Gestão de Negócios & Coaching

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Ed.13 da Série Especial A Força do Conhecimento - Fevereiro 2020 - ISSN 2525-801X

REVISTA

Fevereiro 2020

ADMINIS TRAÇÃO E CIÊNCIAS

semana 2

Ano 3 Volume XI

Série Especial A Força do Conhecimento

GESTÃO DE NEGÓCIOS

& COAC HING

Edição 13

ISSN 2525-801X

Revista Administração e Ciências

Curitiba, 2a Edição Série Especial A Força do Conhecimento: Conhecimento é Poder.Semana 01 - Junho de 2019

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Proibida a reprodução total ou parcial, sem a autorização por escrito.

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Ed.13 da Série Especial A Força do Conhecimento - Fevereiro 2020 - ISSN 2525-801X

Revista de Administração e Ciências ISSN: 2525-801X ORCIDE: 0000-0001-8789-7698 Publicação da área de Ciências Humanas

As opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. All articles are full responsability of their authors. Solicita-se permute

Catalogação Periodicidade Semanal ISSN 2525-801X

CDD 100

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Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Correspondência e Assinatura / Letters and subscription Revista de Administração e Ciências Rua Nicolau Vorobi 244 CIC – Curitiba – Paraná CEP.: 81250-210 E-mail: kozoski@gmail.com

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Série Especial

A Força do Conhecimento __________________ Conhecimento é Poder

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Editorial Esta é a última edição da série especial sobre a força do conhecimento. A série especial publicou artigos científicos produzidos por profissionais e estudiosos das ciências da Administração e da metodologia Coaching. Prof. Morôni Kozoski

Está última edição especial tem como título: A Força do Conhecimento. O processo de estudo e aprendizado é completo quando o resultados da pesquisa realizada podem ser compartilhados publicamente.

Sua opinião é muito importante para nós. Se desejar fazer elogios, comentários, críticas ou saber mais sobre os trabalhos realizados por cada autor, poderá fazê-lo no nosso WhatsApp 41 99986-8566.

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PÁGINA 8 COMO O COACHING PODE AJUDAR NA VIDA DAS PESSOAS? Regina Lúcia Santos Oliveira

PÁGINA 20 LIDERANÇA EM TEMPOS MODERNOS Leandra Ap. I. de Oliveira Rambaldi

PÁGINA 27 A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO PARA UMA MUDANÇA POSITIVA ATRAVÉS DO COACHING Paulo Sérgio Diniz

PÁGINA 39 A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO NA RODA DA VIDA

Tarciana Vanderley de Moraes Herculano

PÁGINA 47 A IMPORTANCIA DO COACHING PARA O DESENVOLVIMENO DAS EMPRESAS E DE SEUS LIDERES

Vanessa Pacheco

PÁGINA 65 A FALTA DE CONHECIMENTO DOS EMPRESÁRIOS EM GESTÃO E O FECHAMENTO PRECOCE DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS.

Laudeci Lopes Brito

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PÁGINA 77 A INFLUÊNCIA DO COACHING NO DESENVOLVIMENTO DAS RELAÇÕES FAMILIARES

Viviane Rodrigues dos Reis Lacerda

PÁGINA 86 SOBRE A INFLUÊNCIA DO LIFE COACHING NA VIDA PROFISSIONAL DAS PESSOAS

Pedro Paulo Dos Reis Santos

PÁGINA 99 Coach Palestrante: A Arte da Comunicação Como Ferramenta de Trabalho do Coach.

Marlene Veiga Espósito

PÁGINA 112 APLICABILIDADES E CONTRIBUIÇÕES DO COACHING NA ÀREA EDUCACIONAL

Vera Lúcia Baptista Castiglioni

PÁGINA 125 O QUANTO NOSSOS PENSAMENTOS INFLUENCIAM OS NOSSOS COMPORTAMENTOS?

Bárbara Cássia da Silva Bernardino

PÁGINA 134 COACHING NA IDENTIFICAÇÃO DOS MEDOS

Taciélia da Silva Soares

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COMO O COACHING PODE AJUDAR NA VIDA DAS PESSOAS?

Regina Lúcia Santos Oliveira

"Nem sempre será fácil, mas assumir o controle em busca de realizações acelera o processo de concretização de projetos…"

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COMO O COACHING PODE AJUDAR NA VIDA DAS PESSOAS? Regina Lucia Santos Oliveira Morôni Kozoski RESUMO O presente estudo tem como objetivo reconhecer que o coaching pode ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos, já que a evolução é uma necessidade para o crescimento existencial humano. ao passo que sendo o coaching um processo científico sua metodologia e técnicas vêm sendo aperfeiçoadas seguindo várias linhas e dentre elas está o life coaching que busca eliminar hábitos improdutivos e é indicado para implementar a realização pessoal e acelerar o processo de concretização dos seus planos e potencializar seus alvos. Palavras-chave: coaching, life coaching, pessoas. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como premissa apresentar o significado do coaching e como ele pode ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos, para tal serão respondida as perguntas o que é coaching, como vivem as pessoas atualmente, quais as contribuições que o coaching pode oferecer às pessoas e quais os resultados poderão ser proporcionado com o processo de life coaching. Na abordagem inicial será apresentada a definição de coaching, a sua fundamentação, a sua finalidade, a diferença do coaching com outros processos e como o processo acontece. Em seguida será apresentado um preâmbulo como as pessoas vivem atualmente, retratando que existe uma necessidade de evolução e que se não for buscado meios para que essa evolução aconteça poderá ocorrer uma estagnação, permanecendo na zona de conforto. E para que essa estagnação não aconteça serão apresentadas algumas contribuições que o coaching de vida pode oferecer às pessoas para que possam sair de seu estado atual, sendo provocadas através de ferramentas e metodologias para atingirem o estado desejado. E por fim, iremos discutir os possíveis resultados que o Life Coaching pode proporcionar às pessoas, apresentando situações que poderão levar para o sucesso pessoal e profissional. Com o coaching, a pessoa tem, acima de tudo, a chance de eliminar seus hábitos improdutivos e de assumir o controle de sua própria vida. Indicado

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para as pessoas que buscam realização absoluta na vida profissional ou pessoal, o processo pode ser utilizado em todos os aspectos da vida para acelerar o processo de concretização dos seus planos. O QUE É O COACHING? O coaching é uma metodologia, que envolve um conjunto de técnicas e ferramentas, aplicadas por um profissional habilitado que tem por objetivo o desenvolvimento de um indivíduo ou grupo de indivíduos. O coaching pode trabalhar uma área específica ou diferentes áreas, possuindo inúmeros nichos e ramificações, sendo mais que uma ferramenta de desenvolvimento de competências, é também uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, um modo de gerenciar, de pensar e de ser. O coaching é um relacionamento no qual uma pessoa se compromete a apoiar outra a atingir um determinado resultado, seja ele o de adquirir competências e/ou produzir uma mudança específica. Não significa apenas um compromisso com os resultados, mas sim com a pessoa como um todo, seu desenvolvimento e sua realização (PORCHÉ; NIEDERER, 2002). Porché; Niederer (2002), confirmam que o coaching é um relacionamento que não tem apenas um compromisso com os resultados, como também com a pessoa como um todo. Busca evidenciar seu estado atual e durante todo tempo ressignificar as situações em busca de um estado desejado que será acompanhado diante de todo processo. Através do processo de coaching novas competências surgem, tanto para o coach (aquele que treina e desenvolve) quanto para seu cliente, o coachee (aquele que é treinado passando pelo processo de desenvolvimento), não só apenas em termos de competências ou capacidades específicas, das quais um bom programa de treinamento poderia dar conta perfeitamente.

Coaching é mais do que treinamento, o coach permanece com a pessoa até o momento em que ela atingir o resultado. É dar poder para que a pessoa produza, para que suas intenções se transformem em ações que, por sua vez, se traduzam em resultados (CHIAVENATO, 2002).

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Chiavenato (2002), afirma que o processo de coaching apresenta novas competências, capacidades específicas e ainda dar o poder para que a pessoas possa transformar suas intenções em ações. Ou seja, o coaching possibilita que a pessoa saia de sua zona de conforto, perceba sua idealizações e as coloque em prática, chegando ao resultado esperado. O coaching é um processo que tem como objetivo principal ajudar as pessoas a atingirem seus objetivos de forma mais rápida e eficaz. Para tal, são utilizadas ferramentas que maximizam as ações que buscam desenvolver o potencial que cada pessoa possui. Como afirma o IBC (Instituto Brasileiro de Coaching): O processo de coaching é um conjunto de técnicas, ferramentas e conhecimentos de diversas áreas como, Psicologia, Administração de Empresas, Recursos Humanos – RH, Sociologia, entre muitas outras, que procura acelerar e potencializar o alcance de resultados, tanto em âmbito pessoal quanto profissional e empresarial. Portanto, o Coaching tem como finalidade, descobrir soluções e auxiliar a pessoa a atingir metas previamente estabelecidas, em um curto espaço de tempo. Quem aplica a metodologia é o profissional de Coaching devidamente habilitado, o Coach. A sessão pode ser realizada em grupo ou individualmente, e o Coach é quem dá início ao processo junto ao cliente, que dentro do processo chamamos de coachee. O processo de coaching é feito com encontros semanais, quinzenais ou mensais entre o Coach e o Coachee e os mesmos podem ser presenciais ou online. O coaching é um processo comprovado cientificamente cujo objetivo principal é auxiliar na definição de metas e objetivos bem como melhorar o desempenho do coachee, aumentar a performance em diversas áreas da sua vida, seja ela pessoal, profissional ou corporativa, além de proporcionar o desenvolvimento de uma comunicação efetiva, do autoconhecimento, inteligência emocional, melhoria nos relacionamentos, quebra de crenças limitantes, organização de vida financeira, entre muitas outras que tornarão possível o indivíduo alcançar um estado de equilíbrio em todas as partes de sua vida e se sentir pleno e realizado. Um coach é o profissional responsável que, através do usos de ferramentas, pode auxiliar qualquer pessoa a encontrar suas capacidades e

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competências comportamentais, além de usar técnicas que melhorem o seu desempenho e o levem a alcançar suas metas, ou seja a saírem de um mindset fixo, para um mindset de crescimento desenvolvendo estratégias diárias que lhes permitam viver acima da linha da vida em busca do sucesso, já que na vida “ não existem erros ou fracasso, o que existem são resultados” . Ao aplicar as ferramentas do coaching em pessoas que precisam descobrir sua missão na vida ou no ambiente corporativo diante da necessidade da sua empresa é notório perceber que com o devido planejamento e o uso de estratégias eficazes o coachee terá um resultado melhor e a empresa terá um diferencial entre as demais do mesmo ramo do setor. O QUE É LIFE COACHING? Segundo Gallwey (1972), o coaching é uma relação de parceria que revela/ liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar o desempenho delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas. De acordo com Lages e O’Connor (2008), existem diferentes tipos de coaching, porém as técnicas empregadas, assim como o processo, são os mesmos. Somente o foco do processo que diferencia de um para outro, de acordo com a necessidade de cada indivíduo. O life coaching é voltado às necessidades pessoais: melhoria nos relacionamentos, interpessoais, familiares, afetivos, emagrecimento etc. Também conhecido como coaching de vida, o coaching pessoal é uma metodologia empregada para fomentar o desenvolvimento pessoal. As técnicas empregadas, possibilitam uma mudança de consciência do indivíduo que se submete a essa metodologia, além de ensejar mudanças de hábitos, autocontrole, autoconhecimento, crescimento intelectual e o desenvolvimento de habilidades. O coaching pessoal também pode auxiliar na resolução de problemas financeiros, emocionais e de relacionamento, além de ajudar pessoas a superarem traumas, depressão e fobias. Normalmente, o coaching pessoal não fica limitado a apenas um campo da vida do indivíduo, porém ele pode focar em aspectos específicos da vida da pessoa, como nos estudos, nos

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relacionamentos, na saúde e na vida profissional. O Coaching Pessoal, ou Life Coaching (Coaching de vida) é especial para pessoas que buscam um novo rumo em suas vidas, estão insatisfeitas e não sabem o motivo, que têm desafios nos seus relacionamentos, que estão em fase de transição em alguma área ou que têm sonhos mas não sabem como dar o primeiro passo. O life coach (coach de vida) é um profissional de coaching que te dará estímulo ao autodesenvolvimento e domínio, levando-o a tomar decisões conscientes segundo sua real vontade e o objetivo proposto. (VIANA, 2015) O coaching pessoal focado na vida profissional, é facilmente confundido com o coaching de carreira, porém existe uma linha tênue que separa as duas metodologias. A nuance entre as duas metodologias, está no foco do processo, enquanto o foco do coaching de carreira é alcançar os objetivos e metas da organização, o foco do coaching pessoal voltado para a vida profissional do indivíduo é a realização pessoal e sucesso deste. Por abranger diferentes áreas, o coaching pessoal é multidisciplinar, composto por disciplinas como filosofia, administração, psicologia, educação física e nutrição. Não obstante, não se faz necessário que o profissional de coaching tenha formação em cada uma dessas áreas, basta que este tenha o conhecimento necessário para aplicar a metodologia com eficiência e eficácia. O processo de coaching pessoal, assim como os demais processos de coaching, ocorre em sessões, geralmente semanais, quinzenais ou mensais, e duram em média de uma a duas horas. Normalmente, na primeira sessão ou consulta, o coach, através do uso de ferramentas e práticas, faz um diagnóstico inicial do caso, identificando quais são os problemas do indivíduo, objetivos e metas, o que pode ser melhorado em sua vida, pontos forte e fracos de sua personalidade, suas características cognitivas comportamentais, seus aspectos motivacionais e etc. E, em seguida, tendo como norte este diagnóstico, o coach realiza um planejamento minucioso de todo o processo. O ponto de partida do coach, após o diagnóstico inicial é trabalhar o autoconhecimento do indivíduo, pois é necessário que o coachee, possua um bom conhecimento intra-pessoal, para que ele saiba de fato o que almeja para sua vida, o que lhe fará feliz, o que lhe proporcionará um sentimento de

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realização e de sucesso, e assim, reavaliar e redefinir, se for o caso, os objetivos e metas. Feito isso, com os objetivos e metas bem definidos e consolidados, dá continuidade ao processo. COMO VIVEM AS PESSOAS ATUALMENTE? Em busca da perfeição o ser humano está adoecendo, no entanto vale ressaltar que tudo que está perfeito já está concluído e isso não acontece com o ser humano pois a existência humana é um processo constante de mudanças. Com a tecnologia que deixou de ser um simples diferencial no trabalho e se transformou uma obrigatoriedade, hoje em dia as pessoas estão sendo monitoradas pelas redes sociais, acabou a privacidade das pessoas e elas não se deram conta disso. Há atualmente um excesso de informação, de atividades, de trabalho intelectual, de preocupação, de cobrança, de uso de computadores e de celulares e, todos esses excessos leva-nos a adquirir novas doenças a exemplo do estresse, da depressão ou SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado).

Vivemos numa sociedade urgente, rápida e ansiosa. Paciência e tolerância a contrariedades estão se tornando artigo de luxo. Sem perceber, a sociedade moderna – consumista, rápida e estressante – alterou algo que deveria ser inviolável, o ritmo de construção de pensamentos, gerando consequências seríssimas para a saúde emocional, o prazer de viver, o desenvolvimento da inteligência, a criatividade e a sustentabilidade das relações sociais. Adoecemos coletivamente.(CURY AUGUSTO, 2014,17)

Diante dessas premissas podemos perceber que muitas pessoas estão vivendo um conflito interno seja na vida pessoal ou profissional, em busca dos seus sonhos ou do sucesso e até mesmo de qualidade de vida sendo assim, um profissional de Life Coaching incentivará e estimulará o autoconhecimento de forma a melhorar o desenvolvimento pessoal e o domínio sobre a vida, tornando-o mais atento, consciente e seguro ao tomar decisões. Isso é alcançado pois o coachee se torna capaz de definir suas reais motivações, vontades e o objetivos que se propuser. Para Carol S. Dweck (2017), principal estudiosa da área do conhecimento, especialista em sucesso e motivação e autora do livro “Mindset:

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a nova psicologia do sucesso”, o nosso modo otimista ou pessimista de enxergar as diversas situações da vida e de como se portar diante delas pode ser modificado através de uma mudança na atitude mental, que ela chama de mindset , que é um fator decisivo para que todo potencial humano seja explorado e com isso possa sair do seu estado atual, para um estado desejado pois habilidades podem ser desenvolvidas por meio de orientações, boas estratégias e muito trabalho. QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES QUE O COACHING DE VIDA PODE OFERECER ÀS PESSOAS? O coaching pessoal é um processo que dará um novo rumo na vida e, tratando-se de um processo há inúmeras contribuições que o coaching de vida pode oferecer às pessoas para que possam sair do seu estado atual através de ferramentas e metodologias para atingirem seu estado desejado. Para alcançar os resultados esperados, é necessário saber onde está e onde exatamente deseja chegar, para então analisar quais ferramentas de coaching poderão ser utilizadas, entre tantas já desenvolvidas. Diário de bordo é uma ferramenta de coaching para ser utilizada diariamente – por isso é um diário, onde você faz um balanço do seu dia. Essa é uma ferramenta que o coach deve ensinar o coachee a fazer, e deve ser feita todos os dias para maior eficiência, pois acaba gerando um processo de melhoria contínua interno no coachee. A aplicação é baseada em responder 3 perguntas simples: 1- Porque valeu a pena viver o dia de hoje? Quais foram seus ganhos e aprendizados no dia de hoje? Esta pergunta coloca o coachee em modo de revisão, onde ele observará tudo que fez no dia presente, quais os pontos positivos do dia e as suas vitórias, o que gera uma sensação de auto realização, além de permitir que ele acompanhe isso como um diário mesmo, reavaliando periodicamente o seu desempenho. É o tipo de autoanálise que gera a sensação de dever cumprido e de evolução constante, pois em pouco tempo o coachee consegue avaliar se está tendo desempenhos melhores que aos dias anteriores.

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2 - O que você poderia fazer de diferente para as coisas que não foram tão legais hoje? Se pudesse voltar no tempo, o que teria feito de diferente neste dia? Seguindo o raciocínio de auto avaliação, é preciso analisar os pontos e aspectos de sua atuação do dia que não dizem respeito aos resultados que gostaria de ter tido, e que pode entender como pontos a evoluir ou equilibrar nos seus próximos dias. Essa é uma etapa fundamental para pessoas que passam ou podem passar a reconhecer padrões de comportamentos que os limitam, e retrabalhar estes padrões para atingir o nível de resposta mais positivo que lhes permitirá alcançar melhores resultados no contexto geral. 3 - Quais ações diferenciadas você tomará no próximo dia? O que você se compromete a fazer de forma diferente no dia seguinte? É a pergunta que reafirma os pontos a evoluir e os transforma em planos de ação efetivos, para colocar em prática e exercitar a melhoria contínua no seu contexto de dia a dia. A palavra compromisso é bastante poderosa neste momento, pois gera um comprometimento pessoal, reforçando o empoderamento e controle pessoal do coachee. Roda da Vida ferramenta para avaliar o grau de satisfação da pessoa em relação a quatro aspectos fundamentais: Profissional, Pessoal, Relacionamentos e Qualidade de Vida. Por meio de um gráfico, que vai de 1 a 10, o coachee consegue mensurar como está o seu grau contentamento e dedicação a cada uma destas esferas e, a partir desta avaliação, trabalhar para alcançar satisfação plena e maior bem-estar em todas as áreas de sua vida. Coaching Assessment Ferramenta de mapeamento de tendências comportamentais, muito utilizada para avaliar o perfil do coachee e o seu momento atual. Por meio de um questionário simples, rápido e assertivo, é possível verificar se este é: Analista, Planejador, Comunicador ou Executor e, com isso, encontrar formas efetivas de potencializar seu desenvolvimento profissional e pessoal. SWOT Pode ser Pessoal ou Estratégico. É como numa empresa, onde o Coachee reconhece seus pontos fortes e pontos fracos e estabelece ações para eliminar ou mitigar esses pontos negativos. É uma ferramenta que veio da Administração e que possui conceitos do livro A Arte da Guerra de Sun Tzu. Crenças Limitantes Durante o processo, o Coach escreve as frases mais

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marcantes e ditas em momentos de forte emoção ou que são repetidas durante o processo. Antes do processo terminar, o Coach faz essa sessão para trazer essas questões para o Coachee. É preciso muita sensibilidade para que o Coach trate dessas crenças que estão limitando ou impedindo que o Coachee avance e alcance o resultado esperado.

QUAIS OS POSSÍVEIS RESULTADOS QUE PODERÃO SER ALCANÇADOS COM O PROCESSO DE LIFE COACHING? É notório afirmar que não há processo de coaching sem resultado, pois a partir do momento que a pessoa percebe que há algo que precisa tomar um novo rumo na vida e se propõe a aplicar a metodologia do coaching, as chances de alcançar seus objetivos são enormes. Quer algo diferente? Precisa agir diferente. Entretanto, o agir diferente traz para a pessoa a oportunidade de se conhecer na essência e com o autoconhecimento tem condições de melhorar a auto estima e a autoconfiança, tendo um desenvolvimento considerável da inteligência emocional, equilibrando assim suas emoções e tendo um maior controle sobre elas. Sem a gestão da emoção, nenhum dos demais treinamentos tem sustentação. Sem liderar o mais rebelde, fascinante e importante dos mundos, a emoção, não é possível dar musculatura ao pensamento estratégico, a arte de negociar, a habilidade de se reinventar e ser proativo. Sem gerir a emoção, as habilidades para resolver conflitos nas empresas, nas salas de casa e de aula ficam asfixiadas. (CURY AUGUSTO, 2017,8) T r a t a n d o - s e d e r e s u l t a d o s d o L i fe C o a c h i n g a t r av é s d o autoconhecimento, conforme o processo vai tomando forma é possível perceber um aumento na qualidade de vida, bem-estar pessoal e profissional, aumento da disposição e saúde do cliente. Além disso, há uma melhoria no que diz respeito ao nível de conquistas, performance, felicidade e plenitude. A partir de um processo de coaching, percebe-se que cuidando dos

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relacionamentos interpessoais teremos oportunidade de crescer, alcançar sonhos e objetivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muito se debate hoje em dia o que o coaching pode fazer na vida das pessoas e, através deste trabalho foi possível demonstrar algumas contribuições que o life coaching pode oferecer ao indivíduo, pois quando o ser resolve assumir o controle da sua vida e deixar de ser escravo das emoções, as realizações pessoais e profissionais acontecem. Nem sempre será fácil, mas assumir o controle em busca de realizações acelera o processo de concretização de projetos que o uso de técnicas com: diário de bordo, roda da vida entre outros, podem auxiliar na sua missão para sair da zona de conforto, estimular o autoconhecimento ou até mesmo organizar sua vida financeira. Um dos fatores primordiais para que a metodologia do life coaching seja efetiva é que durante o processo haja uma relação de confiança, respeito e parceria, com ações que ajudem a dar sentido ao processo que repercutirá com uma mudança de mentalidade. Todas as ferramentas utilizadas no processo levarão o cliente a compreender de vez qual é seu estado atual e que se o mesmo se permitir uma mudança de mindset e esteja disposto a abrir mão de suas crenças buscando administrar de forma estratégica e pontual terá um melhor resultado em um tempo surpreendente. Por fim, o artigo apresenta uma visão de como hoje o coaching de vida pode contribuir para um ambiente mental organizado com ressignificação de ações e por que não dizer de um aumento da tão sonhada qualidade de vida, contudo vale ressaltar que a todo instante surgem novas técnicas e que se comprovadas cientificamente podem ser incorporadas a novos processos de life coaching com ênfase em superar outras crenças limitantes, partindo do pressuposto de que todos são eternos aprendizes e a vida está em constante mudança. REFERÊNCIAS BARROS, João Guilherme. Ferramentas de Coaching. Disponível em: ). Acessado em 11 de novembro de 2019

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____. Definições de coaching. . Acessado em 12 de novembro de 2019. LAGES, Andrea; O’CONNOR, Joseph. Como o coaching funciona. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. MARQUES, José Roberto. Ferramentas de Coaching. 21 de agosto de 2016. Disponível em < https://www.jrmcoaching.com.br/blog/ferramentas-de-coaching/. Acessado em 22 de novembro de 2019. PORCHÉ, Germaine; NIEDERER, Jed. Coaching: o apoio que faz as pessoas brilharem. Rio de Janeiro: Campus, 2002. VENERI, Jailson. Ferramenta de coaching. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/ ferramenta-de-coaching-diario-de-bordo. Acessado em 17 de novembro de 2019. VIANA, Arnon. Coaching – Profissional e Pessoal. São Paulo: 2015. Disponível em: http://arnonviana.com/coaching-de-carreira/o-que-e-coaching-profissional-pessoal-lifecoaching/. Acesso em: 13 de novembro de 2019.

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LIDERANÇA EM TEMPOS MODERNOS

Leandra Ap. I. de Oliveira Rambaldi

"O estilo de liderança adotado, seja qual for, deve ser motivador, atuante, esclarecedor, comprometido, participativo e determinado."

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LIDERANÇA EM TEMPOS MODERNOS Leandra Ap. I. de Oliveira Rambaldi Morôni Kozoski

RESUMO Em tempos modernos a liderança tornou-se a peça chave para a solução de problemas dentro dos relacionamentos empresariais, sendo que empatia, foco e resiliência, andam de mãos dadas quando se trata de liderar com destreza e sabedoria, de forma, a trazer o colaborador a se reavaliar e perceber que a grandeza em liderar e ser liderado está justamente em fazer o bem ao outro para que todos em conjunto cresçam e amadureçam.

Palavras-chave: Liderança. Empatia. Mudança INTRODUÇÃO A liderança sempre exerceu grande interesse nos estudos do relacionamento humano, principalmente ao se comandar pessoas. Dos tempos militares até o ambiente corporativo houve muitas mudanças. Onde a posição ficou invertida, a proposta é que o gestor passe a se perguntar o que deve fazer para facilitar o trabalho de seus subordinados. Sabe-se que a função liderança é um dos principais determinantes de uma equipe eficaz, produtiva e de alto score relacional no ambiente de trabalho. Nesta aula aborda o estabelecimento da liderança. Conceitos de liderança e seus tipos. Liderança e Poder. Definir um perfil considerado ideal e as qualidades para a liderança participativa. Tratar da liderança formal e informal, suas diferenças e utilização prática. Falar de liderança é enveredar por caminhos prazerosos e, ao mesmo tempo, tortuosos. É visto que pessoas lideradas por gestores que marcaram positivamente e negativamente e fizeram toda a diferença na vida das pessoas. Um líder com competência para desenvolver seus subordinados e que consiga estimulá-los o suficiente para que desejem a mesma meta passa a ser

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considerado como perfeito no imaginário social e ganha status diferenciado dentro das organizações. Neste artigo, trata-se de conceitos e forma de comportamento de liderança, a fim de desmistificar o processo de liderança.

RECONHECENDO AS FORMAÇÕES DA LIDERANÇA E SUA DIFERENÇA DO PODER Os conceitos de liderança são inúmeros desde longa data, assim como os autores que escrevem sobre o tema. Segue algumas definições. “Liderança é um Processo de influência pelo qual os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a metas comuns ou compartilhadas”. (HOUSE & PODSKOFF, 1946). “Liderança é a realização de uma meta por meio da direção de colaboradores humanos. O homem que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades especificas é um líder. Um grande líder é aquele que tem a capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande variedade de situações”. (PRENTICE, 1961). “Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade física ou atemporal ano é importante nessa definição. Um cientista pode ser influenciado por um colega de profissão que nunca viu ou mesmo que viveu em outra época. Da mesma forma, líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos que estão muito longe e que têm pouquíssima chance de vê-los pessoalmente”. (MAXIMIANO, 2000). “Liderança é o uso da influência não coercitiva para dirigir as atividades dos membros de um grupo e levá-los à realização dos objetivos do grupo”. (JAGO, 1982).

Ao analisarmos os conceitos de liderança, vamos nos deparar com a descrição, comum a todos os autores, que líder é a pessoa que “conduz grupos”, “organiza tarefas”, “resolve problemas”, “orienta e motiva no trabalho”, e tantas outras. LIDERANÇA E PODER Liderança e poder costumam caminhar juntas. No ambiente organizacional competitivo e, ao mesmo tempo, que busca harmonia das relações, ser líder não é tarefa nada fácil. É preciso uma boa dose de

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equilíbrio, isenção de julgamentos, paciência e vontade de conhecer e aprender sobre o indivíduo e suas relações. O conceito de poder, no sentido burocrático, está associado ao cargo de chefia, o que não implica que esta chefia saiba exercer a liderança como uma de suas atribuições. Considera-se dizer que chefia é cargo, ao passo que liderança é perfil. O ato de gerenciar representa como o colocar em prática seu próprio comportamento, conhecimento e técnicas para que sirvam de fatores motivacionais para as equipes de trabalho. Deve-se, com estes comportamentos, estimular as pessoas a superarem desafios, alcançar metas e promover resultados satisfatórios. A antiga crença de que o comportamento de liderança é inato, foi substituída pelos atuais conceitos administrativos, que sugerem este comportamento passível de desenvolvimento e, que o ideal, seria aliar o fator inato com comportamentos aprendidos e desenvolvidos na prática do trabalho. LÍDER IDEAL Apresentar o perfil ideal sobre qualquer função sempre é arriscado, pois esse perfil deve estar contextualizado no tempo e no espaço. Como já vimos que esses fatores vêm se modificando com muita rapidez, a sua definição corre grande risco de ficar obsoleta em pouco tempo. Entretanto, parece que algumas macro áreas vêm se mantendo constantes quando se investiga o perfil de um líder que é identificado como de alta performance. Essas áreas se dividem em competências mais focadas na razão e as mais focadas na emoção. Também podemos dividi-las em focadas no trabalho e focadas nas pessoas. Quais competências são enfatizadas para as lideranças atuais? •Técnicas e operacionais: Conhecimentos, habilidades e conhecimentos técnicos para a realização dos processos do trabalho. • Cognitivas: Produzem a necessidade de aprender cada vez mais, pensar estrategicamente e buscar soluções criativas para os problemas apresentados. •Institucionais ou Organizacionais: Proporcionam aos profissionais a capacidade de organizar o trabalho, estabelecer métodos próprios, gerenciar seu próprio tempo e espaço de trabalho. •Relacionais: São as competências que usamos para nossos relacionamentos interpessoais. Na organização podem ser traduzidas por habilidades de negociação, solução de conflitos, busca de diálogo, questionamentos e argumentação.

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•Sociais: São as competências para usar conhecimentos da vida cotidiana no ambiente de trabalho e vice-versa, tornando uma prática social desta maneira, as atividades da vida profissional. • Comportamentais: Estão ligadas às atitudes de motivação, curiosidade, busca do aprendizado, disposição para mudanças, iniciativa e outras. CINCO PRINCÍPIOS PARA UMA LIDERANÇA PARTICIPATIVA Para um bom gerenciamento, o foco em partilhar a liderança, pode ser mais eficaz que um isolamento não participativo. Vejamos abaixo cinco princípios que podem facilitar esta missão. Vamos chamá-las de “Princípios da Liderança Participativa” 1.I. Conhecimento de todo o funcionamento da equipe 2.II. Disciplina para agir com segurança, dentro do planejamento das rotinas e metas 3.III. Relacionamento eficiente com colegas, superiores, subordinados e clientes. 4.IV. Senso de observação para agir com equilíbrio, imparcialidade e certeza nas ações 5. V. Interesse em aprimorar sistematicamente seus conhecimentos e práticas no trabalho. Também se notam outros três aliados importantes para o alcance de metas, os quais são: - Normas da empresa, - Administração do tempo, - Colaboração e como estilo de chefiar. Normalmente a equipe se molda ao estilo das lideranças. As lideranças, como procedimentos eficazes geram equipes mais afiadas com o trabalho e suas tarefas, do que lideranças que utilizam apenas o discurso verbal como forma de comunicação. A liderança participativa deve-se estimular a integração, comunicação, valorização de pessoas e equipes, desenvolvimento da sinergia, o que se reverte maiores qualidade e produtividade nos diversos segmentos da organização. A liderança participativa promove melhorias nos resultados financeiros, diminui o índice de doenças e absenteísmo, reduz falhas nos processos, facilita a adaptação às mudanças e, principalmente, acelera a solução de problemas nas equipes, levando os processos a serem mais ágeis e com menos falhas em seus passos.

