que é importante para seu futuro, tanto na carreira como fora dela, é determinante para alcançar êxito no objetivo almejado. Lembrando que a Programação Neurolinguística (PNL) diz: “Não existem erros ou fracassos, o que existem são resultados”. Segundo, Sternberg apud Dweck( 2017, pag 11), o guru da inteligência na atualidade, o principal modo de aquisição de conhecimento especializado “não é alguma capacidade prévia e fixa, e sim a dedicação com objetivo”. Ou seja, pode-se aprender e desenvolver-se em qualquer época da vida se realmente desejar e dedicar-se a alcançar o objetivo proposto. Partindo do pressuposto de que é necessário conhecer-se a si mesmo, ter um objetivo definido; traçar metas diárias é o próximo passo para o tão sonhado sucesso. A mente está o tempo todo filtrando, avaliando, julgando, ponderando e escolhendo; é inevitável. Este comportamento é nada mais do que perguntas que faz a si mesmo. Estas perguntas são importantes para focalizar na coisa certa e eliminar o que não interessa. A forma de avaliar estas perguntas, é o que permite encontrar o foco. O cérebro é como uma maquina, funciona 24h por dia sem parar. Costuma ficar no automático, sem rumo certo, só com sua interferência, ele sairá do piloto automático. A interferência ativa redireciona os pensamentos como alguns exemplos abaixo: Nunca se compra um carro, se o pensamento principal estiver sintonizado nas crises e dificuldades por horas existentes, mas se o foco for

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dirigido certeiramente para alcançar esta meta, encontrar-se a um caminho. Dificilmente sairá para jantar fora com a pessoa amada, pensando em ser assaltado. A vida real, não é aquela apresentada num telejornal, então não deixe que ele te influencie. Já sabe seu objetivo? Então basta seguir a seguinte metodologia mencionada neste trabalho.

AÇÃO Agimos como líder, inventor, professor e usuário do cérebro, tudo ao mesmo tempo. Como líder, transmito ordens diárias a meu cérebro. Como inventor, crio dentro dele caminhos e conexões que não existiam. Como professor, ensino meu cérebro a aprender novas habilidades. Como usuário, sou responsável por mantê-lo em boas condições de funcionamento. (Chopra & Tanzi, 2013)

De acordo com Chopra & Tanzi ( Supercérebro,2013), pode-se transmitir ordens diárias para seu cérebro

que cria novos caminhos e

conexões que não existiam antes. Diante do confronto de pensamentos, garante-se o sucesso da mudança interior. Após esse confronto é importante agir, afinal, sem ação nada muda. É preciso sair da zona de conforto, readaptar, reorganizar prioridades, encarar o negativo e não se deixar levar; é preciso ter perseverança em mudar a mentalidade. FERRAMENTAS IMAGENS MENTAIS A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existe coisas que não podemos ver. ( HB 11:1)

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Visualize o que deseja alcançar, visão do futuro é o passo inicial para você conquistar qualquer coisa em sua vida. Para o filósofo francês, René Descartes pensar é existir, em suas palavras: “Penso, logo existo”. O pensamento é alimentado e reforçado pela sua capacidade imaginativa. Ou seja, de visualizar e criar imagens mentais, habilidades estas que permitem projetar o futuro. A visualização de um sonho ou de uma situação, é uma habilidade que tem o poder de criar imagens, que simulam em sua mente aquilo que deseja, que quer, ou que pretende realizar. Pode-se simular na mente determinado resultado, ou até mesmo visualizar uma profissão. A capacidade de formatar, filtrar e direcionar as imagens, é um fator importante para construir cenários que podem se aproximar da realidade e em consequência motivará sua realização. Quando houver uma visão clara daquilo que se deseja, eventualmente ao se deparar-se com as possibilidades, as reconhecerá e estará preparado para agir. Caso as possibilidades não lhe batam a porta, se a sua visão o inspirar, certamente promovera um conjunto de ações que por si só criarão as possibilidades necessárias à execução de sua visualização. Ter visão do futuro é um sonho, uma meta, um objetivo ou qualquer coisa que se deseja conquistar em um futuro próximo ou distante, que pode se anotado num papel, feito um projeto ou até existir em sua mente, projetando-a num mapa. Todas as vezes que se faz um plano, idealiza algo ou vislumbra a perspectiva de alcançar alguma coisa, imagens mentais correspondentes são criadas em seu cérebro. No exato momento em que as imagens são criadas e estejam de acordo com seus desejos, elas passarão a ser reais. Todo o corpo reage ao cenário que esta vivo na cabeça. Corpo e mente alteram seu estado de espirito. Quanto mais detalhes, cores, cheiros, sensações e emoções estiverem presentes em seu cérebro, mais ímpeto, motivação e confiança você terá para transformar tudo em ações. A visualização é uma habilidade poderosa.

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Ela pode mobilizar todo seu ser a favor do resultado almejado, ou seja, a visão deságua nos resultados. Quando se passa a produzir ações e atitudes que condizem com a visão, automaticamente a mente passará

enxergar e compreender

possibilidades de forma mais assertiva e funcional, que se organizam para encontrar soluções que promovam aquilo que deseja alcançar. DIARIO DE BORDO O Diário de bordo (em inglês: Log Book) é utilizado na navegação para registro dos acontecimentos. O livro pode também ser usado como diário de algo que se faz, uma espécie de sumário. O diário de bordo, é um documento para anotações, de supostos problemas durante a viagem. Usado em praticamente todas as empresas de viação do mundo. O livro de bordo é preenchido pelo Capitão da embarcação, aeronave, etc, para anotar as ocorrências diárias. O diário de bordo é considerado uma das principais ferramentas de coaching. Não utilizado da forma descrita acima, porem readaptado e recomendado por Coachs profissionais que ajuda Coachees a avaliar o que precisa ser melhorado ou repetido, aprimorando seus conhecimentos pessoas. Deve ser utilizada diariamente. Nele deve-se anotar as metas desejáveis, gerando autoconfiança e determinação. Ao final de cada dia, faz-se uma ressignificação de como foi o dia, reavaliando quais metas foram atingidas, seus pontos positivos, negativos e realinhar as metas, quando necessário. É uma autoanálise, que serve para reavaliar o desempenho. Através de perguntas poderosas, que se faz, como: Por que valeu a pena viver o dia de hoje? - O que se pode fazer de diferente para positivar as coisas que foram negativas?

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- Se pudesse voltar atrás, o que teria feito de diferente? - Que ações, tomaria no próximo dia? Seguindo o raciocínio de autoavaliação, faz-se necessário avaliar os pontos e aspectos diários, sendo esta uma etapa fundamental para as pessoas reconhecerem padrões e comportamentos que os limitam. Restabelecer metas, colocar em prática e exercitar a melhoria contínua diariamente, refletira diretamente num resultado ideal. O compromisso com esta doutrina, estabelece um comprometimento pessoal em não perder o foco. TRÍADE DO TEMPO O método Tríade, baseia-se em dividir o tempo em três tipos de atividades: as importantes, as urgentes e as circunstanciais. Para que se alcançar os resultados esperados, a rotina deve-se concentrar nas atividades importantes e ter o mínimo possível de atividades, urgentes e circunstanciais. De acordo com o livro A Tríade do Tempo, de Christian Barbosa, a metodologia consiste em

5 etapas que agrupam

técnicas específicas.

( Barbosa, Christian. A Tríade do Tempo, pag. 8, 2012) O modelo para tornar pessoas e empresas mais produtivas, utiliza as seguintes técnicas: - Identificação - Traçar Metas - Planejamento - Organização - Execução. Ao aplicar a Tríade na vida cotidiana conseguirá: !53


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- Aprender efetivamente a equilibrar vida pessoal e profissional; - Identificar as atividades que estão roubando seu tempo; - Aprender a definir metas efetivas e executá-las; - Evitar reuniões desnecessárias e outros compromissos inúteis; - Gerenciar seu e-mail e informações de uso pessoal; - Aprender a delegar e gerenciar equipes de forma eficaz. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste trabalho aqui descrito, demonstro que é possível fazer mudanças diárias

na vida, alcançar objetivos, traçar metas e conquistar

sonhos. Nem sempre é fácil, vencer os embates diários impostos pela rotina do cotidiano, é necessário mudar paradigmas, vencer o medo do novo, do desconhecido e seguir em frente. Nosso cérebro é reptiliano, a cada sinal de perigo, ele automaticamente, segue o habitual, o seguro, a rotina do dia-a-dia, ou seja, ele procrastina. A escolha do tema “Mudança de Mindset”, foi proposital, pois este trabalho é a conquista de um sonho, é a certeza que sou capaz, que determino e posso realizar com determinação todos meus objetivos. Agradeço a Deus por mais esta conquista, a

Line Instituto e a

Faculdade FABRO por proporcionar possível a realização do meu sonho. Em especial minhas irmãs, meus filhos e amigos pelo apoio, carinho e incentivo, nesta longa e vitoriosa jornada.

REFERÊNCIAS Barbosa, Christian. A Tríade do Tempo. Rio de Janeiro: Ed. Sextante, 2008. Chopra, Deepak & Tanzi, Rudolph. Supercérebro. 1ª Ed. Em português, São Paulo: Ed. Alaúde, 2013. Dweck, Carol. Mindset. A Nova Psicologia do Sucesso. 1ª Ed, São Paulo: Ed Objetiva, 2017. Impulsão Profissional, https://alunos.impulsaoprofissional.com.br/wp-login.php?itsec-hb-token=entrar Viera, Paulo. Autoresponsabilidade. A Chave para uma Vida de realizações e Conquistas. 2ª Ed, Ed. JCS, 2012.

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METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM ACELERATIVA

Cristiane Araujo Peres

“ Levar o aprendiz a um estado de relaxamento, com ambientação, além da postura do professor que deve ser colaborativa, afetuosa, descontraída e leve, modifica as crenças de aprendizagem."

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METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM ACELERATIVA Cristiane Araujo Peres Morôni Kozoski

RESUMO Este Artigo sobre Metodologias da Aprendizagem na perspectiva da abordagem do Coaching, da Programação Neurolinguística e da Neurociência, tem como enfoque a aprendizagem acelerativa. A presente pesquisa espera contribuir para o conhecimento de velhos, atuais e novos desbravadores da Educação, bem como, trazer-lhes novas reflexões no que tange à aprendizagem. Palavras-chave: Aprendizagem Acelerativa. Coaching. Metodologia. Neurociência. PNL.

1 INTRODUÇÃO

Ensinar e aprender é uma questão de estabelecer vínculos. A verdadeira aprendizagem é mais relacional e emocional que cognitiva. Aprender sentindo. José Roberto Marques

O coaching tem sido notado como um transformador de vidas, extraindo o melhor do ser humano para atingir resultados extraordinários. E com esse objetivo de extrair o potencial ilimitado, na gestão de competências cognitivas, estímulos de recursos cerebrais com as demais ferramentas da psicologia positiva, PNL, estudos da neurociência, entre outras organizacionais. Logo, desenvolver a capacidade de acelerar resultados na aprendizagem através de menos esforço, maior retenção e motivação é uma de suas possibilidades. A PNL pressupõe que cada ser humano possui ou pode adquirir todos os recursos de que necessita para atingir seus objetivos, desenvolver-se e realizar-se. Entre estes recursos, está o da capacidade de aprender e consequentemente progredir através de hábitos, padrões de comportamento e pensamentos.

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A disposição, o envolvimento emocional, a experiência física, o sistema de comunicação, a linguagem, “o que e como se fala” tem grande influência, além da capacidade intelectual do aprendiz. Para aprender, é preciso estar submergido em um estado adequado, afirma Michael Grinder, professor americano dedicado a aplicar as técnicas de PNL a educação. Através desta abordagem, e do potencial e influência que as ferramentas do Coaching, a Programação Neurolinguística e suas descobertas junto aos estudos com a Neurociência surgiu este artigo. Com o intuito de contribuir e levar um novo olhar para a Educação, acessar uma linguagem de compreensão e humanização, redescobrir e refletir sobre as formas de interagir, aprender e ensinar com novos métodos de aprendizagem acelerativa, o que pode levar ao estreitamento das relações e fortalecimentos de vínculos na construção do saber. O presente trabalho tem como referência bibliográfica Richard Bandler e Michael Grinder, os pais da PNL no mundo, Tony Robbins o Coach e Programador Neurolinguístico que é referência mundial, José Roberto Marques presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, Helder Kamei, o mestre da psicologia positiva no Brasil, trazendo bases consistentes e forte estrutura na construção deste artigo. 2 APRENDIZAGEM ACELERATIVA A aprendizagem acelerativa tem como objetivo fazer com que o cérebro crie o máximo de conexões possíveis, relacione conhecimento, a experiência vivida, e a expansão da mente. Essa aceleração e introjeção do aprendizado faz com que aprendamos de forma mais rápida e consistente. Dentro da necessidade humana de buscar metodologias de aprendizagem, essa busca vai além do universo escolar, ela explora ao máximo nossa capacidade cerebral, seja através de estudos da pedagogia, a qual criou formas para aquisição de conteúdos na escolarização. Assim nasceu a aprendizagem acelerativa, conceito próximo da neurociência, mas também psicopedagógico, que visa criar melhores condições de aprendizagem, trabalha na aceleração de resultados e transforma em

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aceleração de aprendizado. Neste método a aprendizagem e os conteúdos são vivenciados, experimentados e testados. Marques (2016, p. 154) entende que: A aprendizagem acelerada é um desses métodos, mas não é uma coisa nova. Faz mais de um século que pesquisadores se preocupam em estudar o assunto, em diversas áreas do conhecimento – da filosofia á neurociência. Até que na década de 60, um professor e médico psiquiatra, Dr. Georgi Lozanov (1926-2012), descobriu a chave para a aprendizagem acelerada, que ele chamou de vigília relaxada, um estado ótimo de aprendizagem e a partir disso desenvolveu um método que chamou de “sugestopedia”. (MARQUES, 2016, p. 154)

O estado de vigília relaxada é um estado de relaxamento, que pode ser induzido através da música, que baixa a frequência cerebral. O conceito usado, longe do estresse, atinge as ondas alfas, o que faz com que as informações fiquem armazenadas na memória de longa de duração. Segundo o pesquisador Lozanov, a música é uma ferramenta de estímulo, neste caso de relaxamento, sugere como melhores músicas, as barrocas, por sua divisão rítmica ser muito parecida com a frequência alfa do cérebro. Levar o aprendiz a um estado de relaxamento, com ambientação, além da postura do professor que deve ser colaborativa, afetuosa, descontraída e leve, modifica as crenças de aprendizagem. A ‘’Sugestopedia” (pedagogia por meio da sugestão) leva a compreender que em um estado alterado da mente, por muitos denominados de transe, estabelece uma competência inconsciente, o que gera um fluxo de conexões novas de aprendizagem. 3 O PODER DAS PERGUNTAS PODEROSAS Como as perguntas poderosas podem estimular as pessoas? As perguntas bem formuladas, permitem encontrar questões e respostas da outra pessoa abaixo da superfície e recuperar a estrutura mais profunda das memórias armazenadas no subconsciente. Isto faz com que ela acesse informações para resolução e crie mais possibilidades quando em atividade de aprendizagem e criação.

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Uma boa pergunta pode ser iniciada através do Meta Modelo, seguindo padrões linguísticos para adquirir informações através dos estudos da PNL. São elas iniciadas em: O que? Quando? Onde? Quem? Como? O Meta Modelo tem como um dos objetivos principais recuperar uma estrutura mais profunda e desafiá-lo, conecta o aprendiz com o mundo, em estado de presença, oferece informações mais ricas, com mais possibilidades, o que leva a expansão transformacional da linguagem, e a uma compreensão mais completa. Tais perguntas permitem e auxiliam a encontrar respostas abaixo da superfície e a recuperar a estrutura mais profunda das memórias armazenadas em seu subconsciente. “As perguntas são a chave para as respostas, mais do que isso são muitas vezes o X da questão. Sua grande finalidade está mais em propô-las do que respondê-las” (Marques, 2018, p. 182). Para Robbins (2018, p. 222), “ As perguntas são o laser da percepção humana. Concentram nosso foco e determinam o que fazemos e o que sentimos”.

Uma boa pergunta pode levar o aprendiz a um estado de

consciência sobre alguma atividade que esteja envolvido, são estimulantes para trabalhar a motivação, levar a reflexão, atingir objetivos, criar perspectivas, estimular ação, gerar opções, criar comprometimento, levar ao conhecimento dentro de um caráter transformador através das reflexões desencadeadas. 4 O PODER DAS PALAVRAS E COMUNICAÇÃO ASSERTIVA “As palavras formam os fios com os quais tecemos nossas experiências”. Aldous Huxley

As palavras filtram e transformam nossas experiências, através de nosso vocabulário. Para Robbins (2018, p. 245), “[...] se queremos mudar nossa vida e moldar nosso destino, precisamos conscientemente selecionar as palavras que vamos usar, e precisamos nos empenhar sempre para expandir nosso nível de opções” (Robbins, 2018, p. 245).

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As palavras têm uma forte influência sobre nossas percepções, emoções e ações. A qualidade de nosso vocabulário e comunicação pode atingir aos mais altos níveis de aprendizagem acelerativa. A substituição de termos como: “- Esse assunto é “muito difícil!”- Esse assunto é “desafiador”! Percebe-se que a primeira colocação “difícil”, entra em um espaço limitador, sem nada estimular a agir. Quando substituímos por “desafiador” torna-se possível e instigante, pois o ser humano gosta de desafios, mas não gosta de dificuldades. Se um jogo de palavras te enfraquece, substitua por outras fortalecedoras. Outros exemplos, substituir “Eu odeio” por “Eu prefiro”, “Exausto” por “Recarregando as baterias”, “fracasso” por “aprendendo”. Podemos criar uma lista de palavras enfraquecedoras por fortalecedoras. Esse tipo de linguagem pode ser chamado de transformacional, pois rompe padrão emocional, padrões estéreis, muda nosso estado e permite que se faça perguntas mais inteligentes. 5 FLOW E PSICOLOGIA POSITIVA “O talento será desenvolvido se ele produzir experiências ótimas”. Csikzentmihalyi; Rathunde; Whalen Flow é um termo inglês, que indica “estado de fluxo”, um estado mental onde a pessoa está profundamente conectada e concentrada no que faz, no qual prazer, motivação e felicidade na realização da atividade, objetivando a alta performance na busca por resultados. Este conceito foi criado pelo Húngaro Csikszentmihalyi (1998), reportado através de estudos e experiências acadêmicas com várias disciplinas, os estados de fluxo da ótima experiência, tornando-se um conceito. Kamei (2018, p. 41) afirma que: Em um período relativo curto de tempo, acadêmicos de várias disciplinas encontraram, no modelo de fluxo da experiência ótima, tem sido útil. Um grande número de pesquisas tem sido acumulado e

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alguns de seus resultados estão sendo aplicados nas áreas educacionais, clínica e organizacional. Flow se tornou um termo técnico no campo da motivação intrínseca. (KAMEI, 2018, p. 41)

Entende-se que o estado de Flow, esse estado de fluxo é um grande aliado no processo de aprendizagem, pois conecta o educando à vivência e tira o foco do resultado final, o leva a valorizar e desfrutar com qualidade todo o fluxo da experiência subjetiva até o seu resultado final, compensador. Kamei (2018, p. 63) ainda retrata sobre a fundamentação na teoria flow: [..] muitas pessoas se lembram de um momento em que estiveram profundamente concentradas e envolvidas em uma atividade desafiadora que lhes trazia grande satisfação, em que se sentiam no controle da situação e nem percebiam seu tempo passar. Essa experiência ótima fica gravada em nossa memória e nos motiva a continuar aprimorando nossas habilidades e a buscar maiores desafios somente para vivenciarmos novamente essa mesma intensidade de experiência. (KAMEI, 2018, p. 63)

Dentro de um estudo de quatro anos e experiências com mais de 200 adolescentes, Csikszentmihalyi, Rathunde e Whalen (1993) tiveram como objetivo ajudar pais, professores e outros interessados a prevenir as perdas da utilização de seus talentos, habilidades e potencial que cada indivíduo, independentes no nível de talento. Em uma das fases experimentais, foram utilizadas as escalas de avaliação em que os professores e estudantes pontuavam a satisfação da atividade, capacidade de concentração, realização de potencial, engajamento e interesse em que se correlacionou no desenvolvimento de seu talento. Na busca por saber mais Csikzentmihalyi instigou o que era mais relevante: personalidade, aptidão escolar, contexto familiar e experiência em flow. Kamei (2018, p. 63) reporta sobre os resultados em que vivenciar a experiência do Flow durante a atividade na área de talento foi a única variável que se correlacionou com as outras variáveis, concluindo que experenciar o flow envolvidos em suas áreas de talentos é amplamente mais determinante que aptidão escolar, a personalidade e o contexto familiar e é mais dominante que qualquer variável sociodemográfica como gênero, idade ou nível socioeconômico.