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LIDERANÇAS FORMAIS E INFORMAIS “Quando o trabalho está feito e a tarefa cumprida, esperase que um bom líder diga: – nossa equipe foi quem fez." Lao-Tsé, há mais de mil anos.

Lideranças podem funcionar de maneira formal e informal. É capaz de definir liderança formal como aquela exercida por um chefe constituído pelo poder organizacional (uma promoção, por exemplo). A liderança informal surge de forma diferente daquela definida por outros. Ela surgida espontaneamente e, normalmente a decorre de indivíduos com temperamento expansivo, com talento para agregar os demais. Eles influenciam decisões e, muitas vezes, podem se tornar fonte de conflito quando entram em rota de colisão com a liderança formalmente constituída.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabe-se que os aspectos comportamentais determinam em muito o estilo de liderança utilizado na condução das equipes. Não é possível colocar em segundo plano, além dos aspectos comportamentais e das rotinas diárias, atribuições de gestão que o líder deve dispensar especial atenção. O estilo de liderança adotado, seja qual for, deve ser motivador, atuante, esclarecedor, comprometido, participativo e determinado. Todos os estilos nos trazem bons ensinamentos e particularidades. Acredita-se que o líder tem de ter aquela "chama que não se apaga". Que faz com que os outros o queiram seguir. Há aqueles que dizem que é um carisma. Outros um dom. Seja qual for o sinônimo de líder, ele é aquele que faz com que as coisas aconteçam. Ser líder é estar à frente, é a pessoa que mostra, guia e auxilia no caminho

a

ser

seguido,

é

comandar

outras

pessoas,

é motivar

e

influenciar, é a habilidade de gerenciar - através da ajuda dos seus subordinados - a missão ou tarefa a ser cumprida, visando alcançar sempre o nível máximo de sucesso.

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Assim, o que é preciso para

ser

um

grande

líder?

“Grandes

seguidores”. Quanto mais o líder for capaz de exercer a habilidade de cativar, motivar, e acima de tudo, liderar sua equipe, mais e melhor serão os resultados a serem alcançados. É gostar e cativar os outros a também gostar daquilo que faz. O líder precisa ter em mente que é preciso estar em constante atualização, pois o mundo muda, as pessoas mudam, a organização em si muda. REFERÊNCIAS BEHKEN, Sérgio Paulo, MBA, Gestão estratégica de pessoas, Coaching e liderança, ed. Saraiva, pg 10-31. CAVALCANTI, Vera Lucia (org.). Liderança e motivação. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. HOUSE & PODSKOFF, 1946. LIDERANÇA 3 CHAVES DE RESPOSTA. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a administração. 5. ed., revista e ampliada. 4ª tiragem. São Paulo: Atlas, 2000.

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A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO PARA UMA MUDANÇA POSITIVA ATRAVÉS DO COACHING

Paulo Sérgio Diniz

"No mundo atual é notória a dificuldade que o indivíduo está tendo para se adaptar e sobreviver diante de tantas mudanças e situações que invariavelmente surgem de forma inesperada e inevitável."

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A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO PARA UMA MUDANÇA POSITIVA ATRAVÉS DO COACHING Paulo Sérgio Diniz Morôni Kozoski RESUMO No mundo atual é notória a dificuldade que o indivíduo está tendo para se adaptar e sobreviver diante de tantas mudanças e situações que invariavelmente surgem de forma inesperada e inevitável. As pessoas precisam de uma nova mentalidade, um novo modo de pensar e de agir. Além disso, também precisam desenvolver novas habilidades comportamentais que as ajudem a chegar de forma mais leves no cumprimento de suas metas e sonhos. Assim surge o Coaching, ferramenta muito utilizada na formação de indivíduos, equipes e organizações. O objetivo deste trabalho é colocar sob reflexão a importância do autoconhecimento para uma mudança positiva diante deste contexto atual. O uso de ferramentas de coaching cientificamente comprovadas, o poder de se autoconhecer e de criar uma mentalidade estão ligados a uma complexa, mas possível mudança positiva na vida de qualquer indivíduo, equipe ou organização. Conclui-se que o coaching mostra como uma importante fe r r a m e n t a n o d e s e n vo lv i m e n t o d e h a b i l i d a d e s c o m b a s e n o autoconhecimento, desenvolvendo no indivíduo, equipe ou organização habilidades para que este tenha sucesso em suas metas ou sonhos. Palavras-chave: Coaching. Autoconhecimento. Mindset.

INTRODUÇÃO Partindo da premissa de que há uma necessidade natural de sobrevivência de todos os ser vivos no planeta, inclusive pessoas e organizações, há uma necessidade de se adaptar para poder sobreviver e evoluir. Para se adaptar ao mundo moderno e seus desafios constantes, as pessoas precisam a cada dia mais de novas habilidades além da necessidade de adquirirem comportamentos mais positivos para lidar consigo mesmo e com outras pessoas. Nesse contexto surge o coaching. Uma ferramenta para o desenvolvimento de habilidades pessoais. O coaching é um processo que !28


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envolve pelo menos duas pessoas: o coach (profissional de coaching) e o cliente (ou coachee) que através de técnicas de perguntas, tarefas e ações, o coach ajuda o coachee a desenvolver suas habilidades e capacidades. Este trabalho pretende abordar o coaching e a sua utilização em equipes, líderes de empresa, grupo de pessoas ou individual, objetivando assim, garantir resultados positivos pelo autoconhecimento. Assim, faz uma contextualização do que é coaching, quais são as suas ferramentas básicas, principais e mais utilizadas para que o indivíduo ou grupo de pessoas possa se autoconhecer. Também observa como a mudança positiva do Mindset (forma de pensar e de enxergar o mundo) pode gerar resultados positivos e como o poder do autoconhecimento está diretamente ligado ao poder de mudanças positivas na vida de uma pessoa, que por consequência faz com que este realize verdadeiras e sólidas mudanças em sua vida. Todo o trabalho é feito com base em livros e sites escritos atualmente e desenvolvidos por coaches fortemente qualificados. O material provoca uma reflexão sobre o poder que o processo de coaching possui em fazer com que o indivíduo passe a entender quem ele é, qual a sua situação atual, suas forças e fraquezas, ameaças e oportunidades existentes no presente, mesmo antes de sair em busca de seus sonhos e objetivos. O QUE É COACHING Em seu livro (Marques, 2015) descreve coaching como um processo em que duas pessoas ou um grupo de pessoas fazem uma conexão com objetivo de gerar resultados extraordinários através da cocriação mútua das partes envolvidas. Ainda define como um processo que busca o aumento do desempenho de uma pessoa, grupo ou empresa e que, através do uso de metodologias diversas, ferramentas e técnicas de várias ciências, como administração, gestão de pessoas, psicologia, neurociência, planejamento estratégico, entre outras, amplia os resultados efetivos e positivos em

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qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro. 
 Essas metodologias, técnicas e ferramentas são conduzidas por um profissional (coach) em uma parceria sinérgica e dinâmica com o cliente (coachee). É um processo que proporciona expansão significativa da desenvoltura profissional e produtividade pessoal. Coaching é sobre como sair de um ponto – estado atual – e chegar a outro ponto – estado desejado. (MARQUES, 2015, Pág. 91).

Segundo Chiavenatto (2002), coaching não é um processo recente e moderno. Sócrates, há mais de 2500 anos, já usava a maiêutica, processo que faz com que as pessoas aprendam a refletir e a pensar através de perguntas estrategicamente elaboradas. O objetivo é dar “luz” às ideias e inserir formas diferentes sobre a mesma coisa, focando o resultado desejado. “Coach” é uma palavra de origem inglesa que significa carruagem. Sua origem tem como data no século XV, na cidade de Kocs, na Hungria, local onde foram supostamente produzidas as primeiras carruagens a molas. Elas eram chamadas de choaches e tinham como principal função levar uma pessoa do ponto A para o B. (SEAC, 2019). Marques (2015) descreve que o Coaching pode ser formal ou informal. No primeiro (formal), as características são voltadas para o contrato, sessões agendadas, encontros formalizados e o coach apoia constantemente o coachee para que ele atinja as suas metas. É remunerado. Já o segundo (informal) é um tipo de Coaching muito utilizado em organizações e são contextualizados no âmbito pessoal e profissional informalmente. As técnicas, ferramentas e fundamentos do Coaching são inseridos na liderança e são aplicadas sempre informalmente, no dia a dia. Ainda segundo Marques (2015) quanto às modalidades, o Coaching pode ser presencial e à distância e quanto aos nichos o Coaching é definido como Self/Life Coaching que é direcionado às necessidades pessoais de relacionamento interpessoais do indivíduo e o Executive e/ou Business

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Coaching que é direcionado às necessidades profissionais como: carreira, liderança, empreendedorismo, etc. Segundo Goldsmith, Lyons e Freas (2003), o coaching é um subconjunto da consultoria, onde o Coach cria um relacionamento de cooperação e ajuda, enquanto consultor, envolvendo o cliente (coachee) em um processo de identificação de problemas reais e juntos se comprometem a obterem resultados que permitam alcançar os objetivos pretendidos. Marques (2018) dita os Princípios Absolutos do Coaching que durante as sessões de Coaching, o coach precisa se atentar e que poderá garantir um processo de sucesso: Suspender todo tipo de julgamento. O coach deve ouvir muito e não ter nenhum tipo de julgamento ou pré-conceito sobre o assunto ouvido no momento. Crenças, comportamentos, orientação sexual, práticas religiosas, aparência jamais deve ser objeto de julgamento por parte do coach. Seu trabalho é apenas adquirir respostas lógicas sobre o caminho traçado durante as sessões. Foco no Futuro. Esse é o grande diferencial do processo de coaching que, ao contrário de outros processos, trabalha sempre com foco no futuro. O processo de Coaching estimula ações para que o coachee consiga atingir seus resultados, no futuro, sejam sonhos, objetivos ou planos. Ação. Coaching só é coaching se tiver ações específicas no sentido de alcançar os resultados esperados pelo coachee. Ações estas que são estimuladas através de tarefas definidas em conjunto entre o coach e coachee. Ações concretizam o processo, dão forma ao que se deseja. Por isso o processo deve ser tangível, mensurável e sempre praticado de forma cotidiana, caso contrário, não são percebidas e o coachee pode abandonar o processo antes de ver os resultados. Confiabilidade e ética. O processo de Coaching deve ser embasado com confiança e ética por ambas as partes. Tudo que é tratado em sessões deve seguir profundo sigilo entre o profissional e o seu cliente. !31


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AS FERRAMENTAS DO COACHING Para um desenvolvimento satisfatório de um processo de coaching são necessárias a utilização de inúmeras ferramentas. Tais ferramentas, quando aplicadas de forma correta, leva ao coachee um profundo conhecimento de si mesmo e criará uma importante confiança entre o coach e o coachee. Febracis (2020) descreve algumas delas e que darão ao coach a capacidade de estabelecer uma sinergia com seu coachee, possibilitando a extração da situação atual (Ponto A), identificar onde se deseja chegar (Ponto B) e também delinear uma estratégia correta através e metas e tarefas. São elas: Metas SMART: Busca o estabelecimento de metas neurologicamente corretas, ou seja, que possuam detalhes para que as metas sejam possíveis de serem realizadas e não apenas estabelecidas. Por isso devem ser elaboradas considerando vários pontos chaves. Devem ser específicas, claras, com detalhes máximos de informações, reunindo datas para serem executadas. As metas devem ser mensuráveis, devem ser possíveis de se medir, com prazos, quantidade ou valor. Devem ser alcançáveis, ou seja, possíveis de serem realizadas. Elas devem ser relevantes, tipo aquelas que batem forte no coração. Geralmente metas que são simples ou não mexem com a emoção do coachee, não possuem grandes possibilidades de grandes resultados. As metas também devem ser temporais. Devem ter data para começar e para serem concluídas. Metas que não possuam datas tem grandes chances de não serem realizadas e muitas vezes nunca iniciadas. Ainda na mesma ferramenta, a FEBRACIS orienta que as metas devem ser escritas sempre de forma positiva e nunca de forma negativa. O que se quer fazer e nunca o que nunca vai se fazer ou não se deseja fazer. As metas devem ser ecológicas, sendo aquelas que trarão resultados positivos tanto para o coachee quanto para quem esteja ao lado dele ou em seus

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negócios. Metas que geram resultados parciais também são metas com grandes possibilidades de não darem cento. E o coachee deve estar no controle das tarefas e ações para que essas metas sejam realizadas. Ele deve ser o principal protagonista de tudo. PPS – Perguntas poderosas de sabedoria. Esse é um dos métodos mais utilizados e talvez a mais importante de todas. Elas ajudam o coachee a encontrar respostas dentro de si para os problemas encontrados durante o processo. Basicamente são perguntas que farão o coachee refletir sobre seus resultados que ele possa ter o quais comportamentos devem melhorar, abandonar ou criar para atingir seus objetivos. Ganhos e perdas. É comum o coachee ficar em dúvida ou ter grande dificuldade em decidir o que deve ser feito em determinadas situações durante o processo de coaching. O coach elabora uma lista de ganhos e perdas para cada ação, caso seja adotada ou rejeitada. Vale ressaltar aqui que para cada ganho, em algum momento, irá requerer uma perda. Grade de Metas. Uma ferramenta que aplica de forma assertiva para que o coachee aja melhor na direção de seus objetivos. Antes de aplicá-la, o coachee deve ter clareza sobre as suas metas, ou seja, tê-la criadas com a metodologia SMART. Assim, de forma intuitiva, o coachee elabora uma grade lógica e cronológica de ações e tarefas com grande chance de resultados positivos. JRM (2020) descreve outras ferramentas, definindo que estas são o suporte que permite às pessoas desenvolverem determinadas atividades. Enquanto um mecânico utiliza alicate e chaves específicas para seu trabalho, o Coach faz uso de instrumentos efetivos. Em seu site ele lista algumas: Rapport (Técnica de recapitulação e expansão); Acompanhamento constante; Shazam (perguntas mágicas para identificar e nomear o estado atual do coachee); Tríade do Tempo; PNL (Programação Neurolinguística);

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Rodas de Competências; Roda da Vida; Rota de Ação; Patrocínio Positivo; Autofeedback; Análise SWOT, entre outras. São várias as ferramentas do processo de Coaching e elas são essenciais para que exista resultado positivo. Elas são poderosos instrumentos de apoio ao autoconhecimento, no desenvolvimento de competências e nas habilidades técnicas, emocionais e comportamentais e de evolução contínua de todo ser-humano. CRIANDO UM MINDSET POSITIVO Todo processo de coaching se baseia nos resultados conseguidos diante da mudança mental positiva e comportamentos do coachee. Segundo Marques (2018, pág, 24), “Se pudéssemos resumir em apenas uma palavra todos os benefícios e vantagens do Coaching, a palavra seria resultado”. Podemos descrever Mindset como a mentalidade que cada um de nós tem em relação à vida. O conjunto de atitudes mentais influencia diretamente nossos comportamentos e pensamentos e é decisivo para alcançarmos sucesso ou não. Nesse sentido, segundo Carol S. Dweck, professora de Psicologia da Universidade de Stardford, nos Estados Unidos, nosso Mindset explica em, muito, o nosso modo otimista ou pessimista de ver a vida e se portar diante dela. (MARQUES, 2017, Pág. 97).

Marques (2018) relata que as ferramentas aplicadas durante o processo de coaching fazem com que o coachee aprenda a se perceber e a conhecer melhor as suas emoções, aumentando a sua autoconfiança e autoestima e coloca nas mãos dele a capacidade de mudar a sua própria vida, mudando seu Mindset. Isso gera nele (coachee) uma intenção de mudar cada vez maior. Haverá uma mudança contínua percebida, pois a criatividade e intuição são aguçadas e dá a ele uma percepção maior e melhor do que está acontecendo à sua volta. Neste processo, o coachee é levado a aceitar e a se adaptar às mudanças que virão com o tempo, tornando-o mais flexível.

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Tudo isso faz também com que seus relacionamentos interpessoais sejam beneficiados. Em um processo bem aplicado, o coachee começa a rever a maneira como ele se comporta e verifica o que deve ser melhorado ou totalmente modificado. A comunicação, compreensão, o entendimento e aceitação do modo de ser e de agir daqueles que a rodeiam melhoram também, sendo mais fácil a resolução de conflitos, problemas e dúvidas. G E R A N D O M U D A N Ç A S P O S I T I VA S A T R AV É S D O AUTOCONHECIMENTO A forma como nos vemos influencia a forma como o mundo nos vê. Marques (2017) diz que uma autoimagem positiva nos conduz ao sucesso enquanto a negativa nos impede de alcançá-lo. O autor ainda discorre que a forma como conhecemos a nós mesmos está intimamente relacionada na forma como pensamos em nós mesmos e como os outros pensam sobre nós. Seria como nos vemos dentro e por fora de nossa imaginação. Muitas vezes, só sabemos que temos essa imagem de nós mesmos quando procuramos. A autoimagem é aquela apresentação involuntária que você faz ao se descrever para alguém. É a maneira como você retrata para outra pessoa. (MARQUES, 2017, pág. 21).

Isto posto, é através da comunicação, feita através da nossa autoimagem, que programamos nossa mente sobre o que pensamos sobre nós mesmos e será através dessa programação que nosso comportamento será moldado. A maneira como pensamos sobre nós mesmos afeta o que os outros sentem a nosso respeito. Mais de 90% do que comunicamos está em nosso inconsciente e isso vale dizer também que aqueles com quem interagimos estão sempre interagindo à nossa linguagem corporal, ao nosso tom de voz e aos sinais emocionais que emitimos. Nossas ações, nesse caso, nem sempre

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confirmarão nossas palavras, se tivermos uma autoimagem diferente do que pensamos. De acordo com Marques (2015, pág. 53) o autoconhecimento é um processo que necessita de muita confiança. Conhecer a si mesmo é a chave para todo o processo de evolução humana: “quanto mais me conheço mais me curo e me potencializo”. O autor continua afirmando que as pessoas que se autoconhecem conscientemente acabam por compreender as suas forças e fraquezas e desfrutam completamente de suas habilidades e competências. Despertam a melhor versão de si mesmo e desenvolvem suas atividades com alto desempenho. E como já ressalva há 500 anos a.C. o grande pensador e filósofo chinês Confúcio, “para se tornar um grande líder, primeiro você precisa se tornar um ser humano.” (SENGE, 2010, pág. 409). A s s i m , S e n ge ( 2 010 ) f a z r e fe r ê n c i a à i mp o r t â n c i a d o autoconhecimento. Conhecer e identificar as próprias emoções e características individuais para se ter discernimento nos comportamentos e atitudes em suas relações. SBCOACHING (2020) descreve em seu site que se o autoconhecimento não fosse tão importante, os monges não se isolariam por tanto tempo na busca de respostas. A busca pelo autoconhecimento representa também uma procura interior, em busca de nosso propósito de vida, como humanos e indivíduo no planeta terra. O blog do site relata que os benefícios do autoconhecimento podem ajudar um indivíduo nos âmbitos pessoal e profissional e as vantagens seriam três: - Descoberta das nossas formas e fraquezas;

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Busca pela consciência e; Pela Abertura da Mente. Marques (2015) observa que quem se autoconhece aprende a: a.Olhar para si mesmo, se enxergando como é verdadeiramente. b.Ouvir-se, perceber-se, reconhecer o próprio corpo, sensações, emoções, pensamentos, lembranças etc. c.Não ter medo de si mesmo. d.Confiar e valorizar a si mesmo. O autor conclui dizendo que é imprescindível conhecer nossos valores, fraquezas, forças, princípios, sonhos, para saber como realizá-los. É preciso, por exemplo, que ocorra uma tomada de consciência dos padrões pessoais de comportamento emocional e mental; e identificação de bloqueios pessoais para que sejam buscadas práticas de desenvolvimento pessoal de desbloqueio. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como objetivo principal em demonstrar como o autoconhecimento, conquistado através do processo de coaching, pode contribuir com mudanças positivas na vida de uma pessoa, equipe ou organização. Para isso, foi feita uma pesquisa bibliográfica em livros e sites de autores notoriamente importantes no país e que já comprovaram cientificamente o poder do coaching na vida destes indivíduos. A partir do autoconhecimento, percebido pela ação de ferramentas de coaching, em sessões feitas entre coach e coachee, percebe-se que há uma profunda e importante mudança no Mindset (forma de enxergar o mundo) destes indivíduos. Também é possível perceber que estes passam a terem

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mais positividade e facilidade em construir suas metas e desenvolver suas tarefas de forma mais eficaz. Portanto, o coaching contribui sim para que uma pessoa se autoconheça e passe a criar mudanças positivas e realistas em sua vida.

REFERÊNCIAS CHIAVENATTO, Idalberto. Construção de Talento. Coaching e mentoring. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. FEBRACIS. Coaching Internacional Sistêmico. 2020. Disponível em: <https://www.febracis.com.br/ blog/ferramentas-de-coaching/> Acesso em 19/01/2020. GOLDSMITH, Marshal; LYONS, Laurence; FREAS, Alyssa. Coaching: O exercício da liderança. 7 Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. JRM. José Roberto Marques. 2020. Disponível em: <https://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-quesao-ferramentas-de-coaching/> Acesso em 19/01/2020. MARQUES, José Roberto. Coaching de A a Z. 1 Ed. Goiânia: Editora IBC, 2015. MARQUES, José Roberto. Desperte seu Poder. 1 Ed. São Paulo: Buzz Editor, 2017. MARQUES, José Roberto. Leader Coach. Coaching como filosofia de liderança. 5 Ed. Goiânia: Editora IBC, 2018. SBCOACHING. Group. 2020. Disponível em <https://www.sbcoaching.com.br/blog/autoconhecimento/ > Acesso em 20/01/2020. S E AC . S o c i e d a d e E u r o A m e r i c a n a d e C o a c h i n g . 2 019 . D i s p o n í ve l e m : < h t t p s : / / w w w. s e a c o a c h i n g b r a s i l . c o m . b r / w e b s i t e / c o n t e u d o . a s p ? id_web_site_categoria_conteudo=16137&cod=3230&idi=1&xmoe=347&moe=347> Acesso em 21/11/2019. SENGE, Peter M. A quinta disciplina. 26. ed. Rio de Janeiro: Bestseller, 2010.

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A IMPORTANCIA DO AUTOCONHECIMENTO NA RODA DA VIDA

Tarciana Vanderley de Moraes Herculano

"Através do autoconhecimento, mergulhamos em um mundo novo, trazendo equilíbrio necessário em todos os pilares, pessoal, profissional, familiar, amizades, intelecto."

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A IMPORTANCIA DO AUTOCONHECIMENTO NA RODA DA VIDA TarcianaVanderley de Moraes Herculano MorôniKozoski

RESUMO Este trabalho tem como objetivo o reconhecimento da importância do autoconhecimento para um equilíbrio na roda da vida. Como no mundo atual estamos desconectados de nossa essência. Usamos mascaras que aprendemos para atingir as expectativas das pessoas a nossa volta e como isso nos perdemos de nos mesmos. O mergulho no autoconhecimento, através na meditação, trazendo com isso, verdade em nossa roda da vida. Desta forma vamos equilibrando todos os pilares com uma felicidade real. E Poder usufruir do estado meditativo, para apreciarmos a vida em sua plenitude. Palavras – chave: Autoconhecimento, roda vida, meditação. INTRODUÇÃO Segundo, Marina Cervini, no livro Coaching A roda da vida, ela mostra como criar o seu projeto de equilíbrio e autoconhecimento. Uma vida baseada nos pilares da roda vida, equilibrando todas as áreas. O coaching, que tem origem na língua inglesa, (coach) e foi utilizada pela primeira vez na cidade de Kocs, na Hungria para designar carruagem de quatro rodas. No século XVIII, os nobres eram conduzidos em suas carruagens. Então em 1830, o termo Coach, para ser utilizado como tutor particular. Dando inícios, a ajuda no autoconhecimento. Onde uma das técnicas mais utilizadas pelos coachings para seus coachees, tem sido à roda da vida. Mas de nada adianta o uso desta ferramenta se o indivíduo nem se conhece. Esse artigo trata deste mergulho no Ser, nessa nova versão de si mesmo, para assim o equilíbrio dos pilares da vida. Esses pilares são divididos em; saúde e disposição, desenvolvimento intelectual, equilíbrio emocional, realização e propósito, recursos financeiros, contribuição social, relacionamentos, lazer e diversão, plenitude e felicidade e espiritualidade. No entanto para tão equilíbrio acontecer é fundamental o

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autoconhecimento. Vivemos em uma sociedade, onde poucos sabem quem são verdadeiramente, buscamos diariamente, atingir padrões e expectativa da sociedade, esquecendo nossos desejos, mais profundo. Desde da infância essa tendência para corresponder as expectativas dos pais, escola, religião e sociedade. Com isso o grande o grande mistério que nos cerca; quem sou eu? Esse momento de dúvida, insegurança e busca interior, conhecido como, noite escura da alma, que pode durar bastante tempo. Observamos que é necessário, uma mente vazia, para tal mergulho, para esse encontro, a meditação, vem se tornando uma grande ferramenta de silencio e limpeza para mente. Só através dela, podemos nos reconectar com nossa criança interior e buscando assim o estado meditativo, aquele em que somos realmente. Podendo inclusive está presente, viver o presente, apreciar a vida em sua plenitude, está em seu ser, nesse lindo encontro, descobrir, o que gostamos, o que nós move, o que nos faz felizes. Nesse momento, a roda da vida passa a fazer sentindo, este é o momento, se torna mais fácil entrar em equilíbrio. Que tanto se busca hoje, a paz, o equilíbrio, o encontro com si mesmo.

RODA VIDA Cevini Marina, 2017, 23“O sucesso e a felicidade plena representa a comunhão de vários fatores, como a forma que nos enxergamos e também compreendemos o mundo a nossa volta, a sintonia de nossas relações, como o meio profissional está direcionado, o equilíbrio de nossa alimentação, a prática de exercícios físicos, tempo para diversão, entre tantos outros. Somos seres tão complexos e repletos de necessidades. ” Diante disto posso afirmar a importância do equilíbrio em todos os pilares da vida. O autoconhecimento,a divisão do tempo e bastante determinação. A fim de compreender melhor a complexidade da vida, os hindus criaram um sistema chamado, roda da vida, com o objetivo de promover uma auto-avaliação dos variados setores que compõem nosso EU tão múltiplo e variado. Essa ferramenta é representada por um círculo dividido

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em doze partes, analise da roda vida tem ajudado a maior percepção como anda nossas vidas em vários aspectos.

AUTOCONHECIMENTO Importante ressaltar que antes dessa avaliação o conhecimento de seu próprio eu, deve está claro. Osho, 2014 “Ninguém permite que seus filhos dancem, cantem, gritem e pulem. Por razões triviais, como por exemplo, a possibilidade que algo possa se quebrar, ou de que possa ficar com suas roupas molhadas, da chuva se correrem para fora destrói–se completamente uma grande qualidade espiritual, uma capacidade de brincar. A criança obediente é elogiada pelos pais, professores, por todo mundo, a criança brincalhona é condenada. ” Considerando as palavras de Osho, nossa essência, nosso verdadeiro eu, na maioria dos casos foi modificado, desde da infância, pois surge a necessidade de agradar,de ser aceita. Para atingir nossos parâmetros, equilíbrio e metas, precisamos encontrar quem verdadeiramente somos. Afirma Osho, E a única maneira de estar em contato com a vida, a única maneira de não ficar para trás na vida, é ter uma comparação sem culpa, um coração inocente. Esqueça tudo que já lhe disseram – o que tinha que ser feito, e o que não tinha que ser feito -, ninguém pode mais decidir por você. Bill Burnett e Dve Evans, no O Design da sua vida, falam exatamente da infelicidade causada por uma vida projetada pela sociedade, diz que nos estados unidos, só 27% dos egressos das universidades atuam em carreiras relacionadas as áreas de formação. Onde se torna uma crença disfuncional. Seu diploma determina sua carreira Onde de três quartos de todos os norteamericanos com curso superior, acabam não trabalhando em suas áreas de formação .Esse é apenas um exemplo de tantas outras fases na vida que são apenas impostas pela sociedade e seus padrões. Onde moramos, o que comemos, o que vestimos, se devemos casar, ter filhos. Toda uma vida pode ser incrivelmente maravilhosa, se as escolhas vierem do fundo de sua alma. Mas depois de anos, vivendo os papeis impostos e aprendidos pela sociedade, pais escola e religião. Como saber quem somos?

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Dessa forma começamos a busca pelo autoconhecimento, resgate da self, a conexão com o Ser. Esse período resgate da essência, essa busca é chamado de noite escura da alma. (Noite escura da alma é o termo usado para designar um período de aprendizados mais profundos que levam um despertar para essência do Ser (Self). Da essência, da verdade.) Como resgatar essa verdade? Mas o bar ulho exter no é gigante, necessário um g rande autoconhecimento, para verdadeiras escolhas. Hoje observamos o grande índice de pessoas em nossa sociedade em buscar de curar o vazio, a tristeza, a dúvida. Diante disto a importante do verdadeiro conhecimento, aquele que vem da alma, aquele que vem do ser, o que somos como quando criança, esse deve ser resgatado. Desse encontro, começarmos a alinhar todos os pilares da vida. Pilares de uma vida real. O grande passo para esse lindo encontro, chamamos de meditação. OSHO, 1931 “ Tudo que a mente pode fazer não é meditação, pois meditação está além da mente e não pode ser penetrada por ela. Onde a mente acaba a meditação começa. Lembre-se disso, pois, em nossas vidas, tudo que fazemos é feito pela mente. Portanto quando nos voltamos para dentro, começamos novamente pensar em termos técnicos, de métodos e realizações, porque nossa experiência de vida nos mostra que tudo pode ser feito pela mente. A meditação não pode ser feita pela mente, porque não é algo que se conquiste. A meditação está lá, é sua natureza. Está lá esperando por você. É o seu ser.” Voltar para o estado meditativo, o verdadeiro encontro com sua verdadeira natureza, silenciar a mente, traz de volta, a própria essência. Só desta forma, somos capazes de entender quais nossas verdadeiras necessidades, e assim cuidar dos pilares, fundamentais para vida equilibrada. A meditação às vezes é confundida com outras atividades. Meditar não é simplesmente relaxar o corpo e a mente, e tampouco imaginar ser estimado e bem-sucedido, ter bens materiais maravilhosos, fama e bons relacionamentos. Isso é apenas sonhar acordado com objetos de apego. Meditar não é se sentar na posição vajra, com as costas eretas e uma expressão de santidade no rosto. É uma

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atividade mental. Mesmo que o corpo esteja em uma posição perfeita, se a mente está cheia de objetos de apego ou raiva, não estamos meditando. Meditar também não é entrar em um estado de concentração, como quando pintamos, lemos ou realizamos qualquer atividade que nos interessa. E muito menos ter consciência do que estamos fazendo em um determinado momento. A palavra tibetana para meditação é “gom”, cuja origem verbal é a mesma de “habituar” ou “familiarizar”. Meditar significa habituar-se a emoções e atitudes construtivas, realistas e benéficas. Isso cria bons hábitos mentais. A meditação é usada para tornarmos nossos pensamentos e pontos de vistas mais compassivos e correspondentes à realidade. Meditar regularmente – mesmo que apenas por um curto período de tempo todos os dias – é muito benéfico. Algumas pessoas pensam: “Meu dia é ocupado demais com a carreira, a família e as obrigações sociais e não posso meditar. Meditarei quando estiver mais velho e minha vida for menos agitada. A meditação diária é para monges e monjas”. Isso está errado! Se nos é útil meditar, deveríamos arranjar tempo todos os dias para fazê-lo. Mesmo que não queiramos meditar, é importante termos algum “tempo de paz” para nós todos os dias. Precisamos de tempo para conexão com nós mesmos. Para sermos felizes, precisamos aprender a gostar de estar com nós mesmos. Reservar um “tempo de paz”, preferivelmente de manhã, antes do início das atividades diárias, é necessário, especialmente nas sociedades modernas em que as pessoas são tão ocupadas. Nós sempre arranjamos tempo para nutrir o corpo. Raramente nos abstemos das refeições porque sabemos que são importantes. Igualmente, deveríamos arranjar tempo para nutrir a mente e o coração, porque também são importantes para nosso bem-estar. Só a partir desse encontro com nós mesmos, sabemos quem somos e o que gostamos e onde queremos chegar. Diante deste autoconhecimento, damos início a todos os pilares fundamentais, para uma vida em equilíbrio. Cervani Marina,2017 “Eu sou livre para escolher quem eu quero ser.”