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Segundo Marques (2018, p. 326), o flow é essencial para mapear as potencialidades máximas de cada sujeito e maximizá-las, o que faz com que ele se desenvolva e aumente o número de conexões neurais por meio das sensações positivas. 6 DE QUE FORMA PODEMOS APRENDER A APRENDER COM A PNL? “ A capacidade de se aprender é adquirida não quando somos inundados com conteúdo e sim quando aprendemos os mecanismos da aprendizagem: as sequências e estruturas subjetivas necessárias para que possamos aprender”. Richard Bandler

A Educação formal apresenta conteúdos, quantidades de informações extensas, que complementam a grade curricular de aprendizagem através de profissionais especializados em sua área de atuação. Por maior conhecimento que o professor tenha sobre o tema abordado, se faz necessário entender o como esse aluno aprende, poucos sabem sobre as diferentes formas e a maneira como aprendem,

o como cada aprendiz

interpreta sua comunicação e de como passar o conhecimento em forma de aprendizagem. Em todos os meus contatos com educadores, observei que as pessoas que ensinam um assunto, podem ser realmente ótimos profissionais e conhecerem bastante sobre o assunto em questão. No entanto sabem pouco sobre a maneira como eles aprenderam e menos ainda sobre como passar adiante seus conhecimentos. (BANDLER, 1987, p. 129)

Segundo Richard Bandler (1987, p. 130), a PNL estuda a experiência subjetiva das pessoas que tem solução. “Se estudarmos o problema da dislexia, aprendemos muito a seu respeito. Mas se quisermos ensinar as crianças a lerem bem, faz mais sentido estudar as pessoas que sabem ler bem”. Entre as diversas ferramentas da PNL, o processo de Modelagem afirma que se uma pessoa consegue realizar determinada coisa, outra também pode conseguir. A aprendizagem por modelagem é baseada no

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espelhamento. Para isso, basta seguir um plano estratégico e modelar o passo a passo, o como essa pessoa a ser modelada pensa, a sequência de ideias, comportamentos e atitudes, ferramenta esta, que pode ser utilizada tanto pelo mestre quanto para o aluno. Os professores podem modelar pessoas de sucesso: “Como você gostaria de ser como professor?”, “Quem você poderia modelar, um exemplo a ser seguido que sabe ensinar com excelência?” Os alunos, ao entender o como aprender e modelando-se a quem aprende muito bem de forma rápida, podem utilizar deste espelhamento. “Como você gostaria de ser como aluno?”, “Quem sabe aprender muito bem?”, “Quem do You Tube que você acompanha?”, “O que ele faz, e como ele faz?”, “Qual o passo a passo de quem consegue aprender muito rápido o como ele faz?” A eficácia da modelagem depende ainda da motivação. Caso o indivíduo não esteja motivado, dificilmente reproduzirá um determinado comportamento. Na escola, por exemplo, o professor é um modelo, e pode aplicar intencionalmente esta técnica através do compartilhamento de suas experiências pessoais. Esta prática criará também um clima positivo de aceitação, diálogo e escuta e otimizará o processo de ensino. 6.1 COMO NÓS VEMOS NOSSOS MODELOS DE MUNDO? Para compreender como nosso modelo de mundo é visto, nossos sistemas representacionais são trabalhados. Todos temos acesso às três modalidades – visual, cinestésico e auditivo.

Quando nós processamos

informações internamente, fazemos visualmente, auditivamente, sinestesicamente. É possível acessar o significado de uma palavra em qualquer um dos três canais sensoriais ou qualquer combinação deles. “O porquê falamos, o que e como falamos, o que expressamos?” Tudo está ligado às memórias de vida: “O que são nossas memórias de vida?” Compreender através da fala, o sistema representacional interno individual de como é o modelo de mundo do aluno, o como percebe e

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reconhece com maior facilidade torna-se um grande passo para acelerar o conhecimento: “Como é a fala dele? Visual, cinestésico?” Se for, é possível direcionar o processo acelerativo de aprendizagem, por exemplo, via uso de imagens mentais (submodalidades), o que leva a entender as qualificações das imagens de como os alunos fazem. O uso de imagens mentais, trabalhadas as submodalidades, capacita o maior entendimento e percepção das qualificações das imagens, o qual aumenta a percepção e autonomia de aprendizagem do aluno nesta situação. 6.2 ETAPAS DA APRENDIZAGEM Por meio do estudo da programação neurolinguística, a etapa de aprendizagem é classificada em quatro fases: Incompetência Inconsciente, Incompetência Consciente, Competência Consciente e Competência Inconsciente. Compreende-se que quando se está na primeira fase, a Incompetência Inconsciente, que não se sabe o que se sabe, não temos a consciência da falta de habilidade ou conhecimento sobre algo. Já na segunda fase, o Incompetente Consciente, passa-se a perceber o que não se sabe, o que é preciso aprender. Na terceira fase, Competência Consciente, a pessoa sabe e tem consciência que já possui as habilidades ou o conhecimento necessário para realizar algo, e em seguida torna-se Competente Inconsciente, realiza as atividades corretamente no piloto automático. O processo de aprendizagem é algo constante, e embora seja desafiador, todos temos potencial para nos aprimorar e desenvolver novas habilidades. Da mesma forma como se nasce sem saber falar, aprende-se durante o crescimento e hoje a comunicação é compreendida basicamente no piloto automático. Compreender as fases das etapas de aprendizagem permite ter consciência sobre que nível se está e buscar recursos para adquirir as habilidades necessárias, que na maioria das vezes são realizadas através de reforços e repetições.

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Figura 1: Pirâmide da aprendizagem

Fonte: DALE, Edgar, NTL Institute for Applied Behavorial Sciences.

Com a Pirâmide de Aprendizagem, o professor Edgar Dale provou em 1946, que os índices de absorção e retenção de conteúdos variam muito dependendo da técnica aplicada. Assistir uma aula, ler ou assistir uma palestra pode reter até 30% da informação, enquanto que a prática e o ensinar leva a retenção de 75% á 90% e que a melhor forma de estudar e estimular a aprendizagem se faz de uma forma ativa. Kurt Lewin fundou o National Training Laboratories Institute, em 1947, e foi conhecido como Ciência Comportamental Aplicada.

Foi

constatado que dentro da pirâmide a forma como as pessoas aprendem, sua forma de retenção. Desta análise, observa-se e tem-se a consciência que se faz necessário inovar nosso modelo de ensino e de reter conhecimento, que

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somente uma leitura, ou assistir uma aula não retém a informação aprofundada, se faz necessário aplicar, treinar e discutir sobre o tema se deseja ter êxito no processo de aquisição do domínio do conhecimento. 6.3 ANCORAGEM Um dos problemas mais comuns que interferem na aprendizagem do aluno são as fobias escolares, aversão à determinada disciplina e até mesmo aos estudos. Pode-se, através da PNL, curar essas fobias, neste caso recomenda-se um especialista em PNL para realizar o processo de “Integração de Âncoras”. Para se conseguir mudar reações negativas à escola, de maneira fácil e rápida, se faz necessário entender como nosso cérebro funciona. Pode-se ainda salientar que ligar a aprendizagem a algo alegre e divertido traz efeitos superiores ao desconforto e chateação onde as crianças são impostas a ficarem em silêncio, o que consequentemente não será surpresa se algum aluno não gostar de aprender. E se você pegar todas as coisas que odeia, mas acredita que deva fazer, e juntar a elas submodalidades do prazer? Lembre-se: poucas coisas têm alguma sensação inerente. Aprendemos o que é agradável e o que é desconfortável. Você pode simplesmente reetiquetá-las em seu cérebro e logo criar uma nova sensação sobre elas. (ROBBINS, 2018, p. 111)

Uma das ferramentas mais utilizadas dentro da programação neurolinguística está a ancoragem, que pode ser utilizada sobre diversas formas, seja através da âncora de algum sentimento, empilhamento de âncoras propiciando maior número de recursos, âncora espacial entre outros. Ela age como uma reetiqueta sobre alguma situação que deseja mudar de estado. Ancoragem é um processo pelo qual qualquer estímulo, representação (externa ou interna) ou uma série de representações (visual, cinestésico, auditivo) fica conectado a uma reação e a dispara. Âncoras tendem a promover o uso de uma aprendizagem única. Qualquer parte de uma experiência vivida pode ser usada como uma âncora para acessar outra parte desta experiência.

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Agora dentro de um processo de ancoragem, de qual forma um professor pode acelerar dentro de uma escola ou universidade o processo de aprendizagem do aluno? Para Robbins (2018, p. 119): Também seu cérebro tem um sistema de arquivar. Algumas pessoas guardam as coisas em que acreditam na esquerda e outras coisas na qual não estão certas na direita. Sei que parece ser ridículo, mas você pode mudar uma pessoa que tenha esse sistema de codificar simplesmente fazendo com que ela, por exemplo, pegue as coisas da qual não tem certeza, da direita e coloque-a na esquerda, onde seu cérebro arquiva coisas em que acredita. (ROBBINS, 2018, p. 119)

Um dos processos de ancoragem que se pode usar aqui é a âncora espacial, onde é trabalhado o espaçamento com palco, espaçamento na lousa ou quadro, no powerpoint, que alinha acessos oculares, ativa a lembrança na fixação da memória, trabalha movimentos da direita para a esquerda, construção da linguagem acelerativa, o que favorece a retenção da informação. É importante lembrar que, como toda qualquer habilidade adquirida, requer repetição e prática para tornar-se um hábito. Podemos sugestionar para nosso subconsciente mensagens e imagens do estado desejado. O Spin é uma técnica da PNL, um processo de ancoragem que trabalha as submodalidades e que pode ser utilizada antes de uma prova, por exemplo. Trabalhado através da imaginação, ativa no subconsciente uma energia boa circulando em todo o corpo e leva a um estado de tranquilidade e segurança. 6.4 MEMORIZAÇÃO Compreende-se que o processo de memorização com a grande demanda de informações tem sido algo desafiador para a maioria dos educandos. A memória é uma das bases da aprendizagem efetiva, assim, de que forma podemos melhorar o processo de ensino, para que possamos memorizar com maior facilidade? Bandler (1987, p. 131) entende que:

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A memória está ligada a algum aspecto agradável ou desagradável? Para que se possa lembrar de alguma coisa é necessário voltar a um estado de consciência no qual a informação foi fornecida. É assim que funciona a memória. Se alguém fica zangado ou infeliz ao ter que fazer algo, para se lembrar deste fato terá de ter acesso novamente aquele estado desagradável. E já que a pessoa com certeza não vai querer sentir-se mal de novo, vai esquecer dos fatos ligados aquela sensação. E é por isso que quase todos nós temos uma amnésia total dos 12 aos 16 anos que passamos na escola. (BANDLER, 1987, p. 129)

Desta forma, percebe-se a importância da experiência subjetiva na construção do conhecimento.

A interação com o meio, tornar o ambiente

algo agradável e por vezes divertido traz a vontade de repetir o processo. Usar de todos os recursos visuais, auditivos, cinestésicos em um ambiente favorável obtém resultados mais eficientes. Boa parte das crianças que são rotuladas com “problemas” pode ter maior facilidade de aprendizagem de forma visual, ao invés de auditivo e vice-versa. É como tentar lembrar-se de uma canção através de uma imagem ao invés de ouvir sons. Se você quer lembrar de algo específico, utilize os sistemas representacionais. Segundo Bandler (1987, p. 134), “[...] qualquer estratégia de memória pode ser adaptada, tornando-a mais apropriada ao contexto ou as habilidades específicas da pessoa que deseja lembrar de algo em particular”. Um outro fator relevante, é tornar a aprendizagem uma obrigação. “Tenho que... sou obrigado a decorar...”. Quando tudo se torna uma obrigação, o propósito de aprendizagem tem menos relevância, e inconscientemente foca-se no “dever” ao invés do tema a ser aprendido. Se faz necessário tornar importante e atrativo o que desejamos aprender, e até mesmo divertido, porque não? O processo de segmentação, que é fracionar tarefas grandes em pedaços menores, torna a atividade mais leve e mensurável. Seria como comparar uma atividade grande com um elefante, se fatiarmos o elefante e irmos por partes se torna muito mais fácil. A segmentação pode ser usada por exemplo, para decorar fórmulas matemáticas, sequencias numéricas. Entende-se que nosso cérebro tem uma grande flexibilidade e capacidade de adaptação. É muito comum escutar dentro da educação o termo “deficientes escolares”, onde as crianças apresentam dificuldade na

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aprendizagem da leitura e escrita, devido a forma como são introduzidos dentro da metodologia de ensino. Para Bandler, tudo o que se deve fazer é a conexão da imagem com a palavra e o som já conhecido. Pode-se trazer como exemplo da palavra gato, trazendo a experiência lembrada de visualização, audição e cinestésica de pegar o gato, armazenando em nosso cérebro a experiência. 6.5 DISPARO DO PODER INTERIOR, MOTIVAÇÃO “Nada tem poder algum sobre mim além daquilo que permito por meio de meus pensamentos conscientes”. Tony Robbins Sustentar uma posição emocional, através da motivação e estímulos favorece a aprendizagem acelerativa. Reconhecer, elogiar e validar fortalece o potencial tanto de forma individual como no coletivo, amplia nossa capacidade de reconhecer e fortalecer habilidades, dons e talentos. Esses reforços estimulam a repetição das capacidades, abrem espaço para criar conexões neurais através da extensão de novas práticas e repetições de comportamentos, pensamentos e ações. Através dos estudos da Neurociência chamamos esse fenômeno de repetições de comportamento e ações, o que cria conexões neurais de neuroplasticidade. Desenvolver novas habilidades dentro do potencial individual ou coletivo faz com que se possa descobrir verdadeiros talentos. O estímulo, a motivação através do reforço positivo desconstrói crenças. Ensinar a sonhar alto, criação de metas, criar uma atitude positiva em relação ao erro, fazer mapas mentais a respeito de determinado assunto, trabalhar a mentalização através de suas ações para atingir objetivos pode levar o aprendiz a resultados extraordinários. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho possibilitou entender e trazer novas reflexões sobre Metodologias da Aprendizagem na perspectiva da abordagem do Coaching,

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da Programação Neurolinguística e da Neurociência. Todos temos recursos internos e externos, e cada um de nós carrega capacidades, experiências, habilidades, onde se pode criar melhores condições que favoreçam à aprendizagem para a aceleração de resultados e retenção do aprendizado. Também foi discutido sobre a importância do ambiente, que longe do stress podem criar mais conexões, e expansão da nossa mente. Criar um ambiente agradável e com uma música que leve nossa mente a um estado de vigília, acalma e relaxa, altera a frequência cerebral e a música pode levar a frequência alfa, o que faz com que as informações fiquem armazenadas através do fluxo de conexões, favorece novas aprendizagens e trabalha nossa memória de longo prazo. Assim como Flow, que representa o estado de fluxo” onde a pessoa está profundamente conectada e concentrada no que faz, encontra prazer, motivação, felicidade na realização das atividades. Compreende-se também que uma boa pergunta através dos padrões linguísticos pode levar às estruturas mais profundas do nosso subconsciente, as chamadas “Perguntas Poderosas”, encontra respostas abaixo da superfície. São elas a chave para criar mais possibilidades, sair da limitação, gera as transformações através dos processos de reflexões. Observou-se a importância das palavras, que estão totalmente ligadas a nossas percepções, emoções e consciência. E que melhorar nosso vocabulário, pode gerar mudança de estado, expande nossa mente para sair de nossas crenças e limitações. Através dos estudos da PNL, compreende-se como vemos nosso modelo de mundo, que são nossas memórias, o como aprende-se através dos sistemas representacionais, e que o processo de Modelagem pode ser uma grande ferramenta como plano de estratégia para atingir melhores resultados. Passa-se pelas etapas de aprendizagem, que permite ter consciência sobre que nível estamos e buscar recursos para adquirir as habilidades necessárias, o como se aprende e quais recursos utilizar. Falou-se sobre a Ancoragem, e sua extrema importância para gerar mudanças de estados, e dentro do âmbito escolar de ensino pode ser usada através do espaço, da lousa, do palco, das palavras, como aprendizagem acelerativa. Essa ferramenta em casos mais profundos como crenças e fobias escolar por

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exemplo, recomenda-se um Practitioner especializado em PNL onde a mudança é dinâmica. Conhecemos alguns recursos de memorização, que são a base para a aprendizagem efetiva. Fez-se uma breve passagem sobre a relevância da Motivação, sobre as validações e a importância de gerar gatilhos, estimular a sonhar, criar metas, gerar objetivos, o que dá sentido, gera propósito e favorece a construção do saber. Em consonância com as ferramentas e recursos elencados, percebe-se o quanto podemos engrandecer nosso processo de ensino, e também a nossa forma de aprender e se posicionar em processo de aprendizagem. Se faz necessário um novo olhar para o processo de ensino, mais humanizado, estreitar vínculos e inovar levando novos recursos geradores e potencializadores de resultado na Aprendizagem tornando-a acelerativa, prazerosa em um espaço de contribuição e conexão com momento vivencial presente, para que se possa colher os melhores frutos e construir o verdadeiro saber consciente. REFERÊNCIAS BANDLER, Richard. Usando sua mente. São Paulo: Summus, 1987. BLOG INFO ÚLTIL. Pirâmide do aprendizado. Disponível em: <http://binfoutil .blogspot.com/2012/07/piramide-doaprendizado.html>. Acesso em: 19 out. 2019. GRINDER, Michael. Envoy your personal guide to classroom manangement. Portlland, EUA: Meta, 1991. KAMEI, Helder. Flow e Psicologia Positiva: estado de fluxo, motivação e alto desempenho. Participação especial José Roberto Marques. 3. ed. Goiânia: IBC, 2018. MARQUES, José Roberto. Professional Self Coaching-PSC. Gôiania: IBC, 2018. ______. Superinteligência: neuroplasticidade e aprendizagem acelerativa. Gôiania: IBC, 2016. ROBBINS, Tony. Poder sem limites: o caminho do sucesso pessoal pela programação neurolinguística. 29. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2018. ______. Desperte seu gigante interior: como assumir o controle de tudo em sua vida. 35. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2018. THE SOCIETY OF NEURO-LINGUISTIC PROGRAMING. Practitioner em programação neurolinguística licenciado. 2019. ______. Master Practitioner em programação neurolinguística. 2019.

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COMO REALIZAR MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PARA QUE AS MESMAS SE DESTAQUEM EM SEUS SEGMENTOS

Judith Maria Gomes

“ Identificado o estágio onde a empresa se encontra, agora é hora de trabalhar e começar o plano de negócios da empresa."

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COMO REALIZAR MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PARA QUE AS MESMAS SE DESTAQUEM EM SEUS SEGMENTOS Judith Maria Gomes Morôni Kozoski RESUMO O objetivo deste trabalho é explicar e buscar ajudar as pequenas e médias empresas no seu desenvolvimento, se destacarem em seus segmentos, terem lucro e engajar os seus funcionários para que os mesmos possam trabalhar com “cabeça de dono” e alcançar as metas e objetivos da empresa. Através destes pequenos passos será possível auxiliar a empresa a mudar o Mindset da sua linha de comando e com isso enxergar as oportunidades que sempre aparecem, com a visão de tirar o foco dos problemas, pois sempre que se busca focar nos problemas, não é possível enxergar como sair das situações que o criaram. Solucionando-se os problemas com objetividade é possível alavancar a empresa para que a mesma possa conseguir ter mais sucesso e ser mais produtiva. A proposta é que para uma empresa mudar, primeiro o empresário precisa alterar sua forma de pensar e agir para que cresça junto com a empresa. E esse trabalho irá mostrar como é possível realizar essa mudança, para que se tenha a empresa que deseja. Palavras-chave: Empresas. Sucesso. Empresário. Mudança. Mindset. Lucro. Planejamento Estratégico. Plano de Negócios. INTRODUÇÃO Uma coisa muito importante para começar a entender como fazer uma empresa desenvolver e crescer é entender o conceito e a diferença entre empreendedor e empresário. Segundo Sulivan França, em seu livro Lucro Certo – Editora Gente, 2019, o empreendedor é aquele que tem apenas ideias, mas não as tira do papel ou não consegue ter lucro e ganhar dinheiro com sua ideia. Já o empresário é aquele que além de colocar a sua ideia em prática, consegue pensar estrategicamente, transformando essa ideia em um negócio que tem lucro, que as outras pessoas compram. Segundo Michael E. Gerber, em seu livro O Mito do Empreendedor – Editora Fundamento, 2011, toda a pessoa que abre uma empresa para se

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livrar do patrão, ou porque ama o trabalho técnico que executa hoje para outra empresa; acredita que poderá ter sucesso se abrir uma empresa para fazer o que ama ou tem o dom de fazer. Tem ainda quem passou por algum momento difícil em sua vida e acredita que abrir uma empresa é a solução para os seus problemas, mas não consegue pensar como empresário. E o pior, nenhuma dessas três pessoas acima tem conhecimento de negócio ou experiência com uma empresa, acaba se deparando com três personalidades diferentes e que talvez ele não conhecia que são: o Empreendedor, o Administrador e o Técnico. E quando todas as três querem mandar, o problema se agrava. As três personalidades são muito importantes e essenciais para o sucesso de um negócio, porém elas precisam estar equilibradas. Segundo Napoleon Hill em seu livro As 16 Leis do Sucesso, Faro Editorial, 2017, se você quer ter sucesso no que você faz é importante amar o que faz. Imagina você abrir uma empresa de algo que não gosta e não te dá prazer; na primeira crise ou primeiro problema, você irá desistir e não terá forças para continuar, pensar e ter ideias novas do que pode fazer para superar aquela situação e progredir. Porém como o Sulivan França diz, é sim necessário amar o que faz, porém, sem viver uma paixão cega. Você precisa colocar metas para o crescimento e desenvolvimento da sua empresa e prazo para que isso seja alcançado. Caso não esteja conseguindo o resultado que almejou, ter pensamento crítico, discutir, se for necessário, e fazer o que fazer o necessário para mudar e com isso fazer a empresa crescer. Muitos que tem uma paixão cega por sua empresa, não enxergam, ou não querem enxergar quando a mesma não vai bem, ou quando os clientes não estão satisfeitos. Por não enxergar isso, não fazem nada para mudar, pois acreditam que estão certos, sua empresa é perfeita, então não precisam mudar em nada e com isso quebram e depois nem conseguem entender o que aconteceu, ou o que eles fizeram de errado para chegar a esse fim. Como o Sulivan França diz em seu livro Lucro Certo, é muito importante fazer um bom processo de contratação. As vezes o colaborador deixa de executar algumas tarefas ou diminui sua performance no trabalho não por falta de motivação ou vontade, mas muitas vezes por não ter a !74


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competência necessária para aquela função. Então a culpa não é do colaborador e sim do Gestor que fez uma contratação errada ou não está treinando o seu profissional para que o mesmo esteja engajado em suas atividades e tenha a famosa “cabeça de dono”. Isso é muito importante também para um bom andamento e crescimento da empresa. Para uma pessoa que nunca teve uma empresa, este nunca foi um empresário; mas pode sim ser um empreendedor. Para ser empresário ele precisa aprender a equilibrar as três personalidades que irão aparecer quando o mesmo abrir uma empresa. Mas se a pessoa tem amor por uma determinada atividade e gostaria de abrir uma empresa, é possível ter sucesso? O que essa pessoa deve fazer para conseguir equilibrar essas três personalidades, engajar seus funcionários a trabalhar com “cabeça de dono” e não correr o risco do seu amor pela empresa se tornar uma paixão cega, que não o deixa enxergar os problemas ou mudanças que são necessárias serem feitas? O profissional de Business Coaching pode ajudar essa pessoa desde a implantação da sua empresa, até o desenvolvimento da mesma. No caso da empresa não se encontrar em uma fase boa, esse profissional pode ajudá-lo a alavancar essa empresa, porém o mais importante é a mentalidade do empresário, o mesmo precisa ter uma mentalidade de crescimento para que consiga alavancar e desenvolver a sua empresa, como diz a Carol Dweck, em seu livro Mindset, A Nova Psicologia do Sucesso – Editora Objetiva. O QUE É BUSINESS COACHING? Business Coaching ou Coaching de Negócios é uma modalidade do Coaching que busca aumentar o desempenho e proporcionar impactos positivos para resultados das empresas no curto e médio prazo. Como na metodologia Coaching, depende da prática do Autoconhecimento, e a partir do responsável pela empresa, faz o diagnóstico dos pontos fortes e das vulnerabilidades da empresa, ou no que ela pode evoluir. Também funciona a partir de planos de ação para direcionar a empresa às suas metas e objetivos. É muito importante entender primeiro onde a empresa se

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encontra hoje, para então identificar o que é preciso fazer para chegar onde ela quer chegar. A partir daí se pode desenvolver na empresa e em seu time, as competências e habilidades comportamentais necessárias para chegar nos resultados desejados. É importante saber que o Business Coaching não é utilizado apenas se a empresa se encontra em um momento ruim, como uma crise financeira, aumentar seus resultados que não estão satisfatórios, encontrar soluções para velhos problemas, eliminar rotinas de crenças limitantes e comportamento sabotadores que prejudicam a performance. Mas também é utilizado principalmente para quando a empresa está em um momento bom, pois sempre é possível evoluir. Então também pode ser utilizado na construção de um plano estratégico a fim de aumentar a longevidade do negócio, treinamentos e capacitações de funcionários e líderes, melhorar os processos de comunicação, relacionamentos saudáveis, além de atrair e reter talentos, formar líderes, gerenciar melhor o seu tempo, entre outros. Uma coisa muito importante é entender que quem assume o protagonismo do negócio é o coachee, não o coach, pois ele precisa agir e realizar os planos de ação estabelecidos, senão não terá resultados. O único responsável pelo sucesso do negócio é o dono do negócio, o profissional do coach só fornece as técnicas e ferramentas necessárias para garantir a boa tomada de decisão para o sucesso da empresa. MINDSET: Segundo Carol Dweck, o Mindset é a atitude mental ou mentalidade com que as pessoas encaram a vida. Está muito ligado as crenças, personalidades, talentos e inteligência. O Mindset define a relação das pessoas com o trabalho, com as pessoas, a forma como se educa os filhos e como se alcança sucesso. E ela dividiu também dois tipos de Mindset: - Mindset Fixo: pessoas que acreditam que nasceram com uma cota de inteligência que não vai mudar. E essa crença dificulta o desenvolvimento, a mudança e a aprendizagem, pois limita as realizações

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das pessoas. As pessoas que tem esse tipo de Mindset, por ter essa crença limitante; elas evitam desafios, experiências novas, com medo do fracasso, do julgamento, das avaliações ou rotulações e principalmente com medo de parecerem menos inteligente que as outras pessoas. - Mindset de Crescimento: pessoas que acreditam que sua inteligência melhora cada vez mais pela aprendizagem e que o caminho do sucesso está no resultado de seu trabalho intenso e de seu esforço. São pessoas abertas para aprender algo novo, acreditam que é possível mudar as qualidades e que o fracasso é oportunidade para crescer, sendo que o esforço é o que as torna mais talentosas e inteligentes, e as coisas podem ser aperfeiçoadas. Essas pessoas gostam de desafios, vivem uma vida de realizações e satisfações e acreditam que elas têm escolhas. Mas mesmo se a pessoa tiver um Mindset fixo, devido as crenças de infância, é possível desenvolver e alcançar um Mindset de crescimento, pois a mentalidade é um processo interpretativo que diz o que está acontecendo ao redor. Com vontade de aprender, a pessoa pode buscar constantemente o tipo de contribuição que ela pode transformar em uma ação construtiva.

AS FASES DE UMA EMPRESA: Ichak Adizes, em seu livro o Ciclo de Vida das Organizações, definiu estágios onde as empresas crescem e morrem, comparado como organismos vivos. E nessas fases da empresa, os administradores encontram desafios, como mostrado e citado abaixo em cada uma das fases: - Namoro: nesse estágio começa o amadurecimento da ideia do empreendimento. A organização ainda é um caso prestes a se tornar real. - Infância: Um dos desafios encontrados pelo administrador é a necessidade de dinheiro e de capital de giro, e o outro é o compromisso do

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fundador, se não obter dinheiro e amor pela empresa, esta mesma perecerá. Ainda tem pouca ou nenhuma diretriz e uma administração centralizadora com poucas reuniões. - Pré-adolescência ou Toca-toca:

Neste estágio, a organização se

volta para o mercado, aproveitando as oportunidades, já que há consistência de caixa e as vendas aumentaram. Porém não há um planejamento de vendas, e a empresa ainda não compartilha valores, princípios e políticas. - Adolescência: Um dos grandes desafios desse estágio é a mudança de liderança do empreendedor ao gerente profissional e podem existir conflitos entre sócios e administradores, podendo gerar divórcio entre os sócios. Na adolescência, a organização passa a dedicar menos atenção aos clientes externos e prioriza suas necessidades, tendo excesso de reuniões, sendo um desafio para o administrador disciplinar sua organização. - Plenitude: é um desafio manter a empresa nesse estágio, onde atinge o equilíbrio de autocontrole e de flexibilidade. Nessa fase há orientação para resultados, planejamento, crescimento nas vendas e pode gerar novas organizações crianças. - Estabilidade: Este é o início do envelhecimento da empresa, é um grande desafio do administrador retomar o espírito de criatividade e inovação, e incentivo as mudanças. Há perda da flexibilidade e assumem-se menos riscos, além de terem menores expectativas de crescimento, pois há maior interesse nas relações interpessoais. - Aristocracia: nessa fase os problemas começam a aparecer. Há investimento em sistemas de controle, mais do que em inovação, e com isso há uma grande formalidade, diminuindo sua fatia do mercado. - Burocracia Incipiente: há aparecimento de muitos conflitos e brigas, paralisando a organização. Ninguém quer mostrar o jogo, sendo mais importante as guerras territoriais internas. O cliente externo torna-se um

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aborrecimento. E os melhores e mais competentes membros, por serem mais temidos, são desligados ou pedem demissão. - Burocracia e Morte: Pouca funcionalidade ou descontrole, fazendo com que a organização burocrática continue vivendo em estado de coma, com poucas funcionalidades. Não há compromisso com clientes a serem horados. Os interesses políticos que mantém viva a organização, sendo que sua morte pode levar anos. Segundo Ichak Adizes, “Viver significa resolver problemas initerruptamente. Quanto mais plena for a vida, mais complexo os problemas a serem resolvidos. O mesmo se aplica as organizações. Essas fases se assemelham a organismos vivos e, como eles, estão sujeitos à mudança e aos fenômenos de crescimentos, envelhecimento e morte.”

PESSOAS NO NEGÓCIO: Para um bom andamento do negócio, é importante entender o perfil das pessoas que estão atuando dentro do negócio, desde a atividade mais simples até a atividade mais estratégica e mais complexa. O autoconhecimento e o autodesenvolvimento são os primeiros passos para alta performance e sucesso. E para entender o perfil de todos os empresários e funcionários da empresa, uma ferramenta muito utilizada é o DISC. Quando falamos de perfil comportamental das pessoas, podemos resumi-lo em quatro dimensões distintas. Posso garantir que faz toda diferença saber como utilizar essas potencialidades para descobrir quem você é e onde quer chegar em seu negócio. E para iniciar essa importante jornada de autoconhecimento, começo a explicar o conceito DISC, em que D = Dominância, I = Influência, S = eStablidade, C = Cautela. A definição DISC tem por objetivo analisar as maneiras de agir de uma pessoa, assim como suas principais habilidades e características.

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Antes, porém, é preciso entender que a personalidade de alguém se reflete na maneira como ele se comporta em certas situações. As pessoas de sucesso conhecem suas tendências de conduta e aprendem a adaptar o próprio estilo para atuar com mais eficácia em uma ampla variedade de situações. Nesse sentido, a teoria DISC permite ampliar seu autoconhecimento e desenvolver maior capacidade de adaptação. Ainda que não seja possível mudar a personalidade de uma hora para outra, sugiro que todo empreendedor separe um tempo para trabalhar o desenvolvimento dos seus comportamentos. Isso fará toda a diferença no tratamento com seus clientes, funcionários e parceiros. (FRANÇA SULIVAN, 2018, 78)

Outra coisa muito importante é saber quais as habilidades alguém, dentro de uma determinada área do negócio, precisa ter para entregar exatamente o que a empresa precisa dela. Outro ponto importante é saber quais as experiências essa pessoa precisa ter para atender as expectativas de desempenho que a empresa espera dela. É importante saber se ela traduz essas experiências e habilidades através de conhecimentos que podem ser aplicados na prática. É necessário mapear se todos os seus colaboradores possuem habilidades, experiência e conhecimento para desempenhar determinada função. É possível fazer isso criando um modelo de competências para cada um dos cargos dentro da empresa, e tendo esse modelo de competências criado, através de teste de competências, é possível identificar o que é necessário trabalhar e desenvolver em cada um dos seus colaboradores. Além disso, um ponto muito importante e ignorado por muitos negócios é o mapeamento de processos, que seria ter um guia claro das atividades que precisam ser desenvolvidas e executadas por cada uma das pessoas em cada área da empresa. Se a empresa não tiver isso muito bem desenvolvido, ela corre um risco muito grande de não conseguir armazenar conhecimento dentro do seu negócio, e quando perde um colaborador, acaba perdendo todo um ciclo de informações, todo um conhecimento e toda uma

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grande gama de atividades que muitas vezes são fundamentais para a execução do negócio. PLANO DE NEGÓCIOS: Todo negócio nasce de uma ideia. Para entender se o negócio foi ou não uma grande ideia, se ainda é uma grande ideia ou se está prestes a ser uma grande ideia é importante fazer um plano de negócios e analisar alguns itens. Existem algumas ferramentas que podem auxiliar a criar um negócio de sucesso. Como no Life Coach, em Business Coaching também é importante definir o que você quer para o negócio. Qual a meta, qual o projeto, o sonho, qual a ideia para que o negócio seja concebido? Porém diferente do Life Coaching, em Business Coaching você precisa definir o que o negócio proporciona para os clientes, o que ele irá ofertar, o que irá entregar ou contribuir para a sociedade? E como no Life Coaching também é importante definir indicadores para saber quando a empresa / negócio conseguiu alcançar o objetivo ou, se está no caminho correto para alcançar o objetivo. Uma ferramenta muito boa para realizar esse trabalho é a Estratégia Disney, que é uma forma de organizar o pensamento para melhorar a capacidade de alcançar metas e sonhos. Nessa técnica de PNL, descrita no livro de Robert Dilts, é submetido uma grande ideia ou o plano de negócios perante os três estilos diferente de pensamento para se assegurar de que a ideia está abrangente, realista e robusta. A melhor maneira de explicar como funciona a estratégia Disney é citando um comentário feito por um de seus animadores: “... haviam na verdade três diferentes Walts: o sonhador, o realista e o crítico. Você nunca sabia qual deles viria para a sua reunião.” Na fase sonhador, é preciso entender o “Querer”, estabelecer novas metas e ganhos com a ideia, citando um quadro do projeto realizado. Na fase Realista, será identificado o “Como Fazer”, especificando o objetivo, em termos positivos, para operacionalizar o sonho, implantar e realizar o

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objetivo, estabelecer parâmetros de tempo e marcadores de progresso, certifica-se de que pode ser iniciado e mantido pela pessoa ou grupo adequado e de que o progresso pode ser avaliado por dados sensoriais. E na fase Crítico, verificar a “Chance para fazer”, identificando possíveis elos perdidos, pontos fracos, ameaças, falhas e desafios e problemas com o intuito de melhorar o planejamento e a implementação do projeto. Após utilizar essa estratégia é importante utilizar a ferramenta SMART para definir claramente a meta para o negócio. Feito isso, uma outra ferramenta muito importante e que irá auxiliar a estruturar o negócio, ter clareza e começar o passo a passo para o negócio alavancar é utilizar o CANVAS. Foi introduzida no mercado através do livro Business Model Generation (A geração do Modelos de Negócios), criada por Alexander Osterwalder. Possui nove elementos principais de um modelo de negócios CANVAS, a fim de criar e reinventar empresas, fortalecendo e melhorando seu desempenho. Com a implementação do CANVAS nas empresas é possível criar ou melhorar os produtos ou serviços de um empreendimento, definindo estrategicamente os principais elementos envolvidos na agregação de valor para o atendimento de clientes específicos. O quadro CANVAS é geralmente feito sobre uma folha de papel que é dividida em nove sub quadros ou blocos, cada um representando os componentes do modelo de negócios. Assim é possível identificar de forma rápida e visual os pontos principais do empreendimento, a relação entre eles e levantar as lógicas que a empresa pretende usar para ganhar dinheiro. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: David Norton e Robert Kaplan criaram o conceito de Balanced Scorecard (também conhecido pela sigla BSC), com o objetivo de apresentar um modelo de gestão estratégico em que a medição de resultados e definição de objetivos fugisse do tradicional uso de indicadores financeiros, de faturamento ou mercado. É uma metodologia para definir estratégias e fazer planejamentos de uma forma muito mais ampla e abrangente, que auxilia na