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Através da ferramenta da roda vida podemos analisar todas as áreas importantes para o ser humano. Diagnosticamos o que está em equilíbrio e o que é importante dar atenção. Sejamos honestos, nem todos os dias, nem todos os dias, nem em todas as fases da vida, somos como o sol, capaz de iluminar tudo nossa volta. Os problemas cotidianos, as dores, as faltam de autoconhecimento muitas vezes, esconde nossa luz. O que o ser humano não pode é permanecer na dor, na tristeza, temos que está em contato com nosso desenvolvimento e melhoria sempre. Cervini Marina, 2017 “Você é um artista capaz de pintar as ilustrações mais belas através da forca e beleza das vivencias da sua alma e das suas escolhas. ” A consequência da meditação é o estado meditativo a atenção plena. Está presente! Hoje chamado de mindfulness. Na década de 1070, Jon Kabat – Zin, biólogo molecular, com experiência em meditação budista, começou a desenvolver e divulgar uma versão não religiosa da mediação. A partir de 1979, seu programa começou a mostrar resultados, em doenças, depressões, ansiedade, trazendo de volta a atenção plena. Ter atenção plena é algo que fazemos naturalmente na infância, quando estamos plenamente atentos percebemos os detalhes, sabemos quem somos, o que gostamos. Sem julgamentos. Precisamos estar atentos, colocar os sentidos para funcionar, ser livres. A partir dessa liberdade e autoconhecimento, vivendo no estado de atenção plena, aí sim começamos a cuidar da roda da vida. Sabemos quem somos, aonde queremos chegar, o que move nossos corações, o que realmente importa. Diante disto, todas as áreas da roda da vida passam a fazer um sentido real. As áreas da roda vida são as seguintes: •Saúde e disposição •Desenvolvimento intelectual •Equilíbrio emocional •Realização e propósito •Recursos financeiros •Contribuição social •Relacionamento !45


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•Lazer e diversão •Plenitude e felicidade •Espiritualidade •Somente neste momento, neste encontro com sua verdadeira identidade, equilibramos todas essas áreas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste artigo foi possível perceber a importância do desenvolvimento do autoconhecimento, quais processos precisamos passar para chegar ao estado de plenitude e equilíbrio de todas as áreas da vida. Pois a vida é vasta em acontecimentos, cores, nuances, equilíbrios e desequilíbrios. Todos os dias uma nova aventura, uma nova cor, um novo desafio. Através do autoconhecimento, mergulhamos em um mundo novo, trazendo equilíbrio necessário em todos os pilares, pessoal, profissional, familiar, amizades, intelecto.Buscar esse equilíbrio traz a verdadeira paz. Que tal sair da zona de conforto e mergulhar nessa viagem, dentro de si mesmo? Está tudo dentro de nós mesmo, não existe nada que precisamos para alimentar nossa alma que não venha de dentro. A meditação nos traz esse encontro chegando ao estado meditativo e vivendo no estado pleno, estando presente na vida e em si mesmo. Posso acrescentar, que este artigo e todas as leituras e analises para esse este artigo, além das vivencias pessoais com esse tema, me trouxe um novo olhar, uma melhor forma de viver. Uma vida mais consciente e feliz.

REFERENCIAS Bill Burnett e Dave Evans, O design da sua vida. Como criar uma vida boa e feliz, Rocco, 2017 Osho, Destino, liberdade e alma. Academia, 2014 Osho, O livro das crianças. Best Seller LTDA, 2016 Osho, Aprendendo a silenciar a mente. Sextante, 2002 Sarah Silverton, A revolução Mindfulness. Alaúde, 2018

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A IMPORTANCIA DO COACHING PARA O DESENVOLVIMENO DAS EMPRESAS E DE SEUS LIDERES

Vanessa Pacheco

"As empresas que apresentam melhores resultados são aquelas que desenvolvem as habilidades de seus colaboradores em todas as áreas."

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A IMPORTANCIA DO COACHING PARA O DESENVOLVIMENO DAS EMPRESAS E DE SEUS LIDERES Vanessa Pacheco Morôni Kozoski RESUMO Essa pesquisa tem por objetivo demonstrar a importância da implantação do Coaching para o desenvolvimento das organizações, de seus colaboradores e principalmente seus líderes. Ao longo dos meus dezessete anos de experiência profissional como administradora e contadora de várias empresas vejo a diferença de performance e obtenção de resultados , assim como a satisfação dos colaboradores e menores índices de turnover nas empresas onde o Coaching é proporcionado. Para este estudo realizei uma pesquisa bibliográfica, com autores das áreas de Coaching , Administração e Liderança a fim de demonstrar algumas ferramentas de Coaching aplicada atualmente nas empresas, identificando os seus benefícios, não somente para os seus líderes, mas também às suas equipes e de toda a organização atingindo melhores resultados econômico-financeiros através da melhoria do desempenho de todo o time. Palavras-chave:

Coaching, Liderança, Líder-Coach.

INTODUÇÃO É muito importante que as empresas sejam ágeis para conseguir acompanhar as mudanças do cenário político-econômico, tecnológico e cultural atual e garantir a sua estabilidade no mercado, considerando que o Brasil e outros países se encontram em períodos difíceis. As empresas buscam alavancar seus resultados econômico-financeiros e têm apresentado estruturas cada vez mais enxuta. As empresas que apresentam melhores resultados são aquelas que desenvolvem as habilidades de seus colaboradores em todas as áreas. A cada dia torna-se necessário a implantação do Coaching, a aplicação de novas metodologias e ferramentas para o desenvolvimento de bons líderes e através deles se tenha equipes bem preparadas.

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O Coaching é mais utilizado em países desenvolvidos e ainda pouco utilizado nos países em desenvolvimento. Quando ocorre, normalmente são empresas multinacionais ou de grande porte, que tem a preocupação do desenvolvimento de seus líderes e equipes. Essa metodologia ainda pouco praticada no Brasil, principalmente em empresas de médio e pequeno porte. Por ter como pontos principais o foco, a ação e resultados, o Coaching faz com que os componentes da equipe busquem as respostas aos questionamentos feitos pelo seu líder (Coach). O importante é que faça este colaborador (Coachee) refletir, pensar, pesquisar, estudar, investigar para obter a resposta e por conseqüência aprimorar e expandir suas competências aumentando seu potencial. Quando relacionadas à empresa, criar o hábito do questionamento entre seus colaboradores é de fundamental importância para o resultado da companhia. Simples questionamentos podem e devem desencadear planos de ação e uma tomada de decisão pelos gestores da empresa. O Líder-Coach vai incentivar sua equipe para a busca das respostas. Deverá conhecer as características individuais, identificar os pontos fortes e oportunidades de melhoria e proporcionar o desenvolvimento de cada um, estabelecendo metas e objetivos claros. Esta prática facilita a convivência e a evolução das chamadas Gerações X e Y, as quais possuem diferenças significativas, porém podem e devem se complementar trazendo o crescimento, sentimento de valorização, satisfação e autoconfiança para as equipes e por conseqüência resultados positivos para as empresas, retendo seus principais talentos. É fundamental compreender sobre as ferramentas de Coaching atualmente aplicadas nas empresas, demonstrar o que se tem de novo no universo da gestão de pessoas, identificar os seus benefícios, não somente para os líderes, mas também para os colaboradores, cujo desempenho superior vem trazer melhores resultados econômico-financeiros às companhias.

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REFERENCIAL TEORICO Nos últimos anos quando se fala no universo corporativo, as palavras/ expressões mais citadas são EBITDA, CashFlow, KPI´s, Stakeholders, Compliance, etc. Sem dúvida alguma, principalmente em momentos de crise político-econômica, os indicadores que representam estas palavras são diretamente afetados por fatores externos como flutuação do câmbio e altas taxas de juros, por isso as empresas devem se preocupar em obter resultados positivos, um bom planejamento tributário, assim como um controle efetivo dê seu fluxo de caixa. Porém, empresas bem sucedidas ao longo do tempo, apresentam outras características além da preocupação de como alavancar suas vendas, inovar em termos tecnológicos e lançamento de produtos diferenciados num mercado cada vez mais exigente. Pensam e se planejam para um desenvolvimento sustentável, preocupam-se com toda a cadeia envolvida, desde os fornecedores, clientes, bancos e governo até a comunidade e, principalmente, seus colaboradores. Investem no Capital Humano e como conseqüência apresenta melhores resultados em seus indicadores internos e servem como benchmarking para outras empresas e instituições. Preocupam-se com a sua perpetuidade. Neste contexto, pode-se destacar a importância de se ter pessoas bem preparadas, não apenas do ponto de vista técnico ou de uma boa formação acadêmica, mas profissionais destacados no papel de líder, não apenas hierarquicamente falando, como diretores, gerentes ou supervisores, mas também de analistas e especialistas em todas as áreas da empresa. Líder é aquele profissional que se sobressai aos demais, por um profundo conhecimento em determinado assunto ou nicho, por um excelente relacionamento interpessoal, servindo como exemplo a ser seguido, com suas opiniões e sugestões respeitadas pelos componentes de sua equipe, área, pares e demais departamentos da empresa. Para o crescimento e fortalecimento destes líderes e suas equipes, empresas estão utilizando metodologias de desenvolvimento do potencial humano dentre elas o Coaching.

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 Para Falconi (1992, p.155) O conceito de crescimento do ser humano está baseado na intenção de que as pessoas devem fazer sempre serviços de valor agregado cada vez mais alto. Maior valor agregado para as pessoas significa trabalho no qual se escreve, fala, ordena, mostra, instrui, etc., ao invés de mover, copiar, seguir, obedecer, etc. Crescimento do ser humano significa utilizar cada vez mais a mente do indivíduo e não somente a força braçal. Para isto o indivíduo deve ser preparado durante toda sua vida. [...] A alegria pelo trabalho (motivação), a educação e o treinamento são a base do crescimento do ser humano.

Processo de Coaching/ Conceito O processo do Coaching está fundamentado principalmente nos elementos Foco, Ação e Resultado onde através da aplicação de metodologias e ferramentas específicas se trabalhará para atingir um objetivo utilizandose o questionamento para a obtenção de respostas. Estas ferramentas ajudam profundamente no autoconhecimento, no desenvolvimento da inteligência emocional, na identificação de pontos fortes e fracos, bem como propicia a provocar mudanças de hábitos, crenças e padrões de pensamento, rever atitudes, melhorar a performance, individuais ou corporativas. Coach na língua inglesa significa o técnico em modalidades esportivas. •O Coach orienta, facilita, motiva, mas não joga. Quem joga é o atleta ou jogador. • Coach é o nome dado ao profissional que conduz o processo, apoiando, ajudando e desafiando o seu cliente (ou equipe cliente); • Coachee é o cliente; •Coaching é o processo, com começo, meio e fim. Isso contribui muito para sua eficiência. Na vida pessoal (Coaching de vida) como nas empresas (Coaching de negócios, executivo ou de equipes), tem sido usado pelos resultados que ele traz.

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Para Wolk (2013, p.165) O Coaching é uma relação de compromisso, confiança e de cooperação. É cooperação com compaixão, mas não com complacência. Os principais elementos em um relacionamento no Coaching são o respeito, a confiança e a liberdade de expressão mútua. Em seu best seller Foco, Goleman (2014, p.12) comenta a importância dos três tipos de foco para que os lideres obtenham resultados. O foco interno nos põe em sintonia com nossas intuições, nossos valores principais e
 nossas melhores decisões. O foco no outro facilita nossas ligações com as pessoas de
 nossas vidas. E o foco externo nos ajuda a navegar pelo mundo que nos rodeia. Um
 líder fora de sintonia com seu mundo interno será um desorientado; um líder cego
 para o mundo dos outros será um desinformado; os lideres indiferentes aos sistemas maiores dentro dos quais operam serão pegos de surpresa.

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 O Coaching, conforme Fellipelli (2013, p.11) É um processo que tem como foco o desenvolvimento de habilidades e/ou mudanças de comportamento para obter resultados. Ao propor ao cliente (coachee) a busca por
 se conhecer melhor [...] o coach o auxilia na conquista de metas pessoais ou
 profissionais que mudam a vida para melhor e levam à autorealização. O processo,
 que vai além de promover o autoconhecimento e inclui pôr em prática uma espécie de treinamento e programa de mudanças, é aplicado a indivíduos, mas também a grupos e organizações inteiras. No caso destas organizações, o coaching é procurado, por exemplo, em episódios de reestruturação, sucessões, vendas, fusões, para desenvolver lideranças, estruturar equipes e identificar e gerir as competências necessárias para o sucesso do negócio.

O Coaching deve ser aplicado em situações diversas dentro das empresas, tais como: avaliação de desempenho, breakdowns (colapsos), promessas quebradas, solicitações para Coaching, necessidades de novas competências e necessidades nos negócios, como, por exemplo, maior qualidade e custos mais baixos. Dizia o pensador Sêneca: “Quando um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe é favorável. Não há vento favorável para os que não sabem para onde vão.”

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2.2 Ferramentas de Coaching Diversas ferramentas do Coaching podem ser utilizadas, depende da necessidade decada indivíduo, da característica do objetivo e da empresa. Um excelente teste de autoconsciência é a Avaliação 360°, que é uma autoavaliação em relação a comportamentos ou características específicas. Essa autoavaliação é comparada comas avaliações feitas pelo gestor, pares e subordinados usando a mesma escala. As pessoas são escolhidas por conhecerem bem o avaliado e terem sua capacidade de julgamento dos itens a serem avaliados. As notas são anônimas, portanto, deixando-as à vontade para serem muito francas. Quando usada de forma eficaz, a Avaliação 360° é uma ferramenta poderosa que gera planos de desenvolvimento e crescimento para os avaliados, contribuindo genuinamente para sua eficiência profissional e pessoal. O Eneagrama é um sistema de desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional que apresenta nove tipos de personalidades, cada uma com as suas tendências mentais (insights, criatividade, pensamentos, planejamentos e interpretações analíticas da realidade), emocionais (habilidade de se conectar as outras pessoas, de senti-las e de nos deixar sentir por elas) e instintivas (energias fortes como a sexual e a raiva, assim como inteligência de sobrevivência física) que refletem um estilo de liderança. Quando o Eneagrama é utilizado no processo de Coaching este é potencializado, pois pode ser direcionado para o modo de ver o mundo de cada um dos tipos de personalidade. Permite a apresentação de temas comuns em Coaching como dificuldades, talentos e armadilhas, mostrando o que funciona e o que não funciona para cada uma delas.

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Conforme Cursino (2015, p. 301) os temas de Coaching pertinentes para os nove tipos de líderes que podem ser trabalhados: Tipo 1 - o Líder Perfeccionista: Desenvolvimento de flexibilidade, criatividade e competências de negociação. Aceitação de si mesmo e dos outros, com menos autocrítica e crítica. Menos atenção aos detalhes e mais atenção ao quadro geral. Descontração, humor, relaxamento, lazer e diversão dentro e

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fora do trabalho. Recuperação da serenidade e da aceitação de si mesmo e dos outros. 
 Tipo 2 - o Líder Ajudante: Equilibrar mais o que faz por si com o que faz pelos outros.Assumir projetos próprios e evitar papéis exclusivamente de suporte. Dar menos atenção aos relacionamentos e mais atenção as tarefas e metas. Equilibrar melhor a atenção que dedica às pessoas da equipe ou aos clientes, sem dar preferências. Recupera a liberdade para si mesmo e para os outros, bem como da humildade, não tentando ser fundamental para suprir a necessidade dos outros sempre. 
 Tipo 3 – O Líder Realizador: Diminuir o ritmo e dedicar-se mais a assuntos da vida pessoal. Prestar mais atenção aos seus sentimentos e aos dos outros. Desenvolvimento de paciência com as pessoas, tornando-se mais disponível para elas. Recuperação da idéia de que nem tudo depende dele e de que as coisas precisam de tempo para amadurecer. 
 Tipo 4 – o Líder Individualista: Valorização das coisas e das pessoas que estão presentes, e não apenas daqueles que estão faltando. Motivação profissional. Insegurança. Excesso de sentimentalismo. Parar de comparar-se com as demais pessoas. 
 Tipo 5 – o Líder Investigador: Aprimorar a comunicação. Desenvolver espontaneidade e abertura pessoal. Tornar-se mais disponível para as pessoas. Ser mais entusiástico e celebrar mais (mais emoção e menos razão). Aprimorar o marketing pessoal. Planejar menos e fazer mais. Recuperação da noção de que não é necessário economizar energia e controlar o tempo e o espaço. 
 Tipo 6 – o Líder Questionador: Desenvolvimento de autoconfiança e confiança nos outros. Aprender a arriscar mais e a não checar tanto as informações antes de decidir. Não ter medo de assumir papéis de autoridade. Relacionamento com outras figuras de autoridade. Recuperação da idéia de

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que tudo dará certo e da coragem de enfrentar problemas sem fugir ou combatê-los. 
 Tipo 7 – o Líder Entusiasta: Desenvolver foco e comprometimento com as suas atividades. Encarar os problemas no trabalho e nos relacionamentos profissionais. Dedicar-se mais a ouvir os outros e ser menos auto-referente. Assumir rotinas de trabalho e diminuir o número de atividades e projetos dos quais participa.Especializar-se mais em um tema.Recuperação da sobriedade de fazer uma coisa de cada vez e até o fim.

Tipo 8 – o Líder Estrategista: Desenvolvimento de tolerância, paciência e suavidade no trato com as pessoas. Aprender a não comprar disputas que não valem a pena. Controlar seu impulso de proteger demais as pessoas que parecem frágeis. Aprender a delegar. Recuperação da inocência, tornando-se inofensivo para os outros, assumindo suas fragilidades e controlando seus excessos.

Tipo 9 – o Líder Mediador: Gestão do tempo e definição de prioridades. Priorizar as suas necessidades. Gerenciar melhor projetos que estejam sob sua responsabilidade para os quais não existe muita cobrança de outras pessoas. Aprender a dizer “não” e a posicionar-se mais claramente. Muito utilizada em sessões de Coaching, a Roda da Vida surge como um círculo separado em partes e ajuda a criar um panorama pessoal e holístico de certo momento da vida do Coachee. Com ela, é possível analisar problemas, elencar prioridades e traçar planos futuros para atingir um novo equilíbrio. Já conhecida há bastante tempo nas empresas e no mundo dos negócios para análises de Planejamento Estratégico, a Matriz SWOT / FOFA também tem sido utilizada como uma ferramenta de Coaching. Trata-se do mapeamento de dados e informações, classificados e apresentados em quatro quadrantes, onde: 
 1) Fatores Internos (se tem influência) – Forças e Fraquezas
 2) Fatores Externos (não se tem influência) – Oportunidades e Ameaças Em seguida identificam-se as melhores estratégias, que normalmente são aquelas que, utilizando os pontos fortes, resultam no aproveitamento das oportunidades. Posteriormente, os fatores ligados aos pontos fracos e ameaças, são analisados na busca por soluções, remediações ou alertas. De acordo com SLAC (2014), nos processos de Coaching, após o mapeamento das
 informações, age-se da seguinte maneira:

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!Os pontos fortes são combinados às oportunidades através de ações cujo objetivo é eliminar os pontos fracos; ! Em muitos casos, ao eliminar-se um ponto fraco automaticamente elimina-se,
 também, uma ameaça; ! Ocorre, em certos casos, que uma ação proveniente da combinação de um ponto forte com uma oportunidade elimina diretamente uma ameaça. Dessa forma, os três passos acima são repetidamente combinados cobrindo-se todas as oportunidades e pontos fortes, na tentativa de gerar um plano de ações que combatam os pontos fracos e as ameaças. Outra ferramenta importante utilizada nos processos de Coaching é a SMART. Conforme Marques, (2016) o SMART é uma sigla que reúne cada etapa até o alcance dos objetivos: 
 S: Do inglês Specific, que pode ser traduzido para específico. Trata-se do objetivo que se desejam atingir;
 M: De Mensurable, que significa mensurável. Esta etapa diz respeito aos indicadores que podem ser medidos ao longo do processo: tempo, custo, peso, distância, entre outros;
 A: Achievable, que significa alcançável. A meta é alcançável? Tem-se condições de alcançá-la? Nesta fase, o objetivo é avaliar essas questões e rever as metas;
 R: Relevant, que traduz aquilo que é relevante. Este é o momento em que deve-se questionar se a meta está dentro da realidade e qual a relevância desse objetivo para sua vida.
 T: De Time, ou tempo. Esta etapa consiste em estabelecer dia, mês e ano para o alcance de sua meta. Colocar prazos é uma excelente forma de evitar a procrastinação. Vieira (2015, p. 63) salienta que um plano de ação convencional usado por muitas empresas é também uma ferramenta bastante utilizada por sua

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objetividade em processos de Coaching, trata-se do modelo 5W2H. Esta nomenclatura baseia-se nas iniciais, em inglês, para os seguintes questionamentos: !O que agir/fazer (What) ! Por que agir/fazer (Why) ! Onde agir/fazer (Where) ! Quando agir/fazer (When) ! Quem agirá/fará (Who) ! Como agirá/fará (How) ! Quanto custará (How much) Além destas pode-se citar testes de personalidade DISC, SOAR, MBTI, HBDI, e Autobiografia, utilizadas para conhecimento de perfis, assim como Avaliação da Preferência Cerebral, Roda da Inteligência Emocional, das Competências, Crenças e Valores, Missão e Visão, Road Map, Ensaio Mental, Tríade do Tempo, Perguntas Poderosas, Canvas, técnicas de PNL e Feedback 360º. Técnicas mais recentes como a Teoria U estão sendo avaliadas. Liderança – Líder Coach A liderança de uma empresa é responsável por atingir os resultados planejados, direcionando e harmonizando os esforços de todos os seus profissionais. De acordo com Pereira (2012, p.59) A missão do líder é garantir que o planejamento teórico de resultados se torne realidade e para tanto deve estimular o engajamento e assegurar o desempenho das
 equipes de forma permanente. A importância estratégica de bons líderes em uma empresa se dá pelo fato de que uma boa liderança pode elevar exponencialmente os resultados de sua equipe. Um mau líder, por outro lado, é capaz de gerar instabilidade na equipe e anular o potencial de profissionais extremamente talentosos e competentes, comprometendo a entrega de resultados sustentáveis. O fator liderança, portanto, tem impacto direto na performance de uma empresa, não apenas momentânea, mas duradoura e sustentável. Além disso, uma empresa com sua liderança bem desenvolvida consegue colocar em prática de forma consistente os outros processos de gestão de pessoas.

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Em sua obra Comportamento Organizacional, Chiavenato (2010, p. 350) fala sobre as diferenças entre liderança e administração, os quais costumam ser confundidos, indevidamente. A administração é feita por meio da gerência, e se relaciona com o enfrentamento da complexidade. A administração busca a ordem e a consistência através da elaboração de planos formais, do desenho organizacional e da monitoração dos resultados alcançados em comparação com os planos estabelecidos. A liderança, por outro lado, se relaciona com o enfrentamento da mudança. O líder define direções através do desenvolvimento de uma visão de futuro, e depois engaja as pessoas comunicando lhes essa visão e inspirandoas para superar os obstáculos. [...] A administração consiste na implementação da visão e da estratégia oferecida pelos líderes, coordenando e suprindo pessoas na organização e tratando dos problemas cotidianos.Na prática, todo administrador ou gerente precisa ser um líder, embora nem todo líder seja um administrador ou gerente. O administrador se fundamenta na sua posição na hierarquia organizacional, enquanto o líder se fundamenta em suas próprias qualidades pessoais. [...] Para combinar gerência e liderança, o executivo moderno precisa demonstrar um balanço e foco sobre os processos organizacionais (gerência) e uma genuína preocupação com as pessoas (liderança).

Charan (2008, pg. 110) afirma que empresas que se preparam para adotar o gerenciamento sistemático da aprendizagem, devem formalizar mecanismos e metodologias que lhes permitirão fazer o seguinte:. !Revisar continuamente os critérios e métodos para a identificação do talento para liderança, a fim de mantê-los alinhados com as mudanças externas; !Alocar pessoas com talento para a liderança em uma seqüência de trabalhos desafiantes e empolgantes que desenvolverá as habilidades da futura liderança, ao mesmo tempo em que atende às necessidades organizacionais atuais; !Proporcionar feedback preciso para acelerar o desenvolvimento dos líderes; !Aumentar a visibilidade de cada líder na empresa, a fim de consolidar sua relação com a empresa e permitir que outros líderes passem a conhecer profundamente o indivíduo; !Reconhecer e recompensar os melhores desempenhos, ajustar os planos de desenvolvimento de talentos para os que não se adaptam aos padrões;

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!Periodicamente, informar o número e os tipos de líderes nos vários níveis e avaliar quais quer lacunas atuais ou previstas; !Manter o Conselho de Administração informado sobre as lideranças da empresa, expor aos membros do Conselho os líderes, vários níveis abaixo do CEO,e ajudá-los a conhecer profundamente os candidatos à sucessão. O líder pode utilizar algumas técnicas de Coaching, reunindo os seus conhecimentos técnicos e as suas habilidades para: !Praticar a habilidade de ouvir e considerar, articulando uma visão autêntica do rumo geral que energize os outros, ao mesmo tempo que esclarece quais são suas expectativas; !Direcionar os profissionais para a melhora da performance; !Fazer Coaching com base no que a pessoa diz querer da sua vida, da carreira e do emprego atual; !Identificar os valores que devem nortear as ações da equipe; !Delegar, orientar e reconhecer; !Utilizar a disciplina como motivação e estímulo; !Utilizar bastante o recurso de reuniões e procurar valorizar a sinergia; !Orientar a rotina por metas em vez de tarefas; !Canalizar os conflitos na direção do crescimento; !Dar feedbacks em tempo real; !Empatia Cognitiva (permite assumir a perspectiva de outra pessoa, compreender seu estado mental e ao mesmo tempo, administrar as próprias emoções), Emocional (se une à outra pessoa e sente com ela) e principalmente, tem a preocupação empática (preocupa-se com a pessoa, mobiliza-se para ajudar se for preciso); !Mindfulness at Work (Atenção Plena no Trabalho); !Direcionar a atenção aonde ela precisa ir. O talento do líder está na capacidade de voltar a atenção ao lugar certo, na hora certa, percebendo tendências, revelando realidades e aproveitando oportunidades; !Celebrar vitórias, sabendo que se divertir não é perda de tempo, mas uma forma de construir capital emocional

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Conforme Goleman (2014, p.234) A empatia de uma equipe se aplica não apenas à sensibilidade entre os membros, mas também à compreensão da visão e dos sentimentos de outras pessoas e grupos com quem a equipe tem contato – uma empatia de nível grupal. [...] Equipes de ponta também costumam se envolver em encontros de Coaching coletivos, onde uma equipe reflete periodicamente sobre seu funcionamento como grupo para promover mudanças com base nessa reflexão - um exercício de autoconsciência grupal.

Segundo Druskat, (2013 Goleman 2014, p.234) “um feedback tão sincero de dentro aumenta a efetividade do grupo, principalmente no começo’.” O filósofo e poeta Gibran disse: “O mestre [...] verdadeiramente sábio, não vos convidará a entrar na mansão do seu saber, mas antes vos conduzirá ao limiar de vossa própria
 mente.” (1972, p.53) O que empresas e equipes esperam de um Líder-Coach? Que seja uma pessoa questionadora, que tenha uma visão holística e sistêmica, multi e interdisciplinar, autogestão, excelência, um bom ouvinte, que saiba desenvolver a equipe valorizando os pontos fortes e trabalhando os pontos fracos, identificando as crenças limitantes e possibilitadoras de cada um. Que tenha habilidade para lidar e tirar o que tem de melhor nas diferentes gerações X, Y, Z respeitando os diferentes estilos e administrando os conflitos e diferentes personalidades. Que saiba priorizar, combatendo a procrastinação, estabelecendo metas atingíveis através de uma comunicação limpa, deixando claro o papel de cada um. Que dê feedback não apenas nos momentos formais, mas sempre que necessário. Que preocupe-se com a evolução e crescimento de sua equipe buscando sempre o equilíbrio profissional, físico e espiritual. Que encare os desafios de forma positiva, influencie e inspire outros profissionais. 
 Qual a definição para Líder-Coach? ! Exerce sua habilidade de liderança através de algumas técnicas utilizadas em
 Coaching;

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!Líder que, além de estimular, delegar, inspirar e supervisionar, é responsável pelo desenvolvimento contínuo de seus liderados; !Desenvolve a auto-liderança, o autoconhecimento, com o objetivo de auxiliar sua equipe a superar metas e objetivos previamente estabelecidos; !O Líder-Coach, acima de tudo, busca excelência em sua profissão e em sua carreira. Mais do que um solucionador de problemas, o Líder-Coach atua como um parceiro para que sua equipe encontre as respostas para resolver os problemas. Para isto, é necessário um espírito de generosidade do líder, de compartilhar seu tempo e seu conhecimento. O Líder-Coach é um transformador de paradigmas, ajudando sua equipe a sair do lugar comum, a deixar de ser vítima de crenças limitantes do inconsciente coletivo que as leva a um estado de resignação e conformismo, sem que elas percebam. Através da sua capacidade de questionar os modelos mentais, o Líder-Coach consegue fazer emergir os recursos internos de cada pessoa para que não seja apenas um potencial escondido, e sim um hábito aplicado na prática. (DI STÉFANO, 2106, p.36) Reflexões que recomenda-se a um profissional que pretende ser um verdadeiro LíderCoach: 1. Com que freqüência eu me dou um feedback sincero e honesto?
 2. Quais das minhas atividades eu não deveria estar realizando?
 3. Que atitude modificada renderia mais frutos? 4. De todas as horas, quais são úteis de fato e quantas eu dedico às pessoas a minha volta?