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mensuração dos progressos das empresas rumo às metas de longo prazo, a partir de estratégia em objetivos, indicadores, metas e iniciativas estratégicas. Planejamento estratégico não é algo apenas para empresa grande, mas é algo a ser feito para que a empresa se torne grande. E no seu livro A Estratégia em Ação – Balanced Scorecard, ele fala de quatro pontos básicos para que o negócio aconteça e possa prosperar e para que os resultados comecem acontecer, e são eles: - Perspectiva Financeira: todo negócio existe para suprir uma perspectiva financeira, ou seja, quanto precisa ser arrecadado mensalmente para que se cubra os custos e atenda a perspectiva de todos os envolvidos no negócio, ou seja, qual é a receita que é preciso gerar para que atenda a expectativa de todos os envolvidos, sócios, todos que tenha participação no negócio. - Perspectiva do Cliente: se o cliente não tiver as expectativas dele atendidas, dificilmente a empresa terá sua perspectiva financeira atendida ou superada. Então seria o que o cliente valoriza ou espera do negócio, produto ou serviço entregue. Quais são as necessidades, as dores e as frustações do cliente que é possível atender e suprir essa necessidade. - Perspectiva de Processos: seria os processos que precisam acontecer diariamente, semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente e todos esses processos precisam contribuir para atender da melhor maneira possível a perspectiva do cliente. - Perspectiva das Pessoas: seriam as pessoas envolvidas no negócio. Qual a perspectiva das pessoas e da empresa com relação as pessoas? Quando se fala da perspectiva das pessoas, é o que elas esperam do negócio, da empresa; e a perspectiva da empresa seria o que a empresa espera das pessoas envolvidas no negócio. E como foi falado acima, isso seria o guia claro de atividades. !83


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Quando as perspectivas das pessoas são atendidas, isso irá contribuir para que se tenha a perspectiva de processos, tendo excelentes processos acontecendo. Isso acontecendo, atenderá a perspectiva de clientes, que em contrapartida atenderá a perspectiva financeira. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para realizar mudanças significativas em pequenas e médias empresas para que as mesmas se destaquem em seus segmentos, primeiro é necessário um autoconhecimento, tanto das pessoas que estão dentro do negócio, para que seja feito uma boa contratação e um bom desenvolvimento de todos os envolvidos no negócio; como é necessário também que se tenha o conhecimento de onde a empresa está, em que fase a mesma está nesse momento para identificar o que é possível fazer para mantê-la nessa fase, caso a mesma esteja na plenitude; ou muda-la de estágio, para que a mesma se desenvolva e possa crescer. Identificado o estágio onde a empresa se encontra, agora é hora de trabalhar e começar o plano de negócios da empresa. A estratégia Disney irá ajudar o empresário a identificar se o projeto ou ideia é um ótimo projeto e vale a pena, caso esteja começando a empresa ou expandindo a mesma. Mas também vale para validar o projeto em andamento, e verificar onde pode melhorar para que a empresa se desenvolva. O CANVAS irá auxiliar, em apenas uma folha, para que o empresário possa entender todo o seu negócio, e saber como fazer para atrair mais clientes para o seu negócio, quais são seus parceiros primordiais, saber fazer uma oferta de valor e entender o que é valor para o seu cliente e com isso ter um bom relacionamento com o mesmo, além de entender suas fontes de custo e receitas. E por fim, com um planejamento estratégico elaborado corretamente, o empresário saberá onde e como ele precisa desenvolver as pessoas em seu negócio para que as mesmas tenham aprendizado e

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conhecimento necessário para o crescimento da empresa; desenvolvendo as competências necessárias de cada membro da empresa. Isso irá contribuir para que haja ótimos processos acontecendo na empresa e a satisfação dos clientes seja a prioridade, e seja atendida, pois se isso acontecer, a perspectiva financeira de todos os envolvidos na empresa irá ser atendida. Então é necessário trabalhar todos os quatro itens do planejamento estratégico para que a empresa tenha o sucesso que o empresário deseja e espera que tenha. Mas tudo isso não será possível se os sócios não fizerem a sua parte e seguirem corretamente os planos de ação. Os mesmos precisam ter Mindset de Crescimento para que consigam ter sucesso e resultado positivo em suas empresas.

REFERÊNCIAS ADIZES, Ichak. Ciclo de Vida das Organizações. Pioneira Editora, 1990. DILTS, Robert. A Estratégia da Genialidade: Aristóteles, Wolfgang Amadeus, Mozart, Sherlock Holmes e Wall Disney. Summus Editorial, 1998. DWECK, Carol. Mindset, A Nova Psicologia do Sucesso. Objetiva Editora, 2017. FRANÇA, Sulivan. Lucro Certo. Editora Gente, 2019. GERBER, Michael E. O Mito do Empreendedor. Editora Fundamento, 2011. HILL, Napoleon; PETRY, Jacob. As 16 Leis do Sucesso. Objetiva Editora, 2017. KAPLAN, S. Robert; NORTON, P. David. A Estratégia da Ação – Balanced Scorecard. Editora Campus, 1997. OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business Model Generation – Inovação em Modelo de Negócios. Editora Jonh Wiley Trade, 2010.

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Coaching uma ferramenta colaborativa para uso no conflito da separação ou resgate da relação

Patrícia Henriques de Medeiros

"A riqueza do processo de Coaching consiste em gerar ref lexão ao cliente…"

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Coaching uma ferramenta colaborativa para uso no conflito da separação ou resgate da relação Patrícia Henriques de Medeiros Morôni Kozoski RESUMO O Coaching vem crescendo muito nos meios corporativos e pessoais. O objetivo dessa pesquisa foi responder as seguintes questões: “Como identificar pessoas com necessidade de utilizar as técnicas de Coaching para evitar desgastes emocionais e financeiros?” e “Seria possível avaliar um objetivo tão especifico nas sessões de Coaching, e obter resultados duradouros?”, buscar respostas e comprovar que as sessões de Coaching, aplicados para pessoas com problemáticas em seus relacionamentos afetivo, evitariam desgastes de uma separação conflituosa ou até mesmo resgatar o relacionamento, quando possível. Desta forma refletir soluções para os problemas conjugais de forma consciente e sem traumas para o casal e para os filhos. Evitando processos de divórcios dolorosos e futuros traumas para os envolvidos. Houve duas técnicas utilizadas nas pesquisas, uma pesquisa com público que participou das sessões de Coaching e outra pesquisa com um questionário online sobre a temática desse artigo. Em ambas as pesquisas ficou caracterizado a aceitação e, em alguns casos, a necessidade das sessões de Coaching para que o Coachee tivesse autoconhecimento e discernimento necessário para tomar a decisão assertiva. O resultado demonstrou que o processo foi satisfatório para todos os participantes, e houve detalhamento nas sessões presenciais. Palavras-chave: Relacionamento. Coaching. Separações. Traumas. Conflitos. 1. Introdução A literatura de Coaching vem-se tornando uma biblioteca e diversifica nas diversas áreas de atuação pretendida. Já existem Coachings em diversas áreas de atuação, dentre elas destacam-se: relacionamento, treinamento, atividade física, empresas, concursandos, estabilidade financeira e divórcios. A riqueza do processo de Coaching consiste em gerar reflexão ao cliente, levantar com ele seus valores, suas crenças, simular hipóteses para que ele, ao avaliar e pesar todos os prós e contras de sua relação, tome a decisão mais assertiva. Para estabelecer um parâmetro entre essa “profissão”, que ainda é relativamente nova, mas que está crescendo vertiginosamente, e lincar com os

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possíveis clientes, foi feita uma pesquisa quantitativa e qualitativa, além de sessões presenciais. Com o crescimento do coaching no mundo e no Brasil, vários nichos são identificados e com isso a possibilidade de se tornar um especialista torna-se foco de vários profissionais de COACH. Cita-se Tomy Robbins, pioneiro no Life Coaching de Resultados, que se destacou por usar a PNL como ferramenta principal e obteve resultados destacados nos mais de 40 anos de atuação. Neste estudo, em especial, estudam-se as relações afetivas, casamentos, namoros, famílias constituídas com filhos e outras formatos advindos com os divórcios, constituições de novos ambientes, relacionamentos homoafetivos e agregados de outros relacionamentos. A busca pela especialização nesse segmento deve-se em especial por experiências vivenciadas ao longo do tempo e por perceber que a falta do autoconhecimento causam prejuízos a “várias pessoas, e não somente aos envolvidos na separação. Ao concluir a formação do curso de Coaching e participar da mentoria de alguns egressos, ficou mais evidente que o tema deste artigo é de fato mais solicitado do que se imagina. Todos os processos presenciais foram realizado numa plataforma online, que possibilitava ao Coach e Coachee interação com relação às demandas e atividades propostas. A plataforma utilizada para acompanhar foi a Trello, e nela foi possível captar as informações que originaram a pesquisa. Houve a contribuição dos Coachees por meio de depoimentos e pelo histórico das sessões acompanhadas e concluídas. 2. Objetivos Diante do material, o objetivo é defender que o Coaching pode ser aplicado antes ou durante o processo de separação, pois assim preparam-se os casais para sustentarem uma decisão madura e consciente do término ou resgate dos seus relacionamentos. O que realmente define a sessão de Coaching no campo do relacionamento é a simulação das visões do Coachee. A riqueza do processo de Coaching consiste em gerar reflexão ao cliente, levantar com ele seus valores, suas crenças, simular hipóteses, para que ele, ao pesar todos os prós e contras !88


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de sua relação, tome a decisão mais acertada. (Patrícia Camargo, 2012) Projetar sua realidade mostrando o que pode ocorrer com a tomada de decisão, a devida validação pode ser prejudicial não somente para o casal, mas para todos os familiares envolvidos, em especial os filhos. 3. Metodologia da Pesquisa Ao realizar as sessões com 4 (quatro) clientes, que nomearemos por Ágata, Jade, Rubi e Citrino, será apresentado aqui a importância de processo detalhado. Além dos relatos das sessões acompanhadas, houve também uma pesquisa na plataforma surveymonkey, com base na hipótese, obteve-se os resultados e assim algumas confirmações para promover o artigo. A pesquisa aplicada, levou em consideração à natureza, qualitativa quanto à abordagem do problema, descritiva e exploratória quanto aos objetivos, e pesquisa bibliográfica e documental quanto aos procedimentos técnicos. 4. Motivação para o Estudo Ao desenvolver esse trabalho me baseei em perguntas que pudessem responder os objetivos e subsidiar de informações e gerar assim a conclusão. Aprimorar uma metodologia de trabalho que possa ser utilizada para sanar problemas emocionais, traumáticos e que geram doenças relacionadas ao relacionamento – depressões, traumas e síndromes diversas – que impedem ou atrasam os envolvidos a seguirem adiante com novos projetos. Portanto ao acompanhar alguns coachees, utilizando as perguntas que são às bases das seguintes hipóteses: •Como identificar pessoas com necessidade de utilizar as técnicas de Coaching para evitar desgastes emocionais e financeiros? •Seria possível avaliar um objetivo tão especifico nas sessões de Coaching, e obter resultados duradouros? Para responder a essas perguntas e tentar entender o aumento significativo nos processos de separações dos últimos anos, “até que a morte os

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separe”, essa frase já está um pouco clichê, afinal, quando o amor acaba ou fica abalado e não há alternativa, homens e mulheres decidem pela dissolução do casamento. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram concedidos 344.526 divórcios em 2016. Houve um aumento de 4,7% na comparação com 2015, quando foram registradas 328.960 separações, segundo Daniel Amaro (2018) no site Edição do Brasil. No desenvolver do trabalho, aprofundou-se em definir o objetivo das sessões em, vontade de obter ou não a separação, partia por uma das partes e essa parte realizou o atendimento com um Coach para promover seu autodesenvolvimento e assim obter a melhor decisão sobre o seu objetivo. Em visitas a escritórios de advocacia percebe-se as crescentes causas de ações ligadas ao divórcio. Muitas vezes prematuramente e voltada para conflitos do ego. Fato que pode compor novo material de estudo. Como orientação bibliográfica para a realização deste estudo, foram consultados autores com obras sobre gestão de pessoas, liderança, trabalho em equipe, coach, coachee, coaching, leader coach, planejamento, cultura, aprendizagem e desenvolvimento humano. 5. Referencial Teorico

A técnica de coleta de dados, de acordo com Selltiz et al. (1972) e Sampieri et al. (2006), dá ao pesquisador a liberdade de determinar sua forma de pesquisa e a estrutura das perguntas que devem ser abrangidas. No enfoque qualitativo, os dados são coletados por diferentes meios: observações, sessões em profundidade, pesquisas e entrevistas. No presente trabalho as técnicas abordadas foram sessões e pesquisa online. 6.Porque escolher coaching como ferramenta de suporte Na década de 80, o coaching surgiu nos Estados Unidos como uma atividade profissional. No início era confundida com consultoria, assessoria ou aconselhamento por profissionais que tinham uma habilidade específica e

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inspiravam confiança ao se deparar com as conversas com o cliente. O crescimento e ramificação das especialidades de Coaching também merecem destaques. A mídia promove divulgação por seus diversos programas e incentiva cada vez mais o público a buscar essa nova ferramenta. O coaching desde essa época tinha o papel de promover mudanças nos comportamentos e quebrar de certa forma a rigidez dos processos administrativos. Moura (2007) citou que “falava-se muito sobre ele mais na prática não era exatamente o que se fazia”. Segundo O'Neill (2001), “esse processo apoia o cliente na busca pelas suas aspirações e desejos por meio do desenvolvimento das próprias habilidades que possuí, identificando-as e promovendo a identificação e realização de suas metas”. O Life Coach significa coaching de vida, ou seja, serve para ajudar o coachee a resolver questões sobre a sua vida, não apenas a pessoal como também a vida profissional. Veneri (2017), afirmou “é uma abordagem em que o cliente trabalha com esses diferentes setores, como problemas familiares, de comportamento, relacionamentos amorosos e emagrecimento”. Diante de um Coachee com a necessidade de criar um plano de ação para seu relacionamento, ter o registro de sua evolução numa plataforma de atendimento e ferramentas que possibilitam, o Coachee passa a ter uma visão de futuro e buscar entendimento e certeza para suas escolhas, é essencial para acompanhar o progresso. A principal pergunta neste estudo é “Como o processo de Coaching pode ajudar a evitar desgastes emocionais e financeiros em conflitos de relacionamentos?”, a resposta estará na caminhada e construção das sessões para que a própria Coachee chegue a sua resposta. Vejamos parte do artigo do Sulivan França: O coaching de vida implica em apoiar o coachee (cliente) a descobrir, criar e sustentar o que ele mais quer e, profundamente, deseja para sua vida. O processo de coaching realmente suscita quando coach e coachee (cliente) estão dispostos a dar o melhor de si para o relacionamento de coaching.

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A partir deste ponto, o coach obtém informações com base em investigações profundas acerca dos valores e crenças do seu cliente que, anteriormente, não haviam sido acessadas pelos seus clientes e possivelmente não fariam sozinhos (ou levariam um enorme tempo para isso). Em nossa cultura, somos orientados à subordinação. Em outras palavras: raramente somos incentivados a empreender e isso, muitas vezes, faz com escutemos frases do tipo: "Baixe a sua bola!", "Quem você pensa que é?" ou "Ninguém nesta família jamais conseguiu. Acha que você vai conseguir?" Em nossa cultura e em nossas famílias, a maioria recebe mensagens muito mais de pressão. Assim, somos inconscientemente convidados a ficar ou permanecer pequenos, em vez de procurarmos o nosso sol ou até mesmo a fazer com que nossa estrela brilhe. Nossa cultura tende a enfatizar o que precisa ser corrigido (o que é um foco negativo), e não no que funciona melhor (que é um foco positivo). Como já é corriqueiro em nossa sociedade, tendemos a nos concentrar no que está errado. Logo, desenvolvemos este foco negativo sem dar muita atenção a tudo o que é certo, o que seria um foco positivo.(FRANÇA, SULIVAN, 2001)

No início das atividades de Coaching existia um certo preconceito e muito se falava para não misturar o Coaching com terapia. Buscar no Coaching uma forma de desenvolver o seu objetivo pessoal e enxergar nele o foco positivo. 7. Sobre Os Estudos e Pesquisas Aplicadas Para O’Neill (2001) “a essência do coaching é ajudá-los a compreender os chamados “problemas” e auxiliá-los para converter o que aprenderam em pontos positivos para a organização ou para o fim que o coaching foi proposto.” O desafio é fazer com que a pessoa se sinta comprometida em atingir os limites de competência e aprendizado, desenvolvendo a capacidade de controlar a ansiedade em momentos difíceis ou conflituosos. Para melhor entendimento dos resultados da aplicação do questionário, faz-se necessária uma narrativa de como ocorreu o processo de Coaching com cada um dos coachees que participaram deste estudo. Os nomes são fictícios para manter o sigilo dos clientes, sendo: Ágata, Jade, Rubi e Citrino. 7.1 Estudo de Caso I – Ágata

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Ágata, casou-se muito nova e ficou seu primeiro ano de casada morando na boleia do caminhão com o marido e a filha recém-nascida. Depois de um tempo, resolveram montar uma casa e ela se tornou dona de casa e teve mais um filho. Seu marido, caminhoneiro, não possuía uma agenda tranquila, passava boa parte do mês em viagens, trabalho que ele gosta muito. Para conseguir suprir a ausência do marido, Ágata resolveu buscar uma formação no ramo de estética e montou seu salão de beleza. Eis que a distância e cobranças começaram a surgir e o desgaste do casamento evoluiu. Separaram-se de casa, mas o marido não queria a dissolução do casamento. Ágata conheceu uma Coach, que também era sua cliente, e juntas trocaram o serviço. Ágata iniciou suas sessões com o objetivo de encontrar a resposta para sua pergunta: definir se daria continuidade ao seu divórcio ou buscaria o resgate do seu casamento. As sessões foram conduzidas na plataforma Trello e acompanhou-se o desenvolvimento de Ágata, que em 3 sessões definiu que buscaria o resgate. Foram usadas ferramentas para identificar os bloqueios do casamento, as crenças limitantes do casal e a falta de incentivo para o crescimento pessoal da esposa e do marido. Ágata concluía todas as tarefas e envolvia seu marido nas atividades em comum. Reconquistaram o interesse comum e o respeito pela conquista individual. No total, foram realizadas 10 sessões, com o resultado satisfatório para o casal e para o relacionamento. 7.2 Estudo de Caso II - Jade Nossa segunda Coachee é a Jade, casada há mais de 18 anos, um filho adolescente e com desgaste no relacionamento há muitos anos. O objetivo de Jade também era identificar se deveria permanecer casada ou se daria um basta. Jade e o marido não estavam compartilhando o mesmo quarto há mais de 5 meses, e percebiam que o casamento estava por um fio.

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Iniciou-se a sessão usando ferramentas para avaliar a situação atual da Coachee, sua energia e força de vontade. Muito desgaste, falta de diálogo e objetivos não alinhados. Montou-se um plano de ação para projetar a visão de futuro em dois cenários: estar casada e não estar casada. As sessões começaram a simular o cenário atual e um possível cenário com o divórcio.

Em 4 sessões a Coachee, identificou que queria resgatar o

casamento e, assim, iniciou um investimento para promover a mudança necessária para o casal. Mudar totalmente a visão passada e ressignificar. No final das 10 sessões, houve um maravilhoso depoimento da Jade, envolvida e novamente apaixonada pelo marido. “O esforço para encerrar o relacionamento é o mesmo empregado para resgatar, depende unicamente do envolvimento do casal nesse projeto. Todos ganham e um milagre acontece – tudo vai ficar bem!” - essa foi uma das falas da Jade com sua satisfação ao final do processo de Coaching. 7.3 Estudo de Caso III - Rubi Apresenta-se o terceiro estudo de caso sobre o relacionamento da Rubi, que estava muito desgastado. Numa primeira sessão, ela não sabia qual era o seu objetivo, mas na segunda sessão destacou que queria resgatar o casamento. O casal não possui filhos, o marido não tem emprego fixo, trabalha em casa. Rubi trabalha com crianças. O casamento teve vários episódios de violência verbal e ela citou violência física contra o marido. Ele tem o vício da bebida e já ficou dias fora de casa. As sessões não foram tão produtivas, pois Rubi tinha dificuldades em cumprir tarefas e assim não se desenvolvia conforme seria necessário. Rubi precisou buscar um suporte emocional primeiramente, pois detectou-se, nas sessões de Coaching, que Rubi tinha problemas com algumas histórias do seu passado e, por isso, precisaria de atendimento com psicólogo e psiquiatra. Houve 5 sessões com a Rubi e, neste período, ela relatou melhoras no relacionamento conjugal.

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7.4 Estudo de Caso IV - Citrino Citrino, Coachee do sexo masculino, iniciou o seu processo de Coaching com dois objetivos: o primeiro era buscar o resgate do seu casamento, pois os conflitos e desgastes já estavam presentes em grandes proporções e ele queria tentar resgatar a confiança da esposa; a outra questão era sua vida profissional - precisava dar uma virada em seu futuro profissional, pois era também um dos fatores que gerou o desgaste no matrimônio. As sessões foram focadas no primeiro objetivo, pois assim teria estabilidade emocional, para depois atuar com o segundo objetivo. A esposa do Citrino não quis se envolver no processo e por isso não participou das atividades propostas para o casal. Então, buscou-se investir no segundo objetivo e tentar mostrar à esposa que Citrino estava investindo em seu futuro com a mulher e os filhos do casal. Citrino concluía as atividades com dedicação, relatava suas dificuldades em casa e se mostrava envolvido em todas as atividades. A mudança de Citrino era notável nas sessões. Entre a última e penúltima sessão, Citrino resolveu se afastar da esposa e assim deixar as coisas encontrarem a solução adequada, uma vez que a mulher deixava bem claro que era o seu desejo. Porém, foi uma tomada de decisão consciente e sem desgastes agressivos, fato que permitiu um diálogo amigável para melhor ajustar os itens práticos da separação. Ao final, ele destacou que o novo Citrino surgira depois das sessões com força e serenidade para tomar aquela decisão. Conclusão dos estudos de casos Com as pesquisas realizadas, percebe-se que existem muitas dúvidas ao tomar essa importante decisão. O que está proposto e pesquisado neste arquivo poderá evitar términos prematuros de relacionamentos, violências e promover relacionamentos duradouros e felizes. Como resultado, foi possível verificar que os estudo apresentam alinhamento entre as experiências vivenciadas pelos pesquisados. Os resultados dessa pesquisa são baseamos em fatos e relatos. !95


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O caso Agata demonstrou que a separação poderia ser a melhor solução, desde que fosse bem avaliada e com o devido respeito a todos. Observou-se o sofrimento não somente do casal, mas em especial dos filhos. Todos ainda perdem a estabilidade emocional, financeira e afetiva. O caso Rubi demonstrou que não existe ação sem envolvimento. As sessões fazem parte de uma nova rotina, se o Coachee não se envolver com o seu objetivo o Coach não consegue seguir adiante e neste caso concluíram o processo em qualquer etapa. No caso Citrino, percebe-se que não existe milagre se não houver oração! Saber que o processo pode amenizar o sofrimento é também fundamental para reiniciar uma nova caminhada. O envolvimento dos Coachees e de seus parceiros (a) foi fundamental para que houvesse mudança não somente na relação, mas também na vida de todos os envolvidos. Em especial dos filhos, na maioria dos casos. Tendo como base os benefícios desse processo demonstrados no quadro abaixo, segundo os maiores autores sobre esse tema, desde 1996: Conforme explicitado pelo quadro acima, o maior benefício das sessões de Coaching, percebido dentre os autores pesquisados, é o do autoconhecimento. O que reforça a necessidade de se preparar e saber responder as questões que possam gerar o conflito, após uma decisão tempestiva. Como benefícios apontados pelos entrevistados, o coaching foi capaz de aumentar a sensibilidade interpessoal e a percepção sobre os outros, além de aumentar os níveis de autoconhecimento e habilidades de comunicação. Os motivos apontados como diferenciais para o alcance desses resultados foram engajamento dos participantes na busca pelo aprendizado (mesmo aqueles que não estavam tão engajados foram capazes de reconhecer os benefícios gerados) e o relacionamento personalizado e sensível oferecido pelo Coach. Referências Bibliográficas AMARO, Daniel. Matéria do site “Edição do Brasil” disponível em: http://edicaodobrasil.com.br/2018/03/28/numero-de-divorcios-nopais-cresce-47-em-um-ano/, acessado em 16/04/2019 CAMARGO, Patrícia. Visita ao site para pesquisar conteúdo disponível: https://coachingepsicanalise.com.br/separacao-vista/ acessado em 16/08/2019.

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FERREIRA, Marcos Aurélio de Araújo. Coaching: um estudo exploratório sobre a percepção dos envolvidos: organização, executivo e coach. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-14012009-152323/en.php acessado em 16/04/2019. KOPPE, Cássio Pacheco. Desenvolvimento de pessoas por meio do processo de coachinging. Monografia apresentada na disciplina de Trabalho de Curso II, do Curso de Administração de Empresas, do Centro Universitário UNIVATES, como parte da exigência para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas, 2015. MAGGIE, João. Coaching: O guia essencial para coaches e líderes. Portugal: Lua de papel, 2018. MARQUES, José Roberto. Visita ao site para pesquisar conteúdo disponível: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/coaching-parasuperar-o-divorcio/ acessado em 16/08/2019. PINTO, Débora Ferreira Couto. COACHING EXECUTIVO: uma análise de efetividade a partir da percepção de coachees do Distrito Federal. Monografia apresentada ao Departamento de Administração como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração.2015. SAMPIERI, R.H.; COLLADO, C.F.; LUCIO, P.B. Metodologia de Pesquisa. 3ª Ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006. SOUZA, Márcia Feijó de. O coaching executivo sob o olhar da aprendizagem transformadora. Disponível em: http:// tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/3689 acessado em 16/04/2019. ROBBINS, Antonny. Visita em 23/09/2019 no site: https://www.tonyrobbins.com/coaching/results-coaching/. SURVEYMONKEY. Plataforma de pesquisa, link da pesquisa do trabalho: https://mobile.surveymonkey.com/web/surveys/174616726/ analyze?from=summary, acessado em 01/09/2019. Vieira, Ana Lúcia da Costa. Coaching: caraterísticas do coach e benefícios do coaching para o cliente. Disponível em http:// recipp.ipp.pt/handle/10400.22/3093 acessado em 16/04/2019.

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ZANUTO, Lisandra. Visita ao site para pesquisar conteúdo disponível: https://www.lisandrazanuto.com/ acessado em 16/08/2019

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PROJETO DE VIDA NA ESCOLA: FERRAMENTAS DE COACHING APLICADAS À EDUCAÇÃO

Tamar Rabelo de Castro

"A educação sempre esteve presente para enfrentar os desafios que cada época impõe."

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PROJETO DE VIDA NA ESCOLA: FERRAMENTAS DE COACHING APLICADAS À EDUCAÇÃO Tamar Rabelo de Castro Morôni Kozoski RESUMO Este artigo apresenta uma experiência de aplicação das ferramentas e princípios do Life Coaching na formação continuada de profissionais da educação, com a finalidade de oferecer ferramentas como suporte para novas metodologias de trabalho com Projeto de Vida na escola. Parte da necessidade da sistematização de planejamentos educacionais que visem ao fortalecimento dos jovens frente aos desafios que enfrentam, a fim de se projetarem para um futuro com mais assertividade em suas vidas. Tem também um foco no fortalecimento dos professores diante dos desafios da profissão. O presente trabalho emerge da necessidade do profissional que se lança ao desafio de construir um percurso de aprendizagem para a preparação do jovem que se encontra na fase de escolhas para a vida em um mundo instável e imerso em constantes e rápidas mudanças. Este artigo se fundamenta nas implicações que a Quarta Revolução Industrial trazem sobre a vida no Século XXI, conforme propõe Klaus Schwab, aponta a necessidade da Educação Formal de buscar saídas, como aparece na nova Base Curricular Nacional – BNCC e traz princípios do life coaching, quando propõe a vivência de ferramentas para que os profissionais possam construir seus próprios projetos de vida, provocando a reflexão sobre o papel do educador na condução de jovens e crianças a encontrarem seus caminhos de forma autônoma e com protagonismo nas suas vidas. Palavras-Chave: Educação. Life Coaching. Projeto de Vida. INTRODUÇÃO Este trabalho tem o objetivo de apresentar a experiência vivenciada no curso de formação continuada Construindo novos caminhos – Projeto de vida na escola, que foi elaborado para professores com dois focos principais: um no profissional da educação e seu fortalecimento emocional, pois conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 a depressão será a segunda maior causa de afastamento do trabalho; e outro no estudante e suas necessidades de organização, gestão da emoção e planejamento de vida, uma vez que segundo perspectivas do Fórum Mundial, nos próximos 10 anos estaremos lidando com profissões que sequer imaginamos hoje. !99


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Aliado a estas questões, a Base Nacional Curricular Comum - BNCC, publicada em 2018 traz “dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento” (BNCC,p.8) do estudante, trazendo uma proposta de trabalho pedagógico que seja capaz de incentivar e desenvolver as competências voltadas para a autonomia e reflexão a partir dos conhecimentos adquiridos, para que o estudante seja capaz de desenvolver seu Projeto de Vida com cuidado de si mesmo, do outro e do planeta. Neste sentido, o desafio que se impõe é grandioso, pois é importante ressaltar que a sociedade global passa por uma revolução denominada por Schwab de a Quarta Revolução Industrial, a qual tem transformado a forma de pensar, sentir e agir das novas gerações, que estão entrando num mundo disruptivo, no qual tudo que havia como fixo e definitivo está se tornando cada vez mais transitório e desafiador. É neste bojo de mudanças, que surge o curso Construindo Novos caminhos – Projeto de Vida na escola, na Subsecretaria de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação – EAPE, que teve sua primeira versão no segundo semestre de 2018 com o nome de Abrindo novos caminhos – a importância de se trabalhar projetos de vida na escola. Este curso foi criado para a formação continuada de professores da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – doravante denominada, neste artigo, de SEDF, ofertada, desde sua primeira versão, e agora na terceira oferta, pela professora Tamar Rabelo de Castro, como parte de suas atribuições como professora. O presente artigo irá delinear o Projeto de Vida a partir das premissas da BNCC e do autor William Damon, que trata da importância do Projeto de Vida para a Juventude; apresentará as implicações do uso das ferramentas de Life Coaching na formação continuada dos professores, com a finalidade de vivenciar um processo metodológico que passa pela auto percepção, auto análise, percepção de propósito para a vida, descoberta de talentos e forças, para então passar ao processo de planejamento – escolha de alvos e objetivos para se construir o passo a passo de pequenos projetos que irão redundar num conjunto de ações direcionadas ao propósito maior.

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A pesquisa nasceu da premissa de que professor necessita encontrar elementos norteadores para construir novas práticas educacionais, uma vez que as metodologias existentes nas escolas não estão sendo suficientes, por si só, para as intervenções necessárias à construção do pensamento de crescimento. O professor precisa fomentar novas metodologias que tenham como base a compreensão das competências socioemocionais, bem como do autoconhecimento e auto-avaliação profunda, pois necessita construir o planejamento de ações tanto para o seu próprio Projeto de Vida, quanto para trazer as reflexões necessárias para a mudança de mindset do profissional da educação; para oferecer-lhe ferramentas para implementar ações de reflexão e planejamento junto aos seus estudantes; e pra ele próprio ganhar autonomia para criar suas próprias metodologias de trabalho. Para fins de realização deste artigo, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e a quantitativa / qualitativa. Para saber se o curso trouxe ferramentais adequados, foi realizado um levantamento das falas dos professores participantes do curso, por meio de questionário com questões fechadas e abertas, para coletar as avaliações, de forma anônima, sobre o impacto da metodologia aplicada e das ferramentas utilizadas na sua prática pedagógica e na sua vida. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NA ERA DA QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A educação sempre esteve presente para enfrentar os desafios que cada época impõe. Se buscarmos na Grécia Antiga, veremos os filósofos conduzindo seus pupilos por caminhos de pensamentos abrangentes, na busca de compreensão dos fenômenos existenciais; bem como na criação de meios para vencer as batalhas que travavam; para se organizarem enquanto sociedade; a fim de perceberem as relações do homem com o transcendente; dentre tantas outras formas de explorar o conhecimento.

Dando um salto histórico, a partir da era da Grande

Revolução Industrial, passamos a ter escolas cada vez mais

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estruturadas, a fim de repassar o conhecimento acumulado e trazer luz sobre vários aspectos das necessidades, descobertas e possibilidades humanas. No entanto, esta escola foi construída dentro do modelo industrial, para o qual preparava mão-de-obra especializada e, assim, contribuiu para moldar os rumos na nova sociedade. Neste cenário, o professor passa a ter um papel muito bem definido: transmitir o conteúdo que aprende nas universidades e, de certa forma, “moldar” os comportamentos individuais para que os jovem possam se integrar ao mercado de trabalho, o qual tem um perfil muito claro e definido a respeito do tipo de trabalhador que busca para operacionalizar o sistema.

Este pequeno panorama traz uma dimensão muito tímida

sobre o papel social que a escola desempenha ao longo dos séculos. Por ser uma parte importante do tecido social, todos os conf litos e todas as possibilidades ali se encontram, mas o fato é que de alguma forma a educação sempre esteve a serviço da sociedade. E agora, que nasce um novo padrão de pensar, sentir e agir no mundo, não pode ser diferente. O Século XXI nasce sob o signo da transformação e coloca a sociedade frente a um sujeito que precisa se reconhecer, identificar e agir sobre este mundo que está posto, o qual, segundo Klaus Schwab (2016), está imerso em uma revolução tecnológica, que transformará de forma irreversível as relações em vários níveis, tanto pessoal, quanto com o trabalho. Adorno, no início o século XX já previa que as relações com o conhecimento também seriam drasticamente modificadas, como hoje podem ser constatadas nas novas formas gerar e consumir conhecimento, não há mais um professor que ensine e encaminhe os alunos a verdade, é necessário construir novas maneiras de pensar o conhecimento que está difuso, complexo e popularizado.

Nesta nova organização social e

do conhecimento, de acordo com Schwab (2016), a perspectiva, o alcance e complexidade das transformações trarão algo que o ser humano jamais experimentou em qualquer época.

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Temos então, o mundo V.U.C.A., expressão que surge nos anos 90 no universo militar Norte Americano no Pós-Gerra Fria, sendo definido pelos termos VOLÁTIL (volatillity) que é a rapidez com que tudo muda, pois não há certezas fixas e definitivas, as verdades das coisas se tornam intercambiáveis a partir de pontos de vistas muito dinâmicos, tornando o mundo INCERTO (uncertainty), até porque neste ambiente de mudanças rápidas não há como se sustentar em conhecimentos superficiais, pois não há padrões e previsibilidades, o que faz com o que mundo se torne cada vez mais COMPLEXO (complexity), neste lugar, as coisas precisam ser vistas de forma multidimensional e multifatorial, é necessário correr riscos e aceitar as falhas, buscar entender o erro e construir e reconstruir sempre a partir de novos padrões, até porque este mundo também é AMBÍGUO (ambiguity) onde há sempre uma nova forma de ver as coisas, não há apenas uma resposta certa para situações semelhantes, em certas circunstâncias respostas contraditórias cabem para o mesmo fenômeno e é necessário estar pronto para assumir as consequências de decisões e escolhas em um ambiente onde as coisas não estão fixas e determinadas. (Souza, Santos e Freitas, 2018) É neste cenário que a educação vem sendo debatida, pois é necessário encontrar formas de viver neste mundo, onde as mudanças que estabelecem e interferem em todas as formas de se posicionar, colocando sobre o sujeito, com uma força muito grande, as responsabilidades por suas escolhas e decisões, uma vez que não há mais uma diretriz que define de forma fixa e unificada quem se deve ser, que car reira seguir, como se compor tar, quais os conhecimentos se deve adquirir, enfim, é preciso fazer da ref lexão um caminho para enfrentar estes desafios. De acordo com Schwab (2016 ,p.99): A quarta revolução industrial não está mudando apenas o que fazemos, mas também o que somos. O impacto sobre nós como indivíduos é múltiplo, afetando nossa identidade e as muitas facetas

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relacionadas a ela – nosso senso de privacidade, nossas noções de propriedade, nossos padrões de consumo, o tempo que dedicamos ao trabalho e ao lazer, a forma de desenvolvermos nossas carreiras e cultivar mos nossas competências. Ela irá inf luenciar o modo como conhecemos as pessoas e consolidamos nossos relacionamentos, as hierarquias das quais dependemos, nossa saúde, e talvez mais cedo do que pensamos, poderá levar a formas de aperfeiçoamento humano. Tais alterações provocam excitação e medo à proporção que avançamos a uma velocidade sem precedentes. Para tanto, é necessário encontrar métodos e ferramentas que auxiliem o sujeito a se tornar independente e ao mesmo tempo conectado com o todo, ter auto percepção e ao mesmo tempo situar e respeitar o outro, acreditar no seu potencial e enxergar o potencial do outro, a fim de transformar esta jornada na qual a tecnologia se instaurou de forma incondicional, sem perder o sentido de humanidade, sem perder a percepção de si, do outro e de que planeta ficará como legado para as futuras gerações.

Ne s t e c o n t e x t o , a e d u c a ç ã o p r e c i s a s e p e rg u n t a r

constantemente qual o seu papel social. Deve também, submeter-se a outras perguntas, tais como:

As metodologias implementadas

hoje, são capazes de abraçar toda esta complexidade, ambiguidade, incerteza e volatilidade em que o jovens estão imensos? Existe uma única metodologia educacional que sozinha dará conta do mundo V.U.C.A.?