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5. Quanto à minha equipe: Eu informo? Eu formo? Eu desenvolvo?
 6. Como comprometo meu futuro para atingir a meta do presente?
 O Líder-Coach alia a técnica de Coaching para potencializar o desenvolvimento de pessoas. Atribuições inerentes aos seus papéis e o que não compete ao exercício de suas funções:

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Seguindo o conceito, a utilização de ferramentas do Coaching pode ser o diferencial para a formação de uma equipe de alta performance. Com um Líder-Coach incentivando a equipe a ser um time questionador, com atitude proativa, identificando oportunidades de melhorias junto as demais áreas, com parceria e de forma colaborativa pode-se obter resultados superiores. Numa área de Controladoria, por exemplo, questionamentos sobre a inadimplência e altos prazos de recebimento de clientes e seus motivos junto à área Comercial, sobre os prazos de pagamento negociados pela área de Suprimentos, aquisição de matérias-primas inchando o estoque além da necessidade para a produção, gerando gastos de armazenagem, motivo das variações entre projeções de S&OP e venda efetiva, desperdícios/perdas/ horas-extras no processo produtivo, gerando aumento de custos, despesas acontecendo fora do orçamento, etc., podem provocar controles mais efetivos, atenção dos gestores das demais áreas, planos de ação de curto e médio-prazo, provocando impactos positivos tanto no resultado do período quanto no fluxo de caixa. A equipe da Controladoria deve também ser incentivada a conhecer além da sua área específica de atuação. Deve conhecer, por exemplo, fer ramentas da qualidade, como Lean Manufacturing, Six Sigma, Kaisen, Sistema Toyota, etc. Quando se fala em maximização de resultados, a empresa deve ter uma Controladoria atuante, participativa e eficaz. Mosimann (apud PADOVEZE, 2005, p. 21) ratifica o conceito de Controladoria como: o conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das Ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, denominadas perturbadoras as plantas e as substâncias que, quando que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficácia.

O autor ainda resume: [...] o papel e as funções da Controladoria, como o órgão gestor dos recursos da empresa, por meio do Sistema de Informação Gerencial, com a função fundamental de assegurar a otimização do resultado e a eficácia empresarial. Por este conceito, a Controladoria tem uma missão e atribuições específicas que implicam um comportamento proativo e profundamente responsável e influenciador no desempenho do negócio. (PADOVEZE, 2005, p.39)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nesta pesquisa bibliográfica é possível reiterar a importância do Coaching tanto na vida pessoal, quanto no universo corporativo. Trata-se de um processo de muita responsabilidade, que resulta na revisão de posicionamentos e julgamentos. Normalmente quem passa por um processo de Coaching passa por uma transformação, passando a ter a t i t u d e s e h á b i t o s m a i s c o n g r u e n t e s e c o e r e n t e s a t r av é s d o autoconhecimento e entendimento do outro. O Coaching pode ser considerado elemento essencial para a aprendizagem organizacional. Questionamentos do Líder-Coach fazendo sua equipe pensar, refletir, buscar as respostas e aprender com elas; sendo incentivados a fazer parte do todo, a darem suas opiniões, fazerem parte de uma empresa que incentiva o crescimento; terem feedbacks freqüentes, saberem de sua importância dentro do sistema, aprenderem com pessoas experientes, faz com que esta equipe sinta-se motivada, segura, buscando naturalmente a excelência técnica e bom relacionamento interpessoal. Como conseqüência, a empresa ganha em seu resultado financeiro, maior retenção de talentos e melhora o clima organizacional. REFERÊNCIAS 
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 Rio de Janeiro: Bloch, 1992.
 CHARAM, Ram. O líder criador de líderes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
 CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional. 2. ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2010.
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 desenvolvimento de sua liderança. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2015.
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 sucesso: Modelo pragmático e holístico usando o método project-based coaching. 3. ed.
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 DI STÉFANO, Rhandy. O líder-coach: líderes criando líderes. Rio de Janeiro:
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 D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / e u d e v e r d a d e . c o m . b r / e n e a g r a m a - t r a n s fo r m e - p o s i t i v a m e n t e seusrelacionamentos/ >. Acesso em: dez. 2019.
 FELLIPELLI, Adriana. Coaching e a neurociência. In: PERCIA, André; SITA, Maurício.
 Coaching: Grandes mestres ensinam como estabelecer e alcançar resultados
 extraordinários na sua vida pessoal e profissional. São Paulo: Ser Mais, 2013. p.9 – 16.
 FLAHERTY, James. Coaching: desenvolvendo excelência pessoal e profissional. Rio de
 Janeiro: Qualitymark, 2013.
 GIBRAN, Gibran Khalil. O Profeta. Rio de Janeiro: Raval, 1972.
 GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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 SMART. 2016. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/conheca-aferramenta-decoaching-smart>. Acesso em: dez. 2019.
 INSTITUTO LOUREIRO. Roda da Vida. 2016. Disponível em:
 <http://institutoloureiro.com.br/roda-da-vida/ >. Acesso em: dez. 2019.
 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa:
 planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração,
 análise e interpretação de dados. 7. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.
 PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria Avançada. São Paulo: Pioneira Thomson
 Learning, 2005.
 PERCIA, André; SITA, Maurício. Coaching: Grandes mestres ensinam como estabelecer
 e alcançar resultados extraordinários na sua vida pessoal e profissional. São Paulo: Ser
 Mais, 2013.
 PEREIRA, Milton Luís Figueiredo et. al. Trabalho com significado: O novo capitalismo e
 a nova empresa: uma visão humanista e nexialista para a nova gestão de pessoas. Rio de
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 RISO, Don Richard; HUDSON. Russ. A sabedoria do Eneagrama. 6. ed. São Paulo:
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 ROMA, Andréia; WUNDERLICH, Marcos. Liderança e Espiritualidade: especialistas
 revelam o poder da Era da Consciência na vida de pessoas e corporações modernas: a
 visão sistêmica do ser, QS: inteligência espiritual, física quântica, saúde mental e a
 energia produtiva social e corporativa. São Paulo: Leader, 2015.
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 <https://www.sbcoaching.com.br/blog/tudo-sobre-coaching/o-que-e-mentoring/>. Acesso em:
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 processos de Coaching. 2014. Disponível em: <https://www.slacoaching.com.br/utilizacaoda-analiseswot-em-processos-de-coaching>. Acesso em: dez. 2020.
 VIEIRA, Paulo. O poder da ação: faça sua vida ideal sair do papel. São Paulo: Gente,
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 WOLK, Leonardo. Coaching: a arte de soprar brasas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2013.
 WUNDERLICH, Marcos; ROMA, Andréia. O Poder do mentoring & coaching:
 profissionais apontam caminhos e trilhas para o estado desejado, com foco na realização
 pessoal e profissional. São Paulo: Leader, 2016.

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A FALTA DE CONHECIMENTO DOS EMPRESÁRIOS EM GESTÃO E O FECHAMENTO PRECOCE DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Laudeci Lopes Brito

"O fato de não ter visão de futuro, inviabiliza qualquer planejamento…"

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A FALTA DE CONHECIMENTO DOS EMPRESÁRIOS EM GESTÃO E O FECHAMENTO PRECOCE DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. Laudeci Lopes Brito Morôni Kozoski RESUMO O presente artigo tem como objetivo apresentar as principais causas de fechamento das pequenas e médias empresas no Brasil e como a falta de conhecimento impacta fortemente os pequenos e médios empresários, além disso, sugerir algumas soluções. O estudo ocorreu no ano de 2019, em duas pequenas e uma média empresa de diferentes ramos de atividade, localizadas na região central do Maranhão, durante três processos de business coaching, de forma presencial e individual, realizados na própria empresa. Durante os trabalhos, constataram que independente da empresa, do ramo de atividade e até da região, a realidade é muito semelhante ao restante do País. Um dos principais obstáculos enfrentados pelos empresários é a ausência de conhecimento em gestão de negócios e isso reflete na falta de objetivos claros, plano de negócios, planejamento estratégico, gestão de pessoas, gestão financeira, liderança, processos, marketing etc. Todo o trabalho é realizado de forma intuitiva, baseado apenas na vivência dos donos, um fator complicador para o bom andamento da empresa, causando a dependência total da presença do empresário, tornando-o um verdadeiro escravo da sua atividade, levando-o inclusive à exaustão física e mental. Não por acaso, uma em cada quatro empresas fecha antes de completar dois anos no mercado, segundo o SEBRAE. Palavras-chave: Palavra 1: EMPREENDEDORISMO. Palavra 2: GESTÃO. Palavra 3: LIDERANÇA. INTRODUÇÃO O objetivo e a justificativa deste artigo é a necessidade de sensibilizar sobre a importância do conhecimento em gestão de negócios, especialmente para os micros, pequenos e médios empresários, tendo como objeto de estudo, três empresas que participaram de Processos de Business Coaching por um período de três meses. As empresas estão Implantadas no município de Barra do Corda, município localizado na região central do estado do Maranhão, com uma

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população estimada pelo IBGE em 2018 em aproximadamente 87.794 habitantes, distante 485 km da capital São Luís. Embora a cidade em que ocorreram os processos tenha uma vocação para a pecuária de corte, possui também um incrível potencial para o turismo, devido às belezas naturais com belos rios, cachoeiras, natureza exuberante e povos indígenas. Esta atividade ainda não é explorada de forma profissional, fazendo com que o município deixe de movimentar sua economia, criar centenas de empreendimentos e, consequentemente, gerar milhares de empregos para a população local. Grande parte da população é descendente de famílias oriundas dos estados do Ceará, Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte. Como já é de conhecimento público, o povo nordestino possui uma vocação natural para atividade agrícola e agropecuária, sendo que na citada região, a agropecuária é bem mais desenvolvida e produtiva. Importante mencionar o espírito empreendedor dos habitantes, que se apresenta na forma de pequenos comércios, pequenas indústrias e prestação de serviços. O setor industrial é praticamente inexistente, formado por três principais fábricas de tijolos e telhas de barro, pequenas malharias, fábricas de móveis planejados, frigorífico, entre outros negócios de menor expressividade e até informal. O comércio local possui uma expressiva quantidade de pequenas lojas de confecções, móveis e eletrodomésticos, postos de combustíveis, distribuidores de bebidas e não existem grandes supermercados, apenas mercados locais, com formato de supermercado, porém de pequeno porte. A cidade possui ainda, serviços de provedores de internet, quatro hotéis de médio porte, além de pequenas hospedarias, restaurantes e uma grande quantidade de bares, até por sua característica balneária. Há uma grande quantidade de trabalhadores informais que comercializam alimentos de preparação rápida, com baixo custo, que se espalham pelas calçadas das próprias residências como: churrasquinhos, massas, cachorro quente etc. Exceto as lojas maiores que fazem parte de alguma rede, os empresários locais possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre gestão empresarial, isso reflete diretamente nos resultados, pois quando entram

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em dificuldades, costumam mudar de ramo ou fechar e procurar empregos, inclusive fora do estado. As empresas são familiares e em nenhuma das três havia plano de negócios. Talvez, por esta razão ainda há muita resistência dos donos em procurar conhecimento ou ajuda profissional. Nas empresas geridas por marido e mulher, a ideia de procurar ajuda profissional em sua maioria parte das mulheres. Das empresas da região que sobrevivem por mais de cinco anos, poucas são as que conseguem crescer e isso se deve em parte à ausência de um plano de negócios para norteá-las desde a implantação. O que leva a esse estado de coisas é exatamente o pouco conhecimento em gestão além da questão comportamental, fatores que dificultam sobremaneira a definição clara dos objetivos da empresa e por consequência a divisão do trabalho, os níveis de decisões, os processos, a gestão financeira, de pessoas etc. Segundo Michael E. Gerber (2017) “O Mito do Empreendedor”, Todo aquele que entra no mundo dos negócios leva em si três pessoas: O empreendedor, o administrador e o técnico. “Cada uma delas tem comportamentos e percepções diferentes: O empreendedor visualiza oportunidades em condições que ninguém consegue e vive no futuro, o administrador é mais pragmático, prima por planejamento, previsibilidade e ordem, já o técnico não se interessa por ideias e sim pelo modo de fazer”.

As citadas empresas que passaram pelo processo de business coaching

são de ramos completamente diferentes, porém, identificou-se

claramente os conceitos do livro O MITO DO EMPREENDEDOR em todos os aspectos, em especial com referência às fases da empresa e às personalidades do empresário. Na prática, com base no conceito do autor, uma das pequenas empresas acompanhadas, estava na fase da infância e a personalidade predominante do dono era a de técnico, já que ele se dedicava quase que integralmente à área operacional. Duas delas estavam na fase da adolescência, considerando que já havia muita demanda pelo serviço e muitos colaboradores fazendo de tudo um pouco. !68


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A falta de conhecimento em gestão de negócios por parte dos empresários sem dúvida é o maior obstáculo para a manutenção e crescimento. Não possuem objetivos claros, planejamento, processos, liderança, cargos definidos, gestão e controle de estoques, financeiro e de pessoas. Isso ocasiona a falta de compromisso com resultados por parte dos colaboradores, já que estes não possuem metas que façam sentido, nem para eles nem para a empresa, de modo que são abandonadas algum tempo depois, sem que nada aconteça. Por maior que seja o esforço e dedicação do empresário, como não há nenhuma regra, ele é extremamente centralizador e possui uma sobrecarga de trabalho, que por vezes, prejudica sua qualidade de vida, seja no âmbito profissional, familiar e até pessoal. O trabalho torna-se muito desgastante para o empresário, pois, segundo Michael E. Gerber (2017), uma empresa possui três fases: Infância, adolescência e maturidade. Na fase da infância: O dono faz de tudo e quando a empresa é pequena, ele até consegue algum resultado, até que aumenta a demanda e ele perde completamente o controle. A adolescência: Quando a demanda aumenta e com ela a carga de trabalho, então, chega a hora de contratar diversos colaboradores sem, no entanto, preocupar-se com os processos e os perfis dos cargos, de forma que a empresa fica cheia de pessoas fazendo o que acham certo, a hora que decidem fazer, sem nenhuma padronização da rotina, razão pela qual o empresário com a personalidade de técnico volta a fazer tudo sozinho, só que dessa vez, com uma demanda infinitamente maior e um grupo de pessoas ociosas. A maturidade: Quando o empresário entende que o seu verdadeiro papel na empresa é a gestão, onde ele precisa cuidar de todas as áreas e não necessariamente fazer pessoalmente as tarefas. Esta ultima é a fase em que se considera o empresário um verdadeiro empreendedor. Seja por falta de conhecimento ou por comodismo, eles se comportam de maneira incompatível com um verdadeiro empreendedor. O foco excessivo em tarefas operacionais faz com que as outras áreas da

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empresa fiquem abandonadas e com isso, despendem muito esforço e alcançam um baixo índice de resultados e até de sobrevivência das empresas. O fato de que geralmente as empresas são familiares, dificulta ainda mais o comprometimento e a colaboração entre a equipe. Em geral, empresas familiares que ainda não possuem uma configuração correta de empreendimento, são prejudicadas pela falta de profissionalismo e compromisso com resultados, devido à resistência em cumprir normas e por achar que a empresa existe para servi-los e não o contrário. Além disso, há uma confusão entre a atribuição e poder de decisão de cada um e, o fato de serem da mesma família, gera um desgaste emocional impressionante. Interessante ressaltar que a metodologia coaching, de forma presencial e estruturada, foi muito bem aceita após a sensibilização em forma de apresentação da palestra Visão de Futuro e Empreendedorismo, crucial para estabelecer uma nova forma de pensar a empresa e então proceder às mudanças necessárias. Diante de todas as evidências, enumerou-se a seguir os principais obstáculos enfrentados pelos empresários em seu dia a dia e as melhorias que foram implantadas. OBJETIVOS CLAROS Por incrível que pareça a falta de objetivos claros tanto na vida pessoal do empresário quanto na atividade empresarial, se configura como um dos maiores obstáculos, pois como bem disse Lewis Carrol, quem não sabe para onde vai qualquer caminho serve. A palestra é estratégica para dar maior clareza e foco, em razão disso, os processos de business sempre se iniciam com ela, uma espécie de preparação e nivelamento mental para receber o processo com menos resistência. Na palestra “visão de futuro e empreendedorismo” detalha-se exatamente isso, para que sejam instigados a identificar primeiramente o seu objetivo principal, ou seja, seu objetivo de vida de forma clara e, só então passam a trabalhar o objetivo estratégico, que é o objetivo da sua empresa. !70


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Curiosamente, alguns não entendiam que o sucesso do empreendimento também estava ligado ao alinhamento com seus próprios objetivos e que as coisas não acontecem por acaso, por isso a necessidade de um planejamento sério e dentro da realidade, afinal, a empresa deve existir para ajudar a bancar os seus sonhos e não para prejudicar a sua vida. Como sempre são orientados nos processos, não basta se escravizar e trabalhar até a exaustão se eles não fazem da forma correta, sendo assim, o processo só gera resultados se houver cem por cento de comprometimento dos donos do negócio em colocar em prática o aprendizado. O fato de não ter visão de futuro, inviabiliza qualquer planejamento, seja pessoal, seja empresarial, de tal forma que não faz muito sentido ter um negócio. Pra onde você vai? Como planejar as metas? Como você define as ações necessárias? Quem deverá se envolver e de que forma? Em quanto tempo? Como saber que você atingiu a meta? Quais os resultados esperados? Após o esclarecimento sobre a importância do tema objetivos, cada um colocou no papel o que fazia sentido para sua vida e foi assim que definiram seus respectivos objetivos principais. Segundo Michael E. Gerber (2017) “O Mito do Empreendedor” pag. 123, depois de se criar a visão de como se quer viver, de perceber que existe mais do que “ter” e “fazer” é que poderá dedicar-se ao seu objetivo estratégico, é ele que clarifica o que a empresa precisa fazer para que seja alcançado o objetivo principal, que é o que realmente interessa. A empresa precisa ser um meio para chegar lá, e não um fim em si mesma. Uma vez definido o objetivo estratégico e em que a empresa poderá contribuir financeiramente com suas vidas, saber o porquê e para quê eles tinham um negócio, foi o ponto de partida para começar o planejamento e organização das empresas, começando pelo plano de negócios.

PLANO DE NEGÓCIOS Foi constatada a ausência de plano de negócios nas empresas e, é claro,

todas as dificuldades advindas dessa falha. Uma das empresas,

mesmo que de forma intuitiva, tinha um esboço de plano de negócio no

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modelo canvas e também, algum controle. As outras duas, faziam tudo de modo informal, conforme as demandas fossem surgindo. Em razão da facilidade de visualização, o plano de negócio foi elaborado com a ferramenta canvas, que facilitou muito o entendimento sobre os próprios negócios, bem como a nortear suas ações. O planejamento estratégico também foi amplamente discutido e posteriormente os empresários definiram missão, visão e valores, tanto da pessoa física quanto da pessoa jurídica. Por fim, preencheram a ferramenta canvas, respondendo as seguintes perguntas: • O QUÊ? Proposta de valor ou o diferencial da empresa em relação aos concorrentes. • QUEM? Segmento de clientes da empresa, relacionamento com os clientes e quais os canais que iriam utilizar para vender. • COMO? Principais atividades desenvolvidas pela empresa, recursos e parcerias. • QUANTO? Após levantamento, chegaram aos números da estrutura de custos e das fontes de receitas. Todos ficaram muito satisfeitos com a forma prática com que os respectivos planos de negócios foram construídos o que os possibilitou, visualizar toda a empresa, de forma clara, em apenas uma folha de papel. ORGANOGRAMA E CONTRATO DE POSICIONAMENTO As empresas não possuíam organograma, por esse motivo, as decisões na maioria das vezes ficavam centralizadas em uma única pessoa, o dono. Isso os sobrecarregavam e prejudicava muito a resolutividade das empresas, visto que, eram dependentes das suas respectivas presenças para funcionar. Como os colaboradores não conheciam de fato as suas respectivas atribuições, não tinham autonomia, fato que fazia com que a empresa praticamente parasse. Em todos os casos, foi elaborado o organograma considerando três níveis: Estratégico, técnico e operacional. Mesmo não tendo ainda pessoas suficientes para assumir os seus cargos. Dentro da realidade deles, por

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algum tempo, alguns cargos deveriam ser assumidos pela mesma pessoa que já tinha outra função, mas, ainda assim a empresa tomou um formato profissional e facilitou a definição dos cargos e suas respectivas atribuições. Com base na realidade de cada empresa, elaborou-se um documento que chamamos de “contrato de posicionamento” que define cada cargo com suas atribuições, níveis de decisão e responsabilidades. A próxima etapa foi focar nos processos. POP – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO Nenhuma das empresas possuía processos definidos e padronizados, assim como cada um fazia de tudo, também era verdade que faziam de qualquer forma, conforme suas vontades. Juntos com cada empresa criou-se os POPs (Procedimento Operacional Padronizado), uma espécie de manual com o passo a passo de como desenvolver cada atividade, de for ma que não havia a discricionariedade do colaborador em fazer do seu jeito. RECURSOS HUMANOS / GESTÃO DE PESSOAS Nas pequenas empresas não costuma haver departamentos específicos para RH, realidade encontrada nas empresas. Essa função ficou a cargo dos próprios donos, enquanto não há profissionais ou departamento para esse fim. Para facilitar a gestão de RH, criou-se o regulamento interno que define todas as regras da empresa, desde horário, uso de uniforme e comportamento, até a higiene e apresentação pessoal. As contratações equivocadas também constitui um grande entrave, porém, foram discutidas formas mais eficientes de admissão, caso o empresário vá fazer isso pessoalmente o que facilitou muito com a definição dos cargos e a padronização dos processos. Há ainda a opção de terceirizar o serviço, uma prática bastante recomendada inclusive. A questão da forma de liderança também foi amplamente discutida.

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Alguns dos obstáculos mais apontados foram questões ligadas a atendimento ao cliente e vendas. Em todas as empresas, ministrou-se o workshop “Excelência no atendimento ao cliente e vendas”, sendo que todos eles foram iniciados pela palestra Visão de Futuro, para que a equipe ficasse alinhada com os objetivos da empresa, assim como foi feito com os empresários no início do processo. GESTÃO FINANCEIRA, MARKETING E SISTEMAS. A gestão financeira de duas das empresas era muito confusa e, portanto, preocupante, pelos seguintes motivos: • Falta de separação financeira de pessoa física e jurídica o que causa uma enorme confusão no fluxo de caixa e faturamento em geral; • Dificuldades na precificação dos produtos; • Desconhecimento da margem de lucro. • Desconhecimento total do ponto de equilíbrio da empresa. • Falta de objetivos claros; • Ausência de metas SMART; • A não utilização do sistema de gestão; • Desconhecimento do estoque, entre outros; Devido ao curto período do processo de business coaching nas empresas, apenas três meses, não foi possível ajudar a sanar todos os problemas da gestão financeira, porém, as principais intervenções pontuais e as ações concretas foram as seguintes: • Definir quais os objetivos da empresa, considerando faturamento e tempo; • Conhecer o ponto de equilíbrio da empresa; • Separar o financeiro da pessoa física da pessoa jurídica; • Definir a retirada dos sócios, considerando a realidade da empresa; • Aprender a precificar os produtos e serviços; • Definir metas mensais, semanais e diárias, com base no objetivo da empresa; • Contratar, alimentar e de fato usar o sistema de gerenciamento da empresa;

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• Implantar almoxarifado em uma das empresas prestadora de serviço; • Orientar e incentivar para que todo o estoque fosse lançado no sistema para facilitar o controle, inclusive o financeiro, já que eram sistemas bem completos; • Sugerir e orientar sobre a importância do marketing digital; • Definir percentual de verba específica para investir em marketing para seus respectivos públicos. É interessante ressaltar que, alguns empresários até sabem o que fazer para melhorar os resultados das suas empresas, porém, como não têm orientação profissional, ficam procrastinando e só tomam alguma atitude quando o problema já tem grandes proporções, ou seja, ficam apagando incêndio, por isso se escravizam e não conseguem alcançar os resultados esperados. Edgar Ueda (2019 – prefácio) “OPODER DO ÓBVIO” fez as seguintes considerações: “Há muitas coisas óbvias que as pessoas não fazem, mas têm um poder que muitos desprezam. No final das contas, são elas que definem se você vai ter sucesso ou não, vai ser feliz ou não, vai realizar-se ou não.” “Por exemplo, planejar é preciso, isso é obvio, mas as pessoas não planejam e, por isso, falham. Depois de planejar, é necessário executar o plano. Porém, as pessoas não executam e se frustram. É óbvio que ter conhecimento é fundamental para o seu progresso, mas muita gente não se ocupa em aprender o necessário.”

A lição que fica de fato é que as pessoas às vezes sabem o que precisam fazer, sabem fazer e ainda assim não fazem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Das três empresas que passaram pelo processo de Business Coaching durante o período de três meses, todas apresentavam praticamente os

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mesmos pontos de melhorias, sendo que a intensidade dos problemas variavam em algumas áreas como RH, Liderança, Financeiro, Estoque, etc. Outro dado interessante é que no início do processo todos achavam que os problemas eram externos e ao longo do trabalho, se conscientizaram que a busca de conhecimento, a mudança de mentalidade e atitude, dependiam deles mesmos, que como líderes precisam treinar preparar e inspirar a sua equipe, para que trabalhem com foco nos objetivos da empresa e dessa forma gerem resultados positivos para seu próprio bem estar. Ao final do trabalho os empresários manifestaram sua satisfação em relação às mudanças rápidas que um processo de Business Coaching produz e que, segundo eles, foi muito gratificante observar a transformação gerada em todas as áreas. De fato, o coach (profissional) além de ensinar e acompanhar a execução das ações, ajuda com os ajustes necessários, sensibiliza, incentiva, trabalha crenças, comportamentos, objetivos, etc. Segundo eles é um trabalho diferente de tudo que já haviam tentado. O diferencial do Business Coaching é que a metodologia não se prende apenas a ensinar algo, mas, pega na mão e gera resultados rápidos, desde que haja comprometimento do coachee (cliente), além disso, o aprendizado acontece na prática do dia a dia da empresa, o que os incentiva a fazer e a continuar fazendo o que precisa ser feito. Segundo eles, a metodologia apresenta resultados visíveis logo nas primeiras semanas. As outras áreas exigem estudos mais profundos, pois a personalidade de técnico ainda é muito forte e a falta de disposição para o aprendizado limita o desenvolvimento profissional e isso, ainda representa um fator de risco empresarial.

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A influência do Coaching no desenvolvimento das relações familiares

Viviane Rodrigues dos Reis Lacerda

“…a família que escolhe implementar técnicas de coaching em sua rotina terá a oportunidade de melhorar sua qualidade de vida, viver em um lar mais organizado, ter tempo para trabalho, educação e diversão.”

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A influência do Coaching no desenvolvimento das relações familiares Viviane Rodrigues dos Reis Lacerda Morôni Kozoski

RESUMO O objetivo deste artigo é mostrar como o Coaching e suas ferramentas podem influenciar o desenvolvimento de relações familiares saudáveis. Considerando as famílias como a base da sociedade, seus comportamentos terão forte impacto nas empresas, no consumo e no modo como a sociedade se desenvolve. Ferramentas do Coaching, além de levar ao autoconhecimento, são capazes de mostrar ao indivíduo a importância do “SER”, em uma sociedade que valoriza o “TER” e traz a ele a percepção do outro como ser único, dotado de sentimentos e identidade própria que devem ser vistos e respeitados sem julgamentos. Ferramentas para gerenciamento de tempo e construção de visão de futuro proporcionam às famílias a oportunidade de construir e vivenciar planejamentos que evitarão conflitos rotineiros. Já na gestão financeira da família, técnicas de planejamento amenizam dores que muitas vezes podem levar à separação e dissolução do lar. Quando se trata do comportamento pais e filhos, reforça a autoridade, gera interações, reduz a ansiedade em ambos os lados, formando cidadãos mais bem preparadas para lidar com a realidade da vida e com as próprias frustrações. Reforça os valores e trabalha crenças que na maioria das vezes limitam o desenvolvimento daquela família. Ameniza conflitos familiares importantes como: a gestão do lar, a manutenção da rotina da casa e a distribuição de tarefas. Considerando os fatores acima mencionados podemos afirmar que o desenvolvimento de relações familiares saudáveis começa com mudanças de posturas e comportamentos e o Coaching caminha como solução nessa estrada de tantos desafios. Palavras-chave: Coaching. Desenvolvimento. Gestão. Família. INTRODUÇÃO As mudanças ocorridas na sociedade nos últimos 25 anos superaram as ocorridas no último milênio. Mudou-se a forma de morar, de se alimentar, de cuidar da saúde e principalmente de se comunicar. Com a globalização e com a chegada da Internet no Brasil em 1995* as portas do mundo literalmente se abriram. A tecnologia rompe diretamente com as barreiras geográficas e transforma a realidade social e, principalmente familiar. As famílias ditas tradicionais, onde pai, mãe e filhos tinham papéis claros e definidos vão se transformando e criando novas e diversas estruturas sociais. A organização familiar, independente de crenças ou costumes, começa com um casal de pessoas que decidem gerar uma nova vida e começar essa !78


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estrutura. E Organização familiar é como será chamado aqui, com mero objetivo de mostrar as semelhanças com qualquer outra estrutura organizacional. Onde a base é formada por pessoas, sentimentos, emoções e valores que pautam as decisões do dia a dia. Essa pesquisa foi dividida em duas partes, a primeira aborda o coach, suas ferramentas e teorias de comportamentos que influenciam diretamente os resultados de um processo de Coaching e a segunda parte traz a formação familiar e os comportamentos em seus principais setores: Relacionamento, educação, finanças, compras, organização, manutenção e limpeza de um lar. A proposta é a utilização das técnicas e ferramentas adequadas de coaching como poder transformador da mentalidade e dos comportamentos familiares, melhorando a performance desse grupo, e como consequência da sociedade em que vive. COACHING Coaching é um processo que tem como objetivo levar o cliente (coachee) a atingir um objetivo através de uma parceria com o profissional capacitado (coach) onde se é traçado um caminho a ser percorrido e a partir de ferramentas e técnicas cientificamente comprovadas se alcançar esse objetivo. Autoconhecimento, planejamento e gestão de tempo são alguns dos pontos desenvolvidos em um processo de coaching. A partir do autoconhecimento o coachee é capaz de identificar seus valores, perceber falhas em processos que não evoluem e compreender o que pode ser transformado em si mesmo para otimizar seus resultados. Já o planejamento é usado como direcionamento para se alcançar os objetivos com maior eficiência. Uma ferramenta que tem se mostrado eficiente nessa área é a estratégia de 5 passos, em que é criada uma visão de futuro, e esta é dividida em etapas com acompanhamento até sua conclusão. O gerenciamento eficiente do tempo permite ao coachee além de melhorar sua performance ter maior qualidade de vida. Lembrando que o processo de coach trabalha questões referentes à mentalidade do cliente e para que ele tenha sucesso é primordial

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que tenha começo, meio e fim, e que o objetivo traçado no início do processo, seja supervisionado durante todas as etapas até que seja atingido. O Coaching é utilizado para alavancar carreiras, negócios e como um todo a vida do coachee. Coaching é um processo que visa aumentar o desempenho de um indivíduo (grupo ou empresa), trazendo efeitos positivos através de metodologias, ferramentas e técnicas conduzidas por um profissional (coach) em uma parceria sinérgica com o cliente, o coachee. se utiliza de técnicas e ferramentas, cuja eficiência foi cientificamente comprovada, para auxiliar que uma pessoa saia de um estado atual e chegue a um estado desejado. (Marques, 2018 pag. 22).