A BNCC (2018) aponta um caminho para a educação

brasileira, pautada no desenvolvimento das competências, que envolvem o saber ser, saber fazer, saber conviver, definindo esta escolha da forma que se segue, BNCC (2018, p 8) : Na BNCC, competência é def inida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

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Foi nesta caminhada, que o curso Construindo Novos Caminhos – projeto de vida na escola, traz o Coaching como uma metodologia de base a fim de estruturar o trabalho de formação de professores de uma for ma ref lexiva, buscando identif icar, junto a estes profissionais, pontos de intervenção no espaço escolar, com o foco na busca de construção de autopercepção, autocuidado, descoberta de talentos pessoais, busca de propósito e planejamento de ações que levem o jovem a uma autonomia na escolha dos percursos que irá construir no processo de escolarização formal, de forma a coadunar com as escolhas da vida. Uma vez que o Coaching tem como objetivo ensinar o coache a aprender a aprender (MARION,2017), neste sentido, o foco do processo sai do ensinar a solução dos problemas que o indivíduo d e s e j a r e s o lv e r e , p o r m e i o d e p e r g u n t a s e s i t u a ç õ e s q u e desbloqueiam o potencial para ação, eleva o potencial da pessoa que procura o coach. Nesta mesma perspectiva, se coloca esta educação que se p r e t e n d e i m p l e m e n t a r, p o i s d e v e s e r o r i e n t a d a p a r a

o

desenvolvimento da autonomia de pensamento do estudante, quando coloca a centralidade do processo de aprender no sujeito que vivencia, tirando o profissional da educação da postura professoral, para se posicionar como um parceiro que estimula o jovem a descobrir novas formas de pensar, outras possibilidades para enxergar o mundo e agir sobre ele, com protagonismo. Nesse sentido, traz o aluno para o campo da realização consciente,

sem perder de vista os princípios e valores que

cooperam na percepção ética do sujeito frente às decisões que precisa tomar. O que faz com que e o desenvolvimento cognitivo seja perceptível, pois a criança e o jovem passam a estabelecer novos sentidos sobre si, o outro e o mundo. Assim, tanto na educação emancipadora que se pretende com os princípios da BNCC, quando

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no coaching, a aprendizagem e as mudanças de paradigmas são essenciais ao processo. De acordo com Perrenaud (2002) para se chegar a uma prática ref lexiva, o docente precisa inserir uma postura analítica quase permanente, na qual o conhecimento e a ação estão no foco do profissional, uma vez que “uma prática ref lexiva pressupõe uma postura, uma forma de identidade, um habitus” (PERRENOUD, 2 0 0 2 , p . 13 ) . C o n s i d e r a n d o e s t a n e c e s s i d a d e d e p e n s a m e n t o ref lexivo constante do profissional da educação, a proposta do curso Construindo Novos Caminhos – Projeto de Vida na escola se estrutura de forma a levar o professor a construir seu próprio Projeto de Vida, propiciando, assim, a percepção consciente de seu propósito junto à juventude, levando-o a uma ref lexão constante a respeito do como a sua prática deve estar alinhada com este propósito. PROJETO DE VIDA – O QUE É E PORQUE DESENVOLVER NA ESCOLA A BNCC inova no sentido de trazer de forma clara, em seis de suas dez competências, aspectos ligados ao desenvolvimento socioemocional e ao Projeto de Vida dos estudantes, apontando a necessidade da centralidade do processo educacional no estudante. De acordo com o documento (BNCC, 2018, p.14 ) No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações. R equer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar

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soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades. Neste contexto, o desenvolvimento de um Projeto de Vida se torna fundamental, pois este jovem terá que fazer escolhas e assumir as consquências de sua decisões no contexto de um mundo V.U.C.A. e em processo de transformação constante e veloz. A escola necessita, assim, preparar a juventude para o enfrentamento da complexidade e da mudança, para os desafios da incerteza. De acordo com Damon (2009), os jovens, no geral, “parecem estar cientes de que, para atingir a felicidade pessoal e profissional futura, necessitam preparar-se por meio dos estudos e iniciar em uma profissão”. Ainda de acordo com o autor, aqueles que têm um projeto vital, apresentam mais assertividade nas escolhas que levam à realização, do que aqueles que não nunca pensaram a respeito do futuro e apenas seguem o f luxo das coisas. Mas para trabalhar este conceito é preciso saber o que é Projeto de Vida. De acordo com Damon (2009,p. 53), “um projeto vital é uma intenção estável e generalizada de alcançar algo que é ao mesmo tempo significativo para o eu e gera consequências no mundo além do eu”. Assim, ainda de acordo com o autor “estudos mostram que onde não existe um projeto vital maior, objetivos e motivos de curto prazo normalmente levam a lugar nenhum e logo se extinguem em uma atividade inútil” (DAMON, 2009, p.54). É nesta perspectiva que o trabalho com Projeto de Vida se torna cada vez mais central na educação básica, uma vez que pretendemos desenvolver as seguintes competências nos nossos jovens, de acordo com a BNCC (2018, p 9 e 10) competências 6,8, e 10: 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade

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8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 10 , A g i r p e s s o a l e c o l e t i v a m e n t e c o m a u t o n o m i a , responsabilidade, f lexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Neste contexto, o jovem precisa ter ferramentas que possa utilizar ao longo da vida, a fim de avaliar seu processo de desenvolvimento, saber identificar e significar um propósito para a vida, desenvolver auto percepção a respeito dos seus pontos fortes, saber como investir nas suas áreas de talento a fim de identificar seu lugar de contribuição na sociedade, deslocando-se do lugar da individualidade, mas percebendo-se indivíduo que interfere no coletivo.

A escola passa então a ser o espaço privilegiado onde se

pode estimular o jovem à autoconsciência de muitas coisas a partir dos conhecimentos acumulados pela humanidade, fazendo com que ele seja capaz de se experimentar, se expressar com autonomia, descobrindo cada vez mais possibilidades de empreender na vida, nos negócios, na contribuição social, enf im, voltar-se para a construção coletiva de uma humanidade mais preparada para a cooperação e sustentabilidade. APLICANDO O COACHING À EDUCAÇÃO O Coaching é um processo que tem início, meio e fim definidos pelos participantes do processo, que visa entender o estado atual, criar uma visão de futuro desejado e construir o planejamento para que a ação se estabeleça. (MARION, 2017). Ne s t e s e n t i d o , o t r a b a l h o d o p r o fe s s o r, a o i n c e n t i v a r a elaboração de um Projeto de Vida, se aproxima ao do coaching, uma v e z q u e e s t e t r a b a l h o j á é e xe r c i d o i n t u i t i v a m e n t e p e l o s

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prof issionais da educação que conduzem seus estudantes a projetarem um futuro e se lançarem a ele. Outra prerrogativa do coaching que o professor precisa adotar no processo de construção de Projeto de Vida junto aos estudantes é sair da posição professoral, pois não é ele quem ensina o caminho que o estudante irá seguir, o educador passa a ser um condutor do autodesenvolvimento dos estudantes. Assim como no processo de coaching que o profissional traz as perguntas para o coachee encontrar suas respostas, o professor precisa se deslocar do seu lugar de ensinar algo que sabe muito. Pois não é possível construir um Projeto de Vida ensinado por alguém, este é um caminho próprio, com sentidos próprios, por isso é fundamental incentivar a capacidade de pensamento autônomo do estudante. No entanto, o curso Construindo Novos Caminhos – Projeto de Vida na escola, não pretende formar professores coachings, apenas oferece algumas ferramentas que auxiliam no processo decisório de professores e estudantes, quando estão organizando o trabalho escolar voltado para o projeto de vida.

Foi estabelecida, no planejamento do curso com

professores, a utilização de algumas ferramentas de coaching: Roda da vida, tabela de valores, Janela de Johari, Roadmap, Construção de Propósito, Percepção de Talentos, Construção de alvos, objetivos e metas. A cada aplicação na vida do professor cursista, se estabelece um processo de autoanálise, e posteriormente uma análise sobre o uso destes recursos com finalidade pedagógica. PROJETO DE VIDA - UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES A partir das inquietações expressas neste artigo, foi realizada uma experiência de formação continuada com professores da e d u c a ç ã o b á s i c a d a S E D F, n o e s p a ç o d a S u b s e c r e t a r i a d e Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação – EAPE que oferece

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cursos para a formação contínua dos professores da SEDF em horário de trabalho. Neste espaço foi criado, em 2018, segundo semestre, o curso Abrindo Caminhos – a importância de se trabalhar projetos de vida na escola, de forma experimental, com o foco inicial de atendimento aos professores que atuam com adolescentes – anos finais do ensino fundamental – previsão de faixa estaria de 11 a 15 anos. No entanto, como o gráfico demonstrará, a procura deste grupo foi uma das menores e, assim, o curso ganhou novo nome passando a se chamar Construindo Novos Caminhos - `Projeto de Vida na escola, aumentou a carga horária e passou a se tornar aberto a todos os públicos de atendimento na educação básica, desde a gestão central, intermediária e escolar; orientação educacional; profissionais do atendimento especializado e professores regentes em sala de aula. O curso encontra-se na sua terceira edição, e conta com um grupo 92 professores atendidos diretamente. Foi enviado um questionário a todos os professores que concluíram e os que estão em curso no momento. Foi respondido por 44 pessoas de forma anônima, tornando-se, assim, uma amostra de 47,82% do total de professores cursistas. O curso é híbrido, conta com 10 encontros presenciais de 30 horas, 70h de atividade na plataforma virtual e 20h de aplicação de atividades na escola, ou no local de atuação do profissional, somando 120h. O curso oferece referencial teórico e práticas que levam a ref lexão e mudança. Ao final do curso, o professor deve estar apto a utilizar os recursos que desejar, fazendo as adaptações necessárias ao público que atende. O grupo de profissionais que procuram o curso é diverso, contempla professores de anos iniciais, finais e ensino médio da educação básica, orientadores educacionais, psicólogos escolares e professores que atuam nas áreas de gestão da educação pública em nível central e intermediário. Conta também com diretores e

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coordenadores escolares. Conforme demonstra o gráfico que se segue: A demanda para o curso é composta de professores acima de 40 anos de idade e acima de 20 anos de profissão, perfazendo 61,3% dos entrevistados. Relatam que buscam organizar suas próprias vidas ou dar um novo sentido ao trabalho que executam. O dado indica, ainda, que, mesmo com bastante de tempo de experiência, os professores estão procurando outras formas de olhar para a realidade, ou seja, buscam entender a situação em que se encontram e como trabalhar nesta nova realidade com seus estudantes. O curso contempla temas voltados para inteligência emocional, Neurociência aplicada à educação, Psicologia Positiva, Comunicação não Violenta (CNV) e toda a parte da ação é centrada nas fer ramentas de coaching. T raz também um percurso de autodescoberta para o profissional da educação, pois parte da seguinte premissa: precisamos construir em nós as habilidades de conduzir o estudante para que possa, de forma autônoma, construir um Projeto de Vida pessoal ou pensar sobre ele de forma séria, uma vez que somos espelhos para a juventude empreender as mudanças necessárias no mundo. O questionário contemplou 4 grupos de perguntas: Grupo 01 – o que você sabia sobre projeto de vida antes do curso; Grupo 02: durante o curso e suas aplicações,

houve alguma mudança no seu

pensamento sobre projeto de vida?; Grupo 03 – Após o curso, como o profissional passou a atuar, ou pensa em atuar com a temática projeto de vida; Grupo 04 – outras considerações importantes. Quando perguntados sobre o que sabiam sobre projeto de vida antes do início do curso, numa escala de 1 a 5 , onde 1 é quase nada e 5 é muito,

a resposta demonstra que apenas 4,5% têm um bom

conhecimento sobre o assunto, no entanto, a maior parte já ouviu falar sobre o tema, apesar de não demonstrar muito

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aprofundamento teórico, nem repertório de ferramentas para o trabalho. Quando perguntados sobre se conheciam ferramentas para trabalhar com projeto de vida, uma par te dos prof issionais demonstrou baixo ou nenhum conhecimento sobre este tema, apenas uma pequena parte demonstrou ter conhecimentos, mas ninguém marcou o número 5 da escala que significa ‘apresentar conhecimento de ferramentas variadas e diversificadas para este fim’. Isto coloca um curso como este como prioridade para os professores, uma vez que ter fer ramentas e metodologias é necessário para o professor se posicionar como orientador e não daquele que dá as cartas, como aparece na fala de uma entrevistada “Antes do curso, tinha uma consciência de que deveria ajudar e orientar meus alunos. Agora, percebi que posso orientá-los e deixar que eles opinem e escolham o melhor para si.” (prof 08)

Solicitados a fazer alguma consideração, em formato de

resposta aberta, sobre os conhecimentos a cerca de projeto de vida antes de ingressarem no curso, vieram respostas como: “eram conhecimentos vagos e sem referencial teórico” (prof 1), ou

“não

havia muita coisa em ordem” ( prof 2), ou “não dava a importância necessária” ( prof 3), ou ainda “muito fraco” ( prof 4), “desmotivado” (prof 5), “não tinha projetos” (prof 6). Uma par te signif icativa demonstrou que tinha cer to conhecimento, mas não tinham a profundidade necessária ou metodologias para trabalhar o tema em sala de aula. Alguns poucos demonstraram bastante conhecimento como este relato que aparece no for mulário. “T rabalho com Projeto de Empreendedorismo Criativo desde 2015, utilizando ferramentas de autoconhecimento e gestão de projeto/objetivo de vida tendo como bases conceituais: a Criatividade, Gestão Empreendedora, Economias Culturais e Criativas” entre outras técnicas citadas pela professora 7. O que demonstra que um professor que tem conhecimento das m e t o d o l o g i a s e fe r r a m e n t a s a p r o p r i a d a s p o d e e l e v a r s e u s

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estudantes a patamares bem altos em seus projetos de vida, mas que por outro lado, sem estes conhecimentos fica apenas tateando e não consegue ajudar de forma efetiva. A angústia de estar frente a estudantes jovens que tem uma longa vida pela frente, sem saber ao certo o que fazer para auxiliar n a s s u a s e s c o l h a s l e vo u u m a b o a p a r t e d o s p r o fe s s o r e s a escolherem o curso, apesar de que alguns escolheram pelo nome, por achar interessante, alguns para pensar em sua própria vida, mas a maior parte da amostra trouxe preocupações sérias e sensatas a respeito de buscar metodologias e técnicas para auxiliar os estudantes a enfrentarem este mundo de mudanças e caótico. Apenas uma professora relatou que seu interesse pelo curso surgiu da necessidade apontada pelas novas políticas educacionais para o ensino médio. Mas a maior parte demonstra um real interesse por fazer a diferença na vida das crianças e adolescentes que atendem. Quanto às ferramentas de coaching utilizadas com as devidas contextualizações ao longo do curso, demonstraram-se necessárias para o trabalho, sendo a maior parte delas passíveis de adaptação às realidades vivenciadas pelos professores, como demonstra o gráfico a seguir. Quando perguntados se “as ferramentas - testes de autoavaliação, de autopercepção, percepção de valores, talentos e planejamento estratégico te ajudaram a pensar em como aplicar isso com os seus estudantes? ( marque de 1 a 5, numa escala onde 1 - é não imagino como se aplicaria aos meus estudantes e 5 é - são totalmente aplicáveis ou adaptáveis para a realidade da escola)”, 52,3% marcaram o ponto máximo do contínuo, e

31,8% marcou o

número 4, gerando uma percepção de que as ferramentas utilizadas são adaptáveis, possíveis de se trabalhar para gerar uma estrutura de planejamento para o estudante. Quanto ao que sentem a realizar o curso, os profissionais relatam que saem satisfeitos por encontrarem o que buscam. Em relato aberto, onde poderiam escrever da forma que desejassem, no texto de 41 pessoas aparece termos que estão no campo semântico

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da palavra [preparado] 9 vezes, e ligadas a palavra [confiante]

4

vezes, demonstrando nos relatos que as ferramentas que foram vivenciadas ao longo do curso, ajudaram a modificar o olhar sobre si e sobre o estudante, e relatam que passaram a ter conhecimento e ferramentas necessárias para iniciar uma jornada com seus estudantes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O profissional da educação que se empodera de um novo sentido para educação, passa a construir um propósito maior para o que faz e o que vive. Este profissional se torna mais capaz de enfrentar as dificuldades da profissão, transforma seu modo de ver o estudante, insere novas metodologias e recursos, busca compreender a complexidade dos jovens e consegue encontrar um caminho de assertividade no processo de ensinar, trazendo o estudante para o centro do processo, de forma que constitua o seu projeto de vida, coadunando com possibilidades de aprendizagens e aprofundamentos do conhecimento e construção de um sentido mais amplo que norteia os sentidos menores. Passando a lidar de outra forma

com os conf litos, as escolhas e considerando as

possibilidades da vida.

REFERÊNCIA BRASIL. MEC. Base Nacional Curricular Comum – Educação é a Base. Ministério da Educação. Brasília:2018 DAMON, William. O que o jovem quer da vida? – Como pais e professores podem orientar e motivar adolescentes. São Paulo; Summus: 2008 MARION, Arnaldo. Manual de Coaching: Guia prático para profissionais. São Paulo; Atlas: 2017. PERRENOUD, Fhilppe. A prática ref lexiva no ofício professor – Profissionalização e Razão Pedagógica. Porto Alegre; Artmed: 2002 SCHWAB, Klaus. A quarta Revolução Industrial. São Paulo; Edipro: 2016 SOUZA, SANTOS E FREITAS. Ref lexão sobre a dinâmica do “mundo VUCA” e seu impacto na educação profissional a distância. artigo apresentado em 2018, São Paulo, Publicado n

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O PODER DO COACHING ALIADO AS ESTRATÉGIAS VENDAS

Maycon Rodrigo Jacomini

"O uso de algumas estratégias e fer ramentas de Coaching aliados a uma poderosa estratégia científica de negociação é fundamental durante um processo de vendas."

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O PODER DO COACHING ALIADO AS ESTRATÉGIAS VENDAS Maycon Rodrigo Jacomini Morôni Kozoski RESUMO Você já deve ter se perguntado até quando ainda será possível vender seus produtos ou serviços com tanta concorrência. Todos que dependem de qualquer tipo de venda já se fizeram essa pergunta. Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de simplificar o que pode ser feito de diferente para ser mais eficiente em vendas. Foi então, que baseado nos estudos e na observação do mercado atual que foram percebidas as mudanças que estão acontecendo na forma como o consumidor compra. Existe um poder de influência dos pensamentos e das emoções sobre o processo de decisão, e identificou-se uma estratégia infalível que será apresentada nesse artigo, depois de ler será possível mapear as informações do cliente e criar estratégias para influenciar o processo de tomada de decisão sendo mais efetivo em vendas. Com essas estratégias, será possível identificar as mudanças que precisavam ser feitas no posicionamento e na forma como os vendedores atuam, nas próprias ações dos negociadores, nesse artigo o principal objetivo é de lhe proporcionar através de um passo a passo para se obter resultados extraordinários.

Palavras-chave: Comportamento, Emoções, Consumidor, Negociador, Coaching, Vendas. INTRODUÇÃO Com as constantes mudanças que o cenário comercial vem enfrentando, com o grande aumento na concorrência na oferta de diferentes produtos e serviços para satisfazer as mesmas necessidades do consumidor, cada dia tem se tornado mais difícil mostrar os motivos pelo qual seu cliente deve contratar serviços ou passar a usar produtos que a empresa oferece. Se já é difícil vender, imagina tornar o consumidor fiel à uma marca. O uso de algumas estratégias e ferramentas de Coaching aliados a uma poderosa estratégia científica de negociação é fundamental durante um processo de vendas.