FERRAMENTAS DO COACHING As ferramentas a serem utilizadas nos processos de coaching serão definidas pelo profissional (coach) após uma análise das demandas do cliente (coachee). Alguns exemplos de Ferramentas do coach são: SHAZAM, Roda da vida, Coaching Assessment, Perguntas Poderosas de Sabedoria, Tríade do Tempo, GTD – Getting Things Done, Estudo dos temperamentos, linguagens do amor, Road Map etc. As ferramentas de coaching são a base da atuação do coach que, as utiliza para identificar quais são as maiores dificuldades ou os objetivos do coachee, determinando quais os melhores caminhos para percorrer em prol deste objetivo. Elas norteiam a atuação do coach em relação ao seu coachee com o foco na melhoria contínua de resultados positivos.Não há classificação entre ferramenta certa ou errada, apenas a mais adequada para cada caso e cada situação. Estas ferramentas servem para que profissional e cliente reflitam sobre suas atitudes e comportamentos, sobre inteligência emocional e sobre o conhecimento que tem de si mesmo. Tendo a consciência disso, o uso destas ferramentas trará resultados tanto na vida pessoal quanto na vida profissional do indivíduo. Vale ressaltar que as ferramentas utilizadas no coaching são cientificamente validadas, comprovadas, a l é m d e s e r e m d i n â m i c a s a o p o n t o d e s e r e m e fe t u a d a s individualmente ou em equipe. (sistemizecoach, 2019)

COMPORTAMENTOS A teoria dos temperamentos O comportamento humano ainda hoje traz grandes desafios à humanidade. Estudos gregos antigos mostram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar) como influenciadores do comportamento humano. Sendo que em outras culturas as mudanças de comportamentos e de humores eram

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creditadas ao sobrenatural. Até que Hipócrates (470 a 370 a.C), considerado o pai da medicina se opõe ao sobrenatural trazendo, a partir de suas observações a teoria dos quatro temperamentos: o sanguíneo, o melancólico, o colérico e o fleumático. Segundo LaHaye (1997) o temperamento é tão importante que, humanamente falando, não existe outra coisa que possa influenciar tanto a nossa vida quanto o temperamento ou a combinação deles. “O Temperamento influencia tudo quanto você faz – desde os hábitos de sono, os hábitos de estudo, o estilo de alimentação até a maneira que você se relaciona com outras pessoas”. LaHeye (2008) afirma que foi o filósofo alemão Emmanuel Kant, que embora incompleta, teve sua descrição dos quatro temperamentos muito interessante: A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa; atribui grande importância àquilo que está fazendo no momento, mas logo em seguida pode esquecê-lo. Ela tem intenção de cumprir suas promessas, mas não as cumpre por nunca tê-las levado suficientemente a sério, a ponto de pretender vir a ser um auxílio para os outros. O sanguíneo é um mau devedor e pede constantemente mais prazo para pagar. É muito sociável, brincalhão, contenta-se facilmente, não leva as coisas muito a sério e vive rodeado de amigos. Embora não seja propriamente mau, tem dificuldade em não cometer seus pecados; ele pode se arrepender, mas sua contrição (que jamais chega a ser um sentimento de culpa) é logo esquecida. Ele se cansa e se entedia facilmente com o trabalho, mas constantemente encontra entretenimento em coisas de somenos — o sanguíneo carrega consigo a instabilidade, e seu forte não é a persistência. As pessoas com tendência à melancolia atribuem grande importância a tudo o que lhes concerne. Descobrem em tudo uma razão para a ansiedade e em qualquer situação notam de imediato as dificuldades. Nisso são inteiramente o oposto do sanguíneo. Não fazem promessas com facilidade, porque insistem em cumprir a palavra e pesa-lhes considerar se será ou não possível cumpri-la. Agem assim, não devido a considerações de ordem moral, mas ao fato de que o inter-relacionamento com os outros preocupa sobremaneira o melancólico, tornando-o cauteloso e desconfiado. É por essa razão que a felicidade lhes foge. Dizem do colérico que tem a cabeça quente, fica agitado com facilidade, mas se acalma logo que o adversário se dá por vencido. Que se aborrece, mas seu ódio não é eterno. Sua reação é rápida, mas não persistente. Mantém-se sempre ocupado, embora o faça a contragosto, justamente porque não é perseverante; prefere dar ordens, mas aborrece-o ter de cumpri-las. Gosta de ter seu trabalho reconhecido e adora ser louvado publicamente. Dá valor às aparências, à pompa e à formalidade; é orgulhoso e cheio de amorpróprio. É avarento, polido e cerimonioso; o maior golpe que pode sofrer é a desobediência. Enfim, o temperamento colérico é o mais infeliz por ser o que mais provavelmente atrairá oposição. Fleuma significa falta de emoção e não preguiça; implica uma tendência a não se emocionar com facilidade nem se mover com rapidez, e sim com moderação e persistência. A pessoa fleumática se aquece vagarosamente, mas retém por mais tempo o calor humano. Age por

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princípio, não por instinto; seu temperamento feliz pode suprir o que lhe falta em sagacidade e sabedoria. Ela é criteriosa no trato com os outros e em geral consegue o que quer, persistindo em seus objetivos, embora pareça ceder à vontade alheia. (LaHaye, 2008. Pág. 11 e 12)

A TEORIA DISC Na década de 1920, o Psicólogo norte-americano William Moulton Marston em seu livro "Emotions of Normal People" (1928), publicado no Brasil em 2014 com o título de "As Emoções das Pessoas Normais", apresenta a teoria DISC (D) Dominância,(I) Influência, (S) Estabilidade e (C) Conformidade que apresenta 4 padrões de comportamentos. Em 1945, Walter Clarke desenvolve a partir dessa teoria ferramentas para análise comportamental. Essas análises consideram comportamentos ou emoções observáveis e não abrangem, portanto, a personalidade dos indivíduos. Para Marston, os quatro tipos básicos de comportamentos previsíveis podem ser observados nas pessoas e as respostas comportamentais acontecem a partir da combinação fatores internos (percepção do poder pessoal no ambiente) e externos (percepção do ambiente favorável). Os resultados dessa matriz são os seguintes: Dominância (D), Influência (I), Estabilidade (S) e Conformidade (C) (variações nestes termos podem ocorrer em função do referencial utilizado).

FAMÍLIA “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. Assim define o artigo 226 da Constituição Federal da República Brasileira (1988, p1). Como base da sociedade esse grupo social primário influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. Seus comportamentos e atitudes terão forte impacto onde quer que ele esteja. Essa influência pode ser percebida em leituras comparativas com o mundo corporativo, como por exemplo a Cultura e Clima organizacional de uma empresa definem o destino da mesma, podemos afirmar, de maneira simplista, que as famílias também são regidas por suas próprias culturas e climas organizacionais. Os valores familiares são pilares da construção social. No Brasil, muitas vezes ao visitarmos determinadas cidades, se torna claro o comportamento daquela sociedade, ruas limpas, casas bem cuidadas, educação da população e uma

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série de outros fatores observáveis a olhos nus, são pontos de partida para uma análise daquela região. A organização familiar se dá a partir de lideranças (pai e mãe) que assumem papéis gerenciadores de todos os setores dessa organização. Com a chegada de novas tecnologias e a evolução dos últimos 25 anos, os comportamentos familiares foram impactados. A hierarquia familiar que há alguns anos foi fortemente respeitada, dá lugar hoje, a uma educação horizontal, em que os pais se colocam como amigos e apoiadores para que o educando encontre e atinja seu melhor potencial. Contudo, a gestão familiar tem se perdido em meio a tantos novos conceitos e as bases familiares se mostram estremecidas em questões fundamentais para o sucesso emocional dessa organização. Mas para que esta estrutura seja sólida, existem estudos que comprovam a velha máxima de que “educação vem do berço”. O psiquiatra Içami Tiba traz em sua obra o conceito de cidadania familiar que traz para a família a responsabilidade de formação do cidadão: A formação da cidadania tem que partir de casa desde que a criança é pequena. Assim, a educação familiar ganha um foco para onde devem convergir todas as orientações, os ensinamentos e exigências, os deveres e direitos, os relacionamentos afetivos, as relações de custo/ benefício, os aprendizados e práticas de valores cidadãos, profissionais, num processo muito mais racional que emocional. (TIBA, 2007 Pag. 271)

Os papéis sociais começam na família, e assim como em outras organizações, existem ordens familiares que precisam ser seguidas. A definição dos papéis e a clareza dos mesmos deve começar com alguma liderança. Todos moram, de alguma maneira, todos precisam suprir as necessidades básicas de um ser humano. O psicólogo Abraham Maslow, relata essas necessidades em sua teoria Hierarquia das necessidades Humanas. Essa organização começa com os pais desde o nascimento do bebê que não tem capacidade de se criar sozinho, mas com o decorrer do tempo precisa seguir amadurecendo para que na fase adulta, o indivíduo siga com autonomia e autoridade sobre sua própria existência. Setorizar e organizar essa estrutura se mostra tão desafiador quanto qualquer outra organização, quando se trata de educação dos filhos o desafio se torna ainda maior. Para Cury é mais fácil tratar de centenas de pacientes psiquiátricos do que educar um filho (2014

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pag. 26). Consideraremos a partir de observação prática uma divisão superficial das demandas de um lar: Relacionamento, educação, finanças, compras, organização, manutenção e limpeza. Todos esses setores demandam processos eficazes para o bom andamento da estrutura, e isso pode se tornar possível a partir de utilização de técnicas precisas e direcionadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do estudo aqui apresentado, é possível perceber que o coaching vem como instrumento de transformação familiar e social, considerando sua correta aplicação nos lares. Muitas desavenças e conflitos enfrentados rotineiramente podem ser amenizados e até eliminados, pois a partir do autoconhecimento somos mais compreensivos com o outro. Famílias que tem planejamento de rotinas tendem a ter menos conflitos. A gestão das finanças também permite, não apenas o conforto de poder pagar as próprias contas, mas a qualidade de vida e a possibilidade de se realizar visões de futuro. Além de fomentar o consumo consciente e formar adultos educados para prosperar. Seguem alguns princípios do coaching nos setores específicos, sugeridos nesse trabalho: •Relacionamento: Autoconhecimento, Auto perdão, não julgamento, 5 linguagens do amor etc •Educação: Além dos princípios anteriores, jogos motivacionais, Inteligência Emocional etc. •Finanças: Estratégia de 5 passos (Visão de Futuro, alvos, prioridades, planejamento e ação), intraempreendedorismo, •Compras: Além dos princípios anteriores, criar um planejamento de compras, com datas e locais com custo/benefício adequados, cardápio das refeições diárias com lista de compras pré-definida, consumir de forma consciente etc. •Organização e Limpeza: 5 S, Dividir as tarefas de forma justa e harmônica (lembre-se, nenhuma organização vale a sua paz e qualidade de vida). Crie rotinas específicas por setor da casa (quarto, cozinha, sala, banheiros, varanda, escritório etc) •Manutenção: Manter a organização e limpeza diários evita desgastes comuns nas famílias. Pequenos reparos devem ser feitos no dia a dia, (quebrou o vidro, troque! Amassou o carro, conserte imediatamente), isso faz com que os problemas não se tornem maiores do que realmente são. !84


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Conclui-se que a família que escolhe implementar técnicas de coaching em sua rotina terá a oportunidade de melhorar sua qualidade de vida, viver em um lar mais organizado, ter tempo para trabalho, educação e diversão. Além de se destacar e contribuir para uma sociedade melhor e mais cidadã.

REFERÊNCIAS CURY, Augusto. Pais inteligentes formam sucessores, não herdeiros. 1 Ed. São Paulo, Saraiva, 2014. Ferramentas de Coaching, disponível em https://www.sistemizecoach.com/blog/ferramentas-decoaching/#coach, acessado em 22/01/2020. LAHAYE, Tim. Porque agimos como agimos? Trad. Pr. João Bentes - 2ª ed. São Paulo: Press Abba, 1997. LAHAYE, Tim. Temperamentos transformados. 2ª ed. rev. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. Lavado, Thiago. Uso da internet no Brasil cresce, e 70% da população está conectada. Disponível em https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/uso-da-internet-no-brasil-crescee-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml, acessado em 09/01/2020. MARQUES, José Roberto. Leader Coach Coaching como filosofia de liderança. 5 Ed. Comp. Goiânia: Editora IBC, 2018. MARQUES. José Roberto. O que é e como funciona o teste DISC, disponivel em www.ibccoaching.com.br, acessado em 13/01/2020 O conceito de família. Disponível em https://jus.com.br/artigos/64933/entidades-familiares-uma-analise-da-evolucao-do-conceito-de-familiano-brasil-na-doutrina-e-na-jurisprudencia, acessado em 31/01/2020. O DISC original. Disponível em: https://www.disc.com.br/o-disc-original/ acessado em 31/01/2020. Pirâmide de Maslow: O que é, Conceito e Definição Disponível em https://www.sbcoaching.com.br/ blog/piramide-de-maslow/, acessado em 31/01/2020. SILVA, Leonardo Werner. Internet foi criada em 1969 com o nome de "Arpanet" nos EUA. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml, acessado em 09/01/2020. TIBA, Içami. Quem ama, educa! Formando cidadãos éticos Ed. Atual São Paulo: Integrare, 2007. Teoria DISC. Disponível em https://blog.solides.com.br/metodologia-disc/amp/, acessado em 31/01/2020.

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SOBRE A INFLUÊNCIA DO LIFE COACHING NA VIDA PROFISSIONAL DAS PESSOAS

Pedro Paulo Dos Reis Santos

"Antes de dar voz aos outros se faz necessário ouvir a si mesmo…"

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SOBRE A INFLUÊNCIA DO LIFE COACHING NA VIDA PROFISSIONAL DAS PESSOAS Pedro Paulo Dos Reis Santos Morôni Kozoski RESUMO A partir do estudo sobre a influencia do life coaching na vida profissional das pessoas buscou-se entender nesse trabalho os resultados que o profissional coach obtém ao realizar um processo de life coaching com o seu coachee (cliente) tendo como maior objetivo leva-lo a alcançar a alta performance no exercício da vida profissional. Considerando em especial o life coaching como uma ferramenta importante para o coach atuar profissionalmente na esfera individual ou pessoal, lidando com demandas diversas como; baixa-autoestima, crenças limitantes, autossabotagem, procrastinação, dentre outros. São temas que está para além da formação acadêmica porque exige do coach uma boa qualificação profissional para montar estratégias que venha agregar bons resultados para os seus coachees. Toda o material cientifico empregado para embasar os fatos foram pesquisados de fontes bibliográficas dos diversos autores que tratam diretamente ou indiretamente sobre o assunto em questão e temas afins; Apesar da pouca oferta literária especifica , foi possível com os acervos já existentes nos arquivos impressos e eletrônicos, observar nos meandros das discussões um grande avanço para dar ao coach condições de atuar junto ao publico com maior eficácia e profissionalismo. Conclui-se esse trabalho deixando em aberto às possibilidades para que novas pesquisas na mesma linha de pensamento sejam feitas. O assunto que envolve o mundo individual ou em grupo da humanidade, sempre será para o coach (mesmo os mais experientes) um campo riquíssimo a ser desvendado. Sendo que essa tarefa sempre recairá sob a égide do profundo conhecimento e a constante atualização das informações que justifique a formação acadêmica cada vez mais aprofundada, e que dialoga com o método e as ferramentas disponíveis na prática do coach. Desta forma o coach deve ser capaz de lidar com o seu coachee de forma eficaz promovendo a humanidade grandes mudanças que resulte cada vez mais em qualidade de vida e melhoras no mundo. Palavras-chave: Coach; Coache; Life Coaching.

INTRODUÇÃO O coaching é a ferramenta mais eficiente para desenvolver qualidade de vida em todas as pessoas individualmente, além de gerar competências em profissionais como, líderes, gerentes e demais colaboradores no ambiente empresarial e consequentemente eleva o desempenho das organizações em todos os ramos de negócios. O processo de coaching ocorre por meio da utilização de técnicas e procedimentos específicos por um profissional (coach) que atua na orientação de seu cliente (coachee). O foco do processo de coaching é totalmente voltado para os resultados gerados por meio de ações e melhorias continuas, e amparada com processo ético. O coaching tem estratégias que podem levar as pessoas segundo (Vieira. 2015) a sairem da zona de conforto com ações direcionadas para atingirem

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as suas metas, seus objetivos e seus desejos. Atualmente as empresas estão buscando desenvolver seus colaboradores dando-lhes mais eficiência. E uma das formas utilizadas é agregar conhecimento potencializando a visão profissional, fazendo com que esse busque formas de aperfeiçoamento. Através disso observa-se que existem algumas práticas que facilitam e ao mesmo tempo são aplicados nesse processo. Por isso o coaching vem ganhando cada vez mais espaço porque tem apresentado resultados importantes para o desenvolvimento pessoal e também em equipe dentro ou fora das organizações. Segundo Robbins (2010) é a ação que produz resultados. O conhecimento adquirido é somente um poder potencial, até ao ponto que chegue às mãos de alguém que tenha habilidade para transformá-lo em ação efetiva. No entanto, a definição fiel da palavra poder é a habilidade que alguém tem para agir. E tudo que fazemos na vida é determinado pela maneira como comunicamos a nós mesmos. No mundo atual, a qualidade de vida é a qualidade de comunicação. O que pensamos e o que dizemos para nós mesmos, como movemos e usamos os músculos que compõe o corpo e expressões faciais, serão determinantes no quanto fazemos uso com equilíbrio do nosso conhecimento. Com processo de coaching a pessoa recebe o direcionamento certo para agir, desenvolvendo o seu potencial e consequentemente alcançar os objetivos desejados, e além disso manterse motivado para vencer alguns vícios que impedem o seu sucesso. O Life Coaching e a Mudança de Mindset. O life coaching, ou coaching de vida, é um processo de coaching voltado para a auto realização e o desenvolvimento interior; através dele o coachee desenvolve competência e hábitos eficazes que irão influenciar diretamente na sua qualidade vida. Na realidade o que acontece é uma mudança de mindset ou mudança de pensamento. É a forma como a pessoa passa a enxergar o mundo, e a forma como reage às coisas que acontecem durante a sua vida, e determina os sucessos ou fracassos. O que destaca a importância do life coaching e a sua influencia na vida de profissionais que buscam alcançar excelentes resultados no mercado de trabalho. Todos nascem com um intenso ímpeto de aprender. Os bebês conquistam diariamente novas aptidões. Não são habilidades simples, mas as tarefas mais difíceis da vida, como aprender a caminhar e a falar. Eles nunca acham muito difíceis ou que não vale pena o esforço. Os bebês não se preocupam em errar ou se humilhar. Caminham, caem, levantam-se. (...) No mindset de crescimento, as pessoas não apenas buscam o desafio, mas prosperam com ele. Quanto maior o desafio, mais elas se desenvolvem. Simplesmente seguem adiante. (DWECK. 2017.Pg.20.).

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Portanto se pode afirmar que o life coaching promove também um alinhamento ou um equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, como um conjunto de valores que constituem a missão e o propósito de vida das pessoas que são submetidas ao processo, agregando ganhos excepcionais em qualidade de vida. O life coaching é uma modalidade com o processo exclusivamente voltado para a analise e o desenvolvimento dos aspectos da vida de um individuo, voltado para os anseios e realização pessoal do coachee. O método permite que o coachee avalie durante o processo o seu grau de realização, e satisfação e felicidade em cada setor da existência, como carreira, grau e nível de relacionamento, interação social, convívio junto aos familiares, o equilíbrio na vida financeira, a espiritualidade, a forma física, gozo da saúde, o nível de inteligência, dentre outros importantes projetos pessoais. Segundo Vieira (2017) os maiores ecossistemas onde vivemos inseridos trata-se do lar, e o trabalho. São nestes lugares onde são expressadas as emoções, o estado de espirito, e a capacidade de produção. O desenvolvimento pessoal é sem duvida o caminho que leva a pessoa aproveitar melhor e com criatividade sua capacidade de produzir e crescer com qualidade de vida. Sem duvidas as mudanças eliminando as crenças limitantes podem ajudar evolução pessoal e profissional e o life coaching é uma proposta interessante galgar essas conquistas.

O Life Coaching e a Psicologia Os bons resultados no processo de coaching há algum tempo vem sendo comprovado com inúmeros relatos de casos, devido às mudanças de vida e a maneira como o sujeito reage positivamente após o processo de Life Coaching na vida pessoal e na vida profissional. Não resta duvidas que varias demandas são tratadas inclusive questões de ordem mais complexas subjetivamente que o impede o sucesso de pessoas altamente capazes, mas sem poder de criatividade. De acordo com (VIEIRA, 2017), à neurociência aponta o comportamento humano sendo dirigido pelo cérebro principalmente quando são submetidos aos fortes impactos emocionais, que gerarão profundas mudanças concretas dentro e fora do sujeito, independente da nacionalidade, nível acadêmico, sexo, ou status social, podem ganhar discursos com arranjos cada vez mais complexos para o Coach. Isso ocorre quando vai lidar com varias pessoas com vários problemas no mercado devido as constantes mudanças sócias e tecnológicas. Então faz todo o sentido uma boa

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formação do coach, que terá base segura para traçar metas pontuais durante o seu atendimento que resultem em profundas mudanças de vida. Sobre as complexidades oriundas do ser humano (BRAGHIROLLI, BISI, RIZZON E NICOLETTO, 2001), o classifica como sendo uma fonte inesgotável de pesquisa, para varias abordagens teóricas, que tentam explicar a evolução do sujeito socialmente em todas as esferas culturais, dado a tamanha complexidade que o homem apresenta desde a sua gênese seja individual ou coletivamente buscam-se explicações físicas, psicológicas, acadêmica e na formação da personalidade, e quais são as causas que para muitos abrem os caminhos para as grandes conquistas, por se tronarem criativos, solidários, e com capacidade de superação ao ponto de se tornarem profissionais brilhantes, enquanto para outros segundo apresentam muitas dificuldades causando prejuízos psíquicos que bloqueiam a capacidade de raciocínio influenciado na sua carreira profissional. Para Cury (2008) uma das maneiras para a pessoa desenvolver bons comportamentos que contribuem para as boas ações, basta desenvolver a janela light do cérebro e assim aprende ter; autoconfiança, autoestima, tolerância, dentre outros. Com certeza quem consegue um bom equilíbrio mental terá mais chance de desenvolver resultados excelentes no transcorrer da vida. Considerando que o processo de Life Coaching consiste a priori em ajudar indivíduos a gerenciar seus recursos inter e intra-pessoais de forma a atingir com sucesso suas metas, uma grande contribuição da Psicologia seria no tocante aos mecanismos de autorregulação e sobre como aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais influenciariam o alcance de tais metas. Aspectos Legais do Coaching Com a ampla divulgação do coaching em todos os estratos sociais, cresce também as especulações sobre os aspectos legais do coaching em todas as áreas de formação. O profissional Coach e a sua inserção no mercado de trabalho também tem evoluído colocando em analise a formação cientifica profissional bem como o seu papel frente às demandas; psicossociais, e corporativas. Como a profissão de coach tem se difundido a passos largos, é essencial entendermos quem é o profissional de coaching e quais são os requisitos legais para se tornar um. O artigo 170 da Constituição Federal fixou como princípios da ordem econômica os da livre iniciativa, da propriedade privada e da livre concorrência, optando pelo sistema capitalista (social). O parágrafo único desse artigo assegura a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo em casos previstos em lei. O coaching é uma atividade econômica não regulamentada por lei. Dessa forma, a Constituição Federal assegura a todos o livre exercício do coaching.

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Houve apenas uma tentativa de regulamentação da profissão em 2009, porém sem sucesso. Em 07/07/09 foi apresentado o projeto de lei ordinária nº 5.554/2009 pelo Deputado Federal Capitão Assumção (PSB/ES) que continha 24 artigos e dispunha “sobre a profissão do profissional de coaching (coach)”. Coaching é uma atividade econômica que exige profissionais capacitados e qualificados, que atuem eticamente. (CANAVEZZI. 2016).

Portanto diante das informações sobre os requisitos legais que dizem respeito ao serviço do coach, não deve ser essa a maior preocupação; se apegar a existência ou não de uma Lei especifica que de suporte legal ao serviço, mas que, no exercício da profissão o coach faça valer o compromisso ético que se assume no momento em que coach e coachee celebram um compromisso profissional que está para além dos escritos em qualquer clausula. Para o coach o que sobressai ao poder da Lei e acima de tudo, é o respeito pelo valor humano envolvido em todo o processo e o resultado de sucesso arraigado para a vida toda. É importante ressaltar que o que valida o processo de

coaching são os as diretrizes que levam ao autoconhecimento, a autoconsciência, a satisfação própria porque desta forma se consegue atingir melhores resultados em menor espaço tempo, porque é orientado a concentrar seus esforços em o que verdadeiramente importa; em si mesmo. (LUBK. 2016). O Life Coaching na Carreira Profissional A prática do coaching expandiu-se consideravelmente ao longo dos últimos anos, o que pode ser justificado pelas grandes mudanças ocorridas no mercado de trabalho que fazem com que as pessoas busquem de forma crescente ter um melhor desempenho. Naturalmente a popularidade que o coaching ganhou em detrimento dos bons resultados gerados através da metodologia de desenvolvimento pessoal ou organizacional. Sobre as mudanças ocorridas nos contextos em que as pessoas buscam se desenvolverem, no âmbito organizacional os crescentes avanços tecnológicos levaram ao aumento da competitividade entre as empresas, e crescem as exigências por qualidade e capacidade de produção da organização, e consequentemente, dos colaboradores. Com a nova visão profissional no mercado de trabalho costumam ter maior autonomia sobre a própria carreira. Certamente, é possível que o processo de coaching esteja sendo visto como uma eficiente ferramenta capaz de auxiliar as pessoas a lidar com este novo comportamento no contexto de trabalho. Com esse estudo se pretende enfatizar o quanto um processo de Life Coaching pode preparar e qualificar profissionais para atuar com maestria no mercado de trabalho. Portanto se espera que o Coach (ministrante desse processo) proceda com excelência no exercício da sua função estando atento às condições de formação da profissão de coaching, preocupado com as necessidades e o bem-estar

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das pessoas em todo estrato social. O campo é vasto; Life Coaching, Executivo Coaching, Coaching de Carreira, Coaching de Família etc. O Coaching se apresenta como uma metodologia que tem o poder de atender desejos que todo adulto normal deseja e isso tem haver diretamente com o sucesso profissional que o sujeito almeja. (CARNEGIE. 2012). As pessoas que buscam grandes conquistas procuram por profissionais que os ajudem nessas tarefas em período mais curto. Isso explica porque o Coaching vem ganhando mais espaço cada vez mais amplo no cenário do desenvolvimento pessoal. Nesse novo panorama, como podemos desenvolver as pessoas? Qual é a chave para o desenvolvimento de pessoas num mundo melhor, mais barato e mais rápido? Observando líderes em empresas norte-americanas - não necessariamente o presidente, os principais executivos e os diretores, mas líderes na média gerência, nas funções de engenharia e nas funções técnicaspercebe-se que, de alguma forma, eles deixaram a sua marca, a marca de sua presença na empresa. Tinham feito uma diferença, introduzido melhorias e tornado a companhia melhor do que era antes. O que eles tinham de especial? Como tinham se desenvolvido? Quais eram as características de suas carreiras? Entrevistando esses executivos, foi possível delinear o denominador comum como padrão de comportamento: todos enfrentaram grandes desafios numa idade precoce de suas vidas; assumindo responsabilidades e desempenhando funções nas quais tiveram que tomar atitudes. Às vezes, fracassaram, tiveram problemas; mas, fundamentalmente, aprenderam com o fracasso, com a experiência. (EVANS. 1996. Pg.16).

No contato com o cliente quando se estabelece uma relação de se entender qual é estado que ela se encontra e onde pretende chegar, o Coach na realidade esta diante de um grande desafio para conseguir o sucesso esperado pelo o seu cliente. Cada situação deve ser observada não apenas de forma objetiva como acontece em profissões como a medicina, por exemplo, mas é preciso observar no mundo subjetivo onde as mudanças nas maiorias dos casos ocorrem, superando obstáculos que dificultam consideravelmente o sucesso do sujeito. Em alguns casos olhar do Coach durante todo o processo terá que ultrapassar os limites do óbvio para busca além das técnicas ou (ferramentas) os fatores que tem influenciado diretamente na improdutividade. Os esforços empregados pelos Coaches, dos iniciantes aos mais renomados são para a construção de resultados com excelência. O padrão é quase sempre o mesmo, potencializar as pessoas muitas vezes com o brilho da inteligência ofuscado, e consequentemente com sérios problemas de comportamento no convívio social e consigo mesmo! E desse lugar de sujeito social e sociável que se manifesta as ações criativas para atender a si mesmo e alcançar os recursos que podem fazê-lo adaptar ao papel de sujeito independente da posição que ocupa.

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Analisando a importância do coaching nas organizações, não resta duvidas sobre sua eficácia porque o Coaching é um processo de desenvolvimento e aceleração de resultados com vantagens extraordinárias. As justificativas para os excelentes resultados alcançados estão nas técnicas aplicadas, métodos e ferramentas diferenciadas, e por ser uma metodologia avançada, que de forma objetiva, planejada, e bem focada, ajuda as empresas e as pessoas em geral na conquista dos seus objetivos a curto, médio, e em longo prazo. As procuras pelo serviço de Coaching aumentam consideravelmente, e o reconhecimento sobre a importância do profissional Coach prestado a sociedade, mas precisamente no Brasil não tem ainda a mesma proporção, no entanto com grandes possibilidades de avanço de reconhecimento em curto espaço de tempo. Desta forma o Coaching ganhará mais valorização também em termos monetários. Sob vários aspectos a situação do Coach se estabelece de maneira bem adversa no espaço, entre as demandas do cliente e a locação do terapeuta no mercado de trabalho. Deve-se levar em consideração desde o inicio do processo, os honorários compatíveis com o nível de qualificação do profissional bem como deve ser levado a serio as sessões pelo cliente. Coach e Coachee sendo tratados como a posição de cada um exige; um pagamento justo por um serviço profissional de qualidade. Começando por uma investigação direcionada pelo Coach, apresentada e conduzidas junto ao Coachee expõe-se a situação e são identificados os pontos a serem trabalhados levando o cliente a ter mais harmonia entre os aspectos da sua vida pessoal, e profissional. Então a partir das informações que será esclarecido a demanda, e traçado os planos estratégicos que permitirão um processo de coaching com eficiência. Sabendo que a motivação para alcançar metas é desenvolvida dentro de cada sujeito, se espera que o Coach possa contribuir para esse fim. “Alguns estudos científicos já concluídos apresentou que a capacidade de se motivar encontra-se dentro de cada um, como, por exemplo, Bergamini (2003) que relata que no comportamento motivacional as pessoas possuem objetivos diferentes umas das outras, assim o conhecimento sobre a motivação humana resume-se em motivos, em que o que as pessoas fazem é no propósito de alcançar seus objetivos, analisando-os pelo lado interno o caráter de cada um”. Deve-se levar em consideração que o homem que faz parte de uma sociedade que se divide em grupos sociais e culturais distintos, dotados de costumes, regras, práticas, e valores nem sempre aceitáveis por seus pares conservadores de demandas comunitárias ou psíquicas, mas carregadas de conflitos de personalidade,

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identidade, enclausurado na individualidade e subjetividade, é possível que tais costumes se apresentam como vetor inibidor de talentos. O processo de coaching durante a sua realização vai com certeza desvendar essas faces do sujeito porque ele também faz parte deste contesto social. Pode ser que o que trava o seu desenvolvimento dentro da instituição ou corporação e por isso busca no profissional de coaching sua forma de se encontrar e destravar o potencial que existe dentro de si. “Diariamente milhões de pessoas viajam em suas mentes no território das fobias, das preocupações doentias, da ansiedade, sem ter programado essa viagem”. (CURY.2008). O profissional do coaching precisa dispor de conhecimentos que permita trabalhar junto ao seu coachee questões de ordem psicológicas, mesmo não sendo um especialista para adentrar nesta área, pois na sua formação algumas abordagens sobre as complexidades da psique das pessoas são apontadas para que haja uma base sobre o assunto. Pode ser citado, por exemplo; os três cérebros; reptiliano, neocórtex, e o límbico dentre outros. O Life Coaching nas Organizações Segundo MAXIMIANO (2000) as pessoas por volta do século XX tem forma comportamental induzida pelas imposições e estratégicas de produção adotadas pelas chamadas Revolução Industrial no mundo. A pratica comportamental de que se fala neste caso nada tem haver com a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) alusiva a psicologia, mas o enfoque comportamental descrito nas proposições de Taylor, Fayol, Ford e Weber, quando a preocupação básica, é o desempenho dos recursos e processos, de uma tarefa ou de uma empresa. As pessoas não são negligenciadas. Porem tais preposições são consideradas primarias como recursos de produção. O reflexo desta visão tinha grande influencia que vinha da orientação em um momento (como acima citado) da Revolução Industrial. A atenção se voltava para a eficiência da produção, o mais importante era aproveitar as oportunidades do mercado. “No entanto, sempre foi evidente que a administração não iria muito longe se as pessoas não fossem consideradas na sua totalidade, e não apenas como “peças humanas”, como parte importante do processo de administração e organizações. Quando se considera as pessoas como pessoas, e como fator prioritário no processo administrativo, o que esta fazendo e adotar o enfoque comportamental. O sistema técnico passa a ser consequência do enfoque comportamental que se divide em dois grandes ramos; o primeiro ramo abrange as teorias sobre o comportamento das pessoas como indivíduos: suas características

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pessoais. O segundo ramo abrange as teorias sobre o comportamento coletivo das organizações, cobrindo temas clima e cultura organizacional e grupos informais.” (MAXIMIANO. ibidem.). Com a chega do século XXI vêm também acompanhadas as grandes mudanças que adentram aos diversos setores do estrato social e logicamente ao universo corporativo, e logo se percebe os impactos causados obrigando as constantes buscas pelas adequações as tais mudanças. Conforme WACHOWICZ. (2012). Não é mais possível no século XXI algum profissional afirmar que pode atuar sozinho sem depender de outros para executar suas funções. E mostra que a base da estrutura organizacional está dividida em: Micro-organizacional: pessoas ou indivíduos.