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O objetivo desse artigo é fazer com que, quem precisa vender mais consiga entender de forma simples e objetiva como funciona a mente do consumidor, e criar uma estratégia para se apresentar de forma única ao cliente/mercado, se tornar efetivo e acelerar o processo de tomada de decisão. Espera-se contribuir para empresas e equipes comerciais, assim como para profissionais autônomos tornarem-se mais eficazes e com maior capacidade de conversão em vendas, aumentar seus resultados e contribuir para o desenvolvimento econômico de uma região e até mesmo do País Foram abordados aspectos importantes para desde os primeiros passos de uma negociação, que começa muito antes de você estar frente a frente com o seu cliente, tudo começa com entender os pensamentos e comportamentos, e o que influência a decisão de compra, para estar preparado não simplesmente para vender, mas sim, se comunicar de forma efetiva em todas as etapas fazendo com que a venda comece a acontecer muito antes de ouvir “é disso que eu preciso”. O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Diante do cenário atual onde o mercado está cada vez mais competitivo e a concorrência está cada vez mais agressiva é fundamental prestar atenção a todos os detalhes que podessam influenciar e levar ao sucesso em vendas, falar simplesmente que se tem o melhor produto do mercado, ou que a empresa tem o melhor atendimento já não influencia positivamente o fechamento de negócios. Nos dias atuais muito se fala sobre entender como o consumidor se comporta durante o processo de compra. Para Mowen e Minor (2003), o comportamento do consumidor é o estudo das unidades compradoras e dos processos de trocas envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias, serviços, experiências e ideias. Entender o que influência esse processo de compra e criar estratégias para ter resultados é necessário. Segundo Kloter (2000), tratase de estudar como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram,

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usam e descartam produtos para satisfazer às necessidades e aos seus desejos. Muitas variáveis afetavam o processo de tomada de decisão e definição de compra, nesse contexto Kotler e Armstrong (1933) destacam os principais fatores que influenciam a tomada de decisão do consumidor: as motivações, a personalidade e as percepções. Desta forma é fundamental entender como é possível ser influente e compreender que as pessoas tomam decisões sem saber o verdadeiro motivo que estão definindo uma compra, criar um processo ao qual pode-se levar o cliente a nos dar a única resposta que queremos, o “SIM”. O REFLEXO DAS EMOÇÕES NO PROCESSO DE VENDA O Modelo de venda sofre constantes transformações. Desde os primórdios da humanidade onde se faziam trocas de mercadorias, no Brasil, os Portugueses através dos escambos. Logo após os vendedores de sonhos que enganavam seus clientes, os caixeiros viajantes, os tiradores de pedidos, os departamentos de vendas preparados e treinados com técnicas de vendas e combate de objeções, isso tudo virou história. É fato que a maioria das definições de compra está baseada em emoções, existem inúmeros estudos sendo realizados e as empresas estão transferindo isso para o âmbito da venda. Assim, quanto mais intensa for a emoção criada, mais intensa será a conexão com o cérebro do consumidor. É preciso proporcionar ao cliente fortes conexões com lembranças boas ou ruins, fazer com que tenha acesso a bem estar ou dor, para que ele possa sentir o quanto pode receber a contribuição e ter seus desafios solucionados, ou proporcionar as melhores sensações de prazer. O cliente deve ver o negociador como a solução. Em 1990 foi apresentada a teoria do cérebro Trino por Paul Maclean, nesse estudo ele propôs que nosso cérebro estaria dividido em três unidades funcionais completamente distintas: Neocórtex, Sistema Límbico e Sistema Reptiliano.

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De forma resumida, pode-se dizer que o neocórtex ou córtex cerebral seja a parte consciente de nosso cérebro, é a parte mais externa de dele e é o responsável por realizar as atividades mais complexas do dia-a-dia, ele também não armazena informações, apenas às processa. Segundo Lopo R. (2019) estudos afirmam que o nível consciente corresponde apenas a 3% de tudo que é processado pelo cérebro sendo o inconsciente responsável por 97% de nossas ações. O Sistema Límbico também conhecido como Cérebro das Emoções ou ainda Cérebro Mamífero é responsável por processar e arquivar as emoções que compreendem os relacionamentos humanos, ele é o mais estudado pela programação neurolinguística, tem como principal função transformar sentimentos em ações. Por fim, tem-se o Cérebro Reptiliano, é a forma como se compreende o mundo, ele é o mais primitivo e seu nome se associa aos répteis, é a área responsável pelos comportamentos mais básicos, todas as suas ações são baseadas em fuga da dor ou busca do prazer. Quanto mais se tem domínio sobre essa compreensão mais poder o negociador passa a ter, pois trabalhará de forma assertiva. Segundo Lopo (2019) o acesso a está ciência tem provocado uma revolução no mundo do marketing e das vendas, já que uma vez aprofundado o conhecimento a respeito da estrutura inteligente do ser humano é possível criar gatilhos emocionais, o que provoca estímulos imediatos e, de certa forma, possibilita a manipulação em massa. As emoções podem anular o que a maioria dos psicólogos considera os motivos essenciais que impulsionam nossas vidas: fome, sexo e o instinto de sobrevivência. As pessoas não comerão se acharem que o único alimento disponível é repugnante. Elas podem até morrer, ainda que outras pessoas possam considerar o mesmo alimento saboroso. A emoção triunfa sobre o impulso da fome. O impulso sexual é notoriamente vulnerável à interferência das emoções. Uma pessoa pode nunca tentar o contato sexual por medo ou aversão, ou pode nunca ser capaz de consumar um ato sexual. A emoção triunfa sobre o impulso sexual. E o desespero pode subjugar até a vontade de viver, induzindo ao suicídio. As emoções triunfam sobre a vontade de viver. (Eckman, Paul, 2003, Pág 17.)

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Dessa forma, fica perceptível que negociar vai além de vender, em um processo bem definido de venda é possível estimular as emoções do cliente e direcionar a negociação para a situação desejada. Quanto mais se consegue identificar os desafios e os motivos pelo qual o cliente compra, maior será sua influência para atingir o fechamento. ENTENDO A IMPORTÂNCIA DE UM PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO O processo de vendas consiste desde a forma de captação dos Leads, Qualificação, Apresentação, Negociação, Fechamento e Follow-up. Mas o que será abordar não é o processo de vendas, este já é conhecido e bastante falado, o foco é abordar uma dessas etapas que é a “negociação ou apresentação”, é possível dizer que está é uma das etapas menos exploradas nas vendas, para muitos é o momento de explicar ao cliente como funcionam produtos ou serviços e quais são as “vantagens”. Porém, é o grande divisor de águas quando se refere a ter resultados extraordinários, a importância de um Roteiro de Negociação estabelecido. Agora que já se sabe a importância em entender os comportamentos do consumidor e, que a maior parte de nossas decisões de compra acontecem de forma inconsciente com a influência das emoções, precisa-se construir um processo de negociação, para estimular o cliente a compartilhar de informações importantes, de modo que vamos conduzir a negociação para ter acesso a informações que permitam acessar suas emoções e perceber de forma racional os problemas que precisa solucionar. O mercado mudou e o profissional de vendas também precisa mudar, a venda se tornou muito mais em auxiliar o cliente, resolver seus problemas e levar soluções ao invés de forçar o cliente a tomar decisões. É o que Kloter e Armstrong (2003) chamam de venda orientada para o cliente, na qual o vendedor identifica as necessidades e apresenta soluções para elas. Tudo o que vimos até aqui tem extrema importância, mas é necessário desenvolver um processo de negociação eficaz. É possível ir muito além da venda orientada, e sim trabalhar cada vez mais com a venda consultiva, o vendedor se tornou responsável pela criação de valor sobre o produto/

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serviço, fazendo com que o cliente perceba os benefícios que ele terá a partir do momento que fechar o contrato. Mas quero chamar a atenção aqui para algo ainda muito mais valioso, o vendedor do futuro entra na mente do seu cliente, entende perfeitamente suas dores, abusa do conhecimento que têm, tira o cliente completamente da zona-de-conforto. A pesquisa sobre o cliente deve entrar muito antes de você começar a vender pra ele. Antes vendedores iam até os clientes para falar sobre os produtos. O consumidor não tinha opção a não ser ouvir esses “folhetos falantes” para informar-se. Agora, o consumidor vai para a internet e, em cinco minutos, vês seis opções [de itens]. “O novo papel do vendedor é criar valor para resolver problemas de clientes. Muitos vendedores sabem apenas como falar sobre produtos”. (Neil Rackmam – Folha de São Paulo Negócios – 24/06/2007).

Quanto maior a venda, ou a complexidade do produto ou serviço que você vende, maior será o desafio em diferenciá-lo da concorrência, as percepções e os comportamentos dos clientes nesse tipo de venda são diferentes, é ainda mais importante criar uma estratégia para conduzir de forma inteligente a negociação. A venda simples acaba se caracteriza por sua fluidez, uma vez que os consumidores procuram as lojas e departamentos para comprar determinados produtos ou serviços, o vendedor se torna de certa forma apenas um facilitador da venda, fazendo o cliente compreender algumas de suas funcionalidades, na venda grande, a complexidade é muito maior, uma vez que precisa seguir um método e determinados processos para levantar e mapear informações relevantes que precisam ser usadas no fechamento. Fica claro que as técnicas de vendas tradicionais perderam sua força, cada vez mais as empresas procuram vender melhores soluções, mas os clientes também estão cada vez mais atentos com o que compram. Para isso, uma das metodologias mais famosas que existe é o modelo SPIN Selling, Baseia-se no acrônimo SPIN, que estabelece 4 tipos de perguntas para conhecer as dores do cliente e apresentar o valor da solução oferecida: Situação, Problema, Implicação, Necessidade (RACKHAM, 1988).

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É preciso reconhecer a importância que o SPIN tem, mas o grande salto em relação a resultados para muitas equipes e muitos vendedores, sem dúvida ele levou profissionais a grandes resultados. Veja que é preciso perceber as mudanças e quebrar alguns paradigmas com relação ao “como vender mais”, precisamos seguir a frente e entender que agregar valor e entregar soluções incríveis são fundamentais, mas quero chamar atenção para o fato de que o “vendedor moderno” precisa ensinar, levar conteúdo ao cliente, a persuasão é a etapa menos importante para o profissional do futuro. Primeiro é importante conquistar credibilidade do cliente e demonstrar empatia com seus desafios e com seus possíveis problemas, aqui começa-se a usar a como se fosse a tática da guerrilha de colocar o cliente frente ao desconhecido. Feito isso é hora de reestruturar o problema ou possíveis situações que tenham passado despercebidas, assim é começar a intrigar e fazer o cliente refletir cada vez mais sobre o problema, causar desconforto tanto em relação ao volume do problema quando a proximidade, para a partir desse momento criar impacto emocional no cliente, precisa causar algum tipo de situação a fim de despertar aspectos psicológico e humanizar a questão, fazer com que o cliente esteja aberto para iniciar a amostra de um novo caminho e que descubra uma nova referência para enfrentar o problema, de modo a perceber que existe alguém preocupado em ajudar a ter a solução implantada. Nesse momento, é hora de apresentar ao cliente seus serviços ou soluções e fazer com que ele entenda o passo a passo de sua solução implantada. É importante entregar muita informação ao cliente e o manter o tempo todo encantado e motivado a querer mais sobre a solução. Segundo Dixon e Adamson (2011) ninguém vende nada só com base em uma planilha. Se bem elaborado, o discurso didático gera certa angústia nos clientes, quando se dão conta de todo o dinheiro que estão desperdiçando, ou receita que estão perdendo, ou risco a que se expõem inadvertidamente, aqui é como se você levasse o cliente ao vale da sombra, criando medo e preocupação para finalizar de forma positiva.

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Como já comentado antes, a venda acontece de forma mais efetiva quando atingimos as emoções de nosso cliente é importante perceber que esse Roteiro precisa ser desenvolvido, e tem total poder de tirar o cliente simplesmente do modo racional e levá-lo muito além disso para que fique num estado desejado de compra. Pesquisas comprovam que existem diferentes perfis de vendedor, e que cada um tem um desempenho diferente, uma vez que identificado esse perfil, que inclusive pode ser feito via “Assessment” é possível avaliar comportamentos e competências e desenvolver através de um processo de vendas assertivo a habilidade do representante de vendas. Segundo Dixon e Adamson (2011), nesse cenário onde os comportamentos de compra vêm sofrendo constantes transformações e uma grande divergência nas habilidades e no desempenho da equipe de vendas vem crescendo, se a sua abordagem de vendas evoluir você vai acabar ficando para trás. É Claro que somente o roteiro de negociação por si só não resolverá esse ponto, porém ele tem total importância para minimizar os desacertos e reduzir o desperdício de oportunidades. O que existe de mais importante nesse ponto do processo de vendas é, justamente o fato de que a maioria dos vendedores ou negociadores não conseguem identificar o verdadeiro motivo que leva o cliente a compra e acaba apresentando produtos ou serviços antes da hora e sem criar uma conexão com as emoções do cliente para obter o sucesso na hora do fechamento. Clientes só compram o que sente que atende a sua necessidade, o negociador precisa se profissionalizar em ser um investigador, precisa ter a habilidade de confrontar o cliente com relação ao seu objetivo com relação a compra, é fundamental deixar o cliente com a sensação de que recebeu muito mais do que o que ele comprou durante a negociação. A IMPORTÂNCIA DO COACHING APLICADO PARA ALAVANCAR RESULTADOS É realmente fantástico quando se consegue construir cada uma das etapas anteriores, porém com elas o que sem tem na equipe é apenas uma

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estratégia (embora poderosa), um passo a passo das etapas que precisam ser percorridas, mas até esse momento você tem soldados com as melhores armas, porém tem algo que vai muito além disso que é a capacidade de usar. Um dos principais fatores que o negociador precisa é realmente se manter o tempo todo motivado a buscar bons resultados, dentro desse contexto desenvolver objetivos pessoais será um importante aliado para desenvolver a motivação, a partir do alcance de suas metas de venda que obterá recurso para realização de suas visões de futuro. Não existe a melhor empresa, a melhor oportunidade, o melhor produto. O negociador precisa desenvolver habilidades básicas. O papel do Coach em vendas vem de encontro com o que foi visto até agora, é vital perceber que é importante se reinventar o tempo todo, o fato de se estar vivendo uma nova era, chamada a era do conhecimento. Sabendo disso, e que clientes em muitos momentos já pesquisaram sobre os produtos e serviços que a empresa oferece, antes mesmo de contactar o fornecedor, é fundamental dominar completamente o negócio, o produto e o mercado de um modo geral. Nesse ponto através da construção e do uso de ferramentas, como a proposta de valor, pode ser extraordinário para gerar os importantes benefícios que ajudaram o cliente a definir sobre seu produto. Além de conhecer muito bem o produto é fundamental conhecer sobre pessoas, entender o quanto clientes são diferentes e tomam decisões de forma diferente, o coach te ajudará a conhecer mais sobre pessoas. Entender sobre perfil comportamental é imprescindível para vendas, saber que existem diferentes perfis de compra, e identificá-los será fundamental para se conectar da forma correta com os desafios e potencializar as dores do seu cliente. Um fator que todo vendedor de sucesso precisa prestar muita atenção é potencializar suas habilidades. O desenvolvimento de uma comunicação clara o objetiva a fim de passar confiança ao seu cliente, fazer com que ele o veja como autoridade para que possa de forma estratégica criar gatilhos e direcionar o atendimento para o sucesso da negociação, é importante ressaltar que gatilhos e persuasão não é enganação, segundo CIALDINI(2012) em muitas vezes, as questões podem ser tão complicadas, o

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nosso tempo tão exíguo, as perturbações tão invasivas, a agitação emocional tão forte ou a fadiga mental tão profunda que não temos condições cognitivas de agir de forma racional, ou seja buscamos atalhos para resolver algumas questões, se você vendedor dominar essa arte de investigar as dores de seu cliente com o poder da persuasão poderá encurtar a tomada de decisões. A habilidade da escuta ativa é fundamental para que se obtenha resultados extraordinários, atualmente existem um bombardeio de informações o tempo todo, e isso atrapalha o negociador constantemente, para estar realmente de corpo e atenção presente durante uma negociação, quantas vezes já se viu em uma situação que falou muito mais que o cliente? A tarefa de ouvir ativamente acontece em sua cabeça. O ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para silenciar toda a conversação interna enquanto ouvimos outro ser humano. Isso exige sacrifício, uma doação de nós mesmos para bloquear o mais possível o ruído interno e de fato entrar no mundo da outra pessoa— mesmo que por poucos minutos. O ouvinte ativo tenta ver as coisas como quem fala as vê e sente as coisas como quem fala as sente. (Hunter, 2004)

Não tem como deixar de lado o fator da inteligência emocional, Sócrates já dizia “conhece-te a ti mesmo”, os resultados estão atrelados na maioria das vezes as crenças que você carrega, e acabam refletindo nos sentimentos e pensamentos que tem completa influência nos resultados. Segundo Napoleon Hill (2012), todo grande vendedor sabe que a transação acontece primeiro dentro dele, a repetição de sugestões positivas é o modo mais eficaz de educa-lo para transmitir apenas pensamentos convenientes. A organização é uma das maiores aliadas dos negociadores de sucesso, deve-se lembrar que o cliente também tem percepções e pode sentir que o vendedor é um completo desorganizado, e que isso refletirá nos seus resultados, existem ferramentas que podem ser utilizadas para organizarse, como SMART, 5W2H ou a nova metodologia OPODER, deve-se estabelecer metas e fazer a organização de objetivos, o simples fato de você organizar de forma profissional a agenda reflete ao cliente que o atendimento é de uma !125


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pessoa séria e comprometida, atualmente existem inúmeras formas, mas a prática da agenda Google já traz grande avanço, extremamente simples e permite até mesmo criar compromisso com o cliente, antes mesmo de ele receber sua visita ele já passa a confiar por ver o seu comprometimento. O Coaching é fundamental para que se desenvolvam essas atitudes constantemente, não há como manter isso só nos períodos aos quais é preciso bater alguma meta, ou quando as contas no final do mês estão comprometidas, isso é algo que o profissional de vendas precisa carregar com todos os dias. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base no que foi abordado nesse artigo é possível perceber o quão importante mudar a forma de vender, é fundamental desenvolver a percepção do comportamento de nosso consumidor e o poder que as emoções tem em influenciar a forma como ocorre o processo de compra, para conhecer o cliente precisa-se antes conhecer também a si próprio através do Coaching. O conteúdo que foi abordado mostra que está muito longe de manter uma equipe motivada simplesmente, mas sim é fundamental entregar mais, precisa-se fazer com que tenham domínio sobre um processo de negociação poderoso e assertivo, de modo que possa conduzir o cliente ao estado desejado antes de partir para o fechamento de uma venda. Ainda é fundamental observar que o negociador precisa se estruturar sobre 3 pilares, o conhecimento, as habilidades e as atitudes. Dessa forma, conclui-se que o Coaching aliado as estratégias de venda é a melhor alternativa para quem busca a excelência, para primeiro conhecer-se melhor e identificar os padrões de comportamentos e de emoções do cliente, além de estruturar pergunta poderosas através de um roteiro de negociação eficaz, ficou claro ainda que o vendedor do futuro será responsável por fomentar o cliente com muitas informações, entregar muito antes mesmo de fechar negócio. Porém, de nada adiantaria caso construído de forma insustentável, onde através do foco em objetivos bem definidos, ação em busca de sua conquista, supervisão e acompanhamento para

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minimizar os erros, evolução constante você passa a ter resultados extraordinários. Nesse contexto, o Coach em vendas é o profissional ao qual irá capacitar negociadores e vendedores para que possam ter domínio completo por todas essas estratégias e ferramentas, facilitar a sua compreensão e auxiliar o profissional de vendas e atingir de forma mais simples e objetiva os seus resultados desejados.

REFERÊNCIAS CIALDINI, Robert B. As armas da persuasão. Como influenciar e não se deixar influenciar. Rio de Janeiro: Sextante, 2012. FOGGETTI, Cristiano. Comportamento do consumidor e pesquisa de mercado. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. Disponível em: < http://unisa.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/ 9788543016788> Acesso em: 30 de setembro. 2019. FOLHA DE SÃO PAULO Negócios, 24 de junho de 2007. Entrevista: Neil Rackham. Vendedor deve mirar o cliente moderno. Acesso em: 30/09/2019. HUNTER, James C. O monge e o executivo. Uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. KOTLER, P. ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1933. KOTLER, P. ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2003. LOPO, ROBISON. Neurovendas. O Segredo por traz da arte de vender. São Paulo: Ciadoebook, 2019. DIXON, M. ADAMSON B. A venda desafiadora. Assumindo o controle da conversa com o cliente. São Paulo: Editora Schwarcz, 2013.

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COACHING E ESPIRITUALIDADE Camila de Freitas Santos

“…são as pessoas que através da aplicação prática desse conhecimento fazem a mudança acontecer…"

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COACHING E ESPIRITUALIDADE Camila de Freitas Santos Morôni Kozoski RESUMO A proposta deste artigo é mostrar que Espiritualidade é Ciência, embora não claramente entendida. Portanto, pode e deve ser agregada ao Coaching com legitimidade para permitir a evolução pessoal e transformação da vida com mais integralidade. Tendo por base a pesquisa documental exploratória e observação da autora, é possível constatar maior eficácia e eficiência de um processo que usa a espiritualidade em sua abordagem. Atualmente está mais acessível vivenciarmos o espiritualismo devido às suas diversas formas de manifestação e não mais somente com vínculo religioso. Seja através da meditação, da mentalização, de terapias como Reiki, Constelação Familiar, Thetahealing, Barras de Access e tantas outras, tornando simples de ser agregada em qualquer outro trabalho que desenvolva o ser humano, desde que haja conhecimento e responsabilidade para tal. Diante do que se pode observar, fica evidente que a agregação desses dois conhecimentos acende não só a possibilidade de estudos mais aprofundados, como propõe uma nova idéia ao Coaching. Palavras-chave: Energia. Ciência. Coaching. Espiritualidade. Autoconhecimento. Evolução. INTRODUÇÃO “O Coaching pode mudar o mundo”, essa é uma frase que se tornou popular nesse meio e é justamente uma percepção entre a maioria daqueles que tornam-se conhecedores do que o Coaching promove e o seu poder de promover a mudança. Entretanto, são as pessoas que através da aplicação prática desse conhecimento fazem a mudança acontecer. Entre o mix de recursos, técnicas, ferramentas e conhecimentos que formam a metodologia estão diversas ciências como a administração, gestão de pessoas, psicologia, neurociência, prog ramação neurolinguística, recursos humanos, planejamento estratégico, entre outras. O processo visa a conquista de grandes e efetivos resultados em qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro. Diante dessa conjunção de formato andragógico, que se utiliza de uma agregação de competências e habilidades que podem ser aprendidas e desenvolvidas por qualquer pessoa, explorando os !129


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diferentes níveis de aprendizado, ou seja, o conhecimento, a compreensão, aplicação e análise (segundo a taxonomia de Bloom), através de um processo supervisionado por um Coach que conduz em evolução os resultados, para que o caminho até o atingimento de um objetivo se concretize. Dessa diversidade que o Coaching se configura, outros recursos ainda estão sendo explorados como o uso da espiritualidade e conhecimento holístico, que é o que este artigo se propõe a apresentar. O preparo e o enriquecimento de um processo pelo Coach o torna único e dá ao mesmo caráter próprio. Exatamente esta possibilidade é que faz o Coaching ser mais extraordinário, da quebra de paradigmas à real possibilidade de mudar o mundo. Essa percepção pode ser um reflexo da educação “engessada”, de um ensino retrógrado em nosso país, impedindo assim uma evolução integral das pessoas e do mundo, conseqüentemente limitando a qualidade de vida de uma maioria que aprendeu a ser limitada sem saber. Justamente por permitir ao ser humano a evolução contínua através de uma metodologia eficiente é que o Coaching se alastrou em grandes proporções e já vem gerando um novo mundo através da mudança nas pessoas. Uma nova forma de aprendizado se estabelece, mais eficiente, mais consciente, mais integrativa. E com isso permitindo a possibilidade de novas abordagens como a Espiritualidade e suas diversas formas de manifestação independente de religião. Assim como o Coaching, a Espiritualidade vem sendo muito difundida sob diversas formas de manifestação, algumas novas como a Constelação Familiar e ThetaHealing e outras ancestrais como meditação, Yoga, Reiki e que no entanto, na nossa cultura não tratadas como espirituais. Temos tido cada vez mais acesso a estudos e provas sociais dos benefícios de seu exercício responsável, nesse sentido, nada mais integral do que agregar ao Coaching algumas práticas que favorecem o despertar com a finalidade de aprimorar a evolução integral do ser humano.

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EXPLANAÇÃO DA TEORIA FUNDAMENTAL A Física Quântica é uma parte da ciência que estuda o fenômeno energético. Para ela, nada é sólido, nela são estudadas as menores partículas que compõem os átomos, como os elétrons, os prótons, as moléculas e os fótons, isto é, o microcosmos. Nesse entendimento nada é visto a olho nu, nada pode ser comprovado sem instrumentos, no entanto, toda a vida é composta dessas pequenas partículas.

EVOLUÇÃO TEÓRICA Surgida em meados de 1900, essa teoria veio para explicar aquilo que a física clássica não foi capaz, como o magnetismo, o efeito fotoelétrico, o espectro da radiação do corpo negro (corpo ideal) ou radiação (onda) térmica emitida pelos corpos (cor dos objetos quando aquecidos), a estabilidade do átomo e da matéria, entre outros. Max Planck foi o precursor da Teoria Quântica exatamente para explicar a emissão de radiação de um corpo em uma hipótese onde ele introduziu uma constante que chamou de Quântum, o que significava a quantidade elementar de alguma coisa e assim conseguiu chegar a uma explicação aceita. Em 1905 Albert Einsten ganhou o prêmio Nobel pela sua contribuição na teoria quântica, quando explicou o efeito fotoelétrico, em que a luz era composta por diminutas partículas, depois batizadas de Fótons, que seriam as partículas de massa zero, propondo assim uma natureza corpuscular para a luz ou a energia eletromagnética, revolucionando assim a ciência com a introdução da natureza dual (onda-partícula) da radiação. Segundo Einstein, um fóton deve possuir uma quantidade fixa de energia, definida pela seguinte equação: E=h.f Mais tarde, outro prêmio Nobel, Arthur Holly Compton confirmou em suas experiências complementando a teoria com mais um fenômeno, o da colisão entre fótons e elétrons para a geração do efeito fotoelétrico, demonstrando que a luz não pode ser explicada meramente como um !131


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fenômeno ondulatório, convencendo os físicos de que a luz pode agir como uma corrente de partículas cuja energia é proporcional à freqüência. Em seguida (1923) o Francês Louis De Broglie, outro prêmio Nobel veio a descobrir que assim como a radiação tem uma natureza corpuscular, o elétron deve ter também uma natureza ondulatória, descobrindo inicialmente a dualidade onda-partícula da matéria. Nessa época, ainda outros cientistas deram sua contribuição nessa mesma linha, até que em 1930 Pieter Zeeman descobriu os níveis de energia através do atributo Spin das partículas elementares.

Seguindo essa evolução, muitos outros cientistas foram enriquecendo suas teses e chegaram, por meados dos anos cinqüenta, no que se chamou de Teoria Quântica de Campos, que leva em conta a natureza granular da matéria e da radiação, que tratava das interações eletromagnéticas, chegando então a eletrodinâmica. Sendo a única teoria compatível ou que leva em conta também a teoria da relatividade. Sendo assim, a Teoria Quântica foi desenvolvida para descrever a natureza dualística da radiação e o comportamento ondulatório da matéria. Ou seja, a luz é tanto onda quanto partícula, em determinados momentos, se comporta como uma onda; e, em outros momentos, como partícula. Por outro lado a Teoria Newtoniana, clássica ou relativista (macro cósmica), a que estuda o Cosmos, a natureza do Universo, dos planetas; a medida que a astronomia foi avançando, os cientistas começaram a ter uma noção muito mais ampla e chegaram a Cosmologia, de onde vem questões como: o universo é finito ou infinito, É eterno ou teve um início? Se teve início, terá um fim?

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No entanto todas essas teorias são incompletas por terem deixado de fora algo crucial, uma parte integrante do universo que é o espírito, a alma. Será que o espírito é uma realidade? Será que existe vida após a morte? Como explicar a consciência espiritual, sua origem e como se desenvolve? A esse respeito muito se estuda desde muito tempo, a exemplo da UNICAMP que na década de oitenta, realizou um congresso internacional com o tema: “a interação, mente espírito e matéria”. Enquanto muitos cientistas já não têm mais como descartar essa existência, outros mais clássicos desconsideram e tratam com preconceito por ser uma grande quebra de paradigma com interpretações muito diversas em relação a essa esfera da nossa essência. Como até agora não conseguiram sistematicamente equacionar essa existência em uma relação precisa (medida) conforme a ciência sugere. Contudo, é aceito na ciência atômica o “Principio da incerteza”, por não existir uma equação de movimento extremamente precisa, sendo assim, trabalha-se com a probabilidade, ou seja, jamais pode-se afirmar que um evento vai acontecer em um determinado momento e sim com a probabilidade de que ocorra. Porém o fato de existirmos não é um fator probabilístico, mas a realidade é probabilística, ou seja, para a ciência a consciência é interpretativa, ela é uma inteligência que interage com o mundo atômico e cria uma realidade que não há provas de que seja uma verdade absoluta, em outras palavras o pensamento ode mudar a realidade. Então o que é a consciência? Será que ela existe somente a partir de um cérebro biológico? De que ela é formada? Essas são questões incertas, mas fundamentais para a interpretação no universo. Sem o que os cientistas chamam de consciência ou inteligência a física fica incompleta, até hoje não se explica do que é constituída essa consciência, no entanto ela é uma entidade física real reconhecida, que na interpretação de muitos vem a ser o próprio espírito. Embora nas instituições científicas se estude esses princípios, ainda são muito conservadoras não incentivando o estudo de campo, como por exemplo um centro espírita. Há uma grande lacuna pra que as interpretações se esclareçam estagnando assim o desenvolvimento dessa ciência.

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O físico francês Jean E. Charon, professor em Paris, autor do tratado da obra de Albert Einstein, no livro “O Espírito, este desconhecido” – ‘L’Esprit Cet inconnu’, (Editora Melhoramentos, São Paulo, 1990) que através da física quântica fala da interação dessas partículas elementares e suas “consciências” por tomarem “decisões”, terem “vida própria”. Na página 74, ele afirma que resultados obtidos no campo da Física “demonstram que o elétron possui todas as qualidades requeridas para ser a partícula portadora do Espírito no Universo” Niels Bohr, em 1913 que também levou o prêmio Nobel por sua contribuição, explicando o “espectro discreto” do átomo de hidrogênio, surgindo assim o modelo atômico ou salto quântico. A descoberta de que um elétron se desloca em níveis de energia sem trajetória (movimento descontínuo) num intervalo tempo igual a zero (a velocidade superior a da luz) ou instantaneamente, contradizendo a teoria da relatividade de Einstein que diz que a troca de informações entre dois corpos no universo não pode viajar com velocidade superior a da luz, conflitando então as duas teorias, quântica e clássica (teoria da relatividade). Mais recentemente através de neurocirurgiões, a ciência descobriu que no cérebro acontece essa mesma troca de informações quanticamente, ou seja, quando o cérebro recebe um estímulo como a visão por exemplo, onde determinadas regiões neuronais são ativadas, esses neurônios trocam informações instantaneamente sem nenhuma ligação entre eles, desfazendo o que se acreditava até pouco tempo, de que as informações eram transmitidas entre neurônios através de um caminho, um circuito. Então surge aí uma grande discussão sobre esse mecanismo que faz com que essa interação instantânea ocorra mesmo estando em pontos distintos do universo, trazendo a consciência, inteligência ou espírito como sendo o responsável por esse fenômeno. E ainda que, podem existir antes do cérebro ou qualquer corpo biológico. Alguns cientistas tentam provar que essa consciência ou qualquer organismo que desenvolva a inteligência só veio a existir depois de milhões de anos de evolução de uma estrutura biológica para que um cérebro fosse capaz de comportar alguma consciência. Outros tentam provar que muito antes de

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existir qualquer organismo biológico a consciência já existia fora da matéria e ela é responsável por criar o organismo biológico e se manifestar nesse organismo, independendo do próprio para existir, que mesmo com a morte do cérebro a consciência continua a existir. Aí chegamos no que a teoria espiritualista acredita: vida após a morte, cura a distância, telepatia, força do pensamento e da palavra, entre outros. Que nada mais é do que a interação entre consciências não importando a distância entre elas, uma inteligência que mesmo a distância age no universo, aparentemente individualizada em corpos, com capacidade de integrarem-se ou de serem compartilhadas, estabelecendo conexões fora do cérebro ou corpo biológico, inclusive consciências de quem não mais vive entre nós. Muitas manifestações que a ciência não explica, para a teoria espírita e algumas culturas, principalmente orientais, esses fenômenos são apenas uma questão de percepção da realidade, que assim como os cinco sentidos, esta percepção poderia (princípio da incerteza) se dar a partir de um sexto sentido (ainda não desenvolvido na maioria dos seres), estabelecendo um canal para tal manifestação e nesse ponto, o da percepção da realidade, aceito pela ciência pelo princípio da probabilidade ou incerteza, evidencia-se a mesma natureza definida de acordo com a física. Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas. (KARDEC, Allan, 1944. A Gênesis, Capítulo I, item 14)

Nesta obra Kardec aborda diversas questões de ordem filosófica e científica, como as da criação do Universo, a formação dos mundos, o !135


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surgimento do espírito, segundo o paradigma espírita de compreensão da realidade. Kardec procura estudar os milagres como fenômenos naturais cujos mecanismos de funcionamento são atualmente desconhecidos pela Ciência. Descreve os feitos extraordinários de Jesus Cristo, explicando o que teria realmente acontecido. Também mostra o processo espiritual e físico da criação da Terra, dos astros e planetas que compõem o Universo, segundo a visão científica de seu tempo. Na doutrina espírita, Kardec dedicou-se à estruturação de uma proposta de compreensão da realidade baseada na necessidade de integração entre os conhecimentos científicos, filosóficos e moral, com o objetivo de lançar sobre o real um olhar que não negligenciasse nem o imperativo da investigação empírica na construção do conhecimento, nem a dimensão espiritual e interior do homem. Com isso, pesquisadores, filósofos e cientistas, travam inclusive dentro das academias uma batalha em torno da linguagem matemática, tendo como grande questão: “qual a necessidade de

se

usar

a

matemática

assiduamente como a única ferramenta de entendimento do universo físico?”, principalmente sendo sabido que esta mesma matemática é uma linguagem e existem questões onde ela é falha, tanto que não foi possível explicar matematicamente o fenômeno da comunicação ou trajetória de um elétron ou informação como já descrito acima ou o que realmente é o buraco negro, por exemplo. Mais uma vez o conservadorismo impedindo a evolução, já que não se abandona a matemática ou se entra num outro universo para essas descobertas. E é justamente pela percepção de um novo universo que se chegou a esta pesquisa. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para um Coach tornar-se habilitado a exercer a função através de formação amparada em teoria e práticas, ele próprio experimenta e vivencia o processo, tornando-se exemplo multiplicador de acordo com o código ético da profissão.

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Entre as muitas conquistas que o Coaching vem realizando, está o despertar da essência do ser humano. Chegando nesse ponto, não há como descartar a espiritualidade, ainda que de forma interiorizada no próprio Ser que passa pelo processo, mesmo que venha a ocorrer após o seu encerramento conforme previsão de evolução contínua proposta pelo Coaching e ainda que o estado desejado do Coachee não fosse, ou precisasse passar por esse “despertar”, a sua ocorrência é bastante comum dentro do círculo de contatos pessoais da autora nessa área, a qual permitiu tal constatação, ainda que sem caráter científico, justamente motivando com isso o desenvolvimento dessa pesquisa. Tendo a autora vivenciado essa experiência despretensiosamente após a formação, só mais tarde deu-se o entendimento do que acontecera, no entanto, antes disso houve uma imersão no mundo da espiritualidade, passando por centros holísticos, espiritualistas, pesquisas quânticas e espirituais e ainda mestres desses saberes na tentativa de esclarecimento do que de fato era aquela transição. Nessa fase, veio a integralidade dessa transformação, devido aos novos conhecimentos experienciados e até mesmo mais antigos decorrentes de uma vida familiar identificada com o Espiritismo. Desde então, em todos os casos de processos de Life Coaching conduzidos pela autora até agora, independente do foco, chegou-se em um ponto comum, em que o conhecimento sobre a espiritualidade, de acordo com o exposto, aqui foi necessário ser transmitido ao Coachee dando a oportunidade de uma transformação mais integral, enriquecida quanto à totalidade do ser humano e do universo, promovendo a expansão de consciência e inevitável reconhecimento da essência de cada pessoa, conduzindo-a ao seu propósito de vida, que em alguns casos revelou-se distinto do propósito ao qual o Coachee acreditava já estar revelado e ainda promovendo em todos eles uma ligação à espiritualidade, mesmo que de formas distintas, no entanto, dentro de uma realidade percebida admitida como verdade pelo Espiritismo e pela ciência no que se refere à teoria quântica e física clássica. No meio espiritualista, se acredita que será inevitável a interação realmente clara entre o mundo “físico” e o mundo dos “espíritos” independente da ciência. A nossa civilização está chegando num grau de compreensão, em

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que a evolução vai permitir o entendimento dessa relação, da mesma maneira inclusive, as vidas extra-terrestres serão entendidas. Durante a elaboração do presente trabalho, verificou-se a pouca abordagem do tema com a mesma proposta e uma grande variedade de interpretações errôneas do que é a espiritualidade, neste concerne se fez necessária a pesquisa apresentada aqui. Sugestionando um grande campo a ser explorado com estudos mais aprofundados. Se o Coaching por si só vem mudando as pessoas e a Espiritualidade também, unir essas duas ciências certamente será uma proposta irrecusável n a t e n t a t i v a d e t r a n s fo r m a r o m u n d o d e h o j e e m u m m u n d o extraordinariamente melhor. REFERÊNCIAS CHARON, Jean E. “O Espírito, este desconhecido” – ‘L’Esprit Cet inconnu”. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1990. GONÇALVES, Maria de Lourdes; BRANDÃO, Márcia Rios. “Educação de Adultos suas Dificuldades e Motivações na Educação Superior Baseada nos Conceitos da Andragogia”. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 01, Vol. 04, pp. 31-48, Janeiro de 2018. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/ educacao-de-adultos-dificuldades> Consultado em 26/09/19. HAY, Louise L. “VOCÊ PODE CURAR SUA VIDA: Como despertar idéias positivas, superar doenças e viver plenamente”. 20 Ed. São Paulo: Editora Best Seller, 2004. KARDEC, Allan. “A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo”. Tradução: Sandra Regina Keppler . 02 Ed. Guarulhos/SP: Editora Mundo Maior, 2013. KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 363 Ed. 20 Reimpressão. São Paulo: Editora IDE, 2009. MARQUES, José Roberto. “Onde mora a divindade”. Disponível em <https:// www.jrmcoaching.com.br/blog/onde-mora-a-divindade/ > Consultado em 08/09/19. SÓQ. Virtuous Tecnologia da Informação. “De Broglie” – Figura 1, 2019. Disponível em: http:// www.soq.com.br/biografias/de_broglie/ Consultado em 24/10/2019. WELSCH, Daniel José. “Momentos de Equilíbrio”. Santa Maria: Editora Rio das Letras, 2018. WELSCH, Daniel José. “O poder do Bem”. Santa Maria: Editora CAPOSM, 2017. WIKIPEDIA. “Pieter Zeeman” – Figura 2, 2012. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:Pieter_Zeeman_2.jpg> Consultado em 24/10/2019. WIKIPEDIA. “Niels Bohr” - Figura 3, 2017. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/ Niels_Bohr > Consultado em 24/10/2019.

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Revista de Administração e Ciências ISSN: 2525-801X ORCIDE: 0000-0001-8789-7698 Publicação da área de Ciências Humanas

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CONHECIMENTO É PODER

Revista Administração e Ciências

41 Ano 2 - Edição 02 da Série Especial A Força do!1Conhecimento - NOVEMBRO 2019 - ISSN 2525-801X


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