Meso-organizacional: setores, departamentos ou grupos. Macro-

organizacional: a organização como um todo. Nas resta duvidas quanto às relações entre as pessoas podem fazer grandes diferenças na hora de mostrar desempenho, em qualquer uma das instancias acima apresentadas. Os ambientes organizacionais mudaram muito desde a Revolução Industrial. As exigências pelas metas, as formas de operacionalizar as tarefas, as formas de comando, a capacidade crítica dos trabalhadores e mercado em si e os consumidores também estão mais exigentes e solicitam inovação e diferenciação do serviço prestado ou do bem de consumo produzido. Talvez a tarefa mais complexa para os profissionais na atualidade está em se relacionar bem com chefias e colegas de trabalho. Pense quantas horas do seu dia são utilizadas para deslocamento e para as atividades de trabalho. Como de costume, se gasta muito mais horas no trabalho do que permanecendo com a família, no lazer o com aprimoramento acadêmico. Então estar bem com quem se convive muito mais tempo é fundamental para se ter motivação no ambiente de trabalho. Se formos pensar, conviver com pessoas com sinergia não é uma tarefa muito simples e tão pouco restrita as chefias, mas sim de todos que estão no setor.( WACHOWICZ.2011. idem pg. 39.).

Como já foi aqui abordado o trabalho que o Coach precisa desempenhar neste universo trás para a pratica tudo aquilo que de forma real aponta para o profissional dentro das empresas, e o seu olhar para as pessoas e para si mesmo. Só a partir desta consciência o mesmo poderá ter bons resultados, e também levar outros a desempenhar um bom trabalho profissional independente do lugar desde o chão da fabrica ao lugar da diretoria, todos merecem atenção. O compromisso do Coach perpassa por qualificar pessoas falando em especial da vida profissional, sem duvidas é uma grande contribuição para as empresas e para o mercado corporativo em geral. Com o fim da produção em massa da era (Taylorismo / Fordismo) segundo CHIAVENATO (2003) o mundo ganhou outra perspectiva voltada para a qualificação da mão-de- obra, dando uma atenção maior para o publico interno(colaboradores) tratando como ativos da empresa. As

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posições ocupadas pelos colaboradores do chão de fabrica ao diretor, todos a partir de então merecem olhares atenciosos. As atenções tem se voltado para as pessoas nos diversos ramos de negócios, pois sem a participação humana não existe produtividade, pois só os recursos tecnológicos ou mecânico são insuficientes. O predomínio nesta civilização são as organizações e a força cooperativa do homem, é a base fundamental da sociedade. E a tarefa básica da administração é a de fazer coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz. Esse esforço depende de atitude. E quando o assunto é atitude trata-se da competência que permitem às pessoas interpretar e julgar a realidade e si próprio. As atitudes formam as bases das opiniões segundo as quais outras pessoas e os fatos, as ideias e os objetivos são vistos, interpretados e avaliados, junto com direito de mando das pessoas, a quem dadas ordenações instituídas responsabilizam-se pelo exercício da autoridade. (MAXIMIANO. 2000). CONCLUSÃO O trabalho busca despertar interesses, de outros integrantes das formações de Coaching para que organizem novas pesquisas a altura de agregar conhecimentos, e evidenciar a multiplicidade de novas ideias que possibilitam a identificação da real influencia do processo de Coaching na potencialização de profissionais que buscam obter resultados com excelência frente ao mercado de trabalho. Ao estudar nesse trabalho sobre a formação de coaching o meu objetivo foi investigar em especial sobre o Life Coaching, para compreender de forma especifica, como as pessoas são beneficiadas e como podem se comportar frente às demandas nos vários setores ou campo de atuação profissional após o processo de coaching. Descobrir que as pessoas que se submetem ao processo de Life Coaching mudam de forma significativa o seu comportamento como individuo e consequentemente melhora sua performance profissional. Essas mudanças ocorrem por causa das ferramentas aplicadas e causa alguns impactos que direcionam os coaches para se reinventarem com relação a sua visão de mundo sofrendo uma influencia positiva para novas ações de conquistas e realizações de sonhos que outrora não faziam mais sentidos.

Os coaches são direcionados para seus objetivos ou sonhos com

informações enriquecedoras que ajudam na mudança psíquica e muda a forma de se relacionar consigo mesmo e com os outros. Tais conclusões me levaram compreender como os coaches influenciam diretamente na vida social e psicológica do sujeito, abrangendo todas as culturas de todos os tempos e em todos os

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ambientes. Durante as pesquisas tomei ciência como o life coaching pode ajudar desde o profissional recém-formado aos mais experientes do mercado se reinventar dentro do seu contexto social e organizacional para estabelecer um vinculo de relacionamento e bons resultados. Os estudos revelaram também a ineficiência da formação acadêmica para dar estrutura cabível ao coach quando o mesmo é lançado no mercado de trabalho. Isso acontece por falta de direcionamento e critérios que deixa claro como o coach deve desempenhar o seu trabalho junto ao publico que estiver atuando como guia do seu coachee. Mas em compensação foi satisfatório saber o valor social, psicológico, e profissional do coaching junto à sociedade de todas as classes e de todos os níveis econômicos e idade, e como o reconhecimento da profissão tem se perpetuado positivamente no avançar dos anos. Portanto se espera que maiores investimentos sejam feitos, para que esse reconhecimento continue crescendo, mas que a formação acadêmica do coach também seja enriquecida de conteúdos mais profundos, oferecendo-lhe maior segurança para atuar independente da área que se disponha seguir. Vale ressaltar que as mudanças no contexto social vêm acontecendo de maneira rápida e se diversificam a cada geração, o mundo perpassa por ajustes que exigem respostas bem mais complexas e em tempo mais curto, porque não se trata apenas de mudanças de um tipo psicológica, ou física, dessa ou daquela cultura. Estamos tratando de acontecimentos fenomenais na esfera social e organizacional que abarca o universo em todos os aspectos na vida humana e na natureza. São esses acontecimentos que mexe psicologicamente, profissionalmente, socialmente com as pessoas de todas as raças, idade, e de todos os níveis sociais. Portanto, aquilo que as academias tinha organizado didaticamente na grade curricular e atendeu relativamente bem algumas turmas no passado, pode não ser mais suficiente para as próximas gerações de futuros profissionais, principalmente se tratando de futuros profissionais, os quais terão de se empenharem e no exercício da profissão cuidar dos outros pensando em um mundo melhor. Dentro desse prisma deve-se considerar que uma formação bem embasada na prática e teoricamente é o que se espera das instituições que oferece formação dos futuros coaches. Finalmente fica aqui registrada a satisfação do autor desse estudo, ao acompanhar o empenho dos vários estudiosos se esforçando para contribuir com os avanços científicos, com o intuito de fornecer ferramentas de estudos cada vez mais sofisticados, para proporcionar maiores conhecimentos aos novos coaches que tem se engajado no mercado de trabalho. Novos assuntos têm sido abordados, não !97


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apenas para melhorar a grade curricular, mas para instigar novas discussões que conscientiza aos futuros coaches levando-os a repensar o seu lugar a partir das necessidades detectadas nas demandas no contexto social e profissional, e das perspectivas de mudanças que venha contribuir com o reconhecimento merecido da profissão de coach em todos os setores das organizações. Finalizo deixando registrado que é preciso que o coach tenha sensibilidade para lidar como pessoas em todos os estratos sociais para ajuda-las se reinventar no oásis da vida saindo do estado atual para o estado desejado. Antes de dar voz aos outros se faz necessário ouvir a si mesmo, numa mudança intrínseca que sirva de construto para uma nova visão de mundo, social, profissional e psicológico. Pois só assim poderá alcançar o mundo subjetivo que envolve as pessoas e tiram delas o prazer de lutar por si mesmos. O que fica como grande aprendizado é a certeza de que para ser um bom coach não se resume em apenas mostrar algumas ferramentas para as pessoas; acima de tudo é preciso aprender “aplicar em si mesmo” de onde deve partir as principais mudanças.

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A Arte da Comunicação Como Ferramenta de Trabalho do Coach

Marlene Veiga Espósito

"A comunicação é uma faculdade humana, uma habilidade extremamente importante para qualquer pessoa…"

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Coach Palestrante: A Arte da Comunicação Como Ferramenta de Trabalho do Coach Marlene Veiga Espósito Morôni Kozoski RESUMO Esse artigo foi elaborado para conclusão do Curso de Pós-Graduação MBA em Coaching, como requisito parcial para obtenção de titulo de Especialista em Coaching. O tema escolhido “Coach Palestrante: A Arte da Comunicação Como Ferramenta de Trabalho do Coach”, teve como propósito desvelar a importância do coach desenvolver habilidades e domínio sobre a oratória como uma ferramenta de trabalho muito importante, bem como, discorrer sobre quais são as capacidades, habilidades e técnicas importantes para uma boa comunicação. Compreender a importância da palestra como uma das ferramentas básicas que devem ser de domínio do coach. Desenvolver confiança e competência para uma comunicação eficiente. A metodológica utilizada foi a pesquisa qualitativa de estudos e análise da literatura disponível e descritiva geral, no que se refere as ferramentas utilizadas no coaching. O artigo faz uma reflexão sobre a arte da comunicação como uma característica do ser humano e se apresenta como uma importante ferramenta de trabalho em diversos campos e profissões. Busca trazer para o campo do coaching, como é importante e determinante para o sucesso de uma carreira. Considero que o trabalho foi correto e relevante pois foi possível, fazer uma boa reflexão sobre as capacidades, habilidades e técnicas importantes para uma boa comunicação e para a compreensão da importância da palestra como uma das ferramentas básicas que devem ser de domínio do coach, além de desenvolver confiança e competência para uma comunicação eficiente. Palavras-chave: Coach. Comunicação. Palestra. Ferramenta. INTRODUÇÃO A comunicação é uma faculdade humana, uma habilidade extremamente importante para qualquer pessoa e pode ser fator determinante para o seu sucesso. Em uma sessão de coaching, o elemento comunicação se caracteriza pela persuasão, carisma e confiança, que deve se estabelecer de forma recíproca entre o coach (profissional) e o coachee (cliente). Por outro lado, para falar em público, faz-se necessário conhecer e dominar algumas habilidades, princípios e técnicas básicas de oratória, bem

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como atitudes que dão vida a esses princípios. Sendo assim, a forma mais utilizada pelos coach são as palestras. As palestras motivacionais estão cada vez mais compondo a grade de grandes eventos. São também realizadas por empresas, como estratégias para apresentar planos, metas, objetivos e, principalmente, motivar os colaboradores ou mesmo como instrumento de capacitação. Para Fernando Augusto, (2016, p. 153), “A regra de ouro da comunicação é que a responsabilidade da comunicação é do comunicador”. Os padrões de comunicação devem levar em consideração a possibilidade de compreensão do ouvinte de que a comunicação sempre haverá o emissor, o receptor e uma mensagem. Dessa maneira, todos os detalhes da apresentação de uma palestra, devem ser orientados aos objetivos a que se refere, o público que se pretende alcançar e ao domínio do conteúdo, que deve ser capaz de motivar ou incentivar a audiência a mudar, realizar, cumprir e agir. Um processo de coaching, em que o coach não domina as habilidades e estratégias de comunicação pode ser um grande empecilho para alcançar um resultado de sucesso. Segundo Tony Robbins (2018, p. 40), “Para nos comunicarmos efetivamente, devemos compreender que somos todos diferentes na maneira como vemos o mundo, e usar esse entendimento como guia para nossa comunicação com os outros”. Torna-se portanto relevante considerar que o profissional coach de sucesso deve desenvolver competências no uso das palavras, para exercer seu poder de influenciar e persuadir seu coachee ou público. Muitas pessoas, no entanto, não possuem autoconfiança, firmeza e capacidade para organizar os pensamentos de uma forma lógica para falar de modo claro e convincente diante de um grupo. Quando precisam falar ficam constrangidos e aterrorizados, perdem a concentração e tem dificuldades para pensar com clareza (CARNEGIE. 2018). Neste sentido, as palestras funcionam como excelente ferramenta de trabalho. O domínio das técnicas, o desenvolvimento das habilidades básicas necessárias trará a confiança e a predisposição a realizar um trabalho com maior assertividade e coerência.

Da mesma forma, o

d e s e n v o l v i m e n t o d e c o mp e t ê n c i a s , t é c n i c a s , o p e r a c i o n a i s e

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comportamentais, são aprendizados importantes e necessárias para a realização de um bom trabalho de coaching. A comunicação é um dos maiores gaps enfrentados pelos mais diversos tipos de empresas ao redor do mundo, muitas vezes, não tem a clareza e o foco necessário, o que pode causar divergências entre os responsáveis, por fazer com que os processos funcionem satisfatoriamente. CARNEGIE (2018. p. 24), discorre sobre a preparação de uma palestra: Consiste em vasculhar o cérebro e o coração à procura de algumas das convicções essências que a vida ali tenha depositado. Jamais duvide de que o material esteja ali. Ele está ali! Um grande tesouro à espera de que você o descubra.

Entender a importância de uma iniciativa que vai de encontro as dificuldades e necessidades profissionais e pessoais, pode representar sair do marasmo de uma carreira de poucos recursos e assumir o compromisso de ajudar pessoas a fazerem uma trajetória de sucesso rumo ao futuro. Partindo dos pressupostos apresentados, nosso objetivo ao propor esse tema, é refletir sobre a importância em adquirir e desenvolver capacidades e habilidades, técnicas no domínio da arte da comunicação e da oratória como como uma competência ou ferramenta do coaching a ser utilizada como forma falar para impressionar o público. No sentido de melhor qualificar e alcançar o objetivo proposto, foi definido detalhar em objetivos específicos, de forma que se possa analisar detalhadamente. Objetivo 1: discorrer sobre quais são as capacidades, habilidades e técnicas importantes para uma boa comunicação. Objetivo 2: Compreender a importância da palestra como uma das ferramentas básicas que devem ser de domínio do coach. Objetivo 3: Desenvolver confiança e competência para uma comunicação eficiente. Na persecução dos objetivos propostos nesse artigo, pretendemos utilizar como fonte de estudos e pesquisa alguns autores conhecidos nacionalmente e internacionalmente, que tem vasto caminho percorrido como coach e palestrantes renomados. Dentre eles: Tony Robbins, Dale

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Carnegie, Joseph Murphy, Mario Sergio Cortella, José Roberto Marques, Marcia Luz, Roberto Shinyashiki. Na abordagem metodológica será utilizada a pesquisa qualitativa no sentido de análise da literatura disponível e descritiva geral, no que se refere as ferramentas utilizadas no coaching.

SUBTÍTULO - A MOTODOLOGIA DO COACHING E SUA HISTÓRIA O coaching é uma metodologia que proporciona expansão significativa da performance profissional e produtividade pessoal. Coaching é sobre como sair de um ponto – estado atual – e chegar a outro ponto – estado desejado. Pode-se dizer que é uma ampliação de percepção sobre o mundo, um processo que visa aumentar o desempenho de um indivíduo, grupo ou empresa, por meio de metodologias, ferramentas e técnicas conduzidas por um profissional (coach) em uma parceria sinérgica e dinâmica com o cliente (o coachee). Os principais elementos do processo de Coaching são: foco, ação, sentimento/sensação, evolução contínua, e resultados. “Coaching é uma parceria entre o Coach e o Coachee, em um processo estimulante criativo que os inspira a maximizar o seu potencial pessoal e profissional, na busca do alcance dos seus objetivos e metas por meio do desenvolvimento de novos e mais efetivos comportamentos.” (ICARREIRA. acesso 01/2020) O Coaching, segundo o Instituto Holos , “é um processo de orientação de pessoas e de equipes em busca de resultados excepcionais, seja no âmbito profissional ou pessoal, onde o Coach ajuda seus clientes – os Coachees – a reduzir a distância entre onde eles estão agora e aonde eles querem chegar. Seu objetivo é desenvolver uma parceria com clientes, buscando a vida que eles querem, seus potenciais ocultos e, ainda, recursos para que possam alcançar uma vida plena. Trabalhando a visão de mundo, o Coaching coloca o cliente em movimento, catalisando o seu progresso ao promover foco e consciência de todas as possibilidades possíveis em prol de uma vida mais feliz e gratificante.” (HOLOS. Acesso 2020)

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Entender a história do Coaching, conhecê-la e preservá-la são ações essenciais que possibilitam o entendimento de como surgem as coisas e os seus processos evolutivos. O coaching é um conjunto de técnicas, conhecimentos e ferramentas que permite o desenvolvimento de pessoas de forma plena, conscientes, levando-as a alcançarem objetivos na vida pessoal, social, espiritual e profissional. Segundo a PhD americana, Vikk Brock, o processo de Coaching

os

conhecimentos, competências e habilidades usadas em Coaching, podem ser usados por qualquer pessoa e qualquer profissão (Jay, 1999) Quatro pontos-chave sobre o Coaching são importantes para a compreensão desse assunto e vários deles são controversos na comunidade do Coaching. O primeiro ponto, extraído do livro de Mike Jay (1999) “Coach to Win” (Coach para vencer), qualquer um pode usar os conhecimentos, competências e habilidades de Coaching. Por exemplo, nós geralmente ensinamos aos gestores como treinar seus funcionários usando o Coaching e aos pais como usar uma abordagem de Coaching para se comunicar com seus filhos. O segundo ponto, também do livro de Mike Jay (1999), afirma que um coach profissional não tem nenhuma autoridade nem responsabilidade sobre a pessoa que está sendo treinada através do Coaching. Por esta definição, um indivíduo usando a abordagem de coach ou do Coaching na capacidade de um gerente ou pai, não é um treinador profissional. Parece simples, no entanto, ainda há muita confusão sobre quem é ou não é um coach profissional. O terceiro ponto é que as atividades de Coaching ocorrem dentro de uma gama de atributos. Este conceito vem do Coaching e Guia de Serviços do Coaching do Instituto de Pessoal e Desenvolvimento (CIPD, 2006a). A autora do livro “As Raízes do Coaching”, Vikki Brock usa este conceito em sua definição de Coaching para permitir a gama dinâmica de maneiras de interagir ou se comunicar. Por exemplo, como coach devemos ser mais um facilitador do que diretivos e, ainda assim existe ocasiões em que nós devemos pedir ao cliente que tomem uma iniciativa ou pare de falar sobre o objetivo desejado. O quarto e último ponto trata de como cada indivíduo, com sua visão de mundo, vai influenciar a forma como o Coaching é definido por eles. Há muitos outros pontos de vista que poderiam ter sido escolhidos, como o cognitivo, o de desenvolvimento, a moral e o intelectual. Vikki escolheu duas grandes raízes das ciências sociais e profissões de ajuda, as perspectivas behaviorista (de desempenho) e humanística (potenciais), uma vez que são mais proeminentes hoje. A visão comportamental de mundo intimamente relaciona-se ao período socioeconômico moderno, enquanto a visão humanista de mundo mais intimamente se relaciona ao período pósmoderno. Porém, o marco fundamental para o início do coaching como hoje conhecemos se deu após o lançamento do livro “The Inner Game of Tennis” (O Jogo Interior de Tênis), de Timothy Gallwey, em 1974.

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Sendo assim, o coach deve buscar conhecimentos sobre a psique e a interação corpo e mente sobre estilos psicológicos, tipos de personalidade, estilos pessoais, comportamento, atitude, motivação e tudo sobre mudança e performance. Deve estudar constantemente buscar melhorias, evolução, aprendizagem, auto-motivação e autotransformação, tornando-se um exemplo e modelo de excelência, e, acima de tudo ser uma bom comunicador.

SUBTÍTULO

-

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO COMO

FERRAMENTA DO COACH. Grandes profissionais do coaching, como Tony Robbins, asseguram que a maneira como nos comunicamos vai determinar a qualidade de nossas vidas, afirma que, “o domínio da comunicação é que faz um grande pai, um grande artista, um grande político ou um grande professor.” (ROBINS, 2018, p.34). Compreende-se assim, o Coaching como um caminho de descobertas do próprio Coachee voltado para a sua realidade e seu futuro, para os misterios e a beleza da vida. O Coach procura ativar a capacidade da pessoa de buscar respostas para as suas questões e a orienta à autodescoberta e ao autodesenvolvimento. É importante entender que sua essência é ajudar a pessoa a mudar, orientando-a a caminhar em uma nova direção. Coaching é tudo isso: aprender com experiências, liberar potencial, maximizar performance e ainda superar obstáculos com elegância (Lorenzon. 2016). Um palestrante precisa ter características especiais. Tem que ser capaz de tocar o coração das pessoas; tem que interagir com o público; tem que ter ritmo e intensidade; tem que permanecer na mente do público; ser habilidoso, e, por último tem que ter método. (SHINYASHIKI, 2012). “Grandes oradores organizam suas falas para arrebatar a platéia para eles, para influenciar e ajudar a transformar a vida das pessoas, produzindo em seus ouvintes o desejo de agir.” (SHINYASHIKI, 2012, p. 46) Há no mercado uma grande oferta de palestrantes e tipos de palestras. A mais utilizada atualmente é o formato de TED. TED (acrônimo

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de Technology, Entertainment, Design; em português), são apresentações limitadas a dezoito minutos . O TED é uma organização sem fins lucrativos que tem a missão de disseminar ideias por todo o mundo utilizando um modelo de “palestras”, como forma de compartilhar e absorver conhecimento, em que as pessoas que falam tem um protagonismo tão grande como as que ouvem. Esse formato de comunicação é muito instigante e moderno, e, certamente o coach palestrante tem aí grandes possibilidades de mercado de trabalho. Para que o Coaching funcione, o profissional coach

deve

d e s e n vo lve r u m p e r fi l c o m c e r t a s H a b i l i d a d e s I n t e r p e s s o a i s : Autoconhecimento, Aprendizagem contínua, Inteligência emocional, Espírito empreendedor, Criatividade, Empatia, Gestão de pessoas e negócios, Persuasão, Colaboração, Relacionamento, Inovação, Raciocínio analítico e crítico e Habilidades Técnicas: Mindfulness, Marketing, Inteligência artificial, Storytelling, e Competências em especial de planejamento, de comunicação, motivação, ser aberto a mudanças, ter visão sistêmica, transformação ética e caráter. Deve ainda, desenvolver características de comprometimento, confiança, congruência, generosidade, compaixão, entusiasmo. Observar princípios de não julgamento, não ser crítico e ser ético em tudo que faz (MARQUES. 2017). A comunicação é uma competência que deve ser desenvolvida e aprimorada. Bons oradores não nasceram com o dom da palavra. Há sempre um método, um modo estruturado e organizado para falar em público. “Ao falar em público, entregue-se a sua fala, concentre-se em provocar um impacto mental e emocional em seus ouvintes” (CARNEGIE, 2018, p. 179). Uma forma de comunicação, que exige maior atenção e concentração é a não verbal. Essa comunicação está em nossa forma de agir, de pensarmos, em nossas posturas. Muitas vezes nossas atitudes e posturas estão ligadas à como pensamos, à nossa programação mental. “A forma como nossa mente está estruturada reflete a forma como nos comunicamos.” (MARQUES, p, 109-112) As competências, em especial a da oratória, servem para aprimorar o desempenho profissional, mas não somente isso, devem ser um

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estímulo às habilidades socioemocionais, e favorecer um aprendizado útil para a vida e auxiliar em como lidar com seus próprios desafios e desta forma, desenvolver uma boa comunicação e as competências necessárias de um bom palestrante; O Coaching, como metodologia de trabalho, é uma poderosa ferramenta de desenvolvimento humano. Com ela o profissional desenvolverá habilidades e capacidades, estando assim, apto para desempenhar suas atividades com mais destreza. Por meio do Coaching o profissional terá acesso às ferramentas e às técnicas necessárias para gerir de forma assertiva e rápida suas demandas, alinhando, tanto a sua vida profissional e pessoal, quanto a dos colaboradores, assumindo a responsabilidade e os riscos para alcançar o sucesso profissional. O Coaching é suportado por técnicas e ferramentas que potencializam os resultados de forma efetiva e profissional. As ferramentas de coaching são determinados instrumentos utilizados em uma sessão, visando identificar-analisar o perfil do coachee e ter uma visão panorâmica e detalhada do que acontece a sua volta. Em seu sentido amplo, uma ferramenta é um suporte que permite às pessoas desenvolverem determinadas atividades. No processo de coaching, as ferramentas são adaptadas e desenvolvidas em prol do desenvolvimento humano e do alcance do estado desejado do coachee. A boa comunicação, aqui considerada uma ferramenta de trabalho, vai potencializar as atividades do coaching. O coach palestrante, com domínio da comunicação, interage com as pessoas e usa abordagens e técnicas proporcionando assim, mais interatividade e facilitando a resolução de problemas. O Coaching como metodologia de desenvolvimento humano, profissional e empresarial, torna o palestrante, que tem esta expertise, um profissional extremamente requisitado. SUBTÍTULO – DESENVOLVER CONFIANÇA E COMPETÊNCIA PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICIENTE. O desenvolvimento de uma carreira de sucesso é uma responsabilidade do profissional. Por isso, é fundamental ser protagonista no momento de decidir como conduzir a profissão. A aprendizagem por !107


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competências (conhecimento+habilidades+atitude) tende a ser guiada para estimular o indivíduo a lidar melhor em um trabalho de equipe, a gerenciar pequenas crises e a ter criatividade, é saber utilizar de forma correta o que foi aprendido. Mas desenvolver competências é um processo que exige muita análise, foco, comprometimento e equilíbrio emocional, dentre outras condições. Competência é a combinação de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (C.H.A.) que possibilita o desempenho das funções necessárias ao atendimento dos objetivos do conselho. Onde o conhecimento é o acumulo de Informações adquiridas através de leitura, de audiovisuais, de palestras, seminários, experiência própria, entre outras fontes e relacionadas a uma compreensão sistemática de fatos. A qualidade do conhecimento não depende da quantidade de fatos registrados, e sim da capacidade de relacioná-los e equacioná-los de uma forma lógica. A habilidade pode ser considerada como sinônimo de aptidão, inclinação, vocação ou destreza. É a capacidade em utilizar o Conhecimento teórico de forma útil. Por último a atitude que é a forma de conduta, a maneira de agir nas relações interpessoais. Inclui valores éticos e profissionais, estilo de liderança, hábitos de comunicação, entre outros aspectos. O palestrante coach, pode abordar ainda, aspectos comportamentais, o alinhamento de expectativas profissionais e pessoais com os da organização, o desenvolvimento de habilidades, o aprimoramento de competências e novas capacidades. Oferecem ainda, conhecimentos, técnicas e ferramentas que proporcionarão a autorreflexão, o autoconhecimento, iniciando um processo de evolução contínua de desenvolvimento para o alcance de objetivos. Segundo Heloisa Morel, aprender não se restringe à sala de aula. A diretora do Instituto Península. Falou durante o Fórum IBEX 2018 – Innovation Bridge Experience – que debateu os impactos do lifelong learning: “Evoluímos ao descobrir e aprender constantemente. Desenvolver habilidades socioemocionais é importante, já que nos prepara para os desafios que enfrentamos no trabalho, nas nossas relações com outras pessoas e até mesmo com nossas próprias emoções”. (MOREL. 2018)

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A empresária Ana Maria Diniz, da ONG Parceiros pela Educação , ressalta que não há uma “fórmula de bolo” para se tornar um lifelong learning, com são chamados àqueles que mergulham nessa nossa perspectiva de aprender. Diniz destaca, que aderir ao lifelong learning pressupõe “romper com amarras das convenções e compreender a aprendizagem como um projeto de longo prazo, sem data para acabar” (DINIZ. 2018). O coach palestrante, deve entender que o conhecimento é algo que se deve perseguir por toda a vida, e não está necessariamente, restrito aos cursos de graduação, pós-graduação ou atualização profissional, mas na curiosidade, na busca pessoal por novos saberes e na modelagem dos grandes mestres. Precisa ser uma pessoa bem-humorada, descontraído, pois somente dessa forma, é possível promover uma boa interação. Esses artifícios o ajudarão a tocar, verdadeiramente, as pessoas para que elas mesmas se deem conta daquilo que muitas vezes esta adormecido e deixar um legado de conhecimento, para que isso ocorra será necessário que as pessoas se identifiquem com o que está sendo dito. Uma técnica muito usado pelos comunicadores é o rapport. O rapport é a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. É a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele. É a essência da comunicação bemsucedida. (ROBBINS. 2018). É necessário ter talento para falar, mas somente isso não é suficiente. É preciso ter um método estruturado e organizado. “Usar um método é passar de amador para profissional. É ter coragem de dar um salto de

qualidade

mesmo

que

você

tenha

um

bom

desempenho” (SHINYASHIKI. 2018, p. 58), que consiste em planejar, preparar, treinar, executar e aprimorar. Se quiser ser diferente busque desafios, de mais do que espera receber, seja diferente seja você. CONSIDERAÇÕES FINAIS É muito presente que os nossos mentores nos aconselhem ou recomendem sobre como agir em determinados casos. Uma lembrança !109


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sempre presente é saber ouvir seu coachee, respeitar sua fala e opinião. Para estabelecer uma boa comunicação há necessidade de construir uma harmonia, quebrando assim as resistências que por ventura venham a existir. Importante observar que algumas palavras criam resistências e problemas, e que é mais fácil persuadir por meio do entendimento, da concórdia, lembrar que cada pessoa tem sua perspectiva, que é verdadeira e válida para ela. Por outro lado, para estabelecer uma boa comunicação temos que reestruturar nossos recursos mentais nosso “Mindset”, traduzindo para o português como “modelo mental”, “sistemas de crenças”, algo como “a maneira de ver a vida” (SHINYASHIKI. 2012). A crença atua como uma verdade na vida da pessoas. Crenças e pensamentos limitantes podem interferir na linguagem, travar sua comunicação e dificultar seu futuro profissional. Ser um coach palestrante certamente vai exigir quebras de determinados padrões de fala, posturas, formas e métodos de comunicação. Superar essas dificuldades certamente vai te levar ao sucesso como coach palestrante. Para Marcia Luz (2017, p. 05), “tudo começa com seus pensamentos, tudo a sua volta já existiu na cabeça de alguém antes de se materializar”. Em nossa vida, as bençãos e mazelas, são construções de nossa mente. Pensamentos geram sentimentos e sentimentos se transformam em ações. (LUZ. 2017) Refletir sobre a importância em adquirir e desenvolver capacidades e habilidades, técnicas no domínio da arte da comunicação e da oratória como como uma competência ou ferramenta do coaching, a ser utilizada como forma falar para impressionar o público, foi de grande relevância, pois foi possível percorrer importantes leituras sobre o tema que referendam a arte da comunicação como uma importante ferramenta para o coach. Da mesma forma, foi relevante analisar sobre quais são as capacidades, habilidades e técnicas importantes para uma boa comunicação, para a compreensão da importância da palestra como uma das ferramentas básicas que devem ser de domínio do coach, além de desenvolver confiança e competência para uma comunicação eficiente.

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REFERÊNCIAS AUGUSTO, Fernando. Coaching & Autorealização: Descubra como a PNL da neurossemântica podem ajudar na conquista da autorealização e superação pessoal e profissional. Coaching e comunicação. p. 153. São Paulo: Literare Books Internacional. 2016. CARNEGIE, Dale, 1888-1955. Como falar em público e influenciar pessoas no mundo dos negócios. Revista por Dorothy Carnegie; tradução de Carlos Evaristo M. Costa. Rio de Janeiro: Record, 2018. LUZ, Marcia. A gratidão transforma os seus pensamentos: construa sua nova realidade por meio de afirmações positivas. São Paulo: DVS Editora, 2017. MARQUES, José Roberto. Desperte seu poder. São Paulo: Buzz Editora, 2017. ROBINNS, Tony. Poder sem limites: A nova ciência do sucesso pessoal. Tradução Muriel Alves Brasil. Rio de Janeiro: BestSeller, 2018. SHINYASHIKI, Roberto. Os segredos das apresentações poderosas: pessoas de sucesso sabem vender suas ideias, projetos e produtos para qualquer plateia. Saõ Paulo: Editora Gente, 2012. BROCK, Vikki. Texto extraído, traduzido e adaptado do livro Sourcebook of History Coaching, , 1999. Disponivel em http://www.jrmcoaching.com.br/blog/pontos-fundamentais-docoachingsegundo-vikk-brock-phd. acessado em 02/01/2020. CAVALHEIRO, Artur. Seis necessidades básicas do ser humano. Disponivel em http://icarreira.com.br/ 6-necessidades-basicas-do-ser-humano/. Acesso em 08/01/2020. DINIZ, Ana Maria. Palestra da empresária da ONG Parceiros pela Educação. Disponivel em https:// institutosingularidades.edu.br/novoportal. Acesso 02/01/2020. MARQUES. J. Roberto. Lideranca-e-motivacao/palestras-motivacionais Disponivel em https:// www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/palestras-motivacionais/ Acessado em 06/01/2020. MOREL, Heloisa. Innovation Bridge Experience. Palestra no Fórum IBEX 2018. Disponivel em http://www.institutopeninsula.org.br/category/desenvolvimento-integral . acessado em 02/01/2020. WUNDERLICH, Marcos. O que é Coching. Disponivel em Acesso em 08/01/2020

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https://holos.org.br/o-que-e-coaching/ .


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APLICABILIDADES E CONTRIBUIÇÕES DO COACHING NA ÀREA EDUCACIONAL

Vera Lúcia Baptista Castiglioni

"…este poderoso processo de desenvolvimento humano, pode ajudar alunos, pais e profissionais da educação a potencializarem resultados e construírem um mundo melhor."

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APLICABILIDADES E CONTRIBUIÇÕES DO COACHING NA ÁREA EDUCACIONAL Vera Lúcia Baptista Castiglioni Morôni Kozoski RESUMO O presente artigo tem como objetivo investigar e mostrar como o processo de Coaching pode ser aplicado e contribuir para o alcance de melhores resultados em nível pessoal e profissional na área educacional, tendo como foco a educação básica, face às exigências do mundo contemporâneo. Assim como o Coaching vem sendo muito utilizado na área corporativa, nos esportes, na carreira e na vida das pessoas, acredita-se que as instituições educacionais também podem ter este apoio para que todos nelas inseridos consigam vencer seus desafios. Esta é uma de muitas outras reflexões que eu quero trazer neste artigo e, para compreender esta nova dinâmica dos tempos atuais é preciso entender o que é Coaching e Coaching Educacional, como esta fantástica metodologia funciona e as contribuições que ela pode trazer para o desenvolvimento de toda comunidade escolar. A metodologia utilizada constitui-se como exploratória, tendo como ponto de partida da pesquisa a bibliografia existente sobre o tema, devidamente referenciada ao final deste artigo, correlacionando com as histórias de vida e experiências da autora como profissional da educação e com as suas primeiras percepções como Coach. Os estudos demonstram que o Coaching Educacional está iniciando sua fase de consolidação como importante área de especialidade educacional e, como resultado, a pesquisa deixa evidente a relação harmônica e produtiva que o processo de Coaching pode ter na educação para mudanças de mindset, de comportamentos e de atitudes e, consequentemente, para a melhoria dos resultados da aprendizagem e das relações escola/comunidade escolar. Palavras-chave: Coaching Educacional. Comunidade Escolar. Competências Socioemocionais. Inteligência Emocional. INTRODUÇÃO O artigo que ora apresenta-se, tem como objetivo e, consequentemente, como resposta à sua questão norteadora, investigar e mostrar como o Coaching pode se configurar numa significativa ferramenta para a área educacional, considerando as transformações que vêm ocorrendo no mundo contemporâneo, demonstrando sua concepção, aplicabilidade, benefícios e contribuições, com foco na educação básica. A justificativa da escolha dessa temática, por parte da pesquisadora, foi a sua opção em se especializar como Coach, na área educacional, na presente pós-graduação em Coaching, a partir de suas experiências como Professora, !113


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Pedagoga, Gestora, Consultora e Máster Coach Educacional, vislumbrando apoiar as escolas, principalmente, no desenvolvimento das competências e habilidades socioemocionais, tão difundidas e requeridas na atualidade pela sociedade e mundo corporativo e, mais recentemente, na área educacional, por terem sido incorporadas no contexto do currículo escolar da educação básica, a partir da aprovação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Visando possibilitar um maior entendimento por parte de quem vai ler este artigo, ele vem, didaticamente, dividido em cinco subseções, além desta parte introdutória. A primeira traz uma breve contextualização da sociedade contemporânea e suas expectativas em relação à área educacional. A segunda menciona o processo de Coaching, com uma abordagem conceitual, demonstrando sua história e evolução. A terceira discorre sobre o Coaching Educacional como uma fer ramenta para mudanças de mindset, comportamentos e atitudes, abrangendo toda comunidade escolar. A quarta mostra como esse processo, a partir de uma visão holística, pode trazer benefícios e contribuir para mudanças qualitativas na área educacional. Por fim, a quinta subseção traz algumas considerações finais sobre os resultados da pesquisa no processo de Coaching na área educacional. Nesta última análise, tendo como base o que foi coletado nas fontes pesquisadas, bem como no raciocínio desenvolvido a partir da pesquisa e experiências vivenciadas pela autora, foi possível deduzir que os resultados esperados, derivados da questão norteadora que motivou este trabalho, foram evidentes. Dito de outra forma, o Coaching Educacional, se constitui sim, numa afiada ferramenta para mudança de mindset, comportamentos e atitudes e para a melhoria do processo educacional, dentro da visão holística, uma vez que todos da comunidade escolar: alunos, pais, professores, gestores, funcionários em geral, imbuídos dessa visão, conseguem excelências nos seus resultados. Vale ressaltar que, não obstante a saliência dos resultados encontrados, o artigo não termina sem antes chamar a atenção para a necessidade de se continuar explorando este assunto e realizando outros trabalhos desta natureza, haja vista a abrangência e relevância de sua temática para inovação na educação.

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SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA X EDUCAÇÃO: BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO Novos tempos: inteligência artificial, robótica, biotecnologia, impressão 3D, realidade virtual. A convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas já vem mudando a forma como se vive e vem sendo chamada pelos especialistas como a quarta revolução industrial. Nesse sentido, profissões que hoje são conhecidas podem desaparecer, novos empregos devem surgir e qualificações que sequer estão incluídas nos currículos de escolas e universidades passarão a ter grande valor no universo profissional. Como impactos desse cenário, de acordo com o relatório The Future of Jobs (“O futuro dos trabalhos”, em tradução livre), apresentado no Fórum Econômico Mundial – 2016 (Suíça), novas competências, tais como: resolução de problemas complexos; pensamento crítico; criatividade; gestão de pessoas; coordenar-se com outros; inteligência emocional; tomada de decisão e discernimento; orientação para o serviço; negociação e flexibilidade cognitiva já estão sendo mais valorizadas, e começam a ser exigidas no mercado de trabalho. A sociedade atual, por sua vez, requer indivíduos formados de maneira integral, preparados para enfrentar os diversos desafios propostos, tanto no campo profissional como no pessoal. Mas, como formar pessoas e profissionais com essas características? Diante desta realidade, torna-se cada vez mais evidente que a educação/escola tenha o papel de capacitar toda a sua equipe e, de modo especial, os alunos, não somente em termos cognitivos, mas também na dimensão socioemocional. Citada por Maggi Krause, em entrevista publicada no site Nova Escola, em novembro de 2019, Esther Carvalhaes, analista da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e especialista em habilidades socioemocionais, comenta: “Apenas os conteúdos escolares não parecem mais bastar para as sociedades atuais. Na escola, os alunos aprendem a se relacionar, a lidar com diferentes opiniões e costumes, a trabalhar em equipe e até a estabelecer alvos mais elevados para si mesmos. Isso exige que eles desenvolvam uma série de habilidades não estritamente cognitivas, mas que têm mais a ver com sua capacidade de construir relações de confiança e de se autoconhecer, de mobilizar ou controlar suas

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emoções, seja para atingir objetivos escolares ou para criar um ambiente positivo ao seu redor”.

Diante do exposto, embora pouco valorizadas no passado, mas hoje fundamentais para a aprendizagem, as competências e habilidades socioemocionais já demonstram que são capazes de ir além do autoconhecimento e da inteligência emocional: são peças-chave no processo de aprendizagem dos alunos e serão cada vez mais importantes no currículo pedagógico das escolas do Brasil e do mundo. Nesta direção, cabe destacar que o Brasil conquistou recentemente a aprovação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, documento oficial que já está orientando os currículos das escolas do país, tanto da rede pública quanto da iniciativa privada. Ela apresenta os conhecimentos primordiais, as competências e as habilidades almejadas para os alunos em cada etapa da Educação Básica. Um dos pontos mais importantes que está contemplado na BNCC é “as competências do século XXI” que estão permeando a construção das propostas pedagógicas das instituições escolares e algumas delas estão intimamente relacionadas às habilidades socioemocionais. Essas competências dizem respeito a formar cidadãos mais críticos, com capacidade de aprender a aprender, de resolver problemas, de ter autonomia para a tomada de decisões; cidadãos que sejam capazes de trabalhar em equipe, respeitar o outro, que tenham a capacidade de argumentar e defender seu ponto de vista, ou seja, as habilidades socioemocionais estão presentes no texto das 10 competências básicas propostas pela BNCC, especialmente nos cinco últimos itens. Por isso, incluir o aprendizado dessas habilidades é tão urgente no currículo de cada escola. Em países como Singapura, Coreia do Sul, Canadá e Finlândia, referências mundiais em educação, isso já é uma realidade. No Brasil, essa inclusão é um dos avanços sociais mais importantes dos últimos anos. A atenção a essas novas competências vem ganhando força nos últimos anos após o reconhecimento de que características ligadas ao comportamento e à administração das próprias emoções podem impactar positivamente no aprendizado dos alunos e têm forte influência na vida como um todo. Constatase, hoje em dia, que tem sido muito comum ver profissionais serem !116


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contratados pelas competências cognitivas, mas, demitidos por falta de competências não cognitivas ou socioemocionais. É neste contexto que o Coaching tem um alto potencial de contribuição, pois trabalha nesta direção, ou seja, dando ênfase às habilidades socioemocionais. É sobre este tema que vou falar neste artigo, esperando contribuir para que todos e, em especial, a comunidade educacional, possa compreender como este poderoso processo de desenvolvimento humano, pode ajudar alunos, pais e profissionais da educação a potencializarem resultados e construírem um mundo melhor. 1.COACHING: ABORDAGEM CONCEITUAL, ORIGEM E EVOLUÇÃO O Coaching envolve processos focados em desenvolvimento, reeducação, mudanças de comportamentos, reflexão, planejamento e ação para conquista e realização de objetivos/metas. As definições de Coaching são diversas, conforme cada coach e cada instituição de formação. Segundo da Matta (2012, p. 15) pode-se definir o Coaching como: “... um processo que visa elevar a performance de um indivíduo (grupo ou empresa), aumentando os resultados positivos por meio de metodologias, ferramentas e técnicas cientificamente validadas, aplicadas por um profissional habilitado (o coach), em parceria com o cliente (o coachee)”.

Marques e Carli (2012) descrevem o processo de Coaching como uma metodologia que dá origem a diálogos efetivos, identificação e reformulação de valores e metas, além de buscar soluções eficazes e transformadoras. De acordo com Araújo (1999), o alicerce do processo de Coaching é o diálogo, o coach estimula o coachee com perguntas que o auxiliam a encontrar o seu verdadeiro “eu”, trazendo autonomia sobre cada decisão e despertando a autoconfiança. Conforme os diversos autores consultados, o Coaching pode trazer os seguintes benefícios: mais autoconhecimento, autoestima e autoconfiança; mais qualidade de vida e menos estresses; aprimoramento dos relacionamentos e da comunicação interpessoal; capacidade de modificar comportamentos improdutivos; maior satisfação com o trabalho; aumentos dos resultados financeiros; redução de conflitos; melhoria na comunicação e

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nos relacionamentos; mais foco e resultado para o executivo e para o líder, dentre outros. Sinteticamente, pode-se demonstrar a origem e evolução do Coaching por meio da linha do tempo a seguir: 469 a.C. a 399 a.C.- Sócrates: Considerado o primeiro Coach da história, embora esse termo ainda não fosse utilizado à época. Implementou a arte de fazer perguntas poderosas. Século XVI (1500): A palavra Coach surge na Inglaterra, utilizada para descrever o condutor de carruagens, chamado de Cocheiro, ou aquele que conduz o coche (carruagem). Os cocheiros eram os profissionais que conduziam os passageiros até o destino desejado. Século XIX (1830): Coach passa a ser utilizado na Universidade de Oxford como gíria de “tutor particular”, aquele que “carrega, conduz e prepara” os estudantes para seus exames. Sendo assim, o termo Coaching refere-se ao processo em si, o Coach é aquele que conduz, e o Coachee é a pessoa conduzida na direção do objetivo que quer alcançar. Século XX (1950): Coach surge como habilidade de Gestão de Pessoas – nesse período surgiram as primeiras técnicas de desenvolvimento pessoal e humano, valorizando as competências individuais e relacionadas a um processo de evolução contínua. Em 1970, o Coaching surge no Meio Esportivo. Em 1974, Thimoty Galwey – tenista profissional e treinador lança o livro TheInner Game of Tennis (jogo interior), com conceitos de Coaching, que se torna best-seller – pautado na ideia que “quando praticamos algum esporte coletivo, nós competimos com dois adversários: o exterior e o interior”. Em 1980, surge o Coaching Executivo. Século XXI (2017): Hoje temos Coaching tanto na área profissional (executivo, negócios, carreira), como na pessoal (vida, esporte, finanças, relacionamentos, entre outros). Mesmo com tantos anos de existência, muitos ainda questionam: O que é Coaching? COACHING EDUCACIONAL: O QUE É, POR QUE E PARA QUEM O Coaching Educacional é uma vertente do Coaching que tem como foco principal auxiliar o desenvolvimento dos profissionais da educação, dos alunos

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e pais. Funciona como uma espécie de acelerador de sua evolução, no que tange aos aprendizados técnicos, emocionais e comportamentais, de modo que o indivíduo possa agregar novos conhecimentos e habilidades, crescer e conquistar o sucesso que deseja em sua vida e carreira. Essa metodologia, que já é amplamente usada em ambientes empresariais, vem sendo cada vez mais adotada pela Educação para motivar toda comunidade escolar e para aperfeiçoar seu desempenho. Assim como em outras áreas, a Educação também passa por um momento de transformação essencial, com destaque para a readequação ao ensino das habilidades socioemocionais, propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As escolas sempre se voltaram, intensamente, à preparação dos alunos para o mercado de trabalho e os currículos se voltaram para atender a um mercado extremamente competitivo. Os desenvolvimentos cognitivo e racional foram privilegiados e os desenvolvimentos emocional e social foram ofuscados, ignorados e preteridos; contudo, atualmente, o mundo corporativo e a sociedade exigem mudanças nesse sentido. Conforme Daniel Goleman (2001), o desenvolvimento na vida é determinado não só pelo QI, mas também pela inteligência emocional. Rodrigo Usba, citado no blog de literatura “Coletivo Leitor da SOMOS Educação”, por sua vez, compartilha que: “Dar atenção às competências socioemocionais facilita a relação pessoal entre os educandos, entre os educadores, e entre ambos os papéis, desenvolverão a capacidade de sentir, se falar de si, de escutar o outro e, também, de criar, juntos, possibilidades de transformação no meio em que vivem, trocando, pouco a pouco, a competição pela colaboração, substituindo o egoísmo pela empatia”

A literatura demonstra que, em países como Reino Unido, Austrália e Estados Unidos, o Coaching, que enfatiza a inteligência emocional, já é uma realidade, ou seja, faz parte do ambiente escolar. Dos estudos realizados depreende-se que o processo de Coaching educacional pode ser aplicado a toda comunidade escolar, aqui organizada em 3 grupos de segmentos: a equipe escolar (gestores, pedagogos, docentes e pessoal administrativo); os discentes (alunos) e os pais, podendo ocorrer concomitantemente ou não, de acordo com o projeto de cada escola. Quanto aos níveis de ensino, o Coaching Educacional abrange toda educação básica, ou

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seja: da educação infantil ao ensino médio, além das modalidades de ensino de educação de jovens e adultos e de educação profissional, estando a educação especial também presente neste contexto. Obviamente, a metodologia de aplicação deve se adequar a cada faixa etária e segmento da comunidade escolar. ASPECTOS POTENCIALIADORES E CONTRIBUIÇÕES DO COACHING NA ÁREA EDUCACIONAL Existem muitos aspectos importantes que o Coaching Educacional ajuda a potencializar e que fazem grande diferença nos resultados de alunos, pais e equipe escolar. Dentre as habilidades específicas comuns a todos da comunidade escolar que a metodologia pode apoiar destacam-se: autoconhecimento, comunicação assertiva, inteligência emocional, descoberta de talentos, melhoria no desempenho, otimismo e resiliência. Especificamente, em cada segmento escolar, observa-se que o Coaching Educacional traz as seguintes contribuições: Para a Equipe Gestora – Melhoria do Desempenho: Acredita-se que a chave do sucesso educacional está na gestão. Para melhorar a educação é preciso primeiro melhorar a gestão. Seria o Coaching uma possibilidade de produzir novos e melhores resultados em gestão? De acordo com Leandro Alves da Silva (2012, p.9), ...quando considerada a gestão acadêmica, em um primeiro momento, o Coaching visa o desenvolvimento e a constante melhora, no desempenho das habilidades e competências do corpo diretivo. (...), há a disponibilização de oportunidades para obtenções de resultados, mudanças de cultura e de comportamento e integração entre os serviços acadêmicos. Por fim, o Coaching possibilita que a gestão se mantenha atenta a todos os partícipes da comunidade acadêmica.

Dado a tudo que o Coaching representa como um processo de transformação, de mudança de mindset (mudança de mentalidade, da forma de pensar, pois essa forma diz muito sobre o indivíduo e seus resultados), de capacitação para que as potencialidades sejam desenvolvidas e impulsione as pessoas a agir com excelência, vê-se que é de importância sua utilização na gestão. Para os Funcionários em Geral - Desenvolvimento Profissional: O Coaching Educacional atua no desenvolvimento da carreira dos profissionais que fazem !120


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parte da escola, independente do seu cargo ou função. Isso acontece através do despertar do autoconhecimento de cada um, que permite que estes tenham maior consciência sobre o que desejam conquistar profissionalmente. A partir disso, ou seja, da definição dos objetivos de carreira de cada um, os membros que fazem parte da escola, sentem-se empoderados a elaborar estratégias eficientes e a colocarem em prática ações capazes de fazê-los sair do estado atual em que se encontram e caminharem em direção ao estado em que desejam e sempre desejaram estar em suas carreiras. Para os Alunos – Nova Forma de Aprendizado: Se o Coaching Educacional é um método eficiente para desenvolver os líderes escolares e demais profissionais, quando o foco é o aprimoramento dos alunos, seus resultados não são diferentes. Os estudantes têm neste processo, que realmente consegue orientá-los, uma oportunidade para vencer seus medos e desafios e sair de seu estado atual para o estado desejado. No dia a dia, assim como os adultos, as crianças e adolescentes também enfrentam inúmeros desafios dentro e fora da escola. Para isso, a metodologia ajuda a identificar quais são suas lacunas, seus pontos de melhoria, no que tangem a aspectos práticos, como disciplina, foco e comprometimento. Também atua na eliminação de comportamentos e crenças limitantes, que afetam seu desempenho escolar, causam inseguranças em relação ao futuro e que, hoje, limitam também a que os alunos tenham melhores resultados na escola. Portanto, quanto mais preparados para lidar com tudo isso e com as dificuldades, mudanças e cobranças internas e externas, mais chances os alunos têm de superar seus desafios, vencer seus medos e crescer em todos os sentidos em cada fase de sua vida escolar. Para os Docentes – Excelência nos Resultados: No que tange aos docentes, o processo trabalha focando o desenvolvimento de habilidades-chave, como inteligência emocional e social, planejamento, organização e proporcionando o autoconhecimento necessário a que possam desenvolver seu máximo potencial, obter excelentes resultados em seu trabalho e também uma qualidade de vida maior no âmbito pessoal. Além disso, apoia os professores a vencerem seus desafios escolares, que podem incluir: perda da conexão com

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sua profissão; problemas na infraestrutura escolar; falta de apoio ou reconhecimento ao seu trabalho; pouco interesse dos alunos nas aulas; constante indisciplina em sala; falta de reconhecimento salarial ou ainda gaps nos investimentos em capacitação. Para os Pais e/ou Responsáveis – Melhoria das Relações Interpessoais: As relações familiares são as relações mais precoces e as mais duradouras que as crianças podem vivenciar, contribuindo os pais/responsáveis ativamente para a relação com o mundo que as rodeia. Filhos bem adaptados na vida reconhecem seus pais porque são eles que os iniciam na vida. Inúmeras pesquisas têm apontado que o apoio dos pais é o mais importante impulsionador da saúde mental, emocional e social dos filhos, independente da classe social e cultural. Neste sentido, o Coaching Educacional pode contribuir para que os pais se tornem capazes de educar os filhos com mais segurança, inclusive emocionalmente; transformar as próprias vidas, alinhando vida pessoal e profissional, relacionamentos e saúde; pôr fim a disputas de poder, negociações intermináveis e brigas familiares; despertar a genuína cooperação dos filhos, sem subornos, ameaças ou castigos; aprofundar ou resgatar a sua conexão com os seus filhos em qualquer idade e ter uma comunicação efetiva e relacionamentos mais prazeirosos. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente artigo tratou de pesquisar e demonstrar a aplicabilidade e as contribuições que o processo de Coaching pode trazer na área educacional, diante das grandes transformações que vêm ocorrendo no mundo corporativo, educacional e na sociedade em geral. Para atingir seus objetivos, o esforço de elaboração teórica do artigo bebeu na fonte de muitos autores consagrados, conforme já citados anteriormente, podendo-se concluir que o Coaching é um processo no qual o coach e coachee trabalham juntos na definição de uma meta de desenvolvimento pessoal e profissional; que se caracteriza como um processo de interação colaborativa voltado à promoção e ao estímulo da aprendizagem, cujo objetivo não é ensinar, mas sim auxiliar o outro a aprender.

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A partir dessas contribuições conceituais, das notícias estampadas nos artigos pesquisados e das experiências já em curso em escolas brasileiras e de outras nações, conclui-se que o Coaching Educacional é um método transformador e que tem possibilidades infinitas de agregar valor, tanto ao desenvolvimento dos profissionais da educação, quanto dos alunos, pais e da escola como um todo. Ele tem um poder grandioso para transformar a educação, uma vez que trabalha enfatizando as competências e habilidades socioemocionais tão exigidas no mundo e na sociedade contemporânea. Na equipe escolar: Os gestores podem encontrar novas formas de gestão, relacionamento, interação e desenvolver uma equipe ainda mais saudável e comprometida com o processo educacional fazendo uso das ferramentas do Coaching. Os professores, por sua vez, podem descobrir como melhorar o seu desempenho em sala de aula, como lidar melhor com as situações que acontecem dentro de sala e como separar a vida pessoal da profissional para que não tenham a saúde afetada pelo estresse diário. Os alunos podem descobrir através do Coaching ferramentas e técnicas para que tenham maior aproveitamento nos estudos, bem como descobrir o que querem da sua vida para o futuro, qual profissão seguir, sem falar em todos os ganhos que terão como indivíduos no relacionamento interpessoal. Os pais dos alunos podem entender, através do Coaching, porque os filhos têm determinadas atitudes, porque gostam ou não de estudar, assim como podem utilizar ferramentas e técnicas para melhorar o relacionamento com os filhos e ajudá-los cada dia mais em todas as áreas da vida. Recorrer a esta poderosa ferramenta faz sentido porque todos os envolvidos no processo educacional estão o tempo inteiro buscando vencer um desafio, alcançar um objetivo. Alguns possuem mais facilidade do que outros para lidar com as adversidades, se organizar, manter o foco e lidar com os resultados ruins. Ao participarem do processo de Coaching Educacional, os indivíduos têm acesso a técnicas, estratégias, ferramentas e a conhecimentos sobre si que os colocam em um novo caminho, mais claro e onde possuem controle sobre cada passo. Face ao exposto, vê-se que a transformação da educação pode ter a contribuição de cada um e de todos e, em se tratando da comunidade escolar,

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se tiver o treinamento certo com as ferramentas e estratégias certas, ela pode transformar a educação, mesmo enfrentando a falta de prioridade e o pouco investimento financeiro dos governos. Por fim, vale ressaltar que, não obstante todas considerações mencionadas, este trabalho não se encerra aqui, tendo em vista a amplitude do tema e por ser um processo inovador na área educacional. É preciso fazer outras perguntas e ir atrás das respostas, ir atrás de todas as inquietações que produzem o novo saber, buscar as experiências exitosas em curso, não supondo que já se tem em abundância, a posse do conhecimento e da certeza para revolucionar o processo educacional. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Anne. Coaching: um parceiro para o seu sucesso. 9.ed. São Paulo: Gente, 1999. COLETIVO LEITOR. A formação de professores e o Trabalho com a Habilidades Socioemocionais na Educação Básica. Disponível em: <https://www.coletivoleitor.com.br/ biblioteca-conteudos/habilidades-socioemocionais-na-educacao-basica/>. Acesso em 02 maio 2019. FOURSALES. Relatório The Future of Jobs (“O futuro dos trabalhos”. Disponível em: <http:// www.foursales.com.br/carreira/as-previsoes-do-forum-economico-mundial-sobre-o-futuro-dotrabalho/.> Consulta em 10 jun. 2019. GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. KRAUSE, Maggi. Por que ensinar habilidades socioemocionais. Disponível em: <https:// gestaoescolar.org.br/conteudo/1854/por-que-ensinar-habilidades-socioemocionais>. Acesso em 16 maio 2019. MARQUES, José Roberto; CARLI, Edson. Coaching de Carreira: Construindo profissionais de sucesso. São Paulo: Ser Mais, 2012. MATTA, Villela da. Personal e Professional Coaching: Livro de metodologia. Rio de Janeiro: SBCoaching, 2012. ______. Coaching: excelência em performance humana. São Paulo: Sociedade Brasileira de Coaching, 2008. ______. Inteligência emocional para garantir uma carreira de sucesso. Sociedade Brasileira de Coaching. Disponível <https://www.sbcoaching.com.br/blog/carreira/inteligencia-emocionalsucesso/>. Acesso em: 20 set. 2018. SILVA, Leandro Alves. Coaching Acadêmico: uma metodologia orientada para a mudança. Artigo, 2012, p.9. Disponível em <https://www.nilsonjosemachado.net/20120316_2.pdf>. Acesso em 15 ago. 2019.

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O QUANTO NOSSOS PENSAMENTOS INFLUENCIAM OS NOSSOS COMPORTAMENTOS?

Bárbara Cássia da Silva Bernardino

"A verdadeira mudança ocorre quando começamos a detectar esses pensamentos negativos e os substituímos por afirmações positivas."

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O QUANTO NOSSOS PENSAMENTOS INFLUENCIAM OS NOSSOS COMPORTAMENTOS? Bárbara Cássia da Silva Bernardino Morôni Kozoski RESUMO O documento de pesquisa evidência de forma objetiva e clara sobre a formação do pensamento, discorre sobre o funcionamento do cérebro e apresenta fundamentos de que todos os comportamentos são frutos de pensamentos conscientes ou inconscientes. Unindo cada pensamento e significado de cada um dos cérebros, firmado na teoria do cérebro trino e de tudo que através do Sistema Ativador Reticular Ascendente permite-se entrar na mente humana. Além da forma como cada ser humano significa em sua mente. Todos esses fatores e os demais apresentados durante o documento de pesquisa apontam que todos os comportamentos, ações e reações humanas estão intimamente ligados aos pensamentos formatados em nossas conexões neurais. Palavras-chave: pensamento, comportamento. INTRODUÇÃO No presente documento ira-se abordar sobre a temática “O quanto os nossos pensamentos influenciam os nossos comportamentos?”. Primeiramente temos a abordagem sobre o cérebro, o funcionamento do mesmo e a teoria do cérebro trino do neurocientista Paul MacLean. Abordase o assunto do Sistema Ativador Reticular Ascendente, tudo isso para evidenciar sobre a formação do pensamento. Tem-se logo após, citações de grandes pensadores e estudiosos sobre a formação do pensamento e a influência do mesmo sobre o comportamento humano. Discorre-se ainda sobre o diálogo e o quanto os significados internos das situações externas afetam diretamente a formação do pensamento e quanto influenciam no comportamento humano. Na conclusão tem-se a conjuntura das evidências derivando assim a conclusão da temática. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA Neuroplasticidade, segundo dicionário Priberam (2019), é a capacidade do cérebro de se modificar e reorganizar para formar novas conexões neurais

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ao longo da vida. Isso quer dizer que o nosso cérebro é moldável, constrói novos caminhos neurais se está exposto a novas informações e insights. Porém para que a formação dessas novas conexões aconteça, o cérebro precisa ser constantemente estimulado. Para tanto, precisamos entender de maneira objetiva e clara o funcionamento do mesmo. A teoria do cérebro trino foi elaborada em 1970 pelo neurocientista Paul MacLean, e é a mais aceita até os nossos dias. Essa teoria divide o cérebro em três hemisférios: Neocórtex, Cérebro Límbico e Cérebro Reptiliano. O Neocórtex ocupa o maior espaço e é responsável pela linguagem, incluindo a fala e a escrita. O pensamento lógico e organizado, também estão entre as funções dessa parte do cérebro. Além dessa ser a parte mais humana, mais elevada do nosso cérebro, é o cérebro intelectual. Isso nos torna o único animal que planeja, que projeta o futuro. O Cérebro Límbico é o cérebro emocional, trabalha questões de sentimento, relacionamento, carinho, lembranças, sonhos, brincadeiras e aprendizado. É nesse cérebro que estão guardados nossos sentimentos e memórias positivas e negativas. Ele se localiza bem no centro do nosso cérebro como se fosse o recheio, o miolo. Também é encontrado nos mamíferos. O cérebro límbico é o responsável basicamente por controlar as emoções e as funções de aprendizado e da memória. O cérebro límbico é responsável pelos nossos comportamentos sociais e por controlar nossas emoções. Estas estruturas comportamentais que coordenam o comportamento emocional e os impulsos motivacionais. As emoções são ferramentas em que nós nos apoiamos para nos decidir o que fazer numa dada situação. O problema é que muitas emoções que ficam programadas em nosso límbico não refletem a realidade. As emoções são enganosas e por isso não devemos tomar decisões importantes em nossas vidas baseadas nas emoções. O Cérebro Reptiliano também é conhecido como Complexo R. Ele recebe esta nomenclatura por ser a mesma constituição cerebral encontrada nos répteis. É o cérebro mais primitivo. Ele é responsável direto por mais de 90% de tudo que acontece no nosso corpo e mente. Por exemplo: pelos batimentos cardíacos, respiração, digestão, piscar de olhos, sexo etc. Ele também é

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responsável pelo comportamento automático, repetitivo, instintivo e imitativo. Como dirigir. Possui 3 emoções básicas: agressão, medo e prazer. É diretamente responsável pela sobrevivência das pessoas. Este cérebro é muito importante porque imagine se tivéssemos que pensar todas as vezes para fazer atividades repetitivas do dia-a-dia. Ao final do dia estaríamos exaustos. Desta forma poupamos energia e a utilizamos de forma mais precisa. Ele atua nos momentos de sobrevivência impedindo que fiquemos pensando muito em um momento de perigo, por exemplo. Este cérebro não deve ser o dono de nossas mentes o tempo todo porque para ele, tudo é ameaça ou prazer. Quando nosso cérebro reptiliano se ativa ele tem total prioridade sobre os outros dois (emocional e intelectual). Libera uma substância que congela a ação principalmente do nosso cérebro pensante: o neocórtex. Uma das principais funções do cérebro reptiliano é manter o seu dono na mais absoluta zona de conforto. Fazendo uma breve analogia, podemos ver uma pessoa protegida pelo seu cérebro reptiliano agindo como um crocodilo ao tentarmos tirar sua presa, quando falamos em assuntos contrários ao que ele defende como política, religião, time de futebol etc. Não importa o nível cultural ou acadêmico da pessoa, ela sempre reagirá igual a um animal em defesa das ideias e conteúdo ‘pré-instalados’, não se importando nem mesmo de se indispor com pessoas queridas ou arrumar inimizades. O que importa mesmo é a defesa do território. Pouco importa se os conceitos que a pessoa defende são válidos ou não porque neste caso a razão não se aplica. Segundo, Albert Mehrabian pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, na comunicação humana utilizamos 7% de nosso cérebro intelectual (neocórtex), 38% de nosso cérebro emocional (límbico) e 55% de nosso cérebro reptiliano.

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Fonte: UniAce – Cérebro Trino – Como Funciona

Segundo Faria (2015), os cientistas Magoun e Moruzzi em 1949, fizeram uma incrível descoberta, eles descobriram uma substância inerente ao sistema nervoso capaz de ativar o cérebro – a SARA. SARA (Sistema Ativador Reticular Ascendente) “Porteiro da consciência”, está envolvida na regulação dos ciclos do sono e em ações como o despertar; atua também filtrando os estímulos sensoriais antes que os mesmos sejam percebidos pelos núcleos diencefálicos e córtex cerebral. Falando coloquialmente, ele funciona como um filtro, decidindo o que vamos absorver ou não dos fatos ou imagens. Se for importante passa pelo filtro, se não for, apenas é ignorado. Isto para nos poupar de uma invasão de informações. Ocupa uma pequena parte do nosso cérebro. Como conceito da neurociência, este sistema só permite entrar a informação que nós indicarmos como importante e aquela que é habitual. Temos, por exemplo, que quando desejamos muito comprar um carro novo da marca x, modelo y, dizemos inconscientemente ao SARA para estar atento e então começamos a ver repetidamente carros iguais ao desejado. O mesmo se dá, com casais que engravidaram e passam a ver bebês e perceber lojinhas com temas infantis !129


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por todo o lado. Isto não significa que há mais carros ou bebês. O nosso cérebro é que ficou mais atento a eles. Na verdade, a lei da atração nada mais é do que o sistema de ativação reticular em ação. Foca-se naquilo que quer atrair e neste mecanismo natural do cérebro passa a buscar as referências relevantes a esta instrução dada ao cérebro.

Fonte: Faria, 2015. A Substância Ativadora Reticular Ascendente.

Segundo Tony Robbins (2017, pág. 134) “Nosso cérebro pode nos ajudar a realizar praticamente qualquer coisa que desejarmos.”

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Um neurônio leva 1 milhão de vezes mais tempo para enviar um sinal do que uma típica chave de computador, mas o cérebro pode reconhecer um rosto familiar em menos de um segundo – um feito além da capacidade dos computadores mais potentes. O cérebro alcança essa velocidade porque, ao contrário do processo passo a passo do computador, seus bilhões de neurônios podem todos atacar um problema simultaneamente. Assim, com todo esse poder à nossa disposição, por que não podemos fazer com que nos sintamos felizes sempre? Por que não podemos mudar um comportamento, como fumar ou beber, comer demais ou protelar as decisões? Por que não podemos imediatamente nos livrar da depressão, acabar com a frustação, e sentir alegria em cada dia da nossa vida? Nós podemos! Cada um de nós tem à disposição mais extraordinário computador do planeta, mas infelizmente ninguém nos deu um manual para operá-lo. A maioria não ideia de como o cérebro funciona, e por isso tentamos pensar para alcançar uma mudança, quando na verdade nosso comportamento está enraizado em nosso sistema nervoso, sob a forma de conexões neurais... ou o que chamo de

neuroassociações. (Robbins, Tony. 2017, Pág. 135).

Tendo esse computar de extrema potência a disposição, basta usá-lo ao próprio favor. Ao aprofundarmos no assunto percebemos que o início de tudo está no nosso cérebro, na formação da nossa mentalidade, dos nossos pensamentos. O que está intimamente ligado ao nosso diálogo interno. O diálogo interno é como uma conversa íntima que acontece na mente humana, e que se bem direcionada, pode levar o ser humano à grandes resultados para sua vida. Uma espécie de conversa direta e indireta que temos com nós mesmos. Desta forma, esta “voz interior” nos orienta, censura, alerta, questiona, julga ou aprova nossas ações. Que julga, raciocina de forma lógica, crítica, toma decisões e faz interferências. Essa é a parte que fica na superfície do iceberg cerebral que conseguimos ver. Nossa mente inconsciente, aquilo que está submerso no iceberg cerebral, é o nosso lado emocional – Sentimentos, Emoções, Sensações, Intuições, e a forma como reagimos, aqui e agora, aos acontecimentos. Se apresenta, em sua essência verdadeira, sem máscaras, evidenciando o ser humano de forma natural, como ele realmente é. Representado pelo lado direito do cérebro, ele evidencia todo o nosso potencial infinito. A verdadeira mudança ocorre quando começamos a detectar esses pensamentos negativos e os substituímos por afirmações positivas. Pois, o que vivemos hoje é baseado em experiências similares, no mundo que criamos, nas nossas regras. O descontrole acontece quando as nossas regras e o nosso mundo são feridos. Segundo Paulo Vieira (2017) a qualidade das nossas ações, são norteadas pela qualidade de nossos pensamentos e sentimentos conscientes ou inconscientes.

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Segundo Tony Robbins (2017, pág. 70) “Embora preferíssemos acreditar que é o intelecto que nos guia, são nossas emoções – as sensações que vinculamos aos pensamentos – que realmente nos guiam. Gládia Bernardi em seu curso Nutrição Emocional, assim como outros autores, descreve que o pensamento gera o sentimento, esse gera a emoção e então tem-se o comportamento. De acordo com o pensamento de Buda descrito por Tony Robbins (2017, pág. 108) “Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.” Por todos esses grandes nomes que influenciam positivamente a sociedade, e entre outros que seria praticamente impossível citar todos, fica reforçada a teoria do cérebro trino, a importância do Sistema Ativador Reticular Ascendente, assim como todos os fato vividos e presenciados, bem como tudo que é ouvido, lido, estudado, aprendido, conhecido. São todos fatores que influenciam na formação dos pensamentos e consequentemente no comportamento humano. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se então que todo comportamento é derivado do pensamento, seja esse consciente ou inconsciente. Durante toda a pesquisa fica evidenciado que a maior parte dos comportamentos estão ligados ao cérebro reptiliano, ou seja, são automáticos, instintivos, inconscientes. E a menor parte está ligada ao neocórtex e cérebro límbico, sendo esse o cérebro intelectual e emocional respectivamente. Sendo assim, mesmo que não intencionalmente todos os nossos pensamentos, tudo que conservamos, guardamos e significamos no nosso cérebro influi diretamente sobre os nossos comportamentos, ações e reações. Tão importante quanto obter conhecimento é o significado que damos a cada um desses na nossa mente, as palavras que repetimos (mesmo que no diálogo interno), tudo que ouvimos e as circunstâncias que passamos. E também o que permitimos entra através do SARA. Dessa maneira, sabe-se que para alterar um comportamento é necessário alterar o pensamento do qual ele deriva. Porém como obter essa alteração exige estudos mais aprofundados.

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REFERÊNCIAS CURY, Augusto. O código da inteligência. 1ª Ed. São Paulo: EDIOURO, 2008. Gládia Bernardi. Nutrição Emocional. Disponível em: https://gladiabernardi.com.br/nutricaoemocional-01/, acessado em 20/10/2019. Graça Braga Darzi. A sobrevivência, a emoção e a razão. Disponível em: http://gracadarzi.com.br/ consciencia/sobrevivencia-emocao-razao/, acessado em 20/10/2019. GRISA, Pedro A. Liberte seu poder extra. 15 Ed. Florianópolis: EDIPAPPI, 2009. Leonardo Faria. O porteiro da consciência. Disponível em: https://meucerebro.com/o-porteiro-daconsciencia/, acessado em 19/10/2019. RAFAEL REZ. O Cérebro Trino. Disponível em: https://novaescolademarketing.com.br/o-cerebro-trinoreptiliano-limbico-e-neocortex/, acessado em 19/10/2019. ROBBINS, Tony. Desperte seu gigante interior: como assumir o controle de tudo em sua vida. 33ª Ed. Rio de Janeiro, 2017. VIEIRA, Paulo. Poder da alta performance: o manual prático para reprogramar seus hábitos e promover mudanças profundas em sua vida. São Paulo: Editora Gente, 2017.

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COACHING NA IDENTIFICAÇÃO DOS MEDOS

Taciélia da Silva Soares

"O papel da ressignificação é eliminar os pensamentos negativos e as crenças limitantes."

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COACHING NA IDENTIFICAÇÃO DE TIPOS DO MEDO Taciélia da Silva Soares Morôni Kozoski

RESUMO

O presente trabalho tem como foco principal como enfrentar cada um dos medos identificados, o porquê da existência dos mesmos, como eles nos controla. Na identificação de tais medos chagamos a conclusão que os medos são herança do convívio social que temos com todas as pessoas. Descobrimos que ao longo da história os medos são frutos das crenças que nos é apresentada, quando crianças, somos como uma folha em branco que começa a ser preenchida com os ensinamentos dos pais professores e demais pessoas a nossa volta esse aprendizado planta em nós crenças que carregamos por toda a vida que resultam em medo, insegurança e bloqueio emocional. Os maiores medos são os medos básicos da humanidade que surgem exatamente das crenças que as pessoas têm de que pobreza leva a doença, que doença e velhice levam a morte, que critica leva a perder o amor de alguém. Todos esses medos estão interligados porque a crença de um leva a outro. Essas crenças são ensinadas a todos para que uns tenham controle sobre outros através do medo que submete o outro seja ele de cunho religioso, financeiro ou controle dos pais sobre os filhos, controle dos educadores na escola, enfim existe essa cultura de que é através do medo do próximo que se consegue manter tudo sob controle. É na desconstrução dessa cultura de implantar crenças limitantes nas pessoas ainda crianças para se obter uma sociedade obediente, que vamos descobrindo qual método é melhor para enfrentar os medos com segurança, conscientes. Palavras - chave: Coaching. Medo. Bloqueio Emocional. Insegurança. INTRODUÇÃO Ao estudar a história do medo no ocidente, Delumeau (1999, p. 107) traça uma linha temporal para diversas formas de aparição do medo. Nós na contramão de uma sequência evolutiva ou seqüencial entendemos que não existe um medo, mas diversos medos. Em uma concepção clínica, o medo é uma emoção que ocorre pela tomada de consciência de um perigo ameaçador, é o temor ou ansiedade relacionado a algo não explicado criado pelo cérebro, e que tem conseqüências. A vivência dos seis medos básicos da humanidade é de milhares de anos independentemente de suas nações e culturas. Cada um deles surgiu de acordo com as experiências que foram se acumulando a partir da evolução humana, da convivência em sociedade e das dúvidas sobre nossa origem e

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futuro. Estudá-los nos ajuda a compreender quem somos. A cada medo que é experimentado as pessoas tem como resultado bloqueio emocional, todos já sofreram um bloqueio emocional em algum momento, essa sensação que as pessoas têm de uma barreira que os impede de enfrentar novos desafios. A insegurança é uma das manifestações mais evidentes de que está diante de um bloqueio que retarda o cumprimento dos seus objetivos. Para auxiliar na identificação e enfrentamento desses medos pode se contar com um método que foi cientificamente comprovado o Coaching, que visa autoconhecimento e autodesenvolvimento, por meio de técnicas e ferramentas que não serão listadas aqui neste artigo, mais que são capazes de identificar, desenvolver e potencializar habilidades que são relevantes para enfrentar os medos que não é apenas um. . No coaching é apresentado um acompanhamento estruturado em confiança e comprometimento contribuindo para uma mudança de mindset mais favorável que proporcionar clareza para o melhor caminho a ser seguido no enfrentamento desses medos. Neste artigo será apresentado de que forma os medos pode influenciar na vida das pessoas e quais são os seis medos básicos da humanidade O MEDO SEGUNDO A HISTÓRIA De acordo com pesquisa histórica, entre os séculos XIV e XVI, destacou-se uma literatura épica e narrativa, sobre o heroísmo da nobreza e dos príncipes, apresentando-os como imunes a todo temor. Para os gregos, a origem do medo era externa ao sujeito, a origem do medo era divina – Phóbos. Os indivíduos poderiam ser tomados por esse deus na hora dos combates, por exemplo. Os guerreiros tinham que render oferendas a Phóbos para que não fossem acometidos por ele na hora do combate. Phóbos (medo) consistia, então, no temor que fazia com que todos os cidadãos se curvassem à obediência aos deuses. Segundo Delumeau (1999, p. 107.) nas sociedades aristotélicas, o medo era, imediatamente, associado à covardia e era vergonhoso que aparecesse o medo entre os membros da nobreza, uma vez que era considerado um vicio dos covardes. Uma das características do nobre

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guerreiro, além de possuir muitas terras, deveria ser a virtude da coragem, uma dádiva divina oferecida de acordo com o desígnio de Deus. A igreja ocupava um importante papel político e cultural neste período histórico, pois se aliava à aristocracia para difundir idéias como a crença no conformismo, com a pobreza e obediência aos nobres, como sendo desejos do senhor: Aos que não eram nobres, os trabalhadores não proprietários de terras, estava destinado um lugar naturalmente determinado de submissão. A plebe era subjugada simultaneamente pela espada, dos nobres valentes, e a cruz da igreja que determinava regras de comportamento em nome de Deus. 3. OS SEIS MEDOS BÁSICOS DA HUMANIDADE Hill (2015 p. 127) afirma que, quando atingimos a idade do discernimento, sempre somos submetidos à presença de um ou mais medos básicos da humanidade. O autor começa a nos explicar por meio dos conceitos de hereditariedade física e hereditariedade social, que são dois pontos de partida para entender por que alguns temores fazem parte da vida. O primeiro termo, a hereditariedade física, está relacionado ao conjunto de hábitos e características que fizeram a humanidade evoluir através dos tempos e chegar à aparência que tem hoje. Segundo HILL (2015 p. 128) cada geração pela qual o homem passou acrescentou à sua natureza algo das suas características, hábitos e aparência física. A herança física do homem é uma coleção heterogênea de vários hábitos e formas físicas. Sendo assim não é possível adquirir os seis medos básicos da humanidade por hereditariedade física, pois são estados de espírito. Afinal, por meio da convivência com outros animais e da seleção natural, os humanos aprendeu a sobreviver e adaptar-se, identificando exatamente onde estão os perigos que já são velhos conhecidos. A hereditariedade social, no entanto, tem total participação na origem dos medos básicos da humanidade. Esse segundo fator composto por todas as crenças, conhecimentos, instruções recebidas ao longo da vida e experiências pessoais que os torna quem são. Todas essas idéias são herdadas quando ainda crianças e interferem diretamente na forma como se desenvolveram e enxergam o mundo. O espírito da criança que ainda não alcançou a idade do discernimento durante um período que abrange, em média, os dois primeiros

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anos de vida, é plástico, aberto, claro e livre. Qualquer ideia implantada nesse cérebro por alguém que desfrute a confiança da criança germinará e crescerá, por assim dizer, de tal maneira que nunca poderá ser extirpada por mais oposta à lógica e à razão que tal ideia possa parecer. (HILL, 2014 p. 129) Uma consequência dessa interferência da sociedade acaba se mostrando também uma fonte para os seis medos básico da humanidade que são: pobreza, velhice, crítica, perder o amor de alguém, doença e morte. De acordo com Hill (2015 p. 130), o medo da pobreza nasce da tendência que o ser humano tem de dominar economicamente os seus semelhantes. Se no mundo animal o domínio normalmente acontece de forma física, com os homens, que possuem a capacidade de raciocinar, ele se dá por meio do dinheiro. O autor destaca, então, que o dinheiro é tão adorado pela sociedade, que não há nada mais humilhante e atormentador que a pobreza. A origem desse primeiro medo está na desconfiança que as pessoas tem em relação aos outros, provocado por experiências relacionadas à perda de dinheiro e de propriedades. Isso faz, por tanto, com que tenha medo de perder tudo, de ser passado para trás, e os impulsiona a querer acumular mais bens, despertando sentimentos egoístas e levando as pessoas a violarem os direitos de outrem para protegerem suas fortunas. A palavra sociedade podia muito bem começar com a cifra dólar, em vez de S, pois está inseparavelmente associada ao dinheiro. O homem deseja tão ardentemente a riqueza que procura adquiri-la de qualquer maneira, por meios legais, se possível, e por outros métodos, se não puder legalmente. (HILL, 2014 p. 130) Ao analisar a produção da pobreza, tem-se como foco os processos de sucateamento da existência, que funcionam contemporaneamente na conjugação de pobreza material ou imaterial, produzindo vidas impotentes em qualquer lugar da sociedade, condições precárias da existência, da convivência com o medo e desqualificação de modos de existência. Uma pobreza não referenciada primordialmente na propriedade ou possibilidade de aquisição de bens materiais. Tudo isso deixaria de ser um problema se houvesse confiança nas relações humanas e não tivessem a tendência de querer acumular muito mais do que o necessário para viver.

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O segundo medo básico se origina de duas fontes: a concepção de que a velhice será acompanhada pela pobreza e a aproximação que ela tem do fim da vida, despertando temores relacionados ao futuro. Existem miríades de formas de medo, mas nenhuma é tão funesta como o medo da pobreza e o da velhice. Fazemos dos nossos corpos escravos porque temos medo desses dois males e, assim, procuramos juntar dinheiro para a velhice. Essa forma de medo tem tanta força sobre nós que submetemos o nosso corpo a um esforço desmedido e nos acontecem justamente às coisas que procuramos evitar. (HILL, 2014 p. 138) Hill (2014, p. 131) afirma que a associação entre a velhice e a pobreza pode ser explicada pelo pavor que os indivíduos têm de perderem seus bens para outras pessoas quando ficarem mais velhas, uma vez que são movidos pela desconfiança. Já a segunda fonte tem relação com as crenças que são apresentadas desde criança, por causa da hereditariedade social, e instauram o medo do que pode acontecer após a morte. Segundo o autor, muitas pessoas temem a existência de um purgatório ou de um inferno e, por isso, criam a ideia de que a velhice pode aproximá-los desses mundos tão distintos e piores do que vivem agora. De acordo com Hill (2015, p. 132) o medo da crítica é o mais difícil de entender a origem, pois, cada grupo tem uma opinião sobre o assunto. Uns relacionam com a política, outros a associam à Bíblia Sagrada e às críticas que ela carrega. O medo da crítica é poderoso! Houve um tempo, que não vai muito longe, em que a palavra descrente ruína para qualquer pessoa a que fosse aplicada. Parece, portanto, que o medo da crítica tem amplas razões para existir. (HILL, 2014 p. 133) Para o autor, sua origem pode estar facilmente relacionada, mais uma vez, ao fato de que os homens querem estar no mesmo patamar ou acima dos outros e, por isso, criticam ou temem ser criticados. Hill (2015, p. 132) mostra o quanto às pessoas sente receio de serem criticadas por suas roupas e por não seguirem os padrões que estão na moda. Para evitar isso, elas adquirem mais bens e fazem de tudo para vivenciarem as novas tendências, evitando, assim, que não sejam excluídas do que é socialmente aceito. De acordo com o autor, o medo de perder o amor de alguém se originou do costume que muitos homens tinham de roubar a mulher do próximo ou de cometer adultério, enfatizando a

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poligamia que muitos povos carregam. Esse é um dos medos básicos da humanidade mais lamentáveis ou talvez o mais lastimável dos seis medos básicos: E parece razoável acrescentar que tal medo produz mais devastações no espírito de um homem do que qualquer dos outros medos básicos, pois, muitas vezes, conduz o individuo as formas mais violentas de loucura permanente. (HILL, 2014 p. 133) Dessa herança social surgiu, então, o ciúme e a desconfiança, que levam muitas pessoas a ter pensamentos desgastantes e a acreditar que podem perder seus parceiros. Para explicar o temor da doença, mais uma vez que se retorne aos medos da pobreza e da velhice. Esse quinto medo básico também se origina nas crenças terríveis que acompanham a velhice e que despertam o pavor do futuro e daquilo que é desconhecido. Mais que isso, o autor enfatiza que esse medo está associado ao surgimento de diversos tratamentos terapêuticos e à constante venda de métodos para a conservação da saúde, uma vez que, dessa forma, as pessoas são constantemente lembradas de que as doenças existem e podem chegar até elas. Desde épocas mais remotas o mundo tem conhecido as mais diversas formas terapêuticas. Se um individuo ganha a vida com essa profissão, é mais que lógico que empregará todos os meios para persuadir o público de que os seus serviços são necessários. Assim, é muito natural que a humanidade herdasse o medo da doença (HILL, 2014 p. 134) A morte o pior de todos os medos considerado o alvo de muitas incertezas. Segundo Hill (2015, p. 134), a principal fonte que leva ao medo da morte são as crenças religiosas, que, mais uma vez, nos fazem temer o futuro e a existência de outros mundos diferentes do que vivemos. É desconhecida até os dias atuais de as pessoas vem e para onde irão quando deixarem essa vida, as religiões abrem portas para que encontrem respostas, sejam elas verdadeiras ou não, para todas as dúvidas. Por centenas de milhões de anos o homem vem perguntando, e até hoje sem resposta: De onde vim? Para onde vou depois da morte? (HILL, 2014 p. 134) Dessa forma, as pessoas são direcionadas a acreditar naquilo que é repassado desde a infância e que perpetua em na sociedade por conta do poder da hereditariedade social. Vinde à minha tenda, abraçai a minha fé, aceitai os

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meus dogmas (pagai os meus salários) e eu vos darei uma passagem que vos levará diretamente ao céu depois da morte. Diz um chefe de seita religiosa. Permanecei fora de minha tenda diz o mesmo e ireis diretamente para o inferno, onde sereis atirados no fogo eterno. (HILL, 2014 p. 134) Para Hill (2015, p. 135) a verdade é a seguinte, nem mais nem menos: ninguém sabe nem soube jamais de onde viemos ou para onde vamos depois da morte. Qualquer pessoa que adiante soluções para tais enigmas estão iludindo a si mesmo, ou é um impostor consciente, que vive como parasita, abusando da credulidade humana. BLOQUEIO EMOCIONAL IMPEDINDO O AVANÇO NA EVOLUÇÃO Destaca-se que um dos principais efeitos da produção do medo e da insegurança é a paralisia, em que se experimenta uma sensação de inércia, de impotência, que se afirma na impossibilidade da ação de agenciar a potência da criação em meio a um determinado acontecimento. Que diz respeito a uma vontade de melhoria no seu modo de existir e de atuar, que produz e é produzido por uma apatia, insegurança e bloqueio pautados no medo. Muitos dos bloqueios emocionais têm a ver com a autoestima das pessoas ou com experiências que os fazem agir de uma determinada maneira. O medo e a falta de segurança em si mesmo, na sua própria capacidade, poderão desencadear um bloqueio emocional do qual não saberia sair. O bloqueio emocional fará suas piores emoções e sentimentos aflorarem, e eles irão bloqueá-los ainda mais, impedindo-o de avançar. Talvez todos eles sejam influenciados pelo seu próprio entorno que pode agir como um agente de concentração e como catalisador ao mesmo tempo. As pessoas são dotadas de sentimentos e emoções que pode fazer-lhe com que trave e não saia da zona de conforto. O medo torna-se fator de tomadas de posição estratégicas no campo econômico, político, social ou cultural. O medo corrói a alma, O medo também paralisa. (BATISTA, 2003 p. 1) A dicotomia medo x insegurança é entendida como mecanismos de uma mesma produção. São faces de uma mesma moeda medo x insegurança. O medo, como exemplo de outras emoções, é constituído em um tecido social em constante modificação.

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O sentido de nossas experiências internas são intrínsecos a elas mesmas e se constitui a partir de uma linguagem pública, cujos sentidos vão ganhando forma a partir das regras de uso, em contextos determinados. Pensar assim, implica aceitar que diferentes jogos de linguagem e diferentes formas de subjetivação originarão formas distintas de entender e experimentar o medo.(SANTOS, 2001 p. 12) COACHING COMO METODO PARA IDENTIFICAR O MEDO Como primeiro passo para a eliminação desses seis males examina-se as fontes de onde herdaram. Mediante o processo da lei da hereditariedade social: Qualquer pessoa que dirija o espírito de uma criança pode, com um ensinamento intensivo, fixar nele determinada ideia, falsa ou verdadeira, de tal maneira que a criança a aceita como uma verdade e a torna parte integrante da sua personalidade, como qualquer célula ou órgão do seu corpo. (HILL, 2015 p. 129) Assim nascem as crenças por meio de vivências, o resultado do meio em que as pessoas crescem da educação dos seus pais, professores, da influência dos seus amigos, familiares e da convivência social. Se acreditar que tem atributos em sua identidade que os impedem de alcançar resultados positivos, então, o medo, e a insegurança os dominarão e desenvolveram um bloqueio emocional que os impede de seguir. É possível enfrentar os medos com segurança desprogramando essas crenças, o coaching mostra o caminho. O coach passa a ser um auxiliar na transformação do coachee, que busca mudar seu mindset para ser realmente quem ele deseja. O coaching é uma metodologia cientificamente comprovada, que visa o autoconhecimento e autodesenvolvimento, por meio de técnicas e ferramentas capazes de identificar, desenvolver e potencializar habilidades. O filósofo grego Sócrates (470 a.C.-399 a.C.), que influenciou todo o pensamento filosófico ocidental, já apontava nessa direção. A frase dele é exemplar: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo”. Independente da ferramenta escolhida para ser utilizado no processo de coaching, o mais importante é a conexão sincera e verdadeira entre coach e

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coachee, com o objetivo claro de alcançar os propósitos desejados no processo de coaching. A ferramenta Shazam é um método poderoso para acessar questões que estão fora do alcance da mente consciente. Utilizar o Shazam que é uma poderosa ferramenta de coaching criada dentro do modelo life coaching, é uma ótima forma rápida de obter informações e trazer esses pontos à tona, identificando crenças, dores, medos, valores e outros pontos importantes no processo de coaching, identificadas as crenças facilitarão a identificação da fonte de todos os medos e insegurança ao qual está submetido podendo ressignificar. O papel da ressignificação é eliminar os pensamentos negativos e as crenças limitantes. O cérebro reptiliano ou complexo-R é a parte mais primitiva do cérebro humano, este é o responsável direto por 90% de tudo que acontece em seu corpo e mente. Possuindo três emoções básicas: agressão, medo e prazer. Ele é também responsável pela sua sobrevivência, devido a essa função que é principal, o cérebro reptiliano às vezes assume comportamentos extremos e irritantes. O teste DISC avalia o comportamento das pessoas em certo ambiente e é baseada na teoria desenvolvida pelo psicólogo Willian Moultom, a avaliação leva esse nome por afirmar que existem quatro traços básicos de comportamento das pessoas: dominância, influência, estabilidade e complacência. Podemos imaginar que o perfil comportamental de uma pessoa seja o resultado de uma receita composta desses quatro ingredientes, ou seja, dos fatores que compõem o seu perfil de comportamento. (VIEIRA, 2018 p. 67) Este teste proporciona as pessoas descobrirem quais são seus comportamentos diante de seus medos e como elas enfrentam os mesmos. Pós Graduação em Coaching - Fapro 2019 13 Um dos métodos para enfrentar seus medos e conseguir seguir em frente é ir com medo mesmo, no máximo o que pode acontecer é tudo dar certo e no mínimo é não sair como esperado e então acabará vencendo o medo com o próprio medo. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar das terríveis consequências que os outros medos básicos da humanidade podem causar, o medo da morte é o que os lança no escuro e os faz questionar constantemente para onde as pessoas vão e o que enfrentarão

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lá. Mesmo que este último medo seja o mais intenso de todos, cada um dos outros cinco impacta na vida das pessoas de acordo com as suas experiências e suas heranças. O ideal é refletir sobre quais deles se faz mais presentes, buscar suas origens em suas vivências e entender de que forma poderá amenizá-los para que eles não se tornem uma inesgotável fonte de pensamentos negativos ou decisões ruins. Que acaba os levando a questionar o medo. Neste trabalho fica evidente desde os primórdios da humanidade que o medo foi implantado na mente humana para se obter controle sobre o próximo e manter as pessoas sob controle. A discussão levantada aqui para uma lógica que os guie a uma linha de pensamento que abra caminhos para as soluções a todas essas questões para as quais ainda não tem respostas claras e objetivas, que sanem com as duvidas em relação aos medos. O que é um medo desproporcional? Em quais condições é aceitável ter medo e em que intensidade? São causas externas ao próprio medo ou, em outras palavras, são construções culturais? REFERÊNCIAS BATISTA, Vera Malanguti. O Medo na Cidade do Rio de Janeiro: dois tempos de uma história. Rio de Janeiro. Renavan. 2003. COACHING, Crenças Limitantes, Disponível em: https://alunos.impulsaoprofissional.com.br. Acessado em: 27/10/2019. DELUMEAU. J. História do Medo no Ocidente: 1300-1800, uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. HILL, Napoleon. A Lei do Triunfo, Editora José Olympio, Rio de Janeiro, 2015. MONTEIRO, Ana. Medo, Direitos Humanos e processos de subjetivação. (no prelo) PSICOLOGIA, O que fazer quando o bloqueio emocional me impede de avançar? Disponível em: HTTPS:// amenteemaravilhosa.com.br/bloqueio-emocionalimpede-avancar/ acessado em 07/10/2019. SANTOS, L. O. As Linguagens do Medo: suas configurações na contemporaneidade. Dissertação – Instituto de Medicina Social, área de Psicanálise e Cultura – Universidade Estadual do Rio de Janeiro. RJ. 2001. VIEIRA, Paulo. Decifre pessoas e influencie pessoas: como conhecer a si e aos outros, gerar conexões poderosas e obter resultados extraordinários.

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Revista de Administração e Ciências ISSN: 2525-801X ORCIDE: 0000-0001-8789-7698 Publicação da área de Ciências Humanas

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CONHECIMENTO É PODER

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